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Jesus, a Palavra de Deus!

A palavra “Bíblia” é de origem grega e quer dizer “LIVROS”. São, ao todo, 73


livros: 46 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento (selecionados como
canônicos pela Igreja Católica, salvo alguns livros apócrifos removidos em
algumas edições), escritos por cerca de 40 autores (de diferentes culturas e
contextos históricos), num período de aproximadamente 1.600 anos.

A Bíblia é "um livro" repleto de registros históricos factuais, narrativas


simbólicas, poesias, cartas e profecias. Um livro que narra a experiência do povo
hebreu, a ação divina em determinados momentos históricos e a História da
Redenção.

Seus autores, foram INSPIRADOS por Deus para escreverem suas impressões e
experiências a respeito do Deus Yhaweh. No entanto, como seres humanos, há
limitações no aspecto cultural, social, científico e linguístico.

Fica a questão: devemos seguir TODA a Bíblia?

Como identificar os textos bíblicos que estão em vigência, que são relevantes,
que devem ser seguidos ou não?

Simples: usando Jesus como parâmetro!

Todos os escritos bíblicos devem ser lidos e compreendidos sob o contexto


histórico sob o qual eles foram escritos. É por isso que existe história, teologia,
exegese, hermenêutica, estudos de língua hebraica, de língua grega e etc. Sendo
Jesus Cristo, a grande "Chave Hermenêutica" de compreensão. É nEle que tudo
se converge e faz sentido. Ele é o centro da Bíblia.

A própria Bíblia declara quem é, de fato, a Palavra de Deus. Portanto, a Bíblia


por si só, não é a palavra de Deus, mas ela CONTÉM a Palavra de Deus, que é o
Verbo Encarnado (Palavra) - Jesus. (João 1:1-17).

O Pentateuco (ou, os 5 primeiros livros de Moisés, também conhecidos como a


Torah), está repleto de leis e regras civis, cerimoniais e orientações dadas para o
povo hebreu, necessárias para aquele momento histórico. As leis cerimonias,
por exemplo, eram arquétipos e "sombras" que apontavam para Jesus. Isto é,
perderam todo o sentido quando Jesus veio. No aspecto civil, a maioria das
orientações tinham a intenção de fazer com que o povo hebreu se tornasse uma
grande nação, livre dos anos do julgo egípcio e livre da influência da idolatria e
dos deuses que haviam manchado a cultura judaica. Nessas leis, há coisas
absurdas que jamais poderiam ser aplicadas hoje em dia. Era método
pedagógico e uma linguagem para aqueles tempos.

Vejamos alguns exemplos de conflitos entre a Torah e JESUS:


"Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que
não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe
também a outra; e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-
lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele
duas. Dá a quem te pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.

Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu,
porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei
bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para
que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante
sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os
que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o
mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não
fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o
vosso Pai, que está nos céus." - Mateus 5:38-48

Onde está localizado este "ouvistes o que foi dito?" - certamente na Torah. E
Jesus declara: "EU PORÉM VOS DIGO", trazendo, ou aperfeiçoamento no
entendimento, ou a anulação de uma lei, como é o caso da Lei do Talião. E
então? Você escolhe seguir "A Bíblia", no que se refere a Lei do Talião, ou a
Jesus?

Numa outra ocasião, tentaram pegar Jesus numa armadilha:

"Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou ao templo, e todo o
povo se reuniu ao redor dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Os escribas e
os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Colocando-a no
meio, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi flagrada cometendo adultério.
Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres. E tu, que dizes?” Eles
perguntavam isso para experimentá-lo e ter motivo para acusá-lo. Mas Jesus,
inclinando-se, começou a escrever no chão, com o dedo. Como insistissem em
perguntar, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a
primeira pedra!” Inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo
isso, foram saindo um por um, a começar pelos mais velhos. Jesus ficou sozinho
com a mulher que estava no meio, em pé. Ele levantou-se e disse: “Mulher, onde
estão eles? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: Ninguém, Senhor!” Jesus,
então, lhe disse: “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não
peques mais'." - João 8:1-11.

A pergunta que fazem a Jesus apresenta um dilema difícil de resolver. Deve


escolher entre cumprir a justiça e dar uma sentença de morte, ou violar a lei. A
cena é profundamente dramática. A vida dessa mulher depende da decisão de
Jesus, mas também está em jogo a própria vida de Jesus, que pode ser acusado
de incitar a uma grave transgressão do que é mandado, tirando importância,
diante dos olhos de todo o povo, dos preceitos da lei divina.
Essas pessoas fingem ter uma deferência com Jesus, aparentemente
reconhecendo a sua autoridade moral, para pegá-lo em suas palavras e depois
julgá-lo duramente por elas. Mas o mestre desmascara a sua hipocrisia com
calma, sem se alterar. Enquanto os ouve, começa a escrever com o dedo no chão.
Este gesto mostra Cristo como o Legislador divino, uma vez que, de acordo com
a Escritura, Deus escreveu a lei com seu dedo em algumas tábuas de pedra (Ex
31,18). Jesus, portanto, é o Legislador, é Justiça em pessoa. Ou seja, Ele é o
único apto a julgar. Nenhum pecador pode julgar o outro.

Alguns argumentam que Jesus só não condenou a mulher pois, de acordo com a
lei, o homem que também adulterou, deveria estar presente para a sentença. O
que é absurdo. É como afirmar: se os dois estivessem ali, Jesus apoiaria o
apedrejamento. Você acha que sim?

A reação do Mestre, que é a Justiça em pessoa, é impressionante. Em nenhum


momento saem de sua boca palavras de condenação, mas de perdão e
misericórdia, com uma suavidade que convida gentilmente à conversão: “Eu
também não te condeno".

E então? Você fica com a "Bíblia" ou com Jesus?

Quando eu afirmo que a Bíblia, por si só, não é minha "bússola moral", mas sim
Jesus - é pesando exatamente nisso.

A Bíblia é extremamente importante. Mas Jesus é essencial. Sem Jesus, a Bíblia


não faria sentido e não serviria para NADA.

Respondendo as perguntas: devemos seguir TODA a Bíblia?

Como identificar os textos bíblicos que estão em vigência, que são relevantes,
que devem ser seguidos ou não?

Tudo aquilo que for EVANGELHO, isto é, que estiver de acordo com o
ESPÍRITO DE JESUS, com as palavras de Jesus, ensinos de Jesus, posturas de
Jesus, ações de Jesus - é válido e deve ser seguido. A Lei Moral de Deus, os 10
Mandamentos, que é a Lei do Amor, foi confirmada por Cristo quando Ele a
resumiu no Amor a Deus e no Amor ao Próximo. A misericórdia é maior que as
regras, a graça é maior que as obras da lei. Sem amor, nada serve. A letra mata
mas o espírito vivifica.

Os livros de Hebreus, Gálatas e Colossenses, falam muito sobre a "Antiga


Aliança" (leis cerimonias e grande parte da Torah) e a "Nova Aliança" - o
Evangelho que aperfeiçoa o que deve ser aperfeiçoado e caduca o que deve ser
caducado.

Simples!

Jesus é a Palavra de Deus. Jesus é a minha bússola moral.

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