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Físico-Química 9º ano

(Experimental)
Aulas de Física – Sugestões

Otelino Pereira e Silvestre Baptista


FÍSICO-QUÍMICA 90 ANO (Experimental) – Proposta sobre a ministração das Aulas de
Física
I. ESTIMATIVA DOS CONTEÚDOS A SEREM ABORDADOS E ATIVIDADES PRÁTICAS EM FUNÇÃO
DAS AULAS DISPONÍVEIS
Subtema 2.1: Corpos em movimento (17 aulas)

Conceitos básicos de cinemática


Aulas Conteúdos/conceitos OBS
Posição
Referencial
1 Tempo
Movimento/repouso
Trajetória

Ponto material
2e3 Exercícios de aplicação
Relatividade de movimento/repouso

Determinação da posição de um ponto material


Aulas Conteúdos/conceitos OBS
 Posição dada, em função do tempo:
a) por meio de esquemas num
referencial cartesiano
Exercícios de aplicação
4e5 unidimensional
b) por meio de esquemas sobre uma
trajetória
c) por meio de tabelas e gráficos

Distância, deslocamento, rapidez, velocidade e aceleração


Aulas Conteúdos/conceitos OBS
Distância percorrida, deslocamento
6e7 Exercícios de aplicação
escalar e intervalo de tempo

Rapidez média e velocidade escalar


8 Exercícios de aplicação
média
Atividade prática que permite
elaborar tabelas e gráficos de
uma situação concreta de
9 e 10 → movimento e calcular distância
percorrida, deslocamento escalar,
rapidez média e velocidade
escalar média.
Velocidade escalar instantânea

11 Aceleração escalar média Exercícios de aplicação


Aceleração instantânea

1
Movimento retilíneo uniforme (M.R.U.)
Aulas Conteúdos/conceitos OBS
 Características do M.R.U
 Leis horárias e respetivos gráficos
no MRU:
12,13 e a) da aceleração Exercícios de aplicação
14
b) das velocidades
c) das posições

 Determinação do deslocamento
escalar através do gráfico
15
velocidade-tempo, gráfico v(t)
Exercícios de aplicação
(facultativo)
 Determinação da velocidade através
do gráfico posição-tempo, gráfico
16 Exercícios de aplicação
x(t)
(facultativo)

17 Ajustes

2.2- Forças e movimento (5 aulas)


Aulas Conteúdos/conceitos OBS
 Conceito de força, sua representação

18 e unidade no Sistema Internacional


 Tipos de forças

→ Atividade 2 e 3 no anexo do
19
programa (Física)

 Sistema de forças
Concorrentes, colineares, não
20
colineares e paralelos
 Resultante de um sistema de forças
Enunciado das leis e exemplos de
 As leis de Newton situações do dia a dia
21 e 22
Exercícios de aplicação

2
2.3- Forças e fluídos (4 aulas)
Aulas Conteúdos/conceitos OBS

 Impulsão
23 e 24 Exercícios de aplicação
 Lei de Arquimedes

25 → Atividade prática 5

26 Ajustes

2.4- Momento Linear e Impulso de uma força (3 aulas)


Aulas Conteúdos/conceitos OBS
 Momento linear ou quantidade de
movimento de uma partícula
27 material
 Impulso de uma força

28  Lei da variação do momento linear Exercícios de aplicação

Apresentação de vídeos curtos,


sobre testes de segurança de
→ veículos antes de serem colocados
29
no mercado, e suas
interpretações à luz lei da
variação do momento linear.

Nota:
 As aulas que estão a faltar serão utilizadas para exercícios de revisão e também para
aplicação de testes sumativos.
 Sugere-se que se tenha fichas para exercícios de aplicação e para exercícios de revisão
previamente elaboradas e disponibilizadas aos alunos para rentabilizar o tempo.

3
II. PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDOS DURANTE AS AULAS – FÍSICO-
QUÍMICA 9º ANO (Experimental)
2.1: CORPOS EM MOVIMENTO (17 aulas)
► Conceitos básicos de cinemática

Aula 1
Objetivos:
 Concluir que a indicação da posição de um corpo exige um referencial.
 Distinguir instante de intervalo de tempo.
 Determinar intervalo de tempo.
 Definir trajetória de um corpo.
 Classificar uma trajetória em retilínea ou curvilínea.

Posição é o local onde se encontra um corpo, ou seja, é a localização de um corpo. Geralmente é representado
pelas letras “x”, “s” ou “r”. No Sistema Internacional, a unidade da posição é metro (m).

Referencial é um corpo (ou conjunto de corpos) em relação ao qual são definidas as posições de outros corpos.
Um referencial pode ser unidimensional, bidimensional ou tridimensional conforme o número de eixos
coordenados associado a ele. (facultativo)

Referencial Cartesiano é uma superfície a duas dimensões construídas a partir de duas retas numéricas. Uma
das retas numéricas é horizontal e chama-se eixo dos xx. A outra reta numérica é vertical e chama-se eixo dos
yy. Os dois eixos intersetam num ponto que se designa por origem.

Tempo é uma grandeza física associada à sucessão de acontecimentos. Permite sequenciar evento e comparar
as suas durações. Normalmente é representado pela letra “t”. No Sistema Internacional, a unidade do tempo é
segundo (s).

Instante – lapso de tempo muito curto em que alguma coisa se faz ou acontece.

Intervalo de tempo (variação do tempo) – é o tempo decorrido entre o instante final e o instante inicial. Calcula-
se aplicando a seguinte expressão matemática:
t  t f  ti
Sendo :
t  intervalo de tempo, t f  tempo final, ti  tempo inicial
Exemplo: …

Movimento/repouso
Movimento é a variação/mudança da posição de um corpo em relação a um determinado referencial, no
decorrer do tempo.
Quando não há variação da posição de um corpo em relação a um determinado referencial, diz-se que o corpo
se encontra em repouso em relação ao respetivo referencial.
Trajetória-
É o caminho percorrido por corpo (objeto) em movimento. É a linha constituída pelas diferentes posições
sucessivas ocupadas por um corpo em movimento. Uma trajetória pode ser retilínea (linha reta) ou curvilínea
(linha curva).

4
Aulas 2 e 3
Objetivos:
 Referir às condições em que um corpo é considerado ponto material.
 Referir à relatividade do movimento/repouso.
Ponto (partícula) material
Ponto material é um modelo criado na física que representa um corpo, correspondendo a um ponto geométrico
no qual se concentra toda a massa do corpo.
Um corpo é considerado ponto material ou partícula se as suas dimensões forem irrelevantes na situação em
estudo. Por exemplo, no estudo do movimento de um automóvel entre duas localidades, considera-se o
automóvel um ponto material, uma vez que que a sua dimensão não influencia o estudo do movimento.
Relatividade do movimento/repouso
Movimento e repouso são conceitos relativos por dependerem do referencial escolhido para o estudo da
posição de um corpo. Portanto um corpo pode estar em movimento em relação a um referencial e, ao mesmo
tempo, em repouso em relação a outro referencial.
Exemplos:
- Uma pessoa em repouso em relação à Terra está em movimento, ao mesmo tempo, em relação ao Sol;
- Uma pessoa sentada no banco de um autocarro, em movimento, está em movimento em relação à Terra, mas
ao mesmo tempo em repouso em relação ao autocarro …
Exercício de aplicação 1
(questões de verdadeiro e falso, escolha múltipla, de correspondência …)

► Determinação da posição de um ponto material


Aulas 4 e 5
Objetivos:
 Definir a posição como a abcissa em relação à origem do referencial.
 Analisar situações em que as posições de um ponto material são apresentadas em função do tempo
por meio de esquemas, de tabelas e gráficos.
 Interpretar tabelas e gráficos posição-tempo para trajetórias retilíneas com movimentos realizados
no sentido positivo, podendo a origem das posições coincidir ou não com a posição no instante
inicial.
 Concluir que um gráfico posição-tempo não contém informação sobre a trajetória de um corpo.
A posição de uma partícula material pode ser dada pelas suas
coordenadas num referencial cartesiano:
A coordenada do ponto material é dada pela abcissa x: P (x)
A posição de uma partícula material também pode ser dada sobre a
trajetória (não retilínea), sem recorrer a sistemas de eixos coordenados (x e
y). Nesse caso a posição corresponde ao valor algébrico da distância entre o
corpo e o marco zero da trajetória. A posição de um ponto material sobre a
trajetória é designada por espaço (espaço ocupado), e é normalmente
representado pela letra “s’’.

A posição de um ponto material pode ser dada, ainda, em função do tempo por meio de tabelas e/ou gráficos:

Exercício de aplicação 2:
5
► Deslocamento escalar e distância percorrida
 Aulas 6 e 7
Objetivos:
 Definir distância percorrida (espaço percorrido).
 Distinguir, para movimentos retilíneos, posição de um corpo num certo instante da distância
percorrida num certo intervalo de tempo e do deslocamento escalar num certo intervalo de tempo.

Deslocamento escalar de um ponto material ( s )


Consideremos um ponto material que se desloca de acordo
com o esquema ao lado:

si - posição inicial; sf - posição final


ti - instante inicial; ti - instante final

O deslocamento escalar ( s ) ou delta x corresponde à variação da posição:


s  s f  si
s  0  o movimento ocorre no sentido positivo
s  0  o movimento ocorre no sentido negativo.
Obs.: O deslocamento escalar pode ser representado por ∆x, se o movimento for no eixo de x: ∆x = xf – xi, sendo xi – posição inicial e
xf – posição final;
Também o deslocamento escalar pode ser representado por ∆y, se o movimento for no eixo de y: ∆y = yf – yi , sendo yi – posição
inicial e yf – posição final.

Distância percorrida (d)


A distância percorrida corresponde ao comprimento da trajetória medido entre duas posições ocupadas
durante um movimento.
Sendo o movimento do ponto material num único sentido, a distância é calculada através da seguinte
fórmula:
d  | s | , em que | | significa módulo ou valor absoluto
Obs.: módulo de uma um nº positivo é o próprio nº, e módulo de um nº negativo é o seu simétrico. Exemplo
|5|= 5 , |-4|= 4 , …
Exercício de aplicação 3:

► Rapidez média e velocidade escalar média


 Aulas 8
Objetivos:
 Definir rapidez média.
 Definir a velocidade escalar média.
 Indicar a unidade SI e outras unidades correspondentes às referidas grandezas e fazer as devidas
conversões.
 Ter a noção da velocidade instantânea.
 Referir que o seu valor pode ser medido com um velocímetro.

Rapidez média (Rm)


A rapidez média, também denominada celeridade média (Cm), de um ponto material é determinada através
do quociente entre a distância percorrida e o intervalo de tempo necessário para o efeito:
d
Rm  Sendo d -distancia percorrida e t - variação do tempo.
t
6
Velocidade escalar média (vm)
Velocidade escalar média de um ponto material é o quociente entre o deslocamento escalar e o intervalo de
tempo necessário para o efeito:
s
vm  Sendo s -deslocamento escalar e t - variação do tempo.
t
A unidade no Sistema Internacional da rapidez média e da velocidade é metro por segundo (m/s).
Também é habitual a utilização da unidade quilómetro por hora (Km/h).

Obs.: 1 m / s  3, 6 Km / h .

Exercício de aplicação 4:

► Atividade Prática
Aulas 9 e 10
Objetivos:
 Fazer registo de dados (posição e tempo) de uma situação concreta de movimento em tabelas e
gráficos;
 Calcular o deslocamento escalar, a distância percorrida, a rapidez média e a velocidade escalar
média, numa situação concreta do movimento.
Atividade prática que permite elaborar tabela e gráfico de uma situação concreta de movimento e calcular
distância percorrida, deslocamento escalar, rapidez média e velocidade escalar média (no programa encontra-
se exemplo de uma atividade neste contexto )

► Velocidade escalar instantânea, aceleração escalar média e aceleração instantânea


Aulas 11
Objetivos:
 Determinar valores de aceleração escalar média, para movimentos retilíneos a partir de valores de
velocidade e intervalos de tempo, ou de tabelas e gráficos velocidade-tempo.
 Ter a noção da aceleração instantânea.
 Compreender o significado e importância dos conceitos de velocidade e aceleração para o estudo e
descrição de movimentos.
Velocidade escalar instantânea ou simplesmente velocidade escalar (v)
É a velocidade medida num determinado momento, ou seja, num tempo específico. Um exemplo de medição
de velocidade instantânea é através do velocímetro dos automóveis.
A velocidade instantânea pode ser dada através de tabelas e/ou gráficos:

Aceleração escalar média de um ponto material (am)


É a medida da variação da velocidade instantânea por unidade de tempo, calculada pela seguinte expressão
matemática:
v
am  Sendo v  v f  vi - a variação da velocidade, vi - velocidade inicial, v f - velocidade final
t
Aceleração escalar instantânea ou simplesmente aceleração escalar (a)
É a aceleração num tempo específico, ou seja, a aceleração em cada instante.
A unidade no sistema internacional da aceleração é metro por segundo ao quadrado (m/s2).
Exercícios de aplicação 5 e 6.
7
► Movimento retilíneo uniforme (M.R.U.)
Aulas 12,13 e 14
Objetivos:
 Caraterizar movimento retilíneo uniforme.
 Estabelecer e aplicar as leis horárias do movimento retilíneo e uniforme e resolver problemas
baseando-se nestas leis.
 Representar graficamente as leis horárias do movimento retilíneo e uniforme.
Movimento retilíneo uniforme
 Características
 A trajetória é uma linha reta
 A intensidade da velocidade é constante (não varia), isto é, em intervalos de tempos iguais o ponto
material efetua deslocamentos iguais.
 A aceleração é nula uma vez que não há variação da velocidade.
 Equação das acelerações no M.R.U.
a0

o Representação gráfica da aceleração em função do tempo, no M.R.U.


 Equação das velocidades no M.R.U.

vK
K – Constante não nula
Se a velocidade for positiva ( v  0 )  O ponto material movimenta no sentido positivo;
Se a velocidade for negativa ( v  0 )  O ponto material movimenta no sentido negativo.

o Representações gráficas da velocidade em função do tempo, no M.R.U.

o Equação das posições no M.R.U.


s  s0  vt , sendo s – posição final, s0 – posição inicial, v – velocidade, t- tempo

o Representações gráficas das posições em função do tempo, no M.R.U.

Exercícios de aplicação 7 e 8.

8
► Determinação do deslocamento escalar através do gráfico velocidade-tempo no M.R.U. (Facultativo)
Aula 15
Objetivo:
 Determinar o deslocamento escalar através do gráfico velocidade-tempo no movimento retilíneo
uniforme.
Tendo o gráfico velocidade-tempo, pode-se determinar facilmente o deslocamento escalar num
determinado intervalo de tempo. Consideremos os seguintes exemplos:
 O deslocamento escalar é numericamente
igual à área da região sombreada:
→ Na situação 1 o deslocamento escalar é
positivo, pois a velocidade é positiva;
→ Na situação 2 o deslocamento escalar é
negativo, pois a velocidade é negativa;

Nos exemplos referidos a região sombreada é um retângulo, logo ∆S corresponde a área do retângulo:
Aretângulo  base  altura; base  t e altura  V
 s  t  V
Exercício de aplicação 9:
► Determinação da velocidade escalar através do gráfico posição-tempo no M.R.U. (Facultativo)
Aula 16
Objetivo:
 Determinar o valor da velocidade através do gráfico posição-tempo no movimento retilíneo
uniforme.
Tendo o gráfico posição-tempo no MRU, pode-se determinar facilmente a velocidade escalar. Consideremos
os seguintes exemplos:
→ Identifica-se no gráfico referido t0, t, e
correspondentes s0 e s;
→ Calcula-se s e t
→ Dividindo s por t tem-se ao valor
da velocidade.

Exercício de aplicação 10:

Aula 17 Ajustes

9
2.2- FUNDAMENTO DA DINÂMICA (5 aulas)
► Conceito de força, tipos de força, sistema de forças, força resultante e as leis de Newton
Aulas 18 e 19
Objetivos:
 Definir força.
 Representar uma força por um vetor.
 Indicar as caraterísticas de uma força.
 Indicar a unidade SI e medi-la com um dinamómetro.
 Referir aos diferentes tipos de forças.

Conceito e representação de força e unidade no Sistema Internacional


Força é grandeza física responsável pela produção ou modificação do estado de repouso ou de movimento
de um corpo, assim como pela sua deformação.

A força é uma grandeza vetorial e por isso apresenta as seguintes caraterísticas:


→ Ponto de aplicação – ponto onde a força é exercida;
→ Direção – podendo ser horizontal, vertical ou oblíqua;
→ Sentido – indicado pela seta numa das extremidades do segmento de reta, podendo ser, por exemplo, da
esquerda para a direita ou vice-versa, de cima para baixo ou vice-versa, positivo ou negativo;
→ Intensidade ou valor – correspondente ao comprimento do vetor.

A unidade da força no Sistema Internacional é newton, símbolo N.

Como exemplo temos a força, F , representada na figura seguinte:

Tipos de forças
Força gravítica (ou gravitacional) – força de atração existente entre corpos por terem massa.
Força de atrito – força contraria ao movimento dos objetos resultando do contacto entre as suas superfícies.
Força de Tensão – força exercida por corda, corrente, cabo ou fio.
Força elástica – força exercida sobre um corpo que possui elasticidade, por exemplo, uma mola, borracha
ou elástico.
Força de reação – força descrita pela terceira de Newton. (será abordada a seguir)
Força elétrica – força responsável pela atração ou repulsão de cargas elétricas.
Força magnética – força responsável pela atração ou repulsão entre imanes, atua também quando há
movimento de cargas elétricas.
Força nuclear forte e fraca - são forças responsáveis por manter a integridade dos núcleos dos átomos. A
força nuclear forte mantém os protões atraídos, apesar de suas cargas se repelirem. A força nuclear fraca,
por sua vez, mantém os quarks unidos, dando origem aos protões e neutrões, por exemplo.

► Atividade Prática
Atividade 2 no anexo (Física)

10
Aulas 20
Objetivos:
 Referir a sistema de forças.
 Definir a força resultante (resultante de um sistema de Forças).

Sistema de forças
Um sistema de forças é um conjunto de forças exercidas sobre um corpo. Cada uma das forças que constitui o
sistema de forças é designada por componente.
Exemplos de alguns sistemas de forças e diagramas correspondentes:
Forças Concorrentes ou
Forças colineares (mesma linha de ação) Forças paralelas
angulares
Oblíquas Perpendiculares Com mesma direção Com mesma Com Com
e sentido direção e sentidos mesmo sentidos
opostos sentido opostos

Força resultante (ou resultante de um sistema de forças)


É a força única capaz de produzir, por si só, o mesmo efeito que todas as forças do sistema, ou seja, é o resultado
da soma de todas as forças que constituem um sistema de forças.

Aulas 21 e 22
Objetivos:
 Enunciar a lei da ação-reação (3.ª lei de Newton).
 Identificar pares ação-reação.
 Interpretar a lei fundamental da dinâmica (2.ª lei de Newton), relacionando a direção e o sentido da
resultante das forças e da aceleração e identificando a proporcionalidade direta entre os valores destas
grandezas.
 Associar a inércia de um corpo à sua massa.
 Interpretar a lei da inércia (1.ª lei de Newton).

3ᵃ Lei de Newton – lei da ação-reação


Essa lei diz que todas as forças surgem aos pares:
“A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: as ações mútuas de dois corpos um
sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.”
Essa lei, para que apareça uma força, é necessário que dois corpos interajam, produzindo forças de ação
e reação.
Caraterísticas do par ação-reação: o par de ação e reação se aplicam a corpos diferentes, têm
a mesma intensidade, mesma direção, porém sentidos opostos.
2ᵃ Lei de Newton – lei fundamental da Dinâmica
A aceleração produzida sobre um corpo é diretamente proporcional à resultante das forças que atuam
sobre ele e inversamente proporcional à sua massa.
F
a  R  FR  m  a
m
De acordo com a Segunda Lei de Newton, a força resultante exercida sobre um corpo produz nele uma
aceleração na mesma direção e sentido da força resultante:
11
1ᵃ Lei de Newton – lei da inércia
A Primeira Lei de Newton é chamada de Lei da Inércia. Seu enunciado original encontra-se traduzido
abaixo:
“Todo corpo continua em seu estado de repouso ou em movimento uniforme em uma linha reta se o
conjunto das forças que nele atua tiver resultante nula.”
Inercia é propriedade que os corpos têm de manter o seu estado de repouso ou movimento retilíneo e
uniforme. Quanto maior for a massa de um corpo maior é a sua inércia.

Exercícios de aplicação 11, 12, 13, 14 e 15.


2.3- FORÇAS E FLUÍDOS
► Impulsão e lei de Arquimedes
Aulas 23 e 24
Objetivo:
 Definir fluido.
 Concluir, com base nas leis de Newton, que existe uma força vertical dirigida para cima sobre um corpo
quando este flutua num fluido (impulsão).
 Medir o valor registado num dinamómetro quando um corpo nele suspenso é imerso num líquido.
 Verificar a lei de Arquimedes numa atividade laboratorial.
 Aplicar essa lei em situações do dia a dia.
 Determinar a intensidade da impulsão a partir da massa e do volume de líquido deslocado (usando a
definição de massa volúmica) quando um corpo é nele imerso.

Fluidos
Fluidos são matérias que se encontram no estado líquido ou no estado gasoso, pois tem grade facilidade de
escorrer (fluir). Exemplos:
Fluídos líquidos
Água Azeite Mel
Fluídos gasosos
Dióxido de
Ar Oxigénio
carbono
A densidade ou massa volúmica (  ) corresponde a uma das caraterísticas de um fluido
m
 m – massa do fluido; V – volume ocupado pelo fluido.
V
3 3 3
A unidade SI da densidade é Kg / m mas mais utilizadas o g / cm ou g / dm .

Lei de Arquimedes
“Todo o corpo mergulhado num fluído (líquido ou gás) sofre, por parte do fluído, uma força vertical para cima,
cuja intensidade é igual ao peso do fluído deslocado pelo corpo.”
De acordo com a 1ª lei de Newton, quando um corpo se encontra em repouso, na superfície de um líquido, a
força resultante é nula. Isso implica a existência de uma força exercida pelo líquido sobre o corpo nele
mergulhado, anulando o peso do líquido. A essa força referida na lei de Arquimedes designou-se por Impulsão.
Caraterísticas da impulsão:
Ponto de aplicação: no corpo mergulhado no líquido;
Direção: vertical;
Sentido: de baixo para cima;
Intensidade: igual ao peso do fluído deslocado pelo corpo.
Determinação do valor da Impulsão de corpos completamente mergulhados em fluídos líquidos através de um
dinamómetro

12
O valor da impulsão (I) corresponde à diferença entre o peso real (Preal) e o Peso aparente (Paparente):
I  Preal  Paparente Preal – peso do corpo medido no ar;
Paparente – peso do corpo quando imerso no fluido líquido
Determinação do valor da Impulsão de corpos completamente mergulhados em fluídos líquidos tendo em
conta a densidade do líquido:
I   fluido  Vimerso  g  fluido - densidade ou massa volúmica do fluído líquido

Vimerso - volume imerso do corpo; g - aceleração gravítica.


Aplicação da lei de Arquimedes no dia a dia (alguns exemplos)
Flutuação de:
 Barcos;
 balões de ar quente
 banhistas nas águas das praias do Mar Morto;
 Icebergues na água líquida, etc.
Exercícios de aplicação 16, 17 e 18.

Aulas 25
Atividade prática nº 5 (no anexo - Física)

Aulas 26
Ajustes

13
2.4- Momento Linear e Impulso de uma força (3 aulas)
► Momento linear de uma partícula material
► Impulso de uma força

Aulas 27
Objetivos:
 Definir o momento linear de uma partícula material e referir à sua unidade no Sistema Internacional.
 Determinar o impulso de força constante e de uma força variável.

Momento linear ( p ) – é uma grandeza física vetorial correspondente ao produto entre a massa de um corpo e a
sua respetiva velocidade.
Para uma partícula material de massa m em movimento com uma velocidade v :

A intensidade do momento linear resulta do produto entre a massa da partícula material e a intensidade da
velocidade correspondente. p  m  v
Unidade no Sistema Internacional do momento linear: kg  m / s

Impulso de uma força ( I ) – é uma grandeza física vetorial correspondente ao produto entre a força e o
intervalo de tempo que esta força atua.
a) Impulso de uma força constante
A intensidade do impulso de uma força constante resulta do produto entre a intensidade da força e o Intervalo
de tempo em que força atua. I  F  t
b) Se a força for variável recorre-se ao gráfico que relaciona intensidade da força com o tempo para
determinar o valor do impulso. O gráfico força – tempo permite calcular o valor do impulso
independentemente se a força é constante ou não.

► O valor do impulso calcula-se através da área


sombreada. Em a) o impulso tem intensidade positiva e
em b) tem intensidade negativa.

Unidade no Sistema Internacional do impulso de uma força: N  s ou N  s 1


Obs: N  s = kg  m / s

14
► Lei da variação do momento linear
Aulas 28
Objetivos:
 Referir e aplicar a lei da variação do momento linear

Lei da variação do momento linear


“O impulso de uma força que atua sobre um corpo durante um certo intervalo de tempo é igual à variação do
momento linear do corpo no mesmo intervalo de tempo.”
I  p  F  t  m  v  m  v0

Pela análise da expressão matemática desta lei, percebe-se que se o intervalo de tempo aumentar a intensidade da força
diminui.
Então por questões de segurança, utiliza-se isopor e papelão no fabrico de embalagens para transportar objetos frágeis,
airbag e sinto de segurança nos automóveis. Pois, esses procedimentos permitem aumentar o intervalo de tempo de
impacto em situações de colisões, o que diminui a intensidade da força de impacto evitando ou diminuindo possíveis danos.
Exercícios de aplicação 19 e 20.

Aulas 29

Apresentação de vídeos curtos, sobre testes de segurança de veículos antes de serem colocados no
mercado, e suas interpretações à luz lei da variação do momento linear.

A seguir as fichas com exercícios de aplicação(exemplos) cujos números já se encontram indicados ao longo das aulas, que
devem estar previamente na posse dos alunos para serem resolvidas à medida que as aulas são ministradas.

III. PROPOSTA DE DUAS FICHAS COM EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO QUE DEVEM SER
DISPONIBILIZADOS PREVIAMENTE AOS ALUNOS – FÍSICO-QUÍMICA 9º ANO (Experimental)

15
FICHA DE EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO NÚMERO 1 - Físico-química 90 ano (Experimental)

Exercício 1
(questões de verdadeiro e falso, escolha múltipla, de correspondência …) sobre os conceitos básicos de cinemática.

Exercício 2
Considera a trajetória de um automóvel em movimento e as suas respetivas posições em função do tempo, na figura
seguinte:

a) Indica a posição inicial do automóvel.


b) Em que instante o automóvel passou pela origem da
trajetória?
c) Indica a posição do automóvel no instante t = 30 s.
d) Indica a posição final do automóvel, considerando o movimento de 0 s até 50 s.
e) Constrói uma tabela posição-tempo de acordo com os dados da figura
f) Constrói o gráfico posição-tempo.

Exercício 3
Um automóvel deslocou da posição correspondente a 20 km até à
posição correspondente a 65 km de uma rodovia, sempre no
mesmo sentido, do instante t= 5min até o instante t= 30 min,
como mostra a figura ao lado. Calcula, com unidades no Sistema
Internacional:
a) O deslocamento escalar do automóvel; b) A distância percorrida pelo automóvel; c) O intervalo de tempo em que
o automóvel efetuou o referido percurso.

Exercício 4
4.1. Referente ao automóvel no exercício de aplicação 3, indica o valor:
a) do deslocamento escalar; b) da distância percorrida, c) do intervalo de tempo
4.2. Determina a rapidez média do automóvel (em m/s e em Km/h)
4.3. Determina a velocidade escalar média (em m/s e em Km/h)

Exercício 5
Um motociclo desloca-se no sentido da orientação da trajetória,
diminuindo sua velocidade de 20 m/s para 10m/s. Sabendo que o
tempo inicial foi 2 s e o tempo final foi 7 s. Calcula:
a) A variação da velocidade do motociclo;
b) O intervalo de tempo que ocorreu a diminuição da velocidade;
c) A aceleração escalar média do motociclo no intervalo de tempo referido.

Exercício 6
As velocidades em função do tempo de automóvel em movimento são apresentadas através da tabela seguinte:

Calcula a aceleração média escalar do automóvel de 0 s até 6 s.

16
Exercício 7
Uma partícula material movimenta segundo um linha reta de acordo com a seguinte equação das posições:
s  2  3t ( SI ) .
7.1. Indica para esta partícula:
a) A posição inicial.
b) A velocidade.
7.2. Determina a posição da partícula material no instante t = 12 s.
7.3. Calcula o instante em que a partícula ocupa a posição de 50 m.
7.4. Constrói o gráfico velocidade-tempo de 0 s a 4 s.
7.5. Esboça o gráfico posição-tempo de 0 s a 4 s.
7.6. A partícula material movimenta no sentido positivo ou negativo da trajetória? Justifica.

Exercício 8
Uma partícula material, no início da contagem dos tempos, passa numa posição correspondente a 12 m com uma
velocidade constante de – 2 m/s, movimentando sempre segundo uma linha reta.
8.1. Classifica o movimento desta partícula material. Justifica.
8.2. Escreve para esta partícula material:
a) O valor da velocidade.
b) A equação das posições.
8.3. Em que sentido movimento a partícula material? Justifica.
8.4. Determina o instante em que a partícula material passa pela origem da trajetória.
8.5. Traça o gráfico velocidade-tempo de 0 s a 4 s.
8.6. Desenha o gráfico posição-tempo de 0 s a 4 s.

Exercício 9
As velocidades dos pontos materiais A e B, que movimentam segundo uma linha reta, são dadas em função do
tempo, através dos gráficos seguintes:

9.1. Determina o deslocamento escalar de cada um dos pontos materiais.


9.2. Indica, justificando, o sentido do movimento de cada um dos pontos materiais.

Exercício 10
Considera o gráfico posição – tempo de cada um dos pontos materiais com MRU:

10.1. Determina o valor da velocidade de cada um dos pontos materiais.


10.2. Estabelece a equação das posições de um dos pontos materiais.

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FICHA DE EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO NÚMERO 2 - Físico-química 90 ano (Experimental)

Exercício 11
Observa as diferentes situações ilustrados nas figuras seguintes e assinala com uma cruz(  ) a lei de Newton
inerentes a cada um deles:
2ª lei de Newton
1ª lei de Newton 3ª lei de Newton
Situações (lei fundamental da
(lei da inércia) (lei da ação-reação)
dinâmica)

Um rapaz empurra
uma parede que
não se move.

Quando um
automóvel arranca
bruscamente o
passageiro fica
colado ao banco.
Para uma pessoa
andar tem que
empurrar o chão para
trás e este o empurra
para frente.

Quando um
cavalo a correr parar bruscamente o
cavaleiro é atirado para frente.

Uma pessoa empurra um carrinho


de mão provocando uma força
resultante horizontal. O carrinho,
por sua vez, adquire uma aceleração
horizontal do mesmo sentido que a
força resultante e de valor
diretamente proporcional ao valor
da referida força resultante.
Quando um automóvel trava
bruscamente o
passageiro é
arremessado para
frente, por isso o
cinto de segurança
é muito
importante.

Exercício 12
Nas grandes cidades, é comum vermos passageiros impacientes que saltam do autocarro quando ele ainda está em
movimento. De acordo com a primeira lei de Newton isso pode ser muito perigoso. Porquê?
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Exercício 13
De acordo com a terceira lei de Newton, não seria viável a utilização de um avião a hélice para resgatar um
astronauta na Lua com o objetivo de trazê-lo de volta à Terra. Porquê?

Exercício 14
Considere as seguintes afirmações:
I- Segundo a 1a lei de Newton, é necessária uma força resultante para manter com velocidade constante o
movimento de um corpo que se desloca sobre uma superfície horizontal sem atrito.
II- De acordo com 2a lei de Newton, a acelerarão adquirida por um corpo é a razão entre a força resultante que age
sobre o corpo e sua massa.
III- Conforme a 3a lei de Newton, a força peso e a força normal constituem um par ação-reação.
Determina a alternativa que contem as informações corretas. a) I e II b) I e III c) II e III d) II

Exercício 15
Um corpo de massa 40 kg representado na figura é arrastado, sobre o piso horizontal em que se apoia, por uma força
F também horizontal de intensidade 100 N. Considera que a intensidade da força de atrito é igual a 20 N e que a
aceleração gravítica g é igual a 10 m/s2.

15.1. Representa as forças que atuam no sistema bloco+piso.


15.2. Calcula o valor de aceleração do bloco.
15.3. Determina o valor da reação normal da superfície do piso sobre o corpo.

Exercício 16
No dia a dia, muitas vezes afirma-se que um corpo ao ser mergulhado na água torna-se mais leve.
16.1. Assinala com uma cruz a afirmação correspondente a explicação correta sobre o que acontece ao ser
imerso um corpo em água.
 O corpo perde massa na água por isso o seu peso diminui.
 A densidade da água é menor do que a densidade do corpo.
 A força resultante dentro da água tem valor menor que o peso real do corpo devido a existência da força
de impulsão.
 O peso do corpo dentro da água chamado de peso aparente e o seu valor é igual à impulsão.

16.2. Um objeto foi colocado dentro de um recipiente com água e imergiu-se ficando no fundo do recipiente.
a) compara a densidade do material de que é feito o objeto com a densidade da água.
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...
b) Marca com uma cruz a representação que mostra de forma correta a direção e a intensidade relativa dos
vetores peso real, peso aparente e impulsão nesta situação.

(Fonte: Silva, A.J.; Simões, C.; Resende, F; Ribeiro, M. – Zoom + Caderno de atividades – Físico-Química 9.º Ano/3º Ciclo do Ensino
Secundário, aReal Editores).

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Exercício 17
Colocou-se um corpo sólido num recipiente que continha um líquido e verificou-se que este se afundou.
a) Qual é razão do afundamento do corpo?
b) Pode-se afirmar que (indica a opção correta)
 O volume do líquido deslocado é superior ao volume do corpo.
 A densidade do líquido é superior à do corpo.
 O volume do líquido deslocado é igual ao volume do corpo.
(Fonte: Silva, A.J.; Simões, C.; Resende, F; Ribeiro, M. – Zoom + Caderno de atividades – Físico-Química 9.º Ano/3º Ciclo do
Ensino Secundário, aReal Editores).

Exercício 18
Um pedaço de madeira de 0,5 m3 flutua na água, cuja densidade é 1000 kg/m3, ficando em repouso quando 0,2
m3 do seu volume está imerso.
18.1. Considera a aceleração gravítica g = 10 m/s2 e calcula o valor da impulsão da água sobre o pedaço de madeira.
(Fonte: Sant’ Ana, B.; Martini, G.; Reis, H. C. F; Spinelli, W. – Conexões com a Física volume 1. São Paulo: Editora Moderna LTDA,
2013.)

Exercício 19
Numa partida golfe, um jogador dá uma tacada à bola de 45 g, aplicando uma força (F) de intensidade 40 N, durante 0,05 s.

19.1. Determina o impulso recebido pela bola.


19.2. Qual é o valor da velocidade logo após à tacada?

Exercício 20
Sobre um corpo de massa 4 kg, inicialmente com uma velocidade de 5m/s, aplicou-se uma
força cuja intensidade variou em função do tempo conforme o gráfico ao lado.
20.1. Sabendo que força aplicada tem a direção e sentido do movimento do corpo, calcula o
impulso recebido pelo corpo de 0 s a 8 s.
20.2. Determina o valor da velocidade do corpo ao fim dos 8 s.

FIM

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