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BASE DA FITOTERAPIA E PRESCRIÇÃO NA PRÁTICA

Fernanda Galante – Farmacêutica e Nutricionista


CRF 18808 - CRN3- 55162

1
Prof. MSc: Fernanda Galante
Nutricionista graduada pela UNINOVE
Farmacêutica graduada pela UNIMEP
Mestre em Farmacologia pelo ICB_USP
Pós Graduada em Fitoterapia Funcional /VP
Vice-Presidente do CONBRAFITO (Conselho Brasileiro de Fitoterapia)
Membro a APFIT ( Associação Paulista de Fitoterapia)
Nutricionista e Pesquisadora Responsável do HSI (Militares de Elite de SP e RJ)
Docente do curso de Pós graduação da VP Centro de Nutrição Funcional
@nandagalante 2
Fitoterapia: terapêutica caracterizada
pelo uso de plantas medicinais em suas
diferentes formas farmacêuticas, sem a
utilização de substancias ativas isoladas,
ainda que de origem vegetal

3
4
No Brasil foi aprovado em 2006, a Política
Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no Sistema
Único de Saúde (SUS), contemplando
diretrizes e responsabilidades institucionais para
implantação e adequação de ações e serviços de
medicina tradicional chinesa/acupuntura,
homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia,
além de instituir observatórios em saúde para o
termalismo social/crenoterapia e para a medicina
antroposófica no SUS (BRASIL, 2012).

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A palavra prescrição, etimologicamente, significa um conjunto de ações
documentadas relativas ao cuidado à saúde, visando à proteção e recuperação
da saúde, bem como a prevenção de doenças e outros problemas relacionados à
saúde (BRASIL, 2013b).

O termo prescrição de medicamentos é designado na literatura como


um documento com valor legal, a partir do qual é dispensado e administrado
medicamentos e terapêuticas ali descritas. Este documento responsabiliza o
prescritor perante o paciente e a sociedade (OSORIO-DE-CASTRO; PEPE,
2013).

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CBO: 0-61.5 – Médico Generalista

Resumida: Efetua exames médicos, emite diagnósticos, prescreve medicamentos e


realiza outras formas de tratamento para diversos tipos de enfermidades, aplicando
recursos de medicina preventiva ou terapêutica, para promover a saúde e bem-estar
do cliente.

De acordo com o Código de Ética Médica, é direito do médico:

Art. 21: Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas


as práticas reconhecidamente aceitas e respeitando as normas legais vigentes no País.

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A Lei 5.081 de 1966, que regula o exercício da Odontologia, determina no art. 6, item II: "Compete
ao cirurgião-dentista prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo,
indicadas em Odontologia".

Resolução CFO – 82/2008


Reconhece e Regulamenta o uso pelo cirurgião-dentista de práticas
integrativas e complementares à saúde bucal

Art 1º. Reconhecer o exercício pelo cirurgião-dentista das


seguintes práticas integrativas e complementares à saúde
bucal: Acupuntura, FITOTERAPIA, Terapia Floral, Hipnose,
Homeopatia e Laserterapia.

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LEI Nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968
Dispõe sobre o exercício da profissão de médico-veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de
Medicina Veterinária.

CAPÍTULO II - DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Art. 5º É da competência privativa do médico veterinário o exercício das seguintes atividades e funções a cargo da
União, dos Estados, dos Municípios, dos Territórios Federais, entidades autárquicas, paraestatais e de economia
mista e particulares:
a) a prática da clínica em todas as suas modalidades;
b) a direção dos hospitais para animais;
c) a assistência técnica e sanitária aos animais sob qualquer forma;
d) o planejamento e a execução da defesa sanitária animal ...

Art. 6º Constitui, ainda, competência do médico veterinário o exercício de atividades ou funções públicas e
particulares, relacionadas com:

... e) a responsabilidade pelas fórmulas e preparação de rações para animais e a sua fiscalização
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CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPEUTAS
RESOLUÇÃO COFFITO Nº 380, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010

Regulamenta o uso pelo Fisioterapeuta das práticas Integrativas e Complementares à Saúde e dá


outras providências
Artigo 1º: autoriza a prática pelo Fisioterapeuta dos atos complementares ao seu exercício
profissional regulamentado, nos termos desta resolução e da portaria MS número 971/2006:
a) Fitoterapia-restrições de prescrição-RDC 138/03
b) Práticas Corporais, Manuais e Meditativas
c) Terapia Floral
d) Magnetoterapia
e) Fisioterapia Antroposófica
f) Termalismo / Crenoterapia / Balneoterapia
g) Hipnose

ACORDÃO 611 de Abril de 2017 normatiza a utilização e/ou indicação de substâncias de livre
prescrição pelo fisioterapeuta, ou seja, o fisioterapeuta poderá adotar as referidas substâncias,
de forma complementar à sua prática profissional.
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- O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), emitiu o Parecer Informativo 004/95, em que reconhece o
caráter holístico da formação do enfermeiro e os aspectos ético-legais da utilização das práticas
alternativas no cuidado ao cliente.

- Em 1997, o COFEN, por meio da Resolução 197, estabeleceu e reconheceu as terapias


alternativas, entre elas a fitoterapia, como especialidades e ou qualificações do enfermeiro (SILVA et al.,
2007).

O COFEN, por meio da Resolução 389/2011, reconhece entre a lista de especialidades, a de Enfermagem
em Saúde Complementar e Enfermagem em Terapias Holísticas Complementares que contempla a
fitoterapia e plantas medicinais (COFEN, 2011).
O COFEN estabeleceu e reconheceu as Terapias Alternativas como especialidade e/ou qualificação do
profissional de Enfermagem, por meio da Resolução 197/1997 que foi revogada pela Resolução 0500/2015.
Portanto, neste momento, a legislação que ampara a prescrição de plantas medicinais e fitoterápicos é a Lei
do exercício profissional por meio de protocolos e rotinas que devem ser construídos com base na PNPIC e
nas regulamentações da ANVISA.

curso reconhecido de no mínimo 360 horas 11


Resolução nº 241/2014

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Lei no 5.991, de 17 de dezembro de 1973
Dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e
Correlatos, e dá outras Providências
Art. 1º - São atribuições privativas dos profissionais
farmacêuticos:
Decreto nº 85.878 de 07/04/1981 I - desempenho de funções de dispensação ou manipulação de
Âmbito Profissional do Farmacêutico
fórmulas magistrais e farmacopéicas, quando a serviço do
público em geral ou mesmo de natureza privada;
Resolução n° 467 de 28.11.2007 (CFF)
Define, regulamenta, estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na manipulação de medicamentos e de
outros produtos farmacêuticos.

RESOLUÇÃO CFF Nº 477, DE 28 DE MAIO DE 2008 DOU 02.06.2008


Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito das plantas medicinais e fitoterápicos e dá outras providências.

Resolução RDC n° 87 de 21.11.2008 (ANVISA):


Altera o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação em Farmácias
13
Resolução CFF Nº 546 DE 21/07/2011

Dispõe sobre a indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos de prescrição e o seu registro

Resolução nº 586/CFF, de 29 de agosto de 2013


Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências.

Art. 7º - O processo de prescrição farmacêutica é constituído das seguintes etapas:


I - identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde;
II - definição do objetivo terapêutico;
III - seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base em sua segurança,
eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado;
IV - redação da prescrição;
V - orientação ao paciente;
VI - avaliação dos resultados;
VII - documentação do processo de prescrição
O farmacêutico deverá comprovar a habilitação exigida na
resolução CFF 586/2013. 14
15
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. RESOLUÇÃO CFN Nº 525, DE 25 DE JUNHO DE 2013
Alterada pela Resolução CFN nº 556/2015.

Publicada em 14 de maio de 2015

SEM ESPECIALIZAÇÃO: plantas medicinais e drogas vegetais

COM ESPECIALIZAÇÃO: fitoterápicos e preparações magistrais


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Portaria nº 397 / 2011
Ministério do Trabalho e Emprego
CBO ( Classificação Brasileira de Ocupação)
3221 :: Tecnólogos e técnicos em terapias alternativas e estéticas
 “Chás”; “Infusões” e Decocções”;
Recomendam a seus pacientes/clientes a prática de
 Drogas vegetais notificadas como
exercícios, o uso de essências florais e medicamentos de venda livre (RDC nº 10/2010).
fitoterápicos com o objetivo de reconduzir ao equilíbrio
energético, fisiológico e psico-orgânico; bem como cosméticos,  Alimentos encapsulados (industrializados, não
cosmecêuticos e óleos essenciais visando sua saúde e são suplementos alimentares);
bem estar.  Cosméticos e higiene pessoal;
Terapeuta (técnicos em acupuntura, podólogos, técnicos em
 Manipulação de plantas constantes em
quiropraxia e terapeutas holísticos podem recomendar
Farmacopéia Brasileira, Formulário Nacional ou
fitoterápicos somente de venda livre, não manipulados).
obra equivalente (ANVISA, FAQ 1364);
Naturólogo em implementação de conselho de classe
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NOME DO Enquanto Terapeuta Holístico, o profissional poderá fazer uso
INSCRIÇÃO EM
PROFISSIONAL ESPECIALIDADE
do BRT somente para:
ASSOCIAÇÃO
OU SINDICATO

Bloco de Recomendação Terapêutica


1) clarificar conceitos relativos à Terapia,
José Oliveira

NOME DO
Nº Associação ou Sindicato: XXXX
2) definição de horários de atendimento e formas de
Terapeuta Holístico
PACIENTE remuneração,
PARTE USADA
A Maria das Graças Fernandes
FORMA
Tintura de Guaco (Mikania glomerata Spreng..), folha
FARMACÊUTICA
Recomendo: 3) recomendação de hábitos e atividades saudáveis que
FORMA
DE USO
Uso Interno
NOME NOME
independam de avaliação médica para a sua realização,
POPULAR CIENTÍFICO
QUANTIDADE Preparar 100 ml. 4) atestar a presença de seus clientes às sessões,
EM VOLUME

Acima de 12 anos: tomar de 2 a 7 mL da tintura diluída em 75 mL de água,


três vezes ao dia. POSOLOGIA 5) recomendação de produtos de origem natural cuja
ASSINATURA /
DATA 29/09/20009 CARIMBO comercialização seja livre, ou seja, que não necessitem de
José Oliveira receita médica para a sua aquisição.
Nº Associação ou Sindicato: XXXX

Rua das Camélias, 129, Vila das Flores, São Paulo – SP •Naturólogo (pode recomendar se encaixando como “terapeuta
CEP:00000-000
Tel: 0000-0000 / Fax: 0000-0000
holístico”);
•Psicólogo (pode recomendar fitoterápicos presentes em
farmacopeia ou de venda livre quando é especializado em
ENDEREÇO /
TELEFONE acupuntura, se encaixando na categoria de “acupunturista”);

Fonte: Panizza, 2010


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Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) contempla (Brasil, 2012a, 2017):

•12 fitoterápicos, oriundos de espécies vegetais padronizadas:


1. Alcachofra (Cynara scolymus L.)
2. Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi);
3. Babosa (Aloe vera (L.) Burm.f );
4. Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana D.C.)
5. Espinheira-santa (Maytenus officinalis Mabb.);
6. Guaco (Mikania glomerata Spreng.);
7. Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens);
8. Hortelã (Mentha x piperita L.);
9. Isoflavona de soja (Glycine max (L.) Merr.);
10. Plantago (Plantago ovata Forssk.);
11. Salgueiro (Salix alba L.);
12. Unha-de-gato (Uncaria tomentosa (Willd. ex Roem. & Schult.))
20
http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-plantas-medicinais-e-fitoterapicos-ppnpmf/orientacao-ao-prescritor-mais-medicos
INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 02 DE 13 DE MAIO Fitoterápicos sob prescrição médica
DE 2014 - “Lista de medicamentos
fitoterápicos de registro simplificado” e a Uva-ursina (Arctostaphylos uva-ursi Spreng. )
“Lista de produtos tradicionais Cimicífuga (Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.)
fitoterápicos de registro simplificado”. Equinácea (Echinacea purpurea Moench)
Ginkgo (Ginkgo biloba L.)
Com informações de:
- Nomenclatura botânica, Hipérico (Hypericum perforatum L. )
- Nome popular, Kava-kava (Piper methysticum G. Forst)
- Parte usada, Saw palmetto (Serenoa repens (Bartram) J.K.
- Padronização/marcador, Small)
- Derivado vegetal,
- Indicações/ações terapêuticas, Tanaceto (Tanacetum parthenium Sch. Bip. )
- Dose diária, Valeriana (Valeriana officinalis L. )
- Via de administração e
- Restrição de uso
21
A ANVISA, por meio da RDC nº 10/2010, dispõe sobre a notificação de drogas vegetais e dá outras
providências. Ainda estabelece, em seu Anexo I, LISTA - isentas de prescrição médica, sendo sua efetividade
amparada no uso tradicional e na literatura relacionada ao tema.

Os produtos de que trata no Anexo I desta Resolução destinam-se ao uso episódico, oral ou tópico, para o
alívio sintomático das doenças relacionadas, devendo ser disponibilizadas exclusivamente na forma de droga
vegetal para o preparo de infusões, decocções e macerações (ANVISA, 2010).

22
O Formulário Fitoterápico da Farmacopeia
Brasileira (FFFB) contém formulações utilizadas
em diversos serviços de Fitoterapia no SUS, com
dados de eficácia e segurança embasados em
literatura científica.

Forma correta de preparo e as indicações e


restrições de uso de cada espécie.

O FFFB é constituído de: 47 monografias de drogas


vegetais para infusos e decoctos, 17 de tinturas,
uma de xarope, cinco de geis, cinco de pomadas,
uma de sabonete, duas de cremes, quatro de bases
farmacêuticas e uma de solução conservante.

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Memento Fitoterápico 1ª edição

Anvisa - elaborado pelo Comitê Técnico


Temático de Apoio a Política Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos da
Farmacopeia Brasileira.

28 monografias com informações sobre


indicações de uso e eficácia de espécies red clover ou trevo vermelho

da Renisus, do Formulário Fitoterápico,


com o objetivo de orientar a prescrição de
plantas medicinais e fitoterápicos.
24
Em itálico ou grifado

Folha, caule, inflorescência...

Cápsula, tintura, infusão,...

30, 15 dias... 1 ou 2 meses

200mg, 1 colher de chá, 30 gts

2x/dia, antes do almoço,....

Horário hora ou 15 min antes.....


25
26
Marcador Princípio ativo

Fitofármaco Curcuma longa


Medicamento fitoterápico

Catequinas
 Fitocomplexo: - conjunto de todas as substâncias, Alcalóides
originadas do metabolismo primário ou secundário,
Óleo essencial
responsáveis, em conjunto, pelos efeitos biológicos de uma
planta medicinal ou de seus derivados. Biflavonóides
Vitaminas
Fluor
Camellia sinensis
27
Polifenol lipofílico, porém resistente ao pH
estomacal

Marcador

Curcuma longa

RAHMANI et al. Role of Curcumin in Disease


Prevention and Treatment. Adv Biomed
Res;7:38. 2018

28
MEDICAMENTO
FITOTERÁPICO
EXTRATO SECO EXTRATO SECO
PADRONIZADO EM
TRIMETILXANTINA
(CAFEÍNA)

Guaraná em cápsula - Extrato seco de Guaraná


Dose diária de caféina: 15 a 70 mg

MARCADOR
Cafeína do guaraná MEDICAMENTO SINTÉTICO

Extrato seco de Guaraná - medicamento

Cafeína: FITOMEDICAMENTO
CafiAspirina
(molécula isolada)
Ácido Salicílico – Cafeína
650 mg de Ác Salisílico + 65 mg de cafeína

29
30
31
32
Camomila (Matricaria chamomilla)

Anti-inflamatório
(assaduras de fraldas)

Chá - ALIMENTO Droga vegetal – uso externo e Medicamento Fitoterápico – Uso


interno externo

Uso tradicional e outras


Sem alegação de informações no rótulo:
Padronização
propriedade no rótulo - Uso Interno: Cólicas intestinais.
Quadros
leves de ansiedade, como
Venda em supermercados, calmante suave
lojas de produtos naturais, - Uso Externo:
farmácias, drogarias e Contusões dos processos
Antiespasmódico intestinal,
ervanarias inflamatórios da boca e gengiva
dispepsias funcionais.

Medicamento Fitoterápico –
Venda em farmácias,
Uso interno
drogarias (RDC 10, 2010
ANVISA) 33
34
• INFUSÃO: preparação que consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou
abafar o recipiente por um período de tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais de
consistência menos rígida tais como folhas, flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias ativas voláteis;

 DECOCÇÃO: preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por tempo
determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas,
raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas;

o MACERAÇÃO COM ÁGUA: preparação que consiste no contato da droga vegetal com água, à temperatura
ambiente, por tempo determinado para cada droga vegetal.

RDC Nº 10, DE 9 DE MARÇO DE 201035 35


Formas farmacêuticas
Droga vegetal Rasurada - infusão ou decocção

Pó - pulverizada

Extratos
• Extratos alcóolicos – TINTURAS (20%) - 20g de droga vegetal: 80g de veículo
• Extratos fluidos - Concentração 1:1 - 1g extrato fluido = 1g de droga vegetal (viscoso)
• Extratos pilulares - Concentração 1:1 - 1g extrato fluido = 1g de droga vegetal (massa)
• Extratos secos - A concentração do extrato seco em relação a droga vegetal não é

Preparações estabelecido pela Farmacopeia Brasileira


• Extratos secos padronizados - secos padronizados - MARCADOR
tópicas
36
37
Metabolização

Entrada do ativo Excreção

38
Curcumin as a functional food-derived factor: degradation
products, metabolites, bioactivity, and future perspectives

TSUDA, 2017 Food & Function Accepted Manuscript 39


40
Arctium lappa – Bardana
Nomenclatura
Parte Forma de
Botânica/ Via Alegações
Utilizada Utilização
Popular

Hipoglicemiante,
Decocção: dispepsia, diurético,
2,5g (2,5 col. antiinflamatório nas
Arctium lappa
Raízes chá) em Oral dores articulares,
(Bardana)
150ml (xíc antiviral,
chá) antiproliferativo

41
Nonvitamin and Nonmineral Nutritional Supplements
2019, Pages 277-281

https://doi.org/10.1016/B978-0-12-812491-8.00039-4

42
Bauhinia forticata –
Pata-de- Vaca
Nomenclatura Parte Forma de
Via Alegações
Botânica/ Popular Utilizada Utilização
Infusão:
Bauhinia forticata 2 a 5g em Antidiabética,
Folhas Oral
(Pata de Vaca) 150ml (1 xíc hipoglicemiante
chá)

Rica em flavonoides
Não se tem o composto hipoglicemiante definido
Ações antioxidantes
Ações em perfil lipídico
43
25 DM Tipo 2 - (média de
idade de 62 anos)

chá de 0,4% B. forficata em 200mL de água duas vezes ao dia


por 3 meses.

44
Casearia sylvestris-
guaçatonga
Nomenclatura
Parte
Botânica/ Forma de Utilização Via Alegações
Utilizada
Popular
Infusão:
Casearia Dispepsia (distúrbios
2g – 4g (uma a duas colheres de
sylvestris Folhas Oral digestivos), gastrite e
sobremesa) em 150ml
(erva de bugre) halitose (mal hálito).
(xíc chá)

Dor e lesões, como antisséptico, Revista Brasileira de Farmacognosia


ANTIINFLAMATÓRIO e Volume 27, Issue 4,
July–August 2017, Pages 495-501
Cicatrizante tópico

45
According
to phytochemical analyses, these
derivatives are rich in terpenoids,
which could be related to the anti-
H. pylori action. Synergism could
also underlie C. sylvestris efficacy
judging from the fact that the sub-
fractions and isolated compounds
In vivo tests showed that both the had lower activity than the
ethanolic extract and F2 extract.
decreased the ulcerative lesion
size, but only the ethanolic
extract eradicated H. pylori from
the in vivo action was investigated by employing male
the gastric lesions. Wistar rats experimentally infected with H. pylori.

46
Cynara scolymus –
alcachofra
Nomenclatura Botânica/ Parte
Forma de Utilização Via Alegações
Popular Utilizada
Infusão: Dispepsia (distúrbios
Cynara 2g (uma colher de digestivos),
scolymus Folhas Oral
(alcachofra) sobremesa) em 150ml Dislipidemia,
(xíc chá) hipoglicemiante

47
Cynara scolymus

Hydroxycinnamic acids (chlorogenic acid,


dicaffeoylquinic acids, caffeic acid, ferulic
acid), flavonoids (luteolin and scolymoside
and cynaroside) e cynarin (1,5-di-
caffeoylquinic acid)

48
Baccharis trimera-
Carqueja
Nomenclatura
Parte Forma de
Botânica/ Via Alegações
Utilizada Utilização
Popular
Infusão:
Baccharis trimera Hipoglicemiante,
Partes 2,5g (2,5 col.
(Carqueja, Oral dispepsia, problemas
aéreas chá) em 150ml
carqueja amarga) digestivos.
(1 xíc chá)

Blood was collected to analyze hematological and


B. trimera tincture was administered by oral gavage in a single dose biochemical parameters. Kidneys and liver were
(2000 mg/kg) in doses of 100, 200 and 400 mg/kg daily for 28 days. homogenized to determine lipid peroxidation and δ-
aminolevulinate dehydratase (δ-ALA-D)
and catalase (CAT) enzyme activities.

In acute treatment, tincture did not induce


any signs of toxicity or mortality.

49
Não alterou parâmetros bioquímicos
- Função hepática
- Função renal
- Perfil células vermelhas
- Leucócitos

- Porém apresentou atividade antimicrobiana


para gran-positivo e gran-negativo

50
51
HO; CHANG. Comparison of Inhibitory Capacities of 6-, 8-and 10-Gingerols/Shogaols
https://www.researchgate.net/The-chemical-structures-of-6-gingerol- on the Canonica NLRP3 Inflammasome-Mediated IL-1 Secretion. Molecules 23, 466,
8-gingerol-10-gingerol-6-shogaol-8-shogaol_fig1_273156493 2018,
[accessed 7 Jun, 2018]

52
Nomenclatura Botânica/ Parte
Antiglycating potential of Zingiber officinalis Popular Utilizada
Forma de Utilização Via Alegações
and delay of diabetic cataract in rats
Dispepsia (distúrbios
Saraswat et al., 2010, Mol Vis. 2010; 16: Decocção:
1525–1537. Zingiber digestivos),
0,5 a 1,0g (1 a 2
officinale rizoma Oral Dislipidemia,
0.5 or 3% ginger in their diet for a period of (gengibre) colheres de café) em
hipoglicemiante,
two months 150ml (xíc chá)
enjoo, vômito...

Controle DM DM +
gengibre 0,5% gengibre 3%

53
Ginger could modulate
obesity through various
potential mechanisms
including
increasing thermogenesis,
increasing lipolysis,
suppression of lipogenesis,
inhibition of intestinal
fat absorption, and
controlling appetite

54
46 com UC receberam
de forma randomizada 4
cápsulas =
(2000mg/dia)/ 12
semanas

55
60 pacientes no PS 30
receberam 400mg de
gengibre VO associado ao
tratamento agudo com
cetoprofeno 10mg IV

56
Passiflora sp
Nomenclatura Botânica/ Parte
Forma de Utilização Via Alegações
Popular Utilizada

infusão:
Passiflora Ação calmante e
Incarnata, alata e edulis folhas 3g (1 colher de sopa) em Oral
(maracujá) ansiolítica
150ml (xíc chá)

57
sono de
ondas
lentas

vigília

58
59
60
61
52 indivíduos com stress
(metade 300mg de Whitania
2x dia e metade placebo)
Avaliados 4 e 8 semanas de
uso

62
63
Escolher a planta

Ter evidências científicas

Analisar sua forma de ação

Verificar possíveis interações

POSOLOGIA
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