Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paulo Romaro
Doutorado em administração
São Paulo/SP
2016
2
Paulo Romaro
São Paulo/SP
2016
3
Banca
Examinadora:
________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
4
DEDICATÓRIA:
AGRADECIMENTO:
AGRADECIMENTOS:
EPÍGRAFE:
RESUMO
Esta tese tem como objetivo investigar se as aquisições realizadas por empresas
nacionais de quinze países no exterior durante o período de 2002 a 2015 têm
aumentado o desempenho financeiro dessas empresas. Os países escolhidos
procuram caracterizar estágios diferentes de desenvolvimento econômico e a
confirmação destes estágios diferenciados foi ratificada por uma análise de clusters.
Além disso, baseando-se em ampla literatura econômica e de gestão é realizada
uma análise empírica de fatores determinantes desse sucesso. Os resultados
indicam que, de fato, as investidas cross border de companhias nacionais melhoram
o desempenho. Que é positivamente impactado quando há existencia de recursos
financeiros em abundância no mercado e pelo tamanho das empresas. O volume de
fusões realizados pelas empresas aparentemente geram resultados em forma de u
invertido, ou seja, há uma congestão a partir de uma determinada quantidade de
fusões. Os Estados parecem ser beneficiados com as fusões e aquisições cross
border realizadas pelas empresas nacionais.
ABSTRACT
This thesis aims to investigate the acquisitions carried out by national companies
from fifteen countries abroad during the period 2002-2015 have increased the
financial performance of these companies. The chosen countries seek to
characterize different stages of economic development and confirmation of these
different stages it has been ratified by a cluster analysis. In addition, based on
extensive economic literature and management is carried out an empirical analysis of
determinants of that success. The results indicate that, in fact, invested cross border
national companies improve performance. Which is positively impacted when there is
existence of financial resources in abundance in the market and the size of the
companies. The number of fusions made by companies generate apparently results
in form of an inverted U, that is, there is a congestion from a given amount of the
fusions. States seem to be benefited from mergers and acquisitions cross border by
domestic companies.
LISTA DE FIGURAS:
LISTA DE GRÁFICOS:
LISTA DE TABELAS:
6 Hipóteses 76
7. Metodologia 78
7.1. Tipo de pesquisa 80
7.2. Revisão da teoria 80
7.3.Universo e amostra 81
7.4. Escolha das Variáveis 82
7.4.1. Variáveis dependentes 82
7.4.2 Variáveis Explicativas 82
7.4.3. Variáveis de controle 83
7.4.4. Modelos 83
8. Análise dos Dados 85
8.1. Análise de Cluster 85
8.2. Análide dos resultados dos IEDs via fusões e aquisições cross border 88
8.3. Relação IDH e IEds via fusões e aquisições cross border 90
9 Considerações Finais 95
Referências 96
Anexos
Anexo 1 - Tabela de Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento por País. 113
Anexo 2 – Invenções Selecionadas 114
Apêndices
Apêndice 1: Análise de clusters – SPSS 120
Apêndice 2:Tabela de Fatores: variaveis independents 121
Apêndice 3: Tabela de IDH de Países Selecionados 122
17
1.1. INTRODUÇÃO
comércio, mas não é o mesmo que dizer que o livre comércio é melhor que
uma intervenção sofisticada do governo”. Krugman (1987, p.134)
A forma de atuação do Estado, principalmente frente a Economia e
seus agentes, pode ser muito diferente de país para país, a tradição de suas
instituições e a cultura local influenciarão muito neste processo, como
destaca Teixeira (2012).
Do ponto de vista da iniciativa privada, os riscos e os investimentos
vultosos exigem retornos adequados e cada vez mais, sob o predomínio do
capital financeiro, em prazos curtos, como aponta Chesnais (2015). A
engenharia econômico-financeira passível de ser desenvolvida com a ajuda
do Estado como demandante e financiador dos produtos a serem gerados
em cada fase do projeto reduzem riscos e permitem o desenvolvimento de
projetos de longo prazo sofisticados como destacam Mazzucatto (2014) e
Chang (2004). Uma rede de pesquisa e desenvolvimento pode ser montada,
mantida e ampliada ao sabor da evolução dos projetos até gerarem frutos
comercialmente viáveis. De qualquer forma o processo gera a necessidade
de se atingir o maior número de mercados possível. Somente atingindo um
número significativo de consumidores os produtos ou serviços poderão ter
um custo unitário baixo, e por sua vez preços acessíveis. Conforme destaca
Mariotto (2007,p.28):
1.2 Objetivo
verdade este período como demonstrado por Chang (2015) não teve este
caráter liberal. O grande instrumento de protecionismo neste período é a
barreira alfandegária, como se pode ver nas tabelas 1 e 2 há um nível
elevado de correlação entre o grau de industrialização dos países e o grau
de proteção de suas industrias via tarifas alfandegárias. Os dados
apresentam um grau de correlação positiva entre proteção alfandegária e
aumento da industrialização dos países mais desenvolvidos.
com a mesma rapidez ou até mais rápido, gerando crises constantes. O ano
de 2008 representa este fenômeno de crise.
Aparentemente apenas um novo ciclo de evolução científico-
tecnológico pode tornar a impulsionar a economia global.
Tabela 6 :Crescimento (%) do PIB per capita em países selecionados 1973 - 2014.
48
Tabela 7 : Crescimento (%) do PIB per capita em regiões e blocos econômicos 1973 -2014
Universidades, governo
Capital de risco
Projeto/ativos financeiros,
aquisições
por empresas estabelecidas,
mercados de capital público e
privado
Fonte: Ghosh e Nanda (2010)
Tabela 9 :Valores correntes (US$) e crescimento (%) do PIB per capita anual em países
selecionados da AL e Asia, 1980 - 2014
1990 2000 2010
Países US$ 1980 Δ%ano Δ%ano Δ%ano US$ 2014 2014/1980
Argentina 4.893 -1,3 -0,8 9,1 22.101 4,5x
Brasil 3.690 -4,1 4,3 7,5 15.153 4,1x
Chile 2.921 3,6 4,4 5,7 23.165 7,9x
Colômbia 2.442 4,3 2,9 3,9 13.148 5,3x
México 4.980 5,1 5,9 5,3 17.925 3,6x
Peru 2.965 -5,1 2,5 8,8 11.988 4,0x
Venezuela 5.754 6,4 3,7 -1,5 17.917 3,1x
China 250 3,8 8,4 10,4 12.893 51,5x
Coreia do Sul 2.302 9,3 8,8 6,3 35.485 15,4x
Hong Kong 6.790 3,9 7,9 6,8 55.166 8,1x
Indonésia 729 7,2 4,2 6,2 10.156 13,9x
Malásia 318 9,0 8,7 7,1 24.520 77,1x
Tailândia 1.090 11,6 4,7 7,8 14.442 13,2x
Taiwan 3.570 6,8 5,8 10,7 43.600 12,2x
Fonte: Economy Watch: http://www.economywatch.com/economic-statistics
Questões prévias que o Estado tem que responder tais como quais
setores privilegiar com uma política protecionista, auxiliando na promoção de
74
6. Hipóteses
Construiu-se com base nas ideias acima outra hipótese a ser testada:
Construiu-se com base nas ideias acima outra hipotese a ser testada:
79
7 Metodologia
Define-se a seguir as fontes de coleta de dados e de que forma foram
coletadas as variáveis, qual o tratamento e modelos econométricos foram
utilizados para atender aos objetivos da pesquisa.
7.4.4. Modelos
Agglomeration Schedule
Stage Cluster Combined Coefficients Stage Cluster First Next Stage
Appears
Cluster 1 Cluster 2 Cluster 1 Cluster 2
1 4 14 33,196 0 0 8
2 3 9 67,460 0 0 5
3 10 12 114,502 0 0 6
4 1 15 200,704 0 0 8
5 3 13 295,188 2 0 6
6 3 10 429,734 5 3 12
7 8 11 578,563 0 0 11
8 1 4 780,452 4 1 12
9 5 7 983,190 0 0 10
10 5 6 1298,388 9 0 13
11 2 8 1722,514 0 7 14
12 1 3 2338,133 8 6 13
13 1 5 3255,128 12 10 14
14 1 2 6486,902 13 11 0
93
9 Considerações Finais
Referências
CHANG, H.J. (2013) 23 coisas que não nos contaram sobre o capitalismo –
os maiores mitos do mundo em que vivemos. Editora Cultrix. São
Paulo. 1a edição. 2013.
GöRG, H., MOLANA, H., MONTAGNA, C., (2009). Foreign direct investment,
tax competition and social expenditure. International Review of
Economics and Finance. 18 31–37. 2009.
ISHII, Y., (2006) Multinational Firms and Strategic FDI Subsidies. Review of
International Economics. 14(2), 292–305, 2006.
LIPSEY, R.E. (2002). Home and country effects of FDI. NBER working
papers series. 9293. Cambridge, MA. October 2002.
MOEN, O., (2002). The born globals. International Marketing Review. V.19,
n2-3, p 156-175, 2002.
MORTIMORE, M., (2000). Corporate strategies for FDI in context of latin
america’s new wconomic model. World Development. Vol.28, no. 9,
pp. 1611-1626 2000.
RIALP, A.; RIALP, J., KNIGHT, G.A. (2005). The fenomenon of early
internationalizing firms: what do we know after a decade (1993-2003)
of scientific inquiry? International Business Review. V.14, n.2, p 147-
166, apr. 2005.
RIFKIN, J. (2015) Sociedade com custo zero. A internet das coisas, os bens
comuns colaborativos e o eclipse do capitalismo. M.Books. São Paulo.
1a edição. 2015.
SASSEN, S., (1994) Cities in a world economy. Thousand Oaks: Pine Forge
Press. 1994.
STIGLITZ, J.E., (2006) Making Globalization Work, W W Norton & Co. 2006.
UNGER, R.M., (2005), What Should the Left Propose? Verso. London. 1a
edição. 2005.
Bibliografia complementar:
AITKEN, B., & HARRISON, A. (1999). Do domestic firms benefit from direct
foreign investment? Evidence from Venezuela. American economic review,
605-618. 1999.
AMANN, E., and CHANG,H.J., (2004). eds. (coedited with Ha Joon Chang).
Economic Crisis and Economic Restructuring in South Korea and Brazil.
London: ILAS. 2004.
BUCKLEY, P., CLEGG, J., & WANG, C. (2002). The impact of inward FDI on
the performance of Chinese manufacturing firms. Journal of International
Business Studies, 33(4), 637-655. 2002.
BUCKLEY, P., CLEGG, J., & WANG, C. (2006). Inward FDI and host country
productivity: evidence from China’s electronics industry. Transnational
Corporations, 15(1), 13-37. 2006.
BUCKLEY, P., CLEGG, J., & WANG, C. (2007). The impact of foreign
ownership, local ownership and industry characteristics on spillover benefits
from foreign direct investment in China. International business review, 16(2),
142-158. 2007.
CHEN, T. 2003. How capacity gaps between foreign and domestic firms
shape industry-to-industry spillover of China’s FDI. Social Sciences in China,
(4): 33-44.
CHEN, T., KOKKO, A., & TINGVALL, P. 2011. FDI and spillovers in China:
non-linearity and absorptive capacity. Journal of Chinese Economic and
Business Studies, 9(1):1-22.
DE NEGRI, F., BAHIA, L., TURCHI, L., & DE NEGRI, J. 2008. Determinantes
da acumulação de conhecimento para inovação tecnológica nos setores
industriais do Brasil: setor automotivo. Brasília: ABDI.
106
DU, L., HARRISON, A., & JEFFERSON, G. 2012. Testing for horizontal and
vertical foreign investment spillovers in China, 1998–2007. Journal of Asian
Economics, 23(3), 234-243.
DU, L., HARRISON, A., JEFFERSON, G. 2011. Do institutions matter for FDI
spillovers? the implications of China's" special characteristics" (No. w16767).
National Bureau of Economic Research.
Filippov, S.; Costa, I. 2007. Redefining foreign direct investment policy: a two
dimensional framework. UNU-MERIT Working Paper, 29: 1.
Fraga, G.; Parré, J. & Silva, R. 2013. Investimento Estrangeiro Direto nos
Estados Brasileiros: Efeitos diretos e indiretos sobre o crescimento
econômico. ANPEC SUL.
Lai, M., Peng, S., & Bao, Q. 2006. Technology spillovers, absorptive capacity
and economic growth. China Economic Review, 17(3), 300-320.
Li, X., Hu, H. & Shen, X. 2012. A research on FDI technology spillover effects
of the automobile industry in our country. International Economic
Cooperation, 3:37-41.
LIN, P., LIU, Z., ZHANG, Y. 2009. Do Chinese domestic firms benefit from
FDI inflow?: Evidence of horizontal and vertical spillovers. China Economic
Review, 20(4), 677-691.
LIU, X., PARKER, D., VAIDYA, K., WEI, Y. (2001). The impact of foreign
direct investment on labour productivity in the Chinese electronics industry.
International Business Review, 10(4), 421-439. 2001.
LIU X, WANG C, & WEI, Y. (2009). Do local manufacturing firms benefit from
transactional linkages with multinational enterprises in China?. Journal of
International Business Studies, 40(7): 1113-1130. 2009.
109
LIU, X., & ZOU, H. (2008). The impact of greenfield FDI and mergers and
acquisitions on innovation in Chinese high-tech industries. Journal of World
Business, 43(3), 352-364. 2008.
LU, F., & FENG, K. (2005). A policy option to develop Chinese auto industry
with indigenous intellectual property rights. Beijing: Peking University Press.
2005.
SALVADOR. HU, A., & JEFFERSON, G. (2002). FDI impact and spillover:
evidence from China's electronic and textile industries. The World Economy,
25(8), 1063-1076. 2002.
WADE, R. (1990). Governing the market: economic theory and the role of
government in East Asian industrialization. Princeton: Princeton University
Press, 1990.
Anexo 1 - Tabela de Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento por País.
Fonte: UNCTAD
114
Chang
a
Iteration History
Iteration Change in Cluster Centers
1 2 3
1 13,780 16,815 11,301
2 ,000 ,000 ,000
a. Convergence achieved due to no or small change
in cluster centers. The maximum absolute coordinate
change for any center is ,000. The current iteration is
2. The minimum distance between initial centers is
34,382.
gastos
Despesas impostos governo /
Geral Governamentais Negócios Trade Investimentos financeiro /PIB % PNB
Chile 77,7 83,1 72,1 86,4 85,0 70,0 20,2 23,7
Brasil 56,5 55,2 61,4 69,4 55,0 50,0 33,7 33,4
Argentina 43,8 51,3 56,0 67,4 30,0 30,0 30,6 40,0
EUA 75,4 54,7 84,7 87,0 70,0 70,0 25,4 39,0
Mexico 65,2 76,4 70,7 79,2 70,0 60,0 19,7 28,1
Alemanha 74,4 41,3 90,0 88,0 90,0 70,0 36,7 44,3
Japão 73,1 46,2 82,5 82,6 70,0 60,0 30,3 42,3
Coréia 71,7 69,7 91,1 74,6 70,0 80,0 24,3 31,8
Indonésia 59,4 89,0 54,0 80,4 40,0 60,0 11,8 19,1
India 56,2 78,1 47,6 71,0 35,0 40,0 16,7 27,0
China 52,0 74,3 54,2 72,8 30,0 30,0 19,4 29,3
Nigéria 57,5 94,6 48,7 64,8 40,0 40,0 3,1 13,4
Africa do Sul 61,9 69,9 69,7 77,0 45,0 60,0 31,7 24,7
Turquia 62,1 55,6 65,4 84,4 75,0 60,0 29,3 38,5
Russia 50,6 56,2 72,2 72,4 25,0 30,0 34,8 38,2
fonte: elaborado pelo autor adaptado do Economic Freedom Index - Heritage Fondation
http://www.heritage.org/index/ranking
122