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PCIP - PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

CARACTERIZAÇÃO E TIPIFICAÇÃO
DAS ACTIVIDADES ABRANGIDAS
PELAS CATEGORIAS 2.6 e 2.3c) (processo descontínuo)
DO DL Nº 194/2000

Grupo de Trabalho METAIS


Sub–Grupo de TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DE METAIS

Abril de 2003
PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

ÍNDICE
I.NTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................................................... 1
II.RESTRIÇÕES ..................................................................................................................................................................................... 3
III.OBJECTIVOS..................................................................................................................................................................................... 4
IV.METODOLOGIA ................................................................................................................................................................................ 5
V.DEFINIÇÕES ...................................................................................................................................................................................... 6
VI.INSTALAÇÕES E TRATAMENTOS ABRANGIDOS ......................................................................................................................... 8
VII.REGIME DE FUNCIONAMENTO ................................................................................................................................................... 10
VIII.MATERIAIS TRATADOS ............................................................................................................................................................... 10
IX.EQUIPAMENTOS EM USO ............................................................................................................................................................. 11
X.FLUXOGRAMAS - TIPO E TÉCNICAS ASSOCIADAS.................................................................................................................... 12
IX.1 ZINCAGEM ELECTROLÍTICA ...................................................................................................................................................... 13
IX.2. DECAPAGEM .............................................................................................................................................................................. 14
XI.3. OXIDAÇÃO .................................................................................................................................................................................. 15
IX.4. ANODIZAÇÃO ............................................................................................................................................................................. 16
IX.4. ANODIZAÇÃO (continuação)....................................................................................................................................................... 17
IX.5. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE COBRE............................................................................................................................................ 18
IX.5. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE COBRE (continuação)..................................................................................................................... 19
IX.6. DEPOSIÇÃO ELECTROLÍTICA DE COBRE............................................................................................................................... 20
IX.7. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE PRATA ............................................................................................................................................ 21
IX.8. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE ESTANHO ....................................................................................................................................... 22
IX.9. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE LATÃO............................................................................................................................................. 23
IX.9. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE LATÃO (continuação)...................................................................................................................... 24
IX.10. PRÉ-PINTURA / PRÉ-LACAGEM ............................................................................................................................................. 25
IX.11. PINTURA POR CATAFORESE ................................................................................................................................................. 26
IX.12. GALVANIZAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 27
IX.13. NIQUELAGEM ELECTROLÍTICA / CROMAGEM ..................................................................................................................... 28
IX.14. DOURAGEM .............................................................................................................................................................................. 29
X.PRÁTICAS DE GESTÃO / OPERAÇÃO........................................................................................................................................... 30
X.1. PRÉ-PINTURA / PRÉ-LACAGEM ................................................................................................................................................ 30
X.2. PINTURA POR CATAFORESE .................................................................................................................................................... 31
X.3. OXIDAÇÃO ................................................................................................................................................................................... 31
X.4. ANODIZAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 31
X.5. DECAPAGEM ............................................................................................................................................................................... 31
X.6. GALVANIZAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 32
X.7. DEPOSIÇÃO QUÍMICA E ELECTROLÍTICA DE COBRE / DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE PRATA ................................................ 32
X.8. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE ESTANHO ........................................................................................................................................ 32
X.9. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE LATÃO.............................................................................................................................................. 32
X.10. DOURAGEM ............................................................................................................................................................................... 32
X.11 NIQUELAGEM ELECTROLÍTICA / CROMAGEM / ZINCAGEM ................................................................................................. 33
XII.ASPECTOS AMBIENTAIS E VALORES DE EMISSÃO ASSOCIADOS ........................................................................................ 34
XIII.TRATAMENTO DE FIM DE LINHA................................................................................................................................................ 38
XII.1. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS INDUSTRIAIS ................................................................................... 39
XIV.PROCESSAMENTO DE METAIS FERROSOS – AVALIAÇÃO DO BREF SOBRE A APLICABILIDADE A NÍVEL NACIONAL
EM GALVANIZAÇÃO EM DESCONTÍNUO .................................................................................................................................................... 40
XV.CONCLUSÕES............................................................................................................................................................................... 43
XVI.ANEXOS .................................................................................................................................................................. 45

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais


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I. INTRODUÇÃO

A caracterização do sector dos tratamentos de superfície de metais inclui as actividades de aplicação de


revestimentos metálicos protectores em fusão, quando efectuada em regime descontínuo, e os
tratamentos de superfície de metais por processos electrolíticos ou químicos, de acordo com o Anexo I
do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto (Diploma PCIP):

• Categoria 2.3 c): Instalações para o processamento de metais ferrosos por aplicação de
revestimentos protectores de metal em fusão com uma capacidade de tratamento superior a 2 t
de aço bruto por hora;
• Categoria 2.6: Instalações de tratamento de superfície de metais e matérias plásticas que
utilizem um processo electrolítico ou químico, quando o volume das cubas utilizadas nos banhos
de tratamento realizado for superior a 30 m3.

As actividades de aplicação de revestimentos metálicos protectores, em fusão em regime descontínuo


abrangidas pela Directiva para a Prevenção e Controlo Integrados da Poluição são tratadas no
Reference Document on Best Available Techniques in the Ferrous Metals Processing Industry,
designado por BREF do Processamento de Metais Ferrosos, cujos trabalhos se encontram concluídos,
tendo sido adoptado e publicado em J.O.C1

As actividades de tratamento de superfícies de metais por processos electrolíticos ou químicos


abrangidas pela Directiva IPPC são tratadas no Reference Document on Best Available Techniques in
Surface Treatment of Metals and Plastics, designado por BREF dos Tratamentos de Superfície. Os
trabalhos deste BREF encontram-se em curso, prevendo-se que esteja disponível um primeiro draft em
2003.

A lista de instalações PCIP registadas no Instituto do Ambiente através de Ficha de Identificação e


correcções resultantes de informação adicional obtida no âmbito do Grupo de Trabalho, o universo das
instalações PCIP de aplicação de revestimentos metálicos protectores em fusão, em descontínuo e de
tratamento de superfície por processos electrolíticos ou químicos é apresentado nas Tabelas 1 e 2 do
Anexo I (Fonte: Instituto do Ambiente; Actualização: 2003/03/31).

Verifica-se estarem identificadas 3 instalações PCIP de aplicação de revestimentos metálicos protectores


de em fusão em descontínuo, e 61 instalações PCIP de tratamento de superfície de metais por
processos electrolíticos ou químicos. Além disso uma das instalações que efectua aplicação de
revestimentos metálicos protectores de em fusão em descontínuo, tem como actividade PCIP secundária
o tratamento de superfície de metais por processos electrolíticos ou químicos. A instalação de aplicação
de revestimentos metálicos protectores em fusão em regime contínuo, tratada no âmbito do sub-grupo

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do Processamento de Metais Ferrosos, realiza igualmente esta actividade PCIP secundária. Foi também
identificado que duas das instalações classificadas na categoria 2.6 como actividade PCIP principal,
desenvolvem também actividades incluídas na categoria 6.7, ou seja tratamento superficial de matérias,
objectos ou produtos, com utilização de solventes orgânicos.

1
BREF publicado em J.O.C. 2002/C 12/04, de 16 de Janeiro
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II. RESTRIÇÕES

Neste estudo não foi possível caracterizar de forma exaustiva a situação das instalações abrangidas,
pois seria necessário um conhecimento profundo de terreno, apenas possível mediante visita a todas as
instalações.
No entanto, poderemos referir algumas situações relevantes identificadas durante o trabalho executado:

• Não foi possível completar as informações relativas aos processos de zincagem electrolítica,
niquelagem e cromagem, por falta de dados disponíveis;
• Não foi registada qualquer instalação com processo de deposição de bronze;
• Não foi disponibilizada informação sobre outras actividades não PCIP;
• A passivação é geralmente realizada com crómio na forma hexavalente, no entanto, esta situação
tem vindo a ser alterada para utilização de crómio na forma trivalente ou mesmo outras alternativas
sem utilização de crómio;
• Não existem dados disponíveis para avaliar os níveis de ruído associados às actividades PCIP
abrangidas neste documento;
• Não existem dados disponíveis para consumos de água e energia.

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III. OBJECTIVOS

O objectivo deste estudo é tipificar e caracterizar, a situação actual das instalações abrangidas pelas
categorias 2.6 e 2.3 c), a última para tratamento efectuado em descontínuo, do Anexo I do Decreto-Lei nº
194/2000 de 21 de Agosto (Tabelas 1 e 2 do Anexo I), no que diz respeito a:

• Regime de funcionamento
• Técnicas e equipamentos em uso
• Práticas de gestão / operação
• Input’s e output’s
• Valores de emissão associados

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IV. METODOLOGIA

Para atingir os objectivos do Sub-Grupo de Trabalho, contactaram-se todas as instalações incluídas nas
categorias 2.6 e 2.3 c) (processo descontínuo), por envio de cartas, faxes e por contacto telefónico.

Do universo de operadores contactados obtiveram-se resposta de 38 entidades. As informações


recebidas foram analisadas e compiladas no presente documento.
Verificou-se, ser impossível, em algumas situações, obter dados associados a :

• valores de emissões, visto estes terem sido disponibilizados após passagem em ETAR ou outros
sistemas de tratamento, não sendo, por este motivo, representativos das técnicas em utilização;
• input’s e output’s.

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V. DEFINIÇÕES

De forma a facilitar a leitura do presente documento, optou-se por incluir este capítulo, em que se
descrevem cada uma das actividades desenvolvidas pelas instalações abrangidas pelas categorias
citadas anteriormente:

DOURAGEM
Processo electrolítico de deposição de ouro metálico, que consiste na deposição na peça de iões de
ouro dissolvidos na solução aquosa por acção da corrente eléctrica formando uma película metálica com
espessura de aproximadamente 0,5 microns. As soluções utilizadas contêm geralmente cianeto de ouro,
hidróxido de potássio e cianeto de potássio.

NIQUELAGEM
Processo electrolítico de deposição de níquel, que consiste na dissolução de ânodos sólidos de níquel
para uma solução de sais de níquel e o depósito de níquel na peça, a partir dos iões níquel em solução
formando uma película com espessura de aproximadamente 40 microns. Os produtos em solução
podem ser o sulfato de níquel, cloreto de níquel, ácido bórico, agentes tensioactivos, abrilhantadores e
nivelantes orgânicos.

CROMAGEM
Processo electrolítico de deposição de crómio, que consiste na deposição na peça de iões de crómio
dissolvidos em solução aquosa por acção da corrente eléctrica formando uma película de espessura
entre 0,13 a 1,25 microns. A solução electrolítica contém geralmente ácido crómico e ácido sulfúrico.

DESENGORDURAMENTO QUÍMICO
Operação de remoção óleo, pasta de polir e outros resíduos sólidos aderentes à peça por lavagem em
solução aquosa de desengordurantes cáusticos (se for alcalino) ou desengordurantes ácidos (se for
ácido).

DESENGORDURAMENTO POR ULTRA-SONS


Operação de remoção de óleo, pasta de polir e outros resíduos sólidos aderentes à peça por lavagem
em solução aquosa de desengordurantes cáusticos (se for alcalino) ou desengordurantes ácidos (se for
ácido), auxiliada pela acção mecânica de ondas eléctricas que se propagam no líquido provenientes de
transdutores que vibram com frequência no domínio dos ultra-sons.

DESENGORDURAMENTO ELECTROLÍTICO
Operação de remoção de resíduos e activação, da superfície, por lavagem em solução aquosa com
desengordurantes cáusticos (se for alcalino) ou desengordurantes ácidos (se for ácido), auxiliado pela da
diferença de potencial eléctrica a que se encontram sujeitas as peças.

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ACTIVAÇÃO
Operação de ataque químico à superfície das peças com o propósito de remover óxidos e de as preparar
para deposição do revestimento. Esta operação, que pode ser electrolítica ou não, é usualmente
realizada em soluções aquosas de ácidos fosfórico, clorídrico, crómico ou sulfúrico.

DESCROMAGEM / DESNIQUELAGEM
Processos de remoção de revestimentos de crómio/níquel das peças com revestimento defeituoso.
Consiste num ataque químico do revestimento metálico e sua dissolução completa numa solução
aquosa. O processo pode ser químico ou electrolítico.

ZINCAGEM ELECTROLÍTICA
Processo electrolítico de deposição de zinco, que consiste na deposição do metal sobre a peça a partir
de iões de zinco em solução aquosa, por acção de uma corrente eléctrica, para formar um revestimento
com espessura entre 7 e 15 micron.

FOSFATAÇÃO
Processo químico de oxidação – redução, que consiste na imersão da peça numa solução aquosa
diluída que contém elementos aniónicos e catiónicos capazes de reagir com a superfície metálica
provocando a formação de cristais sobre essa superfície.

PINTURA POR CATAFORESE


Processo que consiste na deslocação de partículas carregadas num campo eléctrico até ao pólo de sinal
oposto. A peça funciona como cátodo atraindo as partículas positivas da tinta.

GALVANIZAÇÃO (categoria 2.3c)


Processo que se baseia na imersão das peças num banho de zinco fundido a 400-450ºC, para formar
um revestimento cuja espessura pode atingir 0.2 mm.

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VI. INSTALAÇÕES E TRATAMENTOS ABRANGIDOS

De acordo com os as informações fornecidas pelo Instituto do Ambiente, actualizadas em 31 de Março


de 2003, encontram-se abrangidas pela categoria 2.3 c) do DL nº 194/2000, 3 instalações (Tabela 1 do
Anexo I), e pela categoria 2.6, 61 instalações (Tabela 2 do Anexo I).
Os tratamentos abrangidos pela categoria 2.6, e analisados neste documento, são apresentados na
coluna 1 da Tabela 1, na qual menciona também o número de instalações que realiza esses tratamentos
e o número de instalações que forneceram informações para a elaboração deste documento (coluna 3).
Das 3 instalações abrangidas pela categoria 2.3 c) cooperaram neste documento apenas 2. No entanto,
foram também incluídos testemunhos de duas empresas de galvanização, que não se encontram
abrangidas pela categoria 2.3 c), apesar de possuir um volume de cubas de tratamento superior a 30 m3
(categoria 2.6). O estado de abrangência desta instalação ainda se encontra em fase de determinação.

Tabela 1 : Distribuição de tratamentos pelas instalações que desenvolvem actividades abrangidas pela categoria
2.6 do Anexo I do DL 194/2000
Tratamentos incluídos na categoria 2.6 do Anexo N.º de instalações que N.º de instal. com
I do DL 194/2000 desenvolvem cada tratamentos cat. 2.6
(1)
tratamento participantes

Zincagem electrolítica 17 6

Decapagem - (6) 3

Oxidação 4 1

Anodização 21 3

Deposição de cobre 5 (4) 1

Deposição química de prata 1 1

Deposição de estanho 2(2) 1

Deposição de latão 3(2) 1

Pré-pintura / Pré-lacagem(5) 29 4
(6)
Pintura - 2

Niquelagem 13 6

Cromagem 13 6

Douragem 4(3) 1

Deposição de bronze 1(2) -

(1) Dados fornecidos pelo Instituto do Ambiente, actualizados a 31/03/2003.


(2) A informação disponível não permite saber se o processo é químico ou electrolítico.
(3) Apenas é possível identificar duas instalações com processo electrolítico; para as restantes a informação
disponível não permite saber se o processo é químico ou electrolítico.
(4) Uma das instalações utiliza um processo electrolítico e outra um processo químico; para as restantes, a
informação disponível para as restantes não permite saber se o processo é químico ou electrolítico
(5) Inclui actividades de desengorduramento, fosfatação e passivação.
(6) Em função da informação disponível, não é possível identificar o número de instalações que efectuam este tipo
de tratamento.

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A maioria das instalações realiza mais do que um dos tratamentos mencionados na Tabela anterior,
verificando-se ser mais comuns nas instalações PCIP as seguintes associações de tratamentos:

• Pré-pintura/pré-lacagem e anodização (12 instalações);


• Diversos tipos de electrodeposição de metais (15 instalações);
• Pré-pintura/pré-lacagem e electrodeposição (3 instalações);
• Anodização e electrodeposição (3 instalações).

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VII. REGIME DE FUNCIONAMENTO

O regime de funcionamento típico no sector é o seguinte:


• Carga horária: 5 dias/semana e 8 horas/dia (em alguns casos 24 horas/dia);
• Paragens anuais: geralmente durante o mês de Agosto e na última semana do ano;
• Taxa efectiva de laboração dos tratamentos de superfície: variável, usualmente igual à carga
horária.
VIII. MATERIAIS TRATADOS

As principais matérias primas utilizadas são:

• Alumínio (anodização);
• Ferro e Aço (galvanização);
• Aços diversos, cobre e latão (cromagem e niquelagem);
• Aço (zincagem electrolítica);
• Painéis de cobre (deposição de prata e cobre).

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IX. EQUIPAMENTOS UTILIZADO

A lista de equipamentos que se apresenta refere equipamentos típicos instalados nas instalações
inventariadas, e deve ser representativa mas não exaustiva.

• Cubas - funcionam geralmente através de robots pré-programados com diferentes sequências


de tratamento (a intervenção humana está limitada geralmente à carga e descarga das peças
nas racks e supervisão do processo);
• Rectificadores de correntes ou transformadores;
• Mecanismos automáticos de transporte;
• Suporte das suspensões;
• Estufas de secagem;
• Sistemas de agitação;
• Sistemas de filtração;
• Compressores;
• Células de diálise;
• Bombas de filtragem de banhos e bombas doseadoras de reagentes químicos;
• Sistemas de regeneração de águas de lavagem por resinas de permuta iónica;
• Scrubbers;
• Desoleadores superficiais;
• Sistemas de exaustão dos banhos;
• Medidores de condutividade (controlo da água desmineralizada);
• Unidades de controlo automático do equipamento;
• Painel sinóptico de funcionamento;
• Redes de separação de águas residuais (concentrados ácidos, concentrados alcalinos, diluídos
ácidos, diluídos alcalinos, crómicos e cianetados);
• ETARs (com processos físico químicos de coagulação/floculação – incluindo tanques de
reacção, homogeneização, neutralização, decantação e filtração final);
• Evaporadores;
• Tinas de galvanização, electrodeposição e electrólise.

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X. FLUXOGRAMAS - TIPO E TÉCNICAS ASSOCIADAS

De seguida apresentam-se os fluxogramas tipo de cada um dos processos considerados.


Os esquemas apresentados não representam exactamente os processos utilizados em todas as
empresas abrangidas, uma vez que se observaram importantes variações de empresa para empresa.
Por outro lado, os valores apresentados para os diversos parâmetros não podem ser considerados
representativos de todo o sector (devido ao números de respostas obtido), devendo ser considerados
como exemplos. Em alguns fluxogramas, não são referidos certos parâmetros (reagentes, temperaturas,
fluxos e periocidades de descarga), por não ter sido disponibilizada a informação correspondente.

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IX.1 ZINCAGEM ELECTROLÍTICA

Reagentes:carbonato de
sódio e surfactantes

Desengorduramento
Lavagem Activação Lavagem
(químico/electrolítico)

Reagentes:soda
caústica, carbonato de
sodio e oxido de zinco

Deposição Niquelagem (níquel


Activação Lavagem
electrolítica de zinco brilhante)

Lavagem Passivação Lavagem

Reagentes:ácido
nítrico/crómico/sulfúrico

Figura 1- Fluxograma geral do processo de zincagem electrolítica.

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IX.2. DECAPAGEM

Fluxo: estática
Periodicidade de descarga: quinzenal - Temperatura: ambiente
trimestral Fluxo: contínuo / por aspersão /por
Reagentes: nitrato de cálcio (94%),ácido imersão
fosfórico (>25%),ácido sulfúrico e soda Periodicidade de descarga: quinzenal -
cáustica trimestral

Decapagem Ácida (Clorídrica ou


Lavagens
Fosfórica) / Amoniacal / Stripping

DECAPAGEM DE PEÇAS DEFEITUOSAS

Desniquelagem Descromagem

Temperatura: ambiente Temperatura: ambiente - 60ºC


Fluxo: estático Fluxo: estático
Periodicidade de descarga: trimestral - Periodicidade de descarga: trimestral -
semestral semestral
Reagentes: hidróxido de sódio (55-60%), Reagentes: nitrato de cálcio (>94%)
metasilicato de sódio (15-20%), carbonato
de sódio (25%) e pirofosfato de tetrasódio
(2,5-5%)

Figura 2- Fluxograma geral do processo de decapagem.

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XI.3. OXIDAÇÃO

Fluxo: estático Fluxo: estático


Periodicidade de descarga: Periodicidade de descarga:
mensal - trimestral mensal - trimestral

Temperatura:65-70ºC Fluxo: contínuo Temperatura:135-145ºC


Periodicidade de Reagentes:hidróxido de
Reagentes:Hidróxido de sódio
descarga: contínua sódio (50-80%), nitrato de
(3-5%) e Carbonato de sódio (30-
sódio (10-30%)** e nitrato de
50%)
Temperatura:ambiente potássio**

Desengorduramento Lavagens Oxidação

v Protecção com óleo *

Fluxo: estático
Periodicidade de descarga:
mensal - trimestral

* Actividade não abrangida pela rúbrica 2.6


** Segundo dados fornecidos pelo I.A. Temperatura:140ºC

Figura 3 - Fluxograma geral do processo de oxidação.

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IX.4. ANODIZAÇÃO

Fluxo: estático
Periodicidade de Fluxo: estático Fluxo: estático
descarga: bim estral -
sem estral Periodicidade de Periodicidade de
T em peratura:60-70ºC descarga: sem estral descarga: sem es tral

R eagentes: fosfatos, T em peratura:60-70ºC T em peratura:60-70ºC


detergentes anódicos, R eag en tes: hidróxido de
boratos e carbonato de R eagentes: hidróxido de sódio(< 5% ), sais orgânicos,
sódio sódio hidroxicom postos
polifuncionais e aditivo**

Decapagem * Acetinagem Desoxidação*


S alinagem
Desengorduram ento

Anodização Lav agens Neutralização Lav agem

Fluxo: estático Fluxo: estático Fluxo: estático Fluxo: estático / contínuo


Periodicidade de Periodicidade de Periodicidade de Periodicidade de
descarga: m ens al - descarga: quinzenal - descarga: trim estral - descarga: trim estral /
trim estral trim estral sem estral contínua
T em peratura:15-19ºC T em peratura:am biente T em peratura:am biente T em peratura:am biente
R eagentes:ácido nítrico
R eagentes: ácido sulfúrico

Fluxo: estático
Lav agens Periodicidade de
descarga: quinzenal -
trim estral
T em peratura : am biente

* Etapas de tratam ento opcional,segundo dados fornecidos pelo Instituto do Am biente


** S egundo dados fornecidos pelo IA

Figura 4 - Fluxograma geral do processo de anodização.

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IX.4. ANODIZAÇÃO (continuação)

Coloração Electrolítica* Coloração Orgânica* Colmatagem Lavagem

Fluxo: estático Fluxo: estático Fluxo: estático Fluxo: contínuo


Periodicidade de Periodicidade de Periodicidade de Periodicidade de
descarga: nunca descarga: semestral - descarga: trimestral descarga: esporádica
nunca
Temperatura: ambiente Temperatura: 30-95ºC
Temperatura:ambiente-
Temperatura: ambiente- 95ºC
Reagentes: sulfato de 60ºC Reagentes: fluoreto de
estanho**, sais orgânicos e níquel, ácido fluorídrico e
inorgânicos Reagentes: ácido sulfúrico acetato de níquel **
e sulfato de estanho

Secagem*

* Etapas de tratamento opcional,segundo dados fornecidos pelo Instituto do Ambiente


** Segundo informações fornecidas pelo IA

Figura 4 - Fluxograma geral do processo de anodização (continuação).

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IX.5. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE COBRE

Fluxo: estático Fuxo: estático


Fuxo: Estático Periodicidade de
Periocidade de descarga:nunca descarga: 1-2 vezes por
Fluxo: tripla cascata Fluxo:dupla cascata semana
Periocidade de descarga:2
vezes por ano Temperatura:80ºC Periodicidade de Temperatura:30ºC
Periodicidade de
descarga:contínua (800-
Temperatura:70ºC descarga: contínua (800-
Reagentes:permanganato de 1000L/h) Reagentes:ácido
1000L/h)
Reagentes:butoxietanol e potássio,hidrogenortofosfato sulfúrico,peróxido de
hidróxido de sódio Temperatura:ambiente dipotássio,hidróxido de sódio Temperatura:ambiente hidrogénio

Desengorduramento Lavagem Banho com permanganato Lavagens Neutralização

Lavagens Banho mico-ataque Lavagens Acondicionador Lavagens

Fluxo: tripla cascata Fluxo:estático Fluxo: tripla cascata Fluxo:estático Fluxo:dupla cascata
Periodicidade de Periocidade de
Periocidade de Periodicidade de
descarga: contínua (800- descarga:3 em 3 semanas Periocidade de descarga:
descarga:nunca descarga:contínua (800-100L/h)
100L/h) contínua (800-1000L)
Temperatura: ambiente Temperatura:40ºC Temperatura: ambiente Temperatura:50ºC
Reagentes: ácido Reagentes: ácido glicólico, Temperatura:ambiente
sulfúrico,peróxido de ácido sulfúrico, tolueno e
hidrogénio,ácido sulfónico
hidroxibenzosulfónico

Figura 5 - Fluxograma geral do processo de deposição química de cobre.

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IX.5. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE COBRE (continuação)

Fluxo:estático Fluxo:estático Fluxo:estático


Periocidade de descarga:3
Periocidade de descarga:2 em 2 Periocidade de descarga:2 em 2 em 3 semanas
meses meses Fluxo:tripla cascata

Temperatura:ambiente Temperatura:40ºC Periodicidade de Temperatura:25ºC


descarga:contínua (800-
Reagentes:hidrogenossulfato de
Reagentes:hidrogenossulfato de 100L/h) Reagentes:ácido fluobórico
sódio,ácido clorídrico, cloreto de
sódio Temperatura:ambiente 15%
estanho e paládio

Banho pre-dip Banho com catalizador Lavagem Acelerador

Passivação Lavagem Cobre químico Lavagem

Fluxo: estático Fluxo:dupla cascata Fluxo:estático Fluxo: tripla cascata


Periocidade de descarga:3em3 Periocidade de descarga: Periodicidade de
meses Periodicidade de nunca descarga:contínua (800-
descarga:contínua (800-100L/h)
Reagentes:metanol, ácido Temperatura:50ºC 100L/h)
sulfúrico Reagentes:ácido
Temperatura:ambiente Temperatura:ambiente
clorídrico,sulfato de cobre,
etilenodaminotetracetato de
tetrasódio,hidróxido de
Fluxo:tripla cascata sódio,formaldeído e
Lavagem etilenodaminotetracetato de
Periodicidade de tetrasódio
descarga:contínua (800-100L/h)

Temperatura:ambiente

Figura 5 - Fluxograma geral do processo de deposição química de cobre (continuação).

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IX.6. DEPOSIÇÃO ELECTROLÍTICA DE COBRE

Fluxo:estático
Periocidade de descarga:
Fluxo: estático 2 em 2meses Fluxo: estático
Periocidade de Fluxo:contínuo Temperatura:35ºC Fluxo:contínuo Periodicidade de
descarga:2 em 2 meses Periodicidade de Periodicidade de descarga: 2 em 2meses
Reagentes: 2 –
Temperatura: 50ºC descarga:contínua (800- peroxinonosulfato, 2 - descarga:contínua (800- Temperatura:ambiente
1000L/h) sulfato pentapotassio, ácido 1000L/h)
Reagentes: ácido
sulfúrico Reagentes:ácido sulfúrico
ortofosfórico Temperatura: ambiente Temperatura: ambiente

Desengorduramento Lavagens Banho micro-ataque Lavagens Banho de Ácido Sulfúrico

Banho de Estanho e Banho de Ácido


Lavagens Banho de Cobre Ácido
Chumbo Fluobórico

Fluxo: estático Fluxo: estático Fluxo:contínuo Fluxo:estático


Periocidade de Periocidade de descraga: Periocidade de
4 em 4meses Periocidade de descarga:
descarga:nunca descarga:contínua (800-
nunca
Temperatura: 28ºC Temperatura:ambiente 1000L/h)
Reagentes:ácido fluobórico Reagentes:ácido fluobórico Temperatura:ambiente Temperatura:25ºC
50%,fluoborato de chumbo (49%), ácido bórico e
50% e fluoborato de chumbo Reagentes:sulfatos, cobre,
estanho 50% ácido sulfúrico, sulfato de
cobre e formaldeído

Figura 6 - Fluxograma geral do processo de deposição electrolítica de cobre.

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IX.7. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE PRATA

Fluxo:es tátic o
Fluxo: es tátic o
Periocidade de descarga:6
Periocidade de descarga:2 em 6 m es es
em 2 m es es Fluxo:c ontínuo Fluxo:c ontínuo
T em peratura:45ºC T em peratura:35ºC
Periocidade de Periocidade de descarga:
R eagentes:ác ido ortofos fóric o descarga:c ontinuo (500L/h) R eagentes:ác ido s ulfúric o e c ontinuo (500L/h)
(50-55 % p/p) e butoxietanol pers ulfato de s ódio (> 90%
(15-20% p/p) T em peratura:am biente p/p) T em peratura:am biente

Desengorduram ento Lav agem M icro-ataque Lav agem

Lav agem Deposição de Prata Pré-dip

Fluxo:c ontinuo Fluxo: es tátic o Fluxo:es tátic o


Periocidade de
Periocidade de descarga:6 Periocidade de
descarga:c ontínuo (500-
em 6 m es es descarga:6 em 6 m es es
800L/h)
T em peratura:am biente T em peratura:48ºC T em peratura:35ºC

R eagentes:nitrato de prata(15- R eagentes:agentes


20% p/p),ác ido nítric o e s urfatantes ac tivos (20-25%
agentes s urfac tantes ac tivos p/p) e ác ido nítric o
(20-25% p/p)

Figura 7 - Fluxograma geral do processo de deposição química de prata.

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IX.8. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE ESTANHO

Fluxo: estático Fluxo: estático

Periocidade de descarga:2 Periocidade de descarga:4


em 2 meses Fluxo: contínuo em 4 meses Fluxo: contínuo

T emperatura:60-70ºC T emperatura: 60ºC Periocidade de


Periocidade de
descarga:contínuo
descarga:contínuo Reagentes: 100g/L de soda
Reagentes: 60g/L de sais
caustica
desengordurantes alcalinos T emperatura: ambiente T emperatura: ambiente

Desengorduramento Lavagem Decapagem Lavagem

Desengorduramento
Lavagem Estanhagem Lavagem
Electrolítico Anódico

Fluxo: contínuo Fluxo: estático Fluxo: contínuo Fluxo:estático


Periocidade de Periocidade de Periocidade de Periocidade de descarga:2
descarga:contínuo descarga:nunca descarga:contínuo em 2 meses
T emperatura: ambiente T emperatura:75-85ºC T emperatura: ambiente T emperatura:40-50ºC

Reagentes: 80g/L de Reagentes: 70g/L de sais


estanhato de sódio e 10g/L de desengordurantes alcalinos
hidróxido de sódio

Óleo Tricloroetileno Vapor Tricloroetileno Imersão T ricloroetileno Aspersão

Fluxo: estático Fluxo: estático Fluxo: estático Fluxo: estático


Periocidade de Periocidade de Periocidade de Periocidade de
descarga:nunca descarga:nunca descarga:nunca descarga:nunca
T emperatura: 90ºC T emperatura: < 60ºC T emperatura: ambiente
T emperatura:235-240ºC
Reagentes:tricloroetileno Reagentes: tricloroetileno
Reagentes: óleo termofluido Reagentes:tricloroetileno

Figura 8 - Fluxograma geral do processo de deposição química de estanho.

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IX.9. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE LATÃO

Fuxo: estático
Fuxo: estático Periocidade de descarga:
Fuxo: estático mensal
Fluxo:contínuo Fluxo: contínuo
Periocidade de descarga:
3 em 3 semanas Periocidade de Periocidade de descarga: Periocidade de Temperatura:ambiente
descarga:contínuo mensal descarga:contínuo Reagentes:3-5%(v/v) de
Temperatura:35-95ºC Temperatura:ambiente Temperatura:20-80ºC Temperatura:ambiente ácido

Desengorduramento Desengorduramento
Lavagem Lavagem Activação
Químico Electrolítico

Activação Lavagem Cobre Espessura Cobre Flash Lavagem

Fuxo: estático Fluxo: contínuo Fuxo: estático Fluxo: estático Fuxo: contínuo
Periocidade de
Periocidade de Periocidade de descarga: Periocidade de descarga: Periocidade de descarga:
descarga:semanal-
descarga:mensal contínua semanal-mensal contínuo
semestral
Temperatura:ambiente Temperatura:ambiente Temperatura:50-65ºC Temperatura:50-65ºC Temperatura:ambiente
Reagentes:3-5%(v/v) de Reagentes:43-85g/L Reagentes:15-26g/L
ácido cianeto de cobre, 19-25g/L cianeto de cobre, 16-20g/L
cianeto de potássio e 0- cianeto de potássio e 0-
20g/L hidróxido de potássio 19g/L hidróxido de potássio

Figura 9 - Fluxograma geral do processo de deposição química de latão.

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IX.9. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE LATÃO (continuação)

Fuxo: estático Fuxo: estático


Periocidade de Periocidade de
descarga: 3 em 3 meses descarga: 2 em 2 meses
Temperatura :50-65ºC Temperatura :55-65ºC

Reagentes :75g/l níquel Reagentes :15-22g/L


Fluxo :contínuo Fluxo :contínuo
metal,240-310g/L sulfato de cianeto de zinco,15-22 g/l de
Periocidade de níquel, 55-70 g/L cloreto de Periocidade de cianeto de cobre,54-64 g/l
descarga: contínua níquel,30-45g/L ácido bórico descarga: contínua de cianeto de sódio
Temperatura: ambiente Temperatura: ambiente

Lavagem Níquel Brilhante Lavagem Latão

Desengorduramento
Lavagem Dicromato de Sódio Lavagem
Químico

Fuxo: estático Fluxo :contínuo Fuxo: estático Fluxo :contínuo


Periocidade de Periocidade de Periocidade de Periocidade de
descarga: 3 em 3 semanas descarga: contínua descarga: anualmente descarga: contínua
Temperatura :35-95ºC Temperatura: ambiente Temperatura :ambiente Temperatura: ambiente
Reagentes :20g/L dicromato
de sódio

Fluxo :contínuo
Lavagem Periocidade de
descarga: contínua
Temperatura: ambiente

Figura 9 - Fluxograma geral do processo de deposição química de latão (continuação).

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IX.10. PRÉ-PINTURA / PRÉ-LACAGEM

F lu x o : e s tá tic o

P e rio d ic id a d e d e
F lu x o : es tátic o d e s c a r g a : q u in z e n a l - an u al
F lu x o : c on tín u o / d u p la
c a s c ata / trip la c a s c ata
P e r io d ic id a d e d e d e s c a r g a : T e m p e r a tu r a : 5 0 -7 5 ºC
q u in z e n al - trim es tral
P e r io c id a d e d e d e s c a rg a : R e a g e n te s :1 0 % ác id o
c o n tín u o ortif os f ó ric o,1 0 % f lu o re to d e
T e m p e r a tu ra :2 0 -6 0 ºC s ó d io
R e a g e n te s :d e s en g ord u ra n te T e m p e r a tu r a : a m b ien te
a lc a lin o

D e s e n g o r d u r a m e n to (Q u ím ic o /
Lav agens F o s fa ta ç ã o * *
E le c tr o lític o / U ltr a s o n s ) o u A c tiv a ç ã o * D e s o x id a ç ã o *
Decapagem

S ecagem * Lav agens P a s s iv a ç ã o Lav agens

F lu x o : e s tá tic o F lu x o : c on tín u o/s em i-


F lu x o :c as c ata s im p le s
c o n tín u o
P e rio d ic id a d e d e
P e r io c id a d e d e d e s c a r g a :s e m es tra l-m e n s al P e r io c id a d e d e
E le c tr o d e p o d e s c a r g a :p eriód ic a d e s c a r g a :q u in z e n a l
Lav agem T e m p e r a tu r a :1 0 -4 0 ºC
s iç ã o
T e m p e r a tu r a : a m b ie n te R e a g e n te s :1 0 % ác id o T e m p e r a tu r a : a m b ie n te
ortif os f ó ric o,1 0 % f lu o re to d e
s ó d io

* E ta p a s d e tr a ta m e n to o p c io n a l,s e g u n d o d a d o s fo r n e c id o s p e lo In s titu to d o A m b ie n te
* * E m a lg u n s c a s o s e s ta e ta p a é r e a liz a d a e m c o n ju n to c o m o d e s e n g o rd u ra m e n to

Figura 10 - Fluxograma geral do processo de pré-pintura / pré-lacagem.

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IX.11. PINTURA POR CATAFORESE

CATAFORESE

Pré-pintura Electrodeposição Lavagem

Temperatura: 23 - 35ºC Fluxo: estático


Fluxo: estático Periodicidade de
Reagentes: resinas, pigmentos, descarga: mensal
aditivos, butilglicol e água
desmineralizada

Figura 11 - Fluxograma geral do processo de pintura por cataforese.

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IX.12. GALVANIZAÇÃO

Fluxo: estático Fluxo: estático


Fluxo: estático Periodicidade de descarga:
Periodicidade de
Fluxo: contínuo nunca
Periodicidade de descarga: mensal
descarga :2 em 2 meses
Temperatura: 60ºC Periodicidade de
descarga: contínua Temperatura: ambiente-60ºC*
Temperatura:60ºC
Reagentes: ácido
Reagentes: hidróxido de clorídrico* ou ácido sulfúrico Reagentes: cloreto triplo de
Temperatura: ambiente
sódio* zinco amónio*

Desengorduramento Decapagem química Lavagem Fluxagem

Galvanização

Fluxo: estático
Periocidade de descarga:
*Segundo informações fornecidas pelo IA quinzenalmente
Temperatura: 450-460ºC*
Reagentes: zinco fundido com
teor 99.995%*

Figura 12 - Fluxograma geral do processo de galvanização.

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IX.13. NIQUELAGEM ELECTROLÍTICA / CROMAGEM

Reagentes : 60g/L de sais


desengordurantes alcalinos, Reagentes : 70g/L de sais
carbonato de sódio e surfactantes desengordurantes alcalinos

Temperatura: 50-70ºC Temperatura: 50-70ºC

Decapagem Desengorduramento
Desengorduramento químico Lavagem
(clorídrica/sulfurica) (electrólitico/catódico/anódico)

Niquelagem (níquel semi-


Activação Niquelagem (níquel brilhante) Lavagem
brilhante)

Reagentes: 210g/L sulfato de Reagentes :210g/L sulfato de


níquel,90g/L cloreto de níquel,90g/L cloreto de
Reagentes: ácido fosfórico/ácido
níquel,47g/L ácido bórico, níquel,47g/L ácido bórico, Reagentes: 170-200g/L ácido
nítrico/ácido sulfúrico
tensioactivo, abrilhantador e tensioactivo, abrilhantador e crómico,0.8-1g/L ácido súlfurico*
nivelante orgânico* nivelante orgânico*
Temperatura: 25-30ºC
Temperatura: 55-60ºC Temperatura: 55-60ºC

Lavagem Activação Lavagem Deposição electrolítica de crómio

Reagentes: 30g/L hidróxido de


sódio

Lavagem

* Segundo dados fornecidos pelo IA

Figura 13 - Fluxograma geral do processo de niquelagem electrolítica / cromagem.

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IX.14. DOURAGEM

R e a g e n t e s : 6 0 g /L d e
s a is d e s e n g o r d u r a n te s R e a g e n t e s : 7 0 g /L d e
a lc a lin o s , c a rb o n a to d e s a is d e s e n g o r d u r a n te s
s ó d io e s u r f a c ta n te s a lc a lin o s

T e m p e r a tu r a : 5 0 - 7 0 ºC T e m p e r a t u r a : 5 0 - 7 0 ºC

D e s e n g o rd u ra m e n to
D ecap agem D e s e n g o rd u ra m e n to
Lavagem (e le c t ró lit ic o /c a t ó d ic o
(c lo ríd ric a /s u lf u ric a ) q u ím ic o
/a n ó d ic o )

N iq u e la g e m ( n íq u e l N iq u e la g e m ( n íq u e l
A c t iv a ç ã o L avagem
b rilh a n t e ) s e m i-b r ilh a n te )

R e a g e n t e s : 2 1 0 g /L R e a g e n te s :2 1 0 g /L
R e a g e n te s :á c id o R e a g e n t e s : 1 7 0 -2 0 0 g /L
s u lf a to d e n íq u e l,9 0 g /L s u lf a to d e n íq u e l,9 0 g /L
f o s f ó r ic o /á c id o á c id o c ró m ic o ,0 .8 -1 g /L
c lo r e to d e n íq u e l,4 7 g /L c lo re to d e n íq u e l,4 7 g /L
n ítr ic o /á c id o s u lf ú r ic o á c id o s ú lf u ric o
á c id o b ó ric o á c id o b ó r ic o
T e m p e ra t u ra :5 5 -6 0 ºC T e m p e r a t u r a : 2 5 - 3 0 ºC
T e m p e r a tu r a : 5 5 - 6 0 ºC

D e p o s iç ã o
Lavagem A c tiv a ç ã o Lavagem e le c tr o lít ic a d e
c ró m io

R e a g e n t e s : 3 0 g /L
h id r ó x id o d e s ó d io

Lav agem D o u rag e m Lav agem

F lu x o :e s tá tic o
R e a g e n te s : c ia n e to d e
p o tá s s io, h id ró xid o d e
p o tá s s io e c ia n e to d e o u ro *

* S e g u n d o d a d o s fo r n e c id o s p e lo IA

Figura 14 - Fluxograma geral do processo de douragem.

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XI. PRÁTICAS DE GESTÃO / OPERAÇÃO

As práticas de gestão ambiental utilizadas pelas instalações abrangidas variam desde a não aplicação
de qualquer prática (por exemplo, a utilização de águas em sistema contínuo sem qualquer recirculação)
até à aplicação de lavagens em recirculação total, após passagem em equipamentos de permuta iónica,
ou ao aumento do tempo de escorrimento das peças entre banhos, para minimizar os arrastes.
Nestas condições, optou-se por incluir uma listagem por actividade das melhores práticas a nível
ambiental utilizadas pelas empresas que forneceram informação neste domínio, abrangendo a área das
águas e emissões gasosas. Na área dos resíduos não foi facultada informação, além da prática de
separação selectiva de resíduos e posterior valorização / eliminação.
A verificação periódica dos banhos através de indicadores como o pH, temperatura e intensidade de
corrente é comum a todas as actividades.

X.1. PRÉ-PINTURA / PRÉ-LACAGEM


• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Filtração e recirculação em circuito fechado de águas provenientes das lavagens associadas ao
desengorduramento e à fosfatação, através de equipamentos de permuta iónica;
• Realização de lavagens em dupla e tripla cascata;
• Realização de lavagens em contracorrente;
• Reciclagem das águas de lavagem provenientes da passivação por utilização de resinas de permuta
iónica;
• Centrifugação para separação dos óleos que estão à superfície do banho de desengorduramento,
bem como aqueles que se encontram no interior do próprio banho;
• Raspador superficial para separação dos óleos que se encontram à superfície dos banhos de
desengorduramento (skimmer);
• Separação de gorduras a quente;
• Utilização de colunas de carvão activado e resinas de permuta iónica para reciclagem das águas de
lavagem provenientes do desengorduramento;
• Sistemas de filtração e acondicionamento das águas de lavagem de fosfatação (filtros de rolos com
determinada porosidade);
• Utilização de filtros prensa para remoção das lamas produzidas na fosfatação.

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X.2. PINTURA POR CATAFORESE


• Controlo das condições de funcionamento do banho de cataforese através de indicadores, tais como:
temperatura, pH e nível do banho.
• Aplicação de sistemas de agitação nas cubas, de forma a evitar a formação de grãos de pintura ao
longo das paredes interiores da cuba;
• Sistemas de ultrafiltração para recuperação da pintura não electrodepositada;
• Utilização do ultrafiltrado na lavagem das peças;
• Tratamento de efluentes gasosos por passagem através de filtros de carvão activado para remoção
de compostos orgânicos voláteis (COV’S) associados à pintura por cataforese (electrodeposição);
• Aplicação da técnica de permuta iónica;
• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI).

X.3. OXIDAÇÃO
• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Aplicação da técnica de permuta iónica para reciclagem das águas de lavagem do
desengorduramento.

X.4. ANODIZAÇÃO
• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Regeneração dos banhos ácidos provenientes da anodização;
• Aplicação da técnica de permuta iónica para recuperação das águas de lavagem da coloração
orgânica.

X.5. DECAPAGEM
• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Tratamento de efluentes gasosos em lavadores de gases (scrubbers) e aproveitamento da água
resultante para preparação do banho de decapagem;
• Regeneração de banhos por precipitação do sulfato de ferro;
• Uso de inibidores;
• Lavagens em cascata;
• Controlo da composição química do banho para limitar o número de descargas.

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X.6. GALVANIZAÇÃO
• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Utilização de um forno de galvanização fechado, com captação e tratamento de fumos;
• Aplicação da técnica de centrifugação para separação dos óleos superficiais e dissolvidos nos
banhos de desengorduramento;
• Utilização de resinas de permuta iónica para reciclagem das águas de lavagem e para recuperação
de metais;
• Utilização de técnicas para minimizar os arrastes dos banhos;
• Utilização de resinas de permuta iónica para recuperação de metais.

X.7. DEPOSIÇÃO QUÍMICA E ELECTROLÍTICA DE COBRE / DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE


PRATA
• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Lavagens em cascata.

X.8. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE ESTANHO


• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Utilização de filtros prensa para remoção das lamas produzidas no processo;
• Utilização de resinas de permuta iónica para reciclagem das águas de lavagem;
• Utilização de técnicas para minimizar os arrastes dos banhos.

X.9. DEPOSIÇÃO QUÍMICA DE LATÃO


• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Controlo da composição química dos banhos para limitar o número de descargas;
• Filtração por carvão activado (banhos de latonagem, cobre espessura, cobre flash);
• Controlo das condições de funcionamento dos banhos por intermédio de indicadores: a temperatura,
pH e intensidade de corrente.

X.10. DOURAGEM
• Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI);
• Aplicação da técnica de centrifugação para separação dos óleos superficiais e dissolvidos nos
banhos de desengorduramento;
• Utilização de resinas de permuta iónica para reciclagem das águas de lavagem e para recuperação
de metais preciosos;
• Realização de lavagens em cascata e em contra-corrente;
• Utilização de técnicas para minimizar os arrastes dos banhos;

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 32de 78


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• Tratamento de efluentes gasosos provenientes da deposição electrolítica do crómio em lavadores de


gases (scrubbers) .

X.11 NIQUELAGEM ELECTROLÍTICA / CROMAGEM / ZINCAGEM


• Aplicação da técnica de centrifugação para separação dos óleos superficiais e dissolvidos nos
banhos de desengorduramento;
• Utilização de resinas de permuta iónica para reciclagem das águas de lavagem;
• Realização de lavagens em cascata e em contra-corrente;
• Utilização de técnicas para minimizar os arrastes dos banhos;
• Tratamento de efluentes gasosos provenientes da deposição electrolítica do crómio em lavadores de
gases (scrubbers);
• Utilização de resinas de permuta iónica para recuperação de metais.

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XII. ASPECTOS AMBIENTAIS E VALORES DE EMISSÃO ASSOCIADOS

Em actividades que envolvam o tratamento de superfícies, as descargas de águas residuais surgem


como um dos principais aspectos ambientais a ter em consideração. As águas residuais podem ser
provenientes de banhos concentrados (desengorduramento, neutralização, etc) ou de banhos diluídos
(nomeadamente lavagens), em diferentes volumes e cargas poluentes associadas. Neste sentido,
algumas águas residuais geradas apresentam carga poluente elevada mas são um reduzido volume
enquanto que outras águas residuais apresentam carga poluente reduzida e volume produzido elevado.

A produção de resíduos sólidos constitui também um aspecto ambiental importante. Os principais


resíduos que resultam desta actividade são a lamas provenientes dos banhos de fosfatação e do
tratamento das águas residuais, óleos e gorduras provenientes de banhos de desengorduramento (caso
estes banhos possuam equipamentos de remoção de óleos), embalagens dos produtos químicos
utilizados (papel, cartão, plástico), resinas saturadas, provenientes dos equipamentos de permuta iónica,
carvão activado saturado, etc.

As emissões gasosas geradas nestas actividades provêm essencialmente de banhos concentrados


como, por exemplo, banhos de decapagem, cromagem, niquelagem, pintura por cataforese,
desengorduramento, etc.
A localização dos pontos de exaustão de emissões gasosas é muito variável, estando geralmente
afectos aos banhos concentrados. Foram detectadas situações de exaustão individual e também
conjunta, pelo que não existe uniformização sobre esta prática.

Na Tabela seguinte enumeram-se os principais aspectos ambientais associados a cada actividade.

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Tabela 2: Aspectos Ambientais associados às actividades do sector de Tratamentos de Superfície

Aspecto
Etapa Tipo de poluentes Destino final
ambiental
Compostos Orgânios Voláteis (COV’s), Óxidos
Emissões gasosas Atmosfera
de Azoto (NOx), Metais Pesados e partículas
Carbono Orgânico Total (COT), Nitritos, Nitratos,
Fósforo total e Hidrocarbonetos Aromáticos e
Meio Natural (após
Emissões líquidas Policíclicos (PAH’s), Sólidos Suspensos Totais
Oxidação ETAR)
(SST) e Metais (provenientes das matérias
primas utilizadas)

Resíduos --------------------- ---------------

Emissões gasosas COV’s e partículas Atmosfera


COT, SST, Óleos e Gorduras, PAH’s, Fósforo
total , Nitratos, Azoto total, Sulfatos, Fluoretos e Meio Natural (após
Emissões líquidas
Metais (provenientes das matérias primas e ETAR)
auxiliares utilizadas)
Decapagem
Valorização /
Lamas resultantes do tratamento final Eliminação
Resíduos
Banhos ácidos saturados (empresa externa
licenciada)

Emissões gasosas Partículas, CO2, SOx, NOx, CO e COV’s Atmosfera

COT, SST, Fósforo, Óleos e Gorduras, PAH’s,


Meio Natural (após
Emissões líquidas Crómio Total e outros Metais (resultantes das
ETAR)
matérias primas utilizadas e de alguns químicos).
Pré-pintura / Pré-
lacagem Valorização /
Lamas resultantes da fosfatação Eliminação
Resíduos
Óleos usados (empresa externa
licenciada)

Emissões gasosas COV’s, Partículas, Flúor, Crómio e Níquel Atmosfera

COT, Níquel, Crómio Total, Crómio hexavalente,


Sulfatos, Fósforo, Nitratos, Fenóis e Fluoretos e Meio Natural (após
Emissões líquidas
outros metais (resultantes das matérias primas ETAR)
Niquelagem / utilizadas)
Cromagem Valorização /
Óleos usados Eliminação
Resíduos
Resinas saturadas (permuta iónica) (empresa externa
licenciada)

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 35de 78


PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Tabela 2: Aspectos Ambientais associados às actividades do sector de Tratamentos de Superfície


(continuação)

Aspecto
Etapa Tipo de poluentes Destino final
ambiental
Emissões gasosas Partículas, SOx, NOx, CO, COT, Crómio e Níquel Atmosfera
COT, SST, Azoto total, Nitratos, Sulfatos, Fenóis,
Fluretos, Crómio Total e Crómio Hexavente, Meio Natural (após
Emissões líquidas
Estanho e Níquel e outros metais (resultantes ETAR)
das matérias primas utilizadas)
Anodização
Valorização /
Lamas
Eliminação
Resíduos Banhos saturados
(empresa externa
Ânodos e Cátodos usados
licenciada)

Emissões gasosas COV’s, Cloro, SOx e NOx Atmosfera

Meio Natural (após


Emissões líquidas COT, SST, Cloretos e Sulfatos
ETAR)
Valorização /
Galvanização Lamas
Eliminação
Resíduos Banhos ácidos saturados
(empresa externa
Resinas saturadas (permuta iónica)
licenciada)

Emissões gasosas COV’s, SOx, Partículas, Cobre, Chumbo e Flúor Atmosfera

COT, Fluretos, Estanho, Sulfatos, Fósforo, Cobre Meio Natural (após


Emissões líquidas
Deposição e Chumbo ETAR)
Electrolítica de Valorização /
Cobre Lamas Eliminação
Resíduos
Ânodos e Cátodos usados (empresa externa
licenciada)

Emissões gasosas COV’s, Tricloroetileno, Partículas e Cloro Atmosfera

Sólidos Suspensos Totais, Óleos e Gorduras, Meio Natural (após


Emissões líquidas
Deposição CQO e Estanho ETAR)
química de Valorização /
estanho Lamas, Óleos usados e Resinas saturadas Eliminação
Resíduos
(permuta iónica) (empresa externa
licenciada)

Emissões gasosas COV’s, Partículas, Cloro, NOx e SOx Atmosfera

COT, Fósforo, Sulfatos, Nitratos, Cobre, Azoto Meio Natural (após


Deposição Emissões líquidas
total e Cloretos ETAR)
Química de Prata
Valorização /
e Cobre
Lamas e óleos usados Eliminação
Resíduos
Banho de prata (contém cobre) (empresa externa
licenciada)

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 36de 78


PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Tabela 2: Aspectos Ambientais associados às actividades do sector de Tratamentos de Superfície


(continuação)

Aspecto
Etapa Tipo de poluentes Destino final
ambiental
Partículas, COV’s, Cloro, Crómio, Níquel, Zinco,
Emissões gasosas Atmosfera
NOx e SOx
COT, SST, Óleos e Gorduras, PAH’s, Cloretos,
Meio Natural (após
Emissões líquidas Sulfatos, Níquel, Azoto, Zinco, Crómio total e
ETAR)
Zincagem Crómio Hexavalente
electrolítica Valorização /
Lamas Eliminação
Resíduos
Banhos concentrados (empresa externa
licenciada)
Partículas, COV’s, NOx e SOx Ácido Cianídrico,
Emissões gasosas Atmosfera
Cloro, Crómio, Níquel, Zinco e Cobre
SST, CQO, Óleos e Gorduras, PAH’s, Cianetos,
Meio Natural (após
Emissões líquidas Crómio Total, Crómio Hexavalente, Cobre, Zinco,
ETAR)
Sulfatos, Níquel Total e Cloretos
Deposição
Valorização /
química de latão Lamas,
Eliminação
Resíduos Carvão Activado Saturado
(empresa externa
Ânodos e Cátodos usados
licenciada)
Emissões gasosas COV’s, Particulas, Fluor, Crómio e Níquel Atmosfera
COT, Níquel, Crómio Total, Crómio hexavalente,
Sulfatos, Fósforo, Nitratos, Fenóis, Fluoretos, Meio Natural (após
Emissões líquidas
Ouro e outros metais (resultantes das matérias ETAR)
primas utilizadas)
Douragem
Valorização /
Óleos usados Eliminação
Resíduos
Resinas saturadas (permuta iónica) (empresa externa
licenciada)
Emissões gasosas COV’s, e Particulas Atmosfera
Resíduos de ultrafiltrado, resíduos de anólito e Meio Natural (após
Emissões líquidas
águas de lavagem ETAR)
Valorização /
Pintura por
Eliminação
Cataforese Resíduos
Resinas saturadas (permuta iónica) (empresa externa
licenciada)

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

XIII. TRATAMENTO DE FIM DE LINHA

Em seguida apresenta-se o fluxograma geral de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais


Industriais (ETAR). Este fluxograma não é representativo de todas as empresas, uma vez que apenas 5
empresas facultaram informação acerca do processo respectivo. O tratamento convencional consiste
numa série de processos unitários, que conduzem a resultados fiáveis e eficazes em muitas empresas. A
configuração do processo está relativamente normalizada, e é a representada na Figura 15.

• Redução do crómio VI a crómio III, que pode ser posteriormente precipitado sob a forma de
hidróxido de crómio após adição de soluções alcalinas;
• Oxidação de cianetos transformando-os em compostos de carbono e azoto inofensivos;
• Remoção de metais por precipitação em meio alcalino com hidróxidos;
• Desidratação de lamas usando espessamento por gravidade seguido de desidratação mecânica
para aumentar o teor em sólidos das lamas e reduzir o seu volume.

Esta configuração pode não ser a mais apropriada para todas as instalações, dependendo das
características do efluente final.

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 38de 78


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XII.1. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS INDUSTRIAIS

Efluentes ácidos
Efluentes alcalinos

Lamas
Tanques de
Armazenamento
Filtro prensa

Etapas de Tratamento Opcionais

Neutralização /
Floculação Decantação
Efluentes crómicos Coagulação
(concentrados e diluídos)

Reagentes: hidróxido de Filtro prensa


Tanques de Reagentes: Floculante
Redução de crómio sódio/ ácido sulfúrico e
Armazenamento
coagulante

Reagentes: bissulfito de
Efluentes cianetados sódio de sódio e ácido
sulfúrico/ácido clorídrico Tratamento de Fimde
(concentrados e diluídos)
Filtro de Areias* Linha (ajuste de pH)

Tanques de
Oxidação de cianetos Águas correntes (águas
Armazenamento
diluídas)
Colector Municipal /
Meio Natural
Filtro de Carvão
Reagentes: Hipoclorito de Activado*
sódio e hidróxido de sódio
* Etapas de tratamento opcionais

Meio Natural

Figura 15 – Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais.

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XIV. PROCESSAMENTO DE METAIS FERROSOS – AVALIAÇÃO DO BREF SOBRE A


APLICABILIDADE A NÍVEL NACIONAL EM GALVANIZAÇÃO EM DESCONTÍNUO

A Galvanização por imersão consiste na aplicação de um revestimento de zinco a quente sobre matérias
primas de ferro e aço, protegendo assim as peças contra a corrosão.
A Galvanização em descontínuo compreende geralmente as seguintes fases de processamento:

• Desengorduramento;
• Decapagem Química;
• Fluxagem (tratamento com fundentes);
• Galvanização (revestimento com metal fundido).

Uma instalação de Galvanização é essencialmente constituída por uma série de banhos de tratamento
ou processamento. O material é deslocado entre os tanques e mergulhado nos banhos por intermédio de
pontes rolantes.

As principais questões ambientais decorrentes da galvanização em descontínuo são as emissões para a


atmosfera (HCl proveniente da decapagem química, poeiras e compostos gasosos provenientes da
caldeira), as soluções de processamento saturadas (banho de desengorduramento, decapagem e
fluxagem), resíduos contendo óleo (provenientes da depuração dos banhos de desengorduramento) e
resíduos contendo zinco (poeiras de filtração, cinzas de zinco, zinco duro ).

A próxima tabela apresenta um resumo das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD), segundo o BREF do
Processamento de Metais Ferrosos, para cada fase do processo e as técnicas actualmente em prática
nas instalações.

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Tabela 3 – Comparação entre as Melhores Técnicas Disponíveis (MTD), segundo o BREF do processamento de metais ferrosos e as técnicas actualmente
em prática nas instalações.
TÉCNICAS EXISTENTES NAS INSTALAÇÕES
PROCESSO MELHOR TÉCNICA DISPONÍVEL OBSERVAÇÕES
/ BOAS PRÁTICAS

Instalação de uma fase de desengorduramento, a


menos que os produtos a tratar estejam totalmente
isentos de gordura. Aplicação da técnica de centrifugação
Operação óptima do banho para aumentar a para separação dos óleos superficiais
eficiência, por exemplo, por agitação. e dissolvidos nos banhos de
Depuração das soluções desengordurantes para desengorduramento; Apenas uma instalação não possui este
Desengorduramento
prolongar a respectiva vida útil (escumação, processo de tratamento.
centrifugação, etc.) e recirculação, reaproveitamento Utilização da técnica de precipitação ,
das lamas contendo óleo ou “ Desengorduramento de forma a aumentar a vida útil do
Biológico” acompanhado de depuração in situ banho (banho auto-precipitante).
(remoção de gordura e óleo da solução
desengordurante) por bactérias.

A utilização de inibidores é uma prática


Vigilância apertada dos parâmetros do banho:
usual com resultados muito positivos. No
temperatura e concentração. Utilização de técnicas para
entanto , numa das instalações não se aplica
Se forem utilizados banhos de HCL aquecidos ou minimização dos arrastes dos banhos;
esta MTD, uma vez que os resultados
altamente concentrados: instalação de uma unidade
obtidos, utilizando inibidores, não foram
de extracção com posterior tratamento do ar Utilização de inibidores;
favoráveis.
extraído( lavagem de gases).
Prestar especial atenção ao efeito real de Banhos de decapagem à temperatura
Apenas duas instalações possuem
decapagem do banho e utilizar inibidores de ambiente em cuba aberta, com
equipamento de lavagem de gases
decapagem para impedir uma sobredecapagem. sistemas de extracção e tratamento
Decapagem com HCL (Srubber) para o tratamento das emissões
Recuperação da fracção de ácido livre da solução de ar ;
resultantes dos banhos de decapagem.
aquosa de decapagem a nível externo. Remoção de
Numa delas as águas resultantes do
Zn do ácido. Controlo da concentração dos
processo de tratamento são tratadas
Utilização da solução aquosa de decapagem já gasta banhos;
internamente (ETAR);
para a produção de fundentes.
Não utilizar a solução de decapagem já gasta para Regeneração dos banhos por permuta
Apenas uma instalação possui equipamento
fins de neutralização. iónica.
para efectuar regeneração dos banhos de
Não utilizar a solução de decapagem já gasta para
decapagem, as restantes enviam para o
separação de emulsões.
exterior ou realizam tratamento,
internamente, em ETAR.

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Tabela 3 – Comparação entre as Melhores Técnicas Disponíveis (MTD), segundo o BREF do processamento de metais ferrosos e as técnicas actualmente
em prática nas instalações, (cont).
TÉCNICAS EXISTENTES NA EMPRESA / BOAS
PROCESSO MELHOR TÉCNICA DISPONÍVEL OBSERVAÇÕES
PRÁTICAS

Utilização de resinas de permuta iónica


Boa drenagem entre os tanques de tratamento prévio.
para reciclagem das águas de lavagem
Implementação de sistemas de lavagem depois do
e para recuperação de metais; Uma das instalações possui uma ETAR
desengorduramento e da decapagem química. Lavagem
para tratamento das águas de lavagem,
em cascata ou estática.
Realização de lavagens em cascata, em mas actualmente não se encontra em
Lavagem Reutilização da água de lavagem para reabastecer os
contínuo, estática e em contra-corrente. funcionamento. Estas águas são enviadas
banhos de processamento precedentes. Operação isenta
para o exterior, para tratamento.
de água residual (em casos excepcionais, em que seja
Reutilização das águas de lavagem,
gerada água residual, é necessário proceder a um
para limpeza de tinas e para processos
tratamento da água)
sem grandes requisitos de qualidade.

Controlo da densidade, temperatura e


Controlo dos parâmetros do banho e quantidade óptima pH do banho;
Fluxagem Só uma das instalações possui sistema de
de fundente de forma a reduzir as emissões numa fase
(Tratamento com tratamento do banho, as restantes enviam
mais adiantada da linha de processamento. Regeneração dos banhos, a nível
Fundentes) os concentrados para o exterior.
Regeneração dos banhos a nível interno ou externo. interno, por oxidação – redução para
posterior reutilização.

Captura das emissões provenientes da imersão por meio


de encerramento da cuba num espaço fechado ou por
extracção a partir do bico e redução das poeiras por
filtração em filtro de mangas de tecido ou utilizando Numa das instalações o forno não é
Fecho do forno de galvanização com
torres de lavagem de gases por via húmida. completamente fechado, no entanto possui
Imersão a Quente captação e tratamento de fumos.
Reaproveitamento das poeiras a nível interno ou externo um sistema de tratamento de emissões, por
para a produção de fundentes. meio de um filtro de mangas.
O sistema de recuperação deve de assegurar que a
concentração de dioxinas presentes não aumente à
medida que as poeiras são recicladas.

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

XV. CONCLUSÕES

No que se refere aos Tratamentos de Superfície, o Grupo de trabalho para o Sector de Metais tinha
como principal objectivo estabelecer os termos da aplicação dos BREF’s das actividades abrangidas
pelas Categorias 2.3c (processos descontínuos) e 2.6 ao contexto nacional:
• Categoria 2.3 c): Instalações para o processamento de metais ferrosos por aplicação de
revestimentos protectores de metal em fusão com uma capacidade de tratamento superior a 2 t
de aço bruto por hora;
• Categoria 2.6: Instalações de tratamento de superfície de metais e matérias plásticas que
utilizem um processo electrolítico ou químico, quando o volume das cubas utilizadas nos banhos
de tratamento realizado for superior a 30 m3.

Pelo facto da aplicação em fusão de revestimentos protectores de metal (actividades da categoria 2.3c)
incluir intrinsecamente actividades de tratamento de superfície de metais por processos electrolíticos ou
químicos (actividades da categoria 2.6), foi identificada alguma sobreposição entre estas duas categorias
de actividade. Este aspecto, necessitando aprofundamento, é de relevância para eventual discussão
junto do EIPPCB.

Constatou-se que, em alguns casos, as instalações no âmbito deste sub-grupo desenvolvem outras
actividades PCIP, em particular o desengorduramento com solventes orgânicos (categoria 6.7 do Anexo I
do Diploma PCIP).

CATEGORIA 2.3 C)
Das 3 instalações com processo descontínuo abrangidas pela categoria 2.3 c), cooperaram na
elaboração deste documento apenas 2. No entanto, foram também incluídas informações sobre duas
empresas de galvanização, que não se encontram abrangidas pela categoria 2.3 c), apesar de
possuirem cubas de tratamento com um volume superior a 30 m3 (estando registadas pela categoria
2.6).
A informação cedida (suporte papel/informático, contactos telefónicos e visitas presenciais), permitiu
efectuar uma primeira comparação entre as práticas utilizadas actualmente e as MTD’s estabelecidas no
BREF Ferrous Metal Processing. Verifica-se, no entanto, não ter sido possível comparar os valores de
emissão reais e os correspondentes valores associados às MTD’s, pelo facto de os valores
disponibilizados serem valores globais do processo de fabrico e não valores associados à actividade em
causa. Não foi também possível identificar as acções necessárias para adequar as práticas actuais às
MTD’s propostas. Como tal, não foi possível atingir integralmente o objectivo inicialmente proposto.

CATEGORIA 2.6
Não estando disponível o BREF correspondente à categoria 2.6, foi definido como objectivo essencial do
Grupo neste âmbito a caracterização da situação actual das instalações abrangidas (61 actualmente).
A informação apresentada foi cedida por 38 instalações e apresentou carácter muito variável. O
tratamento posterior dessa informação permitiu dar resposta às seguintes questões:

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 43de 78


PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

• Regime de funcionamento
• Processos e equipamentos em uso
• Práticas de gestão / regime operatório
• Input’s e output’s
• Valores de emissão associados
Não foi possível obter informações sobre a periodicidade de descarga de banhos e consumo de água e
energia e valores de emissão associados. Relativamente a este último factor, verificou-se que as
instalações frequentemente conhecem os valores de emissão globais associados a todo o processo
produtivo (por exemplo, caracterização de águas residuais tratadas à saída da ETAR, exaustões
localizadas englobando toda a linha de tratamento de superfície), mas não conhecem os valores
associados à actividade abrangida, em termos de águas residuais, emissões gasosas ou mesmo
resíduos. Importa também salientar que, estando expressos em referenciais que variam de instalação
para instalação, os dados apresentados podem ser considerados típicos dos processos utilizados nessa
instalação, mas têm validade estatística, isto é, não é possível assegurar a sua representatividade para a
globalidade do sector.
Os dados reunidos sobre tratamentos de superfície electrolíticos e químicos (categoria 2.6), constituem
uma base para futura comparação entre as práticas presentemente utilizadas e as MTD’s, a estabelecer
no BREF Surface Treatment of Metals and Plastics, cujos trabalhos se encontram em curso.
Considerando-se ser necessário aprofundar a caracterização aqui iniciada, parece recomendável o
acerto das questões em aberto em sede de acompanhamento do BREF.

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XVI. ANEXOS

ANEXO I - Universo de instalações PCIP identificadas em Portugal para aplicação de


revestimentos protectores de metal em fusão, em descontínuo, e tratamento de
superfície de metais por processos electrolíticos ou químicos

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 45de 78


PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Tabela I.1: Instalações PCIP identificadas em Portugal de aplicação de revestimentos protectores de


metal em fusão, em descontínuo

Concelho da Act. PCIP


Denominação Social CAE Principal
Instalação secundárias
GAVALCAR - Construções Metálicas e 28510 –Tratamento e
Amarante ---
Galvanização, Lda revestimento de metais
Fábrica Nacional de Tubos Metálicos Oliva, S. João da 27220 –Fabricação de
---
S.A. Madeira tubos de aço
28110 –Fabricação de
Irmãos Silvas, S. A.
Trofa estruturas de construção 2.6
(Metalogalva)
metálicas

Tabela I.2: Instalações PCIP identificadas em Portugal de tratamento de superfície de metais por
processos electrolíticos ou químicos

Concelho da Act. PCIP


Denominação Social CAE Principal
Instalação secundárias
34 100: fabricação e
Autoeuropa
Palmela montagem de veículos 6.7
Automóveis, Lda
automóveis
34 100: fabricação e
CITROEN LUSIATANIA, S.A. Mangualde montagem de veículos 6.7
automóveis
STONE – Circuitos 32 100: fabricação de
Maia ---
Impressos, Lda componentes electrónicos
34 300: fabricação de
MAHLE - Componentes de Motores, S.A. Cantanhede componentes para ---
automóveis e seus motores
HYDRO MANUEL FERREIRA, Sistemas de 28 510: tratamento e
Pombal ---
Alumínio para a Construção, Lda revestimento de metais
SAPA ANODIL – Extrusão e Distribuição de 27 420: Obtenção e primeira
Sintra ---
Alumínio, S.A transformação de alumínio
36 120: fabricação de
Metalúrgica do Levira, S.A. Oliveira do Bairro mobiliário para escritório e ---
comércio
Extrusal, Companhia Portuguesa de 27 420: obtenção e primeira
Aveiro ---
Extrusão, S.A. transformação de alumínio
28 630: Fabricação de
Vila Nova de
VALSAN, Valdemar dos Santos, Lda. fechaduras, dobradiças e ---
Gaia
de outras ferragens
TAFE - Tratamento de Alumínio e Vila Nova de 27 420: obtenção e primeira
---
Ferro,S.A. Gaia transformação de alumínio
METALFER - Metalúrgica de Fermentelos, 28 510: tratamento e
Águeda ---
S.A. revestimento de metais
SOALUMÍNIO - Anodização e Comércio de 28 510: tratamento e
Leiria ---
Alumínio, Lda. revestimento de metais
36 636: outras indústrias
SOBRINCA, Brinquedos e Utilidades para
Feira transformadoras diversas, ---
Crianças, Lda.
n.e.
34 100: fabricação e
OPEL PORTUGAL, Comércio e Indústria de
Azambuja montagem ---
Veículos, S.A.
de veículos automóveis

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 46de 78


PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Tabela I.2: Instalações PCIP identificadas em Portugal de tratamento de superfície de metais por
processos electrolíticos ou químicos (continuação)

Concelho da Act. PCIP


Denominação Social CAE Principal
Instalação secundárias
Merloni 29 710: fabricação de
Setúbal ---
Electrodomésticos, S.A. electrodomésticos
28 630: Fabricação de
S.T.A. - Sociedade Transformadora de
Maia fechaduras, dobradiças e ---
Alumínios, S.A.
de outras ferragens
BROWNING VIANA, Fábrica de Armas e 29 601: fabricação de armas
Artigos Viana do Castelo de caça, de desporto e ---
de Desporto, S.A. defesa
28 510: tratamento e
TECNILACA - Lacagem de Metais, Lda Sintra ---
revestimento de metais
ALFERAL - Anodização e Lacagem de
28 510: tratamento e
Ferro e Gouveia ---
revestimento de metais
Alumínio, S.A.
FRIEDRICH GROHE PORTUGAL - Albergaria-a- 29 130: fabricação de
---
Componentes Sanitários, Lda Velha torneiras e válvulas
28 120: fabricação de
Serralharia Vila Nova de
portas, janelas e elementos ---
VICOUTO, Lda Gaia
similares em metal
ALFA-SUL Aluminios 28 510: tratamento e
Sintra ---
do Sul Lda revestimento de metais
TAMIL - Tratamento de Alumínio do Minho 28 510: tratamento e
Braga ---
SA revestimento de metais
36 636: outras indústrias
Santa Maria da
BÉBÉCAR - Utilidades de Criança Lda transformadoras diversas, ---
Feira
n.e.
GALSUP - Tratamentos Galvânicos de 28 510: tratamento e
Oliveira do Bairro ---
Superfície Lda revestimento de metais
Vila Nova de 28 510: tratamento e
J. Silva & Cª Lda ---
Gaia revestimento de metais
28 510: tratamento e
TROUGAL - Tratamentos Galvânicos Lda Oliveira do Bairro ---
revestimento de metais
28 752: fabricação de
MASCRUZ - Fábrica de Ferragens S.A. Águeda outros produtos metálicos ---
diversos, n.e.
28 752: fabricação de
ERNESTO DE SOUSA RIBEIRO S.A. Porto outros produtos metálicos ---
diversos, n.e.
28 751: fabricação de louça
BODUM Portuguesa, Produção de Artigos
Tondela metálica e artigos ---
Metálicos, S.A.
de uso doméstico
LACBRAGA - Termolacado de Perfil de 28 510: tratamento e
Braga (Aveleda) ---
Alumínio, Lda revestimento de metais
LACBRAGA - Termolacado de Perfil de 28 510: tratamento e
Braga (Sequeira) ---
Alumínio, Lda revestimento de metais
28 510: tratamento e
ALUMÍNIOS IBÉRICA, Lda Amares ---
revestimento de metais
34 100: fabricação e
MITSUBISHI TRUCKS EUROPE -
Abrantes montagem de veículos ---
Sociedade Europeia de Automóveis, S.A.
automóveis

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 47de 78


PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Tabela I.2: Instalações PCIP identificadas em Portugal de tratamento de superfície de metais por
processos electrolíticos ou químicos (continuação)

Concelho da Act. PCIP


Denominação Social CAE Principal
Instalação secundárias
FERPINTA - Indústrias de Tubos de Aço de 27 220: fabricação de
Carregosa ---
Fernando Pinho Teixeira, S.A. tubos de aço
28 110: fabricação de
METALOCARDOSO, Construções
Amarante estruturas de construção ---
Metálicas e Galvanização, S.A.
metálicas
ILA - Indústria de 28 510: tratamento e
Viseu ---
Lacagem de Alumínios, Lda revestimento de metais
Vila Nova de 28 510: tratamento e
Cromagem MARAU, Lda ---
Gaia revestimento de metais
28 752: Fabricação de
Vila Nova de
POMBO - Indústria Metalúrgica, Lda outros produtos metálicos ---
Gaia
diversos, n.e.
PECOL - Fábrica de 28 741: fabricação de
Águeda ---
Parafusos, S.A. rebites e parafusos
28 730: fabricação de
FAPRICELA - Indústria de Trefilaria, S.A. Cantanhede ---
produtos de arame
28 752: fabricação de
MECANARTE - Metalúrgica
Trofa outros produtos metálicos ---
da Lagoa, Lda
diversos, n.e.
34 300: fabricação de
S. João da
FAURECIA - Assentos de Automóvel, Lda componentes para ---
Madeira
automóveis e seus motores
34 300: fabricação de
GAMETAL - Metalúrgica da Gandarinha, Oliveira de
componentes para ---
S.A. Azeméis
automóveis e seus motores
28 110: fabricação de
CARLDORA, Importação e Exportação, Lda Leiria estruturas de construção ---
metálicas
Paços de
IBERMETAIS Indústria de Trefilagem, S.A. 27 340: trefilagem ---
Ferreira
ANODICA - Sociedade de Anodização de Vila Nova de 28 510: tratamento e
---
Alumínios, Lda Gaia revestimento de metais
28 110: fabricação de
SACAL - Sociedade de Anodização e
Seixal estruturas de construção ---
Comércio de Alumínio, Lda.
metálicas
Socigalva - Sociedade Portuguesa de Vila Franca de 28 510: tratamento e
---
Galvanização, Lda Xira revestimento de metais
Vale de Mafra - Anodização e Lacagem de 28 510: tratamento e
Mafra ---
Alumínio revestimento de metais
Jamarcol - Acessórios para Motorizadas, 35410: fabricação de
Águeda ---
Lda motociclos
Salvador Caetano – 34100: fabricação de
Ovar ---
I.M.V.T. - S.A. veículos automóveis
28 510: tratamento e
Pinheiro, Marques & Rodrigues, Lda Matosinhos ---
revestimento de metais
Santa Maria da 29 130: fabricação de
CIFIAL - Torneiras, S.A. ---
Feira torneiras e válvulas

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Tabela I.2: Instalações PCIP identificadas em Portugal de tratamento de superfície de metais por
processos electrolíticos ou químicos (continuação)

Concelho da Act. PCIP


Denominação Social CAE Principal
Instalação secundárias
28 630: Fabricação de
TUPAI - Fábrica de Acessórios Industriais,
Águeda fechaduras, dobradiças e de ---
S. A
outras ferragens
Electrofer III – Tratamento de Superfícies, 28 510: tratamento e
Leiria ---
Lda revestimento de metais
28 510: tratamento e
GAMIL - Galvanização do Minho, Lda Viana do Castelo ---
revestimento de metais
28 752: Fabricação de
ANICOLOR - Alumínios, Lda Oliveira do Bairro outros produtos metálicos ---
diversos, n.e.
Alumínios Navarra - Extrusão de Alumínio, 27 420: Obtenção e primeira
Braga ---
S.A. transformação de alumínio
35 300: Fabricação de
OGMA - Indústria Aeronáutica Vila Franca de
aeronaves e de veículos ---
de Portugal, S.A. Xira
espaciais
27 350: Outras actividades
da primeira transformação
FARAME - Fábrica de Artigos
Sintra do ferro e do aço (inclui ---
de Arame, S.A.
fabricação de ferro-ligas não
CECA), n.e.

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

ANEXO II - Dados fornecidos por instalação

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

1. ACTIVIDADES

Tabela 1 – Actividades PCIP (categoria 2.6)


Actividades N.º de Tinas

Decapagem 13
Anodização 18
Fosfatação 5
Oxidação 14
Niquelagem 10
Cromagem 6

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES

Decapagem

Tabela 2 – Descrição da linha de decapagem

Identificação Fluxo Volume da Tina (l) Periodicidade de


Descarga
Decapagem de solda Estático 1700 trimestral
Lavagem Contínuo 430 --
Lavagem Contínuo 430 --
Decapagem oxidativa Estático 430 trimestral
Banho ácido Estático 430 trimestral
Lavagem Contínuo 430 --
Banho alcalino Estático 430 trimestral
Lavagem Contínuo 430 --
Ultra sons Estático 430 trimestral
Lavagem Contínuo 430 --
Protecção Estático 430 trimestral
Descromagem Estático 285 3-5 meses
Desniquelagem Estático 425 3-5 meses

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

1. Anodização

Tabela 3 – Descrição da linha de anodização

Nº tina Identificação Fluxo Volume da Periodicidade de


Tina (l) Descarga
1 Desengorduramento Estático 650 2 em 2 meses
2 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
3 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
4 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
5 Ácido nítrico Estático 1080 2 – 3 meses
6 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
7 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
8 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
9 Anodização Estático 2835 5 – 6 meses
10 Lavagem Semi-contínuo 540 5 – 6 meses
11 Lavagem Semi-contínuo 540 5 – 6 meses
12 Lavagem Semi-contínuo 540 5 – 6 meses
13 Coloração Estático 2025 4 – 5 meses
14 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
15 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
16 Lavagem Semi-contínuo 540 2 – 3 meses
17 Colmatagem Estático 2025 2 – 3 meses
18 Protecção Estático 225 2 – 3 meses

2. Fosfatação

Tabela 4 – Descrição da linha de fosfatação

Identificação Fluxo Volume da Periodicidade de


Tina (l) Descarga
Fosfatação Estático 320 Mensal
Lavagem Semi-contínuo 280 --
Lavagem Semi-contínuo 280 --
Passivação Estático 320 Mensal
Protecção Estático 280 Mensal

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

3. Oxidação

Tabela 5 – Descrição da linha de oxidação

Nº Tina Identificação Fluxo Volume da Periodicidade


Tina (l) de Descarga
1 Desengorduramento Estático 800 Variável
tricloroetileno
2 Desengorduramento Estático 1775 2 em 2 meses
IMACLEAN 3030
3 Desengorduramento Estático 2500 2 em 2 meses
IMACLEAN 98I
4 Lavagem Contínuo 1700 -
5 Oxidação Estático 1035 2 em 2 meses
6 Lavagem Contínuo 580 -
7 Lavagem Contínuo 580 -
8 Oxidação Estático 1035 2 em 2 meses
9 Lavagem Contínuo 580 -
10 Lavagem Contínuo 583 -
11 Óleo frio Estático 2000 2 em 2 meses
12 Óleo quente Estático 1250 2 em 2 meses

13 Desengorduramento dos Estático 600 Variável


racks da oxidação
14 Desengorduramento Estático 50 Variável
(outras peças)

4. Niquelagem

Tabela 6 – Descrição da linha de niquelagem

Nº Tina Identificação Fluxo Volume da Periodicidade


Tina (L) de Descarga
1 Niquelagem teflonada Estático 305 3 - 4 meses
(2)
1a Niquelagem teflonada Estático 340 3 - 4 meses
2 Niquelagem química Estático 500 3 - 4 meses
2a Niquelagem química(2) Estático 480 3 - 4 meses
(2)
2b Niquelagem química Estático 480 3 - 4 meses
3 Lavagem Contínuo 800 3 - 4 meses
4 Lavagem Contínuo 800 3 - 4 meses
5 Banho de níquel Estático 900 3 - 4 meses
6 Lavagem Contínuo 800 3 - 4 meses
(1)
7 Banho ácido Estático 805 3 - 4 meses

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

(1) Banho para decapagem das cubas


(2) Cubas suplementares

Cromagem

Tabela 7 – Descrição da linha de cromagem

Nº tina Identificação Fluxo Volume Periodicidade


da tina (l) de descarga
1 Cromagem (ataque anódico) Estático 900 3 - 5 meses
2 Crómio II Estático 1035 3 - 5 meses
3 Crómio I Estático 900 3 - 5 meses
4 Arrastes crómios Contínuo 800 3 - 5 meses
5 Lavagem Contínuo 800 3 - 5 meses
6 Lavagem Contínuo 800 3 - 5 meses

3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Sistema de ultrafiltração para reutilização dos efluentes provenientes do


desengorduramento
2. Sistema de permuta iónica para reciclagem da água

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 8 - Emissões para a água provenientes das actividades PCIP, após tratamento em
ETAR

Quantidade emitida (kg)

Poluentes Fosfatação Decapagem


(emissão directa) (emissão directa)
COT 1,95×100 2,92×101
Níquel 1,39×10-1 -
Crómio total 2,37×10-2 -
Fenóis - -
Fluoretos - 1,59×10-1
Fósforo Total 3,98×101 9,19×100
PAH´s 7,13×10-6 1,43×10-5
Azoto Total 2,64×100 1,59×101

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Tabela 9 - Emissões para o ar provenientes das actividades PCIP


Quantidade emitida (kg)

Poluentes Fosfatação Decapagem

Partículas 1,72×101 5,12×100


COV´s 2,58×100 6,15×100
Crómio -- --
Níquel -- --

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

1. ACTIVIDADES

Tabela 1 – Actividade PCIP (categoria 2.6), realizada à temperatura ambiente

Actividade Tinas Concentração de Concentração de


HCl (g/l) ferro (g/l)
1 - 90
Decapagem clorídrica
2 200 20 – 30
(Tamb)
3 220 6

Nota: O esvaziamento das tinas é efectuado em sentido inverso, isto é, da ultima tina (nº 3, tina
forte) para a primeira (nº 1, tina pobre).

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES

1. Decapagem clorídrica

Tabela 2 – Descrição da linha de decapagem clorídrica

Identificação N.º de Tinas Fluxo Periodicidade Temperatura (ºC)


de Descarga
Lavagem por aspersão 1 --
Lavagem por imersão 2 Continuo --
Fosfatação 2 70 - 75
Lavagem por imersão a 1 2 em 2 dias Ambiente
quente
Neutralização 1

3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Análise do ferro e HCl para controlo dos banhos


2. Exaustão e lavagem de gases com água (scrubber)
3. Análise do ponto de fosfato e acelerador
4. Controlo de temperatura na fosfatação por um termopar
5. Utilização de filtro-prensa para remover as lamas produzidas na fosfatação
6. Tratamento de efluentes industriais na ETAR (Cal e NaOH 33%)

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 3 – Análises efectuadas ao efluente da ETAR

Parâmetro Resultado Unidades

Carência Química de Oxigénio (CQO) 160,6 mg O2/l


pH 6,59 --
Sólidos suspensos totais (SST) 19,0 mg/l
Ferro 0,031 mg Fe/l

Tabela 4 - Produção de lamas provenientes da linha de fosfatação


Resíduo Origem
Lamas de Fosfatação Linha de Fosfatação

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

1. ACTIVIDADES

Tabela 1 – Actividades PCIP (categoria 2.6)

Actividade Descrição do processo


Deposição de cobre
Acabamento por deposição de prata "Revestimento sem
electrodeposição"
Acabamento por reposição de estanho (HAL)
Tratamento electrolítico "Electrodeposição"
Decapagem amoniacal
Decapagem ácida "Decapagem"
Stripping de estanho de chumbo

Stripping filme "Outros tratamentos de


superfície em metais"

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES

1. Deposição de prata

Tabela 2 - Descrição da linha de prata

Banho Capacidade da Periodicidade de


tina (m3) descarga
Desengorduramento 0,12 2 em 2 meses
Lavagem Contínuo (500 l/h)
Micro - ataque 0,26 3 em 3 meses
Lavagem Contínuo (500 l/h)
Pré - dip 0,15 6 em 6 meses
Prata 0,26 6 em 6 meses
Lavagem Contínuo (500 – 800 l/h)
Lavagem 500 l/h

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

2. Acabamento por reposição de estanho

Tabela 3 – Descrição da linha de reposição de estanho

Banho Capacidade Periodicidade de


da tina (m3) descarga
Banho ácido com H2SO4 0,1 Mensal
Lavagem Contínuo (600 l/h)
Lavagem Contínuo (600 l/h

3. Deposição de cobre

Tabela 4 – Descrição da linha de deposição de cobre

Banho Capacidade da
Periodicidade de descarga
tina (m3)
Banho 212 (solvente) 0,89 2 x por ano
Lavagem (tripla cascata) 0,675 (cada) Contínuo (800 - 1000 l/h)
Banho 214 (permanganato) 0,89 Não se descarrega
Lavagem (recuperação) 0,675 Contínuo (800 - 1000 l/h)
Lavagem (dupla cascata) 0,675 (cada) Contínuo (800 - 1000 l/h)
Neutralização 0,89 1 a 2 vezes por semana
Lavagem (dupla cascata) 0,675 (cada) Contínuo (800-1000 L/h)
Acondicionador 3320 0,89 3 em 3 semanas
Lavagem (tripla cascata) 0,675 (cada) Contínuo (800 - 1000 l/h)
Banho 746 W 1,2 Não se descarrega
Lavagem (tripla cascata) 0,675 (cada) Contínuo (800 - 1000 l/h)
Banho 404 (PRE-DIP 3340) 0,675 2 em 2 meses
Banho 44 (catalisador) 0,89 2 em 2 meses
Lavagem (tripla cascata) Contínuo (800 - 1000 l/h)
Acelerador 19 H 0,89 2 em 2 meses
Lavagem (dupla cascata) 0,675 (cada) Contínuo (800 - 1000 l/h)
Cobre químico 1,8 Não se descarrega
Lavagem (dupla cascata) 0,675 (cada) Contínuo (800 - 1000 l/h)
Passivação 7130 0,89 3 em 3 meses
Lavagem (dupla cascata) 0,675 (cada) Contínuo (800 - 1000 l/h)

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

4. Stripping de estanho e chumbo

Tabela 5 – Descrição da linha de stripping de estanho e chumbo

Banho Capacidade da Periodicidade de


cuba (m3) descarga
Stripping de estanho e chumbo 0,3 2 em 2 dias
Lavagem Contínuo (800 l/h)

5. Linha electrolítica

Tabela 6 – Descrição da linha electrolítica

Banho Capacidade Periodicidade de


da cuba (m3) descarga
Banho de Sn/Pb 6,45 Não se descarrega
Banho de Ácido Fluobórico 1,95 4 em 4 meses
Lavagem 1,95 Contínuo (800 - 1000 l/h)
Lavagem 1,95 Contínuo (800 - 1000 l/h)
Lavagem 1,95 Contínuo (800 - 1000 l/h)
Desengorduramento 2,14 2 em 2 meses
Lavagem 1,95 Contínuo (800 - 1000 l/h)
Lavagem 1,95 Contínuo (800 - 1000 l/h)
Lavagem 1,95 Contínuo (800 - 1000 l/h)

Banho micro-ataque 2,14 2 em 2 meses


Banho de Ácido Sulfúrico 1,95 2 em 2 meses
Banho de cobre ácido 6,45 Não se descarrega
Banho de cobre ácido 6,45 Não se descarrega
Banho de cobre ácido 6,45 Não se descarrega
Banho de cobre ácido 6,45 Não se descarrega

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

6. Decapagem amoniacal

Tabela 7 – Descrição da linha de decapagem amoniacal

Banho Capacidade Periodicidade de


da cuba (m3) descarga
Decapagem amoniacal Contínuo
Lavagem Contínuo (400 – 600 l/h)
Lavagem 0,2 Semanal
Lavagem das máquinas 0,8 Semanal

7. Decapagem ácida

Tabela 8 – Descrição da linha de decaparem ácida

Banho Capacidade Periodicidade de


da tina (m3) descarga
Desoxidação 0,15 3 em 3 meses
Lavagem Contínuo (800 l/h)
Descarga da água de lavagem 0,1 Semanal
Decapagem ácida Contínuo(5 l/h)
Lavagem Contínuo (500 l/h)
Banho de potassa cáustica 0,2 Semanal
Lavagem Contínuo (500 l/h)

8. Stripping de filme

Tabela 9 – Descrição da linha de stripping de filme

Banho Capacidade Periodicidade de


da tina (m3) descarga
Stripping filme 0,2 2 vezes por dia
Potassa cáustica (KOH) 0,2 2 em 2 dias
Lavagem 1 vez por dia (100 l/dia)
Lavagem Contínuo (400 – 600 l/h)
Lavagem das máquinas 0,3 Semanal

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Tratamento de efluentes líquidos (ETAR)


2. Lavagens com dupla e tripla cascata

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 10 – Emissões para a água provenientes das actividades PCIP – 1º trimestre 2002,
após tratamento em ETAR

Quantidade emitida (kg)


Outros
Revestimento
tratamentos de
Poluente com Electrodeposição Decapagem
superfície em
electrodeposição
metais
COT 3,29x1001 4,39x1001 3,20x1002 3,07x1001
Azoto total 1,16x1002 -- 3,03x1003 1,16x1001
Fluoretos -- 1,02x1002 -- --
Cloretos 3,49x1003 -- 2,33x1003 --
Compostos
-- 1,09x1001 4,77x1001 --
Organoestânicos
Cobre 2,19x1000 2,19x1000 4,10x1003 --
00 02
Chumbo -- 3,07x10 1,33x10 --

Tabela 11 – Emissões para o ar provenientes das actividades PCIP – 1º trimestre 2002

Quantidade emitida (kg)


Outros
Revestimento
tratamentos de
Poluente sem Electrodeposição Decapagem
superfície em
electrodeposição
metais
COV´s 2,37x1002 -- -- --
Cobre -- 9,17x1000 -- --
Chumbo -- 3,13x10-02 3,25x10-02 --
NOx -- - 4,70x1002 --

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

1. ACTIVIDADES

1. Pré-pintura (preparação de superfícies para pintura)

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES

Tabela 1 – Descrição da linha de pré-pintura

Identificação Volume da Temperatura (ºC)


tina (l)
Desengorduramento 6400 20 - 60
Lavagem 2350 Ambiente
Passivação 2650 10 - 40

3. PRÁTICAS DE GESTÃO

Tratamento de efluentes industriais na ETARI

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 2 – Análises efectuadas ao efluente da ETAR

Parâmetro Resultados Unidades

pH 8,9 --
Temperatura de leitura de pH 21 ºC
Sólidos suspensos totais (SST) 13 mg/l
Cor (Taxa de diluição) Ausente a 1:1 --
Cianetos (CN) 0,01 mg/l
Crómio Hexavalente (CrVI) < 0,1 mg/l
Crómio total (Cr) < 0,1 mg/l
Níquel (Ni) 0,51 mg/l
Ferro Total (Fe) < 0,5 mg/l
Zinco (Zn) 0,43 mg/l

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 63de 78


PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Nota: O efluente sujeito a analise, é proveniente de todas as actividades que a instalação


realiza.

1. ACTIVIDADES

1. Pré-pintura (preparação de superfícies para pintura)

2. DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE

Tabela 1 – Linha de Pré-pintura

Identificação

Desengorduramento
Lavagem
Fosfatação
Lavagem

3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Tratamento de efluentes industriais na ETARI (filtro de carvão activado)


2. Tratamento de efluentes gasosas com carvão activado para remoção de COV’s
(acoplado à pintura por cataforese)

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 2 – Análises efectuadas ao efluente da ETAR (antes do filtro de carvão)

Parâmetro Resultados Unidades

CQO 59 mg/l
Chumbo Total (Pb) < 0,4 mg/l
Cobre Total (Cu) < 0,1 mg/l
Condutividade 1227 µS/cm
Ferro total (Fe) 177 µg/l
Níquel total (Ni) 0,72 mg/l
pH 6.9 Escala de Sorensen
Temperatura de leitura de pH 17,1 ºC

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Sólidos suspensos totais (SST) 15 mg/l


Zinco total (Zn) 0,31 mg/l
Óleos e Gorduras 17 mg/l

Nota: O efluente sujeito a analise, é proveniente de todas as actividades que a instalação


realiza.

Tabela 3 – Análises efectuadas ao efluente da ETAR (após filtro de carvão)

Parâmetro Resultados Unidades

CQO < 15 mg/l


Chumbo total (Pb) < 0,4 mg/l
Cobre total (Cu) < 0,1 mg/l
Condutividade 519 µS/cm
Ferro total (Fe) < 20 µg/l
Níquel total (Ni) < 0,1 mg/l
pH 8,9 Escala de Sorensen
Temperatura de leitura de pH 20,3 ºC
Sólidos suspensos totais (SST) < 10 mg/l
Zinco total (Zn) < 0,05 mg/l
Óleos e Gorduras 8 mg/l

Nota: O efluente sujeito a analise, é proveniente de todas as actividades que a instalação


realiza.

Tabela 4 - Emissões para o ar provenientes das actividades PCIP


Parâmetros Desengorduramento Fosfatação Unidades
CO2 20,9 20,9 %
COV’s 0,0 0,0 ppm
Temperatura 31,5 46,6 ºC
Velocidade 18 3 m/s
Caudal 6373 512 m3/h

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

1. ACTIVIDADES

1. Pré-pintura (preparação de superfícies para pintura)

2. DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE

Tabela 1 – Descrição da linha de Pré-pintura

Identificação Volume da tina (l)

Desengorduramento sem utilização de 6000


solventes
Fosfatação 7000
Lavagem 4000
Passivação 4000

3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Tratamento de efluentes industriais na ETAR


2. Sistema de filtração (por filtro de rolos) e recirculação de águas de lavagem e fosfatação
em circuito fechado

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 2 - Emissões para a água provenientes das actividades da instalação após tratamento
em ETAR
Poluentes Quantidade (kg)
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos 6,16×10-1
Azoto Total 2,47×100

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PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

Tabela 3 - Emissões para o ar provenientes das actividades PCIP


Quantidade (kg)

Poluentes Desengorduramento Fosfatação Outros tratamentos


sem solvente de superfície
CO2 2,77×107 1,98×106 1,51×108
SOx 6,84×101 7,12×100 0,00×100
NOx 1,02×102 5,62×101 5,98×101
CO 1,13×103 2,34×102 0,00×100
COV não metânicos 0,00×100 0,00×100 0,00×100

GT Metais – Sub-Grupo Tratamento de Superfície de Metais Página 67de 78


PCIP – PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO

1. ACTIVIDADES
1. Pré-pintura (preparação de superfícies para pintura)

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES


1. Desengorduramento
2. Lavagens
3. Fosfatação
4. Lavagem
5. Passivação

3. PRÁTICAS DE GESTÃO
1. Tratamento de efluentes líquidos em ETAR
2. Lavagem em cascata
3. Lavagem de gases (scrubber)
4. Sistemas de recirculação de água (após permuta iónica)

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 1 – Valores médios anuais das águas residuais, após tratamento em ETAR.
Parâmetros Média 2001 Média 2002
pH 6,76 6,52
CBO5 (mg O2/L) 118 214
CQO (mg O2/L) 353 1064
NO2 (mg/L) 1,164 0,131
Cr VI (mg/L) 0,030 0,029
PO4 (mg/L) 1,06 1,45
Cu 0,06 0,08
Ni 0,05 0,168
Pb 0,012 0,027
Fe 0,132 0,194
Mn 0,59 1,370
Cr Total 0,85 1,853

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Tabela 2 - Emissões para o ar proveniente da actividade PCIP


Quantidade (mg/m3N)

Poluentes Fosfatação

Partículas 0,5
Ni 0,2

Tabela 3 - Produção anual de lamas provenientes da Linha de Fosfatação

Resíduo Origem Produção anual


(ton)
Lamas de Fosfatação Linha de Fosfatação 1,1

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1. ACTIVIDADES

Tabela 1 – Actividades PCIP (categoria 2.6)

Actividade Descrição do processo


Lavagem com um desengordurante cáustico
"Desengorduramento sem
Lavagem com água limpa utilização de solventes"
Desengorduramento químico
Desengorduramento químico com ultra-sons "Desengorduramento da
linha galvanica"
Desengorduramento electrolítico
Desmetalização dos bastidores
Descromagem “Decapagem”
Desniquelagem

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES

Tabela 2 – Descrição do Desengorduramento sem utilização de solventes

Identificação

Lavagem com desengordurante cáustico


Lavagem com água limpa

Tabela 3 – Descrição do Desengorduramento da Linha Galvânica

Identificação

Desengorduramento químico
Desengorduramento químico com ultra-sons
Desengorduramento electrolítico

Tabela 4– Descrição da Linha de Dacapagem

Identificação

Desmetalização dos bastidores


Descromagam
Desniquelagem

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3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Reciclagem de água por permuta iónica


2. Tratamento de efluentes líquidos (ETAR)
3. Linha de aspiração geral da galvâvica automática
4. Linha de aspiração dos gases crómicos

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 5 - Emissões para a água provenientes das actividades da instalação

Parâmetros Unidades Após tratamento Após filtro de Após permuta


em ETAR areia iónica selectiva
pH - 5,5 – 9,5 5,5 – 9,5 6.5 – 7.5
Sólidos em (mg/l) < 150 < 80 < 30.
suspensão
Cianetos (mg/l CN) < 0,5 < 0,1 < 0,1
Crómio VI (mg/l Cr) < 0,5 < 0,1 < 0,1
Crómio III (mg/l Cr) < 5,0 < 3,0 < 0,2
Ferro (mg/l Fe) < 5,0 < 2,0 < 0,2
Níquel (mg/l Ni) < 5,0 < 2,0 < 0,2
Zinco (mg/l Zn) < 5,0 < 2,0 < 0,1

Nota: O efluente sujeito a analise, é proveniente de todas as actividades que a instalação


realiza.

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Tabela 6 - Emissões para o ar provenientes das actividades PCIP


Desengorduramento
Poluentes Desengorduramento Decapagem
sem utilização de
da linha galvanica
solventes
COV não metânicos 4,88×1001 4,88×1001 4,88×1001
NOx (expressos em NO2) 0,00×1000 0,00×1000 0,00×1000
As Total 6,64×10-01 6,64×10-01 6,64×10-01
Cd Total 5,54×1000 5,54×1000 5,54×1000
Cr Total 2,11×1000 2,11×1000 2,11×1000
Cu Total 1,17×1000 1,17×1000 1,17×1000
Hg Total 0,00×1000 0,00×1000 0,00×1000
Ni Total 0,00×1000 0,00×1000 0,00×1000
Pb Total 0,00×1000 0,00×1000 0,00×1000
Zn Total 2,63×1003 2,63×1003 2,63×1003
Cloro e seus compostos 2,44×1000 2,44×1000 2,44×1000
inorgânicos (HCl)
Fluor e seus compostos 7,53×1000 7,53×1000 7,53×1000
inorgânicos (HF)

Tabela 7 - Produção anual de resíduos


Resíduo Origem Produção anual (kg)
Resíduos contendo crómio Decapagem 137.740

Nota: Estes resíduos são posteriormente recolhidos por empresas especializadas.

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1. ACTIVIDADES

1. Anodização de alumínio

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES

Tabela 1 – Descrição da linha de anodização

Banhos da Linha de Capacidade Periodicidade


Anodização (m3) de descarga
Desengorduramento 6 Nunca

Soda caústica 6 Semestral

Acetinado 6 Semestral

Lavagem 6 Quinzenal

Ácido Nítrico 6 Semestral

Lavagem 6 Quinzenal

Anodização 1 14 Anual (50%)

Anodização 2 14 Anual (50%)

Anodização 3 14 Anual (50%)

Lavagem 6 Quinzenal

Lavagem 6 Quinzenal

Lavagem 6 Quinzenal

Electrolítico 10 Nunca

Lavagem 6 Quinzenal

Preto 6 Nunca

Amarelo 6 Nunca

Colmatagem 7 Nunca

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3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Tratamento de efluentes líquidos (ETAR)

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 2 – Emissões para a água provenientes da actividade PCIP - 1º trimestre de 2002, após
tratamento em ETAR
Poluente Emissão para água (kg)

Carbono Orgânico Total 1,37x1001

Azoto total 6,66x10-01

Fluoretos 1,04x1000

Crómio 8,32x10-02

Níquel 4,16x10-02

Tabela 3 – Emissões para o ar provenientes da actividade PCIP - 1º trimestre de 2002


Poluente Emissão para ar (kg)
Partículas 4,32x10- 01
SO2 1,30x10- 02
NOx 1,37x1002
N2O 6,48x10- 01
CO2 9,00x1000
CO 2,30x1000
COV(1) 3,60x10- 01
CH4 1,44x10- 01
(1) Foi utilizado o valor de TOC (carbono orgânico total).

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1. ACTIVIDADES

1. Estanhagem

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES

Tabela 1– Descrição da linha de estanhagem

Nº tina Identificação Fluxo Periodicidade de


Temperatura (ºC)
descarga
1 Lavagem Continuo Ambiente Continuo
2 Destanhagem Estático 60 4 em 4 meses
3 Tricloroetileno vapor Estático 90 -
4 Tricloroetileno imersão Estático <60 -
5 Tricloroetileno aspersão Estático Ambiente -
6 Óleo Estático 235-240 -

7 Desengorduramento Estático 60-70 2 em 2 meses


químico
8 Lavagem Continuo Ambiente Continuo
9 Neutralização Estático Ambiente Quinzenalmente
10 Lavagem Continuo Ambiente Continuo

11 Desengorduramento Estático 40-50 2 em 2 meses


electrolítico anódico
12 Lavagem Continuo Ambiente Continuo
13 Estanhagem Estático 75-85 -

3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Tratamento de efluentes líquidos (ETAR)


2. Utilização de filtro prensa para remoção das lamas produzidas no processo
3. Utilização de resinas de permuta iónica para reciclagem das águas de lavagem
4. Utilização de técnicas para minimização dos arrastes dos banhos

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4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 2 – Emissões para a água provenientes da actividade PCIP após tratamento em ETAR.
Poluente Emissão para água(mg/l)

pH 6-9

SST 60

CQO 150

Fósforo total 30,7

Crómio Total 2

Crómio VI 0,1

Níquel total 2

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1. ACTIVIDADES

1. Latonagem

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES

Tabela 1– Descrição da linha de latonagem

Nº tina Identificação Fluxo Temperatura (ºC) Periodicidade de


descarga
1 Desengorduramento Estático 35 - 95 3 em 3 semanas
Químico
2 Lavagem Continuo Ambiente Contínuo

3 Desengorduramento Estático 20 - 80 Mensalmente


Electrolítico
4 Lavagem Continuo Ambiente Contínuo
5 Activação Estático Ambiente Mensalmente
6 Lavagem Continuo Ambiente Contínuo
7 Cobre Flash Estático 50-65 Semanal-trimestral
8 Cobre Espessura Estático 50-65 Semanal-mensal
9 Lavagem Continuo Ambiente Contínuo
10 Activação Estático Ambiente Mensalmente
11 Lavagem Continuo Ambiente Contínuo
12 Níquel Brilhante Estático 50-65 3 em 3 meses
13 Lavagem Continuo Ambiente Continuo
14 Latão Estático 55-65 2 em 2 meses
15 Lavagem Continuo Ambiente Contínuo
16 Dicromato de Sódio Estático Ambiente Anualmente
17 Lavagem Continuo Ambiente Continuo
Desengorduramento
18 Estático 35 - 95
químico
19 Lavagem Continuo Ambiente Continuo

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3. PRÁTICAS DE GESTÃO

1. Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI)


2. Controlo das concentrações dos banhos (para limitar o número de descargas)
3. Controlo das condições de funcionamento dos banhos através de indicadores como,
temperatura, pH e intensidade de corrente

4. EMISSÕES ASSOCIADAS (MEDIÇÕES E QUANTIFICAÇÕES)

Tabela 2 – Emissões para a água provenientes de todas as actividades que a instalação


realiza (registos trimestrais)

Poluente 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre

Carbono Orgânico Total (mg C/l) 2,3 5 --

Cobre Total (mg Cu/l) < 0,01 0,816 --

Fósforo Total (mg PO4/l) 0,2 22,7 --

Crómio Hexavalente (mg Cr VI)/l) < 0,01 < 0,01 0,15

Crómio Total (mg Cr/l) 2,02 0,16 0.17

Alumínio 4,7 6,5 < 0,94

Cianetos Total (mg CN/l) 0,045 < 0,01 < 0,008

Níquel Total (mg Ni/l) < 0,1 2,1 --

Hidrocarbonetos aromáticos (mg/l) < 0,05 < 0,05 --

Cloretos (mg Cl/l) 53,97 305,57 --

pH 8 9 6,6

SST (mg/l) 48 25 6,5

CQO (mg O2/l) < 20 < 20 < 20

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