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CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

PIRIPIRI - PI

ENFERMAGEM EM CENTRO
CIRÚRGICO
Prof. Enf. José Marcos
RECURSOS HUMANOS E O PAPEL DO
ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO

O trabalho desenvolvido na
unidade de centro cirúrgico, por
se tratar de um setor altamente O setor deve ser organizado e
especializado, requer que todos os gerenciado por um profissional
profissionais que ali atuam enfermeiro, que deve ter como
concentrem esforços de forma referencial: manuais operacionais,
planejada e organizada, visando gerenciais e técnicos;
a atingir um objetivo comum, regulamentos da instituição e do
dispensando esforços setor; e instrumentos
desnecessários que gerem estresse administrativos que norteiem as
e desgaste físico, emocional e diversas atividades desenvolvidas.
psicológico em toda a equipe
atuante na unidade.
RECURSOS HUMANOS E O PAPEL DO
ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO

É importante lembrar que a interação entre as equipes constitui


fator relevante na operacionalização do trabalho e nas tomadas
de decisão que se fizerem necessárias.

São objetivos da equipe no centro cirúrgico:


• proporcionar cuidados integrais ao paciente;
• contribuir e promover a recuperação ou melhora física do paciente
por meio de tratamento cirúrgico;
• oferecer segurança ao paciente durante seu tratamento na unidade;
• orientar quanto a sua recuperação no pós-operatório
RECURSOS HUMANOS E O PAPEL DO
ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO

Equipes e profissionais atuantes na unidade:

• Equipe cirúrgica: cirurgião, cirurgião assistente (primeiro assistente,


segundo assistente) e instrumentador cirúrgico. Ao cirurgião
compete planejar e executar o ato cirúrgico, mantendo a ordem
e o controle do tratamento. Os assistentes auxiliam o cirurgião
durante todo o ato cirúrgico, podendo vir a substituí-lo caso seja
preciso. O instrumentador organiza, verifica, solicita os materiais
necessários para a cirurgia, prepara a mesa com os instrumentais
necessários e auxilia o cirurgião e seus assistentes durante todo o
procedimento.
RECURSOS HUMANOS E O PAPEL DO
ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO

Equipes e profissionais atuantes na unidade:

• Equipe de anestesia: composta de médicos anestesistas,


que devem avaliar o paciente no pré-operatório,
conduzir todo o ato anestésico, planejar e executar a
anestesia, monitorar e zelar pela integridade física e pelas
condições clínicas do paciente durante todo o
intraoperatório e o pós-operatório.
RECURSOS HUMANOS E O PAPEL DO
ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO

Equipes e profissionais atuantes na unidade:

•Equipe de enfermagem: enfermeiros


(assistencial e coordenador), técnicos e
auxiliares de enfermagem.escriturários e/ou
auxiliares administrativos.
•Escriturários e/ou auxiliares administrativos.
ATRIBUIÇÕES DOS
PROFISSIONAIS DO CENTRO
CIRÚRGICO
ENFERMEIRO COORDENADOR
COORDENADOR

• coordenar a elaboração de normas, rotinas e procedimentos diversos do


setor;
• realizar o planejamento das atividades de enfermagem;
• participar de reuniões pertinentes às atividades do setor (ou sempre que
solicitado), promovendo, quando necessário, encontros com os
colaboradores;
• executar e fazer cumprir rotinas e procedimentos pertinentes à sua função;
• realizar a avaliação de desempenho da equipe conforme norma da
instituição; fazer cumprir as normas e os regulamentos da instituição e as
rotinas da unidade;
• fazer cumprir as normas e os regulamentos da instituição e as rotinas da
unidade;
ENFERMEIRO COORDENADOR
COORDENADOR

• orientar, supervisionar e avaliar o emprego adequado de materiais e


equipamentos, garantindo o uso correto deles;
• solicitar e testar a aquisição de novos equipamentos e materiais;
• colaborar com a comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH), notificando
ocorrências;
• cumprir as normas estabelecidas pelo setor de CCIH e orientar sobre elas a todos
que atuem no centro cirúrgico;
• participar do processo de seleção, integração e treinamento admissional de
funcionários novos;
• implementar programas de melhoria da qualidade do serviço prestado aos
clientes internos e externos;
• desenvolver o sistema de assistência de enfermagem ao paciente no
perioperatório;
• avaliar de forma contínua a interação entre a equipe de enfermagem e as outras
equipes atuantes na unidade;
ENFERMEIRO COORDENADOR
COORDENADOR

• realizar relatório mensal sobre as atividades do setor;


• identificar, relacionar e providenciar soluções para os problemas
de enfermagem existentes, tomando o cuidado de sempre manter
ciente a gerência de enfermagem;
• promover medidas que proporcionem condições ambientais de
segurança para pacientes, colaboradores e demais usuários do
setor;
• manter controle das áreas administrativas, técnicas e operacionais
do setor, enfatizando os valores éticos e deontológicos;
• avaliar, coordenar e propor medidas enfatizando a prevenção de
complicações em todo o ato anestésico-cirúrgico.
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL

ASSISTENCIAL

• realizar o planejamento de cuidados de enfermagem e supervisionar a


assistência prestada aos pacientes cirúrgicos;
• prever a necessidade e prover o centro cirúrgico dos recursos humanos
convenientes ao atendimento em sala cirúrgica;
• supervisionar e acompanhar as ações dos profissionais da equipe de
enfermagem;
• checar e avaliar previamente a programação cirúrgica;
• realizar escala diária, semanal e mensal de atividades dos
colaboradores;
• orientar a montagem e a desmontagem da sala cirúrgica, bem como o
encaminhamento de materiais diversos;
ASSISTENCIAL

• conferir materiais especiais, como os implantáveis, necessários


ao procedimento cirúrgico previamente determinado;
• avaliar e priorizar o atendimento aos pacientes observando o
grau de complexidade clínica e cirúrgica;
• zelar por um ambiente cirúrgico seguro para pacientes,
colaboradores e equipes usuárias do setor;
• realizar avaliação pré-operatória dos pacientes do setor
conforme os protocolos preestabelecidos pela instituição;
• recepcionar o paciente no centro cirúrgico, avaliando seu
preparo pré-operatório, o correto preenchimento dos impressos
próprios da unidade, seu prontuário, a presença da pulseira de
identificação e dos exames pertinentes ao ato cirúrgico;
ASSISTENCIAL

• acompanhar o paciente à sala cirúrgica;


• realizar exame físico no paciente na entrada da sala de
operações;
• avaliar o correto posicionamento anatômico do paciente na
mesa cirúrgica para o ato anestésico-cirúrgico;
• auxiliar, se necessário, no ato anestésico;
• realizar, quando necessário, a sondagem vesical do paciente
cirúrgico;
• checar e avaliar resultados de exames laboratoriais realizados
no intraoperatório;
• efetuar anotações e evoluções de enfermagem no prontuário
do paciente, com os cuidados prestados e as ocorrências
durante o transoperatório.
TÉCNICO DE ENFERMAGEM - ATRIBUIÇÕES
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

• cumprir todas as normas e todos os regulamentos da instituição e do


setor cirúrgico;
• receber o paciente na entrada do centro cirúrgico;
• participar de reuniões convocadas por seu enfermeiro (ou sempre
que solicitado);
• participar ativamente de treinamentos e programas de
desenvolvimento profissional oferecidos pela instituição;
• colaborar com o enfermeiro, auxiliando-o no programa de
treinamento de funcionários do setor;
• desenvolver os procedimentos técnicos cabíveis segundo a
orientação do enfermeiro;
• zelar pela ordem e pela limpeza no ambiente de trabalho;
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

• estabelecer uma relação de trabalho cooperativa com as equipes;


• oferecer boas condições de ambiente e de segurança ao paciente e à
equipe multiprofissional;
• zelar pelo uso correto e pelos cuidados de conservação dos
equipamentos;
• manter-se atualizado com o mapa cirúrgico diário para a sala cirúrgica
sob sua responsabilidade;
• atender as orientações do enfermeiro quanto à priorização dos
procedimentos de maior complexidade e prover as salas cirúrgicas com
materiais e equipamentos adequados (de acordo com cada tipo de
cirurgia e com as necessidades individuais do paciente, especificadas
no agendamento de assistência realizado pelo enfermeiro assistencial
do centro cirúrgico);
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

• promover a remoção de sujidades dos equipamentos e das


superfícies, levando em consideração as normas
preestabelecidas pelo setor;
• observar e fazer cumprir as orientações do setor de controle
de infecção da instituição;
• verificar e solicitar, quando necessário, a limpeza de paredes e
do piso da sala de operação;
• conferir o perfeito funcionamento dos gases canalizados e dos
equipamentos em geral;
• averiguar o funcionamento e a efetividade da iluminação da
sala de operação.
AUXILIAR DE ENFERMAGEM - ATRIBUIÇÕES
AUXILIAR DE ENFERMAGEM

• participar ativamente de treinamentos e programas de


desenvolvimento oferecidos pela instituição;
• zelar pela ordem e pela limpeza do ambiente de trabalho;
• manter uma relação de trabalho cordial e cooperativa com a
equipe interdisciplinar;
• promover boas condições de ambiente e de segurança para
pacientes, colaboradores e demais equipes do setor utilizando
corretamente equipamentos e materiais;
• assumir o plantão no horário predeterminado e conforme a norma
institucional;
• manter-se atualizado e ciente das cirurgias marcadas para a sala
cirúrgica sob sua responsabilidade;
• atender as cirurgias que forem de menor complexidade;
AUXILIAR DE ENFERMAGEM

• providenciar o material e os equipamentos adequados a cada tipo de


cirurgia e às necessidades individuais do paciente (previamente definidas no
planejamento de assistência realizado pelo enfermeiro do centro cirúrgico);
• remover eficazmente sujidades dos equipamentos utilizados e das superfícies,
fazendo cumprir as orientações do setor de controle de infecção da
instituição;
• verificar e solicitar, sempre que necessário, a limpeza de paredes e do piso
da sala de operação;
• conferir o correto funcionamento dos gases canalizados e dos equipamentos
utilizados;
• averiguar o funcionamento da iluminação da sala cirúrgica e sua
efetividade;
• auxiliar na transferência e no transporte do paciente da maca para a mesa
cirúrgica, cumprindo a prescrição de posicionamento correto também para
cateteres, sondas e drenos;
AUXILIAR DE ENFERMAGEM

• auxiliar no posicionamento anatômico do paciente na


mesa para o ato cirúrgico;
•comunicar o enfermeiro responsável sobre possíveis
ocorrências;
•preencher corretamente todos os impressos do
prontuário do paciente;
•comunicar ao enfermeiro defeitos em equipamentos e
materiais;
•controlar materiais, compressas e gazes para segurança
do paciente;
•auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica;
AUXILIAR DE ENFERMAGEM

• abrir os materiais estéreis segundo técnicas assépticas;


• solicitar a presença do enfermeiro sempre que necessário;
• encaminhar peças, exames e outros pedidos médicos no
transcorrer da cirurgia;
• auxiliar na transferência do paciente da mesa cirúrgica para
a maca;
• encaminhar o paciente para a unidade de recuperação
pós-anestésica (RPA), também chamada de unidade de
recuperação anestésica (RA), e informar sobre a cirurgia
realizada e sobre alterações clínicas do paciente para o
enfermeiro responsável da área;
• realizar a desmontagem da sala de operação.
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO

Estar atento ao
Acatar as
Silencioso, ágil procedimentos
orientações do
e pontual; e aos tempos
cirurgião
cirúrgicos;

Solicitar Executar
material movimentos de
quando passagem de
necessário; instrumentos
Obedecer os
Ética profissional
tempos cirúrgicos;

Estar
psicologicamente
apto.
AUXILIAR ADMINISTRATIVO- ATRIBUIÇÕES
A unidade de centro cirúrgico também pode contar com a presença
funcional do auxiliar administrativo. Por executar apenas ações burocráticas,
atuando sobretudo em escrituração e na secretaria da unidade, não se exige
formação profissional na área da saúde para o desempenho dessa função.

São exemplos de incumbências do auxiliar administrativo:

• atuar no apoio ao atendimento de clientes;


• auxiliar na organização do setor;
• prestar atendimento telefônico aos clientes internos e externos, efetuando
agendamento de cirurgias;
• realizar digitação de comunicados, escalas, férias, rotinas e mapas cirúrgicos;
• providenciar e manter estoque de materiais de consumo e de escritório;
• protocolar peças para anatomia patológica;
• auxiliar o enfermeiro e as equipes nas ações e atividades administrativas que se fizerem
necessárias.
SAE NO CENTRO
CIRÚRGICO
A Sistematização da Assistência de
Enfermagem(SAE) é de extrema
importância para prestar uma
assistência de qualidade ao
paciente levando em consideração
as suas necessidades básicas.
PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM
CENTRO CIRÚRGICO (NANDA)

Medo e Ansiedade relacionada à...


caracterizado por... --> trabalhar todas as
intervenções (pré, trans e pós) que
contribuam para o alívio da ansiedade.
Risco para infecção relacionado à...
(normalmente aos procedimentos
invasivos) --> Trabalhar com
intervenções que contribuam para a
diminuição dos risco de infecção ao
qual o paciente possa estar submetido.
Risco para injúria relacionado à... --> Trabalhar todas
as intervenções relacionadas ao ato anestésico
(desde o posicionamento para a anestesia até os
cuidados na recuperação anestésica).

Dor relacionada à... Caracterizada por... --> Usar


este diagnóstico para o paciente que apresentar
dor no momento da visita pré - operatória ou depois
da cirurgia na recuperação anestésica.
Risco para aspiração relacionado à... --> Usar este
diagnóstico quando o paciente estiver inconsciente ou
na recuperação anestésica e houver o risco de
aspiração.

Risco para integridade da pele prejudicada relacionado


à... -->Trabalhar as intervenções relacionadas ao uso do
bisturi elétrico e principalmente não esquecer de
prescrever o local a ser posicionada a placa do bisturi
elétrico
Risco para temperatura corporal alterada
relacionado à... -->Trabalhar as intervenções para o
aquecimento do paciente na SO e também na
recuperação anestésica.

Hipotermia relacionada à... Caracterizada por... -->


Somente utilizar este diagnóstico quando o paciente
estiver com hipotermia instalada e intervir de forma
que promova o aquecimento do paciente.
Integridade tissular prejudicada relacionada à...
Caracterizada por... --> Utilizar este diagnóstico quando
o paciente apresentar algum tipo de lesão de pele.

Risco para déficit de volume de líquido relacionado à... -->


Utilizar este diagnóstico quando o paciente está com déficit
de líquidos.

Permeabilidade ineficaz de vias aéreas relacionada à...


Caracterizada por... --> Utilizar quando o paciente
apresentar secreções em vias aéreas.
Impossibilidade de manter respiração
espontânea relacionada à... Caracterizada
por... --> Utilizar quando o paciente está com
dificuldade de respirar espontâneamente.

Troca gasosa prejudicada relacionada à...


Caracterizada por... --> Utilizar quando a
gasometria do paciente estiver alterada.
VISITA PRÉ-OPERATÓRIA
Deve ser realizada no quarto de internação do paciente;

Verificar as dúvidas e necessidades do paciente e familiares em relação à


cirurgia;

Avaliação pré-operatória: exame físico, entrevista;

Dados relevantes do período pré e transoperatório;

Diagnósticos de enfermagem (NANDA)

Prescrição de enfermagem para o período transoperatório e SRPA.


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO
TRANSOPERATÓRIO

Implementação da prescrição de
enfermagem pelos técnicos de
enfermagem que atuam como
circulantes e instrumentadores, na sala
operatória e SRPA pelo enfermeiro e
técnicos.
VISITA PÓS-OPERATÓRIA
Realizada no quarto de internação do paciente;

Verificar as condições clínicas do paciente;

Avaliação do paciente frente aos cuidados prestados no CC;

Realizar orientações necessárias;

Ouvir o paciente e familiares esclarecendo e reforçando as orientações


recebidas;

Saber como foi a experiência para o paciente;


COMPORTAMENTO DO PACIENTE

VERBAL: queixas, solicitações,


perguntas, exigências.

NÃO VERBAL: batimentos cardíacos,


transpiração, ansiedade.
DADOS RELEVANTES

PRÉ-OPERATÓRIO

 Ansiedade / medo?
 Ingere verduras?
 Ingesta hídrica de pelo menos 2000ml/dia?
 Hábitos intestinais?
 Dor e intensidade da mesma?
 Prática de atividade física?
TRANSOPERATÓRIO

 Punção venosa
 Anestesia de bloqueio – tipo de anestesia
 Posicionamento cirúrgico
 Degermação
 Bisturi elétrico
 Incisão cirúrgica

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