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Arte Naif

Arte naïf é um termo usado para designar um tipo de arte popular e espon-
tânea.

A palavra naïf é uma palavra francesa que tem como significado algo que é
"ingênuo ou inocente".

Possui características baseadas na simplificação dos elementos e costuma


exibir grande quantidade de cores, valorizando a representação de temas
cotidianos e manifestações culturais do povo.

Geralmente é produzida por artistas autodidatas, os seja, que não possuem


conhecimento formal e técnico de arte, mas que exibem produções em que
outros princípios são considerados, como a autenticidade.
O sonho (1910), do francês Henri Rousseau
A arte naïf costuma ser mais associada à pintura e foi instituída no
século XIX.

O pintor francês Henri Rousseau (1844-1910) é considerado o pre-


cursor do estilo e foi reconhecido dessa forma quando expôs suas
obras no “Salão dos Independentes” na França, em 1886.

A tela Um dia de Carnaval (1886), chamou a atenção de vários artis-


tas modernistas da época, dentre eles Pablo Picasso (1881-1973),
Léger (1881-1955) e também representantes do surrealismo, como
Joan Miró.
A tela Um dia de Carnaval, de Henri Rousseau, foi exibida no "Salão dos Independentes", em 1886
Esta expressão artística, muitas vezes chamada de arte primitiva moderna, é perme-
ada por imagens do cotidiano, retratados de modo a lembrar desenhos infantis, dada
a espontaneidade e pureza, o que remete a uma "aura" de ingenuidade.

Lembre-se que essas produções são realizadas por artistas independentes e sem
formação sistemática. Tais artistas geralmente dominam técnicas que lhe permitem
total liberdade de expressão, onde o informalismo acadêmico é característica mar-
cante.

Dessa maneira, eles renunciam às regras instituídas para a pintura. Isso pode ocor-
rer por que não tiveram acesso a elas e resolveram dificuldades técnicas sem o auxí-
lio daquelas normas.

Ou ainda, atualmente, simplesmente porque artistas contemporâneos apresentam


despojamento da forma e da técnica academicista, o que os tornam mais próximos
da linguagem naïf.

Essa liberdade artística é notada na maneira como são utilizadas as cores nas com-
posições e na dimensão onírica que é projetada em muitos trabalhos.

Desse modo, a arte naïf pode ser considerada como uma corrente artística com
plena liberdade estética, por estar livre das convenções acadêmicas.
A arte naïf é uma expressão tipicamente regional e assume as caracte-
rísticas de cada localidade. Entretanto, é possível perceber algumas ca-
racterísticas comuns nesse estilo artístico, a saber:

Bidimensionalidade - inexistência de perspectiva;


Uso frequente de cores vibrantes;
Preferência por temas alegres;
Espontaneidade;
Traços figurativos;
Valorização da simetria;
Tendência à idealização da natureza.
À esquerda, autorretrato de Rousseau de 1890. À direita, Mulher de vermelho na floresta (1907)
Antes de entrar no picadeiro (1935), de Camille Bombois
Retrato de Séraphine Louis. À direita, a obra Árvore do Paraíso (1930)
À esquerda, tela Vendedora de flores (1947). À direita, Costureira (1951). Ambas produções de Djanira
https://www.youtube.com/watch?v=LmrvzfZ7ouU&ab_channel=MAMRio

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