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PROJETO DE PENEIRA

VIBRATÓRIA

MÓDULO 3
PROJETO DE PENEIRA VIBRATÓRIA
Módulo 3 – Análise inicial do projeto

3.1 - Dimensionamento das peneiras

3.2 - Determinação dos parâmetros iniciais

3.3 - Determinação do método de dimensionamento e análise inicial.

3.4 - Cálculos utilizando gráficos, tabelas e planilhas em Excel.


PROJETO DE PENEIRA VIBRATÓRIA
Módulo 3 – Análise inicial do projeto

3.1 – Dimensionamento das peneiras


• Existem vários métodos desenvolvidos pelos fabricantes de equipamentos para o
dimensionamento de peneiras vibratórias. Neste tópicos serão alguns métodos mais
utilizados, todos conservadores.
• Premissas:
1 – a área necessária para a passagem do undersize deve ser provida.
2 – estratificação satisfatória do leito:

• Peneiramento à úmido: quantidade de água é função da quantidade de lamas presente


na alimentação - 3 a 5 USGPM (0,68 a 1,14 m³/h) de água por jd³ (0,76 m³) de minério
alimentado aproximadamente).
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


• Algumas fórmulas usam vazão (de alimentação ou de undersize) em m³/h e outras em t/h.
Estas se referem a materiais de densidade aparente de 1,6t/m³ ou 200 lb/ft³. Se o
material a ser peneirado tiver outra densidade, será necessária a correção.

• Sugestão se sites de conversão de unidades:

➢ Vazão volumétrica: https://www.convertworld.com/pt/vazao-volumetrica/


➢ Vazão mássica: https://www.convertworld.com/pt/vazao-em-massa/
➢ Densidade: https://www.convertworld.com/pt/densidade/
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Metodologias de dimensionamento

• Fórmula de Bauman (empírica)

• Fórmula de Westerfield

• Fórmula da Smith Engineening Works:

• Manual da Faço

• Verificação da altura do leito do Oversize

• Dimensionamento de grelhas vibratórias

• Probabilidade de passagem de partículas


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Fórmula de Bauman (empírica)

Onde:
S = área do peneiramento (m²)

V = alimentação (m³/h)

V1 = capacidade unitária de produção


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Fórmula de Bauman (empírica)

K1 = coeficiente relativo à proporção de passantes na alimentação

K2 = coeficiente proporcional à velocidade de alimentação


- Material seco: 1,0
- Material úmido: 0,45 à 0,50

K3 = coeficiente para peneiramento via úmida ou seco


- Material seco: 1,0
- Material úmido: 1,50 à 1,60
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Fórmula de Bauman (empírica)

K4 = coeficiente de forma dos grãos


- Grãos redondos: 1,0
- Grãos cúbicos ou lamelares: 0,8
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Fórmula de Westerfield:

• Peneiras utilizadas na britagem primária e rebritagem

C = capacidade (t/ft2)

c = capacidade unitária (st/ft2)


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Fórmula de Westerfield

M = fator proporcional à quantidade de oversize na alimentação

K = fator relativo à proporção de passante na meia malha, na alimentação

Q = densidade aparente da alimentação (lb/ft³)


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Fórmula da Smith Engineening Works:

• Baseada na quantidade de material passante (manual da Faço – edições antigas)

• Fórmula válida para peneiras inclinadas;

• Peneiras horizontas – aumentar a capacidade unitária em 40%;

• Grelhas vibratórias – aumento de cerca de 40% de capacidade e perda de 15% de


eficiência em relação à peneira vibratória.
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Fórmula da Smith Engineening Works:

• S = área da tela (m²)

• P = quantidade de material passante na tela (t/h)


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Fórmula da Smith Engineening Works:

• A = capacidade de tela [(t/h)/m²]

• Aplicação: para materiais com densidade


aparente de 1,6 t/m³ e telas de 60%
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Fórmula da Smith Engineening Works:

• B = fator relativo à % de material retido na tela;

• C = fator relativo à eficiência desejada para peneiramento;

• D = fator relativo à % de material menor que a metade da malha;


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Fórmula da Smith Engineening Works:

• E = fator relativo à umidade do material;

• F = fator relativo ao deck em consideração.


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço:

• Método baseado na vazão de alimentação à peneira e não a quantidade de material


passante.

Onde:

• V = alimentação (m³/h)
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço:

• C = capacidade unitária [(m³/h)/m²]


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço:

• f1 = fator relativo a quantidade de


material na alimentação maior
que a malha de peneiramento .
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Manual da Faço:

• f2 = fator relativo à quantidade de


material na alimentação menor que
metade da malha de peneiramento.
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Manual da Faço:

• f3 = fator relativo ao tipo de abertura da tela.

• f4 = fator relativo ao formato das partículas do material que está sendo peneirado.
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço:

• f5 = fator relativo à malha de peneiramento quando este é feito via úmida.

• f6 = fator relativo à umidade de alimentação quando o peneiramento é feito à seco.


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço:

• f7 = fator relativo ao deck em questão (superior, segundo deck ou inferior).


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço:
• f8 = fator relativo à porcentagem de abertura da tela utilizada.
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• Malha de peneiramento: ½”
• Alimentação: 150 t/h
• Densidade aparente: 1,7
• Peneiramento de partículas cúbicas com úmida de 2,5%
• Percentual de oversize na alimentação: 65%
• Material passante em meia malha: 60%
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• Alimentação: 150 t/h


• Densidade aparente: 1,7
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• Malha de peneiramento: ½”
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• Percentual de oversize na
alimentação: 65%
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• Material passante em meia


malha: 60%
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• Peneiramento de partículas cúbicas com úmida de 2,5%


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• Peneiramento de partículas cúbicas com úmida de 2,5%


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• Malha de
peneiramento:
½”
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Manual da Faço

Exemplo:

• V = 88,23 m³/h
• C = 23 (m³/h)/m³
• f1 = 1,4 S = 1,96 m³
• f2 = 1,4
• f3 = f4 = f5 = f6 = f7 = f7 = 1

OBS: o deck não foi mencionado. Considerar superior (f7 = 1).


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Verificação da altura do leito de oversize

• Indicador importante para dimensionamento ou especificação para compra de peneira


vibratória.

• Para um bom peneiramento as relações abaixo devem ser obedecidas:


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Verificação da altura do leito de oversize

Onde:

• D = espessura da camada (mm)


• Tf = vazão volumétrica de oversize (m³/h)
• W = largura da tela (m)
• s = velocidade de escoamento do oversize (m/min)
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Verificação da altura do leito de oversize

• O fator s depende do material e da peneira conforme a relação abaixo:


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Verificação da altura do leito de oversize

Exemplo:

• Vazão: 52 t/h
• Densidade aparente: 1,7
• Largura da peneira desejada: 1 m
• Tela de peneiramento: ½”
• Peneira de materiais intermediários
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Verificação da altura do leito de oversize

Exemplo:

• Tf = vazão/d = 30,59 m³/h


• S = 30 m/min (modelo SH)
• W=1m
• D=?
• Verificação: fator = 4 (densidade)
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Dimensionamento de Grelhas Vibratórias

• Catálogo antigo da Faço.

Onde:

• S = área de peneiramento (m²)

• P = quantidade de material que passa pela grelha (m³/h)


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Dimensionamento de Grelhas Vibratórias

• A = capacidade básica [m³/(m²/h)], função da abertura entre os trilhos


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Dimensionamento de Grelhas Vibratórias

• B = fator de correção para a porcentagem de material maior que a abertura da grelha

• C = fator de correção para a eficiência desejada


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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Probabilidade de passagens de partículas

• A probabilidade de passagem de partícula isolada, em uma só incidência à tela de


peneiramento (aberturas quadradas), é dada pela fórmula abaixo:
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Probabilidade de passagens de partículas

• Função de ajuste:
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Probabilidade de passagens de partículas

• Já a probabilidade pn de uma partícula isolada da classe de tamanhos i passar pela


peneira na n-ésima tentativa de passagem é:

• Onde pn é a probabilidade para n tentativas de passagem e o n é o número de


apresentações (tentativas) de passagem.
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3.1 – Dimensionamento das peneiras


Efeito da umidade
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3.2 – Determinação dos parâmetros de peneiramento

São 3 os parâmetro de peneiramento:

• inclinação da peneira (peneiras circulares)

• velocidade de transporte

• frequência da peneira
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3.2 – Determinação dos parâmetros de peneiramento

Inclinação da peneira (peneiras circulares)

• Inclinações: variam entre 15º a 45º.


Faço
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3.2 – Determinação dos parâmetros de peneiramento

Velocidade de transporte

• De forma geral, a velocidade pode variar de 0,3 a 0,6 m/s (18 a 36 m/min) para o minério
de ferro.

Manual de Britagem Metso (2006)


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3.2 – Determinação dos parâmetros de peneiramento

Frequência da peneira

• Critério de projeto utilizado quando não se tem maior informação sobre o material ao
processo de peneiramento.

Onde:
• ω = frequência da peneira em rpm
• a = abertura da malha de peneiramento em mm
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3.3 – Determinação do método de dimensionamento e análise inicial

Análise inicial do projeto

Há 7 pontos a serem analisados na seleção e dimensionamento de equipamentos:


1 – Características do material a ser peneirado (densidade, umidade, tamanho máximo
de alimentação, temperatura, forma das partículas;
2 - Capacidade de peneiramento;
3 – Faixas de separação de produto;
4 – Eficiência desejada;
5 – Tipo de serviço (lavagem, classificação final, intermediária, escalpe, dentre outros);
6 – Limitação ou não de espaço e peso;
7 – Grau de conhecimento do material e produto desejado.
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3.3 – Determinação do método de dimensionamento e análise inicial

Análise inicial do projeto


• Peneiramento de
classificação intermediária;

• Acionamento livre ou
excêntrico;

• Versatilidade na troca de
telas (metálicas, borracha ou
poliuretano).

• Peneiramento à seco
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OBRIGADO E

ATÉ O PRÓXIMO MÓDULO!

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