Trecho retirado da apostila 2 - Comentário sobre a
justificação pela fé
Escrevendo sobre a justificação pela fé, Wayne Grudem comenta:
“Depois de Paulo explicar em Romanos 1:18-3:20 que não há como ninguém se justificar diante de Deus ("Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à lei", Romanos 3:20), ele prossegue explicando que "todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus" (Romanos 3:23-24). A expressão "graça de Deus" significa seu "favor imerecido". Devido ao fato de não termos capacidade alguma de obter o favor de Deus, o único modo de sermos declarados justos é Deus providenciar a salvação pela graça, sem participação alguma das nossas obras. Paulo explica: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9; cf. Tito 3:7). A graça é claramente posta em contraste com as obras ou o mérito, como a razão pela qual Deus se dispõe a nos justificar. Deus não tinha nenhuma obrigação de imputar o nosso pecado a Cristo ou de imputar a justiça de Cristo a nós. Ele fez tudo isso somente por causa do seu favor imerecido. Por esse motivo, Lutero e os outros reformadores insistiram que a justificação vem somente pela graça, não pela graça acrescentada a algum mérito da nossa parte. Isso foi dito para diferenciar o ensino reformador do ensino católico-romano de que somos justificados pela graça de Deus e por algum mérito próprio que 2
alcançamos quando nos fazemos dignos de receber a graça da
justificação e quando crescemos nesse estado de graça por meio de nossas boas obras.”1
No mesmo pensamento, segue o comentário de R. C. Sproul:
“A doutrina da justificação tem causado grande controvérsia na história
do cristianismo. Provocou a Reforma Protestante, quando os reformadores tomaram sua posição em favor de sola fide ou a justificação somente pela fé. Martinho Lutero afirmava que a doutrina da justificação somente pela fé é o artigo do qual dependem a prosperidade ou a ruína da igreja, e João Calvino concordava com ele. Eles tinham opiniões firmes sobre esta doutrina porque entendiam, com base na Escritura, que nada menos do que o próprio evangelho está em jogo quando a justificação é debatida. A doutrina da justificação diz respeito à situação mais grave de seres humanos caídos - sua exposição à justiça de Deus. Deus é justo, mas nós não somos. Como Davi orou: "Se observares, SENHOR, iniquidades, quem, SENHOR, subsistirá?" (SI 130.3). É óbvio que esta é uma pergunta retórica; ninguém pode resistir ao escrutínio divino. Se Deus tomasse a sua régua de justiça e a usasse para avaliar a nossa vida, pereceríamos, porque não somos justos. A maioria de nós pensamos que, se nos empenharmos para ser pessoas boas, isso será suficiente quando comparecermos diante do julgamento de Deus. O grande mito da cultura popular, que entrou na igreja, é que pessoas podem ganhar por mérito o favor de Deus, embora a Escritura afirme claramente que, por obras da lei, ninguém será justificado (Gl 2.16). Somos devedores que não podem pagar sua dívida. É por essa razão que o evangelho é 1 Teologia Sistemática ao alcance de todos - Wayne Grudem - página 477 / 478 3
chamado "boas novas". Como Paulo escreveu sobre o evangelho: "Não
me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé" (Rm 1.16-17). Em última análise, a justificação é um pronunciamento legal feito por Deus. Em outras palavras, a justificação só pode ocorrer quando Deus, que é ele mesmo justo, se torna o justificador por decretar que alguém é justo aos olhos dele.”2
2 Somos todos teólogos - R C Sproul - página 335 / 336 4
Esse PDF foi retirado da apostila 2 da nossa Escola Bíblica
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