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 ORIGEM DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

 1789 - Origem da escrita dos Direitos Fundamentais - Declaração Universal


dos Direitos do Homem.
 Século XIII - Embrião de Constituição na Inglaterra – Magna Carta
 1779 - Início da Constituição/EUA (Filadélfia) - 1ª Constituição

Observação: 1789 foi a gênese dos Direitos Fundamentais.

1ª Geração/Dimensão: Direitos Individuais


 Está ligada intimamente ao DIREITO DE LIBERDADE, chamado nascer e
viver livre.
Observação: SÉCULO XVIII iniciou-se a ideia de ser livre, exceto aos escravos,
que se tornaram livres apenas a partir do século XIX.

2ª Geração/Dimensão: Direitos Coletivos


 Os Direitos Coletivos estão ligados à ideia de IGUALDADE, uma vez que
advém da Revolução Industrial e das disputas de classe.
 Os Direitos Fundamentais não está circunscritos ao art. 5º da CF/88, ou seja,
os direitos fundamentais estão plasmados/pincelados dentro do corpo da
Constituição.

3ª Geração/Dimensão: Direitos Sociais


 Está ligada à ideia de FRATERNIDADE.

Observação: Efeito Cliquet (vedação ao retrocesso social) impede que os


direitos fundamentais sejam retirados ou alterados.

4ª Geração/Dimensão: Direitos Bioéticos (art. 225 CF/88)


 Está ligada à ideia do DIREITO DIFUSO e INDIVIDUAL HOMOGÊNEO.

Observação:: “JUS COGENS” = DIREITO DE TODOS


 Construção doutrinária em que se admite um direito ou uns direitos coercitivos
para todos os Estados.
“MENS LEGIS” = VONTADE DA LEI
DEMOCRACIA = GOVERNO DE MUITOS

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 DIFERENÇA ENTRE DIREITOS FUNDAMENTAIS E DIREITOS HUMANOS:
A diferença é que os Direitos Humanos estão consagrados no plano internacional
e os Direitos Fundamentais são instrumentalização desses direitos que os países
acham pertinentes para embasar suas constituições.

 LOCALIZAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Observação: Os direitos fundamentais não se encontram somente na
Constituição, razão pela qual se entende que o rol dos Direitos
Fundamentais não é um rol taxativo.
1) Direitos e Garantias Individuais (art. 5º);
2) Direitos e Garantias Coletivos (art. 5º e 7º);
3) Direitos Sociais (art. 6º ao 11º);
4) Direitos de Nacionalidade (art. 12 e 13);
5) Direitos Políticos (art.14 a 19).

 CLASSIICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS SEGUNDO JELLINEK


1ª Dimensão dos Direitos Fundamentais para o doutrinador JELLINEK:
 Para esse doutrinador a primeira dimensão dos Direitos Fundamentais era um
direito de defesa ou um direito negativo, em que o cidadão podia abstrair-se do
arbítrio do Estado. São basicamente os direitos e garantias individuais.
2ª Dimensão dos Direitos Fundamentais para o doutrinador JELLINEK:
 Para Jellinek a 2ª dimensão tratava-se de direito de prestações, deveria se exigir
do Estado prestações materiais e jurídicas. O Estado deveria agir para assegurar
o direito, possuindo, assim, um caráter positivo.
3ª Dimensão dos Direitos Fundamentais para o doutrinador JELLINEK:
 Direito de participação. Neste caso os Direitos Fundamentais de 3ª dimensão
possuem tanto um caráter positivo quanto negativo. São direitos de participação
do indivíduo na vida política do Estado.
Segundo Jellinek a 3ª dimensão dos Direitos Fundamentais são basicamente os
direitos políticos.

 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (SEGUNDO MARCELO


NOVELINO)
Universalidade
Inalienabilidade
Irrenunciabilidade
Relatividade/limitabilidade
Historicidade

 UNIVERSALIDADE

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Existe um núcleo mínimo de proteção, ou seja, qual seja a dignidade da pessoa
humana que em tese deve estar em todas as sociedades, respeitando sempre
suas características religiosas e culturais.

“Ground Norm”
CF
(norma hipotética fundamental)
LC
LO
MP
DL
DEL
PORT
RI

* Para Kelse essa “Ground Norm” (a vértice do triângulo /topo de todas as normas)
seria a dignidade da pessoa humana.

 CARACTERÍSTICAS DOS DF (continuação)


 INALIENABILIDADE
Os direitos fundamentais são intransferíveis, inegociáveis, uma vez que não
tem caráter patrimonial, direitos fundamentais são indisponíveis.

 IRRENUNCIABILIDADE
Não se deve admitir renúncia ao núcleo substancial de determinados direitos,
com efeito, não significa que não possa haver uma limitação voluntária de um
direito fundamental. Podendo existir também limitação voluntária, ou seja, uso
negativo do direito.
A necessidade econômica, social ou vital podem produzir situações de
limitação de direitos fundamentais. Exemplo: Participação em reality show
(limitação temporária do direito à liberdade).

 RELATIVIDADE
A maioria dos direitos fundamentais são normas princípios, ou seja, são
normas para inspirar, conquanto, podem existir colisões entre esses direitos
fundamentais. Assim, algum direito fundamental pode sobressair sobre outro.
Desta forma, não devem ser considerados absolutos dependendo de cada
situação.
Observação: Não existe direito, no ordenamento jurídico, absoluto.
Observação: Existem doutrinadores (Pontes de Miranda e Claudia
Gonçalves) que dizem que o único direito absoluto no Brasil é o direito de não
ser torturado.

 HISTORICIDADE
Os direitos fundamentais, como todos os outros direitos, são direitos
históricos. Os direitos fundamentais retratam sociedade da época, sendo

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assim, poderão ser modificados acompanhando as mudanças sociais,
econômicas (tecnológica – inserção do professor).

 DIREITO FUNDAMENTAL (CONCEITO DO PROFESSOR)


É o esqueleto de uma Constituição de um Estado de Direito, suas minúcias
são diferentes em cada Estado Soberano. É considerado para muitos o
núcleo de um ordenamento jurídico, conquanto, não são absolutos, pois
podem colidir entre si. São considerados também norma inspiradora de todos
os outros direitos de um Estado de Direito.
Cada Sociedade tem seus próprios direitos fundamentais, todavia, a maioria
da doutrina entende que existe um direito fundamental universal, qual seja, o
direito da dignidade da pessoa humana (Jus Cogens).

1ª Dimensão dos Direitos Fundamentais (Liberdade)


Surgiram no final do século XVIII com as revoluções; liberal, francesa, norte-
americana. Sendo conhecidos como direitos civis e políticos. Sendo direitos
de defesa do indivíduo em face do Estado. (Direito Negativo, o Estado não
se mete).
Segundo Paulo Bonavides a 1ª Dimensão englobaria o direito à participação.

2ª Dimensão dos Direitos Fundamentais (Igualdade)


Com o fim da 1ª Guerra Mundial e com o advento da Revolução Industrial
surgiu à ideia dos Direitos Sociais. São chamados de direitos sociais aqueles
que não advêm só da ideia de ser um ser humano, basicamente estão ligados
aos direitos coletivos. Protegem instituições fundamentais para a sociedade,
quais sejam: família, imprensa livre, funcionalismo público. São direitos
positivos.
A 2ª dimensão dos direitos fundamentais se instrumentalizou com o “Wellfare
States” (Estado de Bem Estar Social).

3ª Dimensão dos Direitos Fundamentais (Fraternidade)


Ligados à fraternidade e à igualdade busca-se necessariamente a interação
entre Estado e Sociedade. São direitos transindividuais, são tanto os direitos
coletivos quanto os difusos. Instrumentaliza o Estado Democrático de Direito.
A 3ª dimensão segundo Paulo Bonavides
Direito de autodeterminação dos povos, direito ao progresso e ao
desenvolvimento, bem como, direitos difusos e direitos transindividuais.
Direitos difusos: são aqueles que não têm como definir seus titulares, é o
caso clássico do direito ao meio ambiente.
Direitos transindividuais: são aqueles que perpassam o direito individual.
Exemplo: É o caso do direito à previdência social, saúde, educação, etc.

(Continuação)
4ª Dimensão dos Direitos Fundamentais (Paulo Bonavides) = Respeito às
minorias

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Surge a partir da globalização política, consiste em assegurar a fruição (exercer) de
direitos básicos por todos os cidadãos, inclusive pelas minorias, a ideia de minoria é
de representatividade.
Observação: As ações afirmativas estão intimamente ligadas à ideia de pluralidade.
Observação: Dentro da Constituição a ideia de pluralidade está incerta nos artigos
3º, Inciso IV, 1º, Inciso V e no preâmbulo.

 EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


 EFICÁCIA VERTICAL
Aplicabilidade dos direitos fundamentais na relação entre Estado e Particular.
ESTADO

PARTICULAR

 EFICÁCIA HORIZONTAL
Aplicabilidade dos direitos fundamentais numa relação entre particulares.

PARTICULAR PARTICULAR

TEORIA DE INEFICÁCIA DE DIREITO FUNDAMENTAL NO QUE TANGE SUA


HORIZONTALIDADE
Segundo essa teoria os direitos fundamentais só teriam eficácia vertical e não
horizontal tal teoria é adotada nos Estados Unidos da América que assim como os
direitos fundamentais; na gênese histórica, se refere aos poderes públicos, para a
ética são a elas oponíveis “STAT ACTION”.

TEORIA DA EFICÁCIA HORIZONTAL INDIRETA


Criada e adotada na Alemanha, tem sua gênese no final da 2ª Guerra Mundial.
Significa que os Direitos Fundamentais só podem ser aplicados nas relações entre
particulares se houver mediação legislativa, de modo que os direitos fundamentais
seriam relativizados nas relações contratuais.
Com efeito, tal teoria sustenta que os Direitos Fundamentais não ingressam com
direitos subjetivos, sendo necessária a intermediação em forma de lei.
TEORIA DA EFICÁCIA HORIZONTAL DIRETA
É adotada em países como: Itália, Espanha, Portugal, Brasil, etc. No Brasil a
jurisprudência tem adotado essa teoria reiteradamente, mesmo que de forma
inconsciente. Não há necessidade de artimanhas interpretativas, uma vez que
Direitos Fundamentais são aplicados nas relações entre particulares. O direito do
consumidor defrui dessa ideia.

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No Brasil a ideia de contrato, fazer leis entre as partes é totalmente relativizado,
uma vez que a função social está muito em voga, abespinhando o “pacto sunt
servand”.

1ª Crítica – perda da clareza conceitual do Direito Privado.


2ª Crítica – ameaça da sobrevivência da autonomia privada.
3ª Crítica – Incompatibilidade com os princípios da separação dos poderes, de
segurança jurídica e democracia.

LIMITE DOS LIMITES (É a ideia de o Estado não intervir).


Os limites dos limites é uma teoria que surgiu com a ideia de direitos
fundamentais, uma vez que, os direitos fundamentais surgiram com o intuito de
limitar o poder do Estado, sendo assim elementos limitativos, em tese o próprio
Estado é quem limita os direitos fundamentais. Os limites, segundo Karl August
Betterman os limites dos limites devem observar o núcleo propenêutico de um
ordenamento jurídico.

REQUISITOS A SEREM OBSERVADOS NO CASO DE RESTRIÇÕES A


DIREITO FUNDAMENTAL
1º PRINCÍPIO DA LEGALIDADE/RESERVA LEGAL: que ele seja previsto em lei,
decreto ou qualquer outro ato normativo, desde que não restrinja um direito
fundamental. A doutrinadora Jane Pereira dispõe que só a lei em sentido estrito
pode restringir direito fundamental, mas no Brasil entendemos que a lei em sentido
amplo (neste caso o decreto entraria).
2º Princípio da não retroatividade (“NO CLIQUET”): toda restrição a um direito
fundamental só pode ser estabelecida daquele momento para frente, de modo que
deverá respeitar situações já consolidadas. A vedação ao retrocesso social baseava-
se na ideia de garantir conquistas no ordenamento jurídico. Exemplo: Se retirassem
o FGTS de um trabalhador celetista seria um retrocesso, razão pela qual não pode
ser limitado tal direito.
3º Princípio da proporcionalidade: busca-se adequar a necessidade/exigibilidade
entre o direito do cidadão e a vontade do legislador. Exemplo: O fato que ocorreu à
implementação de cotas raciais em universidades públicas limitando um direito
Fundamental, qual seja, meritocracia, proporcionalizou nuances judiciais, tendo
neste momento, o STF definido que tais cotas obedeciam ao princípio da
proporcionalidade.
4º Princípio da generalidade (abstração): tem que ser geral e abstrato. Se não for
estará violando o princípio da igualdade. Exemplo: Uma determinada lei que cerceie
um direito de representatividade de um determinado sindicato abespinha o direito no
seu critério geral e abstrato.
Tal princípio defrui da isonomia.
5º Princípio da salvaguarda do núcleo essencial: qualquer restrição ao Direito
Fundamental deve salvaguardar o núcleo essencial do direito (art. 60, § 4º da CF/88-
cláusulas pétreas). Deixa-se claro que a essência do direito não se subsume
(cerceia) ao art. 60, § 4º da CF/88, uma opinião doutrinária majoritária.

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DIREITO FUNDAMENTAL

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A dignidade da pessoa humana não é um direito, mas sim uma atribuição a
condição de humano dentro do ordenamento jurídico. Existem dois posicionamentos:
1º um atributo que todo o ser humano possui independentemente de qualquer
condição dada pelo Estado; 2ª seria um valor, um valor constitucionalmente
supremo, diferente de uma norma suprema. Sendo esta um núcleo axiológico
(valorativo). É, para essa teoria, um valor que todos os outros andam a seu entorno.

CRISE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


INTRODUÇÃO: a crise não é só dos Direitos Fundamentais, a crise é sistêmica,
se estende a todos os poderes, uma vez que relativização engloba todos os direitos.
De modo que, em tese deveria existir um novo pacto republicano (ideia do ministro
Cezar Peluso), tal fato visa solucionar de forma equinâme a crise dos direitos
fundamentais.

CRISE POLÍTICA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


- Qual é o foco da crise política dos direitos fundamentais, uma das hipóteses da
crise dos direitos fundamentais seria:
1ª Hipótese: uma das hipóteses da crise dos direitos fundamentais seria a
imensidão de direitos fundamentais, uma vez que sua aplicabilidade pode ser
minoridade frente a outros direitos.
2ª Hipótese: desconhecimento da maior parte da população dos seus direitos
fundamentais.
3ª Hipótese: excesso de não aplicabilidade dos direitos fundamentais.

A QUESTÃO TOPOGRÁFICA DOS DIREITOS E GARANTIAS


FUNDAMENTAIS:
A Constituição Federal classifica o gênero “direitos e garantias fundamentais” em
cinco espécies, quais sejam:
1) Direitos e Garantias Individuais (art. 5º);
2) Direitos e Garantias Coletivos (art. 5º e 7º);
3) Direitos Sociais (art. 6º ao 11º);
4) Direitos de Nacionalidade (art. 12 e 13);
5) Direitos Políticos (art.14 a 19).

Observação: Os Direitos Fundamentais se dividem em cinco grandes grupos,


conforme classificação retro, no entanto, não se cerceiam aos antigos mencionados.

Observação: Os Direitos Fundamentais na carta da república brasileira estão


localizados proximamente entre eles para a melhor compreensão do intérprete.

COLISÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


CONCEITO: O choque entre direitos fundamentais é chamado de colisão, e, para
a resolução de tal colisão se utiliza de alguns princípios, quais sejam:
proporcionalidade e razoabilidade.

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Observação: Quando os direitos fundamentais entram em choque (colisão) o direito
que é “minorado” ele não é derrogado, ele simplesmente não será aplicado naquele
caso. Tal permissa decorre da ideia que não existe (em tese) direitos absolutos.

SUJEITOS E O ÂMBITO DE VALIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Determina o art. 5º, caput, da Constituição Federal que aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país são assegurados o direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade.

Observação: No Brasil as regras constitucionais entendem que o nosso


ordenamento jurídico é um ordenamento aberto, de modo que pode ser interpretado
por todos (definição de Petter Habelli), sendo assim os intérpretes retiram do texto
as normas, Eros Grau faz alusão alopoética a Vênus de Milo, em que o intérprete é
o artesão que retira do conceito a escultura que seria a norma, tais normas se
dividem em normas regras o mandamento de otimização (definição de Robert
Allexy) já as normas princípios tem um quê de subjetividade (definição de Ronald
Dworky). A diferença basilar entre normas regras e normas princípios se baseiam na
ideia de sobreposição flutuante do princípio e da ideia de tudo ou nada da norma
regra.

Observação: Para o ministro Celso de Melo “ferir uma norma princípio é cortar a
própria carne da Constituição”.

 TÉCNICA DA PONDERAÇÃO DE INTERESSES


CONCEITO: A técnica de ponderação de interesses consiste no método utilizado
para a solução dos conflitos constitucionais à primaz característica desta técnica é a
análise do caso concreto e suas variáveis fáticas botando “peso” entre as normas
que colidem defruindo princípios básicos de harmonização constitucional e
interpretação conforme (definição do professor Daniel Sarmento). A finalidade desta
atividade é de delinear a topografia (localização) do conflito, uma finalidade de
responder a duas perguntas, quais sejam: 1ª) se e em que extensão, a área da
tutela do interesse perseguido por uma norma se sobrepõe à área que deve ser
garantida ao interesse de outra norma; 2ª) Qual é o espaço residual que resta ao
exercício de cada um dos direitos em conflito.

Exemplo: (Prof. José Carlos Vieira de Andrade)


Poder-se-á invocar a liberdade religiosa para efetuar sacrifícios humanos ou para
casar mais uma vez? Nestes casos, como em muitos outros não se deve falar
propriamente de um conflito entre direito avocado e outros direitos ou valores, por
vezes expressos através de deveres fundamentais, conquanto preceito
constitucional não protege essas formas de exercício de direito fundamental, uma
vez que a própria constituição tais situações da esferas normativas.

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TÉCNICA DA PONDERAÇÃO DE INTERESSES (GÊNERO)
 ESPÉCIES:
- Ponderação e regras jurídicas: as regras jurídicas, em teses, não são objetos
de ponderação de interesse, uma vez que as colisões entre elas são
perfeitamente solvíveis através de critérios abstratos (hierárquico, cronológico e
especialidade), ou seja, a aplicação de uma exclui completamente a
possibilidade de incidência de outra.
- Ponderação abstrata e ponderação à norma “Ad hoc”:
Ponderação abstrata não representa com a ponderação de interesses,
propriamente, isso porque guarda as características essenciais da
interpretação jurídica tradicional, vez que se interpreta a constituição
sistematicamente.
Ponderação “Ad Hoc” é realizada em face das peculiaridades no caso
específico, onde o intérprete não pode se descurar do contexto fático
enfrentado.
- Ponderação Judicial X Ponderação Legislativa:
Ponderação Judicial é aquela exercida pelo poder judiciário para que este
não se exima de resolver o conflito, o que o judiciário fará é equacionar os
interesses dos conflitantes (colidentes).
Ponderação Legislativa é a ponderação realizada pelo poder legislativo antes
mesmo do conflito, para tanto existem órgãos dentro desses poderes para a
aferição se vai existir colisão.

Observação: Hoje no Brasil a ponderação judicial tem uma maior aceitação que a
ponderação legislativa.

- Ponderação de Interesse X Motivação


O eminente jurista José Carlos Barbosa Moreira diz que “a motivação constitui
em corolário o princípio do Estado de Direito, de modo que, visa impedir o juiz
de decidir de modo arbitrário.”. Assim, a ponderação de interesses visa
estabelecer a jurisdição escorreita, uma vez que, a motivação deve retratar
com a maior fidelidade possível as razões desta ponderação.
Obs: Motivação = fundamentação da decisão

OS DIREITOS DE DEFESA (Negativo)


Tem origem na Revolução Francesa e tem por cerno a abstração do estado em
intervir na esfera mínima jurídica do indivíduo. No Brasil o direito de defesa foi
consagrado na Constituição de 1891.

DIREITOS PRESTACIONAIS (Positivo)


Tem origem nos Estados Unidos na quebra da bolsa de Nova York em 1929
onde surgiu o “WELLFARE STATE” (Estado de Bem Estar Social). No Brasil
surgiu com Vargas no Estado Novo. Trata-se do poder dever do Estado em
fornecer serviços à população (Saúde, Educação, Prestação Jurisdicional
escorreita garantia do pleno emprego e trabalho, etc.)

DIREITO INDIVIDUAL X DIREITO COLETIVO/DIFUSO

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 Direito Individual: aquele que é exercido perce, individualmente,
singularmente, está normalmente ligado ao caso concreto. Já o direito
coletivo perpassa o direito singular, podendo ser atribuído a um determinado
grupo de pessoas (direitos relacionados às condições de trabalho).
 Direito Difuso: é aquele que não pode ser numerado os titulares deste direito
(direito ao meio ambiente equilibrado)

DIFERENÇA ENTRE DIREITOS FUNDAMENTAIS E GARANTIAS


FUNDAMENTAIS:
Inicialmente cumpre esclarecer que Direitos Fundamentais são gênero e que
Direitos Fundamentais (estrito senso) são espécies. Os Direitos Fundamentais são
exercíveis persi, ou seja, poderão ser utilizados habitualmente, caso, sejam
minorados ou abespinhados poderão ser assegurados pelas garantias
fundamentais, como é o caso dos remédios constitucionais (mandado de
segurança, mandado de injunção, habeas corpus, habeas data). De modo que
havendo obstáculo a fruição dos Direitos Fundamentais se utilizará as garantias
fundamentais.

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, I, CF


Trata-se de inciso que revebera nas diretrizes que iguala materialmente homens e
mulheres. De modo que as mulheres possam usufruir dos direitos efetivamente. É o
caso de Estatuto da Mulher, Lei Maria da Penha, diminuição em 5 anos de
contribuição e de idade para aposentadoria. No Brasil com o advento da
Constituição de 1988 efetivou-se a prioridade de diretrizes governamentais para
inclusão da mulher no mercado de trabalho.

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, IV, CF


Trata-se de ideia de Proteção à imprensa livre, tal perspectiva está relacionada
intimamente à liberdade de expressão. Pode ser essa expressão escrita, postada,
prolatada oralmente, dando direito de resposta a qualquer pessoa que se sinta
ofendida, razão pela qual se veda o anonimato.

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, V, CF


A análise afeita a esse dispositivo requer duas leituras:
1º É assegurado resposta proporcional ao agravo perpetrado por expressão injuriosa
declamada em veículos de imprensa.
2º o dano a moral, a imagem ou a honra deve ser em regra indenizável.

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, VI, CF


No Brasil o Estado é considerado laico (sem religião oficial), conquanto a
religiosidade é protegida. De modo que, admite-se a propalação de expressões e
símbolos religiosos.

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, VII, CF


É devidamente consignada a possibilidade de requerer judicialmente ao poder
público que se digne a prestar a assistência religiosa em ambientes de internação
coletiva (presídios, quartéis generais, acampamentos de refugiados, etc.). Em
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instituições jurídicas a possibilidade não é pacificada, conquanto, ainda se discute
jurisprudencialmente a eficácia simétrica positiva deste inciso.

Observação: A eficácia simétrica positiva é a teoria adotada por JJ Gomes


Canotilho, diz que os Direitos Fundamentais devem ser atingidos de forma mais
ampla possível (não confundir com o princípio da máxima efetividade constitucional,
uma vez que tal princípio só diz respeito aos Direitos Fundamentais que se
relacionam com os direitos humanos).

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, VIII, CF


Ninguém poderá eximir-se de dever constitucional alegando crença religiosa ou
convicção ideológica, salvo se prestar obrigação alternativa. Exemplificação:
Cidadão convocado para servir o exército em tempo de guerra e requerer dispensa
em razão de convicção religiosa, deverá prestar algum serviço, de modo a suprir sua
falta ao dever constitucional imposto.

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, IX, CF


Muito de discute ordeiramente sobre a eficácia simétrica positiva deste inciso, uma
vez que a necessidade de autorização para biografias está em pauta no judiciário.
De modo que sua aplicabilidade sofre restrições de órgãos administrativos
(associação de publicitários brasileiros - é uma instância administrativa do poder
judiciário). Conquanto, as restrições ainda são pontuais.

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, X, CF


Tal inciso busca resguardar a vida privada, a honra e a imagem das pessoas bem
como a intimidade, assegurando a estas (aquelas que tiveram seus direitos violados)
indenização a título compensatório.

COMENTÁRIOS AO ART. 5º, XI, CF


Tal inciso busca resguardar o lar no sentido axiológico, isso porque a casa pode ser
considerada no seu sentido mais amplo. É de se observar ainda que o horário
judicial para diligencias é das 6h00min da manhã às 20h00min da noite.

DIREITO À ISONOMIA
Trata-se de Direito Fundamental de primeira dimensão pode ser
classificada em isonomia material e isonomia formal. A frase que define é tratar os
iguais como iguais e tratar desigualmente na medida da sua desigualdade os
desiguais. A primeira parte da célebre frase diz respeito à igualdade formal, já a
segunda parte versa sobre a igualdade material. No Brasil o tema igualdade tem por
carro chefe as minorias sejam estas: religiosa, étnica e ideológica. A igualdade
material se instrumentaliza através das chamadas ações afirmativas (cotas em
universidades públicas, políticas públicas de compensação isonômica). Ex:
Delegacia da Mulher, Acessos a deficientes.
Já a isonomia formal advém da ideia clássica de que todos nós somos
iguais perante a lei. A instrumentalização da isonomia formal se dá com o tratamento
que o indivíduo recebe no momento da aplicação da lei.

DIREITO À EDUCAÇÃO
Trata-se de Direito Fundamental de terceira dimensão, conquanto, é
garantido pelo Estado somente educação em nível fundamental, aos outros níveis
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de educação tais como médio, profissionalizante e superior ficará a cargo do
estudante. É de se observar, ainda, a repartição constitucional dos níveis de
educação fornecidos pelos entes. A educação básica e fundamental é oferecida pelo
município, já a de nível médio é oferecida pelo Estado e a de nível médio
profissionalizante e a de nível superior é oferecida pela União.

Observação: As entidades supras têm o ônus público privativo, ou seja, eles têm a
primeira instrumentalização da repartição constitucional, conquanto, podem delegar
para os outros entes e para o particular.

DIREITO À SAÚDE
Inicialmente cumpre esclarecer que o direito à saúde tem a maior eficácia
simétrica positiva (teoria de J. J. Gomes Canotilho). A saúde advém da seguridade
social junto com a assistência social e a previdência social. Historicamente a
universalidade do direito à saúde se deu com o advento da CF/88, até então, só teria
direito o cidadão brasileiro que contribuísse para o extinto INAMPS.

Observação: É de se observar que a enxurrada de ações que visam garantir o


direito à saúde tem um óbice teórico, qual sejam, “reserva do possível”, muito
utilizada pelas procuradorias públicas (Procuradoria Municipal, Procuradoria
Estadual e Procuradoria Geral da União).

DEVIDO PROCESSO LEGAL


- Ligado ao princípio da ampla defesa e contraditório.
- Origem histórica: hipoteticamente – revolução francesa.
- Trata-se de Direito Fundamental de primeira geração. Seu termo em inglês “Due of
Process Law” (ser processado legalmente). Tal direito fundamental aplica-se tanto
nos processos judiciais quanto nos processos administrativos (em qualquer esfera
administrativa, inclusive o STF definiu que para eliminar ou defenestrar o sócio
dentro de uma sociedade comercial deverá haver ampla defesa e contraditório). O
devido processo legal está consubstanciado na ideia contrarrazoar, ou pelo menos
da oportunidade para tal. Os litígios que não envolvam processo administrativo ou
judicial não poderá o Estado coercitivamente garantir ampla defesa e contraditório.

SEGURIDADE SOCIAL
Sua origem histórica advém da Revolução Industrial do século XIX. A
Constituição Brasileira de 1988 consagrou a Seguridade Social com um direito
fundamental. Trata-se de direito fundamental de segunda dimensão. A seguridade
social se divide em três, qual seja: previdência social, assistência social e saúde. A
previdência social nada mais é, segundo Fábio Inbraim Zambitte, do que um seguro
social em que se paga agora para receber quando da aposentadoria. No Brasil
temos três regimes de previdência, quais sejam: Regime Próprio de Previdência
Social (RPPS) que é aquela destinada aos servidores públicos; Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) que é regulado pelo Ministério da Previdência Social e
administrado pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS); e os Regimes
Complementares/Particulares que podem ser fechados ou abertos e de vinculação
facultativa.

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Observação: Todos os outros regimes de previdência, excetuando-se o regime
complementar, são de vinculação obrigatória.

ASSISTÊNCIA SOCIAL
Trata-se de direito fundamental que busca extinguir ou diminuir a
miserabilidade de uma determinada família. Se instrumentaliza através de benefícios
concedidos a pessoas deficientes e pessoas que não contribuam para um regime de
previdência que se encontram em idade avançada. Ex: LOA’s (Lei Operacional de
Assistência Social.

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA


Se remeter a capítulos anteriores.

SEGURANÇA
Trata-se de direito fundamental de terceira dimensão. O Estado deve
garantir aos seus residentes segurança para assegurar à incolumidade dos
cidadãos, bem como suas posses materiais. No plano externo quem garante a
segurança são as forças armadas. No plano interior quem garante a segurança são
as carreiras policiais. Elas se dividem em: judiciária quem incluem polícia civil,
polícia federal, polícia ferroviária e polícia rodoviária. Existe também a polícia
administrativa que são as polícias militares dos Estados.

Observação: Guardas Municipais não se encaixam na definição das carreiras


policiais.

PROPRIEDADE
Trata-se de direito fundamental de primeira dimensão. No Brasil a
intangibilidade desse direito foi perpassada por diversos ordenamentos jurídicos.
Baseou-se no direito romano para exaltar a característica básica do poder do
proprietário. Ordianamente (atualmente) o Brasil adota a teoria da função social da
propriedade, isso quer dizer que quando uma determinada propriedade deixa de
cumprir sua função social ela pode ser desapropriada e os seus antigos proprietários
receber sanções. Existem casos no Brasil em que a propriedade pode ser
confiscada, tal como qual nos casos de plantio de plantas psicotrópicas (folha de
coca; canábis sativa). Ainda, assim, o direito à propriedade é um direito fundamental,
podendo ser exercido naturalmente pelos residentes e cidadãos do país.
Usar
Observação: Propriedade Posse direta (física)
Usufruir

Dispor
MORADIA
Trata-se de direito fundamental de terceira dimensão. Consubstancia-se
com o direito pleno a ter uma moradia digna. Dessume-se tal direito da dignidade da
pessoa humana. As políticas públicas perpetraram-se pelos últimos anos de governo
brasileiro e viabilizaram a sua eficácia simétrica. Jurisdicionalmente é possível

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pleitear direito de moradia digna, desde que haja um mínimo de dotação
orçamentária.

DIREITO À NATURALIDADE
Trata-se de direitos referentes à condição de nascido ou naturalizado em
determinado país. Sendo este respaldado pela sua pátria de origem para exercer
sua cidadania. Está disposto do Art. 12 ao Art. 13 da CF. No Brasil adota-se os
critérios “jus sanguinios” (filho de brasileiro ou brasileira) e “jus soli” (nascido em
território brasileiro). Tal disposição constitucional visa resguardar os interesses
nacionais e de defesa para que os cargos estratégicos não fiquem preenchidos por
estrangeiros ou naturalizados. É de se observar ainda que o Brasil adota a língua
oficial portuguesa e os símbolos da República Federativa tais como: Bandeira, Hino,
Armas e o Selo Nacional como patrimônio inalienável da República Brasileira.

Observação: CLÁSSICO CONCURSAL – São cargos privativos de brasileiro nato:


Presidente e Vice-Presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados;
Presidente do Senado Federal; Ministro do STF; Carreiras Diplomáticas; Oficial das
Forças Armadas; Ministro de Estado da Defesa.

DIREITOS POLÍTICOS
Trata-se de um tema que se divide em dois subtemas, quais sejam:
direitos políticos do cidadão e direitos políticos partidário. Está localizado no Art. 14
até o Art. 17 da CF. A primeira parte dos direitos políticos trata da possibilidade do
sufrágio e da instrumentalização da soberania popular, seja ela através do plebiscito
(consulta popular), referendo (confirmação ou exclusão de uma determinada lei) e
iniciativa popular (possibilidade da população agir como legislador).

Observação: A elegibilidade é condição para que um cidadão possa exercer


mandato legislativo. E existem requisitos chamados requisitos de elegibilidade, que
vai depender do cargo o qual o candidato quer assumir. Critérios como idade, ser
alfabetizado, ser vinculado a um partido político e residir na circunscrição em qual
quer ser eleger.

Observação: Os conscritos não podem se eleger, estes são os que estão prestando
serviço militar obrigatório.

 PARTIDOS POLÍTICOS
Trata-se de Pessoa Jurídica de Direito Privado registrado no TSE. Para
viabilizar qualquer candidatura o candidato deverá ser filiado a um partido político.
Para criação do Partido Político além de um estatuto próprio é necessário um
documento atestando a vontade populacional para criação deste novo partido. É de
se observar, ainda, que não podem existir partidos que tenham como pano de fundo
organizações armadas, apologia criminosa, etc. Todo partido político brasileiro
recebe verbas do Fundo Partidário, dependendo da sua representação na Câmara
Federal e Assembleias.

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Observação: O direito à nacionalidade e os direitos políticos são direitos de terceira
dimensão.

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS (RC)


Trata-se de meio processual adequado para instrumentalizar a eficácia dos direitos
fundamentais. Desde a constituição de 1981 que se tem no Brasil os remédios
constitucionais. Eles são divididos em: Mandado de Segurança (que pode ser
individual ou coletivo); Habeas Corpus (que pode ser dividido em preventivo ou
repressivo); Habeas Data; Mandado de Injunção; Ação Popular. A
instrumentalização dos direitos fundamentais é considerada pela doutrina como uma
garantia fundamental, conquanto, os remédios constitucionais não se adstringem às
garantias fundamentais.

 HABEAS CORPUS (HC)


Historicamente o HC é o remédio constitucional por excelência e está previsto na CF
desde a constituição de 1981. Ele pode ser preventivo (exemplo clássico de HC
preventivo é a utilização do mesmo por depoentes em Comissão Parlamentar de
Inquérito) e repressivos (quando o paciente está ergastulado). É importante observar
que o HC pode ser impetrado por qualquer pessoa ou entidade, independentemente
de habilitação jurídica ou formalidade na petição.

 HABEAS DATA (HD)


Trata-se de remédio constitucional que visa retificar ou tomar ciência de dados
consignados em repartições ou órgãos públicos. É importante observar ainda que
não cabe HD contra entidades privadas.

 MANDADO DE INJUNÇÃO (MI)


Trata-se de remédio constitucional que visa à fruição de direitos fundamentais que
está previsto na constituição, conquanto, não tem lei complementar específica para
instrumentalização desse direito (Ex: direito de greve do funcionalismo público).

 AÇÃO POPULAR (AP)


Trata-se de remédio constitucional que visa caçar e reformar atos atentatórios contra
a probidade e a moralidade pública. Ex: Ato Governamental que nomeia
determinado patrimônio público com nome de político vivo.

 MANDADO DE SEGURANÇA (MS)


Trata-se de remédio constitucional genuinamente brasileiro que visa caçar ato ilegal
que fere direito líquido e certo. Pode ser individual ou coletivo. Foi inserido no
ordenamento jurídico na constituição de 1934, conquanto, a sua modalidade coletiva
foi inserida em 1988. Na sua modalidade individual qualquer pessoa ou entidade
desde que representada por causídico devidamente habilitado poderá impetrar MS.
Já na modalidade coletiva trata-se de rol taxativo para impetrar tal tipo de remédio
nesta modalidade, visto que esta modalidade só pode ser acionada se ferir direito
coletivo, ou seja, uma classe ou uma gama de direitos.

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