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RESUMO
ABSTRACT
The proposed article is the result of a preliminary version of the ongoing research in the
master's degree course in Military Sciences of the School of Command and General Staff of
the Army (ECEME).
The military simulation is an excellent instrument for the maintenance of the levels of training
of the Armed Forces, allowing economy of resources and reduction of the inherent risks to the
military activities. Virtual Simulation is a modality for military training, with the use of the
1
Mestrando do Instituto Meira Mattos, ECEME, amorimrodolfo@yahoo.com.br.
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Orientadora.
equipment itself, inserted in a simulated environment. The Brazilian Army expanded the use
of simulators, through the acquisition of modern virtual simulation equipment, and thus
contribute to the process of modernization of the Earth Force and training of its human
resources. The continuous process of adjusting operational Military Organizations, equipping
them with great strategic mobility and combat power to act as deterrents and prompt response
are explicit objectives in the National Defense Policy and Strategy. Thus, the Military
Organizations of Motorized Infantry are being transformed into Mechanized Infantry, which
have been endowed with Heavy Mortar 120 mm, armament of national manufacture, able to
provide a wide support of fire, and that requires a technique of accurate shooting. Therefore,
the proper use of the virtual simulation means in the country collaborates with the training of
the Mechanized Infantry Units in the Fire Support System. In order to contribute to the
process of transformation of the Brazilian Army, this research is inserted in order to analyze
the advantages of developing a basic program of military instruction for the efficient training
of Military Organizations of Mechanized Infantry in the Fire Support System, with the use of
modern virtual simulation equipment available in Brazil.
INTRODUÇÃO
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Existem três modalidades de simulação: construtiva, viva e virtual.
armas leves (STAL) desenvolvido pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx), o
simulador de ataques cibernéticos do Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCiber) e
os modernos simuladores de apoio de fogo presentes no Centro de Adestramento – Sul (CA -
Sul) e na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).
A aquisição destas novas tecnologias tem cooperado para a manutenção da eficiência
e aprimoramento profissional do efetivo do Exército. Desta forma, contribuindo para a
transformação da Força Terrestre, capaz de projetá-la para o futuro: da Era Industrial para a
Era do Conhecimento (BRASIL, 2014).
Neste contexto de modernização, o Exército Brasileiro está implantado as Brigadas
de Infantaria Mecanizada, a partir da transformação das Organizações Militares (OM) de
Infantaria Motorizada em Mecanizada. Desta forma, contribuindo para dotar o país de uma
Força Terrestre com capacidade operacional de atender as exigências de defesa do seu
território.
Os novos Batalhões de Infantaria Mecanizados (BI Mec) estão sendo mobiliados de
modernos equipamentos militares. Dentre eles, está o Morteiro Pesado (Mrt P) 120 mm, o
primeiro morteiro fabricado no país, sendo um armamento atual, de grande mobilidade, e
apreciável precisão (BASTOS, 2005). Este Mrt P é capaz de fornecer um amplo apoio de
fogo as tropas de infantaria no teatro de operações.
O Mrt P 120 mm requer uma técnica de tiro apurada, que envolve diversos
subsistemas de apoio de fogo para que seja alcançado o efeito desejado sobre o alvo. Neste
sentido, a utilização de simuladores virtuais, como ferramenta no processo ensino-
aprendizagem, contribuirá com o adestramento das unidades de infantaria mecanizada no
sistema de apoio de fogo.
Para tanto, é necessário que haja um planejamento adequado para o uso do simulador.
Assim, um programa básico de instrução militar, com um roteiro de atividades a ser seguido,
e a definição dos objetivos a serem atingidos, favorecerá a otimização do tempo e da
utilização da munição por ocasião do tiro real.
É no contexto acima descrito que surge a problemática da pesquisa que ora se
delineia: Que atividades seriam necessárias em um programa básico de instrução militar para
que os objetivos de adestramento no sistema de apoio de fogo sejam alcançados por uma
unidade de infantaria mecanizada, com a utilização de simulação virtual?
Diante desse quadro, o presente trabalho tem por finalidade analisar a simulação
virtual como ferramenta de adestramento das unidades de infantaria mecanizada no sistema
de apoio de fogo. Através de análise crítica, será sugerido um programa básico de instrução
para utilização do meio de simulação virtual de apoio de fogo existente no país.
A fim de viabilizar a consecução do objetivo geral deste artigo, foram formulados os
seguintes objetivos específicos, de forma a encadear logicamente o raciocínio teórico
apresentado neste estudo: apresentar a simulação como ferramenta do processo-ensino
aprendizagem, destacando os atuais meios de simulação virtual em apoio de fogo adquiridos
pelo Exército Brasileiro; estudar o apoio de fogo nas Organizações Militares de Infantaria
Mecanizada, concluindo sobre a atuação do Morteiro Pesado 120 mm no Sistema de Apoio
de Fogo; propor um programa básico de instrução militar para o adestramento das
Organizações Militares de Infantaria Mecanizada no Sistema de Apoio de Fogo, com o uso
de simulação virtual.
No alinhamento dos objetivos citados acima, a presente pesquisa justifica-se à medida
que as novas tecnologias presentes no mundo atual, as mudanças no ambiente operacional e as
significativas alterações nas formas de emprego das forças militares são indutores para
transformação dos atuais meios militares e a construção de um novo instrumento de defesa
terrestre, mais efetivo e compatível a esse novo cenário e a evolução da estatura político-
estratégica que o Brasil crescentemente adquire (BRASIL, 2013).
O espaço de batalha do futuro não deixa transparecer que o poder letal de um exército
deverá ser reduzido, mas que deverá ser mais eficiente e eficaz. Desta forma, a Concepção de
Transformação do Exército reconhece que:
A evolução para a Era do Conhecimento pressupõe uma Força com novas
capacidades e competências, integrada por pessoal altamente capacitado, treinado e
motivado, apta a empregar armamentos e equipamentos com alta tecnologia
agregada e sustentada em uma doutrina autóctone, efetiva e em constante evolução.
(BRASIL, 2013)
Do exposto, a simulação virtual é uma importante ferramenta no Processo Ensino-
Aprendizagem, pois motiva instrutores e instruendos, com o uso de equipamento de alta
tecnologia, que permite reforçar o adestramento militar através da repetição, com redução de
riscos, e gerando economia de meios, principalmente, quando o resultado é o emprego mais
eficiente dos materiais de emprego militar (MEM).
Diante desse quadro, essa pesquisa será qualitativa, uma vez que privilegiará, em fase
inicial, análise de documentos, através de uma revisão da literatura de base, buscando
aprofundar os conhecimentos a respeito do uso da simulação no ensino, da doutrina nacional
no tocante ao uso de simuladores virtuais, da infantaria mecanizada e apoio de fogo. Seguindo
a taxionomia de Vergara (2009), essa pesquisa será descritiva, explicativa, bibliográfica,
documental e de campo.
De um modo geral, verificar-se-á em quais níveis se encontram as discussões e a
produção de material e pesquisas acadêmicas sobre com as quais o presente trabalho pretende
dialogar.
1. DESENVOLVIMENTO
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O Programa Padrão se assemelha a um Plano de Disciplina, com objetivos de instrução a serem atingidos.
adestramento para a Infantaria Mecanizada.
Essa questão pode ser explicada, no fato que o SIMAF foi inicialmente concebido
para ser um simulador de tiro real para a Artilharia de Campanha, conforme Portaria Nr
040, do Estado-Maior do Exército, Reservada, de 08 de junho de 2010. Contudo, com a
capacidade de serem incluídos diversos materiais de apoio de fogo, inclusive morteiros,
ampliou-se a possibilidade para o adestramento também de tropas de Infantaria (CANES,
2014).
No âmbito da Força Terrestre, as Armas dividem-se em dois grupos: as Armas-
Base, que são a Infantaria e a Cavalaria; e as Armas de Apoio ao Combate, como
Artilharia, Engenharia e Comunicações (BRASIL, 2014a).
Cabe, primordialmente, à Artilharia de Campanha prestar o apoio de fogo aos
elementos da Arma-Base. Por isso, é a artilharia o principal sistema de apoio de fogo na F
Ter. Suas unidades podem ser dotadas de obuseiros e lançadores de mísseis e foguetes
(BRASIL, 2015).
Por outro lado, a Infantaria é o elemento de manobra, que por meio da combinação
do fogo e do movimento e do combate aproximado, mais vocacionado a cerrar sobre o
inimigo, para destruí-lo ou captura-lo (BRASIL, 2003).
Contudo, apesar de serem Armas diferentes, conforme doutrina, a ação dos
morteiros da Arma-Base completa a dos obuseiros da Arma de Apoio. Assim, a Infantaria
Mecanizada, através dos fogos do Mrt P 120 mm, contribui também no sistema de apoio de
fogo no combate, juntamente com os fogos da Artilharia de Campanha (BRASIL, 2015).
Como consequência desta situação, é importante o planejamento de exercícios com
os simuladores de apoio de fogo para a Infantaria Mecanizada, mas com objetivos de
adestramento mais vocacionados a esta Arma. E com isso, a Infantaria Mecanizada
contribuirá de forma eficiente com seus fogos de morteiro no sistema de apoio de fogo.
BASTOS, E. C. S. Morteiro Pesado 120mm Raiado Made in Brazil. Ago. 2005. Disponível
em:<http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/index.php?option=com_content&task=view&id=4
07&I temid=1>. Acesso em: 07 nov. 2017.
BRASIL. Exército. Academia Militar das Agulhas Negras. Caderno de Lições Aprendidas e
Observações Realizadas nos Exercícios de Adestramento no SIMAF/AMAN. Resende,
RJ, 2017.
______. Exército. Estado-Maior. C 7-20: Batalhões de Infantaria. 3.ed. Brasília, DF, 2003.
______. Exército. Estado Maior. Portária Nº 55, de 27 de março de 2014. Aprova a Diretriz
para o Funcionamento do Sistema de Simulação de Exército. Brasília, DF, 2014.
JASON, S. Simulator gives field artillery hands on experience. Fort Sill, Okla, 2011.
Disponível em: <
https://www.army.mil/article/63231/simulator_gives_field_artillery_hands_on_experience>
Acesso em: 14 agosto 2018.