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Alocação de Ativos

1
7.1 Teoria Moderna de Carteiras
2
Risco Total
Risco Sistêmico e Risco Não Sistêmico
No gráfico abaixo, percebemos que quanto mais ativos tivermos na carteira, menos será o
risco total da mesma, gerados pelo benefício da “Diversificação”.

Risco TOTAL
(Desvio Padrão) Risco Total =
Sistêmico + Não Sistêmico

Risco Não-Sistêmico

Risco Total
(DP = σ)

Beta Risco Sistêmico

Número de Ações na Carteira


Risco Total
Risco Sistêmico e Risco Não Sistêmico
Podemos destrinchar o risco total de um investimento, dois grandes grupos, que são
chamados de:
Ø Risco sistêmico (risco NÃO DIVERSIFICÁVEL): Ele é o risco gerado pelos sistemas
econômico, político e social, no qual impacta a economia como um todo. Suas
principais características são:
§ Medido pelo Beta;
§ Não pode ser evitado pela diversificação dos ativos;
§ Exemplos: impeachment, grandes mudanças na taxa de juros ou câmbio.
Ø Risco não-sistêmico (risco DIVERSIFICÁVEL ou próprio): Este é o risco individual do
ativo ou do seu setor. Suas principais características são:
§ Pode ser diminuído com a elaboração de uma carteira com diversos ativos com
Coeficiente de Correlação menores que +1;
§ Exemplos: risco de crédito ou de liquidez de uma companhia.
Ø RISCO TOTAL (Risco Sistêmico + Risco Não Sistêmico): O risco total de uma
carteira (ou de um ativo) é medido pelo desvio-padrão. Ele pode ser considerado
também como a soma do “Risco Sistêmico” com o “Risco não-sistêmico”.
Beta
Conceito
O Beta é uma medida de risco sistêmico que calcula a volatilidade de determinado ativo
em relação ao risco de mercado. Ele mede a sensibilidade deste ativo em relação aos fatos
sistêmicos que ocorrem no mercado financeiro, como por exemplo, qual será o impacto
na oscilação do preço da ação por fatos como pandemias, impeachment, guerras,...

Como os eventos sistêmicos (positivos e negativos) atingem o mercado como um todo,


dizemos que uma carteira teórica de ações (no Brasil, o Ibovespa), possui Beta igual a 1 e
com isso, podemos interpretar o resultado do Beta de uma ação da seguinte forma:
Ø Beta IGUAL a 1: oscilará com a mesma intensidade que o mercado.
Ø Beta MAIOR que 1: oscilará com mais intensidade que o mercado.
Ø Beta MENOR que 1: oscilará com menos intensidade que o mercado.

q Fórmula:

𝐶𝑂𝑉(",%) DP(')
β(") = OU β(&) = ×𝐶𝑜𝑒𝑓(",%)
𝑉𝐴𝑅(%) DP(()
Teoria de Finanças Tradicional
Introdução
A Teoria de Finanças Tradicional, também conhecida como Teoria Moderna de Portfólio,
leva em consideração que os mercados financeiros são eficientes e os investidores tomam
decisões racionais (se o investidor tiver que escolher entre 2 portfólios com o mesmo
nível de retorno esperado, ele escolherá o portfólio que possui o menor risco). Desta
forma, os investidores possuem 3 características:
Ø Aversão ao risco: minimizar risco e maximizar retornos.
Ø Expectativas racionais: as avaliações e projeções do investidor refletem toda a
informação relevante disponível. Assim, o investidor sempre analisará o risco x
retorno de cada investimento.
Ø Integração dos seus investimentos: o investidor avalia os seus investimentos como
um todo (contexto da carteira) e não ativo por ativo. Desta forma, o investidor busca
pela diversificação da carteira de investimentos (reduzindo o risco não sistêmico).

Portanto, a Teoria de Finanças Tradicional de Markowitz, tem como base o postulado da


racionalidade, assumindo que os indivíduos processam corretamente as informações
quando tomam decisões, sem envolvimento emocional.
Mercado Eficiente
Conceito
Em finanças, a teoria do Mercado Eficiente se refere que todas as informações já estão
refletidas nos preços dos ativos, ou seja, não existe ativo barato ou caro. Desta forma, a
teoria diz que é impossível obter um rendimento acima do retorno esperado, nem
mesmo utilizando de análise técnica, análise fundamentalista ou de informação
privilegiada. No entanto, dentro desta hipótese, há três formas de eficiência do mercado.
São elas:
Ø Eficiência Fraca;
Ø Eficiência Semi-Forte;
Ø Eficiência Forte.

Analisando como um todo, a teoria do Mercado Eficiente entende que não há lacuna
entre os fatos e o conhecimento dos investidores para que os preços sejam reajustados.
Com isso, os adeptos a esta teoria acreditam que faz mais sentido fazer investimentos de
forma passiva (por exemplo, fundos atrelados a um benchmark), do que de forma ativa,
vide que a segunda sempre gera maiores custos.
Mercado Eficiente
Premissas
Como todo princípio, devemos levar em consideração algumas premissas para estes
estudos. As premissas para o Mercado ser Eficiente são:
Ø A informação surge de forma independente e torna-se rapidamente disponível
para todos os participantes, a baixo ou nenhum custo;
Ø As informações são homogêneas e entram no mercado de maneira aleatória;
Ø O mercado funcionará em concorrência perfeita;
Ø Os custos de transação, tais como comissões, corretagens e impostos, são
considerados como inexistentes;
Ø Investidores são racionais: maximizam a utilidade de suas riquezas.
Ø Preços ajustam rapidamente a novas informações.
Ø O mercado possui plena liquidez, continuidade de preço e profundidade.
Mercado Eficiente
Formas de Eficiência do Mercado
Conforme citado, as três formas de eficiência são:
Ø Forma Fraca: Os preços refletem somente as informações públicas disponíveis.
Desta forma, os retornos passados não ajudam a prever retornos futuros, fazendo
com que não seja possível ter retornos em excesso utilizando análise técnica;
somente é possível com análise fundamentalista e informação privilegiada.
Ø Forme Semi-forte: Engloba a Forma Fraca, mas sugere que as novas informações
públicas são absorvidas instantaneamente, mas as privadas não. Assim sendo, o
investidor não consegue ter retornos em excesso utilizando as estratégias de análise
fundamentalista ou técnica, apenas com informação privilegiada.
Ø Forma Forte: Engloba a Forma Semi-Forte e ainda afirma que as novas
informações privadas são absorvidas instantaneamente, ou seja, os preços refletem
automaticamente todos os tipos de informação. Com isso, o investidor não consegue
ter retornos em excesso, nem mesmo utilizando de informações privilegiadas.
Teoria da Utilidade Esperada
Aplicação no Mercado de Capitais
O conceito de Teoria da Utilidade Esperada, que diz que o consumidor deseja ter a maior
quantidade de consumo de Produtos & Serviços disponíveis para a sua renda, também
pode ser aplicada no mercado de capitais (nas combinações de risco e retorno do
investidor). No entanto, ao invés de maximizar todas as variáveis da cesta de combinações
de Produtos & Serviços, como diz a Teoria da Utilidade Esperada, nos investimentos o
investidor racional procura AUMENTAR O RETORNO e DIMINUIR O RISCO. Desta forma,
as curvas serão côncavas no plano retorno em função do risco, podendo ser sintetizados
os três perfis do API:
Ø Conservador (Avesso ao risco): conforma-se com retornos mais limitados, em
troca do conforto da segurança;
Ø Arrojado (Propenso ao risco): aceita ter mais risco em troca de melhores
resultados financeiros;
Ø Moderado (Neutro ao risco): uma mescla entre os dois anteriores.

O grau de aversão ao risco de cada investidor é representado pela sua função de utilidade,
implicando em uma relação positiva entre retorno e risco.
Teoria da Utilidade Esperada
Aplicação no Mercado de Capitais
Aplicando a teoria no mercado de capitais, temos os produtos financeiros disponíveis dos
segmentos dos bancos (U1 = private; U2 = alta renda; e U3 = varejo). Desta forma, as
curvas mais acima, possuem uma relação risco x retorno melhor que as curvas mais
abaixo. Já em relação ao perfil de risco de um investidor, esta é uma análise baseada na
inclinação das curvas do gráfico. Assim, podemos perceber que investidores que possuem
um comportando do gráfico 1, são muito mais avessos ao risco, que investidores do
gráfico 1, pois o Gráfico 1 é mais inclinado que o Gráfico 2. Desta forma, percebemos
que o perfil do cliente é baseado na inclinação do gráfico e a utilidade está na sua devida
altura (acesso a produtos de investimentos).
U1 Gráfico 1 Gráfico 2
U2
Maior Utilidade U3 Maior Utilidade U1
U2
Retorno (R)

Retorno (R)
10 10 U3

7 7
Menor Utilidade Menor Utilidade
5 5

Risco Total (𝝈) Risco Total (𝝈)


1 2 1 5
Modelos de Precificação de Ativos
Conceitos
Dentro dos modelos de precificação de ativos, estudaremos os seguintes:

Ø Fronteira Eficiente (Markowitz): Risco total sem a inclusão do ativo livre de risco.

Ø CML (Capital Market Line): Risco total com a adição do ativo livre de risco.

Ø SML (Security Market Line): Mudança do tipo de risco no qual será utilizado nas
análises. Agora, o não utilizaremos mais o risco total (desvio padrão), mas sim o risco
sistêmico do ativo (Beta). Este cálculo será realizado através do modelo CAPM.

Ø APT (Arbitrage Pricing Theory): Modelo que utiliza diversos fatores de risco,
utilizando o risco Beta de cada um destes fatores
Fronteira Eficiente de Markowitz
Conceito
Para atender à exigência do investidor avesso a riscos, uma opção é diversificar a carteira
de investimentos, conforme velho ditado: “não coloque todos os ovos na mesma cesta”.
Porém, para termos uma diversificação mais eficiente, deve-se construir uma carteira de
investimos no qual os ativos tenham comportamentos inversos com as notícias
financeiras, ou seja, sejam inversamente correlacionados. Desta forma, devesse analisar o
coeficiente de correlação entre os ativos (valor que varia entre -1 e 1, e quanto menor for
o número, mais diversificada será), vide exemplo dado de petrolíferas & empresas aéreas
no capítulo de estatística.

Em meados da década de 50, Harry Markowitz provou que existe uma fronteira que é
formada por infinitas carteiras, onde se tem o maior retorno possível com o mesmo nível
de risco, ou no qual se atinge o menor risco com o mesmo nível de retorno (princípio da
Dominância). Esta fronteira é denominada de FRONTEIRA EFICIENTE de Markowitz e seu
entendimento é o mesmo da Teoria da Utilidade Esperada: pontos abaixo da fronteira
eficiente não são interessantes para o investidor e pontos acima da fronteira, ele não tem
acesso.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Carteira Ótima
A escolha da Carteira Ótima é determinada pelo ponto em que a curva de investimento
tangencia sua mais alta curva de indiferença, combinando assim, as carteiras otimizadas
possíveis com o perfil do investidor. Portanto, será a com melhor risco x retorno dentro do
perfil de risco do investidor e das suas possibilidades de escolha.

Retorno
(R) U1

FRONTEIRA
EFICIENTE

CARTEIRA ÓTIMA

Risco Total (𝝈)


Fronteira Eficiente de Markowitz
Gráfico
Podemos notar que pontos abaixo da linha verde são carteiras consideradas ineficientes,
pois o investidor terá na Fronteira Eficiente, opções melhores. Já acima, são opções
inatingíveis.

Retorno (R) Carteiras Inatingíveis


Fronteira
Eficiente
Mesmo RISCO mas
Carteira de com MENOR retorno
Variância Mesmo retorno
Mínima mas com maior risco
Carteira não eficiente

Carteiras
Ineficientes

Risco Total (𝝈)


Fronteira Eficiente de Markowitz
Cálculo do Risco de 2 Ativos
Conforme demonstrado no gráfico anterior, toda carteira de investimentos possui um
ponto na fronteira eficiente com o menor risco possível (menor desvio padrão com um
dado retorno, chamado de Carteira de Variância Mínima). Pontos abaixo da fronteira
eficiente, são chamados de Carteiras Ineficientes, já que não fazem sentido tendo outra
alternativa com o mesmo risco e com maior retorno.

Markowitz chegou nesse resultado, através de uma fórmula matemática (que será dada
na prova!), no qual leva em consideração peso de cada ativo (W), o risco total de cada
ativo (mensurado pelo Desvio Padrão, que possui o símbolo 𝝈) e o risco interligado dos
dois ativos (o coeficiente de correlação – ϑ).

q FÓRMULA:

σ(𝒂,𝒃) = 𝑾𝟐𝒂 ×σ𝟐𝒂 𝑹(𝒑) + 𝑾𝟐𝒃 ×σ𝟐𝒃 (𝒑) + 𝟐𝑾𝒂 𝑾𝒃 ×σ𝒂 σ𝒃 ϑ


Fronteira Eficiente de Markowitz
Exemplo: Cálculo do Risco de 2 Ativos
Suponha que duas ações possuem um coeficiente de correlação igual a -1. A ação A tem
um desvio padrão de 10% e a ação de B de 13%. Se o peso de A na carteira for 75% e de
B 25%, o desvio-padrão da carteira será:

q RESPOSTA: Para calcularmos o desvio padrão da carteira, devemos aplicar a seguinte


fórmula (que será dada na prova):

§ DP(",$) = Wa2×σa2 + Wb2×σb2 + 2WaWb×σaσb×ϑ&'

§ DP(",$) = (0,75)2×(0,10)2+(0,25)2×(0,13)2+ 2(0,75)(0,25)×(0,10)(0,13)×(−1)

§ DP(",$) = (0,005625) +(0,001056) − (0,00488)

§ DP(",$) = (0,001806

§ 𝑫𝑷(𝐚,𝐛) = 𝟎, 𝟎𝟒𝟐𝟓 ou 4,25%


Fronteira Eficiente de Markowitz
Covariância
A Covariância é uma medida estatística para entendermos como uma variável (ATIVO A)
se comporta em relação a outra variável (ATIVO B). Quando a covariância é positiva, duas
variáveis tendem a variar na mesma direção. Já quando a covariância é negativa, as
devidas variáveis tendem a variar em direção oposta. Variáveis independentes (que não
possuem nenhuma correlação) têm covariância igual a zero.

Por exemplo, o aumento do preço do petróleo é benéfico para as Petrolíferas (vendem


petróleo), mas prejudicial ao lucro das empresas aéreas (custo do combustível). Desta
forma, quando o preço do petróleo aumenta, as ações da Petrobrás tendem a valorizar e
as ações da companhia aéreas tendem a desvalorizar. Caso o petróleo diminua de valor, as
ações da Petrobrás tendem a desvalorizar e as ações das companhias aéreas tendem a
valorizar. Podemos demonstrar isto pelo cálculo da Covariância:
Ø A Covariância entre Petróleo-Petrobras é POSITIVA (andam na mesma direção)
Ø A Covariância entre Petróleo-CIA Aéreas é NEGATIVA (andam em direção opostas)

A grosso modo podemos dizer que “Variância de um Ativo com seu COmpanheiro” é a
COvariância, ou seja, o risco interligado de dois ativos.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Coeficiente de Correlação (ρ)
No entanto, a covariância possui dois problemas:
Ø (1) Seus valores não são padronizados, variando de menos infinito a mais infinito;
Ø (2) Não é possível comparar a relação linear de dois grupos com unidades distintas.

Assim, Karl Pearson (ρ) corrigiu o problema da Covariância, conseguindo transformar


estes números em uma nova variável que SEMPRE irá variar de -1 até +1, chamada de
“Coeficiente de Correlação”. O sinal indicará se há uma relação direta ou inversa entre as
variáveis e o número a intensidade (quanto mais próximo de “1”, maior a correlação
linear).

Por exemplo, duas variáveis X e Y que possuam os seguintes Coeficientes de Correlação:


Ø X e Y possuem (ρ) = +1: Se X aumentar 10%, Y AUMENTARÁ 10%;
Ø X e Y possuem (ρ) = -1: Se X aumentar 10%, Y DIMINUIRÁ 10% (lados opostos).
Ø X e Y possuem (ρ) = 0: Se X aumentar 10%, Y não terá NENHUMA relação, irá se
movimentar independentemente uma da outra.
Ø X e Y possuem (ρ) = +0,3: Se X diminuir 10%, Y DIMINUIRÁ 3%.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Covariância e Coef (ρ)
Quando estamos tratando de gestão de risco nas carteiras de investimentos, desejamos
adquirir ativos que se comportem o mais inverso possível e estas variáveis servem para
isso. Voltando ao nosso exemplo com Petrolíferas, mesmo que as empresas sejam muito
bem administradas, gerando bons lucros, o valor das suas ações sempre estão
diretamente relacionadas a cotação do petróleo. Se o mesmo, se desvalorizar, as ações
irão se desvalorizar. Desta forma, é muito interessante para diminuir o “risco de petróleo”,
adquirir ativos que sejam beneficiados com a queda do valor desta commodities, como
por exemplo, companhias aéreas. Para isso, analisamos o Coeficiente de Corre

Por exemplo, vejamos como duas carteiras se comportariam com o petróleo caindo 10%,
estimando Coef (Petrobrás, Petróleo) = +1; e Coef (LATAM; Petróleo) = ‒1

Ativo Valor Inicial Prejuízo/ Lucro Resultado Final


CARTEIRA (A) 100% Petrobrás R$ 100.000 - R$ 10.000 (-10%) R$ 90.000
50% Petrobrás R$ 50.000 - R$ 5.000 (-10%)
CARTEIRA (B) R$ 100.000
50% LATAM R$ 50.000 +R$ 5.000 (+10%)
Fronteira Eficiente de Markowitz

Agora que sabemos os conceitos de Covariância e de Coeficiente de Correlação,


entraremos nas fórmulas, lembrando sempre que quando tratarmos de População deve
ser dividido por “N termos” e quando tratarmos de Amostra, deve-se dividir por “N – 1”.

q Covariância: A covariância poderá ser calculada através de duas maneiras:

> A × B" @B
?" @? A > A × B" @B
?" @? A
Ø (1) COV(X,Y) = ∑<=> ; OU ∑<=> ;
C C@D

Ø (2) COV(X,Y) = DP(X)×DP(Y) × Coef (X,Y); quando se tem o Coeficiente.

q Coeficiente de Correlação: O coeficiente de correlação é calculado através:

IJK(?,B)
Coef (X,Y)=
LM(N)×LM(O)
Fronteira Eficiente de Markowitz
Coeficiente de Correlação: Gráfico
Para enxergarmos essa relação, vejamos os gráficos abaixo com suas devidas explicações:
Ø Coef (a,b) = +1: Quando o coeficiente de correlação for igual
a “+1”, percebemos que as duas variáveis estarão se movendo
na mesma direção e na mesma intensidade. Ou seja, quando
um cai, a outra também cai. Quando uma sobe, a outra
também sobe.
Ø Coef (a,b) = 0: Quando o coeficiente de correlação for igual
a “0”, percebemos que as duas variáveis estarão se movendo
sem nenhuma correlação, independente uma da outra (como
se elas tivessem vidas próprias). Importante ressaltar que
mesmo o coeficiente sendo zero, há diversificação da carteira
de investimentos.
Ø Coef (a,b) = - 1: Quando o coeficiente de correlação for igual
a “‒1”, percebemos que as duas variáveis estarão se movendo
em direções opostos, porém, na mesma intensidade. Ou seja,
quando um cai, a outra sobe. Quando uma sobe, a outra cai.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Covariância e Coef(ρ): Resumo
Os principais pontos da Covariância e do Coeficiente de Correlação são:
Ø Quanto menor for o Coeficiente de Correlação, maior o benefício da
diversificação que este ativo estará gerando a carteira de investimentos;
Ø São variáveis para demonstrar o risco entre ativos e não o risco de cada ativo. Por
tanto, eles diminuem o Risco Não-Sistêmico, também chamado de Risco
Diversificável;
Ø A Covariância nos dirá “somente” se os ativos se movimentam para a mesma
direção ou para direções contrárias;
Ø O Coeficiente de Correlação no dirá a direção e a intensidade de como os ativos se
relacionam;
Ø Todo ativo que possuir Coeficiente de Correlação MENOR que +1, diversificará a
carteira de investimentos;
Ø Ativos com Coeficiente igual a ZERO, diversificam a carteira. No entanto, não se
sabe o que irá ocorrer entre eles.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Retorno Esperado de 2 Ativos
Já o retorno da carteira de dois ativos, é utilizado o cálculo de média e para fazermos o
cálculo da média, primeiro precisamos compreender que a média poderá ser de dois
tipos:
Ø Média Aritmética Simples: quando todos os dados possuem a mesma relevância,
ou seja, o mesmo peso. Exemplo: aplicar em quatro ativos diferentes, mas com o
mesmo valor financeiro. Desta forma, para fazer o seu cálculo devemos somar todos
valores do grupo de dados e dividir pela quantidade total de números.

Ø Média Aritmética Ponderada: quando os dados do grupo analisada possuam


relevâncias diferentes, ou seja, pesos diferenças. Por exemplo, um cliente aplicar
valores diferentes em diversos investimentos. Desta forma, para fazer o seu cálculo
devemos levar em consideração o peso de cada um dos dados. Este cálculo será
apresentado adiante.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Média Simples: Exemplo
Rafael é seu cliente no banco e deseja saber qual foi o retorno médio da sua aplicação
financeira no Fundo de investimentos “A”. Analisando os dados abaixo, o que você diria?

MÊS RETORNO
Janeiro +1%
+
Fevereiro +3%
+ Total = 15%
5 meses Março +3%
+
Abril +5%
+
Maio +3%

Para fazer o cálculo da média, devemos somar todos os meses e dividir pela quantidade
de meses, ou seja (1 + 3 + 3 + 5 + 3 = 15) e dividir este valor por 5. Desta forma, a média
do retorno do fundo aplicado pelo Rafael, foi de 3% ao mês. É como se cada mês tivesse
tido um retorno de 3%, ao invés de ter tido as devidas rentabilidades.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Média Simples: HP 12C
Para calcular o conjunto anterior (+3%, +1%, +3%, +3%, +5%) na HP 12C, devemos seguir
os seguintes passos:

FLUXO TECLA MOTIVO Visor


1 [∑+] 1º número do grupo Número 1

3 [∑+] 2º número do grupo Número 2

3 [∑+] 3º número do grupo Número 3

5 [∑+] 4º número do grupo Número 4

3 [∑+] 5º número do grupo Número 5

Média ,: [g][0]
𝒙 Média 3%

A tecla [∑+] serve para adicionar um número em um grupo estatístico, sendo avisado no
visor, quantos números esse grupo tem no momento.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Média Ponderada: Exemplo
Rafael investiu R$ 100 mil em 4 ações, investindo valores diferentes em cada uma delas.
No último mês, ele viu que estas empresas tiveram retornos diferentes, sendo eles 1%,
2%, 3% e 4%. Desta forma, quando ele fez a média do retorno (1 + 2 + 3 + 4, totalizando
10%, divididos por 4), percebeu que o retorno calculado foi de 2,5%, mas o lucro gerado
pelas empresas foi de apenas R$ 2.000,00, ou seja, de 2%. Por quê?

Ativo Retorno Valor Investido Lucro


Banco do Brasil +4,00% R$ 10.000,00 R$ 400,00
+
Itaú +3,00% R$ 20.000,00 R$ 600,00 Lucro:
+ R$ 2.000,00
Bradesco +2,00% R$ 30.000,00 R$ 600,00
+
Santander +1,00% R$ 40.000,00 R$ 400,00

q RESPOSTA: Quando Rafael dividiu os retornos por 4, ele calculou a média simples.
Porém, os retornos possuem pesos diferentes (por exemplo, Itaú possui um peso de 20%,
pois foi investido R$ 20 mil do total de R$ 100 mil). O que deveria ser feito é multiplicar o
peso de cada ativo pelo retorno e somar todos os valores, gerando os 2% de média.
Fronteira Eficiente de Markowitz
Média Ponderada: HP 12C
Para calcular o conjunto anterior na HP 12C, devemos lançar “quem desejamos” clicar em
[ENTER] e depois lançar “quem é o peso”. Neste caso, “quem desejamos” é o retorno [%]
e “quem é o peso” é o valor financeiro investido.

FLUXO TECLA MOTIVO VISOR


4 ENTER 10.000 [∑+] 1º número do grupo Número 1

3 ENTER 20.000 [∑+] 2º número do grupo Número 2

2 ENTER 30.000 [∑+] 3º número do grupo Número 3

1 ENTER 40.000 [∑+] 4º número do grupo Número 4

Média Ponderada ,w: [g][6]


𝒙 Média Ponderada 2,00%
Fronteira Eficiente de Markowitz
Retorno Esperado de 2 Ativos
Já para o retorno, Markowitz utilizou o cálculo do Retorno Esperado através da média
ponderada. Desta forma, no exemplo anterior, no qual “a ação A tem um desvio padrão
de 10% e um retorno esperado de 11%. Já a ação de B possui um Desvio Padrão de 13%
e um retorno esperado de 12%. Se o peso de A na carteira for 75% e de B 25%...”,
devemos utilizar somente os retornos, ignorando a informação do risco (desvio padrão).

q RESPOSTA: Para calcularmos o desvio padrão da carteira, devemos aplicar a seguinte


fórmula (que será dada na prova) e que não leva em consideração o retorno dos ativos:

RETORNO RETORNO PARA


ATIVO PESO
ESPERADO A CARTEIRA
Empresa A +11,00% 75% + 8,25%
+
Empresa B +12,00% 25% + 3,00%
RETORNO ESPERADO DA CARTEIRA → + 11,25%
CML – Capital Market Line
Adição do Ativo Livre de Risco
A introdução de um ativo livre de risco, cujo retorno chamaremos de TLR e que não tem
correlação alguma com os outros títulos (covariância e correlação = 0), faz com que a
antiga “fronteira eficiente” (uma curva) mude para uma RETA chamada Capital Market
Line (CML), sendo desta forma, uma evolução da fronteira eficiente!

Conforme gráfico a seguir, a adição deste ativo livre de risco faz com esta reta em algum
momento tangencie a “curva da fronteira eficiente” (ponto M), sendo este ponto uma
carteira com 100% dos recursos investidos em ativos COM risco.

Carteiras a esquerda do ponto M não estão alocando todos os recursos em ativos com
risco (emprestam dinheiro, já que estão investindo em renda fixa) e pontos a direita de M,
estão tomando recursos emprestados para comprar mais ativos com risco (alavancados),
vide que o somatório sempre deve ser 100%.

q OBS: A relação risco-retorno das carteiras na reta CML dominam aquelas na antiga
fronteira eficiente.
CML – Capital Market Line
Gráfico

Retorno (R)

CML - Carteira D é preferível à A;


Z
- D está emprestando parte
Fronteira dos seus recursos (menor
Eficiente risco que a carteira do
M
mercado M);
D
TLR - Z está alavancado.

Risco Total (𝝈)


SML – Security Market Line
Conceito
A SML (Security Market Line) é a evolução da CML, já que compreendemos que quando
uma carteira é muito bem diversificada, o risco total da carteira de investimentos, acaba
sendo somente o risco sistêmico (o risco não-sistêmico acaba diluindo a zero). Com isso,
não faz sentido calcularmos risco através de desvio padrão (risco total), mas sim, através
do Beta (risco sistêmico). Portanto, a principal evolução do modelo CML para o SML é a
medida de risco utilizada, já que:
Ø CML: usa RISCO TOTAL como medida de risco (medido pelo desvio padrão)
Ø SML: usa RISCO SISTÊMICO ou de mercado (medido pelo Beta – β).

Desta forma, a equação do retorno requerido (exigido) do investidor neste modelo vem
através da equação do CAPM (Capital Asset Pricing Model), que pode ser expressa de
forma gráfica por meio de uma reta, onde definimos o retorno requerido por um ativo em
função do beta, denominada de Security Market Line (SML). A SML expressa o prêmio de
risco (o cálculo da taxa de retorno requerida dos ativos em um mercado em equilíbrio) e
enfatiza que o risco de um ativo é uma função do seu beta.
SML – Security Market Line
CAPM: Fórmula
O CAPM (Capital Asset Pricing Model) é um modelo que mostra o retorno mínimo que um
investidor aceitaria por investir em uma empresa levando em consideração risco
sistemático (Beta) daquele ativo. A fórmula leva em consideração o mínimo que se deve
ganhar no mercado financeiro, ou seja, Taxa Livre de Risco (Rf), acrescentado pelo retorno
exigido pelo risco sistêmico da ação. Este modelo segue a premissa de aversão ao risco
(quanto maior o risco, maior o retorno exigido)

q FÓRMULA:
𝐸(𝑅𝑖) = 𝑅4 + β5 𝑅6 − 𝑅7
Prêmio de Risco

onde:
Ø E(Ri) = Retorno Requerido (exigido) pelo acionista
Ø Rf = taxa livre de risco;
Ø β = medida de risco sistêmico da empresa;
Ø Rm = retorno de mercado (no Brasil, retorno do Ibovespa).
SML – Security Market Line
Gráfico

Retorno (R)

SML

M BETA = 1
RM
Carteira Mercado
PRÊMIO POR RISCO

RETORNO QUE NÃO


TLR
POSSUI RISCO

1 Risco Sistemático (β)


SML – Security Market Line
Exemplo
O preço esperado pelos analistas para as ações da Toro Educação S/A é de R$ 66,00. Esta
ação está sendo negociada hoje no mercado pelo valor de R$ 60,00. Sabendo que a taxa
livre de risco é 5%, o retorno do mercado (ibovespa) é 15% e o Beta da ação é 0,7, qual o
retorno requerido segundo a SML? Esta ação está super ou subvalorizada?

q RESPOSTA: devemos realizar dois cálculos, o do Retorno Esperado e o do Retorno


Requerido do ativo. Após isso, iremos comparar os retornos:
Ø RETORNO ESPERADO:
§ 60 [ENTER]
§ 66 [Δ%]
§ Resposta: 10% é o retorno esperado para o ativo.
Ø RETORNO REQUERIDO (CAPM)
§ RR = 5% + 0,7×(15% - 5%)
§ RR = 5% + 0,7×(10%)
§ RR = 12%
Como o retorno requerido é superior ao retorno esperado do mercado, o investidor não
deve adquirir as ações e com isso, podemos afirmar que ela está supervalorizada.
SML – Security Market Line
Exemplo: Gráfico

Retorno (R)

Retorno SML
Requerido

12%
10% Ação

5%
Retorno
Esperado

0,7 Risco Sistemático (β)


SML – Security Market Line
Escolhendo Ativos
Títulos Subvalorizados Títulos Supervalorizados
(Ativos Baratos) (Ativos Caros)

Ø Retorno esperado é MAIOR que Ø Retorno esperado é MENOR que


retorno exigido do ativo. retorno exigido do ativo.

Ø No gráfico, a ação está acima da SML. Ø No gráfico, a ação está abaixo da SML.

Ø Deve ser comprado. Ø Deve ser vendido.

Não confunda RETORNO ESPERADO com RETORNO REQUERIDO (RETORNO EXIGIDO)


de um ativo. O primeiro é a expectativa de retorno do mercado financeiro para aquela
ação (podendo ser calculado por média pondera), já o Retorno Requerido é quanto um
investidor está exigindo de retorno mínimo baseado no risco sistêmico do ativo.
APT – Arbritrage Pricing Theory
Conceito
O APT, ou teoria de precificação por arbitragem, é um modelo que considera a existência
de várias fontes causadoras de risco de mercado. Como paralelo, podemos notar que o
modelo CAPM utiliza somente uma variável como medida de risco: o Beta (risco
sistêmico).

O modelo APT considera a taxa de juros, a taxa de câmbio, a inflação, o PIB, o


desemprego, entre outros, também são fontes geradoras de risco sistêmico. Assim,
segundo o APT, podemos prever o comportamento de uma ação utilizando a relação entre
aquele ativo e diversos fatores (F) de risco relacionados. São utilizados os beta específicos
de cada fator utilizado na equação.

q FÓRMULA:
𝑅𝐸(*) = 𝑇𝐿𝑅 + β+ ×F+ + β, ×F, +... + β- ×F-
SML x CML
Resumo

SML CML
MEDIDA DE Risco Sistêmico Risco Total
RISCO (não diversificável, Beta) (Desvio Padrão)

Usado para determinar a alocação


Usado para determinar o de ativos apropriada (ativo livre de
APLICAÇÃO
retorno requerido para ativos risco vs. Carteira do Mercado) para
o investidor

Gráfico da Fronteira Eficiente +


DEFINIÇÃO Gráfico CAPM
Adição do Ativo Livre de Risco

GRAU DE Prêmio de risco Índice de Sharpe da


INCLINAÇÃO de mercado Carteira do Mercado
CAPM x APT
Resumo

CAPM APT
MEDIDA DE Risco Sistêmico Múltiplos riscos
RISCO (Beta de mercado da Ação) (Beta de cada fator utilizado)

Modelo simples, facilita o Modelo amplo, não possui


VANTAGEM
cálculo de retorno do ativo premissas restritivas

É restrito ao considerar apenas Aberto demais, não determina


DESVANTAGEM
uma medida de risco quais fatores devem ser utilizados

OS DOIS SÃO MODELOS DE AVERSÃO AO RISCO!


EM COMUM QUANTO MAIOR O RISCO DE UM ATIVO,
MAIOR SERÁ O RETORNO EXIGIDO!
7.3 Alocação de Ativos e
Rebalanceamento de Carteiras
41
Alocação de Ativos (Asset Allocation)
Conceito
O objetivo de construir um modelo eficiente de alocação é determinar quais serão as
classes de ativos e os tipos de produtos que serão aplicados, com os seus devidos
percentuais. Essa construção chamamos de ALOCAÇÃO DE ATIVOS, ou em inglês de Asset
Allocation. Vale ressaltar que os clientes possuem acesso as mesmas classes de
investimentos, mas não a mesma gama de produtos. Todos nós temos acesso a
investimentos em ações, mas nem todos tem acesso a comprar ações de uma companhia
fechada.

Primeiramente, a ALOCAÇÃO DE ATIVOS é dividida entre a classe dos ativos, chamado de


MACRO-ALOCAÇÃO, para posteriormente selecionar os produtos de investimentos
daquelas classes, classificada como MICRO-ALOCAÇÃO. Porém, existem as formas de
como será feita a aplicação dos recursos, ou seja, se o investidor deseja buscar
oportunidades de curto prazo ou apenas de longo prazo, se ele deseja que a carteira de
investimentos possua muita movimentação financeira ou não. Neste sentido, a
ALOCAÇÃO DE ATIVOS é dividida em Estratégica x Tática e Dinâmica x Estática, que
veremos a seguir as suas diferenças.
Alocação de Ativos (Asset Allocation)
Macro e Micro-Alocação
Conforme citamos, a ALOCAÇÃO DE ATIVOS pode ser segmentada entre:
Ø MACRO-ALOCAÇÃO: Esta é a parte que se escolhe as classes e as porcentagens
dos ativos que farão parte da carteira de investimentos. Ela ocorre exatamente nesta
Etapa 4 – Desenvolvimento de Recomendações e Apresentação ao Cliente. Para ficar
mais claro, podemos classificar as classes dos ativos resumidamente como:
§ Renda Fixa;
§ Renda variável;
§ Ativos Imobiliários;
§ Investimentos Internacionais;
§ Investimentos alternativos.
Ø MICRO-ALOCAÇÃO: Já esta parte é a escolha dos produtos de investimentos e ela
ocorre após a apresentação ao cliente, portanto, ocorre na Etapa 5 - Implementação
das recomendações de planejamento financeiro. Como exemplo, temos:
§ Escolher entra LFT ou LTN;
§ Investir no setor elétrico;
§ Comprar o imóvel A ou o B.
Alocação de Ativos (Asset Allocation)
Estratégica x Tática
Quando se trata de Classe de Ativos, o ASSET ALLOCATION pode ser dividido entre:
Ø ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA (Fixa): Conceitualmente, os objetivos de rentabilidade,
tolerância ao risco e restrições do investidor são integradas aos cenários econômicos
de longo prazo, para que seja definido quais serão as classes de ativos aceitas no IPS
(Política de Investimentos). Desta forma, entende-se que os retornos futuros serão
semelhantes ao retornos passados e a volatilidade tende a ser baixa. Desta forma, se
um investidor necessita de 15% ao ano de retorno para seus objetivos, e sabendo
que o retorno da Renda Fixa foi de 10% ao ano e o do Ibovespa foi de 20% ao ano, a
alocação do estratégica diria que deveríamos investir 50% em cada classe.
Ø ALOCAÇÃO TÁTICA (Flexível): Aqui já falamos de uma questão de “momentum”,
de “timming”, ou seja, é uma alocação que utiliza os princípios da ESTRATÉGICA, mas
que permite ajustes de curto prazo aos pesos das classes de ativos baseados nas
expectativas de curto prazo relativas às performances destas classes de ativos. Desta
forma, se o gestor acredita que o cenário para os próximos meses não seja favorável
para o Ibovespa (Carteira de Ações), ele pode diminuir a exposição a ações e
aumentando em renda fixa, ficando por exemplo, em 80% em renda fixa e 20% em
ações, ao invés de 50% de renda fixa e 50% de Ibovespa.
Alocação de Ativos (Asset Allocation)
Dinâmica x Estática
Também podemos dividir o ASSET ALLOCATION em:
Ø ALOCAÇÃO DINÂMICA (ATIVA): Este tipo de Alocação tem por objetivo ajustar
dinamicamente (ativamente) a seleção de ativos da carteira cliente, baseado na
expectativa de alta ou baixa de determinados setores da economia, vendendo e
comprando ativos. Por exemplo, se o gestor acredita que algum setor se desvalorizou
rapidamente na bolsa de valores, ele pode comprar essas ações para quando se
recuperar, já vender com lucro suas posições.
Ø ALOCAÇÃO ESTÁTICA (PASSIVA): A Alocação Estática se caracteriza pela
manutenção das posições ao longo do tempo, mesmo que possa haver um
desequilíbrio em percentuais da carteira. Poderíamos resumir como um “não fazer
nada”, que também é uma tomada de decisão.
Rebalanceamento de Carteiras
Regular e Percentual
Estas são duas maneiras de modificar os ativos nas carteiras de investimentos. Conforme
o próprio nome diz, o REBALANCEAMENTO REGULAR ocorre periodicamente
(mensalmente, trimestralmente, ...). Ela é muito comum de ser vista em carteira de ações
de corretoras (exemplo: Carteira Recomendada Mensal de Ações).

Já o tipo PERCENTUAL DA CARTEIRA é uma forma de equilíbrio de risco, por não estar
mais exposto ao previsto inicialmente no IPS em algum tipo de mercado (ações, renda
fixa, imobiliário,...) ou em algum ativo específico. Por exemplo, a carteira de
investimentos de um cliente está posicionada em 5% na ação XYZ. Após alguns dias, a
empresa valoriza 100%. Com isso, este ativo passa a ter uma posição muito mais
expressiva do que o inicial (aproximadamente de 10% agora), fazendo com que a carteira
seja rebalanceada por motivo percentual.

Dentro dos rebalanceamento, veremos as três estratégias cobradas no Exame:


Ø Buy-and-Hold;
Ø Constant Mix;
Ø CPPI.
Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Buy-and-Hold
Ao invés de uma estratégia dinâmica, através da qual o gestor deve rebalancear a carteira
de acordo com alguma regra, a estratégia de BUY AND HOLD é uma estratégia PASSIVA
em que não se deve fazer nada. O gestor aloca os ativos da carteira de acordo com a
Política de Investimentos (IPS) e depois não altera mais.

q PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Ø Tolerância de risco diretamente relacionada à riqueza,
Ø Possui valor de piso (valor formado com todos os recursos investidos em títulos
públicos de curto prazo).
Ø Estratégia linear;
Ø Potencial de alta ilimitado.
Ø Eficiente fiscalmente (sem muitas transações).
Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Buy-and-Hold: Exemplo
Rafael adota a estratégia Buy-and-Hold e possui um patrimônio de R$ 500.000. Sua
intenção é investir 40% do patrimônio em BOVA11 e o restante num fundo indexado DI.
Após 12 meses o Ibovespa teve valorização de 30% e o fundo DI de 10%. Passados os 12
meses, quanto deverá estar alocado entre os ativos de renda variável e de renda fixa?

q RESPOSTA: Como o cliente adota uma estratégia buy-and-hold, não haverá alteração da
carteira ao longo do tempo por tratar-se de uma estratégia de investimentos passiva.
Assim, devemos apenas calcular a distribuição inicial e aplicar a rentabilidade dos ativos
nas referidas posições. Desta forma:
Ø Carteira = R$ 200.00,00 (40% em BOVA11) + R$ 300.00,00 (60% em Fundo DI)
Valorização e posição final da Carteira:
Ø BOVA11 (valorização de 30%) = R$ 200.00,00 × 30% = R$ 260.000,00
Ø Fundo DI (valorização de 10%) = R$ 300.00,00 × 10% = R$ 330.000,00
Ø Total = R$ 590.000,00

No entanto, a posição de Rafael agora será de 44% em BOVA11 e 56% em Fundo DI, sendo
que ele não deve fazer nada para ajustar.
Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Constant Mix
Em contraste com a estratégia de buy and hold, o CONSTANT MIX (também chamado de
pesos constantes, já que sempre deve manter o mesmo percentual em cada classe de
ativos, após o rebalanceamento) requer um rebalanceamento constante da carteira para
alocações especificadas, usando corredores ou datas de calendário. Desta forma, se as
ações da carteira subirem muito, o investidor vende e adiciona mais renda fixa (para
manter o mesmo percentual das classes dos ativos no início), se as ações caírem, ele irá
comprar mais ações, sacando da renda fixa.

q PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Ø Estratégia Ativa, com rebalanceamento frequente;
Ø Mantém uma exposição de ações e dinheiro que é uma porcentagem fixa da
carteira total;
Ø Estratégia Contrária (fornece liquidez): Vende ações à medida que sobem, compra
à medida que caem (Estratégia Côncava);
Ø Baixa proteção de queda: sem valor de piso;
Ø Má performance em mercados com tendência;
Ø Pode gerar excessivo pagamento de impostos.
Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Constant Mix: Exemplo
Rafael adota a estratégia Constant Mix e possui um patrimônio de R$ 500 mil. Sua
intenção é investir 40% do patrimônio em BOVA11 e o restante em um fundo de renda
fixa indexado ao CDI. Após 12 meses, o Ibovespa teve valorização de 30% e o fundo DI
de 10%. Passados os 12 meses, quanto deverá estar alocado entre os ativos de renda
variável e de renda fixa?

q RESPOSTA: Como o cliente agora adota uma estratégia Constant Mix, após calcular o
valor da carteira depois de 12 meses, deve-se ajustar a carteira para os mesmos
percentuais iniciais:
Ø Carteira = R$ 200.00,00 (40% em BOVA11) + R$ 300.00,00 (60% em Fundo DI)
Valorização e posição final da Carteira:
Ø BOVA11 (valorização de 30%) = R$ 200.00,00 × 30% = R$ 260.000,00
Ø Fundo DI (valorização de 10%) = R$ 300.00,00 × 10% = R$ 330.000,00
Ø Total = R$ 590.000,00

Neste momento, devemos ajustar a carteira para os mesmo percentuais do início:


Ø BOVA11 (40%) = R$ 590.000,00 x 40% = R$ 236.000,00 (vendeu ações)
Ø Fundo DI (60%) = R$ 590.000,00 x 60% = R$ 354.000,00 (investiu mais no fundo DI)
Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
CPPI
A estratégia CPPI (Constant Proportion Portfolio Insurance), com tradução literal de
“Seguro de Carteira de Proporção Constante”, possui como estratégia uma alocação para
ações através de uma fórmula. Mas como a tradução nos leva a entender, esta estratégia
leva em consideração ter uma proteção do portfólio constantemente. O seu raciocínio é
de que quando as ações caírem muito, o investidor irá vender tudo e manter um valor
“constante protegido”, no entanto, se as ações estiverem subindo, o mesmo irá comprar
mais ações. Podemos dizer então, que é uma estratégia contrária ao Constant Mix.

Colocando em prática, o investidor especifica um valor mínimo, um piso (F) para a sua
carteira e depois escolhe um multiplicador (m). A diferença entre o total de ativos (TA) e o
piso, será multiplicado por este fator (m), chegando na quantidade de ações que será
investida.

q FÓRMULA:
Ações = m×(TA − F)
Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
CPPI: Exemplo
Rafael adota a estratégia CPPI e possui um patrimônio de R$ 500.000. Sua intenção é
investir em BOVA11, manter um piso de R$ 400.000,00 e ter um multiplicador de 1,5x.
Após 12 meses o Ibovespa teve valorização de 30% e o fundo DI de 10%. Passados os 12
meses, quanto deverá estar alocado entre os ativos de renda variável e de renda fixa?

q RESPOSTA: Como o cliente agora adota uma estratégia CPPI, após calcular o valor da
carteira nesse período, deve-se ajustar a mesma para o devido multiplicador:
Ø Carteira em ações = 1,5 × (500.000 – 400.000) = R$ 150.000,00
Valorização e posição final da Carteira:
Ø BOVA11 (valorização de 30%) = R$ 150.00,00 × 30% = R$ 195.000,00
Ø Fundo DI (valorização de 10%) = R$ 350.00,00 × 10% = R$ 385.000,00
Ø Total = R$ 580.000,00

Neste momento, devemos ajustar a carteira para manter o mesmo piso de R$ 400 mil:
Ø Carteira em ações = 1,5 × (R$ 580.000,00 – R$ 400.000,00) = R$ 270.000,00
Ø BOVA11 = R$ 270.000,00
Ø Fundo DI = R$ 310.00,00
Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
CPPI: Resumo
Desta forma, podemos afirmar que a estratégia CPPI possui as seguintes características:
Ø Chamada também de Estratégia Momentum;
Ø É uma Estratégica Convexa;
Ø Tolerância de risco é zero, quando a carteira atinge o valor de piso;
Ø Má performance em mercados planos, mas voláteis;
Ø Boa performance em mercados com tendência (compra mais ações a medida em
que o mercado está se valorizando);
Ø Protege o risco de queda nos mercados em baixa (vende as ações a medida em
que o mercado está se desvalorizando, pois quando a carteira atingir o valor mínimo,
ele venderá todas as ações e deixará todo o recurso aplicado em renda fixa);
Ø ESTRATÉGIA CONTRÁRIA AO CONSTANTE MIX;
Ø Como comprar um seguro:
§ Compra ações quando o mercado sobe;
§ Vende mais rápido quando o mercado cai.
Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Performance das Estratégias

Estratégia CONSTANT
BUY & HOLD CPPI
MIX
/
Mercado

Tendência de Alta 3º 2º 1º

Plano
com oscilações 1º 2º 3

Tendência de Baixa 3º 2º 1º
Alocação de Ativos
55
Alocação de Ativos
Conceitos
Dentro dos modelos de alocação de ativos, estudaremos os seguintes:

Ø Fronteira Eficiente (Markowitz): Também chamada de Modelo da Média


Variância, é o processo de ponderação do risco, expresso como variância, em relação
ao retorno esperado;

Ø Black Litterman: Incorporação das expectativas do investidor ao Modelo da Média


Variância;

Ø Simulação de Monte Carlo: A probabilidade de resultados para determinada


variável (ex: retorno de um ativo) não pode ser determinada devido à interferência
de variáveis aleatórias. O modelo foca na repetição constante de amostras aleatórias
para atingir os resultados;

Ø Asset-Liability Management (ALM): Modelo que foca no gerenciamento de ativos


e fluxos de caixa para reduzir o risco de perdas em caso de não pagamento de
passivos. É bastante usado por instituições financeiras e por fundos de pensão.
Alocação de Ativos
Fronteira Eficiente (Média Variância)
O modelo da Média-Variância, baseado na Fronteira Eficiente, é o processo de
ponderação do risco, expresso como variância, em relação ao retorno esperado.

Leva esse nome porque o retorno é estimado pelo média e pelo risco, definido como
sendo a variância.

É utilizado para tomar decisões de investimento - os investidores avaliam quanto risco


estão dispostos a assumir em troca de diferentes níveis de retorno. Com isso, é possível
obter o ponto que maximiza o retorno para um dado nível de risco ou que minimiza o
risco para um dado nível de retorno.

A desvantagem do modelo é que pode gerar, como resultado, carteiras excessivamente


concentradas em determinadas classes de ativo, o que pode inclusive não fazer sentido na
prática. Além disso, o modelo é muito sensível aos dados de entrada e requer muito
cuidado no processo de geração de estimativas de risco e retorno das classes de ativos.
Alocação de Ativos
Black Litterman
Procura sanar o problema do excesso de concentração em determinadas classes de aŠvo,
resultado possível do modelo da Média-Variância, a parŠr da incorporação de crenças ou
visões do invesŠdor no processo de alocação.

A inclusão das crenças do invesŠdor faz com que o modelo Black-Li‹erman possa ser
diretamente uŠlizado em um processo de invesŠmento que combine modelos de apoio à
tomada de decisão com análises de cenários econômicos derivadas da experiência e
opinião de economistas e gestores de recursos.

A incerteza que existe nas esŠmaŠvas futuras da média e da variância dos retornos dos
aŠvos e a sensibilidade aos dados de entrada dos modelos de alocação, porém, são
desvantagens desse modelo.
Alocação de Ativos
Simulação de Monte Carlo
A Simulação de Monte Carlo faz referência a um dos distritos do Principado de Mônaco,
famosos por seus cassinos onde se jogam roletas, dados, entre outros. Isso porque o
acaso e os resultados aleatórios são fundamentais tanto para os jogos no Principado,
como para a técnica de modelagem que leva o nome desse local do sul da França.

A probabilidade de resultados variáveis (ex: expectaŠva do retorno de um aŠvo) não pode


ser determinada devido à interferência de variáveis aleatórias. Para contornar isso, a
simulação foca na repeŠção constante de amostras aleatórias para aŠngir os resultados
desejados quanto à previsão de determinada variável.

Em outras palavras, a técnica elege uma variável e atribui a ela um valor aleatório. O
modelo é então executado e um resultado é fornecido. Este processo é repeŠdo várias
vezes ao atribuir à variável em questão muitos valores diferentes. Assim que a simulação
for concluída, os resultados são calculados em conjunto para fornecer uma esŠmaŠva.

O procedimento é conhecido por ser mais robusto e, portanto, menos sensível a erros nas
expectaŠvas. Contudo, envolve um grande esforço matemáŠco e computacional.
Alocação de Ativos
Asset Liability Management
Modelo que foca no gerenciamento de ativos e fluxos de caixa para reduzir o risco de
perdas em caso de não pagamento de passivos.

A gestão por Asset Liability Management se preocupa com o tempo em que ocorrerão os
fluxos de caixa. Isso porque os ativos precisam estar disponíveis e líquidos no momento
do pagamento dos passivos.

É muito utilizado para gerir a carteira de empréstimos de Instituições Financeiras e a


carteira de Fundos de Pensão.

Sua abordagem procura maximizar a diferença entre ativos e passivos para cada nível de
risco, reduzindo assim o risco de descasamento de fluxos de caixa. Contudo, utiliza
expectativas de retornos esperados, o que pode influenciar negativamente o modelo, por
conta da incerteza de tais retornos.
Exercício
[306509] Ao elaborar a Polí‡ca de Inves‡mentos (IPS), o gestor deve basear os
critérios de decisão para alocação estratégica na exposição desejada pelo inves‡dor
ao risco:

a) Não sistêmico.

b) Sistêmico.

c) Diversificável.

d) Total.
Exercício
[306510] Quando um gestor elabora a política de investimentos e considera
adicionalmente a expectativa de mercado de longo prazo, dizemos que ele está
realizando uma alocação:

a) Estratégica.

b) Tática.

c) Dinâmica.

d) Ativa.
Exercício
[306511] A médio e longo prazos, o grande valor agregado a uma carteira de
investimentos provém principalmente:

a) da alocação estratégica.

b) da alocação tática.

c) da alocação dinâmica.

d) dos rebalanceamentos pelo modelo Constant Mix.


Exercício
[306508] Um gestor elabora uma carteira de investimentos baseando sua decisão de
alocação a partir de sua visão de longo prazo do mercado. Depois de os recursos
estarem alocados em ativos financeiros, em alguns momentos, quando o dividend
yield de algumas ações se tornava atrativo, o gestor adquiria tais ações pontualmente,
sem impactar no benchmark escolhido ou na alocação de longo prazo. É correto
afirmar que esse estilo de alocação é conhecido por:

a) Alocação estratégica e tática.

b) Gestão passiva.

c) Alocação Top-down.

d) Análise Fundamentalista.
Exercício
[506102] Do ponto de vista da diversificação, incluir a‡vos estrangeiros em uma
carteira de ações nacionais deverá resultar em

a) Menor dispersão dos retornos.

b) Maior dispersão dos retornos.

c) Melhor retorno para o mesmo nível de risco.

d) Melhora significaŠva no retorno, ainda que com pequeno incremento de risco.


Exercício
[506101] Sejam as seguintes informações referentes a uma regressão múltipla pelo
método APT (Arbitrage Price Theory):
Taxa livre de risco: 3,5%
Beta fator 1: 2,7.
Retorno fator 1: 0,5
Beta fator 2: 3,5

Considerando que a regressão retorna resultado de 13,5%, para que não haja
arbitragem, o valor do retorno fator 2 é de aproximadamente

a) 1,47.

b) 2,47.

c) 3,47.

d) 4,47.
Exercício
[506208] O método de alocação de ativos que combina as expectativas do investidor
com aquelas inferidas na carteira de mercado é chamado

a) Média Variância.

b) Black Litterman.

c) Monte Carlo.

d) Asset-Liability Management
Exercício
[506202] Considere as seguintes afirmativas a respeito das estratégias de
rebalanceamento corredor e por calendário.

I. O rebalanceamento por corredor permite reações mais rápidas a desvios da


alocação estratégica do que a estratégia por calendário.
II. O rebalanceamento por calendário envolve menores custos de monitoramento,
comparativamente à estratégia por corredor.
III. No rebalanceamento por corredor, quanto maior a aversão a risco do cliente,
menor o corredor.

Está correto o que se afirma em

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I, II e III.
Exercício
[506203] Considere as seguintes afirma‡vas a respeito do uso de deriva‡vos para
rebalanceamento de carteiras:

I. O custo de implementação é mais barato, frente à alterna‡va de rebalancear


todos os a‡vos.
II. O processo de rebalanceamento se torna mais rápido
III. É provável que essa técnica interfira menos no preço dos a‡vos.

Está correto o que se afirma em

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I, II e III.
Exercício
[427301] Considere um cliente que adota a estratégia Buy-and-Hold e possui um
patrimônio de R$ 500.000,00. Seu valor mínimo de carteira é R$ 300.000,00 e o
multiplicador em ações é 1,5. Sua intenção é investir 40% do patrimônio em BOVA11 e
o restante num fundo indexado DI. Após 12 meses o Ibovespa teve valorização de 30%
e o fundo DI de 10%. Passados os 12 meses, quanto deverá estar alocado entre os
ativos de renda variável e de renda fixa?

a) R$ 300.000,00 e R$ 220.000,00.

b) R$ 390.000,00 e R$ 220.000,00.

c) R$ 465.000,00 e R$ 145.000,00.

d) R$ 260.000,00 e R$ 330.000,00.
Exercício
[427315] Um investidor, que possui R$ 100 milhões para investir, opta por rebalancear
sua carteira conforme a técnica CPPI (Constant Proportion Portfolio Insurance). Para
tal, define piso de R$ 80 milhões, multiplicador 5 e elege apenas dois ativos para
compor a carteira: ativo com risco e ativo livre de risco. No momento do primeiro
rebalanceamento, desde a alocação inicial, os ativos com risco sofreram
desvalorização de 5%. Com base na técnica CPPI, nesse primeiro rebalanceamento,
com relação ao ativo livre de risco, o investidor deveria:

a) Comprar R$ 25 milhões.

b) Vender R$ 20 milhões.

c) Comprar R$ 20 milhões.

d) Vender R$ 25 milhões.
Como a prova tem cobrado!

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