Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Abuso eTratamento
Dependência
da Fase
da Cocaína
Aguda
do Acidente Vascular Cerebral
Associação
Academia Brasileira de Neurologia
Psiquiatria
Elaboração Final: 16
24 de Setembro
Julho de 2001
de 2002
Autoria: Romano
GagliardiM,RJ,Ribeiro
Raffin M,
CN,Marques
Fábio SRC
ACPR
Grupo Assessor: Bacellar
Colaboradores: LaranjeiraA,R.Longo
- coordenador.
AL, MassaroAlves
AR,HNP,
MoroAraújo
CHC, MR,
André C,
Baltieri DA,
Nóvak
Bernardo
EM, Dias-Tosta
WM, Castro E, LAGP,
Yamamoto
Karniol
FI, IG,
Damiani IT, Maciel
Kerr-Corrêa F, Nicastri
Jr JA,
S, Fernandes
Nobre MRC, JG,Oliveira
Vega MG,RA,
FukujimaM,
Romano MM, Seibel
Lanna
SD,MA,
SilvaOliveira
CJ. RMC, Melo-
Souza SE, Novis SAP, Tognola WA
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
OBJETIVO:
Auxiliar o médico que faz atendimento geral, ou primário, a reconhecer, orientar,
tratar ou encaminhar ao serviço especializado o usuário com potencial de desen-
volver, ou que já apresenta, abuso ou dependência da cocaína.
PROCEDIMENTOS:
• Reconhecimento das formas de uso;
• Reconhecimento da intoxicação aguda;
• Abordagem das complicações crônicas:
Ø Cardiovasculares;
Ø Sistema nervoso central;
Ø Gravidez;
Ø Psiquiátricas;
• Orientação terapêutica.
INTRODUÇÃO
Figura 1
Processo de refino da cocaína, indicando também seus subprodutos 4(C)
FOLHAS DE COCA
Erythroxylon coca
Maceração e tratamento químico com solventes pesados e ácidos.
Pureza: 0,5% a 2% de cocaína nas folhas.
Podem ser mascadas.
PASTA DE COCA
Tratada com solventes e ácido clorídrico.
CRACK Pureza: 20% a 85% de sulfato de cocaína.
Pode ser fumada (natureza alcalina). MERLA
Subproduto da cocaína. Subproduto da cocaína.
Natureza básica. Natureza básica.
Pode ser fumado. Pode ser fumada
CLORIDRATO DE
COCAÍNA
Produto final do refino (“pó”).
Pureza: 30% a 90% de cloridrato de cocaína.
Pode ser cheirada ou injetada (dissolvida em água)
Quadro 1
Quadro 2
Quadro 3
(*) Apesar do consumo de crack não apresentar risco de infecção para o usuário, este acaba exposto às
DSTs/AIDS devido ao maior envolvimento com a troca de sexo para a obtenção de crack.
Fonte: Ellenhorn et al (1997) 16(C)
Figura 2
Principais complicações decorrentes da overdose de cocaína
Danos Insuficência
Cerebrais Renal aguda
Rabdomiólise
Convulsões Hipertemia
Acidente
Vascular
Cerebral
Hipertensão
Arritmias Arterial
Cocaína Insuficência
Morte Intoxicação Necrose ou fibrose Cardíaca
Súbita Falência Aguda focais do miocárdio Crônica
respiratória
Isquema e
Infarto do
Miocárdio
Figura 3
Ação da cocaína sobre o aparelho cardiovascular
Taquicardia Hipertensão
Ruptura de Isquemia do Necrose de Fibras
Aumento do Arterial Sistêmica
Aorta Miocárdio Cardíacas
Inotropismo
Ação Simpatomimética
Cardiomiopatia
Miocardite Cocaína
dilatada
Ação Ação
Vasoconstrictora trombogênica
Arritmia
Fonte: Chakko & Myerburg (1995) 27(D).
Isso torna ainda mais importante uma investi- tância40(C). Além de ser responsável pelo apa-
gação sobre o assunto por parte do obstetra de recimento de uma série de transtornos psiquiá-
modo empático, direto e detalhado. tricos agudos e crônicos41(C) (Quadro 4).
Quadro 5
4. United Nations Office for Drug Control 10. Colliver JD, Kopstein AN. Trends in
and Crime Prevention (UNODCCP). Glo- cocaine abuse reflected in emergency room
bal illicit drug trends 2001 [online]. episodes reported by DANW. Public Health
Vienna: UNODCCP, 2001. Available Rep 1991; 106:59-67.
from: URL: http://www.undcp.org/adhoc/
report_2001-06-26_1/report_2001-06- 11. Negrete JC. Cocaine problems in the coca-
26_1.pdf . growing countries of South America. In:
Bock GR, Whelan J, editors. Cocaine:
5. Galduróz JC, Noto AR, Carlini EA. IV scientific and social dimensions. Chichester:
Levantamento sobre o uso de drogas entre John Wiley & Sons; 1992. p.40-9. [Ciba
estudantes de 1o e 2o graus em 10 capitais Foundation Symposium 166]
brasileiras. São Paulo: Centro Brasileiro
de Informações sobre Drogas Psicotrópicas 12. Wallace BC. Crack Cocaine: a practical
(CEBRID); 1997. treatment approach for the chemically
dependent. New York: Brunner/Mazel; 1991.
6. Galduróz JC, Noto AR, Nappo SA, Carlini
EA. I levantamento nacional sobre o uso 13. Gold MS. Cocaine. New York: Plenum
de drogas psicotrópicas – Parte A. Estudo Medical Book Company; 1993.
envolvendo as 24 maiores cidades do Esta-
do de São Paulo. São Paulo: Centro Bra- 14. Hatsukami DK, Fischman MW. Crack
sileiro de Informações sobre Drogas Psico- cocaine and cocaine hydrochloride. Are the
trópicas (CEBRID) ~ Universidade Fede- differences myth or reality? JAMA 1996;
ral de São Paulo; 2000. 276:1580-7.
15. Wise RA. Multiple mechanisms of the 22. Derlet RW, Albertson TE. Emergency
reinforcing action of cocaine. In: National department presentation of cocaine
Institute on Drug Abuse (NIDA). Cocaine: intoxication. Ann Emerg Med. 1989;
pharmacology, effects, and treatment abu- 18:182-6.
se. Rockville: Department of Health and
Human Ser vices; 1984. [Research 23. Brody SL, Slovis CM, Wrenn KD.
Monograph Series no 50]. Cocaine-related medical problems:
consecutive series of 233 patients. Am J
16. Ellenhorn MJ, Schonwald S, Ordog G, Med 1990; 88:325-31.
Wasserberger J. Ellenhorn’s medical
toxicology: diagnosis and treatment of 24. Hollander JE, Hoffman RS, Gennis P,
human poisoning. 2nd ed. Baltimore: Faiweather P, Disano MJ, Schumb DA, et
Williams & Wilkins; 1997. p. 356-86. al. Prospective multicenter evaluation of
cocaine-associated chest paim. Acad Emerg
17. Safer D. Substance abuse by young adult Med 1994; 1:330-9.
cronic patients. Hosp Commun Psychiatry
1983; 40:620-5. 25. Feldman JA, Fish SS, Beshanky JR,
Griffith JL, Woolard RH, Selker HP. Acute
cardiac ischemia in patients with cocaine-
18. Mirin, S. M. & Weiss, R. D. (1991)
associated complaints: results of a
Substance abuse and mental illness. In:
multicenter trial. Ann Emerg Med 2000;
Frances RJ, Miller SI, editors. Clinical 36:469-76.
Textbook of Addictive disorders. New York:
Guilford Press; 271-298.
26. Hollander JE, Brooks DE, Valentine SM.
Assessment of cocaine use in patients chest
19. Lange RA, Cigarroa RG, Yancy CW Jr, pain syndromes. Arch Gen Med 1998;
Willard JE, Popma JJ, Sills MN. Cocaine- 158:62-6.
induced coronary artery vasoconstroction.
N Engl J Med 1989; 321:1557-62. 27. Chakko S, Myerburg RJ. Cardiac
complications of cocaine abuse. Clin
20. Baumann BM, Perrone J, Horning SE, Cardiol 1995; 18:67-72.
Shofer FS, Hollander JE. Cardiac and
hemodynamic assesment of patients with 28. Tokarski GF, Paganussi P, Urbanski R,
cocaine-associated chest pain syndromes. Carden D, Foreback C, Tomlanovich MC.
Clin Toxicol 2000; 38:283-90. An evaluation of cocaine induced chest pain.
Ann Emerg Med 1990; 19:1088-92.
21. Benowitz NL. How toxic is cocaine? In:
Bock GR, Whelan J, editors. Cocaine: 29. Hollander JE, Hoffman RS, Gennis P,
scientific and social dimensions. Faiweather P, Feldman JA, Fish SS, et al.
Chichester: John Wiley & Sons; 1992. p. Cocaine associated chest pain: one-year follow-
125-42. up. Acad Emerg Med 1995; 2:179-84.
30. Hollander JE, Levitt MA, Young GP, pregnancy and its effect on the mother, the
Briglia E, Wetli CV, Gawad Y. Effect of fetus and the infant. Obstet Gynecol Surv
recent cocaine use on the specificity of 1990; 45:348-59.
cardiac markers for diagnosis of acute
miocardial infarction. Am Heart J 1998; 38. Singer LT, Arendt R, Minnes S, Farkas K,
135:245-52. Salvador A, Kirchner HL, et al. Cognitive
and motor outcomes of cocaine exposed
31. Chakko S, Sepulveda S, Kessler KM, infants. JAMA 2002; 287:1952-60.
Sotomayor MC, Mash DC, Prineas RJ, et
al. Frequency and type of eletrocardiographic 39. Ostrea EM Jr, Knapp DK, Tamnenbaum
abnormalities in cocaine abusers L, Ostrea AR, Romero A, Salari V, et al.
(electrocardiogram in cocaine abuse). Am J Estimates of illicit drug use during
Cardiology 1994; 74:710-3. pregnancy by maternal interview, hair
analysis and meconium analysis. J Pediatr
32. Sloan MA, Kittner JK, Rigamonti D, Price 2001; 188:344-8.
TR. Occurrence of stroke associated with
use/abuse of drugs. Neurology 1991; 40. Gawin FH, Kleber HD. Abstinence
41:1358-64. symptomatology and psychiatric diagnosis
in cocaine abusers. Arch Gen Psychiatry
33. Kaku DA, Lowenstein DH. Emergence of 1986; 43:107-13.
recreational drug abuse as a major risk factor
for stroke in young adults. Ann Intern Med 41. Wetli CV, Fishbain DA. Cocaine-induced
1990; 113:821-7. psychosis and sudden death in recreational
cocaine users. J Forensic Sci 1985;
34. Lowenstein DH, Massa SM, Rowbotham 30:873-80.
MC, Collins SD, McKinney HE, Simon
RP. Acute neurologic and psychiatric 42. Stevens DC, Campbell jp, Carter JE,
complications associated with cocaine abu- Watson WA. Acid-base abnormalities
se. Am J Med 1987; 841-6. associated with cocaine toxicity in
emergency department patients. Clin
35. Dhuna A, Pascual-Leone A, Langendorf Toxicol Clin Toxicol 1994; 32:31-9.
F, Anderson DC. Epileptogenic properties
of cocaine in humans. Neurotoxicology 43. Wood KA, Khuri R. Temporal aspects of
1991; 12:621-6. emergency room psychiatric evaluations. J
Nerv Ment Dis 1988; 176:161-6.
36. Rowbotham MC. Neurologic aspects of
cocaine abuse. West J Med 1988; 44. Haskell RM, Frankel HL, Rotondo MF.
149:442-8. Agitation. AACN Clin Issues 1997;
8:335-50
37. Rosenak D, Diamont YZ, Haffe H,
Hornstein E. Cocaine: maternal use during 45. Szuster RR, Schanbacher BL, McCann SC,
47. Chang G, Kosten TR. Emergency 49. Lima MS, Soares BG, Reisser AA, Farrell
management of acute intoxification. In J. M. Pharmacological treatment of cocaine
Lowinson H, Ruiz P, Milman RB, Langrod dependence: a systematic review. Addiction.
JG, editors. Substance abuse: a 2002; 97:931-49.