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CURSO DE FUNDAMENTOS

PARA O DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

1. O curso – o que se espera dos alunos

Esta obra foi criada meticulosamente para auxiliar a todos aqueles que desejam
entender e desenvolver a mediunidade de incorporação na religião de Umbanda,
abordando tópicos que ensinam de forma clara e com linguagem simples todos
os desafios e perguntas que podem acometer um filho de fé neste caminho.

O autor recolheu as informações do canal Umband’Boa do Youtube, tanto dos


comentários quanto dos e-mails que recebe dos seguidores do canal, e das suas
experiências pessoais como médium e orientador de gira de desenvolvimento
mediúnico de Umbanda.

Ao fim deste curso, é esperado que o aluno possa ampliar seu horizonte e
entendimento sobre mediunidade de incorporação, bem como praticá-la no
terreiro.

Lembramos, por fim, que este material não se opõe a nenhuma doutrina da
Umbanda, desde que pratique a manifestação do espírito para a caridade.

Dos alunos é esperado dedicação, atenção e que realmente utilizem o suporte


direto com o professor para o esclarecimento de dúvidas, afinal de contas, como
sempre digo, a dúvida é a ferrugem da fé.

Agora relaxe e aproveite da melhor forma possível nosso conteúdo que foi feito
pensando em você.

Que Oxalá te abençoe!


2. Noções da história da Umbanda

Seria imperdoável iniciar uma abordagem sobre mediunidade na Umbanda sem


antes discorrermos brevemente sobre sua história.

A Umbanda foi fundada em 15/11/1908, pelo médium Zélio Fernandino de


Moraes, que contava na época com apenas 17 anos. Após passar por vários
episódios de mudança de comportamento, muitas vezes se mostrando curvado e
parecendo um ancião, e em outras vezes aparentando ser um homem forte, ágil
e que parecia conhecer bem todos os aspectos da natureza.

Fora isso, uma paralisia de origem desconhecida o acometeu, deixando a família


assustada. Entretanto, da mesma forma como a doença se instalou, desapareceu
também sem motivo aparente.

Após ser avaliado por médicos e psiquiatras, estes diziam que o que o menino
tinha não era nada físico ou conhecido pela medicina. Sendo assim, a família
chamou padres que em vão tentaram fazer exorcismos.

Até que em um dia um amigo de seu pai orientou-o a levar o rapaz até a Federação
Espírita de Niterói, pois aquilo parecia “coisa de espírito”.

Sendo assim, no dia 15 de novembro de 1908, Zélio foi levado para aquele local
com a finalidade de ser avaliado.

Manifestou-se pela primeira vez o Caboclo das Sete Encruzilhadas, o qual revelou
na ocasião que “trazia ao mundo a Umbanda, uma religião que iria perdurar até o
fim dos tempos”.

Entre tantas outras palavras, anunciou que no dia seguinte, na casa de seu
aparelho, iria começar o culto da religião à qual se referia.

E assim, no dia 16 de novembro de 1908, na Rua Floriano Peixoto nº 30, no bairro


das Neves, em São Gonçalo, na sala de jantar da casa da família Moraes, foi
celebrado o primeiro culto umbandista.
Nesta data, o Caboclo das Sete Encruzilhadas baixou pontualmente às 20 horas,
sob os olhares de curiosos e de membros da Federação Espírita de Niterói. Logo
após a sua chegada, dirigiu-se a um paralítico, o qual curou imediatamente, sendo
este o primeiro milagre registrado na religião.

Batizou o “templo” em questão como Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade,


passou as primeiras recomendações como roupa sempre branca e trabalhos
totalmente gratuitos.

Através de Zélio ainda se manifestariam o preto-velho Pai Antonio e o caboclo de


Ogum conhecido como Orixá Malê, o qual passou a coordenar o desenvolvimento
mediúnico da TENSP.

Importante informar que na TENSP nunca manifestou Exu como linha de trabalho
e também não havia o uso de atabaques e nem mesmo de palmas ritmadas.

Os primeiros médiuns eram, na sua maioria, pessoas expulsas das casas espíritas
e negros que sentiam a necessidade de manifestar seus guias, compostos de
índios e negros, entidades execradas pelo Espiritismo de Alan Kardec no Brasil da
época.

O uso de atabaques, bebidas e instrumentos de fumo foram trazidos por médiuns


migrados do Candomblé e de outras religiões de matiz africana.

Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundaram, a partir de 1918,


mais sete tendas para a disseminação da Umbanda.

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