Você está na página 1de 24

Epi’s e Epc’s

Epi’s e Epc’s

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na Norma


Regulamentadora 6 (NR 6), da Portaria 3.214, considera-se Equipamento de
Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

A NR 6 estabelece as disposições legais relativas aos EPIs - com redação dada


pela Portaria N.º 25, de 15 de outubro de 2001, publicada no Diário Oficial da
União em 17 de outubro de 2001. O texto completo da NR 6 encontra-se
disponível no site do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.

Os EPIs possuem Certificado de Aprovação de Equipamentos de Proteção


Individual expedido pelo MTE.
Epi’s e Epc’s
EPC é a sigla para Equipamento de Proteção Coletiva, que são
equipamentos que devem ser fornecidos pela empresa com o objetivo de
proteger os trabalhadores dos riscos fornecidos pelo ambiente de
trabalho, de maneira coletiva. Em outras palavras, são equipamentos
instalados para garantir a segurança do trabalho enquanto um grupo de
pessoas (trabalhadores) executam uma determinada atividade ou tarefa.
Epi’s e Epc’s

Segundo a Norma Regulamentadora 6, a empresa é obrigada a fornecer aos


empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção


contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do
trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a situações de emergência.

É função do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA nas
empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade.
Epi’s e Epc’s

Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade


ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e
da parte do corpo que se pretende proteger, tais como:

• Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares;


• Proteção respiratória: máscaras e filtro;
• Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
• Proteção da cabeça: capacetes;
• Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
• Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
• Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões.
Epi’s e Epc’s

O equipamento de proteção individual, de fabricação


nacional ou importado, só poderá ser posto à venda
ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo a regulamentação do Ministério do Trabalho


e Emprego, por meio da NR6, a regra é simples: todo e
qualquer EPI, seja ele de fabricação nacional ou
importado, só pode ser disponibilizado para venda ou
até mesmo usados dentro das empresas se tiver a
indicação do Certificado de Aprovação, o CA.
Epi’s e Epc’s

Além do que está disposto na NR 01, existem outras duas Normas


Regulamentadoras que abordam sobre a obrigatoriedade destes
equipamentos, que são a NR 04 e a NR 09.
Epi’s e Epc’s
Consequências para o trabalhador

• Demissão por justa causa


De acordo com o art. 158 da Lei 6.514/77, que torna obrigatória a utilização de EPIs quando
houver riscos na função, “constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada. É permitido à
empresa, portanto, demitir o funcionário por justa causa se ele se recusar a aderir as normas de
segurança contempladas nas leis trabalhistas.

• Risco de acidentes de trabalho


O mau uso de EPI também aumenta os riscos de acidentes de trabalho, isso porque as
possibilidades de lesão ou de desenvolvimento de uma doença em decorrência das atividades
potencialmente perigosas sem proteção são bem maiores.

• Impactos na saúde
Além disso, mesmo que não haja um acidente de trabalho propriamente dito, os EPIs protegem o
funcionário em condições de trabalho que são nocivas à saúde, por isso, é claro que sem esses
equipamentos os impactos na saúde são inevitáveis, como, por exemplo, a perda parcial da
audição em um ambiente com alto nível de ruídos se não houver o uso constante de um
protetor.
Epi’s e Epc’s
Consequências para a empresa

• Multas
A empresa precisa obrigar os seus colaboradores a utilizar os equipamentos de segurança, caso
contrário, pode ter que pagar multas se houver perícia nos ambientes de risco. Algumas das
penalidades para quem não cumpre a Lei dos EPIs podem chegar a 50 salários mínimos ou mais.

• Interdição
Se houver uma vistoria na empresa e os funcionários estiverem fazendo mau uso de EPI ou nem
sequer utilizando qualquer tipo de proteção necessária às suas funções, a Delegacia Estadual do
Trabalho pode, até mesmo, interditar o estabelecimento.

• Processos judiciais, indenizações e pensões


Além de sofrer penalidades administrativas, a empresa pode chegar a responder judicialmente
caso um de seus funcionários solicite compensação por ter a sua saúde impactada de alguma
forma pelo fornecimento inadequado de EPIs em seu ambiente de trabalho, ou por falta de
orientações por parte do empregador.
Tipos de risco
Tipos de risco

Os riscos ocupacionais se referem a qualquer tipo de situação não


saudável e fora de conformidade no ambiente de trabalho que possa
oferecer danos à saúde e/ou integridade física do trabalhador.

Os riscos ocupacionais são importantes e devem ser devidamente


identificados, classificados e prevenidos. Sendo assim, um ambiente de
trabalho é considerado danoso quando expõe o funcionário a ruídos,
vibrações, gases, vapores, iluminação inadequada, entre outros.

Ao falar sobre os riscos ocupacionais deve-se analisar a probabilidade de


que um determinado ferimento ou doença ocorra, e a gravidade
potencial do ferimento ou doença.
Tipos de risco

Em um bom ambiente de trabalho, os espaços de trabalho e os métodos


de trabalho e produção são projetados e implementados de tal forma
que os trabalhadores possam trabalhar e se movimentar com segurança.

Além disso, os trabalhadores estão familiarizados com os perigos e riscos


relacionados ao trabalho e às substâncias produzidas nos processos de
trabalho, e foram treinados para controlá-los.

O MTE fiscaliza a segurança dos trabalhadores divide os riscos


ocupacionais em 5 tipos conforme os agentes causadores, fontes
geradoras e/ou meios de propagação.
Mapa de risco
Mapa de risco
O Mapa de Risco é uma representação gráfica, planta baixa, que reproduz o
layout do ambiente de trabalho sob análise, localizando e informando os fatores
de riscos presentes através de uma legenda. O layout deve representar de
maneira fiel o local em que a atividade é executada.

O modelo atual de Mapa de Risco foi estabelecido pelo MTE e passa por
atualizações desde 1994. A Norma Regulamentadora 5 (NR5), determina que a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) das empresas seja a
responsável pela elaboração do mesmo, com participação de todos os
trabalhadores expostos aos riscos, e com auxílio do Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

O mapa tem uma leitura fácil e serve para auxiliar na conscientização dos riscos,
sendo considerado eficiente para prevenção. É um documento obrigatório,
auxilia no diagnóstico e alerta os colaboradores que atuam na empresa sobre os
riscos aos quais estão vulneráveis.
Mapa de risco
Mapa de risco
O Mapa de Risco monitora o ambiente de trabalho e dos processos que
os trabalhadores executam e mostra onde há risco de acidentes ou
exposição ao risco.
Mapa de risco

A representação do mapa de riscos


deve ser de fácil compreensão.
Sobre o croqui do ambiente de trabalho
em análise desenha-se círculos. Cada
círculo representa um risco diferente.
Os círculos devem possuir diferente
tamanho, visto que seus danos
potenciais e probabilidades de
acontecer são diferentes. Desta forma,
quanto maior o risco maior o círculo.
Mapa de risco
Como fazer um mapa de risco
• Reunir informações suficientes para o estabelecimento de um diagnóstico da situação
de segurança e saúde no trabalho do estabelecimento;
• Conhecer o processo de trabalho no local analisado Identificar os riscos existentes no
local analisado;
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia, entre elas: medidas de
proteção coletiva, de organização do trabalho, de proteção individual e de higiene e
conforto;
• Descobrir as queixas mais comuns entre os funcionários expostos aos mesmos riscos,
doenças profissionais já diagnosticadas e causas mais frequentes de ausência no
trabalho;
• Ter conhecimento dos levantamentos ambientais já realizados no local;
• O número de trabalhadores expostos ao risco;
• Especificar os agentes, por exemplo: químicos, ergonômicos, biológicos ou de
acidentes.
Atividade

Utilizando as informações obtidas nessa aula e seu


conhecimento prévio, faça um mapa de risco, das sala e
corredores do CENAD.

A atividade deve ser feita em dupla.

Você também pode gostar