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DIRETRIZES PARA

MANUAL

REALIZAÇÃO
DE CONFERÊNCIAS
MUNICIPAIS DE
CULTURA 2023

VI CONFERÊNCIA ESTADUAL DE
Cultura e democracia em construção na terra da liberdade
EXPEDIENTE

Este Manual foi produzido coletivamente pela equipe da Diretoria de


Territorialização da Cultura, da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

Bruno Monteiro
Secretário Estadual de Cultura da Bahia

Amanda Cunha
Coordenadora Geral da Conferência Estadual de Cultura

Nadjane Estrela e Gilmara Lima


Organização e adaptação do texto

Cristiano Oliveira
Revisão

Juliana Dias
Assessora de Comunicação

Leandro Paiva / Ascom SecultBa


Diagramação

MAIS INFORMAÇÕES

Secretaria de Cultura do Estado da Bahia


Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura
Tel: (71) 3103-3453 / 3458
E-mail: conferencia.cultura2023@cultura.ba.gov.br
Site: www.cultura.ba.gov.br
SUMÁRIO

1. COMO CONVOCAR UMA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE


CULTURA...............................................................................................................................4

2. SUGESTÕES PARA ORGANIZAÇÃO.......................................................6

3. METODOLOGIA...............................................................................................8

3.1 EIXOS E SUBEIXOS TEMÁTICOS...........................................................11

3.2 PROPOSTA DE TRABALHO....................................................................13

3.2.1 DETALHAMENTO DA PROPOSTA DE TRABALHO.....................14

4. ORIENTAÇÕES SOBRE OS INSTRUMENTOS..................................25


ORIENTAÇÕES GERAIS

As conferências são espaços destinados ao encontro entre a


sociedade civil e representantes do governo, com o objetivo de
debater e propor políticas, programas e ações para serem
desenvolvidos nos próximos anos. O Poder Público Municipal é o
principal responsável pela convocação, regulamentação e
realização da Conferência Municipal de Cultura, ainda que exista a
possibilidade de realização de conferências livres, de iniciativa da
sociedade civil organizada. Cada município tem autonomia para
elaborar seu regulamento. O importante é contemplar as diretrizes e
estar atento aos critérios estabelecidos no Regulamento da VI
Conferência Estadual de Cultura da Bahia, para que o município
possa colaborar com este processo de construção participativa de
políticas públicas de Cultura. A Secretaria de Cultura do Estado da
Bahia (Secult) disponibiliza neste documento algumas orientações
para a realização de Conferências Municipais de Cultura: minutas de
Decreto, Portaria e Regulamento e modelos de instrumentos de
registro e apoio metodológico.

1. COMO CONVOCAR UMA


CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA

Para realizar a Conferência Municipal de Cultura são necessários


alguns procedimentos:

Convocar a Conferência Municipal através de Decreto do(a)


Prefeito(a) do município, contendo as diretrizes da Conferência
(veja modelo de decreto – ANEXO A).

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ATENÇÃO!

O Modelo de Decreto (Anexo A) pode ser preenchido pelo(a)


gestor(a) municipal de Cultura e revisado pelo setor jurídico da
Prefeitura para que seja inserida a legislação municipal em que se
ampara tal Decreto. Após aprovado, o Decreto deve ser publicado
no Diário Oficial do Município ou qualquer outro veículo de ampla
divulgação.

Elaborar Regulamento da Conferência, detalhando os seus princípios,


diretrizes e critérios para escolha dos(as) delegados(as), considerando
as definições do Regulamento da VI Conferência Estadual de Cultura da
Bahia (veja modelo de Regulamento – ANEXO B);

Apresentar o Regulamento para o Conselho de Cultura (se houver


Conselho no município) ou em Audiência Pública para
conhecimento, discussão e aprovação do Regulamento pelos(as)
participantes da Audiência;

Publicar no Diário Oficial do Município ou em qualquer outro veículo


de ampla divulgação Portaria do(a) Secretário(a) Municipal ou
autoridade responsável pela área cultural na cidade, aprovando o
Regulamento da Conferência Municipal de Cultura. A coordenação
da VI CEC/BA sugere, ainda, que o Regulamento da Conferência de
Cultura aprovado em Audiência Pública seja incluído como Anexo
Único desta Portaria.

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2. SUGESTÕES PARA ORGANIZAR LOCAL
O espaço para realização da conferência deve ter um auditório que
comporta o público estimado e que possua salas disponíveis para
realizar os Grupos de Trabalho. Sugere-se que os Centros de C]ultura,
teatros e outros espaços culturais do município sejam ocupados para
realização da Conferência. Uma opção interessante pode ser utilizar as
escolas para os Grupos de Trabalho, pois elas já possuem uma estrutura
logística como cadeiras, mesas, banheiros, bebedouros e, muitas vezes,
disponibilizam também seus equipamentos de informática. É
importante considerar a necessidade de reservar uma sala para cada
eixo temático. Espera-se que o local escolhido para realização da
Conferência Municipal tenha seis salas disponíveis para os Grupos de
Trabalho - GT 's/Eixos, pois é necessário estar atento que a VI CEC
possui seis (06) eixos temáticos.

EQUIPAMENTOS
É necessário, no mínimo, um computador (com entrada HDMI e USB),
um projetor, caixas de som e um microfone para serem utilizados na
plenária, onde será exibido um vídeo com a metodologia da VI
CEC/BA e também onde serão compartilhadas as propostas em
registro aberto. Sugerimos que sejam disponibilizados, caso possível,
computadores e projetores nos grupos de trabalho e computadores e
uma impressora para o credenciamento dos participantes.

RECURSOS HUMANOS
Para o desenvolvimento pleno das atividades da Conferência é preciso
pessoas para o receptivo e credenciamento dos(as) participantes e de
mediadores(as) para conduzir a metodologia dos grupos de trabalho
e da plenária. É muito importante garantir a presença de um(a)
mediador(a) para cada grupo de trabalho na Conferência Municipal,
no caso, totalizando seis mediadores(as). Estes(as) mediadores(as)
deverão ser orientados(as), em um Encontro Territorial preparado
pelo Representante Territorial de Cultura, com foco na metodologia da
VI CEC/BA.

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MATERIAIS PARA GRUPOS DE TRABALHOS
Formulário I - para o registro das propostas de projetos
(disponibilizado pela Secult para reprodução), folhas de ofício,
canetas piloto, fita crepe, papel metro, mural, quadro ou parede em
que se possam colar tarjetas com fita crepe. Sugerimos que na sala
tenha um aviso (no quadro, em papel metro ou no PowerPoint) da
proposta de trabalho e do tempo de cada etapa, além do pacto para
o desenvolvimento do trabalho (disponível no PowerPoint com o
resumo da Metodologia da Conferência Municipal).

COMUNICAÇÃO

É importante que a Conferência Municipal seja amplamente


divulgada em sua cidade, para toda a população, inclusive do meio
rural. Para isso, liste as principais formas de comunicação já
utilizadas e que são eficazes para a chegada de informação até nos
lugares mais recônditos do município.O indicado é a contratação de
um profissional de comunicação para essa atividade em si (ou
mesmo o deslocamento de um profissional de comunicação lotado
na prefeitura para atuar especificamente para a Conferência). Esse
profissional poderá desenvolver um plano estratégico que seja
eficaz de ajudar na mobilização e na informação sobre a Conferência
na cidade.Para disseminar a informação, utilize veículos de
comunicação local como sites, blogs e em rádios comerciais e
comunitárias (Muitas cidades mantém a ferramenta do “carro de
som”, o que também pode ser importante para chamar a população
para a conferência).As redes sociais tem sido um espaço
imprescindível para fomentar a comunicação e fazer mobilização
social. É recomendado o uso desse espaço com estratégia e com
produção de conteúdo que comunique a Conferência e mobilize
para participação. Incentive também os participantes a produzirem
conteúdos e usarem a hashtag #confecultba.

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ACESSIBILIDADE
A conferência é um espaço para participação política da cultura de
todas as pessoas. Por isso, faz necessário se atentar para garantia da
acessibilidade, imprescindível para uma contribuição efetiva das/os
participantes. Destacamos algumas medidas e ferramentas para
que a conferência municipal tenha espaço e atuação efetiva de
todas/os:- Realize a Conferência em espaços que sejam planos ou
que contenham rampas e elevadores. O espaço escolhido para a
Conferência não deve ter obstáculos que impeçam a participação
de pessoas cadeirantes ou com baixa mobilidade;- Interpretes de
Libras e serviços de audiodescrição são importantes para que a
comunicação aconteça de forma democrática e fluida para todas/os
as/os participantes;- Identifiquem e conversem com representantes
de organizações, grupos ou mesmo militantes na área da pessoa
com deficiência e acessibilidade na sua cidade para acolher suas
demandas na realização da Conferência.

3. METODOLOGIA

As Conferências Municipais são partes integrantes da VI


Conferência Estadual de Cultura da Bahia, que será realizada de
acordo com as seguintes etapas:

Conferências Municipais, intermunicipais e lives - Serão realizadas


nos 417 municípios baianos, até 30 de outubro.

Conferências Territoriais - Serão realizadas 27 conferências, uma


em cada Território de Identidade, entre 01 de novembro a 24 de
novembro de 2023.

Encontros Setoriais - de 01 de novembro a 06 de dezembro de 2023.

Conferência Estadual - de 06 de dezembro a 08 de dezembro de 2023.

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ATENÇÃO!
Cada Conferência Municipal de Cultura tem suas especificidades e
deve abordar temas pertinentes à realidade do município. Porém,
com vistas à consolidação do Sistema Estadual de Cultura, que
pressupõe a construção de políticas públicas a partir de um diálogo
entre os três entes federativos (União, Estado e Município), e com o
objetivo de integrar os resultados das Conferências Municipais aos
trabalhos das Conferências Territoriais e Estadual de Cultura, a
Secult sugere que os municípios adotem o temário e a metodologia
da VI Conferência Estadual de Cultura:

"Cultura e democracia em construção na terra da liberdade!”

Neste sentido, o objetivo central das Conferências Municipais de Cultura


deve se pautar em torno da elaboração do Plano Municipal de Cultura.

Adotando o temário da VI Conferência Estadual de Cultura, sugerido pela


SECULT, a proposta de metodologia das Conferências Municipais
apresenta quatro particularidades:

a) As atividades em grupo serão orientadas pelas propostas elaboradas


nas Conferências Municipais de Cultura anteriores;

b) Serão levantadas as necessidades do município no campo da Cultura, a


partir de uma ferramenta específica (Matriz FOFA) - ANEXO;

c) Serão elaboradas propostas de projetos para compor os Planos


Municipais de Cultura. Estas propostas de projetos serão alinhadas aos
eixos temáticos da VI CEC e serão elaboradas a partir do cruzamento das
necessidades identificadas através da Matriz FOFA e das proposições
elaboradas anteriormente. Ou seja, os participantes das Conferências
Municipais irão identificar as necessidades e demandas e propor projetos
mais adequados para que tais necessidades sejam atendidas. Proposta _ O
QUÊ? Projeto _ COMO?

d) Ao final das Conferências serão indicadas propostas de projetos de


âmbito territorial que irão compor os Planos Territoriais de Cultura.

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Conferências Conferências Encontros Conferência
Municipais Territoriais Setorias Estadual

3 propostas 1 Proposta
1 Proposta 1 Proposta
municipais setorial
territorial (se houver)
Estadual

ATENÇÃO!

Para que os municípios participem do processo de elaboração dos


Planos Territoriais, é essencial a realização de Conferências
Municipais, pois nelas serão coletados os subsídios para elaboração
dos Planos Territoriais e avaliação do Plano Estadual de Cultura. Para
o desenvolvimento da metodologia da Conferência, a SECULT
qualificou seus Representantes Territoriais de Cultura que terão o
seguinte papel:

1. Assessorar o(a) Dirigente Municipal na preparação e organização


da Conferência, de acordo com os princípios propostos pela
Secretaria de Cultura do Estado;

2. Auxiliar na qualificação de mediadores(as) para condução das


atividades nos Grupos Temáticos/Eixos das Conferências Municipais;

3. Facilitar o desenvolvimento da metodologia: orientar,


acompanhar e, sempre que possível, supervisionar as atividades
durante o processo da Conferência;

4. Acompanhar o encaminhamento do Relatório da Conferência


Municipal para as instâncias previstas, contendo informações sobre as
propostas priorizadas e os(as) delegados(as) eleitos(as).

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3.1 EIXOS E SUB-EIXOS TEMÁTICOS

Durante as conferências as atividades girarão em torno de seis eixos


temáticos, podendo ser escolhidos um ou mais eixos, a saber:

Eixo 1: Territorialização, Institucionalização, Marcos Legais e


Sistema Nacional de Cultura;

Avançar na discussão de propostas para o fortalecimento da


institucionalização das políticas culturais, planejamento de programas
e ações para a consolidação de uma política cultural sistêmica.

Eixo 2: Democratização do acesso à Cultura, aos serviços e


equipamentos culturais e participação social;

Promover a descentralização da política cultural, garantia de pleno


direito ao palco e à plateia, por meio da valorização das periferias,
Culturas e tradições comunitárias. Estimular a organização de
instâncias consultivas nos territórios, bem como a construção de
mecanismos de participação da sociedade civil, a ampliação do
diálogo com agentes e fazedores(as) culturais enquanto metodologia
para exercício da ampla democracia, valorizando o papel dos/as
trabalhadores/as da Cultura e seu protagonismo na economia criativa.

Eixo 3: Identidade, Patrimônio e Memória;

Defender o direito à memória, ao patrimônio e aos museus,


reconhecendo protagonismos populares na construção de uma
agenda política de responsabilidades compartilhadas entre
instituições, comunidades e grupos, em prol do reconhecimento e
valorização da diversidade étnica, regional e socioeconômica, e
agregando narrativas silenciadas, processos sensíveis da história
nacional e bens culturais não consagrados à representação das
identidades brasileiras.

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Eixo 4: Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e
Acessibilidade na Política Cultural;

Criar mecanismos que garantam o reconhecimento da diversidade


das expressões culturais, valorização e promoção de identidades dos
territórios culturais brasileiros. Nesta seara, compreendemos também
a importância de promover diversidades e garantia de direitos,
fazendo enfrentamento ao racismo e a LGBTQIAPN+fobia, ao
genocídio da população negra, ao extermínio de povos indígenas, ao
feminicídio, racismo religioso, estigmas contra comunidades ciganas e
todas as formas de discriminações correlatas.

Eixo 5: Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade;

Ampliação da participação da Cultura no desenvolvimento


socioeconômico e garantias de condições necessárias para a
consolidação da economia criativa e promoção de estratégias de
sustentabilidade para o setor cultural.

Eixo 6: Direito às Linguagens, Meios Artísticos e Digitais.

Criação de espaços de diálogo, reflexão e construção coletiva


acerca do papel das artes em sua diversidade de fazeres, territórios e
agentes, e do acesso às linguagens artísticas e digitais no
fortalecimento da democracia na contemporaneidade, assim como
o papel do Estado brasileiro e seus entes federados na construção
de políticas públicas para o desenvolvimento das redes produtivas
dos setores das artes no Brasil.

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3.2 PROPOSTA DE TRABALHO

Veja sugestões para condução das atividades durante a Conferência


Municipal de Cultura:

SUGESTÃO DE PROGRAMAÇÃO – 2 (dois) dias de trabalho

1º DIA

Plenária (noite)
17 h Credenciamento
18 h Abertura do evento (1h)
19h Diálogo sobre Leis de Fomento
(Oficinas de elaboração de projetos e ou escutas para Lei Paulo Gustavo)

2º DIA

GRUPOS DE TRABALHO
7 h Credenciamento
8 h Exibição de vídeo com metodologia da VI CEC (20min)

GRUPOS DE TRABALHO

8h30 Identificação das necessidades do município (1h)


9h30 Leitura das propostas municipais elaboradas anteriormente (30 min.)
10h30 Priorização das propostas que serão transformadas em
projetos (30 min)
10h50 Elaboração de propostas de projetos (4h)
12h30 Intervalo de almoço
14h Continuação dos GT's – elaboração de propostas de projetos

Plenária

16h30 Compartilhamento de resultados (1h)


17h30 Escolha dos membros do GT de Articulação Municipal (30min)
18h Escolha de delegados(as) - 5% do total de participantes (30min)
18h30 Orientações sobre os próximos passos (10min)
18h40 Encerramento com celebração cultural.

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3.2.1 DETALHAMENTO DA PROPOSTA
DE TRABALHO

CREDENCIAMENTO

8h - Momento de recepção e inscrição dos(as) participantes, fornecendo


seus principais dados e identificando se representa a sociedade civil ou a
área governamental, além de escolher qual dos 6 (seis) grupos temáticos
irá fazer parte. Sugerimos que no credenciamento sejam distribuídos o
Regulamento da Conferência Municipal e o texto base para as discussões
em grupo. O credenciamento deve contar com colaboradores(as) e, nas
grades cidades, a orientação é usar computadores e formar equipe de 4 a
6 pessoas que ficarão responsáveis pelo cadastro. Isso agilizará a
inscrição e facilitará a contagem de participantes. Esta é também uma
oportunidade para, através do preenchimento da Ficha de Inscrição (a
ser definida pelo município), recolher informações para compor um
banco de dados, que pode auxiliar no mapeamento dos(as) agentes
culturais do município.

ATENÇÃO!

O cadastramento das pessoas é muito importante, pois o número de


delegados municipais para a etapa territorial será definido aplicando
percentual do número de participantes na Conferência Municipal.
Observa-se que a Conferência Municipal só será validada perante a
Conferência Estadual com a comprovação de quorum mínimo de 25
(vinte e cinco) participantes.

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PLENÁRIA - ABERTURA DO EVENTO

8h30 - O(a) dirigente municipal pode realizar um momento político, com a


presença de autoridades locais e uma fala inspiradora de algum(a) artista,
educador(a) ou personalidade da cidade sobre o tema central da
Conferência. Além disso, este espaço pode ser aproveitado para que o(a)
dirigente estabeleça um diálogo com a sociedade civil sobre as
proposições de âmbito municipal coletadas nas Conferências anteriores, e
os encaminhamentos dados pelo Poder Público municipal.

ATENÇÃO!

Após as orientações iniciais, cada participante deve apresentar sua


compreensão e dúvidas sobre a metodologia e os eixos temáticos da
Conferência, discutindo com os demais participantes, visando
promover a ampliação do conhecimento sobre o tema.

GRUPOS DE TRABALHO

10h - Identificação das necessidades do município. Antes de iniciar a


elaboração das propostas de projetos, os(as) participantes devem
identificar as necessidades do município no campo da Cultura a
partir da Matriz FOFA. Para melhor entender como aplicar a Matriz
FOFA nos grupos de trabalho, veja o detalhamento e a sugestão para
condução desta etapa inicial:

a) Dívida o “grupão” em 4 sub-grupos e distribua, para cada


participante, uma tarjeta (folha de papel ofício);

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b) Os participantes deverão identificar nas tarjetas as Forças, as
Oportunidades, as Fraquezas e as Ameaças do município, de acordo
com o eixo do seu grupo temático.

Nisso consiste a Matriz FOFA, em identificar as Forças, Oportunidades,


Fraquezas e Ameaças de determinado ambiente. Neste caso, o(a)
mediador(a) pode solicitar que cada grupo fique responsável por
identificar um dos itens acima, os participantes deverão:

FORÇAS OPORTUNIDADES
Identificar nas tarjetas Identificar nas tarjetas
as forças do município as oportunidades do
nesta área município nesta área

FRAQUEZAS AMEAÇAS
Identificar nas tarjetas Identificar nas tarjetas
as fraquezas do as ameaças do
município nesta área município nesta área

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c) Em um painel colado na parede, reserve um espaço para cada um
destes itens, da seguinte forma:

MURAL 1

FORÇAS OPORTUNIDADES

FRAQUEZAS AMEAÇAS

d) Cada subgrupo deverá eleger um(a) representante que irá


compartilhar as contribuições do grupo colando as tarjetas no painel.

e) O(a) mediador(a) deverá auxiliar no agrupamento das tarjetas,


sugerindo eliminação de tarjetas com informações duplicadas ou
reformulação da informação, caso se trate de algo de difícil
compreensão. É importante que o(a) mediador(a) seja imparcial e
não utilize o critério “certo” ou “errado”.

f) Após agrupar as tarjetas, os(as) participantes retornaram aos sub-


grupos. A partir dos resultados expostos no mural, os(as)
participantes deverão:

- No grupo 1: identificar nas tarjetas o que é preciso fazer para


fomentar os itens listados como “forças”;
- No grupo 2: identificar nas tarjetas o que é preciso fazer para
aproveitar os itens listados como “oportunidades” ;
- No grupo 3: identificar nas tarjetas que é preciso fazer para
minimizar ou eliminar os itens listados como “fraquezas”;
- No grupo 4: identificar nas tarjetas o que é preciso fazer para tornar
o município preparado o suficiente para lidar com os itens listados
como “ameacas”.

Obs: O ideal é que nesta etapa cada sub-grupo apresente apenas


uma resposta (tarjeta), totalizando ao final da dinâmica 4 tarjetas.

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g) Novamente, o(a) representante de cada sub-grupo irá
compartilhar a contribuição do grupo (desta vez em apenas uma
tarjeta por sub-grupo) colando a tarjeta em um novo mural, da
seguinte forma:

MURAL 2

RESULTADO DAS PROPOSTAS

(Critérios para escolha das propostas)

Tarjeta 1 Tarjeta 2
Tarjeta 3 Tarjeta 4

h) Após o compartilhamento das tarjetas, os subgrupos podem ser


desfeitos. No mural 2 há o subsídio para realização da próxima etapa
da atividade no grupo temático/eixo.

LEITURA DAS PROPOSTAS


ELABORADAS ANTERIORMENTE

11h - Momento de considerar os resultados das Conferência


anteriores. Nesta etapa os(as) participantes irão ler, no “grupão”, todas
as propostas que foram elaboradas para o tema do seu GT/eixo. O ideal é
que, durante a leitura das propostas, o(a) mediador(a) já auxilie os(as)
participantes a identificar as propostas que atendem as demandas
identificadas através da Matriz FOFA (que estão dispostas no Mural 2).
Aquelas propostas que não tiverem relação com as necessidades
listadas podem ser descartadas pelo grupo. Isso vai resultar na redução
do número de propostas disponíveis. Nos municípios onde não ocorreu
Encontro Municipal (em 2007) nem Conferência Municipal (em 2009 e
2013), o(a) dirigente do município pode optar por:

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Realizar a conferência somente para coletar propostas de
estratégias (conforme metodologia das conferências anteriores).
Neste caso, solicite ajuda ao Representante Territorial de Cultura da
Secult para saber como foram conduzidas as atividades nas
conferências anteriores.
OU

Já partir para a elaboração de propostas de projetos com base nas


necessidades identificadas através da Matriz FOFA.

PRIORIZAÇÃO DAS PROPOSTAS QUE


SERÃO TRANSFORMADAS EM PROJETOS

11h15 - Este momento é muito importante, pois cada GT/Eixo deverá


elaborar apenas 4 propostas de projetos:

a) 3 (três) que irão compor os Planos Municipais de Cultura;


b) 1 (uma) que poderá compor o Plano Territorial de Cultura.

Por isso, os(as) participantes de cada GT/Eixo deverão escolher, entre


as propostas elaboradas anteriormente, três propostas para o Plano
Municipal de Cultura e uma para o Plano Territorial. Estas propostas
serão, posteriormente, detalhadas e transformadas em projetos que
poderão compor estes planos.

ATENÇÃO!

Para elaborar propostas de projetos territoriais os(as) participantes


devem considerar demandas que contemplem o conjunto de
municípios do seu Território de Identidade, e não somente questões
referentes ao seu município. Por isso, é muito importante que o(a)
mediador(a) do GT/Eixo esteja atento(a) à esta necessidade,
alertando os participantes quando necessário.

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FIQUE ATENTO TAMBÉM!

A Secult sugere uma quantidade de propostas a serem priorizadas


para facilitar as próximas etapas da elaboração do plano, já com
prioridades definidas. Contudo, o(a) gestor(a) municipal pode
optar por indicar a elaboração de mais de 3 propostas de projetos
para o Plano Municipal.

ELABORAÇÃO DE PROPOSTAS
DE PROJETOS

11h45 - Os(as) participantes dos GT 's/Eixos irão iniciar a elaboração


de projetos para executar as propostas priorizadas. Este
detalhamento deve ser feito no Formulário, sugerido pela SECULT
para otimizar e equiparar os resultados dos GT 's/Eixos. Ao final da
atividade, cada GT/Eixo deverá indicar um(a) representante para
reunir as propostas de projetos elaboradas e apresentá-las na
plenária final. As instruções para o preenchimento deste formulário
constam no DVD (material que será disponibilizado pela SECULT,
cujo local de exibição pode ser a plenária inicial da conferência, logo
após a cerimônia de abertura).

ATENÇÃO!

O(a) mediador(a) deve ficar atento(a) em relação à indicação, do


âmbito da proposta de projeto. Além disso, o(a) mediador(a) deve
solicitar que o grupo indique um(a) participante para apresentar os
resultados do GT/Eixo na Plenária Final.

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PLENÁRIA FINAL
COMPARTILHAMENTO DE RESULTADOS

Os(as) representantes dos grupos temáticos/eixos irão apresentar


as propostas de projetos elaborados.
As propostas de projetos municipais deverão ser aprimoradas
posteriormente para compor o Plano de Cultura do Município.

As propostas de projetos territoriais irão para a etapa territorial da VI


CEC, onde será conduzido o processo de elaboração dos Planos
Territoriais de Cultura.

Para apresentação dos resultados em plenária, o formulário com as


propostas de projetos podem ser visualizados com auxílio de
computador e datashow e em registro aberto.

ESCOLHA DOS MEMBROS DO


GRUPO DE ARTICULAÇÃO
MUNICIPAL

17h30 - Para dar continuidade a elaboração do Plano Municipal de


Cultura, a plenária pode eleger um grupo com representatividade da
sociedade civil e do Poder Público local. Nos municípios onde há
Conselho de Cultura, a plenária poderá optar por uma das seguintes
deliberações:

Opção 1: O Conselho de Cultura dará continuidade a elaboração do


Plano Municipal (dispensando a eleição do Grupo de Articulação).
Neste caso, a coordenação da VI CEC sugere que, no mínimo, um
delegado eleito para Conferência Territorial participe deste
processo junto ao Conselho.

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Opção 2: O Grupo de Articulação Municipal deverá dar continuidade à
elaboração do Plano Municipal de Cultura. Neste caso, a eleição deste
Grupo pode ser feita na plenária final da Conferência Municipal.
Sugerimos alguns critérios para composição do GT Municipal:

COMPOSIÇÃO - GRUPO DE
ARTICULAÇÃO MUNICIPAL

3 representantes da sociedade civil (1 delegado(a) e 2 participantes


comuns);

2 representantes do Poder Público local.

Sugerimos ainda que, na escolha dos(as) membros do Grupo de


Articulação Municipal, sejam considerados os seguintes aspectos:

_ Comprometimento com a elaboração do Plano Municipal de Cultura;

_ Efetiva participação na área cultural;

_ Boa capacidade argumentativa;

_ Experiência na elaboração de textos;

_ Disponibilidade para reunir-se com os demais membros do grupo,


quando necessário;

_ Facilidade em participar de processos de construção coletiva;

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A ELEIÇÃO DOS(AS) MEMBROS
DO GT DE ARTICULAÇÃO
MUNICIPAL PODE SER FEITA DE
TRÊS FORMAS:

1. Contraste: o(a) candidato(a) que tem interesse em compor o grupo


se inscreve. Na plenária, o(a) candidato(a) se apresenta e os(as)
demais elegem os(as) candidatos(as) inscritos através de crachás ou
levantando a mão. Os(os) 5 candidatos(as) mais votados comporão o
Grupo de Articulação Municipal.

2. Aclamação: quando a plenária anuncia/proclama quem é membro


do grupo.

3. Votação: através de inscrição de candidatos e confecção de cédulas.

ESCOLHA DE DELEGADOS

18h - A conferência validada com 25 participantes elege 1


delegado(a) direto para Conferência Estadual, porém, é obrigatório
a participação do(as) delegado da Conferência Territorial.

A escolha de delegados(as) titulares e suplentes deverá respeitar a


proporção de 2/3 (dois terços) sociedade civil e 1/3 (um terço)
poder público, de acordo com o critério abaixo:

QUANTITATIVO DE Nº DE DELEGADOS(AS) Nº DE DELEGADOS(AS)


PARTICIPANTES NA ELEITOS(AS) PARA A ELEITOS(AS) PARA A
CONFERÊNCIA MUNICIPAL CONFERÊNCIA CONFERÊNCIA
OU INTERMUNICIPAL TERRITORIAL ESTADUAL

Menos de 25 Não elege delegado(a) Não elege delegado(a)


De 25 a 500 5% dos participantes 01 delegado(a)
Acima de 500 25 delegados(as) 01 delegado(a)

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Sugerimos que na escolha de delegados(as) sejam considerados
alguns aspectos:

Efetiva participação na área cultural;

Boa capacidade argumentativa;

Facilidade em participar de processos de construção coletiva;

Disponibilidade para viajar;

Comprometimento com a difusão dos resultados das conferências;

O conjunto de delegados(as) deve contemplar segmentos diversos,


bem como procurar atender a diferentes áreas geográficas do
município, tanto na área urbana quanto na rural.

OS(AS) DELEGADOS(AS) PODEM


SER ELEITOS POR:

1. Contraste: o(a) candidato(a) se inscreve e através de crachás ou


levantando a mão é possível ver, por contraste, quem tem a maioria
dos votos da plenária.

2. Aclamação: quando a plenária anuncia/proclama quem e o(a)


delegado(a).

3. Votação: através de inscrição de candidatos(a) e confecção de


cédulas.

Os(as) delegados(as) titulares e suplentes deverão preencher uma


Ficha de Cadastro (Formulário VI) e assinar um Termo de
Compromisso reconhecendo ser o(a) representante do município,
se comprometendo a participar ativamente e difundir os resultados
das Conferências.

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ORIENTAÇÕES SOBRE OS
PROXIMOS PASSOS
18h30 - Pode ser realizada pelo(a) Dirigente Municipal e/ou
Representante Territorial da Secult. Neste momento, é importante
que seja apresentada a próxima etapa da VI CEC/BA - a Conferência
Territorial - e os encaminhamentos que o(a) Dirigente dará, junto
com o Grupo de Articulação Municipal eleito, às propostas de
projetos municipais coletadas.

ENCERRAMENTO COM
CELEBRAÇÃO CULTURAL
18h40 - A critério de cada Dirigente Municipal.

4. ORIENTAÇÕES SOBRE
OS INSTRUMENTOS

Este manual segue com a versão digital dos modelos de Decreto e


de Regulamento para as Conferências Municipais, de todos os
formulários sugeridos para cadastramento de participantes,
delegados(as) e registro dos resultados da Conferência. Veja abaixo
algumas informações sobre estes instrumentos:

A) MODELOS DE DECRETO E DE
REGULAMENTO - ANEXO A E B
Minutas sugeridas pela SECULT para facilitar o processo de convocação
e regulamentação das Conferências Municipais. Os modelos destes
documentos pressupõem um alinhamento metodológico da
Conferência Municipal com as demais etapas da VI CEC. Para utilizá-los,
basta que cada Dirigente preencha os espaços destacados com as
informações referentes à Conferência do seu município.

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B) LISTA DE CREDENCIAMENTO
INSCRIÇÃO DE PARTICIPANTES

No ato do credenciamento participante deverá preencher e


escolher qual dos grupos temáticos fará parte.

C) FORMULÁRIO I - REGISTRO DE
PROPOSTAS - PANORAMA DO SISTEMA
MUNICIPAL DE CULTURA - O EIXO I

Identificar os processos referentes à implementação do Sistema


Municipal de Cultura.

D) FORMULÁRIO II
REGISTRO DE PROPOSTAS

As propostas poderão ser registradas em formulário próprio,


fornecido pela Secretaria de Cultura, onde será identificado o Grupo
de Trabalho/Eixo e a abrangência da proposta (municipal ou
territorial). Este formulário deve ser utilizado nos grupos de trabalho,
onde os(as) participantes detalharão as propostas de projetos. Além
disso, o conjunto de propostas de projetos resultantes de cada GT
pode ser utilizado para apresentação dos resultados na plenária final,
projetando os formulários com auxílio de computador e datashow.

E) FORMULÁRIO III - CADASTRO DE


DELEGADOS(AS) TITULARES E SUPLENTES

Os(as) delegados(as) eleitos(as) deverão preencher este formulário


que traz dados mais completos como RG e CPF, além da assinatura
de um Termo onde a pessoa se compromete em participar
ativamente e difundir os resultados das Conferências.

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F) FORMULÁRIO IV- GRUPO DE
TRABALHO PARA A EXECUÇÃO E O
ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE AÇÕES
ESTRATÉGICAS PARA A CULTURA NO MUNICÍPIO

Os(as) participantes devem eleger o Grupo de Trabalho para Execução e


Acompanhamento do Plano de Ações Estratégicas para a Cultura no
Município. Este grupo deve ser formado paritariamente pela sociedade
civil e pelo poder público. O(a) relator(a) deve preencher o formulário.

G) ANEXO C - RELATÓRIO FINAL


DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL

No Relatório Final, o(a) Gestor(a) Municipal de Cultura irá descrever


o processo de organização e realização da Conferência,
quantificando e qualificando a participação, registrando as
deliberações e identificando os(as) delegados(as) eleitos(as) para a
etapa territorial. informando as propostas prioritárias de todos os
Grupos de Trabalho para o município e para o território.

O Relatório deverá ser encaminhado à Comissão Organizadora


Estadual da VI Conferência Estadual de Cultura da Bahia, no prazo
máximo de 5 (cinco) dias corridos, após a realização da Conferência.
O Relatório final deverá ser enviado em formato digital para o
e-mail: conferencia.cultura2023@cultura.ba.gov.br.

H) ANEXO D - MATRIZ FOFA

Metodologia para os participantes identificarem as Forças,


Oportunidades, Fraquezas e Ameaças da temática pedida.

ACESSE OS ANEXOS AQUI!

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VI CONFERÊNCIA
ESTADUAL DE

Cultura e democracia em construção


na terra da liberdade

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