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MATEMÁTICA

FINANCEIRA
Sistemas de Amortização

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Sistemas de Amortização

Sumário
Thiago Cardoso

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Sistemas de Amortização.. ............................................................................................................. 4
1. Conceitos Básicos........................................................................................................................ 4
1.1. Período de Carência. . ............................................................................................................... 10
2. Sistema de Amortização Americano.. ..................................................................................... 11
3. Sistema de Amortização Francês.. ..........................................................................................12
3.1. Valor Presente e Valor Futuro...............................................................................................13
3.2. Fator A de Amortização......................................................................................................... 14
3.3. Exemplo de Sistema Francês................................................................................................ 17
3.4. Saldo Devedor......................................................................................................................... 23
4. Sistema de Amortização Constante...................................................................................... 29
4.1. Saldo Devedor. . ........................................................................................................................ 30
4.2. Exemplo de Sistema SAC...................................................................................................... 36
4.3. Valor Total Pago pela Dívida................................................................................................ 39
5. Sistema de Amortização Misto............................................................................................... 43
Resumo.............................................................................................................................................48
Questões Comentadas em Aula...................................................................................................51
Questões de Concurso.................................................................................................................. 58
Gabarito.......................................................................................................................................... 124

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Apresentação
Olá, amigo(a), tudo bem? Seja bem-vindo(a) a mais uma aula do nosso curso de Matemáti-
ca Financeira. Está animado(a)?
Gostaria de repetir meus contatos para que você possa tirar dúvidas:
• e-mail: thiagofernando.pe@gmail.com
• Instagram: @math.gran

É bem interessante para você me seguir no Instagram, pois é lá que eu posto várias dicas
para a sua preparação para concursos públicos.
Nesta aula, falaremos sobre um dos assuntos mais recorrentes em provas, principalmente
em certames de alto nível, como a Área Fiscal e de Controle: Sistemas de Amortização.
Algumas bancas, como o CESPE e a FCC, são realmente aficionadas por questões sobre
amortização e, por isso, você precisa dar uma atenção enorme a esse capítulo.
São muito comuns questões cobrando todos os aspectos – seja a composição das parce-
las, o comportamento do saldo devedor.
Por isso, este material abordará o assunto em todas as suas minúcias para que você esteja
preparado(a) para certames extremamente rigorosos.
Para ajudar na sua compreensão da matéria, eu preparei uma planilha na qual você poderá
simular os diversos sistemas de amortização que foram ensinados neste capítulo:
Utilizar este link para baixar a sua planilha de sistemas de amortização: https://drive.goo-
gle.com/file/d/1tjCKDuHcto9HEnVc0at_LwvjnVIJRAnB/view

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SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
1. Conceitos Básicos
No mundo moderno, o crédito – tomar dinheiro emprestado – é essencial para o progresso
de uma sociedade.
Imagine que você tenha passado no concurso público dos seus sonhos e que você resol-
veu montar um plano financeiro para a sua aposentadoria.
Para isso, você poupa mensalmente uma certa quantia. Você será chamado um poupador.
Do outro lado, a equipe Gran Cursos, preocupada em melhorar a qualidade do serviço públi-
co brasileiro, deseja montar um novo estúdio com tecnologia de ponta.
Como já explicamos sobre preferência temporal, a equipe Gran Cursos tem alta preferência
temporal, porque precisa de dinheiro agora para construir o estúdio. Já você tem baixa prefe-
rência temporal, porque você não precisa do dinheiro agora, já que está pensando principal-
mente no seu futuro.
O que vai acontecer, portanto, é que a equipe Gran Cursos tomará um crédito, que nada
mais é do que um valor emprestado de você para construir um estúdio.
É interessante notar que, ao contrário do que acredita o senso comum, a maior parte do
crédito flui das classes baixas para as grandes empresas.
Principalmente nos países desenvolvidos, a classe baixa e a classe média tendem a ser
bastante poupadoras e investem para o seu futuro. Por outro lado, os ricos tendem a arriscar
bastante e tomam crédito para abrir empresas.
Além disso, é importante destacar que os ricos têm maior facilidade de quitar suas dívidas,
caso o empreendimento para o qual tomaram crédito falhe.
Infelizmente, aqui no Brasil, há uma cultura de as classes mais baixas serem bastante en-
dividadas. Isso tem consequências graves, pois faz com que o crédito custe caro – é por isso
que os juros no Brasil são tão elevados.
De qualquer maneira, quando a equipe Gran Cursos tomar um crédito, certamente consul-
tará o seu professor de Matemática Financeira, que, além de professor, é também analista de
investimentos.
O seu parecer será bem claro:

 Obs.: os juros compostos são a maior força da natureza. Se você deixar os juros se acumu-
larem com o tempo, vai ser impossível pagá-los.

Sim. Os juros compostos se acumulam muito rapidamente e consumiriam todo o seu patri-
mônio também rapidamente. Por exemplo, vejamos o que aconteceria se a equipe Gran Cursos
financiasse R$ 100 mil em 10 anos, a uma taxa de juros de 15% ao ano:
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Percebeu como a dívida cresceu? O efeito do tempo no acúmulo de juros compostos é


devastador.
Por isso, uma ideia inteligente é quitar a dívida aos poucos, de modo a evitar o acúmulo
de juros. Por isso, o tomador de empréstimos frequentemente optará por fazer amortizações
da dívida.
É para isso que existem os pagamentos periódicos de uma dívida. Por exemplo, quando
você compra um carro parcelado em 24 meses, você está fazendo pagamentos periódicos.
De maneira geral, podemos escrever que um pagamento é composto por três partes.
Juros: correspondem ao efeito do tempo sobre uma dívida. No caso de um sistema de
amortização, os juros são capitalizados a cada período de pagamento – isto é, a cada mês, se
os pagamentos forem mensais. A expressão da capitalização é nossa velha conhecida, mas
não custa relembrar:

É importante destacar que esse é o valor mínimo que deve ser pago para evitar que a dí-
vida cresça.
Por exemplo, suponha que você comprou o seu primeiro imóvel e financiou R$ 400 mil a
uma taxa de juros de 1,5% ao mês. Se a primeira parcela vai ser paga daqui a um mês, o juro
incidente sobre ela será:

Portanto, depois de um mês, a sua dívida cresceu em R$6.000. Esse é, assim, o valor míni-
mo que você deverá pagar para evitar que a sua dívida seja sempre crescente.
Para entender melhor essa situação, vejamos dois exemplos. No primeiro, você pagará
uma parcela de R$ 4.000 e, no segundo, você pagará uma parcela de R$ 8.000:

Figura 1: Incidência de Juros sobre um Empréstimo

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Na situação 1, os juros fazem a sua dívida crescer em R$ 6.000 e ela passaria para R$
406.000. No entanto, houve um pagamento de R$ 4.000, por isso, parte desse crescimento
foi atenuado para R$ 402.000. Nessa situação, houve apenas pagamento de juros, não houve
amortização.
É importante deixar claro que:

Se o pagamento realizado é inferior aos juros, o saldo devedor será sempre crescente.

Por outro lado, na situação 2, aconteceu uma amortização que será explicada logo a seguir.
Amortização: corresponde ao abatimento do principal de uma dívida. O objetivo da amorti-
zação é diminuir o poder de produção de juros dessa dívida com o passar do tempo, de modo
que os juros não se acumulem e que o saldo devedor diminua com o tempo até chegar a zero,
momento em que a dívida está completamente quitada.
Na situação 2 da Figura 1, a dívida foi amortizada no valor de R$ 2.000. Por isso, o saldo
devedor diminuiu em R$ 2.000, atingindo R$ 398.000.
Duas relações importantes que se pode escrever a respeito da amortização são:

Nessa equação, P representa o pagamento efetuado. Todo pagamento é composto por um


cupom de juros (J). O que sobra, em geral, é o valor da amortização. Dizemos “em geral” por-
que pode haver a incidência de outros encargos que serão comentados logo adiante.
A segunda relação importante é que a amortização representa a diminuição do sal-
do devedor:

Outros encargos: embora não sejam tão comuns em provas de concursos, são extrema-
mente comuns na vida real.
Os outros encargos correspondem a outros preços cobrados pelos bancos para fazer um
financiamento. Como exemplo, temos:
• Seguros: normalmente opcionais, servem para garantir que você poderá quitar a dívida,
caso perca suas principais fontes de renda;
• Taxas bancárias: são cobradas pelos bancos em razão da abertura de uma conta ou
mesmo de uma linha de financiamento. Essas taxas são as formas mais simples de
esconder um custo elevado de um empréstimo. Serão mais bem estudadas quando fa-
larmos sobre o cálculo financeiro do custo efetivo total de uma transação;
• Impostos: em alguns casos, pode haver a incidência de impostos a cargo do tomador,
como o IOF, sobre uma operação de financiamento.

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É importante que você saiba que as expressões que serão deduzidas para o sistema
francês de amortização e o sistema de amortização constante não levam em conta a in-
cidência de outros encargos. Portanto, caso eles existam, deverão ser somados à parcela
calculada.

Figura 2: Composição de uma Parcela de um Empréstimo ou Financiamento

E, agora, vamos fixar esses conceitos com questões de provas.

001. (ESAF/ISS-RN/2008) Uma pessoa faz a aquisição de um imóvel ao valor global de R$


200.000,00 e pagará esta dívida com uma taxa de juros de 10% a.a., num prazo determinado.
A parcela mensal prevista é de R$ 1.500,00. Caso haja saldo residual, efetuará o devido paga-
mento ao final deste período. Desprezando a figura da correção monetária, podemos afirmar
que neste caso:
a) se o prazo de pagamento for superior a 100 (cem) meses, não haverá saldo devedor.
b) independente do prazo, sempre haverá saldo devedor e este é crescente.
c) ao final de 100 (cem) meses, o saldo devedor é de R$ 50.000,00 (valor arredondado na uni-
dade de milhar - critério de arredondamento universal).
d) se a capitalização dos juros for mensal, o saldo devedor ficará zerado após 240 meses de
pagamento.
e) se a capitalização dos juros for anual, o saldo devedor ficará zerado após 240 meses de
pagamento.

Como os pagamentos são mensais e a taxa de juros é anual, tem-se que essa taxa é nominal.
Portanto, o primeiro passo é calcular a taxa de juros efetiva do empréstimo:

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Agora, podemos calcular o valor do cupom de juros referente à primeira parcela:

Observe que os juros são maiores do que o valor da própria parcela paga, portanto, ao pagar
R$ 1.500,00, o cliente não consegue amortizar o empréstimo, de forma que o saldo devedor
será sempre crescente.
Letra b.

002. (CESPE/TCE-PE/2017) Situação Hipotética: Uma instituição financeira emprestou a


uma empresa R$ 100.000, quantia entregue no ato, sem prazo de carência, a ser paga em cinco
prestações anuais iguais, consecutivas, pelo sistema francês de amortização. A taxa de juros
contratada para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira prestação deverá ser paga um
ano após a tomada do empréstimo.
Assertiva: Se o valor das prestações for de R$ 26.380, a soma total dos juros que deverão ser
pagos pela empresa, incluídos nas cinco parcelas do financiamento, é inferior a R$ 31.500.

No final das cinco parcelas, o empréstimo será totalmente quitado, portanto, totalmente amor-
tizado. Sendo assim:

Por outro lado, foram pagos:

Sendo assim, o valor dos juros pagos será:

Errado.

003. (CESPE/TCE-SC/2016) Um banco emprestou R$ 30.000 entregues no ato, sem prazo


de carência, para serem pagos pelo sistema de amortização francês, em prestações de R$
800. A primeira prestação foi paga um mês após a tomada do empréstimo, e o saldo devedor
após esse pagamento era de R$ 29.650. Nessa situação, a taxa de juros desse empréstimo
foi inferior a 1,8%.

Apesar de ter sido fornecido que o empréstimo segue o sistema de amortização francês, esse
dado é irrelevante, pois a conta a ser feita é a mesma.

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Os juros que incidem na primeira parcela (que é paga um mês após a contração da dívida) são
dados por:

Agora, sabemos que:

Portanto, podemos calcular a taxa de juros mensal:

Certo.

A questão da ESAF para o ISS-RN em 2008 mostra um fenômeno pouco compreendido a


respeito dos juros.
É relativamente comum que os jovens tenham o sonho de comprar a sua casa própria tão
logo comecem a trabalhar regularmente.
Assim, eles esperam “se livrar do aluguel”. O motivo dessa preocupação extremamente
racional é mais bem explicado pela nossa disciplina amiga chamada Contabilidade.
No âmbito da Contabilidade, os juros e a amortização são tratados de formas diferentes.

Contabilidade Contabilidade
Consiste em
Pública Geral
Pagar o principal, Liquidação de
de modo a diminuir Receita ou Despesa um Passivo ou
Amortização
o crescimento dos de Capital Conversão de um
juros Ativo em Caixa
Pagamento de Paga apenas os Receita ou Despesa
Despesa ou Receita
Juros juros Corrente
Tabela 1: Tratamento Contábil de Juros e Amortização

A Tabela 1é muito valiosa. A depender dos concursos que você pretende prestar ao longo
da sua carreira de concurseiro, ela pode lhe servir em 3 matérias. E, com certeza, será útil para
a sua vida financeira.
Quando você paga um aluguel, você está assumindo uma despesa efetiva (no âmbito da
Contabilidade Geral) ou uma despesa corrente (no âmbito da Contabilidade Pública). Essa des-
pesa diminui o seu patrimônio líquido, ou seja, a sua riqueza.
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Bem diferente do que aconteceria se você tivesse R$ 400 mil e comprasse um apartamento
à vista. Nesse caso, isso nem mesmo seria uma despesa para a Contabilidade Geral – seria
apenas a conversão de um ativo (caixa) em outro ativo (imóvel). Para a Contabilidade Pública,
essa compra seria uma despesa de capital, que é aquela que contribui para a formação de um
bem de capital.
Sendo assim, ao comprar um apartamento à vista, você não diminui o seu patrimô-
nio líquido.
O problema é que, ao comprar um apartamento financiado, você pagará juros. E os juros
são também despesas efetivas ou despesas correntes. Os juros são, portanto, uma despesa
da mesma natureza do aluguel.
No caso da questão da ESAF para o ISS-RN, em 2008, você paga uma parcela todo mês,
mas nada daquilo contribui para o seu patrimônio. Pior ainda, seu saldo devedor é sempre
crescente.

1.1. Período de Carência


Quando você vai ao banco pedir um financiamento, é comum que eles lhe ofereçam o cha-
mado período de carência.
O período de carência corresponde a um período em que o empréstimo é pago mediante
uma condição especial de pagamento.
Por exemplo, é comum você ver anúncios de concessionárias dizendo “compre o seu carro
agora e pague a primeira prestação só daqui a 3 meses”. Esse período de 3 meses é um perí-
odo de carência.
É importante deixar claro que a carência não é nenhuma benesse por parte do ofertante do
empréstimo.

Durante o período de carência, os juros continuam se acumulando por meio da dinâmica de


juros compostos.

É muito importante tomar cuidado em financiamentos com períodos de carência. É relati-


vamente fácil você se complicar e ver sua dívida crescer exponencialmente.
Existem duas situações muito importantes:
• Carência sem pagamento de juros: durante o período de carência, não é feito nenhum
pagamento. Por isso, a dívida cresce normalmente por meio de juros compostos.
• Carência com pagamento de juros: durante o período de carência, o tomador do emprés-
timo paga periodicamente o cupom de juros associado ao empréstimo, de modo a evitar
que o seu saldo devedor seja crescente.

Ambas as situações podem ser cobradas em provas de concursos. No entanto, você pre-
cisará estudar os sistemas de amortização primeiro para entender como calcular a parcela.
Então, vamos a eles?

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2. Sistema de Amortização Americano


O sistema de amortização americano é muito usado por empresas nascentes – que pos-
suem donos arrojados – e pelo governo no pagamento de suas dívidas (os títulos públicos
com cupom).
Consiste em fazer o pagamento mínimo de juros, de modo a manter o saldo devedor esta-
cionado. Já vimos que esse cupom é dado por:

Convém destacar que esse cupom deve ser calculado de um período de capitalização para
o próximo. Portanto, quando a taxa de juros estiver na mesma unidade do tempo, o valor de t
sempre será t = 1.
No final do período correspondente ao empréstimo, a dívida é paga integralmente, jun-
to com o último cupom de juros. Essa situação pode ser representada esquematicamente
pela Figura 3.

Figura 3: Sistema de Amortização Americano

O grande objetivo do sistema americano é evitar que a dívida cresça fazendo o menor pa-
gamento mínimo.
Um exemplo é citado pelo empreendedor Flávio Augusto da Silva, dono da Wise Up. Flávio
conta que abriu a Wise Up com R$ 20 mil tomados emprestados de seu cheque especial a juros
de 12% ao mês.
Consciente de que essa taxa de juros era muito alta, Flávio sempre se preocupou em pagar
os juros mensalmente, de modo a evitar que a dívida crescesse.
Após abrir a segunda turma de sucesso, Flávio quitou sua dívida com o banco. Atualmen-
te, a companhia cresceu e se tornou uma das maiores franqueadoras de escolas de inglês
do Brasil.

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004. (INÉDITA/2021) Uma empresa recorreu ao mercado de títulos para conseguir um fi-
nanciamento de R$ 500.000,00. Foi acordado que ela pagaria 12 cupons semestrais de R$
50.000,00 e, junto com o último pagamento, ela restituiria o valor de R$ 500.000,00. Sendo
assim, a taxa de juros nominal paga pela empresa no financiamento foi de 20% ao ano.

O cupom de juros é calculado por:

Como a questão pediu a taxa nominal anual, ela deve ser calculada usando o conceito de taxa
de juros proporcional. Como 1 ano é igual a 2 semestres, tem-se:

Certo.

3. Sistema de Amortização Francês


Esse é o sistema mais comum e conhecido. O sistema francês é baseado em algumas
regras que precisam ser muito bem memorizadas. A fórmula que será deduzida mais adiante
leva em conta todas essas condições. Caso alguma questão de prova mude uma dessas con-
dições, é preciso tomar cuidado na hora de aplicá-la.
• O primeiro pagamento é realizado um período após contrair a dívida.
• Enquanto a dívida não é paga, ela é atualizada por juros compostos.
• As parcelas são uniformes e constantes.

Figura 4: Esquema do Sistema Francês

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Perceba a diferença entre o sistema francês e o americano. No sistema americano, ocorre


um pagamento diferente no final, quando o capital inicial tomado emprestado é integralmente
devolvido junto com o último cupom de juros.
Por outro lado, no sistema francês, não existe a última parcela diferente das outras. Todas
as parcelas são absolutamente iguais.
Além disso, é importante dizer que ocorre amortização em todas as parcelas no sistema
francês, como será visto mais adiante.
É muito comum, em provas de concursos, o sinônimo “tabela Price” ou “sistema Price” para
o sistema francês.

3.1. Valor Presente e Valor Futuro


Quando se tem uma série de pagamentos uniformes, tem-se que o capital inicial da dívida
é equivalente ao valor presente da série de pagamentos. Esse conceito é bastante explorado
em problemas.

Outro conceito bastante importante é o valor futuro. Considerando um desconto compos-


to, o valor futuro das parcelas é igual ao valor futuro do próprio capital inicial da dívida.
Com base nisso, podemos facilmente relacionar o valor presente da dívida e as parcelas
de sua série de pagamentos.

Esse valor futuro pode ser calculado levando cada uma das parcelas a valor futuro. Para
isso, precisamos fazer diversas operações de juros compostos.

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Podemos escrever:

Temos, portanto, que o valor futuro (VF) é a soma de uma PG com as seguintes carac-
terísticas:

Sabemos que a soma da PG é dada por:

Por outro lado, já vimos a relação entre o valor futuro e o valor presente:

3.2. Fator A de Amortização


A expressão que acabamos de deduzir é de suma importância, porque permite relacionar a
dívida e as suas correspondentes parcelas. De quebra, ainda podemos utilizá-la para calcular o
valor presente de uma série de pagamentos – o que pode ser exigido em questões avançadas
sobre o tópico investimentos.
Vamos repetir a expressão:

O termo – lê-se “n cantoneira i” – é conhecido como fator A de amortização. É impor-


tante que você saiba como escrever o fator A:

A expressão à direita pode ser obtida a partir da esquerda simplesmente efetuando a divi-
são por (1+i)n tanto no numerador como no denominador.
Existem várias questões de prova explorando ambas as expressões do fator A. Por isso, é
importante saber as duas.
Você decidirá qual expressão será utilizada de acordo com o que for mais fácil de calcular
na hora da prova. Leve em conta, principalmente, as aproximações fornecidas pelo enunciado.
É muito comum que a banca forneça uma aproximação para uma potência. Por exemplo,
se for fornecido que , provavelmente a banca quer que você utilize a expressão
da esquerda.

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Por outro lado, caso seja fornecido , provavelmente a banca quer que
você utilize a expressão da direita, que tem (1+i) . -n

Tudo isso ficará mais fácil com exemplos e exercícios.

005. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/CALCULIS-


TA/2019) Com relação a sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos, julgue
o item a seguir.
Situação hipotética: Marcelo contratou empréstimo de R$ 380.000 em uma instituição finan-
ceira que adota o sistema de amortização francês. O valor foi entregue no ato, não foi conce-
dido prazo de carência para o pagamento, a ser feito em 5 prestações anuais, consecutivas e
iguais. A primeira prestação vencerá um ano após a tomada do empréstimo, sendo a taxa de
juros de 10% ao ano. Assertiva: Nessa situação, considerando-se 0,62 como valor aproximado
para 1,1–5, é correto afirmar que Marcelo pagará menos de R$ 95.000 de prestação.

O fluxo de caixa para o empréstimo de Marcelo é dado por:

Como as 5 parcelas pagas são iguais e se iniciam um mês após a contração da dívida, tem-se
que a dívida vai ser paga pelo sistema de amortização francês. Nesse caso, a parcela pode ser
obtida a partir do fator A de amortização.

A expressão conhecida para o fator de amortização é:

São conhecidos os seguintes parâmetros da expressão acima:

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Substituindo valores em (I), temos:

Então, podemos calcular a parcela.

Portanto, a parcela é ligeiramente superior a R$95.000.


Errado.

006. (CESPE/TCE-AC/2009) Uma pessoa comprou um veículo pagando uma entrada, no ato
da compra, de R$ 3.500,00, e mais 24 prestações mensais, consecutivas e iguais a R$ 750,00.
A primeira prestação foi paga um mês após a compra e o vendedor cobrou 2,5% de juros com-
postos ao mês. Considerando 0,55 como valor aproximado para 1,025-24, é correto afirmar que
o preço à vista, em reais, do veículo foi:
a) Inferior a 16.800.
b) Superior a 16.800 e inferior a 17.300.
c) Superior a 17.300 e inferior a 17.800.
d) Superior a 17.800 e inferior a 18.300.
e) Superior a 18.300.

Nesse problema, temos uma ligeira alteração do Sistema Francês:

Observe que podemos dividir essa série de pagamentos em duas partes:

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O valor presente total do carro será dado por:

Além disso, a parte C2 é trivial de calcular.

Por sua vez, a parte C1 pode também ser calculada pela expressão do Sistema Francês de
Amortização:

Como foi fornecida a aproximação para 1,025-24, o fator A de amortização deve ser calculado
pela expressão:

Agora, podemos calcular o capital C1 correspondente à parte que foi parcelada.

Dessa maneira, a pessoa pagou R$ 3.500 à vista e R$ 13.500 financiado em 18 vezes de R$


750. O preço à vista do carro corresponde ao seu valor presente, é, portanto:

Letra b.

3.3. Exemplo de Sistema Francês


Agora, consideraremos que você comprou um carro por R$ 50.000,00 pagando 50% de
entrada. O restante vai ser pago por meio do sistema francês de amortização a juros de 3% ao
mês. Dessa maneira, o valor financiado será R$ 25.000.
Com o auxílio de uma planilha de Excel, fizemos o cálculo das prestações e da sua compo-
sição – em juros e amortização.
As parcelas calculadas são no valor de R$ 1.476,19. O comportamento dos juros e da
amortização ao longo das 24 parcelas é o seguinte:

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Figura 5: Composição das Parcelas de um Sistema Francês em 24 Parcelas

Observe que, no início, os juros consomem cerca de 50% do valor da dívida. À medida que
o saldo devedor vai sendo amortizado, o poder da dívida de gerar juros diminui. Por isso, a
amortização cresce à medida que prossegue o financiamento.
Esse conhecimento é muito importante para você entender a dinâmica desse sistema de
amortização.
Agora, vejamos o que acontece quando se aumenta o número de parcelas para 48. Nesse
caso, a parcela calculada é de R$ 989,44.

Figura 6: Comportamento dos Juros e da Amortização em 48 Parcelas

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Nesse caso, nas primeiras parcelas, os juros consomem quase 80% de todo o valor pago.
Em razão disso, ao aumentar o número de parcelas no sistema francês, o valor delas não
vai diminuir muito, pois praticamente todo o valor a ser pago nas primeiras parcelas correspon-
de a juros.

Podemos, ainda, plotar os juros pagos no total do financiamento em função do número de


parcelas. Você notará que eles crescem muito rapidamente.

Figura 7: Total de Juros Pagos no Sistema Francês em Função do Número de Parcelas

Gostou dessa simulação? Eu estou disponibilizando a planilha que eu utilizei para fazê-la.
Dessa maneira, você poderá brincar em casa com o sistema de amortização francês. Isso vai
te ajudar bastante a entendê-lo. Utilize este endereço para baixar sua planilha de sistemas de
amortização: https://drive.google.com/file/d/1tjCKDuHcto9HEnVc0at_LwvjnVIJRAnB/view

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007. (IADES/FUNDAÇÃO HOMOCENTRO DE BRASÍLIA-DF/CONTABILIDADE/2017) Deno-


minam-se sistemas de amortização as diferentes formas de devolução de um empréstimo.
Acerca da tabela Price (ou Sistema Francês de Amortização), é correto afirmar que
a) as prestações, em geral, são decrescentes, uma vez que a amortização é fixa e os juros,
decrescentes.
b) os juros são crescentes nas prestações.
c) a amortização é crescente, os juros são decrescentes e as parcelas são fixas.
d) a amortização é decrescente e os juros são crescentes, uma vez que as parcelas são fixas.
e) a tabela Price é utilizada exclusivamente para financiamento de veículos.

Questão teórica muito interessante para você entender o sistema de amortização francês (ou
tabela Price). Nesse sistema, as parcelas são fixas e o saldo devedor é decrescente, portanto,
os juros pagos também são decrescentes.
Como os juros decrescem, mas as parcelas são fixas, tem-se que a amortização é crescente a
cada pagamento.

Letra c.

008. (CESPE/FUNPRESP-EXE/ESPECIALISTA EM INVESTIMENTO/2016) De acordo com a


tabela em apreço (Tabela Price), as quantias amortizadas crescem a cada parcela.

No sistema francês de amortização, as parcelas são constantes. A parcela é composta de uma


quantia de juros e uma quantia de amortização.

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Como o saldo devedor diminui a cada parcela, a quantia de juros também diminui. Desse modo,
a quantia amortizada cresce a cada parcela.
Certo.

009. (CESPE/FUNPRESP-EXE/ESPECIALISTA EM INVESTIMENTO/2016) Nesse sistema,


os valores das parcelas a serem pagas são decrescentes.

A principal característica do sistema francês de amortização é que as parcelas são constantes.


Errado.

010. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2008) Julgue os itens a seguir, relacionados a empréstimos


e financiamentos, considerando, em todas as situações apresentadas, que o regime de juros
praticado é o de juros compostos, à taxa mensal de 2%, e tomando 1,3 como valor aproximado
para 1,0212.
Caso um imóvel no valor de R$ 120.000,00 seja financiado em 12 prestações mensais e conse-
cutivas, tendo como base o Sistema Francês de Amortização, nesse caso, para a composição
da primeira prestação, o valor de amortização será superior a R$ 7.800,00.

Questão bastante direta. O valor da parcela é calculado por:

Como foi fornecida a aproximação para 1,0212, o fator A de amortização será calculado pela
expressão:

Dessa maneira, podemos calcular a parcela francesa:

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Para calcular a amortização pedida pela questão, devemos calcular os juros que incidem sobre
a primeira parcela.

Agora, podemos calcular a amortização na primeira prestação:

Certo.

011. (CESPE/TCE-RN/INSPETOR/ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE, DIREITO OU ECO-


NOMIA/2015) Situação hipotética: Um empréstimo de R$ 18.000 foi quitado, com base no
sistema de amortização francês — tabela Price —, em 10 prestações mensais, consecutivas
e iguais, à taxa de juros de 24% ao ano, tendo a primeira prestação sido paga 1 mês após a
contratação do empréstimo.
Assertiva: Nessa situação, se 0,82 tiver sido considerado o valor aproximado de 1,02-10, então
o valor da prestação foi superior a R$ 1.950.

Começaremos convertendo a taxa de juros nominal em efetiva:

A relação entre a parcela e a dívida adquirida é dada pelo fator A de amortização. Levando em
conta a aproximação fornecida, utilizaremos a seguinte expressão:

Agora, podemos calcular o valor da prestação:

Certo.

012. (CESPE/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Uma empresa, com o ob-


jetivo de captar recursos financeiros para ampliação de seu mercado de atuação, apresentou
projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou R$ 1.000.000,00 de empréstimo, que deverá ser
quitado em 12 parcelas mensais, a juros nominais de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.
Considerando-se a quitação do empréstimo pelo sistema Price e que 10,90 seja valor apro-
ximado para , é correto afirmar que o valor de cada parcela será superior a R$
90.000,00.

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A fim de calcular as parcelas, devemos obter o fator de amortização para o empréstimo. Tendo
em mente a aproximação que foi fornecida, devemos utilizar a seguinte expressão:

Agora, podemos calcular as parcelas:

Certo.

013. (CESPE/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2009) Uma dívida foi paga em 10


prestações mensais consecutivas, tendo a primeira prestação sido paga um mês após a con-
tratação da dívida. O credor cobrou uma taxa de juros compostos mensais de 7% e a prestação
paga mensalmente foi de R$ 1.000,00. Nessa situação, tomando 0,51 como valor aproximado
de 1,07-10, julgue o item abaixo.
A dívida em questão era superior a R$ 6.800,00.

A relação entre a dívida adquirida e a parcela financiada é dada pelo fator de amortização. Ten-
do em vista a aproximação fornecida, devemos calculá-lo da seguinte forma:

Agora, podemos obter o valor da dívida inicialmente adquirida:

Certo.

3.4. Saldo Devedor


As bancas adoram cobrar o saldo devedor em um sistema francês de amortização.
De maneira geral, podemos usar a expressão que já vimos para o decaimento do sal-
do devedor:

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Você pode seguir o passo a passo:


• obtenha a parcela calculando o fator de amortização;
• obtenha o saldo devedor como o produto do saldo devedor do período anterior pela taxa
de juros.

Podemos fazer isso, porque que o sistema francês é postecipado. Desse modo, os juros
são sempre calculados em relação ao saldo devedor do mês anterior.

• Obtenha o fator de amortização como a diferença entre a parcela e o cupom de juros.

• Obtenha o saldo devedor do mês seguinte descontando a amortização do saldo devedor


do mês anterior:

Exemplo: uma dívida de R$ 30.000 vai ser paga no sistema francês com taxa de juros de 1%
ao mês. Sabe-se que a parcela a ser paga é de R$ 1.200. Qual o saldo devedor após o primeiro
pagamento?

Vamos seguir o passo a passo descrito na teoria:


• 1º Passo: a parcela já foi fornecida pelo problema, que é de R$ 1.200.
• 2º Passo: calculemos os juros embutidos na primeira parcela.

Podemos visualizar essa situação graficamente:

• 3º Passo: calculemos a amortização como a diferença entre a parcela total e o cupom


de juros.

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Essa situação pode ser visualizada graficamente:

• 4º Passo: calculemos o saldo devedor abatendo a cota de amortização do saldo deve-


dor no período anterior:

Esse cálculo pode ser repetido também para calcular o saldo devedor após o segundo pa-
gamento, após o terceiro pagamento etc.
Porém, existem questões mais complexas que pedem, por exemplo, o saldo devedor
após 15 pagamentos. Nesse caso, seria muito demorado calcular 15 amortizações para fazer
essa conta.
Mas, para isso, podemos notar uma propriedade muito interessante do sistema francês.
Quando pegamos o saldo devedor depois de alguns pagamentos, esse saldo devedor também
corresponde a um sistema francês de amortização (destacado em um quadrado pontilhado).

Figura 8: O Saldo Devedor também é um Sistema Francês de Amortização


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Na Figura 8, vemos que o saldo devedor é o valor presente das parcelas que ainda faltam.
E ele pode ser calculado pela mesma expressão do sistema francês que já vimos no fator de
amortização.

Exemplo: no caso da dívida anterior, qual seria o saldo devedor quando restarem 4 parcelas a
pagar? Dado: (1,01)–4 = 0,961.

Nesse caso, como ainda restam 4 parcelas a serem pagas, a situação no final do financia-
mento será descrita pelo seguinte fluxo de pagamentos:

Podemos calcular o fator de amortização:

O saldo devedor de R$ 4.680 tem uma importância especial: caso a empresa tenha inte-
resse em quitar a dívida antecipada, ela poderá, em vez de pagar 4 parcelas de R$ 1.200, pagar
uma única parcela de R$ 4.680, economizando R$ 120 que seriam pagos a título de juros.

014. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) Tendo em vista que um empréstimo no valor de R$


32.000,00, que foi entregue no ato, sem prazo de carência, será amortizado pelo sistema Price,
à taxa de juros de 60% ao ano, em 8 prestações mensais e consecutivas, e considerando 0,68 e
1,80 valores aproximados para 1,05-8 e 1,0512, respectivamente, julgue os itens subsequentes.
A amortização correspondente à primeira prestação será superior a R$ 3.500,00.

Quando se tem uma taxa de juros nominal, a primeira coisa a se fazer é transformá-la em efe-
tiva usando a proporcionalidade:
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Agora, podemos calcular a parcela francesa:

O fator A deve ser calculado pela expressão:

Em seguida, podemos calcular a parcela francesa:

Podemos calcular os juros incidentes na primeira parcela:

Portanto, a amortização na primeira parcela será:

Errado.

015. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) Se o saldo devedor após o pagamento de segunda


prestação for de R$ 25.030,00, então o saldo devedor após o pagamento da terceira prestação
será inferior a R$ 21.250,00.

O item é estranho, porque, com base no item anterior, poderíamos calcular o valor real do saldo
devedor após a segunda parcela. Porém, de qualquer maneira, podemos calcular os juros inci-
dentes nessa parcela com base no que foi fornecido pelo enunciado.

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Agora, a amortização:

Portanto, podemos calcular o saldo devedor:

Errado.

016. (FCC/ELETROBRAS-ELETROSUL/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS/2016) Considere


um empréstimo que deverá ser liquidado por meio de 5 prestações mensais, consecutivas e
iguais a R$ 8.610,00 cada uma, com a utilização do sistema francês de amortização (Tabela
Price). Observa-se pelo plano de pagamentos que a primeira prestação vence 1 mês após a
data da concessão do empréstimo e que os valores dos juros incluídos na primeira e segunda
prestações são iguais a R$ 1.000,00 e R$ 809,75, respectivamente. O valor do saldo devedor
imediatamente após o pagamento da segunda prestação é, em reais, igual a:
a) 24.589,75.
b) 24.780,00.
c) 25.589,25.
d) 26.525,00.
e) 23.980,25.

Essa é mais uma questão das boas sobre o sistema francês, muito parecida com a questão
anterior. Podemos calcular as amortizações:

Agora, considere C o capital inicial da dívida:

Os juros sobre a primeira parcela são calculados em relação ao saldo devedor no mês 0, que
corresponde ao capital inicial da dívida. Já os juros sobre a segunda parcela devem ser calcu-
lados em relação ao saldo devedor no mês 1:

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Fazendo a diferença entre os dois juros calculados:

O capital inicial da dívida pode ser calculado pelos juros da primeira parcela:

O enunciado pediu o saldo devedor após o pagamento das duas parcelas. Portanto, devemos
abater as duas amortizações pedidas:

Letra a.

4. Sistema de Amortização Constante


Esse é um dos favoritos das provas. Por ter expressões mais simples que o sistema fran-
cês, é relativamente mais fácil colocar questões que envolvam maior nível de raciocínio.
No sistema SAC, a amortização é constante em todas as parcelas. Dessa forma, se contra-
ímos uma dívida C a ser paga em N prestações, o valor da amortização será:

Além disso, podemos calcular a parcela completa como a soma dos juros mais a
amortização:

Os juros devem ser calculados em função do saldo devedor no período anterior.


É isso. Não há muita teoria sobre o sistema SAC. Porém, há questões e mais questões.

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4.1. Saldo Devedor


Um ponto importante que você deve observar nas questões anteriores é que, no sistema
SAC, o saldo devedor e as parcelas formam uma progressão aritmética decrescente.

Exemplo: considere uma dívida de R$ 1.000 a ser paga em 4 anos por meio de um sistema de
amortização constante com juros de 1% ao mês. Qual o comportamento do saldo devedor?

A amortização pode ser obtida como a razão entre o total da dívida e o número de parcelas:

Dessa forma, o saldo devedor diminui R$ 250 a cada pagamento anual, até zerar.

A fim de teorizar, podemos calcular as expressões para o saldo devedor após n pagamen-
tos e para qualquer parcela do sistema SAC. Porém, não é necessário memorizar essas expres-
sões. Basta você ter em mente o conceito tratado nesta seção.
O saldo devedor após n pagamentos é igual à dívida original C menos n amortizações:

Por outro lado, os juros na parcela n devem ser sempre calculados em relação ao saldo
devedor no mês anterior ao pagamento. Portanto:

Reforçamos que é absolutamente desnecessário decorar essas expressões. Elas podem


ser facilmente deduzidas caso você se lembre de que:

No sistema de amortização constante, o saldo devedor e as parcelas decrescem por meio de


uma progressão aritmética, portanto elas são linearmente decrescentes.

017. (CESPE/CAIXA/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) Um cliente contratou um financiamen-


to habitacional no valor de R$ 420.000,00, para ser amortizado de acordo com o sistema de
amortização constante, em 35 anos, à taxa nominal de juros compostos de 9% ao ano, com
capitalização mensal.
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Com base nessas informações, julgue os itens subsequentes, desconsiderando, entre outras,
despesas como seguros e taxas de administração.
O valor da amortização mensal é inferior a R$ 900,00.

Como o cliente pagará em 35, serão 35x12 = 420 parcelas mensais. No sistema SAC, a amor-
tização mensal é constante, portanto, pode ser calculada por:

Errado.

018. (FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR-FISCAL/ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS E CONTROLE IN-


TERNO/2019) Uma empresa obteve um empréstimo de R$ 1.000.000,00 para ser liquidado em
quatro parcelas anuais, sendo obrigatório o pagamento de juros e principal em cada parcela.
A taxa de juros compostos negociada foi 10% ao ano e foi adotado o sistema de amortização
constante (SAC). O saldo devedor remanescente do empréstimo no final do segundo ano, após
o pagamento da segunda parcela, era, em reais,
a) 685.000, 00
b) 800.000 00
c) 500.000 00.
d) 700.000 00.
e) 710.000,00.

No sistema SAC, o saldo devedor decresce por meio de uma progressão aritmética.
A amortização, para o sistema SAC, é encontrada por meio da expressão:

Desta expressão conhecemos os valores:

Substituindo-se em (I):

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Após o pagamento da primeira parcela, temos o seguinte saldo devedor:

Seguindo a mesma lógica, o saldo devedor após o pagamento da segunda parcela será de:

Há também uma forma mais direta de resolver o problema. Para isso, basta usar o fato de que,
a cada pagamento, o saldo devedor é reduzido em R$ 250.000. Como foram realizados dois
pagamentos, o saldo devedor será:

Letra c.

019. (ESAF/MF/CONTADOR/2013) Um empréstimo de R$ 80.000,00 será pago em 20 par-


celas mensais, sendo a primeira 30 dias após o empréstimo, com juros de 2% ao mês, pelo
Sistema de Amortização Constante (SAC). O valor da segunda parcela será:
a) R$ 5.520,00.
b) R$ 5.450,00
c) R$ 5.180,00.
d) R$ 5.230,00
e) R$ 5.360,00.

Note que não é raro que as questões que tratam de sistema de amortização constante (SAC)
cobrem simplesmente o cálculo de uma parcela específica sem nenhuma particularidade.
A amortização mensal é dada pela razão entre o empréstimo tomado e o número de parcelas
em que será quitado:

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Agora, podemos fazer o esquema:

Os juros da segunda parcela devem ser calculados em relação ao saldo devedor no mês ante-
rior (mês 1). Dessa forma, temos:

Assim, a segunda parcela é composta pelo cupom de juros calculado e pela amortização
constante.

Letra a.

020. (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/2017) Um banco empres-


tou a uma empresa R$ 100.000, entregues no ato, sem prazo de carência, para serem pagos
em quatro prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortização constante (SAC). A
taxa de juros compostos contratada para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira presta-
ção será paga um ano após a tomada do empréstimo.
Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será
a) superior a R$ 33.000.
b) inferior a R$ 30.000.
c) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000.
d) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000.
e) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000.

Como são quatro parcelas anuais, a amortização constante será:

Os juros que incidem sobre a segunda parcela devem ser calculados em relação ao saldo de-
vedor no mês 1. Esse saldo é calculado levando-se em conta que já houve uma amortização,
porque já foi paga uma parcela.

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Agora, podemos calcular os juros incidentes na segunda parcela:

Portanto, a segunda parcela é superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000.


Letra e.

021. (CESPE/TCE-PE/2017) Situação Hipotética: Um banco emprestou R$12.000 para Maria,


que deve fazer a amortização em doze parcelas mensais consecutivas pelo sistema de amor-
tização constante sem carência. A taxa de juros contratada para o empréstimo foi de 1% ao
mês, e a primeira parcela deverá ser paga um mês após a tomada do empréstimo.
Assertiva: O valor da quarta parcela a ser paga por Maria é de R$1.090.

Uma questão bem simples e muito útil para treinar o sistema SAC. Vamos esmiuçá-la a fim de
que você entenda o maior número de detalhes a respeito desse sistema.
No sistema SAC, a amortização é constante. Se temos um capital inicial de R$ 12.000 para ser
amortizado em 12 parcelas mensais, temos que a amortização mensal é:

Na primeira parcela, os juros são calculados em função do capital inicial da dívida – R$ 12.000.
Portanto, temos:

Assim, podemos calcular a primeira parcela e o saldo devedor após esse pagamento:

Poderíamos repetir o mesmo procedimento para encontrar todas as parcelas. Ou podemos


notar que, como queremos a quarta parcela, e a amortização mensal é constante, teremos a
seguinte situação, em que o saldo devedor decresce R$ 1.000 por mês:
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É importante deixar claro que os juros no mês 4 devem ser calculados em relação ao saldo
devedor no mês 3, tal qual é feito no sistema francês.
Dessa forma, os juros incidentes na quarta parcela podem ser calculados:

Já temos condições de marcar o gabarito. Porém, com o objetivo de aprender mais sobre o
sistema SAC, desenharemos o que acontece em todas as parcelas até chegar à quarta:

Certo.

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4.2. Exemplo de Sistema SAC


Tomaremos o mesmo exemplo da seção 3.3, em que é financiado um capital de R$ 25.000
em 24 meses a uma taxa de juros de 3% ao mês.
Nesse caso, a amortização mensal é calculada por:

Figura 9: Comportamento da Amortização e dos Juros no Sistema SAC

Observe que a amortização é constante a cada parcela. Porém, os juros decrescem e, por
consequência, o valor das parcelas também decresce.
Note que a primeira prestação foi de R$ 1.791,67 e a última de R$ 1.072,92 – o que repre-
senta uma grande redução no valor da parcela.
Um efeito importante que se deve falar a respeito do sistema de amortização constante
é visto em financiamentos de mais longo prazo. Tomemos, como exemplo, o financiamen-
to de R$ 150.000 em 10 anos a uma taxa de juros de 2% ao mês – um típico financiamento
imobiliário.
A amortização mensal será de R$ 1.250. Com o auxílio da planilha de Excel, calculamos
que a primeira parcela será de R$ 4.250. Já a última parcela será de R$ 1.275.

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Figura 10: Comportamento das Parcelas num Sistema SAC de 120 parcelas

Agora, imagine que seja você, recém-aprovado(a) no concurso público dos seus sonhos,
tomou esse financiamento para comprar o seu imóvel.
Logo quando você adquire o seu imóvel, ele se torna o que há de mais importante na sua vida.
Por isso, você está disposto(a) a pagar prestações altíssimas no início – nesse caso, R$ 4.250.
No entanto, depois de 5 anos, suas prioridades começam a mudar. Por exemplo, você co-
meça a pensar em ter filhos. É natural, portanto, que você queira pagar prestações menores. Por
isso, a 60ª prestação já caiu para R$ 2.775. Isso lhe dá uma folga interessante no orçamento.
Por isso, o sistema SAC é uma opção muito interessante em financiamentos de longo pra-
zo. Outro fato importante a se citar é que o SAC garante uma amortização mínima. Por isso, a
diferença em relação ao sistema francês é notável para financiamentos de longo prazo.
Caso a mesma dívida de R$ 150.000 fosse paga à mesma taxa de juros de 2% ao mês em
120 parcelas, a parcela francesa seria de R$ 3.307,21, o que daria um total a ser pago de R$
396.865,74. Já no sistema SAC, o total pago foi de R$331.500.
A despeito disso, é importante citar que os juros continuam corroendo uma boa parte das
primeiras parcelas. Por isso, financiamentos de longo prazo tendem a corroer boa parte do
seu capital.
Gostou dessa simulação? Eu estou disponibilizando a planilha que eu utilizei para fazê-la.
Dessa maneira, você poderá brincar em casa com o sistema de amortização francês. Isso vai
te ajudar bastante a entendê-lo. Utilize este link para baixar sua planilha de sistemas de amor-
tização: https://drive.google.com/file/d/1tjCKDuHcto9HEnVc0at_LwvjnVIJRAnB/view

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022. (ISS-RJ/AGENTE DE FAZENDA/2013) Em um financiamento pelo Sistema de Amortiza-


ções Constantes – SAC –, celebrado a uma taxa pré-fixada, a diferença entre duas prestações
consecutivas será:
a) variável
b) cada vez menor
c) cada vez maior
d) constante

Tenha em mente que as parcelas no sistema de amortização constante (SAC) formam uma pro-
gressão aritmética. Portanto, a diferença entre duas prestações consecutivas será constante.
Letra d.

023. (CESGRANRIO/PETROBRAS/PROFISSIONAL JÚNIOR/ADMINISTRAÇÃO/2015) As


empresas, ao captarem recursos financeiros de terceiros, obrigam-se a respeitar o sistema de
amortização financeiro contratado. Sob condições de prazo, taxa de juros e valor emprestado
iguais, os sistemas Francês, SAC, Misto e Americano apresentam uma característica comum.
Essa característica é a seguinte:
a) a amortização aumenta na mesma velocidade.
b) a primeira parcela contém o mesmo valor de juros.
c) as prestações são constantes.
d) as prestações são decrescentes.
e) o saldo devedor reduz na mesma velocidade.

Questão teórica bem interessante. Em todos os sistemas citados, os juros são sempre calcu-
lados em relação ao saldo devedor no mês anterior.
Dessa forma, os juros sobre a primeira parcela são calculados em relação ao total da dívida.
Portanto, serão iguais.
Vejamos um exemplo. Você tomou R$ 100.000 emprestados a uma taxa de juros de 1% ao mês
a serem pagos em 10 prestações. Nesse caso, o primeiro cupom de juros será:

Sendo assim, os juros incidentes na primeira parcela serão de R$ 1.000 independentemente do


sistema de amortização utilizado.
O que diferenciará os diferentes sistemas de amortização será justamente o valor da amorti-
zação a ser pago em cada parcela.

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No sistema americano, não haverá nenhuma amortização na primeira parcela, por isso, o pa-
gamento será de exatamente R$ 1.000.
No sistema constante, a amortização dependerá apenas da quantidade de prestações. Dessa
forma, a amortização a cada parcela será:

Sendo assim, no sistema constante (SAC), a primeira parcela será de R$ 11.000, sendo R$
10.000 de amortização e R$ 1.000 de juros pagos.
No sistema francês, também poderemos calcular a parcela pelo fator A de amortização. Po-
rém, o cupom de juros também será igual a R$ 1.000.
Sendo assim, em todos os sistemas citados, a primeira parcela conterá o mesmo valor de juros.
Letra b.

4.3. Valor Total Pago pela Dívida


Uma propriedade interessante das progressões aritméticas é que a soma dos termos equi-
distantes é sempre igual, como mostrado a seguir:

Figura 11: A média aritmética dos termos equidistantes dos extremos é sempre igual

Como, no sistema de amortização constante, os cupons de juros decrescem por uma pro-
gressão aritmética, podemos utilizar essa propriedade para facilitar a soma do total de juros.
Para isso, devemos notar que, se o sistema SAC tem n parcelas, é possível montar n/2
pares de termos equidistantes dos externos, cuja soma é sempre igual a (J1 + Jn). Assim, po-
demos utilizar a seguinte expressão para a soma de todos os cupons de juros:

Como vimos, os juros incidentes sobre a última parcela (Jn) incidem sobre o saldo devedor
após o pagamento da penúltima parcela (Dn–1). Uma observação interessante é que o saldo de-

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vedor Dn–1 deve ser necessariamente igual à cota de amortização, porque, após o pagamento
da última parcela, o saldo devedor deve ser nulo.
Vejamos um exemplo: considere uma dívida de R$ 1.000 que será paga em 4 parcelas anu-
ais por meio de um sistema de amortização constante com taxa de juros de 1% ao mês.
Para esse sistema, temos que a amortização é:

Observe que, imediatamente antes da última parcela, o saldo devedor é exatamente igual
à amortização de R$ 250. Assim, com o pagamento de mais uma amortização de R$ 250, a
dívida estará completamente quitada no ano 4.
Podemos, então, calcular os cupons de juros na primeira e na última parcela. Para isso,
basta multiplicar o saldo devedor imediatamente anterior ao pagamento da parcela pela
taxa de juros:

Para a soma dos cupons de juros, teríamos:

Podemos utilizar a mesma técnica para calcular a soma das parcelas:

Portanto, foi pago um total de R$ 1.025 durante o financiamento, sendo que R$ 25 corres-
ponde ao total de juros.

024. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) Um banco emprestou R$ 10.000,00 à taxa


de juros mensais de 1%, devendo ser pago pelo sistema de amortização constante (SAC), em
10 parcelas mensais e consecutivas, com a primeira prestação vencendo um mês após a to-
mada do empréstimo (sem carência). Nessa situação, julgue os seguintes itens.
O valor da primeira prestação será superior a R$ 1.150,00.

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Devemos sempre começar as questões de sistema SAC calculando a amortização a


cada período:

Podemos calcular os juros sobre a primeira e a quinta parcelas:

A primeira parcela é bem simples de calcular:

Errado.

025. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) O total dos juros pagos até a quinta presta-
ção inclusive será igual a R$ 400,00.

O juro sobre a quinta parcela deve ser calculado em função do saldo devedor no mês 4. Nesse
mês, já foram feitos quatro pagamentos, portanto quatro amortizações de R$ 1.000 – totali-
zando R$ 4.000, restando o saldo devedor de R$ 6.000:

Agora, podemos extrair a soma dos juros, lembrando-nos de que a soma dos termos de uma
PA é dada por:

Certo.

026. (CESPE/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2015) Recentemente, a empresa


Fast Brick Robotics mostrou ao mundo um robô, conhecido como Hadrian 105, capaz de construir

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casas em tempo recorde. Ele consegue trabalhar algo em torno de 20 vezes mais rápido que
um ser humano, sendo capaz de construir até 150 casas por ano, segundo informações da
empresa que o fabrica.
Situação hipotética: Para adquirir uma casa feita pelo robô, um cliente contratou em um banco
um financiamento no valor de R$ 50.000,00, com capitalização mensal a regime de juros com-
postos com taxa de juros de 0,5% ao mês, que deverá ser pago integralmente somente ao final
do prazo do financiamento, que é de 20 anos.
Assertiva: Nessa situação, assumindo-se 3,31 como valor aproximado de (1,005)240, ao final
dos 20 anos, o comprador pagará mais de R$ 170.000,00 reais ao banco.

Nesse caso, a dívida está sendo atualizada por juros compostos.

Errado.

027. (CESPE/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2015) Situação hipotética: Para


comprar uma casa construída pelo robô, uma pessoa contraiu um empréstimo de R$ 120.000,00,
a ser pago pelo sistema de amortização constante (SAC) em 6 anos, em 12 prestações semes-
trais, com taxa de juros semestral de 8%.
Assertiva: Nesse caso, desconsiderando-se a existência de eventual prazo de carência, o valor
da prestação a ser paga ao final do quarto semestre será superior a R$ 16.000,00.

Em primeiro lugar, calcularemos a amortização a cada prestação:

Observe que a primeira prestação é paga ao final do semestre 0, que é o semestre em que foi
contraída a dívida. Ao final do primeiro semestre, é paga a segunda prestação.
Portanto, a prestação a ser paga ao final do quarto semestre é, na verdade, a quinta prestação.

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Dessa maneira, a quinta prestação será:

Certo.

Uma observação que eu gostaria de fazer é que, muitas vezes, os bancos e as financeiras
iludem seus tomadores no caso de empréstimos.
Na grande maioria das questões que aqui mostramos, consideramos a taxa de juros como
o único custo em um empréstimo. Porém, é muito comum instituições financeiras embutirem
outros custos, como taxas de abertura de crédito e taxas de administração.
Por isso, as taxas de juros efetivas de empréstimos costumam ser bastante superiores às
que são rotineiramente publicadas por essas instituições. É preciso ficar de olho.
Caso esteja previsto no seu edital, teremos uma aula sobre custo efetivo total em que você
entenderá melhor o efeito de custos adicionais embutidos em empréstimos.
De qualquer forma, eu gostaria de dar uma dica muito útil para você, caso você tome algum
tipo de empréstimo ou financiamento. Em vez de perguntar a taxa de juros, pergunte o CET ou
o custo efetivo total da operação. Por lei, os bancos são obrigados a lhe informar.

5. Sistema de Amortização Misto


O sistema de amortização misto é muito simples de calcular. Suas parcelas são a média
aritmética entre o sistema francês e o sistema SAC correspondentes.

Esse sistema de amortização foi criado aqui no Brasil. Tem por objetivo ser um intermediá-
rio entre o sistema francês, em que as prestações ficam constantes, e o sistema SAC, em que
as parcelas caem muito rapidamente.
A título de exemplificação, mostraremos a simulação do mesmo empréstimo que já foi
tratado nas seções sobre os outros dois sistemas de amortização. Para relembrar, o capital
financiado foi de R$ 25.000 a ser pago em 24 meses a uma taxa de juros de 3% ao mês.
As parcelas do sistema misto se comportam como mostrado na Figura 12.

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Figura 12: Comportamento das Taxas de Juros no Sistema Misto

A Figura 12 mostra que as parcelas realmente decrescem linearmente, porém não tão rapi-
damente quanto no sistema SAC. A título de comparação:

Parcela Francês SAC SAM


Primeira R$ 1.476,19 R$ 1.791,67 R$ 1.633,93
Última R$ 1.476,19 R$ 1.072,92 R$ 1.274,55
Tabela 2: Comparação entre as Parcelas do Sistema SAC e do Sistema Misto

De qualquer forma, é possível dizer que as parcelas do sistema misto também seguem
uma progressão aritmética. Porém, essa progressão é mais suave do que a correspondente ao
sistema SAC.
Gostou dessa simulação? Eu estou disponibilizando a planilha que eu utilizei para fazê-la.
Dessa maneira, você poderá brincar em casa com o sistema de amortização francês. Isso vai
te ajudar bastante a entendê-lo.
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028. (FUNCAB/CODATA/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO/2013) O valor da prestação do


mês 05 de um financiamento pelo sistema de amortização Francês (PRICE) é R$ 277,40. O va-
lor da prestação do mês 05, do mesmo financiamento, pelo sistema de amortização constante

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(SAC) é R$ 224,00. Determine o valor da prestação do mês 05, desse mesmo financiamento,
pelo sistema de amortização mista (SAM).
a) R$ 501,40
b) R$ 250,70
c) R$ 330,80
d) R$ 277,40
e) R$ 224,00

A parcela no sistema misto é igual à média aritmética entre as prestações do sistema francês
e do sistema SAC.

Letra b.

029. (CESPE/TCE-PR/2016) Um empréstimo de R$ 240.000 deverá ser quitado, no sistema


Price, em 12 parcelas mensais iguais, com a primeira parcela programada para vencer um mês
após a contratação do empréstimo. A taxa de juros nominal contratada foi de 12% ao ano e,
com isso, cada prestação ficou em R$ 21.324. Nessa situação, se a pessoa que contratou o
empréstimo tivesse optado pelo sistema de amortização misto, com a mesma taxa de juros, a
terceira prestação seria igual a:
a) R$ 21.133.
b) R$ 22.000.
c) R$ 21.815.
d) R$ 21.662.
e) R$ 21.420.

O primeiro cuidado a se ter nessa questão é converter a taxa de juros anual em mensal, pois
o tempo foi dado em meses. Como o desconto é simples, utilizaremos o conceito de taxa pro-
porcional. Basta apenas dividir por 12, já que 1 ano é igual a 12 meses.

Agora, precisamos calcular as parcelas no correspondente sistema SAC, pois as parcelas no


sistema francês já foram fornecidas.
A amortização a ser paga em cada período é calculada por:

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Os juros que incidem sobre a terceira prestação devem ser calculados sobre o saldo devedor
no mês anterior (mês 2). Nesse mês, já ocorreram duas amortizações:

Agora, calculemos os juros incidentes sobre a terceira prestação:

Portanto, podemos calcular a terceira prestação somando os juros com a amortização:

Em seguida, podemos calcular a parcela correspondente do sistema misto pela média


aritmética:

Letra d.

030. (CESPE/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Uma empresa, com o ob-


jetivo de captar recursos financeiros para ampliação de seu mercado de atuação, apresentou
projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou R$ 1.000.000,00 de empréstimo, que deverá ser
quitado em 12 parcelas mensais, a juros nominais de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.
Se a quitação do empréstimo seguisse o sistema misto de amortização, em que os juros
são calculados sobre o saldo devedor remanescente, os valores das prestações seriam de-
crescentes.

No sistema misto, realmente, as prestações são decrescentes. Não decrescem tão rapidamen-
te quanto no sistema de amortização constante, mas decrescem. Portanto, o item está certo.
Certo.

031. (CESPE/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Considere que, pelo siste-


ma de amortização constante, a primeira parcela de quitação do empréstimo seja superior a
R$ 90.000,00 e, pelo sistema Price, igual a R$ 83.000,00. Então, pelo sistema misto, a primeira
parcela de quitação do empréstimo será inferior a R$ 82.000,00.

Agora, vamos converter a taxa nominal em efetiva:

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Para saber a parcela correspondente ao sistema misto, devemos fazer a média entre a parcela
obtida pelo sistema SAC e o sistema francês:

Errado.

Chegamos ao final de mais uma aula. Agora, me siga no Instagram, que é onde posto várias
dicas sobre concursos públicos.
Instagram: @math.gran

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RESUMO
Sistema de Amortização Francês

As parcelas são constantes.


O saldo devedor e os juros incidentes nas parcelas são decrescentes.
A amortização é sempre crescente.
O fator de amortização é utilizado para o cálculo das parcelas. Para saber a expressão que
você vai utilizar, verifique se a questão fornece a aproximação (1+i)n ou (1+i)–n:

A parcela pode ser obtida como a razão entre o saldo inicial da dívida e o fator de amortização:

Passo a passo para o Saldo Devedor no Sistema Francês:


• obtenha a parcela calculando o fator de amortização;
• obtenha o saldo devedor como o produto do saldo devedor do período anterior pela taxa
de juros. Lembre-se de que o sistema francês é postecipado;

• obtenha o fator de amortização como a diferença entre a parcela e o cupom de juros;

• obtenha o saldo devedor do mês seguinte descontando a amortização do saldo devedor


do mês anterior:

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Exemplo: uma dívida de R$ 30.000 vai ser paga no sistema francês com taxa de juros de 1%
ao mês. Sabe-se que a parcela a ser paga é de R$ 1.200. Qual o saldo devedor após o primeiro
pagamento?

Sistema de Amortização Constante

• A amortização é constante e pode ser obtida pela relação:

• O saldo devedor decresce por meio de uma progressão aritmética:

Exemplo: considere uma dívida de R$ 1.000 a ser paga em 4 anos por meio de um sistema de
amortização constante com juros de 1% ao mês. Qual o comportamento do saldo devedor?

Dessa forma, o saldo devedor diminui R$ 250 a cada pagamento anual até zerar.

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• Para obter o saldo devedor antes do pagamento da nª parcela, devemos nos lembrar que
já foram feitos (n – 1) pagamentos, portanto, o saldo devedor já sofreu (n – 1) amorti-
zações:

• O cupom de juros deve ser calculado sempre em relação ao saldo devedor no mês ante-
rior à parcela, porque o sistema SAC é postecipado:

• O cupom de juros e o total das parcelas também decrescem por uma progressão arit-
mética.

Cálculo da Soma dos Juros

• Utilize a fórmula da soma de uma progressão aritmética:

• O saldo devedor imediatamente antes da última parcela é sempre igual à cota de amor-
tização.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (ESAF/ISS-RN/2008) Uma pessoa faz a aquisição de um imóvel ao valor global de R$
200.000,00 e pagará esta dívida com uma taxa de juros de 10% a.a., num prazo determinado.
A parcela mensal prevista é de R$ 1.500,00. Caso haja saldo residual, efetuará o devido paga-
mento ao final deste período. Desprezando a figura da correção monetária, podemos afirmar
que neste caso:
a) se o prazo de pagamento for superior a 100 (cem) meses, não haverá saldo devedor.
b) independente do prazo, sempre haverá saldo devedor e este é crescente.
c) ao final de 100 (cem) meses, o saldo devedor é de R$ 50.000,00 (valor arredondado na uni-
dade de milhar - critério de arredondamento universal).
d) se a capitalização dos juros for mensal, o saldo devedor ficará zerado após 240 meses de
pagamento.
e) se a capitalização dos juros for anual, o saldo devedor ficará zerado após 240 meses de
pagamento.

002. (CESPE/TCE-PE/2017) Situação Hipotética: Uma instituição financeira emprestou a


uma empresa R$ 100.000, quantia entregue no ato, sem prazo de carência, a ser paga em cinco
prestações anuais iguais, consecutivas, pelo sistema francês de amortização. A taxa de juros
contratada para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira prestação deverá ser paga um
ano após a tomada do empréstimo.
Assertiva: Se o valor das prestações for de R$ 26.380, a soma total dos juros que deverão ser
pagos pela empresa, incluídos nas cinco parcelas do financiamento, é inferior a R$ 31.500.

003. (CESPE/TCE-SC/2016) Um banco emprestou R$ 30.000 entregues no ato, sem prazo de


carência, para serem pagos pelo sistema de amortização francês, em prestações de R$ 800.
A primeira prestação foi paga um mês após a tomada do empréstimo, e o saldo devedor após
esse pagamento era de R$ 29.650. Nessa situação, a taxa de juros desse empréstimo foi infe-
rior a 1,8%.

004. (QUESTÃO INÉDITA) Uma empresa recorreu ao mercado de títulos para conseguir
um financiamento de R$500.000,00. Foi acordado que ela pagaria 12 cupons semestrais de
R$50.000,00 e, junto com o último pagamento, ela restituiria o valor de R$500.000,00. Sendo
assim, a taxa de juros nominal paga pela empresa no financiamento foi de 20% ao ano.

005. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/CALCULIS-


TA/2019) Com relação a sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos, julgue
o item a seguir.

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Situação hipotética: Marcelo contratou empréstimo de R$ 380.000 em uma instituição finan-


ceira que adota o sistema de amortização francês. O valor foi entregue no ato, não foi conce-
dido prazo de carência para o pagamento, a ser feito em 5 prestações anuais, consecutivas e
iguais. A primeira prestação vencerá um ano após a tomada do empréstimo, sendo a taxa de
juros de 10% ao ano. Assertiva: Nessa situação, considerando-se 0,62 como valor aproximado
para 1,1–5, é correto afirmar que Marcelo pagará menos de R$ 95.000 de prestação.

006. (CESPE/TCE-AC/2009) Uma pessoa comprou um veículo pagando uma entrada, no ato
da compra, de R$ 3.500,00, e mais 24 prestações mensais, consecutivas e iguais a R$ 750,00.
A primeira prestação foi paga um mês após a compra e o vendedor cobrou 2,5% de juros com-
postos ao mês. Considerando 0,55 como valor aproximado para 1,025-24, é correto afirmar que
o preço à vista, em reais, do veículo foi:
a) Inferior a 16.800.
b) Superior a 16.800 e inferior a 17.300.
c) Superior a 17.300 e inferior a 17.800.
d) Superior a 17.800 e inferior a 18.300.
e) Superior a 18.300.

007. (IADES/FUNDAÇÃO HOMOCENTRO DE BRASÍLIA-DF/CONTABILIDADE/2017) Deno-


minam-se sistemas de amortização as diferentes formas de devolução de um empréstimo.
Acerca da tabela Price (ou Sistema Francês de Amortização), é correto afirmar que
a) as prestações, em geral, são decrescentes, uma vez que a amortização é fixa e os juros,
decrescentes.
b) os juros são crescentes nas prestações.
c) a amortização é crescente, os juros são decrescentes e as parcelas são fixas.
d) a amortização é decrescente e os juros são crescentes, uma vez que as parcelas são fixas.
e) a tabela Price é utilizada exclusivamente para financiamento de veículos.

008. (CESPE/FUNPRESP-EXE/ESPECIALISTA EM INVESTIMENTO/2016) De acordo com a


tabela em apreço (Tabela Price), as quantias amortizadas crescem a cada parcela.

009. (CESPE/FUNPRESP-EXE/ESPECIALISTA EM INVESTIMENTO/2016) Nesse sistema,


os valores das parcelas a serem pagas são decrescentes.

010. (CESPE/BB/ESCRITURÁRIO/2008) Julgue os itens a seguir, relacionados a empréstimos


e financiamentos, considerando, em todas as situações apresentadas, que o regime de juros
praticado é o de juros compostos, à taxa mensal de 2%, e tomando 1,3 como valor aproximado
para 1,0212.

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Caso um imóvel no valor de R$ 120.000,00 seja financiado em 12 prestações mensais e conse-


cutivas, tendo como base o Sistema Francês de Amortização, nesse caso, para a composição
da primeira prestação, o valor de amortização será superior a R$ 7.800,00.

011. (CESPE/TCE-RN/INSPETOR/ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE, DIREITO OU ECO-


NOMIA/2015) Situação hipotética: Um empréstimo de R$ 18.000 foi quitado, com base no
sistema de amortização francês — tabela Price —, em 10 prestações mensais, consecutivas
e iguais, à taxa de juros de 24% ao ano, tendo a primeira prestação sido paga 1 mês após a
contratação do empréstimo.
Assertiva: Nessa situação, se 0,82 tiver sido considerado o valor aproximado de 1,02-10, então
o valor da prestação foi superior a R$ 1.950.

012. (CESPE/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Uma empresa, com o ob-


jetivo de captar recursos financeiros para ampliação de seu mercado de atuação, apresentou
projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou R$ 1.000.000,00 de empréstimo, que deverá ser
quitado em 12 parcelas mensais, a juros nominais de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.
Considerando-se a quitação do empréstimo pelo sistema Price e que 10,90 seja valor apro-
ximado para , é correto afirmar que o valor de cada parcela será superior a R$
90.000,00.

013. (CESPE/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2009) Uma dívida foi paga em 10


prestações mensais consecutivas, tendo a primeira prestação sido paga um mês após a con-
tratação da dívida. O credor cobrou uma taxa de juros compostos mensais de 7% e a prestação
paga mensalmente foi de R$ 1.000,00. Nessa situação, tomando 0,51 como valor aproximado
de 1,07-10, julgue o item abaixo.
A dívida em questão era superior a R$ 6.800,00.

014. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) Tendo em vista que um empréstimo no valor de R$


32.000,00, que foi entregue no ato, sem prazo de carência, será amortizado pelo sistema Price,
à taxa de juros de 60% ao ano, em 8 prestações mensais e consecutivas, e considerando 0,68 e
1,80 valores aproximados para 1,05-8 e 1,0512, respectivamente, julgue os itens subsequentes.
A amortização correspondente à primeira prestação será superior a R$ 3.500,00.

015. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) Se o saldo devedor após o pagamento de segunda


prestação for de R$ 25.030,00, então o saldo devedor após o pagamento da terceira prestação
será inferior a R$ 21.250,00.

016. (FCC/ELETROBRAS-ELETROSUL/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS/2016) Considere


um empréstimo que deverá ser liquidado por meio de 5 prestações mensais, consecutivas e
iguais a R$ 8.610,00 cada uma, com a utilização do sistema francês de amortização (Tabela

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Price). Observa-se pelo plano de pagamentos que a primeira prestação vence 1 mês após a
data da concessão do empréstimo e que os valores dos juros incluídos na primeira e segunda
prestações são iguais a R$ 1.000,00 e R$ 809,75, respectivamente. O valor do saldo devedor
imediatamente após o pagamento da segunda prestação é, em reais, igual a:
a) 24.589,75.
b) 24.780,00.
c) 25.589,25.
d) 26.525,00.
e) 23.980,25.

017. (CESPE/CAIXA/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) Um cliente contratou um financiamen-


to habitacional no valor de R$ 420.000,00, para ser amortizado de acordo com o sistema de
amortização constante, em 35 anos, à taxa nominal de juros compostos de 9% ao ano, com
capitalização mensal.
Com base nessas informações, julgue os itens subsequentes, desconsiderando, entre outras,
despesas como seguros e taxas de administração.
O valor da amortização mensal é inferior a R$ 900,00.

018. (FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR-FISCAL/ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS E CONTROLE IN-


TERNO/2019) Uma empresa obteve um empréstimo de R$ 1.000.000,00 para ser liquidado em
quatro parcelas anuais, sendo obrigatório o pagamento de juros e principal em cada parcela.
A taxa de juros compostos negociada foi 10% ao ano e foi adotado o sistema de amortização
constante (SAC). O saldo devedor remanescente do empréstimo no final do segundo ano, após
o pagamento da segunda parcela, era, em reais,
a) 685.000, 00
b) 800.000 00
c) 500.000 00.
d) 700.000 00.
e) 710.000,00.

019. (ESAF/MF/CONTADOR/2013) Um empréstimo de R$ 80.000,00 será pago em 20 par-


celas mensais, sendo a primeira 30 dias após o empréstimo, com juros de 2% ao mês, pelo
Sistema de Amortização Constante (SAC). O valor da segunda parcela será:
a) R$ 5.520,00.
b) R$ 5.450,00
c) R$ 5.180,00.
d) R$ 5.230,00
e) R$ 5.360,00.

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020. (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2017) Um banco emprestou


a uma empresa R$ 100.000, entregues no ato, sem prazo de carência, para serem pagos em
quatro prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortização constante (SAC). A taxa
de juros compostos contratada para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira prestação
será paga um ano após a tomada do empréstimo.
Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será
a) superior a R$ 33.000.
b) inferior a R$ 30.000.
c) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000.
d) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000.
e) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000.

021. (CESPE/TCE-PE/2017) Situação Hipotética: Um banco emprestou R$12.000 para Maria,


que deve fazer a amortização em doze parcelas mensais consecutivas pelo sistema de amor-
tização constante sem carência. A taxa de juros contratada para o empréstimo foi de 1% ao
mês, e a primeira parcela deverá ser paga um mês após a tomada do empréstimo.
Assertiva: O valor da quarta parcela a ser paga por Maria é de R$1.090.

022. (ISS-RJ/AGENTE DE FAZENDA/2013) Em um financiamento pelo Sistema de Amortiza-


ções Constantes – SAC –, celebrado a uma taxa pré-fixada, a diferença entre duas prestações
consecutivas será:
a) variável
b) cada vez menor
c) cada vez maior
d) constante

023. (CESGRANRIO/PETROBRAS/PROFISSIONAL JÚNIOR/ADMINISTRAÇÃO/2015) As


empresas, ao captarem recursos financeiros de terceiros, obrigam-se a respeitar o sistema de
amortização financeiro contratado. Sob condições de prazo, taxa de juros e valor emprestado
iguais, os sistemas Francês, SAC, Misto e Americano apresentam uma característica comum.
Essa característica é a seguinte:
a) a amortização aumenta na mesma velocidade.
b) a primeira parcela contém o mesmo valor de juros.
c) as prestações são constantes.
d) as prestações são decrescentes.
e) o saldo devedor reduz na mesma velocidade.

024. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) Um banco emprestou R$ 10.000,00 à taxa


de juros mensais de 1%, devendo ser pago pelo sistema de amortização constante (SAC), em

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10 parcelas mensais e consecutivas, com a primeira prestação vencendo um mês após a to-
mada do empréstimo (sem carência). Nessa situação, julgue os seguintes itens.
O valor da primeira prestação será superior a R$ 1.150,00.

025. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) O total dos juros pagos até a quinta presta-
ção inclusive será igual a R$ 400,00.

026. (CESPE/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2015) Recentemente, a empresa


Fast Brick Robotics mostrou ao mundo um robô, conhecido como Hadrian 105, capaz de cons-
truir casas em tempo recorde. Ele consegue trabalhar algo em torno de 20 vezes mais rápido
que um ser humano, sendo capaz de construir até 150 casas por ano, segundo informações da
empresa que o fabrica.
Situação hipotética: Para adquirir uma casa feita pelo robô, um cliente contratou em um banco
um financiamento no valor de R$ 50.000,00, com capitalização mensal a regime de juros com-
postos com taxa de juros de 0,5% ao mês, que deverá ser pago integralmente somente ao final
do prazo do financiamento, que é de 20 anos.
Assertiva: Nessa situação, assumindo-se 3,31 como valor aproximado de (1,005)240, ao final
dos 20 anos, o comprador pagará mais de R$ 170.000,00 reais ao banco.

027. (CESPE/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2015) Situação hipotética: Para


comprar uma casa construída pelo robô, uma pessoa contraiu um empréstimo de R$ 120.000,00,
a ser pago pelo sistema de amortização constante (SAC) em 6 anos, em 12 prestações semes-
trais, com taxa de juros semestral de 8%.
Assertiva: Nesse caso, desconsiderando-se a existência de eventual prazo de carência, o valor
da prestação a ser paga ao final do quarto semestre será superior a R$ 16.000,00.

028. (FUNCAB/CODATA/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO/2013) O valor da prestação do


mês 05 de um financiamento pelo sistema de amortização Francês (PRICE) é R$ 277,40. O va-
lor da prestação do mês 05, do mesmo financiamento, pelo sistema de amortização constante
(SAC) é R$ 224,00. Determine o valor da prestação do mês 05, desse mesmo financiamento,
pelo sistema de amortização mista (SAM).
a) R$ 501,40
b) R$ 250,70
c) R$ 330,80
d) R$ 277,40
e) R$ 224,00

029. (CESPE/TCE-PR/2016) Um empréstimo de R$ 240.000 deverá ser quitado, no sistema


Price, em 12 parcelas mensais iguais, com a primeira parcela programada para vencer um mês

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após a contratação do empréstimo. A taxa de juros nominal contratada foi de 12% ao ano e,
com isso, cada prestação ficou em R$ 21.324. Nessa situação, se a pessoa que contratou o
empréstimo tivesse optado pelo sistema de amortização misto, com a mesma taxa de juros, a
terceira prestação seria igual a:
a) R$ 21.133.
b) R$ 22.000.
c) R$ 21.815.
d) R$ 21.662.
e) R$ 21.420.

030. (CESPE/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Uma empresa, com o ob-


jetivo de captar recursos financeiros para ampliação de seu mercado de atuação, apresentou
projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou R$ 1.000.000,00 de empréstimo, que deverá ser
quitado em 12 parcelas mensais, a juros nominais de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.
Se a quitação do empréstimo seguisse o sistema misto de amortização, em que os juros
são calculados sobre o saldo devedor remanescente, os valores das prestações seriam de-
crescentes.

031. (CESPE/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Considere que, pelo siste-


ma de amortização constante, a primeira parcela de quitação do empréstimo seja superior a
R$ 90.000,00 e, pelo sistema Price, igual a R$ 83.000,00. Então, pelo sistema misto, a primeira
parcela de quitação do empréstimo será inferior a R$ 82.000,00.

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QUESTÕES DE CONCURSO
032. (FGV/AL-RO/ANALISTA LEGISLATIVO/MATEMÁTICO/2018) João pediu um financia-
mento no valor de R$ 60.000,00, a ser pago em 30 parcelas pelo Sistema de Amortização Cons-
tante (SAC), com taxa de juros de 2% ao mês, no sistema de juros compostos.
O valor da 3ª parcela a ser paga é
a) R$ 2.120,00.
b) R$ 2.840,00.
c) R$ 3.120,00.
d) R$ 3.200,00.
e) R$ 3.460,00.

O fluxo de caixa para o exercício é dado por:

Pelo sistema SAC, temos que a amortização vale:

Os parâmetros conhecidos são:

Substituindo em (I), temos:

Para o pagamento da terceira parcela, existem juros que dependem do saldo devedor desse
período. O saldo devedor é dado subtraindo 2 amortizações (de dois meses anteriores) do
valor do capital inicial, isto é:

Os juros incidem sobre o valor acima e são dados por:

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Onde a taxa é:

Substituindo valores em (II), temos:

Por fim, a terceira parcela é a soma entre os juros e a amortização constante, isto é:

Letra c.

033. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/2018) Um banco emprestou R$


200.000, entregues no ato, sem prazo de carência. O empréstimo foi quitado pelo sistema de
amortização constante (SAC) em 20 prestações semestrais consecutivas.
Nessa situação, se a taxa de juros do empréstimo foi de 1,5% ao semestre, então o valor da
quinta prestação, em reais, foi de:
a) 12.400.
b) 13.000.
c) 10.000.
d) 11.650.
e) 12.250.

Como o pagamento será feito em 20 prestações semestrais, a cada semestre, será amortizada
uma fração do capital tomado emprestado inicialmente dado por:

A amortização semestral de R$ 10.000 significa que o saldo devedor se reduzirá nesse valor a
cada semestre.
No semestre 0, quando a dívida é iniciada, o saldo devedor será de R$ 200.000. No semestre
seguinte (1), o tomador amortizará R$ 10.000, portanto o saldo devedor passará a R$ 190.000.
Dessa forma, podemos representar graficamente da seguinte forma:

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Perceba que a primeira parcela é paga após o semestre 0, a segunda parcela é paga após o
semestre 1. Portanto, a quinta parcela será paga após o semestre 4.
No sistema SAC, os juros incidem sobre o saldo devedor no semestre anterior, como represen-
tado na figura.
Dessa forma, os juros que incidem na quinta parcela devem ser calculados pelo saldo devedor
no semestre anterior (semestre 4). Assim, temos:

Agora, podemos calcular a quinta parcela como a soma dos juros com a amortização:

Letra a.

034. (FEPESE/VISAN-SC/ADMINISTRADOR/2018) Assinale a alternativa que identifica cor-


retamente o sistema de amortização no qual o valor das prestações é uniforme durante todo
o prazo de amortização, assim como os juros são decrescentes e a amortização, crescente ao
longo do tempo.
a) Sistema de pagamento único
b) Sistema de amortização francês
c) Sistema de amortização americano
d) Sistema de amortização constante
e) Sistema de amortização alemão

Da teoria, sabe-se que o sistema cujas parcelas permanecem constantes é o sistema francês
(ou Price). O sistema americano possui juros constantes e o sistema de amortização constan-
te, como o próprio nome já diz, possui amortizações iguais durante todo o processo.
Letra b.

035. (CESPE/FUB/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2018) Uma das características do siste-


ma de amortização constante (SAC) é que as prestações a serem pagas pelo tomador do
empréstimo são todas iguais.

O sistema SAC possui apenas AMORTIZAÇÃO constante. Suas parcelas variam, pois os juros
são calculados em cima do valor residual da dívida. Conforme ela se amortiza, se torna menor,
e os juros, por consequência, diminuem. As parcelas variam porque os juros variam. O sistema
que possui parcela constante é o Price (francês).
Errado.

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036. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/2019) Com rela-


ção a sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos, julgue o item a seguir.
Comparando-se os sistemas de amortização constante, o de amortização francês e o de amor-
tização misto, para um mesmo valor de empréstimo com prazo de operação e taxa de juros
idênticos, o sistema de amortização misto sempre terá prestações superiores às de amortiza-
ção constante.

De maneira geral, sobre o sistema SAC: as primeiras parcelas são maiores que aquelas referen-
tes à tabela Price e se tornam menores, de maneira linear, a cada unidade de tempo, enquanto
as parcelas do segundo são constantes.
Com a informação acima, temos as seguintes opções de ocorrências comparando cada um
dos três métodos:
• Para os primeiros valores de N, PSAC’s são maiores que as outras duas parcelas (misto e
Price). As do sistema misto possuem valores maiores que PPrice, mas menores que PSAC,
pois são calculadas com a média entre estas.

• Analisando os gráficos lineares contínuos, há um momento intermediário em que as três


parcelas possuem o mesmo valor.

• Após o instante mencionado acima, PPRICE se torna superior às demais, e PSAC inferior às
outras duas. Ocorre uma inversão.

As explicações acima estão representadas pelo gráfico a seguir:

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Analisando cada uma das três ocorrências, vê-se que PMISTO é superior a PSAC apenas na tercei-
ra e última etapa (possibilidade).
PMISTO nem sempre é maior que PSAC.
Errado.

037. (FGV/AL-RO/CONSULTOR LEGISLATIVO/ASSESSORAMENTO EM ORÇAMEN-


TOS/2018) Um empréstimo habitacional no valor de R$ 60.000,00 será contratado para ser
quitado em 50 prestações mensais e consecutivas, vencendo a primeira delas um mês após
a data da contratação do empréstimo. O sistema utilizado para a quitação desse empréstimo
será o de amortizações constantes à taxa de juros efetiva de 2,5% ao mês.
O valor da 20ª prestação será de
a) R$ 2.100,00.
b) R$ 2.130,00.
c) R$ 2.150,00.
d) R$ 2.160,00.
e) R$ 2.200,00.

O fluxo de caixa para o exercício é dado por:

No sistema de amortização constante, a amortização em cada parcela é dada por:

Para essa expressão, temos os seguintes parâmetros:

Substituindo-os em (I):

Podemos utilizar a ideia de que o saldo devedor em uma amortização pelo sistema SAC de-
cresce na forma de uma progressão aritmética. Antes da 20ª parcela, já foram feitas 19 amor-
tizações, cada uma abatendo R$ 1.200.
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Substituindo C e A, já mencionados anteriormente, em (II):

O cupom de juros que incide sobre a 20ª parcela deve ser obtido a partir do saldo devedor ime-
diatamente antes do seu pagamento.

A parcela pode ser obtida como a soma do cupom de juros com a amortização.

Letra b.

038. (FGV/BANESTES/ASSISTENTE SECURITÁRIO/2018) Para adquirir um carro, Gabriel


financiou o valor de R$ 36.000,00 a ser quitado em 120 prestações mensais e consecuti-
vas. A primeira prestação, no valor de R$ 1.308,00, venceu um mês após a contratação do
financiamento.
Se o sistema adotado foi o de Amortizações Constantes (SAC), a taxa de juros mensal efetiva
aplicada a essa transação é:
a) 3,0%;
b) 2,8%;
c) 2,7%;
d) 2,5%;
e) 2,4%.

O fluxo de caixa para o exercício é dado por:

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Primeiro, devemos encontrar o valor da amortização, neste caso, constante (SAC), dado por:

Em que:

Substituindo os valores acima em (I):

O enunciado nos informa, ainda, o valor da primeira parcela:

Essa parcela é composta por um cupom de juros mais a amortização. Como já sabemos a
amortização envolvida na parcela, podemos calcular o cupom de juros:

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No sistema SAC, os juros são obtidos sempre em relação ao saldo devedor no período anterior.

Letra b.

039. (FGV/BANESTES/TÉCNICO BANCÁRIO/2018) Um financiamento no valor de R$


8.000,00 foi contratado e deverá ser quitado em 5 prestações mensais e consecutivas, ven-
cendo a primeira delas um mês após a data da contratação do financiamento. Foi adotado o
Sistema de Amortizações Constantes (SAC) a uma taxa de juros efetiva de 4,5% ao mês.
O valor da 2ª prestação será:
a) R$ 1.960,00;
b) R$ 1.888,00;
c) R$ 1.816,00;
d) R$ 1.744,00;
e) R$ 1.672,00.

O fluxo de caixa para o financiamento é dado por:

Para o sistema SAC, sabemos que a amortização é dada por:

Os parâmetros conhecidos são:

Substituindo-os em (I):

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Os juros da segunda parcela são calculados em cima do saldo devedor imediatamente antes
do seu pagamento. Esse saldo é dado por:

Além disso, nossa taxa é:

Portanto, J2 é:

Por fim, para encontrar a segunda parcela, temos:

Letra b.

040. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) Um financiamento


de R$ 10.000 foi feito pelo sistema de amortização constante (SAC) em 5 meses consecutivos
e com 2 meses de carência. A operação foi contratada à taxa de juros de 8% ao mês. Nessa
situação, o valor da segunda prestação após o início da amortização era inferior a R$ 2.500.

Precisamos entender que, durante o período de carência, os juros continuam se acumulando


normalmente pela dinâmica de juros compostos.
Sendo assim, findo o prazo de dois meses de carência, a dívida terá se elevado.

Agora, podemos calcular a amortização a cada prestação:

Para calcularmos a segunda prestação, devemos ter em mente que os juros devem ser calcu-
lados em relação ao saldo devedor do mês anterior (mês 1). Nesse mês, já foi feita uma amor-
tização. Portanto, o saldo devedor referente ao mês 1 será:

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Agora, podemos calcular os juros e a segunda parcela:

Errado.

041. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO


MUNICIPAL/2019) Observando o plano de pagamentos referente a uma dívida no valor de R$
44.000,00 que deverá ser quitada por meio de 30 prestações mensais, iguais e consecutivas,
verifica-se que:
I – Considerou-se o sistema de amortização francês (tabela Price) a uma taxa mensal positiva
de juros i.
II – O valor de cada prestação é igual a R$ 1.705,00.
III – A data de vencimento da 1ª prestação será 1 mês após a data da realização da dívida.
IV – O valor da amortização, incluído no valor da 1ª prestação, é igual a R$ 1.265,00.
O valor dos juros incluído no valor da 2ª prestação é de
a) R$ 370,25.
b) R$ 427,35.
c) R$ 341,00.
d) R$ 390,50.
e) R$ 440,00.

O plano de pagamento da dívida possui o seguinte fluxo de caixa:

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Sendo a dívida calculada por intermédio do sistema francês (Price), podemos utilizar a seguin-
te fórmula para encontrar os juros da primeira prestação:

Temos os seguintes parâmetros:

Substituindo valores, temos:

Devemos, agora, encontrar a taxa de juros que incide sobre o empréstimo. Para isso, utilizamos
a fórmula:

Em que C é o capital inicial, dado por R$ 44.000,00.


Substituindo valores, tem-se:

Para encontrar o saldo devedor da segunda parcela, podemos utilizar:

Para o sistema francês, os juros incidem sobre o saldo devedor. Por esse motivo, temos que:

Substituindo valores:

Letra b.

042. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/CALCULIS-


TA/2019) Com relação a sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos, julgue
o item a seguir.
Situação hipotética: Uma instituição bancária concedeu empréstimo de R$ 30.000, entregues
no ato, sem prazo de carência, para ser quitado pelo sistema de amortização constante em 24
prestações mensais. A primeira prestação vencerá um mês após a tomada do empréstimo,
sendo de 2% a taxa de juros mensais adotada pela instituição bancária. Assertiva: Nessa si-
tuação, as prestações são decrescentes e a diferença entre duas prestações consecutivas é
igual a R$ 50.

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Para o empréstimo em questão, temos o fluxo de caixa:

Sendo o empréstimo calculado por meio do sistema SAC, com amortização constante, a dife-
rença entre duas parcelas consecutivas é função apenas dos juros, pois:

Do enunciado, sabe-se que:

A amortização, para o sistema SAC, é dada por:

De (I), para a primeira parcela, temos:

Seguindo o mesmo raciocínio, para a segunda parcela, tem-se:

O saldo devedor para o pagamento dessa parcela é dado pela seguinte expressão:

De volta a (II):

A diferença entre P1 e P2 é:

Errado.

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043. (CESPE/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2018) Situação hipotética: Um cliente tomou R$


60.000 de empréstimo em um banco. A quantia foi entregue no ato, sem prazo de carência, e
deverá ser quitada pelo sistema de amortização constante (SAC) em 12 prestações mensais
consecutivas e com a primeira prestação vencendo um mês após a tomada do empréstimo. A
taxa de juros contratada foi de 2% ao mês. Assertiva: Nesse caso, o valor da sexta prestação
será de R$ 5.700.

Para o problema do exercício, temos o fluxo de caixa:

Tratando-se de um problema de amortização constante (SAC), utilizamos a fórmula:

Dessa expressão possuímos os parâmetros:

Substituindo-os em (I):

Para encontrar o saldo devedor anterior à 6ª parcela, usamos:

Os juros da 6ª parcela são dados por:

Em que:

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Substituindo-o em (III):

A 6ª parcela, questionada pelo exercício, é encontrada pela fórmula:

Substituindo valores na expressão acima:

Certo.

044. (FGV/BANESTES/ASSISTENTE SECURITÁRIO/2018) Um financiamento no valor de R$


18.000,00 foi contratado e deverá ser quitado em 20 prestações mensais e consecutivas, ven-
cendo a primeira delas um mês após a data da contratação do financiamento. Foi adotado o
Sistema de Amortizações Constantes (SAC) a uma taxa de juros efetiva de 3,0% ao mês.
A diferença entre os valores de duas prestações consecutivas quaisquer é sempre igual a:
a) R$ 30,00;
b) R$ 28,00;
c) R$ 27,50;
d) R$ 27,00;
e) R$ 25,50.

Para o problema do enunciado, temos o fluxo de caixa:

Para o sistema SAC, utilizamos a fórmula:

Em que:

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Substituindo-os em (I):

Os juros são calculados a partir do produto do saldo devedor pela taxa.


Para a primeira parcela, o saldo devedor é o próprio capital. Então:

Sabendo que a taxa vale:

J1 em (I) se torna:

J2, por outro lado, é calculado de acordo com o saldo devedor anterior a seu pagamen-
to, dado por:

Substituindo valores em (III):

J2 se torna, portanto:

Substituindo valores em (IV):

Para o cálculo de cada uma das parcelas, utilizamos:

Substituindo 1 e 2 para n em (V), temos, respectivamente:

A diferença entre as prestações é:

Letra d.

045. (FGV/BANESTES/TÉCNICO BANCÁRIO/2018) Um empréstimo deverá ser quitado em 6


prestações mensais iguais de R$ 670,00, segundo o Sistema de Amortização Francês (Tabela
Price), com a primeira prestação vencendo um mês após a contratação. A taxa de juros nomi-
nal é de 60% ao ano, com capitalização mensal.

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O saldo devedor imediatamente após o pagamento da 1ª prestação será:


Dado: 1,056 = 1,34
a) R$ 2.900,00;
b) R$ 2.830,00;
c) R$ 2.800,00;
d) R$ 2.730,00;
e) R$ 2.700,00.

No sistema francês, as parcelas são constantes, como mostrado no fluxo de pagamen-


tos a seguir.

Como o enunciado forneceu uma taxa nominal, devemos convertê-la para taxa efetiva, por
meio da seguinte proporção direta:

Montando à proporção, chegamos à taxa de juros efetiva mensal:

Note que o enunciado forneceu a parcela e a taxa, mas não forneceu o capital inicialmente to-
mado emprestado. Mas ele se relaciona com a parcela e o fator de amortização, por meio das
seguintes expressões do sistema Price:

Para as expressões acima, possuímos os parâmetros:

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Podemos obter o fator de amortização utilizando a taxa de juros calculada.

Substituindo na equação (II), temos:

Os juros da primeira parcela são dados pelo produto do capital inicialmente tomado empresta-
do pela taxa de juros.

Uma parcela é composta pelo cupom de juros e a amortização. Então, para calcular a amorti-
zação subentendida nas parcelas, usamos a expressão:

O saldo devedor após o primeiro pagamento é calculado subtraindo a amortização do capital


inicial, como se segue:

Letra a.

046. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/2017) Uma empre-


sa tem obrigações perante um credor da seguinte forma: R$ 200.000,00 com vencimento em 1
mês e R$ 300.000,00 com vencimento em 2 meses. Considerando que não conseguirá saldar
as dívidas como anteriormente pactuadas, a empresa propõe uma restruturação, de modo
que possa pagar sua dívida em 2 meses seguidos, a partir de 2 meses, sendo as 2 parcelas do
mesmo valor. Considerando que a taxa de juros utilizada para todas as operações é de 2% ao
mês, o valor de cada uma das parcelas na restruturação será, em reais, de
a) 262.349,51.
b) 265.702,14.
c) 260.145,35.
d) 251.355,10.
e) 254.495,05.

A nova proposta pode ser entendida com o auxílio do esquema a seguir:

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Independentemente da nova divisão de parcelas ou do tempo, o valor pago deve ser o mesmo.
O capital depende do tempo e devemos trazer cada um dos valores para t=1 para igualá-los da
seguinte maneira:

Pagamento anterior:
Devemos trazer a parcela de R$ 300.000,00 para t=1.
A seguinte fórmula é válida:

Em que:

Substituindo em (I):

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Nova proposta:
Devemos trazer cada uma das parcelas P para t=1 utilizando (I).

Agora, com todos os valores equivalentes em t=1, podemos igualar os dois fluxos de caixa:

Com o objetivo de eliminar os denominadores, devemos multiplicar membro a membro cada


um dos lados da equação acima por 1,022.

Letra e.

047. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA EXECUTIVO/CONTADOR/2018) Para adquirir um lote de


mercadorias, uma empresa obteve um empréstimo para ser pago em 5 parcelas mensais e
iguais, cujo valor é R$ 20.000,00. A primeira parcela venceu 30 dias após a data de obtenção
do empréstimo e as parcelas subsequentes a cada 30 dias. Na data de vencimento da terceira
parcela, e antes do seu pagamento, a empresa optou pelo pagamento das 3 parcelas que falta-
vam ser pagas para a liquidação do empréstimo. Se a taxa de juros compostos negociada na
data da obtenção do empréstimo foi 2% a.m., o valor que a empresa desembolsou para fazer
a liquidação foi, em reais,
a) 58.838,61.
b) 60.000,00.
c) 58.800,00.
d) 58.831,22.
e) 56.539,34.

O enunciado nos orienta quanto ao sistema utilizado na negociação: sistema francês de amor-
tização. Isso se dá pelo fato de que as parcelas são iguais, independentemente do mês.

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O enunciado menciona, também, que cada parcela vale R$ 20.000,00.


A empresa decidiu quitar P3, P4 e P5 em t=3, conforme esquema abaixo:

Podemos realizar o procedimento acima (antecipação de parcelas) por meio da fórmula:

Em que o valor futuro é sempre P e:

Assim, substituindo valores de modo a encontrar VPP4 e VPP5:

Com t=3 a empresa pagou, também, P3=R$ 20.000,00. Assim o total desembolsado nessa
data foi de:

Letra d.

048. (ESAF/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS/2010) Uma pessoa tomou um em-


préstimo imobiliário no valor de R$ 240.000,00 para ser pago em 120 prestações mensais pelo
Sistema de Amortizações Constantes - SAC, a uma taxa de 1,5% ao mês, sem carência, vencen-
do a primeira prestação ao fim do primeiro mês, a segunda ao fim do segundo mês, e assim
sucessivamente. Marque o valor mais próximo da décima segunda prestação.
a) R$ 5.270,00
b) R$ 5.420,00
c) R$ 5.300,00
d) R$ 5.360,00
e) R$ 5.330,00

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É uma questão bem semelhante às anteriores, porém a ESAF cobrou uma parcela mais distan-
te – a décima segunda. Contudo, isso em nada altera o grau de dificuldade do problema. Basta
aplicar a mesma técnica vista anteriormente.
A amortização mensal é dada por:

Para calcular a décima segunda parcela, precisamos do saldo devedor no mês anterior. Nesse
ponto, precisamos saber que, como já foram pagas 11 parcelas, houve também onze amorti-
zações. Portanto, o saldo devedor no mês 11 será:

Agora, vamos esquematizar o problema e os dados calculados:

Podemos calcular os juros que incidem sobre a décima segunda parcela com base no saldo
devedor anterior:

Portanto, a décima segunda parcela será a soma dos juros com a amortização correspondente:

Letra a.

049. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/ECONOMIA/2017) Em um Plano de Amortização pelo Siste-


ma da Tabela Price, observa-se que a soma dos valores dos juros incluídos na primeira pres-
tação e na segunda prestação é igual a R$ 979,42. Este plano refere-se à liquidação de um
empréstimo no valor de R$ 25.000,00 concedido para ser pago por meio de 20 prestações
mensais, iguais e consecutivas, a uma taxa de juros positiva i. Observa-se também que a pri-
meira prestação tem o vencimento 1 mês após a data de concessão do empréstimo. Saben-
do-se que o saldo devedor da dívida imediatamente após o pagamento da segunda prestação

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apresenta um valor de R$ 22.921,42, obtém-se que o Fator de Recuperação de Capital − FRC


correspondente é igual a
a) 0,05956
b) 0,05100
c) 0,05608
d) 0,06116
e) 0,05202

Do enunciado temos que:

Para encontrar as parcelas, devemos analisar, primeiro, as amortizações ocorridas nos dois pri-
meiros meses. Se o saldo devedor após n=2 é de R$ 22.921,42, a amortização nesse período foi:

A soma das duas primeiras prestações é dada por:

Substituindo valores de juros e amortização somados conhecidos em (I):

Como na tabela Price há igualdade entre as parcelas, cada uma delas vale, então:

O fator de recuperação de capital é definido como a razão entre a parcela paga e o total da dívida:

Letra d.

050. (FGV/BANESTES/ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO/2018) Um financiamento de-


verá ser quitado em 18 prestações mensais iguais de R$ 1.600,00 segundo o Sistema de Amor-
tização Francês (Tabela Price). Haverá um período de carência de dois meses, ou seja, durante
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esse período, os juros serão capitalizados e incorporados ao principal e a primeira prestação


será paga dois meses após a contratação. A taxa de juros nominal é de 96% a.a., com capita-
lização mensal.
O saldo devedor imediatamente após o pagamento da 1ª prestação será:
Dados: 1,0817 = 3,7 1,0818 = 4,0 1,0819 = 4,3
a) R$ 13.520,00;
b) R$ 13.980,00;
c) R$ 14.500,00;
d) R$ 14.600,00;
e) R$ 14.650,00.

O fluxo de caixa do exercício é dado por:

Analisando as informações do enunciado, temos que a taxa anual deve ser transformada para
mensal pela proporção direta:

Seguindo o sentido das setas, temos:

Podemos utilizar, para o sistema Price, o fator de amortização, dado por:

Da expressão acima, temos os parâmetros:

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Substituindo valores em (I):

A dívida (capital) é dada por:

Sendo a parcela de R$ 1.600,00, substituindo-a em (II), tem-se:

Os juros referentes à primeira parcela são calculados da seguinte maneira:

Substituindo valores:

A amortização é:

O saldo devedor após o pagamento da primeira parcela é dado pela diferença do capital e da
amortização, isto é:

Letra d.

051. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2019) Um empréstimo,


tomado no sistema de amortização francês, foi quitado em 5 prestações mensais, consecuti-
vas e iguais a R$ 836,00. A primeira prestação vencia em um mês após a tomada do emprés-
timo, e a taxa de juros nominal do financiamento era de 54% ao ano. Na data de vencimento
da quarta prestação, o tomador do empréstimo pagou, juntas, a quarta e a quinta prestações,
quitando o empréstimo.
Nesse caso, o valor pago nessa data foi igual a
a) R$ 1.412,55.
b) R$ 1.600,00.
c) R$ 1.634,38.
d) R$ 1.636,00.
e) R$ 1.672,00.

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O fluxo de caixa para o exercício é dado por:

De início, devemos transformar a taxa anual para mensal por meio da proporção direta:

Seguindo o sentido das setas, tem-se a equação:

Cada prestação é dada por:

Com isso, temos o fluxo de caixa:

A 5ª parcela será adiantada em 1 mês e será paga em t=4 meses. Para trazer esse valor a fu-
turo, utilizamos a fórmula:

Neste caso, os parâmetros são:

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Substituindo-os em (I):

Isto é, P5 vale R$ 800,00 quando antecipada para t=4.


Nosso fluxo de caixa passa a ser:

Observando a figura, vemos que em t=4 foram pagos:

Nosso cálculo bateu com a letra “d”, mas a questão foi anulada pela banca.
Anulada.

052. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO- SP/AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO


MUNICIPAL/2019) Um empréstimo foi concedido a uma empresa para aquisição de um equi-
pamento. A dívida correspondente deverá ser quitada por meio de 30 prestações mensais e
consecutivas, vencendo a 1ª prestação 1 mês após a data da concessão do empréstimo. Utili-
zou-se o sistema de amortização constante (SAC) a uma taxa mensal positiva de juros i e o va-
lor da 10ª prestação será igual a R$ 7.100,00. Dado que, no valor desta prestação, R$ 5.000,00
correspondem ao valor da amortização incluído no valor de cada prestação e R$ 2.100,00 cor-
respondem ao valor dos respectivos juros, obtém-se que o valor da 20ª prestação será igual a
a) R$ 6.150,00.
b) R$ 6.200,00.
c) R$ 6.050,00.
d) R$ 6.100,00.
e) R$ 6.000,00.

O sistema SAC, sistema de amortização constante, conta com esta característica que o no-
meia: as amortizações referentes a cada uma das parcelas são iguais. Ou seja:

Do enunciado, sabe-se que a amortização na décima parcela vale:

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Deste modo:

Além disso, temos que Aconst é dada por:

Somado à amortização, temos também, o número total de parcelas desse empréstimo, dado por:

Substituindo valores, tem-se:

A partir do capital inicial e dos juros da 10ª parcela, dados no enunciado, podemos encontrar a
taxa por meio da expressão:

O saldo devedor D10 é obtido ao subtrair cada uma das amortizações já ocorridas do valor do
empréstimo. Isto é:

Substituindo valores:

De volta à expressão (III), substituindo valores:

O objetivo do exercício é encontrar a 20ª parcela, para isso devemos saber o saldo devedor
para esta data por intermédio da expressão (IV), como se segue:

Usando a fórmula (III) para a 20ª parcela, temos:

Com juros e amortização em mãos, nos resta utilizar a fórmula a seguir, referente à parcela:

Substituindo valores:

Letra d.

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053. (FGV/BANESTES/ASSISTENTE SECURITÁRIO/2018) Antônia faz um empréstimo ban-


cário de R$ 10.000,00, que será quitado em 5 prestações mensais antecipadas de R$ 1.400,00
cada uma e um pagamento final junto com a última prestação. O banco cobra juros efeti-
vos de 7% a.m. sob regime de capitalização composta e estipula um período de carência de
dois meses.
O valor do pagamento final é:
Dado: 1,075 = 1,40
a) R$ 69,80;
b) R$ 72,20;
c) R$ 722,00;
d) R$ 6.980,00;
e) R$ 7.220,00.

O fluxo de caixa para o problema é dado por:

Tratando-se de um problema com o sistema francês (tabela Price), podemos utilizar o fator de
amortização, dado por:

Sabe-se que:

Substituindo valores em (I):

A carência de 2 meses diz respeito ao tempo que levará para a parcela de R$ 1.400,00 ser paga.
A primeira parcela será paga dois meses após o empréstimo, e a última, seis meses após este.
Sabendo que valores iguais em datas diferentes não podem ser somados, devemos trazer
cada uma das 5 parcelas para t=1 por meio de An¬i, calculado anteriormente.

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Para o valor presente, podemos utilizar a expressão:

Onde:

Substituindo-os em (II):

Portanto, ao trazer as 5 parcelas para o valor presente t=1, elas equivalem a R$ 5.714,29.
A dívida de R$ 10.000,00 foi contraída em t=0. Em t=1, ela já terá um acréscimo correspondente
aos juros (i=7%). O capital passa a ser de:

O saldo devedor em t=1 (após o pagamento da parcela) vale:

Em que:

Substituindo valores em (III):

O valor Dn calculado acima só será integralmente pago após 5 meses em t=6. Devemos levá-lo
para o futuro por intermédio da transformação:

O valor presente é o saldo devedor Dn, a taxa é a mesma utilizada anteriormente (7% a.m.) e n
é o tempo de quitação: 5 meses.
Substituindo valores em (IV):

Letra d.

054. (FGV/BANESTES/ASSISTENTE SECURITÁRIO/2018) Considere um sistema misto de


amortização de financiamentos em que cada prestação é a média aritmética entre as presta-
ções correspondentes nos sistemas SAC e Price, nas mesmas condições.
Um empréstimo de R$ 30.000,00 será quitado em 6 prestações mensais, sendo a primeira delas
paga um mês após a contratação do empréstimo. A taxa efetiva de juros utilizada é de 7% a.m.

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Se o sistema utilizado para a quitação desse empréstimo for o descrito acima, a diferença po-
sitiva entre as duas primeiras prestações será igual a:
Dados: 1,075 = 1,4 e 1,076 = 1,5
a) R$ 210,00;
b) R$ 200,00;
c) R$ 195,00;
d) R$ 185,00;
e) R$ 175,00.

O fluxo de caixa para o exercício é dado por:

Devemos, para esse exercício, calcular cada uma das duas parcelas: para o sistema SAC e para
a tabela Price.
Para o sistema SAC, cuja amortização é constante, vale a expressão:

Em que:

Substituindo em (I):

Os juros são calculados com a taxa mensal e o saldo devedor anterior.


Para a primeira parcela, o saldo devedor anterior é o próprio capital inicial. Com isso, os juros
referentes à 1ª parcela valem:

Sabemos que:

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Substituindo-o em (II):

A parcela 1 vale:

Para a segunda prestação, ainda com o sistema SAC, temos:

Em que o saldo devedor anterior à parcela 1 é o próprio capital inicial.


Substituindo valores em (III):

Os juros neste momento valem, portanto:

Substituindo valores em (IV):

P2 é, então:

Para a tabela Price:


A seguinte fórmula é conhecida:

Isso significa que cada uma das 6 prestações para a tabela Price vale:

Conhecendo o capital inicial, a taxa de juros e o número de parcelas, é possível calcular P.


Substituindo valores:

Como para o sistema francês todas as parcelas são iguais:

Calcular cada uma das parcelas do sistema misto por meio da média daquelas calculadas por
SAC e Price.
Sabe-se que, para o sistema misto, as parcelas valem:

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O exercício nos pede a diferença entre duas parcelas consecutivas, portanto:

Letra e.

055. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) Uma agência bancária, ao emprestar a quantia de


R$ 60.000,00 a uma empresa, entregou o valor no ato e concedeu à empresa 3 anos de ca-
rência, sem que os juros desse período ficassem capitalizados para serem pagos posterior-
mente. Com base nessa situação e sabendo que esse empréstimo será pago pelo sistema
de amortização constante (SAC), em 3 anos e à taxa de juros de 10% ao ano, julgue os itens
subsecutivos.
No período de carência, a empresa nada pagará ao banco.

Durante o período de carência, não houve acúmulo de juros, porque eles foram pagos em
cupons semestrais. O valor de cada cupom de juros é dado por:

Como são 3 anos o período de carência, foram pagos 3 cupons de R$ 6.000, portanto foram
pagos R$ 18.000 a título de juros durante o período de carência.

Errado.

056. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) O valor da última prestação a ser paga será supe-


rior a R$ 23.500,00.

Findo o prazo da carência, a dívida será paga por meio do sistema SAC habitual. A amortização
é calculada por:

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Agora, podemos montar o esquema, em que o ano 0 representa o final do período de carência.

A última parcela é calculada pelos juros que incidem no saldo devedor do ano 2, que é de R$
20.000. Essa parcela pode ser calculada como mostrado no esquema.

Errado.

057. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) O total de juros pagos será superior a R$ 23.000,00.

Por fim, o total de juros pagos no período é calculado por:

Certo.

058. (CESP/BRB/ESCRITURÁRIO/2010) Para aquisição de sua casa própria, um cliente de


uma instituição financeira com carteira hipotecária necessita financiar R$ 60.000,00. O finan-
ciamento poderá ser feito pelo sistema de amortização constante (SAC) ou pelo sistema de
amortização francês (PRICE). Em cada um desses sistemas, a prestação mensal é composta
pelo valor determinado pelo sistema e mais R$ 25,00 a título de seguro de financiamento.
A taxa de juros é de 1% ao mês, o prazo do financiamento é de 10 anos e não há correção mo-
netária. Com relação à situação apresentada, julgue os itens seguintes, considerando 1,1268 e
3,3 como valores aproximados de 1,01¹² e 1,126810, respectivamente, julgue os itens a seguir.
Para que a primeira prestação tenha o menor valor possível, esse cliente deverá optar pelo SAC.

Uma questão muito interessante. Sempre que a questão cobrar um seguro, é importante grifá-
-lo, pois é algo bastante esquecido pelos alunos enquanto respondem questões de prova.

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O primeiro ponto é que o sistema SAC serve justamente para que as parcelas se reduzam à
medida que passar o prazo do financiamento. Um ponto muito importante sobre esse sistema
de amortização.
Por isso, as primeiras parcelas do sistema SAC são maiores que as respectivas parcelas do
sistema de amortização francês. No entanto, as últimas parcelas do sistema SAC são meno-
res. Portanto, o item está errado.
Errado.

059. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2010) Pelo sistema francês, o valor da 98.ª prestação


será inferior a R$ 875,00.

Agora, calculemos as parcelas do sistema francês. Em primeiro lugar, o financiamento foi feito
em 120 vezes, pois foram parcelas mensais num período de 10 anos (120 meses).
Calcularemos, agora, o fator de amortização:

Agora, vamos calcular a aproximação para (1,01)120:

Então, temos o fator de amortização:

Em seguida, calcularemos as parcelas do sistema francês, não podendo nos esquecer


do seguro:

Somando o seguro, temos que:

Errado.

060. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2010) No SAC, o valor da 26.ª prestação é igual ao dobro


da amortização.

Agora, vamos partir para o cálculo do sistema SAC. A amortização mensal será:

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Para o cálculo da 26ª prestação, devemos levar em conta o saldo devedor do mês anterior
(mês 25). Nesse momento, já foram pagas 25 parcelas, portanto houve 25 amortizações. Logo,
o saldo devedor é de:

Então, podemos construir o esquema:

Dessa maneira, a 26ª parcela é dada por:

Dessa forma, a 26ª prestação realmente corresponde ao dobro da amortização. Logo, o item
está certo.
Certo.

061. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2010) Pelo SAC, a soma das primeiras 29 prestações será


inferior a 50% do valor financiado.

A forma mais simples de calcular o somatório das parcelas pagas até a 29ª é nos lembrando
de que as parcelas no sistema SAC formam uma progressão aritmética decrescente. Por isso,
calculemos a 1ª e 29ª prestação.
A primeira parcela é bem simples de ser calculada, pois os juros incidem sobre o capital inicial
da dívida:

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Agora, para a 29ª prestação, devemos ter em conta que os juros incidem sobre o saldo devedor
obtido no mês anterior:

Em seguida, calcularemos a soma:

Portanto, realmente a soma das 29 primeiras parcelas pagas é inferior a R$ 30.000 (metade do
valor financiado). Logo, o item está certo.
Certo.

062. (IADES/METRÔ-DF/CONTADOR/2014) Um financiamento no valor de $ 50.000 foi con-


tratado pelo sistema de amortização francês (SAF) para ser liquidado em 10 parcelas mensais,
iguais e consecutivas, no valor de $ 8.137,27. A taxa de juros da operação foi 10,0% ao mês.

Com base nos dados apresentados referentes à 4ª parcela, o valor da amortização na 5ª


parcela foi
a) $ 4.050,00.
b) $ 4.156,98.
c) $ 4.500,00.
d) $ 4.593,28.
e) $ 5.000,00.

Apesar dos números quebrados, é uma questão bem interessante para entendermos a lógica
de um sistema de amortização.
Temos que o saldo devedor após o pagamento da parcela 4, isto é, D4, é igual a R$ 35.439,93.
Seguindo a lógica de juros postecipados, os juros são calculados em relação ao saldo devedor
no mês anterior.
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Portanto, os juros na quinta parcela devem ser calculados em relação ao saldo devedor no mês
4 que foi fornecido no enunciado.

Como o sistema de amortização é francês, temos que a prestação é constante. Portanto, a


quinta prestação será igual também a R$ 8.137,27. Dessa forma, temos que a amortização será:

Letra d.

063. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2017) Um empréstimo foi obtido


para ser liquidado em 10 parcelas mensais de R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um
mês após a data da obtenção. A taxa de juros negociada com a instituição financeira foi 2% ao
mês no regime de capitalização composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor
decidir liquidar o saldo devedor do empréstimo nesta mesma data, o valor que deverá ser pago,
desprezando-se os centavos, é, em reais,
a) 3.846,00.
b) 3.883,00.
c) 3.840,00.
d) 3.880,00.
e) 3.845,00.

Após o pagamento da oitava parcela, sobraram ainda duas para serem quitadas.

A relação entre o saldo devedor e as duas últimas parcelas é dada pelo fator de amortização:

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Agora, podemos calcular o saldo devedor D8:

Letra b.

064. (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2014) Considere um financiamento de quatro


anos cujo valor do principal seja de R$ 100,00 e a taxa de juros, igual a 4% ao ano.
Considere quatro planos de amortização para esse financiamento:
• No plano 1, o financiamento é quitado com um único pagamento apenas no final do
quarto ano, com capitalização dos juros no final de cada ano;
• No plano 2, no final de cada ano são pagos apenas os juros, com exceção do último ano,
no qual, além dos juros, é efetuado o pagamento integral do principal;
• No plano 3, a liquidação do financiamento segue o modelo Price;
• No plano 4, a liquidação do financiamento segue o modelo SAC.
No final do quarto ano, nos planos 1, 2, 3 e 4, os valores da amortização do principal serão (em
reais), respectivamente, de:
a) 100, 100, maior do que 25 e 25.
b) maior que 116, 100, maior do que 25 e 25.
c) 100, 100, 25 e menor do que 25.
d) menor do que 100, maior do que 100, maior do que 25 e 25.
e) 100, 100, 25 e maior do que 24.

No plano 1, a dívida se acumula pela dinâmica de juros compostos:

No momento de quitação da dívida, será amortizado o principal de R$ 100 e serão pagos os


juros de R$ 17. O pagamento de juros não conta para a amortização.
No plano 2, que corresponde ao sistema americano, o principal é amortizado apenas no final.
Portanto, no ano 4, é amortizado o total de R$ 100.
No plano 4, a amortização é constante, desse modo:

Por fim, no plano 3, devemos nos lembrar de que a amortização é crescente no sistema fran-
cês. Por isso, no último ano, certamente será maior que 25.
Letra a.

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065. (VUNESP/SEFAZ-SP/2013) Uma loja cobra 5% ao mês de juros nas vendas a prazo. Um
eletrodoméstico é vendido em 3 prestações de R$420,00, sendo a primeira parcela paga no ato
da compra. Isso significa que seu preço à vista é de, aproximadamente:
a) R$1.184,00
b) R$1.260,00
c) R$1.140,00
d) R$1.200,00
e) R$840,00

É importante destacar que a primeira parcela foi paga no ato da compra, portanto não se trata
de um sistema de amortização francês.

No entanto, podemos calcular o valor presente das parcelas simplesmente descontando todas
elas a valor presente:

Letra d.

066. (ESAF/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS/2010) Um financiamento no valor


de R$ 100.000,00 possui uma carência de 18 meses, incidindo sobre o valor financiado, nesse
prazo, uma taxa de juros compostos de 1% ao mês. Calcule o valor mais próximo do saldo de-
vedor ao fim do prazo de carência.
Dado: (1,01)18 = 1,196147
a) R$ 100.000,00
b) R$ 112.000,00
c) R$ 112.683,00
d) R$ 119.615,00
e) R$ 118.000,00

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Creio que a ESAF poderia ter sido mais incisiva nesse ponto. Poderia ter cobrado realmente um
sistema de amortização francês com a carência desejada.
Devemos nos lembrar de que, durante o período de carência, os juros se acumulam normal-
mente seguindo a dinâmica de juros compostos. Trata-se, portanto, de uma mera questão de
juros compostos.
O montante acumulado da dívida após o período de carência é dado por:

Para exemplificar a situação, pense no seguinte: você contraiu uma dívida no dia 01 de janeiro
de 2018. Com os 18 meses de carência, você só começará a pagar 18 meses depois, isto é, no
dia 31 de julho de 2019. Caso não houvesse carência, você já pagaria a primeira prestação no
dia 31 de janeiro de 2018.
Letra d.

067. (INÉDITA/2021) Um financiamento no valor de R$ 100.000,00 foi financiado em 18 par-


celas. O tomador do empréstimo possui uma possui a opção por uma carência de 18 meses. A
taxa de juros compostos no empréstimo é de 1% ao mês. Assinale a alternativa que apresenta
o valor mais próximo do aumento no preço das parcelas do financiamento, caso o tomador
opte pela carência.
a) R$ 800
b) R$ 900
c) R$ 1.000
d) R$ 1.100
e) R$ 1.200
Dado: (1,01)18 = 1,196147 e (1,01)-18 = 0,836

Uma coisa boa de ser professor é que, se eu vejo que faltou alguma coisa numa questão,
eu posso simplesmente criar uma nova e apresentar para você mais um ponto interessante
da matéria.
Caso o tomador do empréstimo opte pela carência, já vimos que o montante acumulado após
o período de carência é de:

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Como esse montante será financiado em 18 prestações mensais a uma taxa de 1% ao mês,
podemos calcular a parcela envolvida pelo fator A de amortização. Notemos que foi fornecida
a aproximação para (1,01)-18.

Agora, podemos calcular as parcelas envolvidas no financiamento. Denotaremos por P1 as


parcelas com a carência de 18 meses.

Por outro lado, caso o cliente não opte por usar o prazo de carência, ele deverá começar a
pagar imediatamente as prestações. Porém, o capital inicial da dívida será menor, no caso, R$
100.000, pois ele não será atualizado por juros compostos. Denotaremos por P0 as parcelas
sem a carência.
Insta-nos destacar que o fator de amortização é o mesmo calculado anteriormente, porque a
taxa de juros e o número de pagamentos é o mesmo em ambos os casos.

Observe que o uso da carência aumentou significativamente as parcelas. A diferença pedida


pelo enunciado foi de:

Letra e.

068. (FGV/ISS-NITERÓI/CONTADOR/2015) Um indivíduo pretende comprar um imóvel finan-


ciado em 60 meses utilizando o Sistema de Amortização Constante - SAC. Ele procurou uma
instituição financeira que opera com vencimento da primeira prestação um mês após a libera-
ção dos recursos, taxa de juros de 5% ao mês, e foi informado que, pela análise dos compro-
vantes de rendimentos, o limite máximo da prestação teria que ser de R$ 5.000,00.
O valor máximo que ele pode financiar, em reais, é:
a) 75.000
b) 100.000
c) 185.000
d) 225.000
e) 300.000

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Em um sistema de amortização constante, o cliente deve ser capaz de arcar com os juros e
com a amortização.

Os juros na primeira parcela são dados por:

Já a amortização é constante e dada por:

Sendo assim, a primeira parcela será:

A forma mais simples de resolver essa equação é multiplicando tudo por 60:

Letra a.

069. (CODESAIMA-RR/CONTADOR/2017) Assinale a alternativa correta. Um indivíduo pre-


tende comprar um imóvel financiado em 60 meses, utilizando o Sistema de Amortização Cons-
tante – SAC. Ele procurou uma instituição financeira que opera com vencimento da primeira

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prestação um mês após a liberação dos recursos, taxa de juros de 5% ao mês, e foi informado
que, pela análise dos comprovantes de rendimentos, o limite máximo da prestação teria que
ser de R$ 7.000,00. O valor máximo que ele pode financiar, em reais, é
a) R$ 75.000,00
b) R$ 100.000,00
c) R$ 185.000,00
d) R$ 105.000,00
e) R$ 420.000,00

Não. Você não está lendo errado. São duas questões diferentes, mas uma é praticamente
idêntica à outra. No mundo dos concursos, nada se cria, tudo se copia. Então, estudar fazendo
muitas questões é o caminho do sucesso para você.
Em um sistema de amortização constante, o cliente deve ser capaz de arcar com os juros e
com a amortização.

Os juros na primeira parcela são dados por:

Já a amortização é constante e dada por:

Sendo assim, a primeira parcela será:

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A forma mais simples de resolver essa equação é multiplicando tudo por 60:

Letra d.

070. (FCC/SEFAZ-PI/ANALISTA DO TESOURO ESTADUAL/2015) Uma dívida no valor de R$


20.000,00 vai ser paga em 30 prestações mensais, iguais e consecutivas, vencendo a primeira
prestação 1 mês após a data de formação da dívida. Utilizou-se o sistema de amortização fran-
cês com uma taxa de 2% ao mês. Pelo quadro de amortização, obtém-se que o saldo devedor
imediatamente após o pagamento da primeira prestação é de R$ 19.507,00. O valor da cota de
amortização incluído no valor da segunda prestação é de:
a) R$ 502,86
b) R$ 512,72
c) R$ 522,58
d) R$ 532,44
e) R$ 542,30

Como foi fornecido o valor do saldo devedor após o pagamento da primeira prestação, pode-
mos conhecer a amortização.

Mas também podemos calcular os juros incidentes na primeira prestação pelo capital inicial
da dívida:

Agora, podemos calcular as parcelas:

Podemos, portanto, calcular os juros incidentes na segunda prestação, lembrando-nos de que


esses juros devem ser calculados em relação ao saldo devedor no mês 1, que foi forneci-
do, R$19.507.

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Por fim, podemos calcular a amortização na segunda parcela:

Para facilitar o seu entendimento, veja o esquema referente a essa questão:

Letra a.

071. (INÉDITA/2021) João comprou um veículo financiando R$24.000 por meio de um sis-
tema de amortização constante para pagamento em 24 meses. A taxa de juros nominal do
financiamento foi de 12% ao ano. Para assegurar que pudesse pagar perfeitamente o carro,
João contratou um seguro de R$60 por mês para o caso de ele perder suas principais fontes
de renda e, ainda, contratou um período de carência de dois meses, durante o qual não houve
pagamentos. Assinale a alternativa que representa o valor da terceira parcela após o período
de carência.
a) R$ 1240,00
b) R$ 1280,00
c) R$ 1300,00
d) R$ 1304,52
e) R$ 1324,94

Uma questão cheia de detalhes. Em primeiro lugar, temos um período de carência. Como não
houve pagamento de juros, o valor total da dívida cresce por meio de juros compostos.
Para calcular a atualização da dívida, devemos converter a taxa de juros fornecida de nominal
para efetiva:

Agora, calculemos o montante atualizado da dívida:

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Essa dívida será paga por 24 meses. Portanto, a amortização mensal será:

Para calcular a terceira prestação, devemos ter em mente que os juros incidem sobre o saldo
devedor no mês anterior (mês 2). No mês 2, já houve duas amortizações:

Agora, calculemos a terceira prestação:

Portanto, a terceira prestação será:

Letra d.

072. (FCC/SEFAZ-PI/AUDITOR-FISCAL DA FAZENDA ESTADUAL/CONHECIMENTOS GE-


RAIS/2015) Considere a tabela abaixo, com taxa de 4% ao período. Use somente duas casas
decimais em seus cálculos.

Nessa tabela, tem-se que o fator de acumulação de capital para pagamento único é dado por
(1 + i)n, o fator de valor atual de uma série de pagamentos é dado por [(1 + i)n – 1]/[i (1 + i)n] e
o fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos é dado por [(1 + i)n – 1]/i. Um
empresário tomou em um banco um empréstimo no valor de R$ 94.550,00, a ser pago em 36
meses. Será utilizado o Sistema Francês de Amortização, à taxa de 4% ao mês, com parcelas
mensais e consecutivas, a primeira vencendo um mês após a data do contrato. Sobre a terceira
prestação desse empréstimo, é verdade que:
a) ela difere de R$ 100,00 da segunda prestação.
b) ao ser paga, ela deixa um saldo devedor de R$ 93.500,00.
c) seu valor é de R$ 5.200,00.
d) sua cota de amortização é R$ 1.266,22.
e) sua parcela de juros é R$ 3.682,61.

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O fator de amortização foi fornecido pela tabela. Portanto, podemos calcular as parcelas pela
expressão:

Agora que sabemos o valor das parcelas, podemos calcular a sua composição em juros e
amortização. Na primeira parcela, os juros podem ser calculados por:

Agora, devemos nos lembrar da composição das parcelas em juros e amortização:

De posse da amortização ocorrida na primeira parcela, podemos calcular o saldo devedor após
esse pagamento:

Em seguida, podemos começar a traçar o esquema para a segunda parcela:

Os juros e a amortização na segunda parcela podem ser calculados de forma análoga ao que
fizemos anteriormente:

Note que a questão pediu informações sobre a terceira parcela. O saldo devedor no final
do mês 2 é:

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Agora, podemos calcular os juros incidentes nessa parcela:

Portanto, a única afirmação correta é a letra “e”.


Letra e.

073. (INÉDITA/2021) João tomou um financiamento a um Sistema de Amortização Constante


em 12 parcelas. Sabendo que ele pagou R$1.750 na primeira prestação e R$1.700 na terceira
prestação, calcule o quanto ele tomou financiado.

A incógnita é o capital C tomado emprestado. Em primeiro lugar, devemos calcular a amortiza-


ção a cada parcela, que é dada por:

Agora, podemos construir o esquema:

A primeira e a segunda parcelas são dadas, respectivamente, por:

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Agora, podemos tirar a diferença entre as duas parcelas:

De posse do termo Ci, podemos aplicar essa expressão na primeira parcela e chegamos a:

13.800.

074. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA/FINANÇAS E ORÇAMEN-


TO/2012) Um imóvel foi financiado pelo Sistema Francês de Amortização (Tabela Price), em
150 prestações mensais, com taxa de juros, no regime de juros compostos, de 4% ao mês. As
prestações são consecutivas e iniciaram-se um mês após o recebimento do financiamento. A
fração da dívida amortizada na metade do período, isto é, depois de paga a 75ª prestação, é,
aproximadamente, de:
Dado: (1,04)−75 = 0,05
a) 5%
b) 25%
c) 50%
d) 75%
e) 95%

Façamos um esquema. Um capital C foi tomado emprestado e foi pago em 150 prestações
mensais iguais pelo sistema de amortização francês. Queremos saber o saldo devedor após
75 pagamentos.

Note que o saldo devedor D75 corresponde ao valor presente das 75 últimas parcelas. Esse
valor presente pode ser escrito pela expressão do fator A:

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Como foi fornecida a aproximação para (1,04) −75


, vamos utilizar a seguinte expressão para
o fator A:

Sendo assim, temos que:

Agora, podemos calcular as parcelas do financiamento. Para isso, devemos lembrar que o
capital tomado foi C em 150 prestações e que a relação entre as parcelas e o capital tomado
emprestado é:

Vamos utilizar a seguinte expressão para o fator A:

Agora, temos o valor da parcela:

Portanto, podemos aplicar essa expressão ao saldo devedor calculado:

Assim, temos que o saldo devedor após 75 pagamentos representa um percentual do capital
inicial dado por:

A questão perguntou quanto foi amortizado. Se o saldo devedor permanece de 95% da dívida,
então foi amortizado o percentual de apenas 5%.
Olha só, que coisa interessante – para não dizer horrível. Quando você faz uma dívida de longo
prazo, no caso, 150 prestações, as primeiras prestações serão compostas quase que exclusi-
vamente de juros.
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É por isso que, mesmo após pagar metade do financiamento, você quitou apenas 5% da
sua dívida.
Podemos simular a dívida citada em Excel usando a planilha que eu apresentei neste material.
Uma dívida de R$ 200.000,00 paga a juros de 4% ao mês terá uma parcela de incríveis R$
8.022,35 – o que significa que o total a ser pago será de R$ 1.203.352,68 (ou pouco mais de 6
vezes o valor da dívida).

É bem verdade que a questão foi bastante exagerada, pois taxas de juros de 4% ao mês não
são tão comuns para financiamentos de longo prazo. Uma taxa de juros relativamente padrão
para financiamento imobiliário, por exemplo, é de 1,5% a 2% ao mês.
Por questões de comparação com a questão anterior, vamos fazer a mesma simulação consi-
derando juros de 2% ao mês. Nesse caso, as parcelas serão de R$ 4.216,22 – e o valor total a
ser pago é de R$ 632.433,13 (mais de 3 vezes o valor da dívida. Isso é muito, não é? Compre
um e pague três).

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Nesse caso, o saldo devedor, após o pagamento de 75 parcelas, seria de R$ 162.116,46 – o que
equivale a pouco mais de 81% da dívida. Diante disso, mesmo após pagar metade do financia-
mento, você conseguiu quitar apenas 19% da sua dívida.
Lembre-se bem dessa questão quando você pensar em adquirir dívidas grandes que você de-
morará mais de dez anos para pagar.
Letra a.

075. (ESAF/AFRF/1985) Uma pessoa obteve um empréstimo de R$120.000,00 a uma taxa de


juros compostos de 2% ao mês, que deverá ser pago em 10 parcelas iguais. O valor dos juros
a ser pago na oitava parcela é de:
a) R$5,00
b) R$51,00
c) R$518,00
d) R$5.187,00
e) R$770,00

Dados: Fatores de Amortização a uma taxa de juros de 2% ao mês.

A questão pediu o valor dos juros a serem pagos na oitava parcela. Mas, para isso, precisamos
saber o saldo devedor antes de pagar essa parcela.
Agora, façamos uma representação esquemática do empréstimo e suas 10 parcelas:

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Podemos calcular as parcelas por meio da tabela fornecida. Em relação ao sistema francês
total, temos que R$ 120.000 corresponde ao capital equivalente a uma série de 10 pagamen-
tos. Portanto:

Agora, podemos entender o saldo devedor D7 como o capital equivalente a uma série de 3 pa-
gamentos de R$ 13.363. Dessa forma, temos:

Portanto, os juros que incidem na oitava parcela são dados por:

Letra e.

076. (ESAF/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS/2010) Pretende-se trocar uma sé-


rie de oito pagamentos mensais iguais de R$ 1.000,00, vencendo o primeiro pagamento ao fim
de um mês, por outra série equivalente de doze pagamentos iguais, vencendo o primeiro pa-
gamento também ao fim de um mês. Calcule o valor mais próximo do pagamento da segunda
série considerando a taxa de juros compostos de 2% ao mês.
a) R$ 750,00
b) R$ 693,00
c) R$ 647,00
d) R$ 783,00
e) R$ 716,00

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Trata-se de um problema interessante de refinanciamento. Primeiramente, tem-se uma série


de pagamentos de oito parcelas iguais que se inicia um mês após a contração da dívida, o que
significa um sistema francês com n = 8.

O valor presente de uma série de 8 pagamentos é dado por:

O fator de amortização foi tabelado. Para a taxa de 2% ao mês e 8 pagamentos, temos que
. Dessa forma, temos:

Agora, vamos refinanciar esse capital de R$ 7.320 em 12 pagamentos, considerando a mesma


taxa de juros de 2% ao mês. Temos que a nova parcela será:

Letra b.

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077. (ESAF/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS/2010) Um financiamento no valor


de R$ 612.800,00 deve ser pago pelo Sistema Price em 18 prestações semestrais iguais, a uma
taxa nominal de 30% ao ano, vencendo a primeira prestação ao fim do primeiro semestre, a
segunda ao fim do segundo semestre, e assim sucessivamente. Obtenha o valor mais próximo
da amortização do saldo devedor embutido na segunda prestação.
Obs.: Use a tabela fornecida na questão anterior.
a) R$ 10.687,00
b) R$ 8.081,00
c) R$ 10.000,00
d) R$ 9.740,00
e) R$ 9.293,00

O primeiro ponto a se comentar nessa questão é que foi fornecida a taxa de juros nominal
anual, porém os pagamentos são semestrais. Portanto, devemos converter a taxa anual em
semestral.
A conversão de taxa nominal em efetiva é sempre feita pelo conceito de proporcionalidade.

Podemos, então, calcular o fator de amortização a uma taxa de 15% ao semestre com 18 pa-
gamentos semestrais usando a tabela fornecida.

Agora, podemos calcular as parcelas:

Dessa maneira, as parcelas são iguais a R$ 100.000. O cupom de juros envolvido na primeira
parcela é calculado em cima do capital inicial da dívida.

Podemos, então, calcular a amortização embutida nessa parcela como a diferença entre a
parcela e os juros pagos:

A amortização se refere ao decréscimo do saldo devedor provocado pelo pagamento da pri-


meira parcela. Portanto, teremos que o novo saldo devedor será:

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Para facilitar seu entendimento, montemos um esquema do empréstimo apresentado:

Perceba que o cupom de juros J1 foi calculado com base no valor de R$ 612.800, que era o
saldo devedor inicial. A soma dos juros com a amortização produz o valor da parcela, que é de
R$ 100.000.
O cupom de juros envolvido na segunda parcela é calculado com base no saldo devedor no mês 1.

Podemos, então, calcular a amortização embutida nessa parcela como a diferença entre a
parcela e os juros pagos:

É interessante notar que realmente a amortização no sistema francês é sempre crescente.


Como a questão pediu a amortização na segunda parcela, já podemos marcar o gabarito cor-
respondente.
Letra e.

078. (QUESTÃO INÉDITA) João financiou R$27.000 por meio do Sistema Francês de Amorti-
zação para a compra de um automóvel em 24 meses a uma taxa de juros de 2% ao mês. Faltan-
do 9 meses para o final do empréstimo, ele resolveu quitar a sua dívida pagando todo o saldo
devedor que ainda restava. Assinale a alternativa que corresponde ao saldo devedor logo após
o pagamento da décima quinta parcela.
Dados: (1,02)24 = 1,6 e (1,02)9 = 1,2.
a) R$9.000,00
b) R$10.125,00
c) R$12.000,00
d) R$15.000,00
e) R$18.000,00

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Uma questão muito avançada a respeito do sistema francês de amortização.

Podemos calcular a parcela por meio do sistema francês maior, que possui 24 pagamentos.

Portanto, a parcela será:

Agora, podemos calcular o saldo devedor após o décimo quinto pagamento percebendo que
ele corresponde a um sistema francês menor, com apenas 9 pagamentos:

Agora, podemos calcular o saldo devedor D15:

Um ponto importante a se comentar nessa questão é que, embora o indivíduo tenha pagado 15
das 24 prestações (62,5%), ele conseguiu amortizar apenas R$ 15.000 do total de R$ 27.000 –
portanto, a amortização foi de (55,6%).
Letra c.

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079. (VUNESP/PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP/ASSISTENTE DE CONTABILIDADE/DESA-


FIO/2015) Uma pessoa obteve um empréstimo de R$ 8.000,00 (oito mil reais) com um amigo,
que ofereceu as seguintes condições de atualização e pagamento desse empréstimo:
• taxa de juros 12% ao ano – juros simples e não capitalizáveis;
• amortizações semestrais, incluindo juros e principal. Para essas amortizações os juros
deverão ser calculados semestralmente até o vencimento, considerando o valor devedor
líquido, bem como o pagamento da respectiva parcela do principal;
• prazo de 48 meses; e
• por fim, a garantia do empréstimo será de um veículo.
Com base nessas informações, pode-se concluir que o total dos juros pagos nesse emprésti-
mo, em R$, foi de:
a) 960,00
b) 1.320,00
c) 1.920,00
d) 2.160,00.
e) 3.840,00.

Apesar da redação um pouco confusa, a questão se refere ao sistema de amortização cons-


tante (SAC). Como sabemos, a cota de amortização é constante em todas as parcelas.
Como as parcelas são semestrais, devemos converter todos os parâmetros do enunciado em
semestrais.
O número de parcelas é igual a 8, pois 48 meses equivalem a 8 semestres.
Por outro lado, a taxa de juros deve ser convertida em semestral usando o conceito de taxas
de juros proporcionais.

Agora, podemos calcular a cota de amortização em cada parcela:

Dessa maneira, podemos esquematizar:

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Os juros na primeira parcela são calculados por:

Os juros na segunda parcela são calculados por:

Como sabemos, os juros num sistema SAC seguem uma PA. Portanto, a razão da PA será igual
a R$ 60 (R$ 480 – R$ 420).
O cupom de parcelas na última parcela é calculado também em relação ao saldo devedor no
mês anterior.

Agora, basta usar a soma da PA. A soma dos termos de uma PA é igual à média aritmética dos
extremos multiplicado pela quantidade de termos.

Caso você não se lembrasse da fórmula de soma da PA, você também poderia somar os
cupons de juros individualmente.

Agora, basta somar – será bem mais trabalhoso, porém o resultado será igual:

Letra d.

080. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS-AM/TÉCNICO FAZENDÁRIO/2019) Para liquidar uma


dívida referente a um empréstimo, por meio de 30 prestações mensais e consecutivas, conside-
rou-se o sistema de amortização constante a uma taxa de 1,5% ao mês. Se o vencimento da 1ª
prestação se deu 1 mês após a data da contração da dívida e o valor da 10ª prestação foi igual
a R$ 2.630,00, obtém-se que o valor da 1ª prestação supera o valor da última prestação em
a) R$ 810,00.
b) R$ 780,00.
c) R$ 900,00.
d) R$ 870,00.
e) R$ 840,00.

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O sistema SAC é conhecido por manter constante a amortização de um processo, por exemplo,
de empréstimo.
O capital é dado por:

Em que N é o tempo de empréstimo, isto é, 30 meses.


Com isso, o valor de C em função de A torna-se:

Para encontrarmos o saldo devedor referente à 10ª parcela, podemos utilizar a ideia que, como
já foram feitos 9 pagamentos, e, consequentemente, 9 amortizações, o saldo devedor dimi-
nuiu em 9A:

Para encontrarmos o valor de A, podemos utilizar a expressão:

Do enunciado, sabe-se que a décima parcela vale R$ 2.630 e que a taxa de juros vale 1,5% a.m.
Substituindo valores em (III), temos:

Isolando o valor de A, temos:

De volta a (I), o capital inicial é:

Assim, podemos montar o fluxo do saldo devedor para essa questão: o capital inicial tomado
emprestado é igual a R$ 60.000, enquanto a amortização mensal é de R$ 2.000.

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Vale notar que o saldo devedor imediatamente antes da última parcela é necessariamente
igual à amortização, porque, após esse último pagamento, o saldo devedor precisa ser nulo
para que o empréstimo tenha sido quitado.
Podemos, então, calcular a primeira parcela (P1) e a última parcela (P30). Como vimos no fluxo,
na primeira parcela, o saldo devedor é igual ao próprio capital inicial:

Façamos o mesmo para a última parcela. Para o cálculo do último cupom de juros, levamos em
consideração o saldo devedor de R$ 2.000.

Assim, chegamos ao fluxo completo para o financiamento:

O enunciado pediu a diferença entre a 1ª e a 30ª parcela, dada por:

Letra d.

081. (ESAF) Uma máquina tem preço de $2.000.000, podendo ser financiada com 10% de en-
trada e o restante em prestações trimestrais, iguais e sucessivas. Sabendo-se que a financia-
dora cobra juros compostos de 28% ao ano, capitalizados trimestralmente, e que o comprador
está pagando R$205.821 por trimestre, a última prestação vencerá em:
a) 3 anos e 2 meses
b) 3 anos e 6 meses
c) 3 anos e 9 meses
d) 4 anos
e) 4 anos e 3 meses
Dados: Tabela do Fator A de Amortização para i = 7% ao mês

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Em primeiro lugar, vamos converter a taxa de juros nominal em efetiva:

Agora, devemos notar que o valor financiado foi apenas 90% do preço da máquina à vista, ten-
do em vista que 10% foi pago a título de entrada. Sendo assim, temos:

A relação entre a dívida adquirida e a parcela a ser paga é dada pelo fator de amortização:

O fator de amortização encontrado foi de 8,74, que corresponde a n = 14 (veja a tabela). Sendo
assim, o financiamento foi feito em 14 trimestres. Como 1 ano tem 4 trimestres, o financiamen-
to vencerá em 3 anos e 2 trimestres (ou 6 meses).
Letra b.

082. (FGV/ISS-NITERÓI/CONTADOR/DESAFIO/2015) Considere a amortização de uma dí-


vida pelo Sistema francês de amortização – tabela Price em três pagamentos, vencendo a
primeira prestação um período após a liberação dos recursos, sendo que as duas primeiras
parcelas de amortização são R$ 5.000,00 e R$ 5.500,00, respectivamente.
O valor de cada prestação, em reais, é:
a) R$5.250
b) R$5.000
c) R$5.516
d) R$6.050
e) R$6.655

Uma questão bastante complicada. As parcelas do sistema francês são calculadas pelo fator
de amortização:

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Essas parcelas são compostas por juros e amortização.

O enunciado forneceu os valores iniciais de amortização. Além disso, devemos ter em conta que:
• no mês 0, houve a primeira amortização no valor de R$ 5.000, portanto o saldo devedor
diminuiu em R$ 5.000;
• no sistema francês, os juros são calculados sobre o saldo devedor do mês anterior.

Dessa maneira, a primeira parcela é dada por:

Comparando as duas parcelas e lembrando-nos de que elas devem ser iguais, porque é um
sistema francês, temos que:

Agora que descobrimos as taxas de juros, podemos obter a relação entre a parcela e o capital
inicial da dívida:

Agora, escrevemos a parcela:

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Podemos comparar essa expressão com o valor da primeira parcela:

Finalmente, a prestação que foi pedida pelo enunciado:

Letra e.

083. (INÉDITA/2021) Marcelo acabou de passar para o concurso seus sonhos e, por isso, de-
seja comprar um imóvel em 120 parcelas mensais. O preço do imóvel à vista é de R$420 mil.
No entanto, ele sabe que pretende ter filhos daqui a um tempo. Por isso, ele sabe que pode pa-
gar uma parcela maior hoje, mas terá menos dinheiro para pagar as parcelas do apartamento
no futuro.
Por isso, Marcelo optou pelo sistema de amortização constante. De acordo com sua programa-
ção financeira, ele pretende começar a primeira parcela de R$4.000, mas pretende aliviar seus
pagamentos à medida que transcorrer o tempo, de modo que a última parcela seja de R$1.620.
Com base nessas informações, Marcelo deverá dar uma entrada no valor de:
a) R$164.000
b) R$180.000
c) R$192.000
d) R$205.000
e) R$228.000

O primeiro passo para resolver essa questão é entender que Marcelo não vai financiar todo o
apartamento. Apenas uma parte, que chamaremos de C.
A entrada corresponde justamente à parte que Marcelo não financiou: R$ 420.000 – C.
A questão também não informou a taxa de juros envolvida no financiamento. Porém, sabemos
a programação financeira de Marcelo e também podemos desenhar o esquema:

Como são feitos 120 pagamentos, a amortização mensal será:

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De acordo com a programação de Marcelo, a primeira parcela deve ser de R$ 4.000 e a última
de R$ 1.620.
Os juros da primeira parcela incidem sobre o saldo devedor no mês 0, que é o capital total to-
mado em empréstimo. Esse capital é C – não é R$ 420.000.
Precisamos nos lembrar de que todas as parcelas são compostas de juros e amortização.
Portanto, a primeira parcela será:

Já a última parcela será:

Basta subtrair (I) – (II) e teremos:

Agora, temos:

Já calculamos, portanto, o produto Ci. Então, podemos calcular o capital tomado emprestado
usando, por exemplo, a equação (I):

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Dessa maneira, Marcelo tomou R$ 192.000 financiados para pagar o imóvel. E a entrada a ser
paga corresponde à diferença entre o total do imóvel e esse valor que foi financiado.

É interessante observar que podemos calcular também a taxa de juros envolvida. Já sabemos
o produto Ci. Portanto, temos:

Trata-se, portanto, de uma taxa de juros módica. É uma taxa que pode ser oferecida por alguns
bancos. Normalmente, as condições são exatamente as propostas no enunciado – quando
você paga uma entrada superior a 50% do imóvel, não tem dívidas anteriores e tem um bom
histórico no Serasa, é bem possível de conseguir taxas de juros efetivas próximas a essa.
Letra e.

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GABARITO
1. b 29. d 57. C
2. E 30. C 58. E
3. C 31. E 59. E
4. C 32. c 60. C
5. E 33. a 61. C
6. b 34. b 62. d
7. c 35. E 63. b
8. C 36. E 64. a
9. E 37. b 65. d
10. C 38. b 66. d
11. C 39. b 67. e
12. C 40. E 68. a
13. C 41. b 69. d
14. E 42. E 70. a
15. E 43. C 71. d
16. a 44. d 72. e
17. E 45. a 73. 13.800
18. c 46. e 74. a
19. a 47. d 75. e
20. e 48. a 76. b
21. C 49. d 77. e
22. d 50. d 78. c
23. b 51. Anulada 79. d
24. E 52. d 80. d
25. C 53. d 81. b
26. E 54. e 82. e
27. C 55. E 83. e
28. b 56. E

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Thiago Cardoso
Engenheiro eletrônico formado pelo ITA com distinção em Matemática, analista-chefe da Múltiplos
Investimentos, especialista em mercado de ações. Professor desde os 19 anos e, atualmente, leciona
todos os ramos da Matemática para concursos públicos.

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