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Felipe G.

Mattos Curso: Técnico Mecânica Insdustrial

1 – O que é anteprojeto?

Trata-se de um conjunto de documentos que reunirá de forma organizada para


fomentar tomadas de decisão importantes como alterações de parâmetros que até
então não foram avaliados.Nessa etapa preliminar do projeto devem ser detalhados o
suficiente de forma que se permita avaliar desde os atributos essenciais como
funcionalidade, confiabilidade, obediência à legislação em segurança e meio ambiente,
atributos de vida útil como durabilidade, meios de fabricação, descarte pós uso, e
outros como tipos de materiais, fonte de energia, geometria.
Os desenhos técnicos são parte essencial e demandam atenção extra, como
elaboração em folha de tamanho compatível com a escala e sequenciamento ordenado
para conjuntos de detalhes ou lista de componentes relacionados. Nesses desenhos a
observância das normas é mais criteriosa pois pode ser atribuída a eles a condição de
documentação técnica, motivo este que leva os projetistas a empregarem ferramentas
de desenho instrumental ou computa-cional de forma a assegurar que esses desenhos
fiquem seguramente dentro dos critérios de análises que o projeto requer.

2 – Explique, Identifique e expresse por meio de desenhos as perspectivas isométricas.

A perspectiva isométrica é uma maneira relativamente simples de se representar um


objeto, facilitando sua compreensão. Normalmente, numa perspectiva isométrica, são
representadas a vista frontal, a superior e a lateral esquerda, concomitantemente.
A escolha da perspectiva deve levar em consideração o traçado simples e a posição que
oferece melhor visão, ou seja, a maior quantidade possível de detalhes com traçado
mais simplificado possível.
Na perspectiva isométrica, os três eixos no espaço estão igualmente in-clinados em
relação ao plano de projeção, sendo assim, os ângulos formados pelos eixos projetados
são iguais a 120°.
Os autores ainda afirmam que, quando a perspectiva é desenhada no papel,
há uma reta horizontal que passa pelo ponto 0 do sistema de coordenadas X, Y e Z.
Assim, a perspectiva isométrica tem um ângulo de 30o entre a reta horizontal e os
eixos.

Dessa forma, as linhas isométricas do desenho serão sempre paralelas


aos eixos isométricos. Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha
isométrica.
Teoricamente a escala das arestas é reduzida em 81% do original. Na prática, isto não é
praticado, sendo a perspectiva feita na mesma escala do original. Esta é chamada de perspectiva
isométrica simplificada, e
seu traçado implica em uma figura aparentemente maior que nas vistas ortogonais.

3 – O que são Vistas seccionais? Cite exemplos.

As vistas seccionais objetivam basicamente detalhar as partes ocas das peças, mos-
trando o tipo de material, e facilitar a cotagem. Uma vista seccional deve cortar o maior
número de partes ocas possíveis. As vistas seccionais são divididas em corte e seção. A
secção representa a forma de um determinado ponto da peça. As secções podem ser
desenhadas tanto dentro como fora do contorno da vista e ambas são utilizadas para
representar a forma de nervuras, braços de volantes, rasgos, entre outros. As seções
são objetivamente semelhantes aos cortes e, como estes, são utilizadas para trazer
uma maior clareza da peça representada.
O corte imaginário de um objeto para expor seu interior ou revelar a forma de uma de
suas partes. Denomina-se vista seccional quando toda ou uma parte substancial da
vista foi seccionada.

As
seções são geralmente transversais,perpendiculares ao eixo principal da peça,sempre
hachuradas e nunca contêm traços interrompidos.Quando a representação das seções é
feita fora dos limites da peça, seus contornos são feitos utilizando-se o traço contínuo
grosso. Já quando a representação das seções é feita dentro dos limites da peça, ou
seja, a seção é rebatida dentro da própria peça, rotacionada até coincidir com o plano
de projeção, seus contornos devem ser representados a traço contínuo fino. Quando
não for evidente a origem da seção,esta deverá ser identificada da mesma forma que
um corte.

4 – O que são VISTAS AUXILIARES?

A representação das vistas de um desenho nem sempre podem ser todas realizadas por
meio da utilização de planos ortogonais. Algumas peças possuem planos oblíquos que,
ao desenhar em planos ortogonais, irão deformar as representações e,
consequentemente, afetar o dimensiona-mento. Para que isso seja contornado, pode-se
utilizar um plano auxiliar para, assim, gerar a chamada vista auxiliar.
Não necessariamente, em uma peça que possui uma superfície inclinada, sempre será
necessária a utilização de um plano auxiliar. Este somente será necessário caso não seja
possível representar a peça completamente sem causar uma deformação em alguma
parte do seu contorno.

Rebatimento do plano auxiliar:

5 – Onde usar as VISTAS AUXILIARES?


Deve-se usar as Vistas Auxiliares em pecas cujas projeções ortogonais ficam distorcidas
devido a uma ou mais faces obliquas, e a Norma não permite que se cote figuras que
não estejam em verdadeira grandeza.

6 – O que é projetar uma vista com rotação?


Quando um objeto ou peca possui um numero impar de superfícies obliquas, a Norma
permite uma outra solução que e’ “rotacional virtualmente” um ou mais elementos de
uma peça a fim de que as projeções ortogonais não fiquem distorcidas, sendo uma
condição necessária para esta solução a existência um eixo de rotação nas superfícies
obliquas da peça.

7 – O que são VISTAS ESPECIAIS?


Quando um objeto ou peca possui cavidades ou reentrâncias em alguma de suas
dimensões, estas cavidades ou reentrâncias não são representadas nas vistas naturais,
pois as vistas naturais representam apenas o conteúdo das superfícies do objeto e não
o seu interior.
As Vistas Especiais permitem posicionar o Observador em uma posição interna do
objeto, dentro das cavidades ou reentrâncias, de forma que as Vistas Especiais são
projeções com posição do observador indicada por setas e letras, e quando não
representadas na posição normal de rebatimento de uma vista natural, devem ser
identificas pela letra..

8 – Pesquise e escreva algo citando a devida referência sobre “Rugosidade Superficial”.

A rugosidade superficial é função do tipo de acabamento, da máquina-ferramenta ou


do processo de fabricação utilizado. Na análise dos desvios da superfície real em
relação à superfície geométrica (ideal, de projeto), pode-se distinguir os seguintes
erros:
• Erros macro-geométricos ou erros de forma: Podem ser medidos com instrumentos
de medição convencionais.
• Erros micro-geométricos: Podem ser medidos somente com instrumentos especiais
tais como rugosímetros, perfilógrafos. Estes instrumentos podem ser óticos, a laser
ou eletromecânicos
O acabamento superficial é medido através da rugosidade superficial, a qual é expresso em
microns (mm ou m).
A importância do estudo do acabamento superficial aumenta na medida em que cresce
a precisão de ajuste entre as peças a serem acopladas, onde somente a precisão
dimensional, de forma e de posição não é suficiente para garantir a funcionabilidade do par
acoplado.
As superfícies dos componentes deslizante, como eixo de um mancal,
devem ser lisas para que o atrito seja o menor possível. Já as exigências de
acabamento das superfícies externas da tampa e da base do mancal são
menores. Além disso , existem as superfícies controladas a partir de normas que
estabelecem um valor máximo para sua comercialização. Ex : Padrões de massa.

No Brasil, os conceitos de rugosidade superficial são definidos pela norma


ABNT NBR 6405-1985.

Rugosidade:
É o conjunto de irregularidades ,isto é, pequenas saliências e
reentrâncias que caracterizam uma superfície e desempenha um papel importante nos
componentes mecânicos.
A influência na:
• Qualidade de deslizamento;
• Resistência ao desgaste;
• Possibilidade de ajuste forçado;
• Resistência oferecida pela superfície ao escoamento de fluidos
e lubrificantes;
• Qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas
protetoras;
• Resistência à corrosão e à fadiga;
• Vedação;
• Aparência.

A superfície de uma peça pode ser caracterizada segundo três principais definições:

*Superfície geométrica
Superfície ideal prescrita no projeto, na qual não existem erros de forma e
acabamento. Por exemplo: superfícies plana, cilíndrica etc., que sejam, por
definição, perfeitas. Na realidade , isso não existe; trata-se apenas de uma
definição

*Superfície real
Superfície que limita o corpo e o separa do meio que o envolve. É a
superfície que resulta do método empregado na sua produção .Por exemplo:
torneamento, retifica ,ataque químico etc. Superfície que podemos ver e tocar.

*Superfície efetiva
Superfície avaliada pela técnica de medição ,com forma aproximada da
superfície real de uma peça. É a superfície apresentada e analisada pelo
aparelho de medição. É importante esclarecer que existem diferentes sistemas e
condições de medição que apresentam diferentes superfícies efetivas.

O acabamento superficial é fundamental onde houver desgaste, atrito, corrosão,


aparência, resistência à fadiga, transmissão de calor, propriedades óticas, escoamento
de fluidos e superfícies de medição (blocos-padrão, micrômetros, paquímetros, etc.).

Após obter o perfil de rugosidade por meio de um rugosímetro, diversos pa-râmetros podem ser
retirados. O Quadro 2 contém alguns desses parâmetros, juntamente com sua definição em
relação ao perfil medido. Caso o símbolo de rugosidade no desenho de fabricação ou, então, no
pedido
de inspeção do cliente não incluam o parâmetro desejado, é uma prática comum determinar a
rugosidade como sendo a de rugosidade aritmética ou média (Ra).

Além da rugosidade aritmética, a rugosidade também pode ser dividida em


classes, variando de 1 a 12, onde 1 é a de superfície mais lisa e 12 é a mais rugosa.

Uma tabela que relaciona todas as classificações usuais de rugosidade, também comparando com
os possíveis processos de fabricação envolvidos.

Por fim, as direções de estrias de rugosidade também podem ser divididas


em tipos diferentes. Essas direções são importantes para se perceber, por exemplo, em qual
sentido de usinagem deve ser feito, e, assim, prover uma condição ideal de operação da peça
montada no conjunto mecânico. O quadro abaixo apresenta os principais tipos de estrias e suas
representações a serem incluídas no símbolo da rugosidade.

Trata se de um resumo pois a matéria rugosidade é estudada análisada constantemente. A


industria 4.0 em suas exigencias e otimizações em escala global de produção em larga escala,
exige que normas sejam cada vez mais, não somente consultadas mas atualizadas. A busca por
processos exatos minimizando perdas e compactando a mão de obra, pede cada vez mais
profissionais qualificados seja na manutenção qunato e principalmete na automação dos
processos.

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