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EEFMTI CLODOALDO PINTO

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


Geografia

Prof. Rafael Brito Gomes

AULA:
INDÚSTRIA NO BRASIL HOJE, COMO
PRODUTO DO PASSADO AGRÁRIO
PRIMEIRA QUESTÃO
A economia e o território
século XVI (1501 a 1600)

FONTE: THÉRY, 2014.


A economia e o território
século XVII (1601 ao 1700)

FONTE: THÉRY, 2014.


A economia e o território
século XVIII (1701 a 1800)

Em 1799, Ceará libertava-se do domínio


institucional pernambucano imposto pela
Coroa Portuguesa

FONTE: THÉRY, 2014.


A economia e o território
século XIX (1801 a 1900)

Independência do Brasil
7 de setembro de 1822

FONTE: THÉRY, 2014.


Indústrias fundadas antes de 1969
A expansão da indústria ocorre de
maneira desigual no território brasileiro:
concentração em São Paulo, pelos
investimentos do café;

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil:


disparidades e dinâmicas do território. 2 d. São Paulo: EdUSP,
2014. p. 151.
Indústrias fundadas após 1995
A partir da década de 1970, inicia-se um
processo de desconcentração industrial
no Brasil;

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil:


disparidades e dinâmicas do território. 2 d. São Paulo: EdUSP,
2014. p. 151.
Concentração de
pessoal ocupado
assalariado
(2015)

Fonte: Elaborado por Rafael Brito


(UECE/LETUr)
As principais concentrações de indústrias de alta tecnologia
no Brasil, 2009
A partir da década de 1970, inicia-se um
processo de desconcentração industrial
no Brasil;

MOTA, Adeir Archanjo; MARIGHETTI, Alex. A Espacialidade das Indústrias de


Alta Tecnologia e das Instituições de Ensino Superior no Território Brasileiro
Atual. Revista Geografica de America Central (online), Costa Rica, v. 2, p. 1-
16, 2011.
SEGUNDA QUESTÃO

LINK DO GRÁFICO:

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/industria/9296-pesquisa-industrial-mensal-producao-fisica-
regional.html
Indicadores Conjunturais da Indústria - Índices Mensais de Base Fixa (jan. 2022 = 100),
fevereiro 2023

FONTE: IBGE, 2023.


Produção física industrial por seções industriais (Índice de base fixa de janeiro de 2022 =
100), entre 2002 e 2023

FONTE: IBGE, 2023.


TERCEIRA QUESTÃO

LINK DOS MAPAS:

http://www2.ipece.ce.gov.br/atlas/capitulo5/52/index.htm
MAS ESSA GEOGRAFIA INDUSTRIAL DO CEARÁ TEM UMA HISTÓRIA
A economia do
algodão no Ceará,
com a primazia de
Fortaleza: um
exemplo mais
específico

Da economia regional,
com diversificação da
rede urbana, para a
cultura do algodão,
com centralização da
rede em Fortaleza.
(escala do Ceará, mas
como parte do
movimento histórico
da economia nacional).

Fonte: Elaborado por Rafael Brito


(UECE/LETUr)
REGIÃO
METROPOLITANA
DE FORTALEZA
Crescimento
populacional e baixa
inserção na indústria

Mão de obra barata e


abundante
28
29
Disponível em:
https://www20.opovo.com.br/app/opovo/dom/2014/01/18/noticiasjornaldom,3192947/a-periferia-faz-grife.shtml
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Dispersão industrial e "guerra fiscal"
• Montagem de uma infraestrutura para modernizar o território para atração de investimentos externos
e consolidar a indústria como atividade econômica mais importantes do estado;
• Políticas particulares de atração de empresas industriais de grande porte, que se deu com
investimentos e leis particulares criadas apenas no sentido de instalação dessas empresas. Danone teve
90% de incentivos de ICMS por 10 anos e a Nike estabelece acordo com empresas terceirizadas com
subcontratação;
• Financiamento de atividades industriais de médio porte, com o mecanismo FDI/PROVIN, que dava
empréstimos diretos às empresas que desejam se instalar no Ceará, em que o pagamento seria o
abatimento no valor do ICMS e quanto mais distante da capital, maior o abatimento:
- 60% de abatimento na RMF, com carência de 6 anos;
- Até 300km da RMF, 75%, com carência de 10 anos;
- Entre 300 a 500 km, 75% de incentivo e carência de 13 anos;
- Além de 500km da RMF, 75% com carência de 15 anos;
• Houve uma política (ineficiente) para formação de sistemas industriais localizados (organização espacial
para elencar vantagens operadas a partir do cooperativismo e da articulação entre empresas), que foi
mais como resposta à pressão social dos pequenos produtores locais, do que mesmo uma ação
prioritária do Estado (sinal da pouca efetividade do projeto);
Distribuição espacial das
empresas beneficiadas
com o FDI/PROVIN

Fonte: PEREIRA JÚNIOR, 2011, p. 333


Unidades produtivas atraídas por gênero

Fonte: PEREIRA JÚNIOR, 2011, p. 336


Fonte: PEREIRA JÚNIOR, 2011, p. 338
Espaço
metropolitano

Fonte: IPECE, 2017


Globalização do território e o Complexo Industrial e Portuário do Pecem

• Diferente do discurso dos políticos-empresários, sobre a pouca ação do Estado na


economia, os governadores atuaram ativamente na estruturação atual da indústria
cearense. O DISCURSO É DESENVOLVER O CEARÁ PELA INDÚSTRIA;
• Os atuais setores de grande monta e que sempre estavam nos planos (“sonhos”) dos
governadores “liberais” só existem por ação direta do Estado são: siderurgia; metalurgia;
petroquímico; e geração de energia;
• As grandes obras do Estado e que são estruturantes do território cearense são: (1) terminal
portuário localizado a 50km de Fortaleza; (2) complexo integrado de abastecimento hídrico
do litoral a partir do açude Castanhão e o canal da integração; (3) Complexo Industrial
próximo à zona portuária (Pecém);
• A construção do Complexo Industrial e Portuário do Pecém foi finalizada pela continuidade
do projeto pelo político Cid Gomes, diante sua aproximação com Lula;
Fonte: TELES; AMORA, 2016, p. 31.
Plano Diretor do Complexo Industrial
e Portuário do Pecém - 2008
Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)

• A CSP foi o projeto de grande monta a ser concretizado para


instalação da indústria pesada no Ceará:
- Formada pela composição societária da Vale (50% de participação),
Dongkuk (30%) e Posco (20%);
- Constituída em 2008, com investimento de US$ 5,4 bilhões, área de
571 hectares;
- Está na primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE)
brasileira, que libera a produção de impostos e a produção é
voltada completamente para exportação;
- Iniciou a produção de placas de aço em junho de 2016, com
mercado consumidor a indústria naval, de óleo & gás, automotiva e
construção civil;
- A capacidade instalada é de 3 milhões de toneladas de placas de
aço/ano;
- A partir da CSP, o Porto do Pecém (CE) alcançou um novo recorde
na operação de embarque de placas de aço. Movimentou 34.169
toneladas da carga em 24 horas no dia 20 de julho de 2020;
Fonte: CSP, 2020
Fonte: CSP, 2020
Fonte: CSP

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