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Matihlo Consultoria de Comunicação e Imagem

Escola de Formação Eclesiástica

Capacitação em
Administração Eclesiástica

Moçambique, 2023
Nota introdutória

• Apresentação dos alunos;


• Apresentação do formador
• Apresentação do plano temático

Metodologia de aprendizagem
• Exposição através de slides.
• Exercícios práticos;
• Interacção constante;
• Teste final
Matihlo Consultoria de Comunicação e Serviços
Escola de Formação Eclesiástica

Plano Temático da capacitação em Administração Eclesiástica


Nº de Temas Carga Horária
Aula Total
01 Ética e Moral do Obreiro de Deus 2 horas
01 Administração da Igreja: Noções e importância 2 horas
01 Relação entre a Administração e a Igreja 2 horas
03 As 4 funções Administrativas da Igreja 6 horas
03 As áreas Eclesiásticas da Igreja 6 horas
02 Planificação das actividades: Planificação Estratégica, 4 horas
Agenda e Relatórios Anuais
01 Administração Financeira da Igreja: Gestão e 3 horas
orçamentos
02 Administração da membresia: planilhas e softwares 3 horas

01 Teste Final 2 horas


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Apresentação do Consultor
• Evaristo Mintine Jaime Maússe Escravo de Cristo desde os seus
12 de idade, tendo assumido cargos de professor para crianças,
jovens, adultos e idosos. Vice-Presidente distrital de jovens da
Matola, administrador financeiro da Igreja, maestro, entre outras
funções.
• Mestre de Ensino pela Universidade Teológica Internacional do
Brasil e pastor conselheiro no Ministério Assembleia Emmanuel
• É jornalista de profissão, formado pela Escola de Comunicação e
Artes da Universidade Eduardo Mondlane. Possui especializações
em Comunicação em Portugal (2018), Alemanha (2014), Brasil
(2016), Uganda (2014) e África do Sul (2019). Trabalhou na Rádio
Moçambique, Tua TV, FTV, e foi comentador na STV, TV Sucesso,
Top TV e Rádio Voz Coop. Foi o primeiro coordenador de
informação da FTV. Assessorou uma entidade pública em
Comunicação por 10 anos. Escreveu mais de 200 artigos de opinião
para jornais e weblogs. Coordenou a comunicação e imagem da
campanha do candidato Venâncio Mondlane, em 2013. É fundador
12/3/2023
e CEO da empresa Matihlo Consultoria de Comunicação e Serviços.
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Metodologia de Trabalho
• Textos expositivos;
• Exercícios conjuntos;
• Utilização do quadro branco;
• Lançamento de perguntas sempre que oportuno;
• Tomada de notas do essencial;

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Ética e Moral do Obreiro de Deus
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Ética e Moral do Obreiro de Deus

• A palavra ética vem do grego ethos que significa costume, disposição,


hábito. No latim, vem de mos (mores), com o sentido de vontade,
costume, uso, regra. Segundo o pastor Claudionor de Andrade, é o
“Estudo sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade
e do governo. Seu objectivo: estabelecer o que é certo e o que é errado”
(Dicionário Teológico, p.121).

• 3) Para o cristão, a ética pode ser entendida como um conjunto de regras


de conduta, aceitas pelos cristãos, tendo por fundamento a Palavra de
Deus. A Bíblia deixa directrizes para que tais decisões sejam acertadas.

• Segundo Isaías 5.20 a Bíblia lida com valores absolutos e nenhuma


espécie de relativismo. O problema ético é bem maior do que imaginamos,
porque ele passa pelo indivíduo e desemboca na própria estrutura social.
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Ética e Moral do Obreiro de Deus

• A ética trata do bem (isso é, dos valores e virtudes que


devemos cultivar) e do direito (isso é, de quais devem ser
as nossas obrigações morais). Em muitos aspectos a ética
está muito mais ligada à religião do que à ciência social.

• Seja o nosso referencial os Dez Mandamentos, o livro dos


provérbios, os profetas do A.T, o Sermão da Montanha, as
epístolas de Paulo. Nesse aspecto, a Bíblia Sagrada
fornece um vasto repertório ético em diferentes formas
literárias e de diferentes contextos históricos e culturais
para o nosso bem viver.
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RELAÇÃO ENTRE O OBREIRO E A


LIDERANÇA DO MINISTÉRIO
• O obreiro deve ter um bom relacionamento com os demais líderes de
outros departamentos. O relacionamento deve ser de cortesia e
fraternidade. É dever do obreiro respeitar e tratar com cortesia todas as
pessoas, quanto mais àquelas que servem ao Senhor num mesmo
propósito;

• Os líderes devem ajudar e auxiliar ao seu pastor alegremente (2 Co


8.5), amá-lo respeitosamente (1Ts 5.13) e contribuir com generosidade
para o seu bem-estar (1Co 9.11; Gl 6.6). Seus actos, comportamentos e
atitudes deverão ser sempre direccionados para a preservação da honra
e do bom nome do evangelho;

• Deve haver entre obreiro e o dirigente da igreja um círculo de


comunhão eclesiástica, de companheirismo. Deve haver franca e fiel
camaradagem entre todos, respeito. Os obreiros devem conquistar a
confiança do dirigente e tornar-se cada vez mais dignos dessa
confiança. Onde não há respeito, não há governo; há anarquia.
Administração da Igreja: Noções e
importância
Administração da Igreja: Noções e importância

• “A palavra administração vem do latim ad (direcção, tendência para) e minister


(subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função sob o
comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro”.
• Com o passar dos anos, a administração tomou formatações diferentes no que
diz respeito a sua definição, tornando-a de certa forma diferente da sua origem,
chegando ao ponto que o conhecido estudioso Chiavenato define a administração
da seguinte forma: “ Processo de planificar, organizar, dirigir e controlar o uso de
recursos a fim de alcançar objectivos organizacionais”

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Administração da Igreja: Noções e importância

Administração da Igreja: Noções e


importância (continuação)
• Todos os crentes são administradores do que possuem. A
palavra de Deus incide sobre como podemos, em virtude deste
facto agradar a Deus. Livros de 1Pedro 4:10 e 1 Coríntios 4:2;
• Administrar envolve a coordenação das actividades de forma
que os envolvidos possam saber para onde estão indo,
existindo a responsabilidade daquele que está liderando a
equipe de trabalho. Faz parte da administração ter um alguém
que conduza as pessoas até o objectivo final, de modo que as
actividades da organização sejam desenvolvidas com melhor
produtividade e eficiência

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Administração da Igreja: Noções e importância

Relação entre a Administração e a Igreja


• “A palavra grega para igreja é ekklesia, que aparece 114
vezes no Novo Testamento e traduz a palavra hebraica gahal
do Antigo Testamento. Ekklesia tem o sentido etimológico de
“chamar” ou “chamar para fora” e designava, no grego
clássico, uma assembleia dos cidadãos de uma localidade.
Gahal, no Antigo Testamento, aplicava-se ao povo de Deus
reunido em assembleia;
• As igrejas são compostas por pessoas que querem cumprir o
propósito de servir a Cristo. Isto leva as pessoas a unirem
forças e recursos, para que seja alcançada a vontade de
Deus. “O propósito final da igreja é a glorificação de Deus
(Rm 15 .6,9; Ef 1.6,12,14; 3.21; 2 Ts 1.12; 1 Pe 4.11). Ela
cumpre esse seu propósito ao desenvolver sua função no
mundo na adoração, evangelização, edificação e serviço

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Administração da Igreja: Noções e importância

Relação entre a Administração e a Igreja


(Continuação)
• O maior perigo quando se usa a ferramenta da
administração dentro da igreja, é torná-la uma estrutura
mercantil, voltada somente para atender necessidades
financeiras ou até mesmo para servir os seus membros ao
invés de atender o propósito de glorificar a Deus.
• Porém, para que o trabalho da igreja cresça, faz-se
necessário o emprego de algumas atitudes, e por
consequência a igreja necessita ter uma estrutura para a
gestão dos seus recursos.
• “A igreja precisa de alguma organização para poder cumprir
o seu propósito aqui na terra. Por isto mesmo ela tem
estrutura, governo, disciplina, local de reunião, programas,
entre outros, que devem ser adequados à condição de cada
igreja”.

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Administração da Igreja: Noções e importância

1.2 A administração e a sua compreensão bíblica


• A administração pode ser encontrada na Bíblia com aplicações
que actualmente entendemos como estratégias administrativas
que nos tempos bíblicos já eram aplicadas. Um dos exemplos
mais notórios é a linha de autoridade estabelecida por Moisés
em atenção ao conselho de Jetro, seu sogro”. Essa história é
relatada no livro de Êxodo, onde o sogro de Moisés vê que este
estava sobrecarregado de funções e apresenta uma estratégia
para melhorar os trabalhos desenvolvidos sobre a liderança de
Moisés - Êxodo 18:13-27
• Quando se visualiza o exemplo de Jetro, compreende-se que
essa é uma atitude muito empregada dentro da actual
administração, podendo ser empregada pela questão de delegar
funções e o uso de hierarquias. A administração não é citada
directamente na Bíblia, porém muitos líderes bíblicos tomaram
atitudes que estão em conformidade com princípios de
administração

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Administração da Igreja: Noções e importância
A administração e a sua compreensão bíblica
(Continuação)
• “No Antigo Testamento há ainda muitos outros exemplos de
organização e técnica administrativa, como a administração de
José, do Egipto, a reconstrução de Jerusalém por Esdras e
Neemias, etc.”. José teve o governo do Egipto em suas mãos,
conforme registro em Gênesis 41:1-37. O discernimento de
José, fez com que o faraó o nomeasse governador.
• Quando se analisa o Novo Testamento, também se pode
encontrar novas acções administrativas presentes na Bíblia.
Jesus, em seus ensinos, faz a menção da importância da boa
planificação. Lucas 14.28-32
• Nesse texto, Jesus estava explicando a importância de
planificar, de pensar antes de tomar uma decisão. Ele mostrava
que haveriam algumas consequências para aqueles que
gostariam de segui-lo e explicou que essa decisão era igual à
planificação do dia a dia.

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1.3 Importância da
Administração na Igreja
• A igreja precisa ter um sector administrativo para cuidar de
diversas áreas, porque a administração é extremamente
importante para manter qualquer área em bom estado de
organização. Ela começa desde os seus recursos financeiros até
mesmo a pintura de uma parede.
• Igrejas bem administradas sabem para onde estão indo. Elas
possuem uma declaração de visão e missão, tem estratégias e
valores centrais claramente definidos, um cronograma que
norteia suas actividades com objectivos e alvos a curto, médio e
longo prazo, e um organograma que permite a todos
visualizarem como a igreja está estruturada dentro da visão.
• Igrejas bem administradas tem a preocupação de descobrir
pessoas com o dom de administração, para serem capacitadas
e distribuídas nas mais diferentes equipes de ministério da
igreja.

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Importância da Administração na
Igreja
• Igrejas bem administradas trabalham dentro de um
orçamento financeiro anual. Sua receita não é gasta de
forma improvisada, momentânea e irresponsável. O
orçamento financeiro permite que todas as estratégias
tenham os recursos necessários para serem aplicados
durante o ano;

• Administração e organização são palavras que caminham


juntas. Você conhece uma igreja bem administrada quando
existe ordem, organização em todas as áreas. Essa
organização geral pode ser resumida nas seguintes
palavras: Pessoas, Tempo, Recursos e Processos.

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As 4 Funções da Administração da Igreja
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2. As 4 funções Administrativas da
Igreja
• Conforme nos referimos, Administração é a forma de colocar
em prática as decisões sobre objectivos e utilização de
recursos;
• A disposição administrativa relaciona quatro tipos principais
de decisões, também chamados de processos ou funções:
planificação, organização, direcção e controle. A palavra
administração significa função que se desenvolve sob debaixo
de liderança;
• Todo conceito de administração é desenvolvido para aplicação
em funções de empresas, podendo ser estendido a qualquer
outra situação onde ocorra trabalho.

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2.1 As 4 funções Administrativas da


Igreja - Planificação
• Segundo Chiavenato (1995) a planificação é a função
administrativa que determina antecipadamente o que se deve
fazer e quais objectivos que devem ser alcançados. A
elaboração da planificação evita acções improvisadas,
casuais, contribuindo para reduzir a incerteza e dá maior
segurança quanto ao desempenho da instituição
• Segundo o estudioso, são estas algumas das suas
características: a) É um processo permanente e contínuo,
pois é realizado de forma sistemática dentro da instituição e
não se esgota na simples montagem de um plano de acção; b)
é sempre voltado para o futuro; c) visa relacionar, entre
várias alternativas disponíveis, um determinado curso de
acção, em função de suas consequências futuras e das
possibilidades de sua execução e realização; d) é interactivo;
e) uma técnica de mudança e inovação; entre outras.

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2.2 As 4 funções Administrativas da


Igreja - Organização
• Chiavenato (1995) define a organização como uma função
administrativa que reúne e integra os seus recursos, define a
estrutura de órgãos que deverão administrá-los, estabelece a
divisão de trabalho através da diferenciação, proporciona os
meios de autoridade e de responsabilidade e, assim por
diante.

• A organização representa, no fundo, todos aqueles meios que


a organização utiliza para pôr em prática a planificação, o
controle e a avaliação para atingir os seus objetivos.

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2.3 As 4 funções Administrativas da


Igreja - Direcção
• Do ponto de vista didático, a função administrativa direcção
vem após o planificação e a organização. Assim, enquanto a
planificação estabelece o que fazer e como fazer e para quem, a
organização estabelece a estrutura, os meios para a execução,
a direcção se preocupa com a execução das operações
propriamente ditas, tendo em vista o alcance dos objetivos;
• A Direcção é, inegavelmente, uma das complexas funções da
administração. Isto se deve à sua abrangência e ao facto de
estar intimamente relacionada às pessoas. A execução de
qualquer acção envolve sempre pessoas e grupos. Toda a
implementação do planificação e da organização é efectuada
por um conjunto de pessoas, normalmente, são os recursos
mais complexos existentes nas organizações

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2.3 As 4 funções Administrativas da


Igreja – Direcção (Continuação)
• A Direcção é a função que envolve a maior interacção
humana. A Direcção é dinâmica, ocorre em todos os níveis da
organização e está relacionada à planificação, à organização e
ao controle. Como a função Direcção diz respeito ao processo
de interacção entre pessoas, três assuntos inerentes a ela são
de capital importância: comunicação, liderança e motivação;

• Assim sendo, para dirigir pessoas são necessários profundos


conhecimentos a respeito do processo de comunicação, das
teorias de liderança e da motivação.

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2.3 As 4 funções Administrativas da


Igreja – Direcção (Continuação) 2
• O aspecto da liderança está presente na humanidade desde
os primórdios. Na história bíblica vemos Moisés, Josué,
Ester, Pedro, Paulo e principalmente Jesus;
• Grandes líderes deixaram marcas positivas ou negativas no
mundo vemos pessoas comuns que se tornaram grandes
ícones da humanidade pela intensidade e inteligência na arte
de liderar grupos e multidões em torno de um objectivo.
Nelson Mandela, Papa João Paulo II, Princesa Diana, Ernesto
Che Guevara, Samora Machel em Moçambique;
• Para a presente capacitação, vamos analisar 4 tipos de
liderança ligados à Direcção.

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2.3 As 4 funções Administrativas da


Igreja – Direcção (Continuação) 3
• Liderança Autocrática: é um estilo de liderança em que o
líder é focado apenas nas tarefas, e suas decisões costumam
ser tomadas isoladamente, sem a participação dos
colaboradores.
• Liderança Democrática: é um estilo de liderança voltada para
a participação das pessoas nos processos decisórios.
• Liderança Liberal: é um estilo de liderança que deixa as
pessoas à vontade para realizar as tarefas e projectos por
acreditar que a equipe já é madura o suficiente e não precisa
de supervisão constante.
• Liderança Paternalista: Nesta liderança, a relação entre o
líder e os liderados é algo similar à relação de pai para filho.
As relações interpessoais são muito fortes, e isso pode até ser
muito confortável para os liderados, mas pode trazer sérios
riscos à estabilidade.
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2.3 As 4 funções Administrativas da


Igreja – Direcção (Continuação) 4
Podemos encontrar três tipos distintos de líderes:
1. Líder Técnico: é o tipo de líder em que as pessoas depositam
grande confiança e segurança devido a ele ser muito bom no que
faz e ter um alto nível de conhecimento técnico e científico nos
assuntos do dia a dia do trabalho. Na hora dos momentos mais
complicados, chame-o que ele resolve.
2. Líder Carismático: é o tipo de pessoa que consolida uma
liderança no grupo por estar sempre colocando um semblante de
alegria e bom humor nos demais membros da equipe, na hora
certa, no lugar certo, nas pessoas certas, e por deixar o ambiente
mais leve.
3. Líder Motivador: é o tipo de líder que consegue estimular os
colegas a seguir em frente na busca pelos resultados almejados
pela empresa. Pode ser qualquer pessoa da organização.

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2.3 As 4 funções Administrativas da


Igreja – Direcção (Continuação) 5
Podemos igualmente encontrar as seguintes características de
um Líder Nato
1. Capacidade de influência; 2. Sem medo de se expor;
3. Iniciativa; 4. Excelente capacidade de comunicação;
5. Disposição para ajudar e ouvir; 6. Curiosidade;
7. Ser multitarefa; 8. Empatia- Colocar-se no lugar da outra
pessoa;
9. Assumir a responsabilidade pelos actos; 10. Foco na
solução - Pessoas que tenham o foco na solução do problema
também apresentam uma característica essencial da liderança.
11. Senso de justiça - A busca por critérios justos de decisão
também é um sinal que aparece em quem tem vocação para
liderar.

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2.4 As 4 funções Administrativas da


Igreja – Controle
O termo controle tem muitos significados e apresenta atitudes
coercitivas, principalmente quando envolve pessoas. O controle
deve ser entendido como uma função administrativa, da mesma
forma com a planificação, a organização e a direcção.
Os autores Koontz e O’Donnel (1998) especificam que controle é
a função administrativa que consiste em medir e corrigir o
desempenho de colaboradores para assegurar que os objectivos
da instituição e os planos delineados para alcançá-los sejam
realizados.
É, pois, a função segundo a qual cada administrador, do
presidente ao supervisor, certifica-se de que aquilo que é feito
está de acordo com o que se tencionava fazer.

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2.4 As 4 funções Administrativas da


Igreja – Controle (Continuação)
O controle também está intimamente relacionado com a
planificação, a direcção e a organização, que compreende três
fases:

A- colecta de dados sobre o desempenho;


B- comparação dos dados com um padrão;
C- acção correctiva. Certamente, cada uma destas fases pode
ser desenvolvida através de diversas formas, que sempre
devem considerar as peculiaridades de cada instituição.

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- 3. Reflexão conjunta sobre a Estrutura


Administrativa Actual
• Quem somos?;
• O que fazemos?;
• Como Fazemos?;
• Onde podemos Melhorar?;
• Quando vamos começar?
• Com quem vamos começar?

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As áreas Eclesiásticas da Igreja
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4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


• 4.1 – Modelos de Governo Eclesiástico
1- Episcopal ou Prelático - No sistema episcopal o poder
pertence aos bispos diocesanos e ao clero mais alto, como
acontece nas igrejas romana, grega, anglicana e na maior
parte das igrejas orientais.
2- Presbiteriano ou Oligárquico - Aqui o poder emana das
assembleias, sínodos, presbitérios e sessões, como acontece
na igreja escocesa, luterana e nas igrejas presbiterianas.
3- Congregacional ou Independente - Neste modelo
sobressai o autogoverno, ou seja, cada igreja se administra
mediante a voz da maioria de seus membros, como sucede
entre os baptistas, os congregacionais e alguns outros grupos
evangélicos.

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4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


• 4.1 – Líder Presidente (Pastor, Evangelista, Profeta,
Apóstolo ou Mestre)
A liderança espiritual da Igreja é de responsabilidade do Pastor
Titular, a quem compete traçar as diretrizes para a actuação
das demais direcções e departamentos da Igreja. Funciona
com a colaboração dos pastores auxiliares (Diáconos) por ele
indicados

• 4.2 - Direcção da Igreja


A Direcção Executiva é dirigida pelo Pastor, fazendo parte os
pastores auxiliares (Ministério Diaconal), Secretário da Igreja,
Departamento de Administração e Finanças, Presidentes dos
Departamentos, coordenadores das zonas, conselheiros leigos
e outros eleitos.

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4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


• 4.3 - Departamento Diaconal
São líderes eleitos devido ao seu desenvolto e impecável
compromisso espiritual, para desenvolver tarefas definidas no
Novo Testamento. Trabalham em funções de apoio pastoral no
ensino, oração, preparação de sacramentos da Igreja,
visitação dos membros, entre outros.

4.4 – Departamento do Secretariado da Igreja


É função executiva mais graduada após a de Pastor. O
Secretário tem várias responsabilidades relacionadas à vida
diária da igreja, produção de documentos e estatísticas
relacionadas ao seu funcionamento, organização de reuniões,
organização das deslocações do líder em coordenação com as
áreas das Finanças e dos Eventos da Igreja.

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4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


• 4.5 – Departamento de Administração e Finanças
É o responsável da gestão financeira da Igreja. Propõe e
providencia as linhas de gestão dos fundos da Igreja em
colaboração com os diversos responsáveis, sob a supervisão do
Pastor. Está subdividido em três áreas, nomeadamente:
Contabilidade, Gestão Financeira e Investimentos, e
Administração (Património, RH)

4.6 – Departamento de Louvor e Adoração


Cabe ao coordenador do Ministério de Adoração promover,
coordenar e integrar as actividades das seguintes áreas: -
Louvor, Teatro, Coros e Grupos Vocais e Grupos de Oração

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4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


• 4.7 – Departamento do Ensino Bíblico e Discipulado
Área responsável por desenvolver as actividades de Educação
Religiosa, através do estudo bíblico sistemático, de forma a
levar o educando à maturidade cristã, através da dinamização
da Escola Bíblica Dominical, da realização de treinamentos,
reuniões e encontros em que se analisem temas da vida cristã
e sua prática. Cria e promove o ensino social na Igreja

4. 8 – Departamento de Evangelismo
Área responsável por promover e coordenar as actividades de
Evangelização, através de variadas formas de divulgação do
evangelho, podendo criar vários grupos visando alcançar mais
almas para Cristo, abertura e implantação de novas zonas da
Igreja.

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4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


4. 09 – Departamento de Eventos e Protocolo
Área responsável por promover e coordenar os eventos oficiais
(culto especiais, seminários, avivamentos, acampamentos,
retiros, casamentos, funerais, festas), bem como não oficiais
(desportivos, culturais, feiras) visando glorificar a Deus

4.10 – Departamento das Crianças


Área responsável pelo desenvolvimentos de iniciativas cristãs
para o envolvimento de crianças dos 0 aos 11 anos. É dividido
em três áreas, sendo dos 0 aos 3 anos (Berçário), dos 4 aos 7
anos (infante) e dos 8 aos 11 anos (Pré-adolescente).

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4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


• 4.11 – Departamento de Jovens e Adolescentes
O Ministério da Juventude tem como objectivo promover o
crescimento espiritual e a integração dos adolescentes e jovens
da igreja na faixa etária de 12 a 35 anos

• 4. 12 – Departamento dos idosos


O Ministério dos idosos tem como objectivo promover
actividades das pessoas consideradas como da Terceira Idade
sejam os idosos, toda pessoa com idade a partir de 60
(sessenta) anos, sendo homem e 55 sendo mulher

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Capacitação em Administração Eclesiástica - Matihlo Consultoria de Comunicação e Serviços

4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


• 4.13 – Departamento dos Pais
O Ministério dos Pais tem como objectivo promover o
crescimento espiritual e actividades dos homens e pais de
família, ou que não sejam, desde que tenham ultrapassados os
35 anos de idade e com menos de 60 anos, nas actividades da
Igreja.

• 4.14 – Departamento das mães


O Ministério das Mães tem como objectivo promover o
crescimento espiritual e actividades das mulheres e mães de
família, ou que não sejam, desde que tenham ultrapassados os
35 anos de idade e com menos de 55 anos, nas atividades da
Igreja.

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Capacitação em Administração Eclesiástica - Matihlo Consultoria de Comunicação e Serviços

4. As áreas Eclesiásticas da Igreja


• 4.15 – Departamento de Comunicação e Imagem
Área responsável por delinear, executar as estratégias de
comunicação visando a projecção e consolidação da imagem
da Igreja e de Cristo, bem como outras actividades internas
visando a preservação da identidade institucional

• 4.16 – Departamento de Campanhas


Área responsável por promover eventos de captação de fundos
para diversos assuntos relacionados com a obra de Deus, seja
construção da Igreja, solidariedade com irmãos, entre outros.

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5. Reflexão conjunta sobre os desafios


de reestruturar a organização da Igreja

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