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Módulo I

APRISIONAMENTO DE ESPÍRITO

“Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome;


os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem.” Sl 142.7

Essa é a realidade de milhões de pessoas, que não somente não podem


louvar, mas não podem funcionar em muitas áreas de sua vida. Pessoas que um
dia estão felizes em um culto de domingo e na mesma tarde estão abatidas em
uma tristeza, raiva ou angústia da qual não podem sair.
Milhões de vidas, até pastores e ministros, parecem montanhas russas em
matéria de saúde, caráter, finanças e demais opressões. E isso se deve ao fato
de a maravilhosa conquista de Jesus, a respeito do cativeiro, ser um tema pra-
ticamente desconhecido.
Jesus tirou muitos cativos de suas prisões espirituais por meio do Espírito
Santo e o fez vendo e ouvindo o Pai. Ele o fez entendendo o mundo espiritual,
como o Senhor quer que seja entendido. Em toda a plenitude da manifestação
do Reino de Deus aqui na terra.
O cativeiro representou uma das partes mais importantes dos sofrimentos
e da vitória de Jesus através de sua morte e ressurreição.
Jesus desceu para a terra, para tirar do diabo o poder com que faz cativos
os homens. É um assunto de todos os seres humanos; desde os mais abatidos
até os mais exitosos. Todos são, de alguma forma, presos das trevas, através
do pecado, do temor e da dor, em alguma parte de sua alma.
Entender o cativeiro em nossos dias é de relevante importância, já que
desse conhecimento depende o receber e o desenvolver de nossos dons espi-
rituais e o chamado que o Senhor nos deu:

“Pelo qual disse: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e


deu dons aos homens. (E que subiu, que é, mas que também
desceu primeiro às partes mais baixas da terra? O que des-
ceu, ele mesmo é o que também subiu sobre todos os céus
para cumprir todas as coisas.) E ele mesmo constituiu a uns,
certamente apóstolos; a outros, profetas; a outros, evange-
listas; e a outros, pastores e mestres; Para aperfeiçoamento
dos santos, para a obra do ministério, para edificação do cor-

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po de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, a um varão perfeito, na me-
dida da idade da plenitude de Cristo.” Efésios 4:8-13

Note nessa passagem que primeiro Jesus lida com o cativeiro, para depois
poder liberar os dons para os homens, e para que estes levem a Igreja ao seu
máximo desenvolvimento. Essa é uma ordem de suma importância, porque, ho-
je em dia, a Igreja não está alcançando a plenitude que deveria ter. Isso ocorre
porque muitos homens que regem o corpo de Cristo ainda não trataram o pro-
blema de cativeiro e isso afeta toda a estrutura.

O que é o Aprisionamento de Espírito?

Jesus não somente veio para nos salvar de pecado, mas também para nos
resgatar de nosso cativeiro e de tudo o que implica o reino das trevas: enfermi-
dade, morte, quebrantamento, angústia, pobreza, etc.
Aprisionamento de espírito ou cativeiros (você pode encontrar também o
termo espíritos em prisão) são situações em nossas vidas em que nos encon-
tramos presos, relacionados ao nosso passado espiritual ou emocional. É
quando em determinados momentos sentimos que não estamos saindo do lugar,
como se alguma coisa estivesse nos prendendo e não sabemos exatamente o
que é que nos prende. Pode-se dizer também daquelas situações em que nos
lembramos constantemente e com riquezas de detalhes, lugares que não nos
esquecemos, mas vivemos a realidade deles mesmo depois de anos.
O objetivo do Império do diabo é fazer prisioneiros, para subjugá-los,
oprimi-los, roubar-lhes todo dom de Deus e terminar destruindo-os. Satanás
usa a escravidão e as prisões para cortar do homem as asas do Espírito com
as que ele levantaria voo às Alturas de Deus.

O que gera o Aprisionamento de Espírito?

Toda pessoa que sofreu um golpe emocional, um trauma, ou padeceu a


dor de alguém, o mais provável é que se encontre cativo em alguma área de sua
vida. Todo aquele que vem de uma família fraturada, ou de uma herança gené-
tica de ocultismo, ou de derramamento de sangue, encontra-se na mesma si-
tuação. As fobias, como claustrofobias, agorafobia, medo de altura, de escuri-
dão, e qualquer outra coisa que nos aterrorize, tem a ver com um cativeiro da
alma.
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A parte de sua vida, na qual você sente que não conseguiu a vitória, ou esse
lamaçal de onde não consegue sair pelo atolamento, tem a ver com cativeiro.
A alma, semelhantemente ao espírito, é feita de uma substância fragmen-
tável, ambos estão intimamente unidos entre si. Em cada partícula de nossa
alma está contida toda a informação de quem somos como seres espirituais e
animados. Isso é parecido com o que se sucede com nosso corpo. Dentro do
núcleo de nossas células, existe uma substância chamada DNA, que é uma ca-
deia em que se encontra toda a informação genética ou hereditária de nosso
ser. Tem-se demonstrado que, a partir de uma única célula, podemos chegar a
reproduzir todo o corpo, se contarmos com a tecnologia para fazê-lo.
Na esfera espiritual, o diabo não necessita possuir toda a alma de uma
pessoa para levá-la a prisões terríveis. Necessita tão somente de um fragmento
desta, a qual estabelecerá uma região de seu reino, e dali a afligirá.
Para que isso aconteça, é preciso quebrantar a alma, por meio de uma si-
tuação de profundo temor, um trauma, ou uma dor aguda. Também, por meio da
participação no ocultismo e pelo pecado, consegue dividi-la.
A alma que foi quebrantada e que ficou encerrada nos cativeiros vai ser
ministrada e atormentada por tudo o que vier a sentir e escutar ao seu re-
dor na região espiritual na qual se encontre. Está aprisionada por portas de fer-
ro em lugares de maldade, nos lugares torcidos ou iníquos do reino das trevas,
Is 45.1-3.
Certo é que a alma de um filho de Deus que está em parte prisioneira ja-
mais se desenvolverá em sua totalidade. Pela graça de Deus, alcançará certo
nível, mas não passará dali. Muitos servos de Deus morreram antes de seu tem-
po. Muitos vivem em escravidão com medicamentos, ou sofrendo destruição
que não tinha por que suceder. Outros vivem de cirurgia em cirurgia, ou em es-
cassez e necessidade. Nada disso tem que ser assim. Jesus levou já cativo o
nosso cativeiro, agora nos toca para sairmos para a liberdade.

Alguns exemplos de situações que podem gerar aprisionamentos:


• Alianças erradas (pactos de sangue, consagrações, laços de alma, rela-
cionamentos fora da vontade de Deus).
• Abuso sexual.
• Rejeição (no ventre, nos dias de hoje).
• Abuso moral e físico (violência).
• Ser enterrado com alguém que já morreu.
• Choque de ter presenciado a morte de alguém.
• Maldições proferidas pelos pais ou avós.
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Essas são algumas causas que podem gerar aprisionamento e transmis-
são de espíritos, pois esses cativeiros relacionados acima, nada mais são do
que legados através dos quais espíritos demoníacos vão poder atuar e aprisio-
nar o espírito das pessoas.

Como podemos perceber que uma pessoa está nessa situação?

Existem algumas perguntas que podemos fazer para diagnosticar esse


aprisionamento:
1. Você já se sentiu vazio, como se algo estivesse faltando?
2. Você já se sentiu profundamente solitário, sozinho, não sabendo
onde estava, mesmo no meio de uma multidão?
3. Você se sente perseguido, atormentado, afligido, quando apa-
rentemente nada o está afligindo?
4. Você tem a certeza que possui um dom ou talento, mas não con-
segue usá-lo por se sentir preso a alguma situação?
5. Você já se sentiu perdido e inútil por dentro quando aparente-
mente tudo estava indo bem?
6. Você já sentiu que há problemas e perigos ao seu redor, quando
tudo parece estar a salvo e seguro?
7. Você tem uma ira incontrolável dentro de si? Você se torna furioso
com alguma coisa? (O espírito da pessoa fica furioso contra as cor-
rentes que o aprisionam).
8. Você tem dificuldade em permanecer acordado e acompanhar um
culto ungido e vivo?
9. Você já sentiu tontura no culto?
10. Você tem dislexia?
Essas perguntas são apenas uma ajuda para identificar uma prisão, não sig-
nifica que se a pessoa não respondeu afirmativamente às perguntas ela não está
aprisionada. Deve-se depender exclusivamente do Espírito Santo, pois Ele, mais
do que ninguém é capaz e poderoso para identificar um espírito aprisionado.

Como sair dessa Situação de Cativeiro e


Aprisionamento de Espírito?

A libertação de cativeiros é parte de nosso chamado. Deus quer que todos


os cristãos estejam capacitados para curar aos enfermos, para lançar fora de-
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mônios, para ressuscitar aos mortos e para libertar os cativos.


Há alguns passos para que possamos sair desses cativeiros e desse apri-
sionamento de espírito:
1. Orar pedindo a Deus que mostre qual é o cativeiro em que você se
encontra.
2. Pedir para Deus mostrar a você o porquê desse cativeiro.
3. Se você entrou nesse cativeiro por causa dessas alianças erradas ou
atitudes manipuladoras, pedir perdão a Deus por ter tido essas práticas
e por ter se permitido influenciar por elas. Se for algum tipo de abuso,
liberar perdão para o abusador e livrar da culpa.
4. Rejeitar esse cativeiro na sua vida. Orar quebrando e renunciando esse
cativeiro na sua vida e tirando toda e qualquer maldição que houver
sobre sua vida e descendência.
5. Sair em um ato profético, declarando que você sai de corpo, alma e
espírito desses lugares de aprisionamento, pedindo que o sangue
de Jesus o limpe e que, a partir desse momento, você está livre.
6. Peça para que o Espírito Santo venha lhe encher.

É importante fechar as portas do cativeiro e da região que os tinha aprisi-


onado e declarar que nunca mais esse lugar estará aberto para essa pessoa.
Uma vez que a alma tenha ficado estabelecida nas Alturas, ela será minis-
trada pelo céu e terá uma paz como nunca havia tido, sua saúde será restaurada
e os medos com os que era atormentada irão embora.
Às vezes, é necessário tirar uma mesma pessoa de diferentes lugares;
mas o mais importante é ensiná-los a depender de Deus e não de você. En-
chê-los de fé e do conhecimento da autoridade que Jesus nos tem dado em
Seu Nome. Temos que levar em consideração a possível existência de guardi-
ões que possam estar cuidando da cela em que está a pessoa. Isso se mani-
festa através de uma resistência invisível, que está impedindo o contato en-
tre você e ela. Simplesmente, repreenda-o. Na maioria das vezes, não são
grandes os demônios que guardam as celas. Creia em sua autoridade, pois “O
Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pre-
gar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de
coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os alge-
mados;” Is 61.1 (grifo nosso)

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