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Renda Variável

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Conceitos Básicos
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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Ações
Conceito
A AÇÃO de uma empresa representa “a menor fração do seu capital social”. O detentor
de uma ação (acionista), se torna um dos donos da companhia (coproprietário) e não um
credor da empresa, desta forma, ações NÃO POSSUEM RISCO DE CRÉDITO! Junto com
todas as outras pessoas (físicas ou jurídicas) que detêm ações da empresa, você passa a
fazer parte do quadro de acionistas da companhia. As ações são conversíveis em dinheiro
a qualquer momento por negociação em bolsa de valores ou mercado de balcão, desde
que haja um outro interessado e por isso há o risco de Liquidez.

As ações possuem algumas características, podendo ser:


Ø Nominativas ou “Ao portador”;
Ø Escriturais ou físicas;
Ø Ordinárias (ON) ou Preferências (PN);
Ø De diferentes Classes (A, B, C, ...).

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Ações
Tipos
As ações se diferenciam basicamente pelos direitos que concedem a seus acionistas. No
Brasil, elas estão divididas em dois grandes grupos: as ações ordinárias e as ações
preferenciais. Ambos os tipos de ações devem ser nominativas (seu detentor é
identificado nos livros de registro da empresa).

As principais características de cada uma são:


Ø Ações Ordinárias (ON): ação com direito a voto.
Ø Ações Preferências (PN): ação com preferência aos dividendos.
Ø Certificados de Depósito de Ações (UNITS): são ativos compostos por mais de
uma classe de valores mobiliários, como por exemplo, uma composição da ações ON
e ações PN.

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Ações
Ações Ordinárias (ON)
Os detentores de ações ordinárias nominativas (ON) têm o direito de votar nas
assembleias da empresa. Porém, para do pequeno investidor, esse direito é bastante
limitado, já que seu voto pode ser bastante insignificante perto dos grandes investidores.
As características das ações ON são:
Ø Dá direito a voto nas assembleias (1 ação = 1 voto);
Ø Eleição do Conselho Administrativo;
Ø Controle do destino da empresa;
Ø Direito a Tag Along (mínimo de 80% do valor pago por ação com direito a voto em
caso de alienação de controle)

Importante ressaltar que é obrigatório que no mínimo 50% das ações sejam ordinárias, e
em caso de falência, ela será o último débito a ser quitado pela empresa, portanto há
um maior risco comparado as PN.

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Ações
Ações Preferencial (PN)
As ações preferenciais nominativas (PN) são aquelas que menos protegem o acionista
minoritário, pois não lhe dão o direito de votar em assembleia e em caso de venda da
empresa, não lhe garantem o direito de participar do prêmio de controle (valor pago ao
acionista que detém o comando, no caso de venda da empresa). Desta forma, suas
características são:
Ø Não dá direito a voto (há exceções);
Ø Prioridade na distribuição de dividendo;
Ø Prioridade no reembolso do capital, com ou sem prêmio;
Ø Número de ações preferenciais sem direito a voto não pode ultrapassar 50% do
total de ações emitidas.
Ø Caso a companhia não distribua resultados por três exercícios consecutivos, as
ações preferenciais podem adquirir direito a voto, o qual será mantido até que se
faça a distribuição de dividendos.
o A aquisição do direito a voto valerá tanto nas companhias abertas ou fechadas,
onde foi estipulado dividendo fixo ou mínimo e nas companhias abertas onde foi
estipulado dividendo mínimo de 3% do patrimônio líquido.

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Ações
Ações Preferencial (PN)
Conforme a lei 10.303, somente poderão ser negociadas em bolsa as ações PN com pelo
menos UMA das vantagens abaixo, independentemente do direito de receber ou não o
reembolso de capital:
Ø Direito de participar de dividendo a ser distribuído de, pelo menos, 25% (vinte e
cinco por cento) do Lucro Líquido do exercício; ou
Ø Direito ao recebimento de dividendo de pelo menos 10% (dez por cento) maior do
que o atribuído a cada ação ordinária (ON); ou
Ø Direito de serem incluídas no Tag Along (em caso de venda da companhia, direito
de vender as suas ações recebendo, no mínimo 80% do valor pago por cada ação
integrante do bloco de controle), assegurando o dividendo pelo menos igual ao das
ordinárias (ON).

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Ações
Classe
As empresas podem emitir diferentes classes de ações e criar quantas classes quiser,
dentro de seu tipo (ON ou PN). Essas classes de ações recebem uma letra, conforme
objetivos específicos. Por exemplo, a empresa pode estabelecer em seu estatuto valores
diferenciados de dividendos ou proventos especiais para cada classe de ação.

Uma ação PNA indica uma ação PN (Preferencial Nominativa) classe A. A classe A pode
indicar que seja uma ação com dividendo mínimo e a classe B, uma ação com dividendo
fixo.

As classes são descritas por letras (A, B, C, ...), após o ON e PN, sendo que no Estatuto
Social é que são determinadas as vantagens e restrições de cada uma delas.

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Depositary Receipts (DR’S)
Definição
São títulos negociados em um país que têm como lastro ações de uma empresa que está
instalada fora deste país. No Brasil são negociados os BDRs (Brazilian Depositary Receipts),
certificados representativos de ações de empresas estrangeiras, no qual os Brasileiros
podem comprar. Já nos Estados Unidos são emitidos os ADRs, onde os Americanos podem
investir em empresas não-americanas. Por exemplo, a Petrobrás possui um programa de
ADR negociadas na NYSE na qual cada 2 ações PN equivalem 1 ADR (PBRA). Já quando
esse lastro é em qualquer outro país, como por exemplo, na Inglaterra, chamamos de
GDR (GLOBAL Depositary Receipts).

• Negociadas nos EUA Ações • Negociadas no Brasil


• Emitidas por empresas • Emitidas por empresas
não americanas não brasileiras
ADR - American DR’s BDR - Brazilian
Depositary Receipts Depositary Receipts

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Depositary Receipts
Benefícios
A empresa estrangeira que decide acessar o Mercado Internacional, listando um
programa de ADR, BDR ou GDR, pode se beneficiar de:
Ø Ampliação e diversificação de sua base de acionistas;
Ø Maior visibilidade entre investidores, consumidores e clientes internacionais;
Ø Aumento da liquidez total de sua ação ao atrair novos investidores;
Ø Maior cobertura de research fora de seu país de origem;
Ø Alternativa adicional para captação de recursos;
Ø Negociação de suas ações ao lado das ações de seus pares nos mercados
internacionais;
Ø Paridade de preços com pares globais por meio da prestação de informações
reconhecidas internacionalmente;
Ø Melhor valuation internacional ao se colocar junto a seus pares;
Ø Moeda de troca opcional para possíveis fusões e aquisições.

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BDR’S: Brazilian Depositary Receipts
Tipos de Categorias
Os recibos BDRs possuem duas categorias:
Ø Patrocinadas; e
Ø Não Patrocinadas.

Os certificados patrocinados são emitidos por uma instituição depositária contratada pela
companhia estrangeira emissora dos valores mobiliários. Além disso, esta companhia é
responsável por divulgar todas as informações necessárias, fazendo parte do processo.
Outro ponto importante é que a categoria Patrocinada pode ser classificada como Nível I,
Nível II ou Nível III. Já a categoria Não Patrocinado é emitido sem o envolvimento da
empresa estrangeira, desta forma, só pode ser classificado como nível I.

Vale ressaltar que, desde 22 de outubro de 2020, as BDRs Nível I estão dispostas a
negociação a quaisquer investidores, desde que:
Ø o mercado de maior volume de negociação desses ativos, nos últimos 12 meses,
seja um ambiente de mercado estrangeiro classificado como “mercado reconhecido”;
Ø o emissor dos valores mobiliários que servem de lastro aos BDR esteja sujeito à
supervisão por parte da entidade reguladora do mercado de capitais do mercado de
maior volume de negociação.
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BDR’S: Brazilian Depositary Receipts
Características
q BDR Patrocinado Nível I: Não há registro na CVM (regra geral).
Ø Negociados no mercado de balcão não organizado ou em segmentos específicos
de BDRs nível I em mercados de balcão organizado ou bolsa de valores;
Ø Como regra geral, apenas para investidores qualificados (para investidores não
qualificados, deve-se respeitar os itens citados no slide anterior)
q BDR Patrocinado Nível II: Registro na CVM.
Ø Não há emissão de ações;
Ø Negociados no mercado de balcão organizado ou bolsa por qualquer investidor.
q BDR Patrocinado Nível III: Há emissões de ações por IPO!
Ø Negociado em balcão organizado ou bolsa por qualquer tipo de investidor;
Ø Registro na CVM;
Ø Mais completo e oneroso.
q BDR NÃO Patrocinado: Não há envolvimento da companhia estrangeira.
Ø Instituído por uma ou mais instituições depositárias ou emissoras de certificado,
sem envolvimento da companhia estrangeira emissora dos valores mobiliários lastro,
e só pode ser classificado como Nível I;
Ø Negociado em balcão.
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ADR’S: American Depositary Receipts
Programas de ADR
Da mesma forma como no Brasil, fiscalizado pela CVM, há quatro tipos de classificações
das ADRs, que se diferem pelo objetivo da empresa em relação à emissão, quantidade de
exigências feitas pelas autoridades nacionais (SEC - Security Exchange Comission), são
elas:

q ADR Nível I (Pink sheet – investidor qualificado):


Ø Não há emissão de ações.
Ø Negociados no mercado de balcão.
Ø Não precisa atender normas contábeis americanas.
Ø Objetivo: colocar ações no mercado norte-americano.

q ADR Nível II (Lister):


Ø Não há emissões de ações.
Ø Negociados em bolsa – Nyse, Amex ou Nasdaq.
Ø Deve atender normas contábeis americanas – USGAAP.
Ø Registro na SEC.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
ADR’S: American Depositary Receipts
Programas de ADR
q ADR Nível III (Fully register):
Ø Há emissão de ações por IPO.
Ø Negociado em bolsa – Nyse, Amex ou Nasdaq.
Ø Deve atender requisitos da SEC (CVM dos Estados Unidos), das Bolsas e normas
contábeis americanas (USGAAP).
Ø Programa de divulgação institucional de alta qualidade.
Ø Mais completo e oneroso.

q ADR Nível 144A:


Ø É lançamento privado, permite captação de novos recursos.
Ø Negociados em balcão.
Ø Investidores institucionais qualificados, sem registro na SEC.

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BDR’S: Brazilian Depositary Receipts
Ciclo Operacional
1. Emite ordem de compra (R$)
INVESTIDOR CORRETOR
BRASILEIRO 9. Entrega BDR BRASILEIRO

BD R
ega 2. R$
tr
BANCO 8. En
DEPOSITÁRIO
(emite BDR) Através de uma
Instituição Financeira
que atue nos dois países
e opere com câmbio.
7. Notifica o Depositário
3. U$
BANCO 4.
CUSTODIANTE 6. Entrega ações CORRETOR Bolsa de
(custódia de ações) AMERICANO Valores
5. Ações
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ADR’S: American Depositary Receipts
Ciclo Operacional
1. Emite ordem de compra (US$)
INVESTIDOR CORRETOR
AMERICANO 9. Entrega ADR AMERICANO

a ADR
treg 2. US $
BANCO 8. En
DEPOSITÁRIO
(emite ADR) Através de uma
Instituição Financeira
que atue nos dois países
e opere com câmbio.
7. Notifica o Depositário
3. R$
BANCO 4.
CUSTODIANTE 6. Entrega ações CORRETOR Bolsa de
(custódia de ações) BRASILEIRO Valores
5. Ações
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Governança Corporativa
Conceito
Governança corporativa é o conjunto de práticas que tem por finalidade alinhar os
objetivos da administração da companhia aos interesses dos acionistas, visando assegurar
que as decisões sejam tomadas em linha com os objetivos de longo prazo das
organizações.

Entre os mecanismos de governança, destacam-se a existência de:


Ø Conselho de administração ativo e que atue com independência;
Ø Maioria obrigatória de conselheiros independentes, todos com excelente
reputação no mercado, experiência e firme compromisso de dedicação ao Conselho;
Ø Comitê de Auditoria composto exclusivamente por membros independentes;
Ø Eleições para todos os assentos do conselho de uma única vez, evitando assim a
perpetuação de grupos de controle ao longo do tempo;
Ø Presidente do Conselho e CEO ocupados por profissionais distintos.
Ø Permissão para realização de negócios com partes relacionadas, desde que com
autorização prévia do Conselho de Administração.

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Governança Corporativa
Níveis de diferenciados de Governança
A Bovespa (atual B3) criou em dezembro de 2000, três segmentos especiais de listagem
para as companhias, além do tradicional (lei das S/A). A B3 não registra automaticamente
as empresas nestes níveis, sendo necessário a assinatura do Contrato de Adoção de
Práticas Diferenciadas no nível que se deseja, celebrado entre a B3 e a companhia
(administradores e acionista controlador). Este contrato é imprescindível, pois, enquanto
estiver em vigor, torna obrigatório o cumprimento dos seus requisitos, tendo a B3 o dever
de fiscalizar e, se for o caso, punir os infratores. Estes níveis são:
Ø Nível 1 (padrão mais baixo de Governança, mas maior que a Lei);
Ø Nível 2 (padrão alto de Governança, porém com ações PN e ON);
Ø Novo Mercado (mais alto padrão de Governança).

q Os principais objetivos são:


Ø Incentivar e preparar as companhias para aderirem ao Novo Mercado;
Ø Melhoria da relação com investidores;
Ø Fortalecer o mercado de capitais nacional;
Ø Maior transparência de informações com relação aos atos praticados pelos
controladores e administradores da companhia.

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Governança Corporativa
Nível 1
As principais mudanças entre o tradicional e o Nível 1 de Governança Corporativa, refere-
a melhorias na prestação de informações ao mercado e com dispersão acionário (free
float mínimo de 25%s). Suas principais características são:
Ø Free Float Mínimo de 25%: Significa que a empresa deverá manter em circulação
uma parcela mínima de ações que represente 25% do seu capital social;
Ø Melhoria nas informações prestadas, trimestrais e anuais;
Ø Ao menos uma reunião anual pública com analistas e investidores;.
Ø Apresentação de calendário anual, constando todos os eventos corporativos;
Ø Divulgação de todas as negociações referentes a valores mobiliários e derivativos
de emissão da companhia, por parte dos acionistas controladores,
Ø Desde 10/05/2011, o Presidente do Conselho e o Diretor Presidente (ou principal
executivo), não poderão ser a mesma pessoa.

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Governança Corporativa
Nível 2
Neste nível, a empresa todavia mantém ações PN na sua composição, mas garante maior
equilíbrio de direitos entre todos os acionistas, pois os itens mais relevantes, foram
melhorados (ou seja, muda tudo, exceto que ainda mantém ações PN). Estes itens são:
Ø Free Float Mínimo de 25%: Significa que a empresa deverá manter em circulação
uma parcela mínima de ações que represente 25% do seu capital social;
Ø Demonstrações financeiras traduzidas para o Inglês (USGAP ou IFRS);
Ø Tag Along de 100% para ações ON e PN;
Ø Aderência a Câmara de Arbitragem para dirimir conflitos societários;
Ø Conselho de Administração com no mínimo 5 pessoas, sendo 20% de
conselheiros independentes.
Ø Presidente do Conselho e o Diretor Presidente não poderão ser a mesma pessoa;
Ø As ações preferencias terão direito a voto, no mínimo, nos seguintes itens:
o Transformação, incorporação, fusão ou cisão da companhia;
o Avaliação de Bens destinados à integralização de aumento de capital;
o Escolha da instituição para determinação do Valor Econômico da empresa;
o Aprovação de contratos entre a Companhia e o Acionista Controlador que
sejam deliberados em Assembleia Geral.

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Governança Corporativa
Novo Mercado
O nível Novo Mercado exige das empresas os mais altos níveis de governança corporativa,
sendo referência no que se refere à transparência e respeito aos acionistas. Ele inclui
todos as regras da nível 2, mas com uma grande mudança: o capital deve ser composto
EXCLUSIVAMENTE por ações ordinárias (ON) com direito a voto. Ou seja, é proibido ter na
sua composição, ações preferencias (PNs). Desta forma, as principais regras são:
Ø Capital deve ser composto EXCLUSIVAMENTE por ações ordinárias (ON) com
direito a voto;
Ø Free Float Mínimo de 25%: Significa que a empresa deverá manter em circulação
uma parcela mínima de ações que represente 25% do seu capital social;
Ø Demonstrações financeiras traduzidas para o Inglês (USGAAP ou IFRS);
Ø Tag Along de 100% para ações ON;
Ø Aderência a Câmara de Arbitragem para dirimir conflitos societários;
Ø Conselho de Administração com no mínimo 5 pessoas, sendo 20% de conselheiros
independentes;
Ø Presidente do Conselho e o Diretor Presidente não poderão ser a mesma pessoa.

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Governança Corporativa
Resumo
Quanto maior, mais benefício ao acionista minoritário

Tradicional N1 N2 Novo Mercado


Atender Atender requisitos Atender requisitos Ter apenas
Objetivo
Legislação de transparência societários ações ON
Free Float não há regra mínimo 25% mínimo 25% mínimo 25%
Características ON e PN ON e PN ON e PN (com
somente ON
das ações conforme a lei conforme a lei direitos adicionais)
mínimo 3
Conselho de mínimo 3 membros mínimo 5 membros mínimo 5 membros
membros
Administração conforme a lei 20% independente 20% independente
conforme a lei
Dem Financ. US GAAP ou US GAAP ou
facultativo facultativo
Padrão Intern IFRS IFRS
80% ON 80% ON 100% p/ ON
Tag Along 100% p/ ON
conforme a lei conforme a lei 100% p/ PN
Câmara de
facultativo facultativo Obrigatório Obrigatório
Arbitragem

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Remuneração das Ações
e Liquidez

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Ações
Remunerações
O retorno financeiro de um acionista dependerá de vários fatores, sendo os principais
motivos o (1) desempenho econômico da empresa; e o (2) comportamento da economia
brasileira e internacional. Esta remuneração poderá através de:
Ø Ganho de Capital: na valorização das ações;
Ø Dividendos: distribuição do lucro;
Ø JCP (Juros sobre o Capital Próprio): juros pagos em relação ao Patrimônio Líquido
da companhia;
Ø Bonificação: ações gratuitas recebidas pela incorporação do lucro. Se a empresa
tem bons projetos, é preferível que seu lucro seja utilizado para financiar seus
investimentos, pois podem ganhar mais na valorização das ações do que no
recebimento de dividendos;
Ø Subscrição: direito de compra de ações na mesma proporção à sua participação.

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Dividendos
Conceito
DIVIDENDO É O LUCRO DISTRIBUÍDO EM DINHEIRO ISENTO DE IR (Imposto de Renda).
O percentual mínimo é definido pelo estatuto e caso seja omisso, a lei determina que seja
de 50% a sua distribuição. Após seu pagamento, o preço da ação sofre uma redução do
mesmo valor do dividendo pago por ação (ação passa a ser negociada ex-dividendo). Este
processo ocorre em 3 etapas (anúncio, ajuste e pagamento).
Ø DATA DO ANÚNCIO: Data em que o corpo diretivo da empresa aprova e declara
que serão pagos dividendos;
Ø DATA DO AJUSTE DE PREÇO DE MERCADO (EX-DIVIDENDO): Data em que o preço
de mercado se ajusta ao dividendo e que é definido a base acionária que receberá o
dividendo! A partir desta data, o investidor que comprar a ação não terá mais direito
ao dividendo anunciado;
Ø DATA DO PAGAMENTO: Empresa efetivamente paga os dividendos aos acionistas.

Perceba que o acionista que receberá os dividendos é aquele que possui as ações no dia
do EX-DIVIDENDO. Ele não precisa possui as ações antes dessa data e mesmo que ele
venda as ações no dia posterior a data do ex-dividendo, ele terá direito ao recebimento na
da DATA DO PAGAMENTO.

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Política de Dividendos
Conceito
A política de dividendos adotada por uma empresa pode transmitir sinais ao mercado
sobre a situação da companhia. De acordo com a Teoria de Sinalização de Dividendos, tais
sinais sobre a expectativa de distribuição de dividendos futuros e, consequentemente, do
resultado da companhia, seriam capazes de influenciar a demanda por determinado ativo.

Contudo, uma variação no volume a distribuir de dividendos pode ser interpretado de


maneira dúbia:
Ø ELEVAÇÃO DOS DIVIDENDOS: muitos podem interpretar como uma notícia
positiva, pois receberão valores maiores a título de dividendos; porém outros podem
questionar se a administração da companhia não está sendo capaz de empreender
novos projetos que possam implicar maior retenção de lucros, de um lado, mas
resultados superiores no futuro, de outro.
Ø REDUÇÃO DOS DIVIDENDOS: à primeira vista, pode sinalizar que a empresa passa
por dificuldades financeiras e que prefere distribuir menos recursos a título de
dividendos; porém, pode também significar que a companhia está retendo parcela
maior do lucro para reinvestir na própria empresa, o que pode levar a melhores
resultados no futuro e, consequentemente, maiores dividendos.

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Política de Dividendos
Conceito
Dada essa possível ambiguidade de interpretações, existem três principais teorias a
respeito do efeito de dividendos no valor para o acionista:
Ø Teoria da Irrelevância dos Dividendos (dividend irrelevance): como o nome diz,
essa teoria defende que a declaração de uma companhia a respeito do pagamento
de dividendos não teria impacto sobre o preço das ações. Isso porque, para os
defensores dessa teoria, o grande valor de uma empresa é sua capacidade de obter
lucro e proporcionar bons índices de rentabilidade. Portanto, desde que isso seja
feito, a quantidade de dividendos paga não agregaria valor ao acionista.
Ø “Pássaro na mão” (Bird-in-hand): já diz o ditado popular, “mais vale um na mão
do que dois voando”. Assim, essa teoria defende que os investidores preferem
receber dividendos maiores, que representam caixa certo (um na mão), ao invés de a
empresa distribuir menos, reinvestir no próprio negócio e poder gerar mais lucro a
médio e longo prazo. Nesse último cenário, haveria a expectativa de um ganho de
capital superior, mas incerta (dois voando).
Ø Preferência fiscal (tax preferrence): os investidores preferem menores dividendos
e maiores ganhos de capital, uma vez que os primeiros são mais tributados do que os
segundos em alguns países, como nos EUA.

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Juros sobre o Capital Próprio (JCP)
Conceito
A JCP, o JUROS sobre o CAPITAL PRÓPRIO, é uma forma de remuneração alternativa ao
dividendo para o acionista. A diferença é que ela é considerada uma despesa para a
empresa e transferindo a tributação para o acionista. Esta remuneração é limitada até o
valor da correção da TLP (Taxa de Longo Prazo) sobre o Patrimônio Líquido (PL).

Inicialmente parece ruim, mas é uma excelente estratégia, já que a tributação nas PJ varia
de 25% a 35% sobre o lucro e nas pessoas físicas é de 15%. Outro ponto importante é que
após seu pagamento, o preço da ação sofre o mesmo efeito que ocorre no pagamento dos
dividendos, ou seja, é negociada ex-juros.

q VANTAGEM PARA EMPRESA: Despesa dedutível da base de cálculo para o IRPJ


(Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social do Lucro Líquido) na
apuração pelo lucro real das empresas.

q IR PARA O INVESTIDOR: O acionista é tributado em 15% sobre o valor a ser distribuído,


com o IR sendo exclusivo e definitivo na fonte. Para a prova, a JCP possui os mesmos
efeitos que o dividendo, porém com tributação de 15% para o acionista.

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Direito de Subscrição
Conceito
O DIREITO DE SUBSCRIÇÃO, também chamado de Bônus de Subscrição, são títulos
negociáveis emitidos por sociedades por ações que conferem aos seus titulares, nas
condições constantes do certificado, o direito de subscrever ações do capital social da
companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto. Tem como objetivo a
proteção dos acionistas dos efeitos de diluição e valor de sua propriedade já existente.

Por se tratar de um título negociável, que dá o direito de comprar novas ações e possui
um prazo definido, o direito de Subscrição se assemelha a uma CALL (opção de compra).
Para a prova, uma das diferenças entre esses Direitos e a Bonificação de Ações, é que no
primeiro o acionista precisa desembolsar os recursos para comprar as ações, já no
segundo é gratuito.

FÓRMULA PARA PREÇO EX-SUBSCRIÇÃO (X):

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Direito de Subscrição
Gráfico Demonstrativo
Para você não se apegar a fórmula, vamos então entender o raciocínio passo-a-passo!

RToro Education Uma empresa possui ao total 100 ações, que estão
1 sendo negociadas na bolsa por R$ 5,00. Desta
100 ações forma, o seu valor de mercado é de R$ 500,00!

RToro Education Esta empresa deseja captar R$ 100,00 de recursos


50
novos, então ela dá o direito de subscrição de 50
2 AÇÕES
100 ações ações a R$ 2,00 a seus acionista (para cada 2 ações
NOVAS
que um acionista possui, ele pode adquirir 1 nova).

RToro Education S/A Agora a empresa estará valendo os R$ 500,00 MAIS


R$ 100,00 do dinheiro que entrou (R$ 600,00),
3
150 AÇÕES porém possuindo 150 ações. Assim, o novo preço
no mercado será de R$ 600 ÷ 150 = R$ 4,00.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Bônus de Subscrição
Exemplo de Cálculo
A empresa “RToro Education S/A” está aumentando seu capital social em 30% através de
uma subscrição aos seus acionistas. O valor de mercado atual das ações está em R$ 2,50
e o valor da subscrição será de R$ 2,40. Desta forma, qual será o valor das ações após o
período da subscrição (Ex-Subscrição)?

q RESPOSTA: Quando a questão não nos informa a quantidade de ações que a


companhia possui, utilizamos como base o número 100 para facilitar os nosso cálculos.
Assim, primeiramente vamos descobrir o valor de mercado atual da companhia, depois o
valor que entrada de recursos na empresa, e por último o novo preço!
(1) Valor Atual de Mercado: (100 ações) × R$ 2,50 = R$ 250,00 é o valor total da empresa
(2) Dinheiro entrando na RToro Education S/A: A questão nos diz que a empresa está
aumentando em 30% o seu capital social. Como utilizamos o número 100 como base, ela
estaria aumentando em 30 ações ao valor de R$ 2,40, ou seja, 30 x R$ 2,40 = R$ 72,00.
(3) Novo Valor de Mercado: Agora que sabemos o valor de mercado antes da subscrição
e o valor em dinheiro que está entrando, sabemos que ela vale ao total R$ 322,00, pois é
a soma dos dois. Para saber o valor da ação, basta dividir pela quantidade de ações, que
agora é de 130 (100 + 30). Portanto, o novo valor será R$ 322,00 ÷ 130 = R$ 2,48.

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Bonificação de Ações
Conceito
A BONIFICAÇÃO DE AÇÕES é o ato de uma companhia incorporar as reservas de lucro ou
de capital para ela e em troca disso, distribui novas ações aos atuais acionistas, realizando
um aumento de capital. É como se, ao invés a empresa distribuir o valor em dividendos,
ela distribui em ações, e esse recebimento é proporcional à posição acionária existente no
momento que a assembleia concede a bonificação.

A incorporação de reservas aumenta o valor do Capital Social, mas não altera o valor do
Patrimônio Líquido, pois ele é uma das contas do Patrimônio Líquido. Nesse caso, o capital
social é aumentado pela capitalização de reservas (novas ações foram emitidas para os
atuais acionistas). Como não ocorre incremento do patrimônio líquido, apenas
movimentação de contas em seu interior, o valor da empresa não se altera, somente o
valor da ação é modificado, vide que hão há entrada de novos recursos, pois os recursos
já estão na empresa.

q RESUMO: a BONIFICAÇÃO DE AÇÕES é a distribuição GRATUITA de novas ações aos


atuais acionistas, causado pelo incorporação do lucro. O acionista tem somente um custo
contábil por estas ações (quando ele vender, o custo informado a receita federal para o
ganho de capital, será este custo contábil).
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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Bonificação de Ações
Exemplo de Cálculo
Uma empresa que possui ao total 1.000 ações, teve um lucro líquido de R$ 2.000,00.
Através de uma assembleia, a companhia decide que 25% deste lucro será distribuído
em forma de bonificação de ações a valor de mercado. Sabendo que as ações estão
sendo negociadas a R$ 5,00, como ficaria a posição de um acionista chamado Rafael,
que possui 10% da companhia, após a bonificação?

q RESPOSTA: Para resolvermos esse tipo de questão, pense da seguinte forma: “se o
acionista recebesse o valor em dinheiro, e depois tivesse que comprar as ações pelo valor
da bonificação, com quanto ele ficaria?”. Claro que ele não vai precisar desembolsar esse
valor, mas o resultado final será o mesmo! Desta forma:
(1) Antes de Bonificação, Rafael possuía 100 ações (10% de 1.000 ações da companhia).
(2) Como a empresa vai distribuir 25% de R$ 2.000,00, a empresa distribuirá R$ 500,00.
(3) Rafael tem direito a 10% dos R$ 500,00, ou seja, R$ 50,00.
(4) Como a bonificação ocorrerá ao valor de R$ 5,00, Rafael irá ganhar DEZ AÇÕES, pois
com R$ 50,00, ele poderia comprar 10 ações a R$ 5,00.
(5) Posição final: 100 + 10 ações da bonificação = 110 ações.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Desdobramento (Split)
Conceito
O DESDOBRAMENTO, também chamado de SPLIT, é a divisão de uma ação em várias e
tem por finalidade ampliar a liquidez das ações em circulação de uma empresa. Ou seja,
quando uma empresa acredita que suas ações estão tendo pouca liquidez, ela pode
realizar esse processo, que aumentará a quantidade de ações no mercado e, ao mesmo
tempo, reduzirá a cotação na mesma proporção.

O Desdobramento NÃO AFETA A ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA. Desta forma, o


investidor precisará ter o mesmo valor financeiro que tinha antes do SPLIT!

q EXEMPLO: Um investidor possui 200 ações a R$ 30,00 cada (R$ 6 mil). Sabendo que a
empresa fez um Split de 1 pra 3 (ou seja, de 200%), qual será a nova posição e qual o novo
valor da ação?
RESPOSTA: Para cada ação que o investidor possuía, ele passará agora a ter o triplo, ou
seja, 3 ações, tendo ao total 600 ações. Como ele deve manter o mesmo valor financeiro
investido (R$ 6.000,00), cada ação deverá valer agora R$ 10,00. Perceba que o preço e a
quantidade de ações possui uma relação inversamente proporcional nesses
procedimentos!

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Grupamento (Inplit)

O GRUPAMENTO, também chamado de INPLIT, é a junção de várias ações em uma só,


tendo por finalidade diminuir a volatilidade destes títulos em circulação de uma empresa.
Normalmente este processo ocorre em empresas que o valor nominal da sua ação está
sendo negociado em centavos. Desta forma, diminuirá a quantidade de ações no
mercado e, ao mesmo tempo, aumentará a cotação na mesma proporção.

O Grupamento NÃO AFETA A ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA. Desta forma, o


investidor precisará manter o mesmo valor financeiro que tinha antes deste
procedimento!

q EXEMPLO: Um investidor possui 5.000 ações a R$ 0,10 cada (R$ 500,00 ao total).
Sabendo que a empresa fez um Inplit de 10 para 1, qual será a nova posição e qual o novo
valor da ação?
RESPOSTA: A cada 10 ações do investidor, ele passará a ter 1, ou seja, sua nova posição
será de 500 ações. Como ele deve manter o mesmo valor financeiro investido (R$ 500,00),
cada ação deverá valer agora R$ 1,00. Perceba novamente, que o preço e a quantidade de
ações possui uma relação inversamente proporcional nesses procedimentos!

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Ofertas Públicas e Ambientes de
Negociação
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36
CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Mercado Primário e Secundário
Conceito
q MERCADO PRIMÁRIO (IPO): é aquele em os valores mobiliários de uma nova emissão
são negociados diretamente entre a companhia ou Banco Central (quando se tratar de
títulos públicos) e os investidores. Em resumo:
Ø Finalidade de dinamizar o fluxo de poupança em direção aos investimentos
produtivos, viabilizando o crescimento empresarial;
Ø Emissor emite títulos pela primeira vez ou está realizando uma nova captação de
recursos (novas ações, debêntures, CRI, CRA, títulos públicos...);
Ø Há entrada de recursos no caixa do emissor.

q MERCADO SECUNDÁRIO: local onde os investidores negociam e transferem entre si os


valores mobiliários (transferência de propriedade e de recursos), sem ter participação da
companhia. Assim sendo, o mercado secundário oferece liquidez aos títulos emitidos no
mercado primário. Em resumo:
Ø Finalidade de dar liquidez às ações e títulos emitidos no mercado primário;
Ø Onde ações são negociadas após sua emissão (bolsa ou mercado de balcão);
Ø Transferência de posse das ações entre investidores;
Ø Não há entrada de recursos no caixa da empresa.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Mercado Primário e Mercado Secundário
Gráfico
Decide captar
Bancos de
recursos via
Investimento;
emissão de títulos
Agente Bancos Múltiplos;
EMPRESA
Underwriting DTVM, CTVM
R$
vai
p ara Emite as ações no

IPO
ae mercado primário
mp
$ re sa (underwriting)
C CTVM Bolsa de
Ações Valores / Mercado
Mercado Primário
Ações C
de Balcão
V CTVM
Mercado secundário:
$
títulos passam a ser negociadas
entre os investidores

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
IPO – Initial Public Offering
Definição
IPO é a sigla em inglês para Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial em português.
Um IPO de ações é o momento em que a empresa abre seu capital e passa a ser listada na
Bolsa de Valores. Esta é uma das formas que as empresas tem como alternativa para
captar recursos e assim financiar seus investimentos. A outra é a busca de empréstimo ou
venda de títulos de dívida, que diferentemente da emissão de ações, considerada
“captação através de recursos próprios”, é considerada “captação através de recursos de
terceiros”.

A Instrução CVM 400 dispõe sobre as ofertas públicas de distribuição de valores


mobiliários, nos mercados primário e secundário, e tem por finalidade assegurar a
proteção dos interesses do público investidor e do mercado em geral, através do
tratamento equitativo aos ofertados e de requisitos de ampla, transparente e adequada
divulgação de informações sobre a oferta, os valores mobiliários ofertados, a companhia
emissora, o ofertante e demais pessoas envolvidas. Somente depois do registro da oferta
na CVM é que poderá ser ofertado ao público.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
IPO – Initial Public Offering
Vantagens
q VANTAGENS: O maior benefício deste tipo de captação é que a empresa não possui
mais a obrigação de remuneração como havia através da captação de dívidas, pois agora
irá remunerar através do lucro da empresa, diferentemente de quando são dívidas, paga-
se independentemente dos resultados. As demais vantagens são:
Ø Maior número de investidores potenciais (investidores institucionais)
Ø Maior profissionalização de gestão, pois é transparência necessária às empresas
de capital aberto.
Ø Alta liquidez patrimonial, vide que há conversão de ações em dinheiro, além da
maior visibilidade no mercado.

q DESVANTAGENS: No entanto, o que era benefício na forma de captação de recursos de


terceiros (dívidas), neste momento são desvantagens, tais como:
Ø Diluição do lucro por acionista, caso o acionista não subscreva seu direito;
Ø Divulgação obrigatória de informações estratégicas da empresa ao público
(inclusive à concorrência);
Ø Aumento dos custos administrativos:
o Publicação de demonstrações financeiras e auditorias;
o Pouco significativos para a empresa de grande porte.
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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
IPO – Initial Public Offering
Estruturação da Operação
q ORDEM CRONOLÓGICA PARA OFERTAS:
1. Análise interna e processo decisório: preparação da empresa e definição da
estrutura (Decisão dos Sócios);
2. Mandato para Instituição Financeira;
3. Transformar a empresa em S/A;
4. Preparar a documentação e registro junto à CVM e à B3;
5. Realizar apresentações para potenciais investidores (road show);
6. Formar consórcio de distribuição;
7. Elaborar o prospecto da emissão;
8. Anúncio de início de distribuição;
9. Anúncio de encerramento da distribuição.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Divulgação de ofertas públicas
Pilot fishing
É permitida a consulta a potenciais investidores pelo ofertante e pela instituição líder da
distribuição para apurar a viabilidade ou o interesse de uma eventual oferta pública de
distribuição, devendo esta consulta não exceder de 50 (cinquenta) investidores e ter
critérios razoáveis para o controle da confidencialidade e do sigilo, caso já tenha havido a
contratação prévia de instituição intermediária pelo ofertante.

A consulta a potenciais investidores não poderá vincular as partes, sob pena de


caracterizar distribuição irregular de valores mobiliários, sendo vedada a realização ou
aceitação de ofertas, bem como o pagamento ou o recebimento de quaisquer valores,
bens ou direitos de parte a parte.

Durante a consulta a potenciais investidores, o ofertante e a instituição líder da


distribuição deverão tomar as devidas precauções com seus interlocutores, de que a
intenção de realizar distribuição pública de valores mobiliários seja mantida em sigilo até
a sua regular e ampla divulgação ao mercado.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
IPO – Initial Public Offering
Tipos de Colocação
A operação para o lançamento de novos títulos (ações, debêntures, CRI, CRA,...) envolve
riscos relacionados a procura dos investidores pelos papeis da empresa. Cumprindo os
procedimentos legais da operação e avaliando a viabilidade econômico-financeira, a
empresa deve procurar uma instituição financeira que a auxilie a diminuir o risco de
demanda pela oferta. Esta instituição financeira pode ser um banco de investimentos ou
uma corretora (CTVM).

O processo de subscrição pública desses títulos podem ocorrer através principalmente


dos seguintes mecanismos:
Ø Bookbuilding;
Ø Leilão holandês;
Ø Competitive bids;
Ø Private placement;
Ø Garantia Firme (Straight);
Ø Melhores Esforços (Best Efforts).

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Processo de subscrição
Bookbuilding, Leilão Holandês, Competitive
Bids e Private Placement
Quando a empresa está buscando novos recursos, ela deve escolher qual o procedimento
para a precificação para a venda destes títulos, que podem ser ações, debêntures, CRI,
etc. Para esse procedimento, temos as seguintes formas possíveis:
Ø BOOKBUILDING: mesmo o nome não sendo familiar, este é o processo mais
comum para precificação de títulos. Aqui a empresa emissora define as condições
básicas da oferta e os investidores encaminham suas ofertas para a instituição
coordenadora da emissão, construindo assim, um “livro de ofertas”. Caso a demanda
seja maior que a oferta, a empresa comunicará o rateio, junto com o resultado do
bookbuilding.
Ø LEILÃO HOLANDÊS: também chamado de leilão descendente, ele segue a ordem
inversa de um leilão tradicional. O lance inicial é o máximo estipulado pelo vendedor
e progressivamente o preço vai sendo reduzido, até que um dos participantes esteja
disposto a aceitar o valor.
Ø COMPETITIVE BIDS x PRIVATE PLACEMENT: o primeiro se refere à colocação do
título de forma competitiva, via oferta pública; já o segundo, somente para
investidores e instituições pré-selecionados.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Processo de subscrição
Garantia Firme (Straight)
Na garantia firme de colocação (Straight), o agente financeiro responsável se compromete
a adquirir todo o valor do título que foi ofertado. Dessa forma, a empresa tem a garantia
de que todos os títulos emitidos serão vendidos, ou seja, a empresa captará todos os
recursos necessários e o RISCO SERÁ DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA QUE INTERMEDIU A
OPERAÇÃO.

Este regime é pouco comum para a emissão de ações, pois o agente financeiro só
assumirá o risco se houver uma demanda estimada pelas ações muito maior do que o
volume da oferta

q RESUMO: instituição financeira subscreve integralmente a emissão da empresa para


revendê-la posteriormente ao público, assumindo todo o risco da operação.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Processo de subscrição
Melhores Esforços (Best Efforts)
No Regime de Melhores Esforços, a instituição financeira se compromete a fazer tudo que
está ao seu alcance para que as ações da oferta sejam colocadas no mercado. Desta
forma, não há garantia de que a empresa conseguirá vender todos os títulos objeto da
oferta.

Diferente da garantia firme, OS RISCOS DA ACEITAÇÃO OU NÃO DOS TÍTULOS LANÇADOS


NO MERCADO É DA EMPRESA. Dependendo das condições de mercado, há um risco
importante de que não haja demanda pelo total das ações. Também pode ocorrer que o
preço da ação na oferta fique abaixo da faixa mínima estipulada. Numa situação dessas, é
muito comum que a oferta seja cancelada ou postergada.

q RESUMO: Nos Melhores Esforços não há um comprometimento por parte do


intermediário de que haverá a colocação efetiva de todas as ações; o risco é da própria
empresa.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Regras de distribuição
Green Shoe e Hot Issue
Ø GREEN SHOE: termo que se refere ao lote suplementar de ações. Ele é acionado
para estabilizar o preço das ações em caso de excesso de demanda e pode
representar um complemento de até 15% no valor inicialmente previsto para
distribuição;
Ø HOT ISSUE: também conhecido por lote adicional de ações, permite que a
empresa aumente a quantidade de ações ofertadas em até 20%. Diferentemente do
green shoe, o principal objetivo do hot issue é aumentar o volume da captação de
recursos pela companhia.

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Ambientes de Negociação
Tipos de Ordens
Quando um cliente deseja realizar uma operação na bolsa de valores (ou no mercado de
balcão), existem diversas formas que esta ordem poderá ser solicitada. São elas:
Ø Ordem a Mercado: Especifica-se somente a quantidade e as características dos
valores mobiliários ou direitos que deseja comprar ou vender (ordem mais comum
no mercado)
Ø Ordem Administrada: Como a Ordem a Mercado, mas a execução da ordem ficará
a critério da corretora.
Ø Ordem Discricionária: Gestor estabelece as condições de execução da ordem (não
o investidor).
Ø Ordem Limitada: Será executada somente por um preço igual ou melhor que o
indicado pelo investidor.
Ø Ordem Casada: A ordem Casada poderá ocorrer das seguintes características:
o Comprar somente quando ocorrer a venda de um outro ativo; ou vender
somente quando ocorrer a compra de um outro ativo;
o Somente será efetiva se ambas as transações forem executadas;
o Poderá ser especificado qual operação será executada primeiro.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Ambientes de Negociação
Tipos de Ordens: Ordem STOP
Além das ordens anteriores, uma das ordens mais comuns do mercado financeiro é a
Ordem Stop. Na Ordem Stop se determina o preço mínimo a partir do qual a ordem deve
ser executada. Esta poderá ser:
Ø Stop de COMPRA: irá comprar as ativos para o investidor, caso ocorra um negócio
MAIOR OU IGUAL preço determinado. Utilizada para encerrar uma posição de venda
(aluguel de ações – BTC).
Ø Stop de VENDA: irá vender a posição do investidor, caso ocorra um negócio
MENOR OU IGUAL preço determinado. Utilizada para encerrar uma posição de
compra.
Ø STOP LOSS: será executada para encerrar uma posição de perda.
Ø STOP GAIN: será executada para encerrar uma posição de ganho financeiro.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Índices da Bolsa de Valores
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50
CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Índices de Bolsa de Valores
Definição
Os Índices são cestas de ações, com respectivos pesos, representativas do mercado como
um todo ou setor econômico específico e com metodologia específica. São de suma
importância para utilização de benchmarks. Os principais grupos de índices são:
Ø Índices Amplos: Ibovespa, IBrX e IBrX-50;
Ø Índice de Energia Elétrica: IEE;
Ø Índices de Governança: IGC;
Ø Índices de Sustentabilidade: ISE;
Ø Índices de Segmentos: MLCX, SMLL, IDIV.

A seguir, detalhamos os principais.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Índices de Bolsa de Valores
IBOVESPA
O IBOVESPA é o mais importante indicador (benchmark) do mercado acionário brasileiro.
Ele é uma carteira teórica de ativos, sendo rebalanceada a cada quatro meses. O ajuste
desta carteira teórica ocorre no último dia útil dos meses de abril, agosto e dezembro.
Desde 2014, o peso na carteira é ponderado pelo valor de mercado, com limite de
participação baseado na liquidez da ação. Antes desta data, o IBOVESPA levava em
consideração somente a liquidez dos ativos (chamado por índice de negociabilidade), ou
seja ignorava o valor de mercado das ações.

q Critérios de inclusão: para a ação estar dentro do índice da BOVESPA ela deverá, nos
últimos 12 meses:
Ø Estar listada entre os ativos que representam 85% do índice de negociabilidade,
(este índice é calculado através do volume financeiro e o número de negócios); e
Ø Estar presente em 95% dos pregões;
Ø Deverá ter volume financeiro maior ou igual a 0,1%.
Ø Ações “penny stocks” (cotação abaixo de R$ 1,00) não poderão permanecer no
índice.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Índices de Bolsa de Valores
Demais índices
Os demais domésticos índices são:
Ø IBrX: O objetivo do IBrX ou IBrX 100 é ser o indicador do desempenho médio das
cotações dos 100 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado
de ações brasileiro. Seu rebalanceamento é quadrimestral, da mesma forma que o
IBOVESPA.
Ø IBrX50: O objetivo do IBrX 50 é ser o indicador do desempenho médio das
cotações dos 50 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de
ações brasileiro. Seu rebalanceamento é quadrimestral, da mesma forma que o
IBOVESPA.
Ø Índice de Dividendos (IDIV): Mede o retorno de uma carteira composta pelas
empresas com alto dividend yield (taxa de retorno dos dividendos). As Ações que
estiverem dentro dos 25% da amostra com os maiores yields irão participar da
carteira.
Ø Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): indicador do desempenho médio
das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido
comprometimento com a sustentabilidade empresarial.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Índices de Bolsa de Valores
Índices Internacionais
Dentre os principais índices internacionais, destacamos:
Ø S&P 500: O índice Standard & Poor's 500 Index é um índice ponderado pela
capitalização de mercado das 500 principais empresas de capital aberto dos Estados
Unidos. É considerado um dos melhores indicadores de desempenho do mercado
acionário norte-americano.
Ø Dow Jones: O Dow Jones Industrial Average (DJIA), também conhecido como Dow
30, é um índice do mercado de ações que acompanha 30 grandes empresas de
capital aberto negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na Nasdaq.
Diferente da grande maioria dos índices acionários, o critério de ponderação das
ações na carteira teórica do Dow Jones é por preço.
Ø Nikkei 225: Índice da Bolsa de valores de Tóquio que, como o Dow Jones, usa
como critério de ponderação o preço de 225 ações.
Ø FTSE: Principal índice da bolsa de Londres, reúne as 100 empresas com maiores
capitalizações negociadas no mercado inglês.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Índices de Bolsa de Valores
Índices Internacionais
Dentre os principais índices internacionais, destacamos:
Ø Hang Seng: Índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, reúne as ações das maiores
e mais importantes empresas negociadas na bolsa. A carteira teórica é ponderada
pela capitalização de mercado de tais ações.
Ø Nasdaq-100: Índice composto pelas 100 maiores empresas não financeiras
negociadas na Nasdaq.
Ø MSCI World e Emerging Markets: O MSCI World Index captura a representação de
empresas de grande e média capitalização em 23 países de mercados desenvolvido;
já o MSCI Emerging Markets Index repreenta ações de empresas de mesmo porte,
mas de 25 países de Mercados Emergentes. São índices de difícil replicação, pois
cada um contém cerca de 1.500 ações.
ØRussell 2000: O Índice Russell 2000 é um índice do mercado de ações de pequena
capitalização que compõe as 2.000 menores ações do Índice Russell 3000. É
considerado o principal índice de referência para fundos que operam ações small
caps.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Estratégias de Investimentos
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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Estratégias de Investimentos
Conceito
Existem diversas estratégias de investimentos no mercado de ações. Essas estratégias
permitem desde a simples compra de uma ação como pensamento de longo prazo,
quanto a de especular entre a diferença de preços de duas empresas do mesmo setor,
como por exemplo, os bancos Itaú e Bradesco.

Desta forma, as estratégias mais usuais e que são cobradas na prova são:
Ø Compra a Vista;
Ø Venda à vista;
Ø Compra com uso de margem;
Ø Venda Descoberta;
Ø Aluguel de Ações.

Veremos a seguir, cada uma destas operações.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Estratégias de Investimentos
Compra à Vista ou com Uso de Margem
Estas operações envolvem a compra de ações no mercado a vista, ou seja, pelo preço no
momento da compra. A diferença entre os dois é que pela COMPRA À VISTA o investidor
possui os recursos para a devida aquisição das ações; já na COMPRA COM USO DE
MARGEM o investidor utilizada uma linha de crédito fornecida pela Corretora. Nos dois
casos é uma estratégia com pensamento em ser sócio da companhia e obter retornos com
a alta das ações.

Como a COMPRA COM USO DE MARGEM, é um pouco menos usual, vamos explanar um
pouco mais as suas características. Conforme dito, ela é uma compra através de uma linha
de crédito disponível para que investidores comprem ações à vista na B3, mesmo sem ter
dinheiro em conta, tornando assim uma compra alavancada. A carteira do investidor é
dada como garantia para o financiamento. Assim, é possível aproveitar oportunidades do
mercado sem ter que se desfazer de ações. As linhas de crédito variam conforme as ações
que compõem a carteira do investidor (primeira linha, segunda linha, etc.), além de que
nem todas as ações são permitidas a serem adquiridas através dessa operação. Sua lista,
podemos encontrar no site da B3, em “Relação Conta Margem”.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Estratégias de Investimentos
Venda à Vista e Venda Descoberta
As operações que envolvem de vendas de ações tem como intuito o pensamento que os
preços das ações irão se desvalorizar. A diferença entre os dois casos é que pela VENDA À
VISTA o investidor possui as ações que está vendendo; já na VENDA DESCOBERTA o
investidor vende algo que ele NÃO POSSUI, e para honrar a operação, ele toma
emprestado de um terceiro, pagando-lhe um juros por esse empréstimo de ações.

Essa VENDA DESCOBERTA é como quando você deseja usar um veículo que não tem.
Assim, você vai até uma locadora de veículos e faz um contrato de empréstimo: você pode
utilizar o veículo da forma que quiser, mas ao final do contrato, necessita devolve-lo e
pagar um valor pelo aluguel. Assim também funciona com as ações: uma pessoa que não
possui estas ações vai até um local chamado BTC (Banco de Títulos CBLC), aluga as ações
de outros investidores que possuem e que desejam emprestar, e no final do contrato, é
necessário devolver as mesmas ações e pagando-lhes um juros. Desta forma, o TOMADOR
das ações agora pode VENDER algo que ele não tinha e se os preços diminuírem, ele
recompra por um preço mais barato e devolvem as ações para quem lhe emprestou
(DOADOR, que seria a locadora de veículos). Agora, se os preços das ações subirem, ele
precisará comprar por um valor mais caro, perdendo dinheiro!

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Estratégias de Investimentos
Aluguel de Ações
Retomando o nosso exemplo da Venda Descoberta, no qual havia uma “locadora de
veículos”, a operação de ALUGUEL DE AÇÕES é exatamente ser a locadora de veículos, ou
seja ser o DOADOR das ações.

Essa forma de rentabilizar a carteira de investimentos, serve para os investidores de longo


prazo, que não desejam se desfazer das suas ações, mas desejam ser remunerados de
alguma forma. Assim, eles colocam as suas ações para alugar no BTC, cobrando uma taxa
prefixada por este empréstimo. Desta forma, por se tratar de um empréstimo e com
pagamento de juros, esta remuneração para o investidor que emprestou as ações
(DOADOR), a receita federal irá tributar como uma operação de RENDA FIXA. Ponto
importante é que, mesmo emprestando as ações, os proventos continuam sendo do
DOADOR, tais como JCP, DIVIDENDOS, Bonificação de Ações ou Direito de Subscrição.

Vale ressaltar que para o TOMADOR (estratégia de Venda Descoberta), a receita federal
continua tributando como Renda Variável, tratando este juros pago ao DOADOR, como
um custo financeiro.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Estratégias de Investimentos
Resumo
ESTRATÉGIAS RESUMO E PONTOS IMPORTANTES PARA A PROVA
Compra de ações com seu próprio dinheiro, acreditando na alta
COMPRA À VISTA
dos preços.
Compra de ações com dinheiro emprestado da corretora,
CONTA MARGEM
acreditando na alta dos preços. Operação alavancada.
Venda das próprias ações, acreditando na baixa dos preços, para
VENDA À VISTA
posteriormente comprar mais barato.
Venda de ações que pegou emprestado, acreditando na baixa
VENDA DESCOBERTA dos preços, para posteriormente comprar mais barato e
devolver ao doador.
ALUGUEL DE AÇÕES O investidor empresta suas ações em troca de uma taxa.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Análise Técnica

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Análise Técnica
Conceito
A Análise Técnica (Gráfica) estabelece projeções para os preços das ações baseadas no
comportamento em si do preço e do volume na observação do comportamento passado
dos preços e dos volumes negociados. Em resumo, a análise técnica estuda as
movimentações nos preços passados e, a partir daí, explica a sua evolução futura.

Diferentes métodos são utilizados, mas todos confiam nos mesmos princípios:
Ø Existência de tendências;
Ø Procura por padrões no comportamento dos preços que ocorreram no passado e
possam ocorrer novamente;
Ø Preços das ações já refletem todas as informações disponíveis até o momento
(fundamentos da empresa não são relevantes.
Ø Principal Indicador:
§ Suporte: Preço da ação não diminui mais que o valor do suporte.
§ Resistência: Preço da ação não sobe mais que o valor da resistência.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Análise Técnica
Suporte e Resistência
Percebemos abaixo os pontos aonde eram suporte (momento de comprar a ação) e após
a sua perda (diminuição do preço do suporte), se transformou em resistência (não
consegue mais superar o valor).
q CONCLUSÃO: no suporte se COMPRA e na resistência se VENDE o ativo.

Resistência

Suporte

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Análise Técnica
Conceito
Dentre os principais modelos de Análise Técnica, destacamos:

1) Indicadores de Tendência

Ø Médias Móveis: procura sinalizar, em função da direção apontada pela linha no


gráfico, o momento onde começa ou termina uma tendência. Seu cálculo envolve o
deslocamento das médias dos preços dos ativos ao longo do tempo;
Ø MACD (Moving Average Convergence Divergence): foca no comportamento de duas
médias móveis, uma em relação a outra. A partir dessa observação, a técnica aponta
sinais de compra e venda que podem ser antecipados quando houver mudança na
inclinação do histograma: uma inclinação ascendente indica um momento de compra
e uma descendente, de venda.
Ø Bandas de Bollinger: se baseia na variância dos dados a partir de três linhas – uma
média móvel aritmética de 20 períodos e outras duas, uma acima e uma abaixo,
situadas a dois desvios-padrão da linha principal. Com a eventual redução da
variabilidade dos dados, as bandas se estreitam, o que pode representar a
antecipação de um movimento direcional, para cima ou para baixo.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Análise Técnica
Conceito
2) Indicadores de Reversão

Ø Índice de Força Relativa: se baseia no cálculo resultante da divisão entre as médias


das variações dos períodos que registraram alta pela média das variações dos
períodos que registraram quedas. O resultado desse cálculo é um número que varia
entre 0 (grande força dos vendedores) e 100 (grande força dos compradores). Com
isso, a interpretação do modelo é que, a partir de um nível de 30, uma tendência de
queda está para ser revertida (ponto de compra) e, a partir de um nível de 70, uma
tendência de alta está para ser revertida (ponto de venda);

Ø SAR (Stop and Reverse) Parabólico: tem como objetivo fornecer potenciais sinais de
entrada e saída, os chamados pontos de reversão. O SAR parabólico (recebe esse
nome porque o conjunto de dados que o indicador apresenta se assemelha a uma
parábola) fica abaixo dos preços quando o ativo está em tendência de alta e acima
dos preços quando o ativo está em tendência de queda. Assim, se o indicador
apontar para uma alteração de tendência, existe um forte sinal para stop and
reverse, isto é, parar e reverter a posição.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão
Análise Técnica
Conceito
3) Indicadores de Volume

Ø On Balance Volume (OBV): indicador técnico que se baseia no volume para prever
mudanças no preço das ações. O intuito é tentar antecipar grandes movimentos nos
mercados a partir de mudanças de volume. O modelo defende que, quando o
volume aumenta drasticamente sem uma mudança significativa no preço da ação, o
preço acabará por disparar para cima ou cair fortemente;
Ø Média Móvel de Volume: o indicador calcula o volume transacionado de
determinado ativo concomitantemente com a média móvel desse mesmo volume ao
longo do tempo. O modelo defende que, caso os preços sigam uma tendência de
alta, o indicador será crescente nos dias de alta e decrescente nos dias de baixa.
Agora, se os preços seguirem uma tendência de queda, o indicador apontará
resultados mais elevados em dias de queda comparativamente aos de alta de preços.

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CFG – Certificado em Fundamentos de Gestão

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