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DIFERENÇA ENTRE DIREITOS FUNDAMENTAIS E DIREITOS HUMANOS:
A diferença é que os Direitos Humanos estão consagrados no plano internacional
e os Direitos Fundamentais são instrumentalização desses direitos que os países
acham pertinentes para embasar suas constituições.
UNIVERSALIDADE
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Existe um núcleo mínimo de proteção, ou seja, qual seja a dignidade da pessoa
humana que em tese deve estar em todas as sociedades, respeitando sempre
suas características religiosas e culturais.
“Ground Norm”
CF
(norma hipotética fundamental)
LC
LO
MP
DL
DEL
PORT
RI
* Para Kelse essa “Ground Norm” (a vértice do triângulo /topo de todas as normas)
seria a dignidade da pessoa humana.
IRRENUNCIABILIDADE
Não se deve admitir renúncia ao núcleo substancial de determinados direitos,
com efeito, não significa que não possa haver uma limitação voluntária de um
direito fundamental. Podendo existir também limitação voluntária, ou seja, uso
negativo do direito.
A necessidade econômica, social ou vital podem produzir situações de
limitação de direitos fundamentais. Exemplo: Participação em reality show
(limitação temporária do direito à liberdade).
RELATIVIDADE
A maioria dos direitos fundamentais são normas princípios, ou seja, são
normas para inspirar, conquanto, podem existir colisões entre esses direitos
fundamentais. Assim, algum direito fundamental pode sobressair sobre outro.
Desta forma, não devem ser considerados absolutos dependendo de cada
situação.
Observação: Não existe direito, no ordenamento jurídico, absoluto.
Observação: Existem doutrinadores (Pontes de Miranda e Claudia
Gonçalves) que dizem que o único direito absoluto no Brasil é o direito de não
ser torturado.
HISTORICIDADE
Os direitos fundamentais, como todos os outros direitos, são direitos
históricos. Os direitos fundamentais retratam sociedade da época, sendo
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assim, poderão ser modificados acompanhando as mudanças sociais,
econômicas (tecnológica – inserção do professor).
(Continuação)
4ª Dimensão dos Direitos Fundamentais (Paulo Bonavides) = Respeito às
minorias
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Surge a partir da globalização política, consiste em assegurar a fruição (exercer) de
direitos básicos por todos os cidadãos, inclusive pelas minorias, a ideia de minoria é
de representatividade.
Observação: As ações afirmativas estão intimamente ligadas à ideia de pluralidade.
Observação: Dentro da Constituição a ideia de pluralidade está incerta nos artigos
3º, Inciso IV, 1º, Inciso V e no preâmbulo.
PARTICULAR
EFICÁCIA HORIZONTAL
Aplicabilidade dos direitos fundamentais numa relação entre particulares.
PARTICULAR PARTICULAR
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No Brasil a ideia de contrato, fazer leis entre as partes é totalmente relativizado,
uma vez que a função social está muito em voga, abespinhando o “pacto sunt
servand”.
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A dignidade da pessoa humana não é um direito, mas sim uma atribuição a
condição de humano dentro do ordenamento jurídico. Existem dois posicionamentos:
1º um atributo que todo o ser humano possui independentemente de qualquer
condição dada pelo Estado; 2ª seria um valor, um valor constitucionalmente
supremo, diferente de uma norma suprema. Sendo esta um núcleo axiológico
(valorativo). É, para essa teoria, um valor que todos os outros andam a seu entorno.
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Observação: Quando os direitos fundamentais entram em choque (colisão) o direito
que é “minorado” ele não é derrogado, ele simplesmente não será aplicado naquele
caso. Tal permissa decorre da ideia que não existe (em tese) direitos absolutos.
Observação: Para o ministro Celso de Melo “ferir uma norma princípio é cortar a
própria carne da Constituição”.
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TÉCNICA DA PONDERAÇÃO DE INTERESSES (GÊNERO)
ESPÉCIES:
- Ponderação e regras jurídicas: as regras jurídicas, em teses, não são objetos
de ponderação de interesse, uma vez que as colisões entre elas são
perfeitamente solvíveis através de critérios abstratos (hierárquico, cronológico e
especialidade), ou seja, a aplicação de uma exclui completamente a
possibilidade de incidência de outra.
- Ponderação abstrata e ponderação à norma “Ad hoc”:
Ponderação abstrata não representa com a ponderação de interesses,
propriamente, isso porque guarda as características essenciais da
interpretação jurídica tradicional, vez que se interpreta a constituição
sistematicamente.
Ponderação “Ad Hoc” é realizada em face das peculiaridades no caso
específico, onde o intérprete não pode se descurar do contexto fático
enfrentado.
- Ponderação Judicial X Ponderação Legislativa:
Ponderação Judicial é aquela exercida pelo poder judiciário para que este
não se exima de resolver o conflito, o que o judiciário fará é equacionar os
interesses dos conflitantes (colidentes).
Ponderação Legislativa é a ponderação realizada pelo poder legislativo antes
mesmo do conflito, para tanto existem órgãos dentro desses poderes para a
aferição se vai existir colisão.
Observação: Hoje no Brasil a ponderação judicial tem uma maior aceitação que a
ponderação legislativa.
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Direito Individual: aquele que é exercido perce, individualmente,
singularmente, está normalmente ligado ao caso concreto. Já o direito
coletivo perpassa o direito singular, podendo ser atribuído a um determinado
grupo de pessoas (direitos relacionados às condições de trabalho).
Direito Difuso: é aquele que não pode ser numerado os titulares deste direito
(direito ao meio ambiente equilibrado)
DIREITO À ISONOMIA
Trata-se de Direito Fundamental de primeira dimensão pode ser
classificada em isonomia material e isonomia formal. A frase que define é tratar os
iguais como iguais e tratar desigualmente na medida da sua desigualdade os
desiguais. A primeira parte da célebre frase diz respeito à igualdade formal, já a
segunda parte versa sobre a igualdade material. No Brasil o tema igualdade tem por
carro chefe as minorias sejam estas: religiosa, étnica e ideológica. A igualdade
material se instrumentaliza através das chamadas ações afirmativas (cotas em
universidades públicas, políticas públicas de compensação isonômica). Ex:
Delegacia da Mulher, Acessos a deficientes.
Já a isonomia formal advém da ideia clássica de que todos nós somos
iguais perante a lei. A instrumentalização da isonomia formal se dá com o tratamento
que o indivíduo recebe no momento da aplicação da lei.
DIREITO À EDUCAÇÃO
Trata-se de Direito Fundamental de terceira dimensão, conquanto, é
garantido pelo Estado somente educação em nível fundamental, aos outros níveis
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de educação tais como médio, profissionalizante e superior ficará a cargo do
estudante. É de se observar, ainda, a repartição constitucional dos níveis de
educação fornecidos pelos entes. A educação básica e fundamental é oferecida pelo
município, já a de nível médio é oferecida pelo Estado e a de nível médio
profissionalizante e a de nível superior é oferecida pela União.
Observação: As entidades supras têm o ônus público privativo, ou seja, eles têm a
primeira instrumentalização da repartição constitucional, conquanto, podem delegar
para os outros entes e para o particular.
DIREITO À SAÚDE
Inicialmente cumpre esclarecer que o direito à saúde tem a maior eficácia
simétrica positiva (teoria de J. J. Gomes Canotilho). A saúde advém da seguridade
social junto com a assistência social e a previdência social. Historicamente a
universalidade do direito à saúde se deu com o advento da CF/88, até então, só teria
direito o cidadão brasileiro que contribuísse para o extinto INAMPS.
SEGURIDADE SOCIAL
Sua origem histórica advém da Revolução Industrial do século XIX. A
Constituição Brasileira de 1988 consagrou a Seguridade Social com um direito
fundamental. Trata-se de direito fundamental de segunda dimensão. A seguridade
social se divide em três, qual seja: previdência social, assistência social e saúde. A
previdência social nada mais é, segundo Fábio Inbraim Zambitte, do que um seguro
social em que se paga agora para receber quando da aposentadoria. No Brasil
temos três regimes de previdência, quais sejam: Regime Próprio de Previdência
Social (RPPS) que é aquela destinada aos servidores públicos; Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) que é regulado pelo Ministério da Previdência Social e
administrado pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS); e os Regimes
Complementares/Particulares que podem ser fechados ou abertos e de vinculação
facultativa.
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Observação: Todos os outros regimes de previdência, excetuando-se o regime
complementar, são de vinculação obrigatória.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Trata-se de direito fundamental que busca extinguir ou diminuir a
miserabilidade de uma determinada família. Se instrumentaliza através de benefícios
concedidos a pessoas deficientes e pessoas que não contribuam para um regime de
previdência que se encontram em idade avançada. Ex: LOA’s (Lei Operacional de
Assistência Social.
SEGURANÇA
Trata-se de direito fundamental de terceira dimensão. O Estado deve
garantir aos seus residentes segurança para assegurar à incolumidade dos
cidadãos, bem como suas posses materiais. No plano externo quem garante a
segurança são as forças armadas. No plano interior quem garante a segurança são
as carreiras policiais. Elas se dividem em: judiciária quem incluem polícia civil,
polícia federal, polícia ferroviária e polícia rodoviária. Existe também a polícia
administrativa que são as polícias militares dos Estados.
PROPRIEDADE
Trata-se de direito fundamental de primeira dimensão. No Brasil a
intangibilidade desse direito foi perpassada por diversos ordenamentos jurídicos.
Baseou-se no direito romano para exaltar a característica básica do poder do
proprietário. Ordianamente (atualmente) o Brasil adota a teoria da função social da
propriedade, isso quer dizer que quando uma determinada propriedade deixa de
cumprir sua função social ela pode ser desapropriada e os seus antigos proprietários
receber sanções. Existem casos no Brasil em que a propriedade pode ser
confiscada, tal como qual nos casos de plantio de plantas psicotrópicas (folha de
coca; canábis sativa). Ainda, assim, o direito à propriedade é um direito fundamental,
podendo ser exercido naturalmente pelos residentes e cidadãos do país.
Usar
Observação: Propriedade Posse direta (física)
Usufruir
Dispor
MORADIA
Trata-se de direito fundamental de terceira dimensão. Consubstancia-se
com o direito pleno a ter uma moradia digna. Dessume-se tal direito da dignidade da
pessoa humana. As políticas públicas perpetraram-se pelos últimos anos de governo
brasileiro e viabilizaram a sua eficácia simétrica. Jurisdicionalmente é possível
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pleitear direito de moradia digna, desde que haja um mínimo de dotação
orçamentária.
DIREITO À NATURALIDADE
Trata-se de direitos referentes à condição de nascido ou naturalizado em
determinado país. Sendo este respaldado pela sua pátria de origem para exercer
sua cidadania. Está disposto do Art. 12 ao Art. 13 da CF. No Brasil adota-se os
critérios “jus sanguinios” (filho de brasileiro ou brasileira) e “jus soli” (nascido em
território brasileiro). Tal disposição constitucional visa resguardar os interesses
nacionais e de defesa para que os cargos estratégicos não fiquem preenchidos por
estrangeiros ou naturalizados. É de se observar ainda que o Brasil adota a língua
oficial portuguesa e os símbolos da República Federativa tais como: Bandeira, Hino,
Armas e o Selo Nacional como patrimônio inalienável da República Brasileira.
DIREITOS POLÍTICOS
Trata-se de um tema que se divide em dois subtemas, quais sejam:
direitos políticos do cidadão e direitos políticos partidário. Está localizado no Art. 14
até o Art. 17 da CF. A primeira parte dos direitos políticos trata da possibilidade do
sufrágio e da instrumentalização da soberania popular, seja ela através do plebiscito
(consulta popular), referendo (confirmação ou exclusão de uma determinada lei) e
iniciativa popular (possibilidade da população agir como legislador).
Observação: Os conscritos não podem se eleger, estes são os que estão prestando
serviço militar obrigatório.
PARTIDOS POLÍTICOS
Trata-se de Pessoa Jurídica de Direito Privado registrado no TSE. Para
viabilizar qualquer candidatura o candidato deverá ser filiado a um partido político.
Para criação do Partido Político além de um estatuto próprio é necessário um
documento atestando a vontade populacional para criação deste novo partido. É de
se observar, ainda, que não podem existir partidos que tenham como pano de fundo
organizações armadas, apologia criminosa, etc. Todo partido político brasileiro
recebe verbas do Fundo Partidário, dependendo da sua representação na Câmara
Federal e Assembleias.
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Observação: O direito à nacionalidade e os direitos políticos são direitos de terceira
dimensão.
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