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Cleber Tomás Vianna

Mestre Instalado, Grande Inspetor Geral – Grau 33 (REAA/Adonhiramita),


Acadêmico da Academia Maçônica de Artes e Letras da Bahia – Cadeira 15
Membro ativo da A∴ R∴ L∴ S∴ Cavaleiros do Delta, nº 4544 – GOB-PI.

Liturgias no Rito Moderno.


Em determinadas praticas ritualísticas do Rito Francês ou Moderno no Brasil
não há liturgia, porque não há cerimônia religiosa. Os Ritos podem compreender
cerimônias religiosas e não religiosas.

Nos seus Rituais vigentes, o Rito Francês ou Moderno é um Rito, sem as


praticas religiosas de um culto. Seus Rituais contém as regras ou preceitos com os quais
se realizam as cerimônias e se comunicam os SS∴ , TT∴ , PP∴ e demais instruções
secretas dos graus.

No Rito Moderno, estudamos que o maçom, fiel ao espírito da própria


Instituição, tem uma tríplice caminhada a percorrer, passando por três estados: o
Místico, o Metafísico e o Cientifico, uma vez que nós, maçons, estamos ligados ao
próprio destino da Humanidade.

No racional Rito Moderno, se interpreta no grau de Aprendiz, que as hastes do


compasso, presas sob o esquadro, representam a mente, ainda subjugada pelos
preconceitos e pelas convenções sociais, sem a necessária liberdade para pesquisar e
procurar a Verdade; no grau de Companheiro, onde é libertada uma das hastes, há a
demonstração de que o maçom já tem certa liberdade de raciocínio e está no caminho da
Verdade; no grau de Mestre, as hastes do compasso, que é o símbolo do conhecimento,
livres, mostram que o Mestre é aquele que tem a mente totalmente livre para se dedicar
ao trabalho de construção.

Para os ritos teístas, a verdade, simbolizada pelas hastes livres do compasso, é a


Verdade Divina, o atributo da mais alta espiritualidade, só reconhecido na divindade,
enquanto a verdade simbolizada pelas hastes presas do compasso é a Verdade humana,
demonstrada como imperfeita, rústica, instável e subjugada pelos preconceitos.

Para o Rito Moderno, a verdade contida nas hastes do compasso é a Verdade


sempre renovada da evolução científica, do raciocínio livre e do espírito crítico, que dá,
ao Homem, a liberdade de escolher os seus padrões morais e espirituais, sem o
paternalismo que lhe mostre uma verdade estática e imutável, transformada em
transcendental e, por isso mesmo, enigmática e inacessível.

Evidentemente assim é porque o Rito é agnóstico, o que, aliás, não contraria o


cânone citado no – “Livro das Constituições” de Anderson, solenemente aprovado
como codificação da Lei Maçônica em 17 de janeiro de 1723 pelos Maçons ingleses e
ainda hoje obedecido em todo o mundo maçônico regular.

Cleber Tomás Vianna


Mestre Instalado;
Mestre Maçom da Marca;
Membro da Academia Maçônica de Artes e Letras da Bahia - Cadeira 15;
Grande Inspetor Geral, Grau 33 (REAA/Adonhiramita);
Grau 9 e último do Rito Moderno;
Membro ativo da A∴ R∴ L∴ S∴ Cavaleiros do Delta, nº 4544, GOB-PI.

E-mail: clebertvianna@gmail.com - Salvador/BA – 71 9 99860772.

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