ATIVIDADE AVALIATIVA DE DIREITO CIVIL V (PROPRIEDADE)
Alunos: Glauco Andrei Ledesma Peralta; João Lucas de Souza Machado; Milene de Souza Batista e Sandra Cristaldo Villalba
PROPRIEDADE
Desde os primórdios da civilização, a posse e a propriedade têm desempenhado papéis
fundamentais na organização social. Inicialmente, a posse era relativizada pelo uso, mas ao longo do tempo, transformou-se em propriedade, um direito particular e absoluto. A concentração urbana e o crescimento populacional foram fatores que impulsionaram essa mudança. A propriedade passou por diferentes regimes econômicos e períodos históricos, adaptando-se às contingências do momento. No Estado Liberal, a ideologia individualista e liberal promoveu a propriedade privada como um direito natural do homem, ligado à liberdade e autonomia. No Brasil, essa evolução também ocorreu, com influência dos ideais iluministas. A Constituição Federal garante o direito à propriedade e à moradia, refletindo a importância desse instituto na sociedade brasileira. O Estado Liberal, surgido entre os séculos XVIII e XIX, representou o triunfo da racionalidade humana e da liberdade. A propriedade privada tornou-se um símbolo do homem livre e senhor de si mesmo. Ideias como a soberania do povo e a limitação do poder político do governante contribuíram para essa mudança. O iluminismo e as novas correntes do pensamento econômico e a reforma religiosa, bem como a concreta situação de servidão que atingia boa parte da população européia, prepararam o caminho para a Revolução Francesa que provocou uma mudança em toda a ordem jurídica. Foi quando após a Revolução, a propriedade aparece na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão como um direito inviolável e considerado sagrado. A Constituição Federal de 1988 garante o direito à propriedade e à moradia, buscando equilibrar segurança e justiça. Após a Revolução Francesa, surgiu o conceito de propriedade, onde este era considerado individualista e absoluto, mas esta concepção foi alvo de indagações, pois surgiram entendimentos no sentido de que a propriedade deveria atender ao bem-estar da coletividade. A abrangência da propriedade se modificou na estrutura jurídica, por causa de mudanças sociais e políticas, onde teve como consequências duas posições, sendo uma da Revolução Russa, que desejava transformar a propriedade privada em coletiva, e a outra, intencionava manter o status quo, ou seja, o estado atual, da propriedade, com restrições que atendesse ao interesse social. Atualmente, o direito de propriedade no Brasil é garantido constitucionalmente. Além da propriedade privada, a Constituição também assegura o direito à moradia. Políticas públicas buscam equilibrar a proteção da propriedade com a função social, considerando a vulnerabilidade de parte da população e o déficit habitacional. Portanto a propriedade é vista como um pilar da organização social. O equilíbrio entre direitos individuais e interesses coletivos é fundamental para uma sociedade justa e sustentável. Acreditemos que o direito à propriedade deve coexistir com a função social, garantindo dignidade e igualdade para todos.
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