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Ana Laura Giaretta

HISTÓRIA
Roma antiga: sem distinção entre a esfera pública e privada. Poder de propriedade
ilimitado do pater familias. Vinculação ao deus-lar.
Civilização burguesa: propriedade como utilidade econômica. Desvinculação da
religião. Separação da esfera pública e privada. Propriedade vinculada ao privado.
Propriedade como soberana, direito principal, caráter fundamental da existência
humana.
Era contemporânea: direitos pessoais (trabalhistas, sociais) se igualam em importância
ao direito de propriedade.

BASE CONSTITUCIONAL DO DIREITO DE PROPRIEDADE


Propriedade como direito humano, porém ligada à função de proteção pessoal.
Nem toda propriedade privada é direito fundamental e, portanto, protegida.
Ex.: a grande propriedade rural pode ser usada para reforma agrária, enquanto a
pequena e média, não.
CF art 5º XXIII: determinação de que ela atenda a função social.

DIREITOS, DEVERES E O DESCUMPRIMENTO


O direito vem junto com o dever. Os dois são de exigibilidade imediata.
O descumprimento de dever fundamental ligado à propriedade privada não diz respeito
só ao ofendido, mas constitui objeto de uma política pública constitucionalmente
obrigatória.
Ex.: desapropriação por interesse social.
Quem não cumpre a função social da propriedade perde as garantias de proteção da
posse.

ALL IN ALL,
A propriedade é um direito-meio, não um direito-fim.
A propriedade não é garantida em si mesma. Ela é um instrumento de proteção de
valores expressos na CF: igualdade social e solidariedade coletiva.

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