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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


FACULDADE DE ENFERMAGEM

MANUAL DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE


ENFERMAGEM

Belém/Pa
2020
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
MATERIAL PRODUZIDO PELA FACULDADE DE ENFERMAGEM
2020© UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

É proibida a reprodução parcial ou total desta obra com fins lucrativos e que não sejam para fins
acadêmicos ou científicos.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


REITOR
Emmanuel Zagury Tourinho

VICE-REITOR
Gilmar Pereira da Silva

Secretário Geral da Reitoria


Marcelo Galvão

PRÓ-REITORIA PROPESP

PROAD PESQUISA
Rômulo Simões Angélica
ADMINISTRAÇÃO
João C. Almeida Junior PROPLAN

PROEG PLANEJAMENTO
Raquel T. Borges
ENSINO
Edmar Tavares da Costa
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (ICS)
PROEX
DIRETORA
EXTENSÃO Eliete da Cunha Araújo
Nelson José de Souza Júnior
DIRETORA ADJUNTA
PROGEP Márcia Maria Bragança Lopes

PESSOAL FACULDADE DE ENFERMAGEM (FAENF)


Karla Andreza D.P. Miranda
DIRETORA
PROINTER Vera Lúcia de Azevedo Lima

INTERNACIONAL VICE-DIRETORA
Horácio Schneider Dirce Nascimento Pinheiro
AUTORES

DOCENTE
Regina Ribeiro Cunha

ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM
Monique Teresa Amoras Nascimento
Valéria Gabriele Caldas Nascimento

CO-AUTORES

DOCENTES
Danielle Saraiva Tuma dos Reis
Eliane da Costa Lobato da Silva
Elisângela Ferreira da Silva
Edficher Margotti
Esleane Vilela Vasconcelos
Irene de Jesus Silva
Mary Elizabeth de Santana
Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar
Sheila Barbosa Paranhos

ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM
Jainara de Souza Araújo
Karen Marcelly de Souza

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)

U58m Universidade Federal do Pará.


Manual do laboratório de habilidades de Enfermagem /
Organização de Regina Ribeiro Cunha e Monique Teresa Amoras
Nascimento. Belém, 2020.
78 p.

1. Manual. 2. Enfermagem. 2. Procedimentos Básicos. I.


Nascimento, Valéria Gabriele Caldas et al. II. Faculdade de
Enfermagem. I. Título.

CDU 614.2(035)
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 4

OBJETIVOS ..................................................................................................... 7

1. NORMAS GERAIS ....................................................................................... 8

2. NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE ENFERMAGEM ........ 9

3. POLÍTICA DE USO E FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO DE


ENFERMAGEM .......................................................................................... 10

4. DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES .................................................. 12

4.1. COORDENADOR DO LABORATÓRIO .................................................... 12

4.2. FUNCIONÁRIO ........................................................................................ 13

4.3. DOCENTES ............................................................................................. 14

4.4. MONITOR ................................................................................................ 15

4.5. DISCENTES ............................................................................................ 16

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ............................................................ 17

PADRÃO (POPS) ........................................................................................... 17

HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS ......................................................... 19

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS – FRICÇÃO ANTISSÉPTICA COM


PREPARAÇÃO ALCÓOLICA SOB A FORMA DE GEL, ESPUMA OU
LIQUIDA ..................................................................................................... 21

HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS ............................................... 22

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: ANTISSEPSIA CIRÚRGICA ........................... 24


MENSURAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL....................................... 25

MENSURAÇÃO DO PULSO .......................................................................... 26

MENSURAÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA .................................... 27

MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NO ADULTO ............................ 28

MENSURAÇÃO DO PESO E ALTURA .......................................................... 30

ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS .................................................................... 32

ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO ................................................................. 35

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) NO ADULTO ..................... 37

CATETERISMO GÁSTRICO .......................................................................... 40

CATETERISMO ENTERAL ............................................................................ 42

CUIDADO COM ESTOMIA INTESTINAL ....................................................... 44

CURATIVO ..................................................................................................... 46

CATETERISMO VESICAL FEMININO DE ALÍVIO ......................................... 50

CATETERISMO VESICAL FEMININO DE DEMORA ..................................... 52

CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO MASCULINO ..................................... 54

CATETERISMO VESICAL DEMORA MASCULINO ....................................... 56

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA SUBLINGUAL ..................... 58

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA NASAL ................................ 60

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA VAGINAL............................. 62

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA SUBCUTÂNEA .................... 64

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA INTRADÉRMICA ................. 67


ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA INTRAMUSCULAR ............. 69

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA ENDOVENOSA ................... 71

FORMULÁRIO DE AGENDAMENTO E SOLICITAÇÃO DE MATERIAIS E


EQUIPAMENTO PARA AULA PRÁTICA. .................................................. 74

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 75
APRESENTAÇÃO

A primeira edição do Manual do Laboratório de Habilidades de


Enfermagem consiste em definir as normas de utilização do laboratório, as
competências e atribuições de cada membro da comunidade acadêmica e a
organização de procedimentos operacionais padrão desenvolvidos no espaço de
ensino, aprendizagem, pesquisa e extensão, respeitando a legislação vigente e
aplicável à prática de enfermagem. Cada atividade devidamente identificada e
executada com Eficiência, capacidade de produzir resultados com o mínimo de
recursos, Eficácia, capacidade de alcançar resultados, o que inclui a
identificação dos objetivos mais adequados e a utilização dos melhores meios
para alcançá-los, Efetividade, entendida como benefícios ao público-alvo,
permitindo a instrumentalização de acadêmicos de enfermagem e, Êxito
entendido como resultados alcançados de acordo com o planejado para as aulas
práticas no Laboratório de Habilidades de Enfermagem, visando contribuir para
formação profissional do Enfermeiro considerando os princípios do Sistema
Único de Saúde.

O Laboratório de Habilidades de Enfermagem da Faculdade de


Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará
tem como objetivo principal a instrumentalização para a Prática de Enfermagem
com interface na investigação, vivência em um ambiente simulado, frente ao
desenvolvimento de atividades para realização de procedimentos técnicos de
enfermagem.

O Laboratório de Habilidades de Enfermagem favorece o apoio


didático-pedagógico para as atividades de ensino, pesquisa e extensão da
Faculdade de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade
Federal do Pará. Constitui um espaço para a aprimoramento e aplicação dos
conhecimentos teóricos com execução de Procedimentos de Enfermagem que
exijam habilidades e treinamento para apreensão do conhecimento, contribuindo
para a aprendizagem e habilidades para o processo de cuidar em enfermagem.
Excepcionalmente poderá receber visitação de estudantes de escolas de ensino
fundamental e médio, escolas de ensino técnico e outras faculdades em geral

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como devida solicitação documentada a Direção da Faculdade, com
agendamento prévio e acompanhados de professores da Faculdade de
Enfermagem.

O Laboratório de Habilidades de Enfermagem possibilita aos


Discentes vivenciarem situações específicas, por isso, demandando tempo e
maior atenção para apreensão do conhecimento pertinente à sua prática
acadêmica efetiva. Considerando o desenvolvimento de habilidades e
competências para a formação do Enfermeiro são utilizadas estratégias de
ensino com foco em metodologias ativas de aprendizagem por meio de
abordagem teórica e aulas práticas em ambiente simulado.

O Laboratório de Habilidades de Enfermagem constitui um espaço


propício ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão. Geralmente é o
primeiro contato do Acadêmico de Enfermagem com equipamentos e recursos
próprios do ensino e da Prática de Enfermagem.

O Laboratório de Habilidades de Enfermagem favorece o


aprimoramento de Instrumentos Básicos de Enfermagem entre eles 1)
comunicação, 2) observação, 3) avaliação, 4) trabalho em equipe, 5) destreza
manual, 6) aplicação dos princípios científicos, 7) criatividade, 8) planejamento,
9) método científico 10) recursos da comunidade, sob a supervisão de um
docente enfermeiro e bolsistas monitores, gerando um ambiente simulado
possibilitando o aprender a aprender.

O Laboratório de Habilidades de Enfermagem está constituído por dois


espaços Laboratório de Práticas de Enfermagem I e Laboratório de Práticas
de Enfermagem II. Está localizado no térreo da Faculdade de Enfermagem,
Cidade Universitária Prof. José da Silveira Neto - Campus Profissional II -
Complexo Saúde - Rua Augusto Corrêa, 01 – Guamá, Belém, Pará, Brasil.

O Laboratório de Práticas de Enfermagem I apresenta espaço com


insumos permanentes: 1 cama hospitalar, 1 maca, cadeiras, data show, quadro
branco, 1 manequim adulto, 1 biombo, 1 balança, cubas rim, cubas redondas,
estetoscópio, esfigmomanômetro, bandejas, pinças hemostáticas, pinças
anatômicas dissecção e determinados insumos de consumo (cateter folley,
cateter de levine, cateter dobbhoff, equipamento de proteção e segurança para

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estomia, cânula metálica, cânula plástica com cuff, sistema de irrigação para
colostomia, sistema oclusor de colostomia, dreno portovac, dreno torácico, ambu
entre outros). Tais insumos visam criar ambiente simulado para a prática de
enfermagem.

O Laboratório de Práticas de Enfermagem II apresenta espaço restrito


e dispõe dos seguintes insumos permanentes: 1 maca, cadeiras, e 1 manequim,
ambu manual de silicone adulto. Tais materiais visam criar ambiente simulado
para a prática de enfermagem.

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OBJETIVOS

1. Desenvolver aulas práticas que demandem recursos e


equipamentos específicos;

2. Estimular a observação, identificação, descrição, comparação,


avaliação, registros de enfermagem;

3. Favorecer o trabalho em equipe por meio da manutenção de


agradável clima organizacional;

4. Inserir os Discentes nas práticas de enfermagem para que sejam


capazes de executarem procedimentos de enfermagem
respeitando as dimensões biológicas, psicológicas e socioculturais
presentes no processo saúde-doença, no contexto do cuidado
integral com o ser humano, respeitando aspectos familiares,
sociais e culturais;

5. Incentivar a autonomia acadêmica na tomada de decisões e na


busca de soluções de problemas;

6. Desenvolver projetos de ensino, pesquisa e extensão.

7. Prestar serviço de utilidade pública à Comunidade em geral

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1. NORMAS GERAIS

1. As normas de biossegurança devem seguir o que é estipulado pela


legislação do uso de equipamento de proteção individual (EPI),
sendo o indicado: sapato fechado, calça comprida, blusa de
manga, jaleco, máscara, gorro e luva de procedimento;

2. O usuário, seja ele docente, discentes de enfermagem ou


funcionário, responsabilizar-se-á pela perda, estrago e danos que
possam decorrer do uso inadequado do material ou equipamento,
repondo-o por outro semelhante ou em iguais condições, ou
assumindo os custos de reparo ou reposição do material. Estando
ciente através de um termo de responsabilidade e compromisso
para a reposição do material em plenas condições de uso;

3. Qualquer dano a todo a qualquer material permanente do


laboratório deverá ser comunicado imediatamente ao docente e/ou
técnico do laboratório responsável, para a devida providência junto
à Direção da Faculdade;

4. Não será permitida a entrada de alimentos de qualquer tipo ou a


realização de refeições dentro do laboratório, mesmo quando não
houver aulas práticas;

5. Todos devem utilizar jaleco branco, com a devida identificação da


instituição e do curso, além de manter os cabelos presos e retirar
adornos, como anéis e pulseiras;

6. As unhas deverão estar curtas e lixadas, de maneira que as bordas


não ultrapassem as polpas dos dedos (6mm). Em caso de uso de
esmalte nas unhas, a pintura deverá estar íntegra;

7. Os jalecos não deverão ser utilizados fora do ambiente do


laboratório, exceto em eventos onde haja participação do Curso de
Enfermagem;

8. A retirada de todo e qualquer tipo de material do laboratório está


condicionada à devida autorização prévia da Direção da

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Faculdade, preenchendo-se uma guia pelo docente responsável.

2. NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE ENFERMAGEM

As normas de utilização do Laboratório de Habilidades de Enfermagem


da Faculdade de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade
Federal do Pará envolvem responsabilidade, compromisso e disciplina no qual o
usuário deverá seguir as normas abaixo:

1. Permitido a utilização do laboratório somente por Docentes da


Faculdade de Enfermagem e pelos Discentes e Monitores
Bolsistas acompanhados pelo docente; durante aulas práticas e
atividades complementares;

2. O laboratório pode ser utilizado durante o horário do seu


funcionamento, o qual será definido pela Direção da Faculdade;

3. A abertura do laboratório é restrita a presença de um docente


responsável, em horários pré-definidos e pactuados entre
Docentes e Discentes de Enfermagem;

4. Para utilização do laboratório tanto para aulas práticas quanto para


atividades extraclasse, o docente deverá solicitar reserva do
mesmo ao responsável técnico do laboratório;

5. Os materiais de consumo necessários ao desenvolvimento em


atividades extra classe deverão ser providenciados pelos
Docentes e Discentes de Enfermagem interessados;

6. Ao término de cada atividade prática, o laboratório deve ser


organizado. Aos Docentes e Monitores cabe guardar os materiais
de livre acesso (frascos com soluções (álcool, solução
degermante) e armazenar os equipamentos e materiais localizados
no interior dos armários;

7. Utilizar calças compridas, blusa de manga e sapatos fechados no


laboratório, preferencialmente brancos;

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8. Não será permitida entrada no laboratório trajando shorts,
bermuda, vestido, saias, camiseta tipo regata, chinelos e bonés;

9. Para utilização de produtos químicos ou qualquer equipamento, é


necessário auxílio e autorização dos funcionários do laboratório;

10. Manter sempre limpo o local de trabalho, evitando obstáculos que


possam dificultar as aulas práticas;

11. Não deixar sobre a bancada frascos abertos e material espalhado;

12. Comunicar a direção da faculdade qualquer anormalidade e/ou


acidentes ocorridos no recinto;

13. Após a utilização do laboratório, desligar luzes, ar condicionados,


equipamento multimídia e outro qualquer equipamento eletrônico;

14. Cada subgrupo de prática é responsável pelo seu material.


Portanto, ao término de uma aula prática, tudo o que você usou
deverá ser limpo e guardado em seus devidos lugares;

15. Não fazer uso de materiais ou equipamentos que não fazem parte
da aula prática;

16. Desenvolva suas atividades com responsabilidade e


profissionalismo;

17. Os pertences dos usuários nas dependências do laboratório são de


inteira responsabilidade dos mesmos. A equipe de trabalho não
será responsabilizada por quaisquer danos aos materiais dos
usuários.

3. POLÍTICA DE USO E FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO DE


ENFERMAGEM

É um local reservado para a ampliação e aplicação dos conhecimentos


teórico-práticos, por meio da execução de procedimentos de Enfermagem que
exigem habilidades psicomotoras e instrumentalização necessária à

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complementação da aprendizagem, em situação simulada. As práticas de
laboratório favorecem o desenvolvimento de destreza manual e cognitiva
necessária ao processo de formação acadêmica.

O Laboratório de Habilidades de Enfermagem constitui importante


infraestrutura e funciona como instrumento de apoio para atividades acadêmicas
desenvolvidas na Faculdade de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde
da Universidade Federal do Pará. Para que o laboratório atenda seus objetivos
é importante que toda a comunidade acadêmica envolvida possa promover o
alcance das metas do curso, buscando cumprir as seguintes instruções:

1. O funcionamento é de segunda a sexta-feira no horário de 07 h às


13 h e das 13 h às 19 h. Excepcionalmente aos sábados no horário
de 07 h às 12 h.

2. A entrada e permanência dos Discentes e Monitores nas


dependências do laboratório de Enfermagem é permitida somente
na presença de um Docente;

3. O agendamento de aulas práticas deverá ser realizado junto a


secretaria da faculdade de acordo a disponibilidade. Caso o
Docente não efetue a reserva ou não haja outro horário disponível,
o mesmo ficará sujeito à não utilização do laboratório;

4. Em caso de necessidade de uso e impossibilidade de reserva


prévia, o Docente ficará sujeito à disponibilidade de horário do
laboratório;

5. A troca de horário entre Docentes deverá ser comunicada à


Secretaria da Faculdade, pelo Docente responsável pela reserva
com antecedência mínima de 24 horas;

6. Respeitar o horário de início e término das aulas;

7. Os Docentes e Monitores deverão assinar o livro de controle de


aulas práticas;

8. É proibido a retirada de materiais de insumo e permanente do


laboratório sem autorização por escrito (assinada, data e

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carimbada) da Direção da Faculdade. Quando houver necessidade
de algum material o requerente deve solicitar com 72 horas de
antecedência, respeitando a utilização do material para as aulas
previamente agendadas.

9. Zelar pela limpeza, organização, manutenção e bom


funcionamento do laboratório;

10. Comportar-se de forma ética e respeitosa;

11. Cumprir e zelar pelo cumprimento destas normas.

4. DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES

4.1. COORDENADOR DO LABORATÓRIO

1. Coordenar e desenvolver as normas de utilização dos laboratórios


juntamente com Docentes das Atividades;

2. Incentivar e colaborar em atividades de ensino, pesquisa e


extensão que utilizem os espaços do laboratório;

3. Pesquisar e avaliar pesquisas de novos equipamentos, materiais e


programas a serem implantados no laboratório;

4. Fazer levantamento estatístico da utilização do laboratório;

5. Coordenar a atuação dos Monitores juntamente com os Docentes


das Atividades;

6. Promover constante avaliação do laboratório no processo de


ensino-aprendizagem;

7. Elaborar propostas que envolvam alterações para melhoria do


regulamento, da utilização, da limpeza e organização deste
espaço;

8. Divulgar para Docentes, servidores e funcionários, discentes o

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regulamento de utilização do laboratório;

9. Incentivar o desenvolvimento de projetos de extensão e pesquisa


pertinentes ao uso do laboratório;

10. Solicitar reuniões com a Direção da Faculdade sempre que


necessária;

11. Encaminhar a Direção da Faculdade a solicitação de compra de


materiais anualmente;

12. Manter a organização e controle de entrada e saída de materiais;

13. Encaminhar equipamentos e materiais para manutenção


preventiva e/ou corretiva;

14. Supervisionar as atividades de monitoria no que tange aos


materiais, equipamentos e espaços em uso;

15. Cumprir e fazer cumprir os regulamentos, normas e rotinas deste


manual.

4.2. FUNCIONÁRIO

1. Deve separar o material necessário para as aulas práticas solicitadas;

2. Fazer o checklist do laboratório quanto aos materiais e equipamentos;

3. Garantir a conservação dos equipamentos e materiais utilizados no


laboratório;

4. Zelar pela conservação do laboratório, sendo responsável pela


fiscalização do local antes e após cada aula prática.

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4.3. DOCENTES

1. Cumprir e fazer cumprir os regulamentos, normas e rotinas deste


manual;

2. Fornecer o agendamento das aulas práticas com o cronograma do


plano de ensino e lista de materiais;

3. Informar qualquer alteração no cronograma e/ou troca de horário

4. Respeitar o horário de início e término das aulas;

5. Instrumentalizar os Discentes para aquisição de habilidades,


destreza e agilidade através das técnicas descritas;

6. Orientar e supervisionar os Discentes nas aulas práticas;

7. Comunicar a Direção da Faculdade qualquer intercorrência e/ou


acidentes ocorridos no local;

8. Assinar o livro ou ficha de controle das aulas práticas – habilidades;

9. Zelar pelos bens permanentes e de consumo do laboratório;

10. Sugerir a compra de materiais de consumo e permanentes;

11. Usar jaleco branco, EPIs e demais itens constantes neste manual,
nas aulas teóricas e práticas que ocorrerem nas dependências do
Laboratório;

12. Supervisionar os Discentes e Monitores da Atividade Curricular


durante as aulas realizadas dentro do laboratório;

13. Apresentar as normas de utilização do Laboratório, principalmente


no primeiro contato dos Discentes;

14. Instruir e exigir dos Discentes o uso do jaleco e demais itens


constantes no tópico, assim como o descarte correto de resíduos
produzido durante as aulas;

15. Instruir os Discentes/monitores a manterem o laboratório em


ordem após o término das atividades.

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4.4. MONITOR

1. Cumprir e fazer cumprir os regulamentos, normas e rotinas deste


manual;

2. Zelar pelos bens permanentes e de consumo do laboratório;

3. Preparar o ambiente físico e dispor os materiais para as


aulas/atividades previamente agendadas;

4. Auxiliar o Docente durante o transcorrer das aulas práticas;

5. Acompanhar, presencialmente, todas as atividades dos Discentes


dentro dos laboratórios, e dar suporte em momentos de aulas
individuais;

6. Manter o ambiente limpo e organizado;

7. Utilizar e orientar o uso dos EPI (Equipamentos de Proteção


Individual);

8. Registrar no livro ou ficha de controle as aulas práticas –


habilidades.

9. Ser responsável e comprometido com as atividades desenvolvidas


pelo Laboratório;

10. Comunicar ao Docente e/ou Direção da Faculdade quando


constatar qualquer anormalidade dentro do recinto ou sobre os
materiais e equipamentos;

11. Realizar controle de estoque, registro e reposição de materiais,


observando o prazo de validade dos mesmos;

12. Ao final do semestre, realizar relatório das atividades


desenvolvidas;

13. Cumprir e zelar pelo cumprimento desta norma.

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4.5. DISCENTES

1. Cumprir e fazer cumprir os regulamentos, normas e rotinas deste


manual;

2. Zelar pelos bens permanentes e de consumo do laboratório.

3. Utilizar as dependências do laboratório somente com a presença


do Docente e Monitor responsáveis;

4. Zelar pela manutenção dos materiais e manequins, utilizando-os


com cuidado e conforme a orientação do Docente e Monitor, para
prevenção de ocorrência de dano e/ou desperdício;

5. O Discente que utilizar o material sem permissão será


responsabilizado pelo ocorrido;

6. Usar jaleco branco e EPIs, nas aulas teóricas e práticas que


ocorrerem nas dependências do Laboratório;

7. Manter tom de voz discreto, adequado ao ambiente de estudo;

8. Realizar o descarte correto de resíduos produzido nas aulas


práticas, conforme orientação prévia do docente ou monitor;

9. Manter o Laboratório organizado logo após o término das


atividades;

10. Observar e respeitar as normas gerais de utilização do Laboratório


vigentes nesse manual.

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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
PADRÃO (POPs)

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BIOSSEGURANÇA
POP N° 01 - Higienização simples das mãos
POP N° 02 - Higienização das mãos - fricção antisséptica com preparação alcoólica sob a forma de gel,
espuma ou líquida
POP N° 03 - Higienização antisséptica das mãos
POP N° 04 - Higienização das mãos: antissepsia cirúrgica

SISTEMA RESPIRATÓRIO/CARDIOVASCULAR/ENDÓCRINO
POP N° 05 - Mensuração da temperatura corporal
POP N° 06 - Mensuração do pulso
POP N° 07 - Mensuração da frequência respiratória
POP N° 08 - Mensuração da pressão arterial
POP N° 09 - Mensuração do peso/altura
POP N° 10 - Aspiração de vias aéreas superiores
POP N° 11 – Administração de Oxigênio
POP N° 12 - Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) no adulto

SISTEMA GASTROINTESTINAL
POP N° 13 – Cateterismo gástrico
POP N° 14 - Cateterismo enteral
POP N° 15 - Cuidado com estomia intestinal

SISTEMA TEGUMENTAR
POP N° 16 - Curativo

SISTEMA URINÁRIO
POP N° 17 - Cateterismo vesical de alívio - sexo feminino
POP N° 18 - Cateterismo vesical de demora - sexo feminino
POP N° 19 - Cateterismo vesical de alívio - sexo masculino
POP N° 20 - Cateterismo vesical de demora - sexo masculino

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
Via OraL
POP N° 21 - Administração de medicação via sublingual
POP N° 22 -Administração de medicação via nasal
POP N° 23 - Administração de medicação via vaginal
Via parenteral
POP N° 24 - Administração de medicação via subcutânea
POP N° 25 -Administração de medicação via intradérmica
POP N° 26 -Administração de medicação via intramuscular
POP N° 27 -Administração de medicação via intravenosa
POP N° 28 -Cálculo de gotejamento

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 01 Versão: 1 MARÇO/2020

HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS

DEFINICÃO
Medida individual que permite a prevenção de infecções relacionadas a assistência.
OBJETIVOS
Remover a contaminação da superfície da pele, visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de
todos aqueles envolvidos no cuidado aos pacientes.
INDICAÇÃO
Deve ser realizado em todos os procedimentos, respeitando os 5 momentos da higienização (antes de contato com
o paciente, antes da realização do procedimento, após a exposição a fluidos corporais, após o contato com o
paciente e após o contato com as áreas proximais ao paciente).
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Lavabo, sabão líquido, antisséptico, escova cirúrgica papel toalha descartável e container de resíduo.
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos (anéis, alianças, pulseiras, relógios e outros);
2. Não encostar no lavatório;
3. Arregaçar as mangas do jaleco até altura do cotovelo;
4. Molhar as mãos com água;
5. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das
mãos;
6. Ensaboar as palmas das mãos friccionando-as entre si;
7. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa;
8. Entrelaçar os dedos e friccione os espaços interdigitais;
9. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento
10. de vai-e-vem e vice-versa;
11. Esfregar o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando-se de movimento
circular e
12. vice-versa;
13. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo
movimento
14. circular e vice-versa;
15. Enxaguar bem as mãos com água;
16. Seque as mãos com papel toalha descartável;
17. Utilizar o papel toalha para fechar a torneira.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 01:
Protocolo para a prática de Higiene das mãos em serviços de saúde, 2013. Disponível em
http://www.hospitalsantalucinda.com.br/downloads/prot_higiene_das_maos.pdf. Acesso em: 08 fev. 2020.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente. Higienização
das mãos, 2009. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf.
Acesso em: 08 fev. 2020

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
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LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 02 Versão: 1 MARÇO/2020

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS – FRICÇÃO ANTISSÉPTICA COM PREPARAÇÃO


ALCÓOLICA SOB A FORMA DE GEL, ESPUMA OU LIQUIDA
DEFINICÃO
O procedimento da HM com fricção antisséptica consiste em esfregar toda a superfície das mãos com produtos
de base alcoólica para diminuir o número de microrganismos presentes.
OBJETIVOS
Remover a contaminação da superfície da pele, visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de
todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.
INDICAÇÃO
Deve ser realizado em todos os procedimentos, respeitando os 5 momentos da higienização (antes de contato com
o paciente, antes da realização do procedimento, após a exposição a fluidos corporais, após o contato com o
paciente e após o contato com as áreas proximais ao paciente).
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Gel alcoólico a 70% ou solução alcoólica a 70% com glicerina 1 a 3 %
PROCEDIMENTO
1. Na palma da mão, colocar uma quantidade suficiente do produto para cobrir toda a superfície das
mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante);
2. Friccionar as palmas das mãos entre si;
3. Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e vice-
versa;
4. Friccionar a palma das mãos entre si, com os dedos entrelaçados;
5. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, e
vice-versa;
6. Friccionar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando movimento
circular, e vice-versa;
7. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fazendo
um movimento circular, e vice-versa;
8. Friccionar os punhos com movimentos circulares;
9. Friccionar até secar todo produto na mão.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 01:
Protocolo para a prática de Higiene das mãos em serviços de saúde, 2013. Disponível em
http://www.hospitalsantalucinda.com.br/downloads/prot_higiene_das_maos.pdf. Acesso em: 08 fev. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente. Higienização
das mãos, 2009. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf.
Acesso em: 08 fev. 2020

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 03 Versão: 1 MARÇO/2020

HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS

DEFINICÃO
É considerado uma medida individual que permite a prevenção de infecções relacionadas a assistência com
sabonete com agentes antissépticos.
OBJETIVOS
Remover a contaminação da superfície da pele, visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de
todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.
INDICAÇÃO
Nos casos de precaução de contato recomendada para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes.
Nos casos de surtos
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Lavabo, Sabonete associado com agente asséptico (por ex., clorexidina degermante a 4%; PVPI a 10%), papel
toalha descartável e container de resíduo.
PROCEDIMENTO
1. Retirar TODOS os adornos (anéis, pulseiras e relógio);
2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar no lavatório;
3. Depositar nas mãos degermante ou solução asséptico;
4. Espalhar o produto nas mãos e friccionando-as entre si até o degermante esteja totalmente
espalhado;
5. Esfregar com o dorso da mão direita na mão esquerda, entrelaçando entre si, assim vice-versa ;
6. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;
7. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento de vai-e-vem, e vice-versa;
8. Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando movimento
circular, e vice-versa;
9. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada
em concha, fazendo movimento circular, e vice-versa;
10. Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, realizando movimento
circular, e vice-versa;
11. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos do produto asséptico. Evitar contato direto das mãos
com a torneira;
12. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No
caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar papel toalha.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 01:
Protocolo para a prática de Higiene das mãos em serviços de saúde, 2013. Disponível em
http://www.hospitalsantalucinda.com.br/downloads/prot_higiene_das_maos.pdf. Acesso em: 08 fev. 2020.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente. Higienização
das mãos, 2009. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf.
Acesso em: 08 fev. 2020

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 04 Versão: 1 MARÇO/2020

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: ANTISSEPSIA CIRÚRGICA

DEFINICÃO
É um procedimento realizado pela equipe cirúrgica como preparo pré-operatório das mãos para extinguir a
microbiota transitória e reduzir a microbiota residente das mãos
OBJETIVOS
Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual
na pele do profissional
INDICAÇÃO
No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda a equipe cirúrgica).
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Lavabo, degermante asséptico ou solução asséptica, Escova cirúrgica, Compressas estéreis ou toalhas estéreis.
1. PROCEDIMENTO
2. Abrir a torneira e molhar as mãos, os antebraços e os cotovelos;
3. Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraços e cotovelos.
No caso de escova impregnada com antisséptico, pressionar a parte impregnada da esponja contra a pele
e espalhar por todas as partes das mãos, antebraços e cotovelos;
4. Limpar sob as unhas com as cerdas da escova;
5. Friccionar as mãos, observando os espaços interdigitais e os antebraços, por no mínimo três a
cinco minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos;
6. Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para os cotovelos, retirando todo o
resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir fotossensor;
7. Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando
pelas mãos e seguindo pelos antebraços e cotovelos, atentando para utilizar as diferentes dobras da
toalha/compressa para regiões distintas.
REFERÊNCIAS
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das
Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2009. 105p

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 05 Versão: 1 MARÇO/2020

MENSURAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL

DEFINICÃO
A temperatura corporal é considerada um dos sinais vitais, consiste no calor produzido e o calor perdido pelo
corpo, podendo ser mensurada nas regiões axilar, oral e retal.
OBJETIVOS
Determinar a temperatura corporal do paciente e avaliar a resposta a terapia instituída.
INDICAÇÃO
Identificar parâmetros de normalidade e anormalidade no adulto, auxiliar Diagnósticos de Enfermagem, e
avaliar respostas de terapias instituídas. Deve ser mensurada durante exame físico e avaliação de enfermagem.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Documento para o registro da temperatura.
Caneta para anotação.
Bandeja ou cuba rim.
Termômetro digital.
Álcool a 70%.
Gaze não estéril ou bolas de algodão.
Luvas de procedimento, quando indicado.
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo.
2. Selecionar o material a ser utilizado.
3. Testar o Termômetro.
4. Realizar a higienização das mãos.
5. Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento.
6. Posicionar o paciente de maneira confortável com exposição da axila.
7. Realizar a desinfecção do termômetro com álcool a 70%.
8. Posicionar a extremidade do termômetro no centro da axila. Fazer o paciente baixar o braço e
mantê-lo junto ao corpo.
9. Manter a extremidade até escutar o som emitido (beep) e retirar.
10. Informar o resultado ao paciente.
11. Acomodar o paciente.
12. Realizar a higienização das mãos.
13. Reunir o material e dar o destino adequado (desinfecção e guarda do material)
14. Anotar no prontuário o valor da temperatura.
REFERÊNCIAS
SANTOS, E.S.; FONSECA, C.D.; LOPES, J.L. Frequência respiratória. In: BARROS, A.L.B.L. de; LOPES, J.L.;
MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto Alegre: Artmed, 2019

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LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 06 Versão: N°01 MARÇO/2020

MENSURAÇÃO DO PULSO

DEFINICÃO
O pulso é considerado um dos sinais vitais. Sua mensuração consiste na palpação da artéria radial para avaliar sua
expansão e relaxamento, resultante do movimento do sangue durante a contração do coração.
OBJETIVOS
Avaliar a freqüência, ritmo, amplitude ou magnitude, estado da parede arterial, correlacionando com a condição
hemodinâmica do paciente.
INDICAÇÃO
Identificar parâmetros de normalidade e anormalidade no adulto, auxiliar Diagnósticos de Enfermagem, e
avaliar respostas de terapias instituídas. Deve ser mensurado durante exame físico e avaliação de enfermagem.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Documento para o registro do pulso.
Relógio com ponteiros de segundos.
Caneta para anotação.
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
2. Selecionar o material a ser utilizado;
3. Realizar a higienização das mãos;
4. Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento;
5. Posicionar o paciente sentado ou deitado, apoiando o antebraço com punho estendido;
6. Pressionar levemente os dedos indicador e médio na região da artéria escolhida. O local para
aferição do pulso depende do estado do paciente. Utiliza-se principalmente as artérias carótida,
femoral, radial, braquial, poplítea e pediosa;
7. Contar a frequência do pulso em um minuto;
8. Identificar frequência, ritmo e volume do pulso;
9. Informar o resultado ao paciente;
10. Acomodar o paciente;
11. Realizar a higienização das mãos;
12. Anotar no prontuário o valor do pulso.
REFERÊNCIAS
SANTOS, E.S.; FONSECA, C.D.; LOPES, J.L. Pulso. In: BARROS, A.L.B.L. de; LOPES, J.L.;
MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto Alegre:
Artmed, 2019.
TIMBY, Barbara Kubn. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 10ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 07 Versão: 01 MARÇO/2020

MENSURAÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

DEFINICÃO
A respiração é considerada um dos sinais vitais. Envolve a demanda de oxigênio no corpo e corresponde ao
número de ventilações por minuto.
OBJETIVOS
Avaliar o número de ciclos respiratórios (uma inspiração e uma expiração) no período de 1 minuto.
INDICAÇÃO
Identificar parâmetros de normalidade e anormalidade no adulto, auxiliar Diagnósticos de Enfermagem, e
avaliar respostas de terapias instituídas. Deve ser mensurada durante exame físico e avaliação de enfermagem.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Documento para o registro da frequência respiratória.
Relógio com ponteiros de segundos.
Caneta para anotação.
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo.
2. Selecionar o material a ser utilizado.
3. Realizar a higienização das mãos.
4. Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento
5. Posicionar o paciente sentado ou deitado, apoiando o antebraço com punho estendido.
6. Posicionar os dedos indicador e médio no pulso radial apenas para que o paciente não perceba que
está sendo observada os movimentos respiratórios.
7. Contar a frequência respiratória em um minuto.
8. Informar o resultado ao paciente.
9. Acomodar o paciente.
10. Realizar a higienização das mãos.
11. Anotar no prontuário o valor da frequência respiratória.
REFERÊNCIAS
SANTOS, E.S.; FONSECA, C.D.; LOPES, J.L. Frequência respiratória. In: BARROS, A.L.B.L. de;
LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto
Alegre: Artmed, 2019.
TIMBY, Barbara Kubn. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 10ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 08 Versão: 1 MARÇO/2020

MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NO ADULTO

DEFINICÃO
A Pressão Arterial é considerada um dos sinais vitais e consiste na quantidade de sangue ejetado pelo ventrículo
esquerdo por 1 minuto e da resistência vascular periférica. A pressão arterial máxima é denominada de Pressão
Arterial Sistólica e a Pressão Arterial mínima é a Pressão Arterial Diastólica. A técnica auscultatória consiste e,
avaliar de forma indireta a pressão arterial através do uso de esfigmomanômetro de coluna de mercúrio ou
aneróide.
OBJETIVOS
Avaliar a capacidade e eficácia do sistema cardiovascular, fornecendo dados para determinar o estado de saúde
de paciente, visando diminuir o risco de complicações.
INDICAÇÃO
Identificar parâmetros de normalidade e anormalidade no adulto, auxiliar Diagnósticos de Enfermagem, e
avaliar respostas de terapias instituídas. Deve ser mensurada durante exame físico e avaliação de enfermagem.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Documento para o registro da pressão arterial.
Caneta para anotação.
Bandeja ou cuba rim.
Álcool a 70%.
Gaze não estéril ou bolas de algodão.
Luvas de procedimento, quando indicado.
Manguito/esfigmomanômetro.
Estetoscópio
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo.
2. Selecionar o material a ser utilizado.
3. Realizar a desinfecção da bandeja com álcool à 70%, de forma unidirecional.
4. Verificar a calibração do esfigmomanômetro, a integridade da borracha, pêra e conexões.
5. Realizar a higienização das mãos.
6. Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento.
7. Orientar o paciente a não conversar no momento do procedimento.
8. Verificar se o paciente está em repouso de 3 a 5 minutos.
9. Posicionar o paciente de maneira confortável, com pernas descruzadas e corpo relaxado.
10. Assegurar que não seja realizada a aferição no membro em que há contraindicações como: o paciente
não esteja com a bexiga cheia, que não tenha praticado exercício físico há pelo mens 60 minutos, que
não tenha ingerido bebida alcóolica, café ou alimentos e que não tenha fumado nos 30 minutos antes da

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aferição da pressão arterial. Verificar se o paciente não fez mastectomia e nem fístula arteriovenosa,
queimaduras, hemiparesia no membro em que a PA será aferida.
11. Posicionar o braço do indivíduo na altura do coração ,com a palma da mão voltada para cima e o
cotovelo levemente fletido.
12. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio e o olécrano e selecionar o
manguito adequado.
13. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital centralizando o meio da
parte compressiva sobre a artéria braquial (seta de direcionamento sobre a artéria braquial).
14. Estimar o nível da Pressão Arterial Sistólica (PAS) pela palpação do pulso radial. Palpar a artéria
radial e insuflar o manguito até o desaparecimento do pulso. Posteriormente, deve-se desinflar
rapidamente o manguito.
15. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar o diafragma ou campânula do estetoscópio.
16. Inflar rapidamente até ultrapassar 30 mmHg do valor estimado da PAS.
17. Realizar a deflação lentamente.
18. Determinar a PAS no primeiro som (fase um dos sons de Korotkoff) e pressão arterial diastólica
(PAD) no desaparecimento do som (fase cinco de Korotkoff).
19. Caso os sons persistam até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons e anotar os
valores da PAS/PAD/zero.
20. Realizar pelo menos 2 aferições, com intervalo de 1 minuto, e medir em ambos os braços na primeira
aferição do indivíduo, utilizado como referência, o valor do braço onde foi obtida a maior pressão.
21. Informar o resultado ao paciente.
22. Realizar a higienização das mãos.
23. Reunir o material e dar o destino adequado (desinfecção e guarda do material).
24. Anotar no prontuário o valor da pressão arterial.

REFERÊNCIAS
SANTOS, E.S.; FONSECA, C.D.; LOPES, J.L. Frequência respiratória. In: BARROS, A.L.B.L. de;
LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto
Alegre: Artmed, 2019.
TIMBY, Barbara Kubn. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 10ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 09 Versão: 1 MARÇO/2020

MENSURAÇÃO DO PESO E ALTURA

DEFINICÃO
Consiste na mensuração da massa corporal e estatura do paciente.
OBJETIVOSO
Obter parâmetros para avaliação do estado nutricional e crescimento e desenvolvimento do paciente.
INDICAÇÃO
Devem ser mensurados durante exame físico e avaliação de enfermagem. Antes de procedimento cirúrgico,
tratamentos especializados (antes e após tratamentos dialíticos).
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Balança antropométrica digital ou mecânica. Régua antropométrica.
Álcool glicerinado 70%. Papel toalha.
PROCEDIMENTO
1. Reunir o material;
2. Informar o paciente o que vai ser realizado;
3. Conduzir a paciente até a balança;
4. Realizar higienização das mãos;
5. Certificar-se de que a balança está afastada da parede;
6. Verificar se a balança está calibrada;
7. Forrar a balança com papel toalha;
8. Orientar a paciente para retirar chapéu, boné, bolsas, casacos e sapatos;
9. Auxiliar a paciente a subir na balança;
10. Posicionar a paciente de costas para a balança, com a cabeça alinhada ao corpo, os braços
estendidos ao longo do corpo, os pés juntos e parado com as costas para a haste graduada em centímetros;
11. Encostar os calcanhares, os ossos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte
interna de ambos os joelhos;
12. Unir os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas;
13. Elevar a haste graduada em centímetros, com cuidado e colocá-la perpendicularmente; sobre a
cabeça
da paciente, fazendo a leitura da altura em centímetros;
14. Observar o valor indicado da altura e do peso;
15. Solicitar ou auxiliar o paciente a descer da balança e a calçar os sapatos;
16. Realizar higiene das mãos.
17. Anotar no prontuário os valores, carimbar e assinar.
OBSERVAÇÕES:
Registrar caso a paciente esteja usando, gesso, calha gessada, órteses ou próteses que possam alterar os valores
de peso mesurados. Paciente cadeirante pode ser pesado no colo do acompanhante, descontando o peso do

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acompanhante.
REFERÊNCIAS
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 7. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 542-584.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 10 Versão: N°01 MARÇO/2020

ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

DEFINICÃO
A aspiração de secreções é indicada para pacientes impossibilitados de remover e eliminar secreções por fatores
como alteração do nível de consciência, falência da musculatura diafragmática e intercostal, tosse ineficaz, quadro
de caquexia, e, em crianças, por não terem a compreensão necessária sobre expectoração. É ainda indicada para
pacientes intubados e traqueostomizados. A aspiração de secreções pode ser oronasofaríngea e traqueal (oral ou
por traqueostomia).
OBJETIVOS
Manter a permeabilidade das vias aéreas. Promover conforto do paciente.
INDICAÇÃO
Pacientes com acúmulo de secreções em vias aéreas superiores
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Fonte de ar comprimido ou vácuo.
Válvulas de aspiração de ar comprimido ou vácuo
Frasco coletor para aspiração.
Intermediário.
Cateteres de aspiração de calibre adequado (conforme avaliação).
Frasco ou ampolas de água destilada.
Luva plástica para aspiração.
Gaze estéril.
Saco de lixo para material contaminado.
PROCEDIMENTO
Normas Gerais:
• Deixar quantidade suficiente de materiais de aspiração à beira do leito (gaze estéril, luvas de
aspiração,
cateteres de aspiração traqueal e oral, água estéril, seringa);
• Montar o aspirador preferencialmente em vácuo;
• Manter durante a aspiração uma pressão entre 80 e 120mmHg (maior pode provocar traumas);
• Cada manobra de aspiração deve durar de 10 a 15 segundos;
• Deve-se deixar o paciente descansar por 20 a 30 segundos entre as aspirações;
• A instilação de solução salina estéril na via respiratória antes da aspiração está contraindicada,
pois pode
aumentar a incidência de pneumonia nosocomial por deslocar as bactérias da parede das vias aéreas;
• Manter o frasco de aspiração limpo conforme rotina do setor;
• Trocar o intermediário de aspiração somente em caso de sujidades ou rachaduras e desprezar em
lixo

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adequado após a alta do paciente;
• Desprezar cateteres e gazes utilizados na aspiração em saco de lixo branco;
• Sempre observar presença de desvio de septo, pólipos, obstruções, lesões, epistaxe, edema de
mucosa,
etc.
ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES ORONASOFARÍNGEAS
1. Lavar as mãos;
2. Paramentar-se com luva de procedimento, óculos, máscara e avental;
3. Explicar o procedimento ao paciente;
4. Colocar o paciente em posição fowler ou semi-fowler;
5. Escolher a catéter de calibre adequado;
6. Abrir o pacote da catéter em sua porção distal e adaptá-la ao intermediário, mantendo-a protegida
dentro do invólucro;
7. Abrir o pacote de gaze de forma estéril;
8. Calçar luva de aspiração;
9. Abrir e controlar a válvula de aspiração;
10. Pegar e manipular a catéter com a mão dominante;
11. Estimular o paciente a tossir para ajudar a soltar as secreções;
12. Retirar a catéter com movimentos firmes e rotatórios;
13. Após completar as aspirações, retirar a luva sobre a catéter enrolada, desprezando-a;
14. Limpar o intermediário aspirando no mínimo 20ml de água destilada;
15. Proteger a abertura do intermediário com uma gaze ou invólucro estéril;
16. Fechar a válvula de aspiração;
17. Deixar o paciente confortável;
18. Lavar as mãos;
19. Repor o material que foi utilizado;
20. Realizar as anotações necessárias em prontuário.
21. Assinar e carimbar os respectivos registros.
ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO TRAQUEAL
1. Lavar as mãos;
2. Paramentar-se com luva de procedimento, óculos, máscara e avental;
3. Explicar o procedimento ao paciente mesmo que não esteja consciente;
4. Colocar o paciente em posição elevada (se não houver contraindicação);
5. Escolher a catéter de calibre adequado;
6. Abrir o pacote da catéter em sua porção distal e adaptá-la ao intermediário, mantendo-a protegida
dentro do invólucro;
7. Avaliar condições gerais do paciente e auscultar rigorosamente os pulmões;
8. Pré-oxigenar o paciente caso esteja em ventilação mecânica;
9. Calçar luva de aspiração;
10. Com a mão não dominante, desconectar o ventilador, abrir e controlar a válvula de aspiração;
11. Com a mão dominante, introduzir a catéter (com o intermediário clampeado pela outra mão),
aspirando as secreções durante sua retirada que deve se dar em movimentos rotatórios;
12. Repita a operação de 3 a 5 vezes, permitindo descanso entre uma aspiração e outra;
13. Limpe a catéter entre uma aspiração e outra com gaze estéril se estiver muito suja;
14. Após completar as aspirações, retirar a luva sobre a catéter enrolada, desprezando-a;
15. Limpar o intermediário aspirando no mínimo 20ml de água destilada;
16. Proteger a abertura do intermediário com uma gaze ou invólucro estéril;
17. Fechar a válvula de aspiração;
18. Auscultar novamente o paciente;

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19. Lavar as mãos;
20. Repor o material que foi utilizado;
21. Realizar as anotações necessárias em prontuário.
22. Assinar e carimbar os respectivos registros.
REFERÊNCIAS
PRADO, Marta Lenise do et al (Org.). Fundamentos para o cuidado profissional de enfermagem. 3. ed.
Florianópolis: Ufsc, 2013. 548 p. Revisada e ampliada.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Hospital Universitário. Procedimento Operacional
Padrão/ DE/HU: “Cuidados com produtos da assistência ventilatória e inaloterapia”. Disponível em:
www.hu.ufsc/br;

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N°11 Versão: 1 MARÇO/2020

ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO

DEFINICÃO
Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior a encontrada na atmosfera
ambiental, para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia, podendo ser aplicado tanto em situações
agudas quanto crônicas. Os tipos de oxigenoterapia são: 1) Sistema de baixo fluxo: a) cateter nasal, b) cateter
nasofaríngeo, c) máscaras para NBZ. 2) Sistema de alto fluxo: máscara de Venturi. 3) Sistema de umidificação:
umidificadores de ambiente.
OBJETIVOS
Aumentar o nível de oxigênio que é trocado entre o sangue e os tecidos
INDICAÇÃO
Situações de hipóxia tais como Traumatismos graves, Angina instável, Recuperação pós-anestésica, Insuficiência
respiratória aguda ou crônica; Insuficiência cardíaca congestiva, Apneia obstrutiva do sono, procedimentos
específicos (aspiração)
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Catéter nasal;
Catéter tipo óculos;
Máscara facial simples;
Máscara com Reservatório;
Máscara de traqueostomia;
Máscara de Venturi;
PROCEDIMENTO
A)CATETER NASAL
1. Medir com a utilização do cateter, entre o nariz e o lóbulo da orelha, colocando um pedaço
pequeno de esparadrapo para marcar o tamanho do cateter a ser introduzido.
2. Utilizar lubrificante hidrossolúvel no cateter com a utilização de uma gaze e introduzir
delicadamente por uma das fossas nasais.
3. Ajustar o fluxo de O2 entre 1-5 L/min conforme necessidade ou prescrição médica.
4. Removido e substituído a cada 8h.
B)CATETER TIPO ÓCULOS:
1. Apenas ajustar o elástico para o tamanho de cada cabeça. Se criança muito pequena, as alças
por onde
sai o gás podem ser cortadas e retiradas, para não lesionar a mucosa nasal da criança .
2. Ajustar o fluxo de O2 entre 1-5L/min conforme necessidade ou prescrição médica.
3. Não há risco de reinalação de CO2.
4. Confortável por longos períodos.
5. Não impede a alimentação e a fala.

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6. Observar quanto a umidificação da mucosa oral e nasal.
C)MÁSCARA FACIAL SIMPLES:
1. Colocar entre o nariz e boca e ajustar os elásticos conforme o tamanho da cabeça.
2. Ajustar o fluxo de O2 de 4 a 15L/min (acima de 8L repensar interface)
D)MÁSCARA COM RESERVATÓRIO:
1. Máscara acoplada a uma bolsa inflável (1 L).
2. Colocar entre o nariz e boca e ajustar os elásticos conforme o tamanho da cabeça.
3. Ajustar o fluxo FiO2 de 7 a 10 L/min conforme a necessidade ou prescrição médica.
E)MÁSCARA DE TRAQUEOSTOMIA:
1. Adequar a fixação da máscara à TQT ajustando os elásticos conforme o tamanho do pescoço.
2. Ajustar o fluxo de O2 de 1 a 15L/min conforme a necessidade ou a prescrição médica.
3. Trocar a máscara a cada 24h.
4. Correta higienização.
5. Verificar integridade da pele onde está em contato com o nastro.
6. Permite utilizar sistema de Venturi.
F)MÁSCARA DE VENTURI
1. Escolher tipo de máscara que utilizará, FiO2 fixa: (24-50%).
2. Colocar entre o nariz e boca e ajustar os elásticos conforme o tamanho da cabeça.
3. Ajustar o fluxo de O2 de 40 a 78L/min conforme prescrição médica.
4. Reinalação de CO2 não é problema, o orifício de saída fica no corpo da máscara.
5. Há a necessidade de umidificação -nasofaringe, pois não umidifica altos fluxos, O2 entregue
diretamente na traqueia.
G)NEBULIZAÇÃO OU AEROSSOLTERAPIA
• Realizada através do ar comprimido.
• Abrir o Fluxo de ar (fluxômetro) o suficiente para produzir névoa.
• A medicação inalatória utilizada na nebulização é aplicada através da boca ou por
traqueostomia.
• O sistema de nebulização pode ser acoplado: Máscara de Venturi; Máscara de TQT;
Nebulização ou
Aerossolterapia; Aparelho de ventilação não-invasiva (BIPAP);
• Ventiladores mecânicos (final do ramo inspiratório, antes da conexão em Y):o recipiente
(copinho) do nebulizador
fica ligado à extensão própria do ventilador mecânico.
REFERÊNCIAS
BAPTISTA ALPA; RAYAL AF; PATTI CC, et al. Diretrizes de Oxigenação Domiciliar Prolongada. 2010
WILKINS RL.; STOLLER JK; KACMAREK RM. Fundamentos da Terapia Respiratória, ELSEVIER
BRASIL, 2009.
SOUSA, AASPÁSIA BASILE GESTEIRA. Manual Prático de Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro:
Atheneu, 2017.
SOUZA, A. B. G. Enfermagem neonatal: cuidado integral ao recém-nascido. Editora Atheneu. São Paulo, 2
ed, 2014.

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 12 Versão: 1 Página: 0000

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) NO ADULTO

DEFINICÃO
Associação de técnicas de compressão torácica, abertura de vias aéreas, respiração artificial e desfibrilação que
define a sequência primária de ações para salvar vidas.
OBJETIVOS
Estabelecer as ações prioritárias de Enfermagem na Reanimação Cardiopulmonar em adultos
INDICAÇÃO
Pacientes com diagnóstico de parada cardiorrespiratória (PCR). A PCR pode ocorrer por diversas causas:
cardíacas ou não cardíacas.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bolsa ventilatória manual com reservatório (Ambú)
Máscara facial de oxigênio
Fluxômetro
Umidificador
Conexão de borracha e/ou silicone para oxigênio
Fonte de oxigênio
Superfície rígida e plana para aplicação de compressão torácica/”tábua de PCR”
Escada auxiliar para paciente ( para aumentar a altura do profissional)
• Desfibrilador
PROCEDIMENTO
1. Reconhecer os sinais de parada cardiopulmonar (inconsciência, apnéia ou respiração agonizante
- Gasping e ausência de pulso carotídeo);
2. Aferir pulso central (carotídeo), sendo que esta avaliação deve ser realizada entre 5 a 10
segundos. No caso de dúvida da presença de pulso, devem ser iniciadas imediatamente as compressões
torácicas;
3. Solicitar ajuda de outro profissional de saúde;
4. Realizar a vestimenta dos equipamentos de proteção individual;
5. Posicionar o paciente em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida e plana (colocar embaixo
da região torácica do paciente);
6. Expor o tórax do paciente, certificando que esteja seco;
7. Posicionar a base de uma das mãos (região hipotenar) no centro do tórax do paciente (linha
intermamilar, na metade inferior do esterno);
8. Colocar a base da outra mão sobre a primeira;
9. Entrelaçar os dedos das mãos e assegurar que as compressões estejam sendo realizadas sobre o
esterno, fora do alcance das costelas do paciente;

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10. Posicionar-se na posição vertical em relação ao tórax do paciente, ao lado do paciente, em posição
superior ao leito do paciente e aplicar movimentos de compressão com um ângulo de 90º. Caso seja
necessário utilize a escadinha;
11. Manter os joelhos com certa distância um do outro para ter mais estabilidade;
12. Iniciar compressão torácica externa de qualidade (30 compressões/minuto com uma freqüência,
mínima, de 100/minuto, com uma profundidade mínima de 2 polegadas (5 cm);
13. Permitir o retorno total do tórax após cada compressão, minimizando interrupções nas
compressões, sem perder o contato das mãos com o esterno do paciente;
14. Evitar interrupções nas compressões torácicas;
15. As compressões torácicas devem ser iniciadas o mais rapidamente possível, pois garantem o
fornecimento de sangue para os órgãos nobres e aumentam o sucesso da desfibrilação;
16. Revezar com outro profissional a cada dois minutos (5 ciclos de 30 compressões torácicas externa
e 2 ventilações) para evitar fadiga e compressões de má qualidade;
17. Aplicar duas ventilações rápidas (com duração de 1 segundo cada) com bolsa ventilatória manual
conectada a uma fonte de oxigênio com suporte de 15 litros/minuto, após o término de cada ciclo de 30
compressões torácicas;
18. Avaliar a permeabilidade da via aérea durante a ventilação (realizar a inclinação da cabeça-
elevação do queixo e, em caso de suspeita de trauma na coluna, promover a anteriorização da
mandíbula);
19. Manter observação sobre a elevação da caixa torácica durante a ventilação;
20. Manter a sequência de 30 compressões e 2 ventilações (ciclo) por 2 minutos (completando assim
5 ciclos de manobras);
21. Reavaliar a resposta do paciente após completar cinco (5) ciclos (2 minutos) de manobras
aplicadas checando a responsividade, pulso carotídeo e a expansão da caixa torácica;
22. Ligar o Desfibrilador Externo Automático (DEA) apertando o botão on-off (alguns aparelhos
ligam automaticamente ao abrir a tampa).
23. Posicionar os eletrodos do desfibrilador no tórax do paciente, de acordo com as recomendações
do fabricante e a idade do paciente. É importante observar os desenhos indicativos registrados nas pás;
24. Encaixar o conector das pás (eletrodos) ao aparelho. Em alguns aparelhos o conector do cabo das
pás já está conectado;
25. Aguardar a análise do ritmo: se o choque for indicado, o aparelho dará uma advertência para
todos se afastarem do paciente e pressionar o botão de choque, após aplicado, a RCP deverá ser iniciada
pelas compressões torácicas imediatamente após o choque;
26. A cada dois minutos o DEA analisará o ritmo novamente e poderá indicar novo choque, se
necessário. Se não indicar o choque, deve-se reiniciar a RCP imediatamente caso o paciente não retome
a consciência;
27. O choque só deve ser disparado após o comando de “eu me afasto, você se afasta, todos estão
afastados?”;
28. Mesmo que o paciente retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás não
devem ser removidas ou desconectadas até a chegada da equipe médica e/ou equipe de emergência;
29. Deixar o paciente confortável, ao término das manobras com resposta positiva;
30. Manter a organização da unidade do paciente;
31. Desprezar o material utilizado nos locais apropriados;
32. Realizar higienização das mãos
33. Realizar as anotações necessárias em prontuário.
34. Assinar e carimbar os respectivos registros.
REFERÊNCIAS
AEHLERT, B. ACLS: Suporte avançado em cardiologia. Emergências em Cardiologia. 4º ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.

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HAZINSKI M.F., SHUSTER M. et al. Destaques da American Heart Association 2015: Atualização das Diretrizes
de RCP e ACE. American Heart Association, 2015.
NEUMAR R.W., SHUSTER M.,et. al. Parte 1: sumario executive:2015 American Heart Association Guidelines
Updade for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergenvy Cardiovascular Care. Circulation, nº 132, V 18,
suppl, 2015

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LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 13 Versão: N°01 MARÇO/2020

CATETERISMO GÁSTRICO

DEFINICÃO
Procedimento invasivo que consiste na introdução de um cateter tipo Levine®, através do nariz ou da boca, até o
estômago.
OBJETIVOS
Promover descompressão gástrica; Realizar lavagem gástrica; Realizar investigação diagnóstica; Administrar
medicamentos e dietas; Coletar amostras do conteúdo gástrico.
INDICAÇÃO
Situações de intoxicação exógena; hemorragia gástrica; disfagia; indicação de complementação nutricional;
distensão abdominal e vômitos persistentes; perioperatório; críticas, inconsciência, politraumatismo, coleta de
material para exame do suco gástrico.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIO
Bandeja
Biombo;
Toalha;
Papel higiênico;
Cateter de Levine (silicone, poliuretano ou cloreto de polivinila) com o calibre indicado (4Fr a 22Fr) e
preferencialmente graduado;
Gel hidrossolúvel ou xilocaína geleia à 2%;
Esparadrapo ou adesivo hipoalergênico;
Seringa de 20ml;
Estetoscópio;
Coletor sistema aberto (para sifonagem);
Recipiente de descarte;
Copo com água, se necessário.
PROCEDIMENTO
1. Higienizar as mãos;
2. Avaliar as narinas verificando algum fator que contraindique sua inserção (obstrução nasal,
desvio de septo acentuado, presença de secreção);
3. Avaliar a deglutição e risco de aspiração;
4. Posicionar o paciente em Fowler alto a 45º, colocando a toalha sobre o tórax;
5. Calçar as luvas de procedimento;
6. Determinar o comprimento do cateter a ser inserido e marcar com fita adesiva:
7. Extremidade do nariz/boca ao lóbulo da orelha e deste ao apêndice xifoide, no caso de posição
nasogástrica.
8. Lubrificar o catéter com xilocaína gel;
9. Posicionar o cabeça do paciente encostando o queixo no tórax;

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10. Introduzir o catéter suavemente pela narina escolhida até ultrapassar a epiglote (sentido cranial,
para trás e para baixo);
11. Voltar a cabeça para a posição ereta;
12. Continuar introduzindo o catéter até o ponto marcado;
13. Para certificar o posicionamento correto da catéter, utilizar os métodos abaixo:
14. Injetar 10ml de ar pelo catéter e auscultar em região gástrica por meio de estetoscópio para
certificar o posicionamento (som específico);
15. Conectar uma seringa de 20ml à extremidade do catéter e aspirar para confirmar o
posicionamento correto do catéter no estômago (deve refluir resíduo gástrico);
16. Fixar o catéter no nariz de modo que não faça pressão;
17. Em caso de sifonagem, adaptar um coletor sistema aberto na extremidade da catéter;
18. Posicionar o paciente de forma confortável;
19. Recolher o material utilizado, deixando a unidade do paciente em ordem;
20. Retirar a luva de procedimento;
21. Higienizar as Mãos.
22. Realizar as anotações necessárias em prontuário.
23. Assinar e carimbar os respectivos registros.
REFERÊNCIAS
POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 8 Ed. São Paulo: Elsevier, 2013.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 14 Versão: 1 MARÇO/2020

CATETERISMO ENTERAL

DEFINICÃO
Introdução de um catéter de poliuretano ou de silicone com fio guia através do nariz ou da boca, até o duodeno
ou jejuno.
OBJETIVOS
Alimentação, hidratação e administração de medicamentos.
INDICAÇÃO
Situações de disfagia; indicação de complementação nutricional; lesões gástricas e vômitos persistentes;
perioperatório; críticas, inconsciência, intubados em risco de bronco aspiração.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja;
Cateter / catéter de silicone ou poliuretano com fio guia;
Gel hidrossolúvel ou xilocaína geleia à 2%;
Esparadrapo ou adesivo hipoalergênico;
Compressa, gaze, algodão;
Álcool à 70 % ou água e sabonete;
Seringa de 20ml;
Estetoscópio;
Copo com água, se necessário;
Biombo, se necessário.
PROCEDIMENTO
1. Higienizar as mãos;
2. Avaliar as narinas verificando algum fator que contraindique sua inserção (obstrução nasal,
desvio de
3. septo acentuado, presença de secreção); Avaliar a deglutição e risco de aspiração;
4. Posicionar o paciente em Fowler alto a 45º, colocando a toalha sobre o tórax;
5. Calçar as luvas de procedimento;
6. Determinar o comprimento do catéter a ser inserida e marca com fita adesiva:
7. Extremidade do nariz/boca ao lóbulo da orelha e deste ao apêndice xifoide, no caso de posição
nasoenteral (adicione 20 a 30 cm de comprimento com paciente em decúbito direito)
8. Lubrificar o catéter com xilocaína gel;
9. Posicionar a cabeça do paciente encostando o queixo no tórax;
10. Introduzir o catéter suavemente pela narina escolhida até ultrapassar a epiglote (sentido cranial,
para trás e para baixo);
11. Voltar a cabeça para a posição ereta;
12. Continuar introduzindo a catéter até o ponto marcado no catéter;

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13. Retirar o fio guia, lentamente, segurando o cateter próximo ao local de inserção;
14. Para certificar o posicionamento correto da catéter, utilizar os métodos abaixo:
a. Injetar 10ml de ar pelo catéter e auscultar em região gástrica por meio de estetoscópio
para certificar o posicionamento (som específico);
b. Conectar uma seringa de 20ml à extremidade da catéter e aspirar para confirmar o
posicionamento correto da catéter no estômago (deve refluir resíduo gástrico);
15. Fixar a catéter no nariz de modo que não faça pressão;
16. Posicionar o paciente de forma confortável;
17. Recolher o material utilizado, deixando a unidade do paciente em ordem;
18. Retirar a luva de procedimento;
19. 17. Higienizar as Mãos.
REFERÊNCIAS
POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 8 Ed. São Paulo: Elsevier, 2013.

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LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 15 Versão: 1 MARÇO/2020

CUIDADO COM ESTOMIA INTESTINAL

DEFINICÃO
Estomia significa boca ou abertura, indica a exteriorização de qualquer víscera oca através do corpo por
causas variadas, desviando o trânsito intestinal.
OBJETIVOS
Promover higiene e conforto ao paciente e, prevenir lesões de pele periestomia.
INDICAÇÃO
Higienização e a manutenção da integridade da pele, pele periestomia , prevenção de complicações,
conforto.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja não estéril;
Carro de curativos ou mesa auxiliar ou superfície fixa;
Bolsa coletora com clamp próprio, consultar Cuidados Especiais;
Protetores cutâneos em forma de: anel, placa, pasta e/ou pó, de acordo com a prescrição de enfermagem;
Guia de mensuração do estoma ou pedaço de plástico transparente (ex: invólucro do pacote de gaze);
Tesoura com ponta redonda;
Caneta hidrográfica;
Soro Fisiológico a 0,9% ou Água;
Bolas de algodão ou gaze não estéril;
Álcool glicerinado à 70%;
Recipiente plástico graduado ou uma comadre;
Saco plástico, forro impermeável ou papel toalha;
Lixeira;
Biombo.

PROCEDIMENTO
1. Higienize as mãos;
2. Reúna o material na bandeja e leve-os ao quarto do paciente;
3. Confirme o paciente e o procedimento;
4. Explique o procedimento ao paciente;
5. Promova a privacidade do paciente colocando
biombo e/ou fechando a porta do quarto;
6. Posicione o paciente em decúbito dorsal;

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7. Coloque a máscara e calce as luvas de procedimento;
8. Esvazie o equipamento coletor, em comadre;
9. Remova a bolsa coletora, descolando uma pequena
parte do adesivo na parte superior com gaze umedecida com água;
10. Descole suavemente o adesivo e a barreira protetora de cima
para baixo;
11. Descarte o material em lixeira de saco branco;
12. Limpe a estomia e a pele periestomia com gaze umedecida em água morna e sabonete,
removendo todas
as fezes e resíduos de adesivo;
13. Seque toda a área da pele periestomia;
14. Apare os pelos da pele periestomia com tesoura, se necessário;
15. Medir a estomia com régua de medição de estomia;
16. Desenhe o tamanho medida da estomia sob protetor da base adesiva;
17. Recorte a base adesiva de acordo com o tamanho apropriado;
18. Retire o papel que protege a barreira;
Sistema coletor de 1 peça:
a. Ajuste a base adesiva a estomia barreira ou adesivo, se houver.
b. A parte drenável da bolsa deve estar voltada para os pés (em pacientes que deambulam) ou
voltada para o flanco do mesmo lado da estomia ou em sentido diagonal (em pacientes
acamados)
Sistema coletor de 2 peças:
a. Adapte a base adesiva a pele periestomia;
c. Encaixe a bolsa sobre o flange da base adesiva, segurando pela pestana com voltada para os
pés (em pacientes que deambulam) ou voltada para o flanco do mesmo lado da estomia ou em
sentido diagonal (em pacientes acamados)
d. Faça pressão sobre o aro da bolsa da base adesiva.
e. Faça pressão suave sobre a base adesiva para aderir à pele.
19. Feche a abertura da bolsa coletora com a presilha se houver;
20. Retire as luvas de procedimento e a máscara descartável;
21. Deixe o paciente confortável;
22. Recolha o material do quarto, mantendo a unidade organizada;
23. Encaminhe o material ao expurgo, descartando-os adequadamente;
24. Lave a bandeja com água e sabão, aplicando álcool 70%;
25. Higienize as mãos;
26. Registre o procedimento realizado registrando o aspecto da estomia e pele periestomia e efluente
REFERÊNCIAS
BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 11ª. ed. Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan, 2009.
Santos VLCG, Cesaretti IUR. Assistência em estomaterapia: cuidando de pessoas com estomia. São
Paulo: Atheneu, 2015.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 16 Versão: 1 MARÇO/2020

CURATIVO

DEFINICÃO
Procedimento técnico que consiste na limpeza e terapia tópica de feridas agudas e crônicas com a finalidade de
promover a cicatrização.
OBJETIVOS
Realizar a técnica de curativo auxiliando o organismo a promover a cicatrização, eliminando os fatores
desfavoráveis que retardam a cicatrização da lesão, diminuindo infecções cruzadas, através de técnicas e
procedimentos adequados.
INDICAÇÃO
Feridas agudas e crônicas com baixa, moderada ou elevação exsudação.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja;
EPI’s (jaleco, luva de procedimento/estéril, máscara, óculos);
Gazes estéreis;
Solução fisiológica 0,9%;
Clorexidina degermante 4%;
Clorexidine alcoólica 0,5%;
Seringa de 20 ml;
Agulha 30x10;
Micropore;
Tesoura;
Saco plástico;
Pacote de curativo;
Chumaço;
Cobertura primária selecionada (conforme avaliação do enfermeiro ou prescrição de
enfermagem);
Ataduras;
Régua de papel.
5.1 Normas gerais
Lavar as mãos antes e após cada curativo, mesmo que seja em um mesmo paciente;
Verificar data de esterilização nos pacotes utilizados para o curativo;
Expor a ferida e o material o mínimo de tempo possível;
Utilizar sempre material esterilizado;
Se as gazes estiverem aderidas na ferida, umedecê-las antes de retirá-las;
Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manusear material estéril;
Considerar contaminado qualquer material que toque sobre locais não esterilizados;

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Usar luvas de procedimentos em todos os curativos, fazendo-os com pinças (técnica asséptica);
Utilizar luvas estéreis em curativos de cavidades ou quando houver necessidade de contato direto
com a ferida ou com o material que irá entrar em contato com a ferida;
Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos contaminada;
Nunca abrir e trocar curativo de ferida limpa ao mesmo tempo em que troca de ferida
contaminada;
Quando uma mesma pessoa for trocar vários curativos no mesmo paciente, deve iniciar pelos de
incisão limpa e fechada, seguindo-se de ferida aberta não infectada, drenos e por último as estomias urinárias,
intestinais e fístulas em geral;
Ao embeber a gaze com soluções manter a ponta da pinça voltada para baixo;
Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da circulação venosa, com o membro apoiado, tendo o cuidado de não
apertar em demasia;
Os curativos devem ser realizados no leito com toda técnica asséptica;
Nunca colocar o material sobre a cama do paciente e sim sobre a mesa auxiliar, devendo ser desinfetado após
cada uso;
Todo curativo deve ser realizado com a seguinte paramentação: luva, máscara, gorro e óculos. Em caso
de curativos de grande porte e curativos infectados (escaras infectadas com áreas extensas, lesões
em membros inferiores, e ferida cirúrgica infectada) usar também o avental como paramentação;
Quando o curativo for oclusivo deve-se anotar no esparadrapo a data, a hora e o nome de quem realizou o
mesmo.
5.2 Orientações Importantes
Em pessoas com estomias e fístulas utilizar barreira cutânea na pele adjacentes à ferida;
Atenção ao uso de ataduras e esparadrapos para garantir circulação adequada;
Trocar os curativos úmidos quantas vezes forem necessárias, o mesmo procedimento deve ser adotado para a
roupa de cama, com exsudato das lesões cutâneas;
Quando o curativo da ferida for removido, a ferida deve ser inspecionada quanto a sinais
flogísticos. Se houver presença de sinais de infecção (calor, rubor, hiperemia, secreção) comunicar o enfermeiro
e/ou CCIH e anotar no prontuário, caso necessário - colher material para cultura conforme técnica;
O curativo deve ser feito após o banho do paciente, fora do horário das refeições;
O curativo não deve ser realizado em horário de limpeza do ambiente, o ideal é após a limpeza;
Em feridas em fase de granulação realizar a limpeza do interior da ferida com soro fisiológico em jatos, não
esfregar o leito da ferida para não lesar o tecido em formação;
Os drenos devem ser de tamanho que permitam a permanência na posição vertical, livre de dobras e curva;
Mobilizar dreno somente com prescrição médica;
Em úlceras venosas e neuropatias diabética (pé diabético) manter membro enfaixado e aquecido
com algodão ortopédico;
Em úlceras arteriais, manter membro elevado.
5.3 Antes de iniciar o Curativo:
Avaliar o estado do paciente, principalmente os fatores que interferem na cicatrização;
Avaliar o curativo a ser realizado, considerando-os em função do tipo de ferida e verificar a
prescrição de enfermagem para a seleção dos materiais a serem utilizados;
Orientar o paciente sobre o procedimento;
Preparar o ambiente (colocar biombos ou fechar cortinas quando necessário, deixar espaço na mesa
de cabeceira, organizar o material a ser utilizado, fechar janelas muito próximas, disponibilizar
lençol ou toalha para proteger o leito e as vestes do paciente quando houver possibilidade de que as
soluções escorram para áreas adjacentes);
Preparar o material e lavar as mãos.

PROCEDIMENTO
1. Preparar o material;
1. Verificar se o paciente possui analgesia pré-curativo, caso possua realizá-la;
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento a ser realizado, chamando-o pelo nome;
3. Posicionar de acordo com a localização da ferida;

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4. Considerar: privacidade, observação, comunicação, normas CCIH e técnicas assépticas,
mecânica
corporal;
5. Proporcionar privacidade ao paciente;
6. Selecionar o curativo a ser realizado, caso o paciente possua mais de uma ferida, iniciar sempre
pelas feridas menos contaminadas;
7. Dispor o material evitando contaminação;
8. Fixar o saco plástico com fita adesiva em plano inferior ao material limpo;
9. Abrir o pacote de curativo, usando técnica asséptica, tocando apenas na face externa do campo;
10. Expor o cabo de uma das pinças, pegando-a pela ponta com o auxílio do campo, tocando-o
somente
na face externa. Com uso desta pinça, dispor as demais com os cabos voltados para a borda do campo;
11. Colocar gazes suficientes para o procedimento sobre o campo;
12. Realizar a desinfecção do frasco de soro fisiológico temperatura ambiente com álcool 70% no
local em que será
inserida a agulha 40x12;
13. Não falar ao manipular ferida e material estéril;
14. Remover o curativo com o auxílio da pinça anatômica com dente e colocá-lo no saco,
desprezando
a seguir a pinça na borda do campo, afastada das demais pinças;
15. Umedecer com soro fisiológico as gazes que estão em contato direto com a ferida antes de
removê-las,
porque a umidade minimiza a dor e o traumatismo da pele e ou o tecido de granulação em feridas abertas;
16. Medir os bordos da ferida, registrando altura, largura e profundidade, em centímetros,
utilizando a
régua descartável;
17. Limpar a ferida;

Orientações para feridas fechadas


1. Limpar a ferida com jatos de soro fisiológico temperatura ambiente utilizando a seringa 20ml
com agulha 40x12;
2. Secar os bordos da ferida montando gaze, utilizando a pinça pean/kelly;
3. Colocar no leito da ferida gaze não aderente como cobertura primária, umedecida com soro
4. fisiológico, ou terapia indicada conforme de enfermagem, e sobre ele gaze de algodão.
5. Como cobertura secundária, utilizar gazes secas ou compressas, dependendo da quantidade
6. de drenagem, e fixar com adesivo microporoso hipoalergênico, com dobra em uma das pontas
para facilitar a retirada. Ou, dependendo do local, fixar com faixa crepe, ou usar roupas íntimas
para não danificar a pele com a fixação do curativo. Ainda em relação ao adesivo, deve-se
evitar tração centrípeta do adesivo sobre a pele.
Feridas abertas
1. Lavar a ferida com soro fisiológico temperatura ambiente em forma de jato utilizando a
seringa 20ml com agulha 40x12;
2. Utilizar gazes apenas para limpeza da pele circundante;
3. Na presença de tecido desvitalizado, solicitar a avaliação do enfermeiro para desbridamento.
4. Colocar no leito da ferida (cobertura primária – conforme avaliação do enfermeiro), gaze
5. não aderente).
6. Utilizar, como cobertura secundária, gazes secas ou compressas/chumaço, dependendo da
quantidade de
7. Drenagem e fixá-las com adesivo microporoso hipoalergênico.

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Feridas infectadas
1. Limpar primeiramente a pele circundante e após, a ferida, seguindo a mesma orientação do
curativo em feridas abertas.

Feridas com drenos abertos


1. O curativo do dreno deve ser realizado separado da incisão;
2. Feridas com drenagem superior a 50ml quando possível deve-se aplicar uma bolsa para coletar
o
excesso de drenagem;
3. Limpar a incisão do dreno e depois o dreno;
4. Limpar as regiões laterais da incisão do dreno, ainda com a mesma pinça secar a incisão e as
laterais;
5. Mobilizar dreno a critério médico;
6. Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o dreno e a pele ou quando ocorrer hiper
exsudação
colocar bolsa simples de estomia.

18. Observar os aspectos e as condições da ferida;


19. Organizar a unidade do paciente;
20. Desprezar o material conforme rotina;\
21. Retirar as luvas (quando forem utilizadas);
22. Higienizar as mãos;
23. Registrar o procedimento no prontuário.
24. Os registros devem incluir: Tipo de ferida, causa da ferida, se é cirúrgica, traumática ou
ulcerativa. Se
for lesão por pressão, classificar seu estágio, tempo de duração da ferida, localização da ferida, dimensão da
ferida: medir os bordos da ferida, registrando altura, largura e profundidade, em centímetros.
25. Tipo de tecido: descrever o tipo de tecido do leito da ferida, se existe infecção, como é o
meio (umidade) e a epitelização dos bordos.
26. Características do exsudato: registrar o aspecto, a quantidade ou a ausência de exsudato.
27. Pele perilesão: registrar o aspecto e as condições da pele perilesional.
28. Descrição do procedimento: descrever o aspecto do curativo, a técnica de limpeza, e a
29. cobertura escolhida para o leito da ferida e para a proteção dos bordos.
30. Dor ou queixas do paciente em relação ao procedimento: registrar se a analgesia prescrita
31. está adequada, se está sendo possível realizar a limpeza da ferida com desconforto tolerável
32. para o paciente, e demais queixas do paciente.
33. O registro deve conter o nome e registro do profissional que avaliou/ executou o curativo
REFERÊNCIAS
1. Gamba MA, Petri V, Costa MTF.Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos
Editora; 2016.
2. Domanski RC, Borges EI. Manual para prevenção de lesões de pele: recomendações baseadas em
evidências. 2 ed., Rio de Janeiro: Rubio, 2014.
3. Smeltzer SC, Bare BG. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica.12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
4. Manual de Curativo.
http://www.saude.campinas.sp.gov.br/enfermagem/2016/Manual_de_Curativos_2016.pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 17 Versão: N°01 MARÇO/2020

CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO FEMININO

DEFINICÃO
Cateterismo vesical de alívio, consiste na inserção de um catéter de látex, poliuretano ou silicone, ao
longo do canal uretral até o interior da bexiga, por meio de técnica asséptica, com intuito de obter a
drenagem da urina em sistema, sendo retirada a catéter e descartada após a obtenção do conteúdo
urinário1-2.
OBJETIVOS
Drenar a urina contida na cavidade da bexiga em um procedimento séptico, prevenindo infecções, lesões
ou traumas no trato geniturinário1-2.
INDICAÇÃO
O cateterismo intermitente ou de alívio é indicado para amenizar o desconforto ocasionado pela
distensão da bexiga quando há retenções urinárias, não aliviadas por métodos não invasivos1; em casos
nos quais a bexiga não possui a capacidade de encher ou contrair-se para o esvaziamento fisiológico,
havendo a diminuição da tonicidade ou incapacidade de contração muscular; em casos de bexiga
neurogênica na qual não possua controle esfincteriano3. Na obtenção de amostra de urina estéril de
pacientes não cooperativos; na mensuração do volume de urina residual após micção ou após perdas
urinárias1.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Gaze; Clorexidina degermante; Clorexidina Aquosa ou água destilada; Xilocaína gel estéril; Campo
fenestrado; Catéter vesical do tipo Folley em calibre adequado ((preferencialmente 10Fr).
PROCEDIMENTO
1. Verificar a prescrição médica e conferir a solicitação do cateterismo vesical de demora.
2. Explicar o procedimento à paciente.
3. Indagar alergia a látex.
4. Retirar adornos como anéis, pulseiras e relógios.
5. Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
6. Reunir material.
7. Colocar biombo em volta do leito.
8. Colocar, luvas de procedimento, a máscara e gorro descartável.
9. Posicionar a paciente com as pernas fletidas apoiando os pés no leito, expondo a genitália.
10. Inspecionar o períneo e verificar a presença de eritema, drenagem e odor.
11. Realizar a higiene íntima
12. Realizar a higienização das mãos
13. Abrir a bandeja estéril de cateterismo.

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14. Colocar a clorexidina na cuba redonda.
15. Abrir todo o restante do material estéril sobre a bandeja de cateterismo.
16. Colocar o gel de xylocaína sobre uma gaze.
17. Abrir a luva estéril.
18. Calçar luvas estéreis (ver POP de Colocação e Retirada de luvas estéreis).
19. Acoplar a catéter ao coletor de urina.
20. Iniciar antissepsia com gaze embebida no antisséptico em movimento unidirecional de cima para
baixo.
21. Desprezar a gaze ao final de cada região seguindo a ordem: monte de Vênus, grandes lábios do
lado distal para o proximal.
22. Afastar com a mão não dominante, os grandes lábios.
23. Realizar antissepsia dos pequenos lábios do lado distal para o proximal, com a mão dominante.
24. Manter os grandes lábios afastados com a mão não dominante de forma a visualizar o meato
uretral.
25. Realizar a antissepsia dos grandes lábios, de cima para baixo, com a mão dominante.
26. Lubrificar a catéter com xilocaína gel.
27. Colocar o campo ou compressas estéreis entre as coxas da paciente.
28. Puxar a borda dobrada bem abaixo das nádegas.
29. Aplicar um campo ou compressa sobre o períneo.
30. Expor os lábios, pegar o cateter com a mão dominante enluvada.
31. Segurar a extremidade do cateter levemente enovelada na palma da mão dominante.
32. Retrair cuidadosamente os lábios, com a mão não dominante expondo completamente o meato
uretral.
33. Inserir a catéter ou o cateter de 5 a 7,5 cm até que a urina flua para região externa do cateter.
34. Avançar o cateter por mais 2,5 a 5cm, após a saída da urina.
35. Soltar os lábios.
36. Segurar o cateter firmemente com a mão dominante.
37. Realizar a drenagem de todo o conteúdo urinário no coletor. Assegurar esvaziamento da bexiga
por 5-10 minutos.
38. Retirar a catéter e descartar.
39. Retirar o campo ou compressa.
40. Posicionar a paciente confortavelmente.
41. Reunir o material.
42. Organizar a unidade do paciente.
43. Retirar as luvas.
44. Realizar a higienização das mãos (segundo o POP de Higienização das Mãos).
45. Registrar o procedimento na folha de observação informando volume, características da urina
drenada e possíveis intercorrências durante o cateterismo 3-4-5
REFERÊNCIAS
1. APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Prevenção de Infecção
do Trato Urinário (ITU) relacionado à assistência à saúde. São Paulo – SP. 2009.
2. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO PARANÁ –PR. Atuação da equipe de
enfermagem nos procedimentos de catétergem vesical e troca de cistostomia na atenção domiciliar.
Parecer Técnico nº 08/2017.
3. EBSERHG, Cateterismo Vesical de Alívio. Procedimento Operacional Padrão - POP. Código: POP
ENF 3.11. UTI-Neonatal, 2018.
4. POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem.8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
2013.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 18 Versão: 1 MARÇO/2020

CATETERISMO VESICAL DE DEMORA FEMININO

DEFINICÃO
Consiste na inserção de um catéter (plástico, teflon, silicone, cobertura de hidrogel) ao longo do canal
uretral até o interior da bexiga, por meio de técnica asséptica, com intuito de obter a drenagem da urina.
OBJETIVOS
Realizar a coleta e monitoração do conteúdo vesical.
INDICAÇÃO
Somente quando houver indicação absoluta do seu uso em casos de pós-operatório, obstrução
infravesical, desequilíbrio hidroeletrolítico, cuidado paliativo. Última alternativa a ser executada.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Gaze estéril; Xilocaína gel. Seringa de 20ml; Agulha 40x12; Campo estéril; Clorexidina aquosa a 2%;
Ampolas com água destilada; Coletor estéril; Comadre estéril; Biombo; Bandeja de cateterismo vesical
estéril; Campo fenestrado ou compressas cirúrgicas estéreis; Esparadrapo; Catéter foley de látex ou
silicone (com tamanho de acordo com o diâmetro da uretra, em mulheres de 14 a 16 Fr de diâmetro) 2.
PROCEDIMENTO
1. Verificar a prescrição médica e conferir a solicitação do cateterismo vesical de demora.
2. Explicar o procedimento à paciente.
3. Indagar alergia a látex.
4. Retirar adornos como anéis, pulseiras e relógios.
5. Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
6. Reunir material.
7. Colocar biombo em volta do leito.
8. Colocar luvas de procedimento, a máscara e gorro descartável.
9. Posicionar a paciente com as pernas fletidas apoiando os pés no leito, expondo a genitália.
10. Inspecionar o períneo e verificar a presença de eritema, drenagem e odor.
11. Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
12. Realizar a higiene íntima (ver POP de Higiene Íntima).
13. Abrir a bandeja estéril de cateterismo.
14. Colocar a clorexidina na cuba redonda.
15. Abrir todo o restante do material estéril sobre a bandeja de cateterismo.
16. Colocar o gel de xylocaína sobre uma gaze.
17. Aspirar 10ml de água destilada na seringa.
18. Abrir a luva estéril.
19. Calçar luvas estéreis (ver POP de Colocação e Retirada de luvas estéreis).

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20. Testar catéter e o cuff ou balonete com a seringa estéril.
21. Acoplar a catéter ao coletor de urina deixando a pinça aberta.
22. Iniciar antissepsia com gaze embebida no antisséptico em movimento unidirecional de cima para
baixo.
23. Desprezar a gaze ao final de cada região seguindo a ordem: monte de Vênus, grandes lábios do
lado distal para o proximal.
24. Afastar com a mão não dominante, os grandes lábios.
25. Realizar antissepsia dos pequenos lábios do lado distal para o proximal, com a mão dominante.
26. Manter os grandes lábios afastados com a mão não dominante deforma a visualizar o meato
uretral.
27. Realizar a antissepsia grandes lábios, de cima para baixo, com a mão dominante.
28. Lubrificar a catéter com xilocaína gel.
29. Colocar o campo ou compressas estéreis entre as coxas da paciente.
30. Puxar a borda dobrada bem abaixo das nádegas.
31. Aplicar um campo ou compressa sobre o períneo.
32. Expor os lábios, pegar o cateter com a mão dominante enluvada.
33. Segurar a extremidade do cateter levemente enovelada na palma da mão dominante.
34. Retrair cuidadosamente os lábios, com a mão não dominante expondo completamente o meato
uretral.
35. Inserir o cateter de 5 a 7,5 cm até que a urina flua para região externa do cateter.
36. Avançar o cateter por mais 2,5 a 5cm, após a saída da urina.
37. Soltar os lábios.
38. Segurar o cateter firmemente com a mão dominante.
39. Inflar lentamente o balão com 10ml de água destilada ou de acordo com a recomendação do
fabricante.
40. Promover uma leve tração da catéter.
41. Retirar o campo ou compressa.
42. Fixar catéter na face lateral internada coxa, evitando tracioná-la.
43. Posicionar a paciente confortavelmente. Reunir o material.
44. Organizar a unidade do paciente.
45. Retirar as luvas.
46. Realizar a higienização das mãos (segundo o POP de Higienização das Mãos).
47. Registrar o procedimento na folha de observação informando volume, características da urina
drenada e possíveis intercorrências durante o cateterismo 2-3-4-5.
BIBL REFERÊNCIAS
1. APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Prevenção de
Infecção do Trato Urinário (ITU) relacionado à assistência à saúde. São Paulo – SP. 2009.
2.CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS. Câmara técnica gerencial e
assistencial. Competências e Atribuições do Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem
no cateterismo urinário/vesical, seja de alívio, intermitente ou demora. Parecer técnico nº 07 de 27 e
novembro de 2017.
3. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Maternidade-escola da UFRJ, divisão de
enfermagem. Título: cateterismo vesical de demora em adultos procedimento operacional padrão-
POP, n° 81. Rio de janeiro - RJ.
4. SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica.
ed. 10, Rio de Janeiro, 2010.
5. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde, ed. 4, 2017.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código:POP N° 19 Versão: 1 MARÇO/2020

CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO MASCULINO

DEFINICÃO
É um processo estéril ou limpo que incide na entrada de um cateter de alivio (cateter de Nelaton ou
Levine) ao cerne da bexiga, através da uretra, a fim de drenar a urina, sendo extraída após alcançada o
intuito do procedimento.
OBJETIVOS
Esvaziar a bexiga de pacientes com retenção urinária, em preparo cirúrgico e mesmo no pós-operatório
Esvaziar a bexiga de pacientes com disfunções neuromusculares da bexiga ou
Obtenção de urina asséptica para exame
Determinação da urina residual com bexiga neurogênica que não possua um controle esfincteriano
INDICAÇÃO
Pacientes com disfunções neuromusculares da bexiga não classificados em outra parte
Pacientes com neoplasia maligna da bexiga
Paciente com paraplegia ou tetraplegia
Pacientes com paralisia
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Compressas ou luvas de banho; Sabão neutro; Bacia com água morna; 01 seringa de 20 ml luer slip
(simples); 01 catéter vesical de alivio de calibre adequado (preferencialmente 10Fr); Xilocaína gel 2%;
02 pacotes de gaze; Solução antisséptica de Clorexidine aquosa 2%; Frasco graduado; Saco para lixo
comum; Biombos.
PROCEDIMENTO
1.Higienizar as mãos após retiradas de adornos.
2.Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente
3.Agrupar o material necessário e transportá-lo até o paciente
4.Resguardar a unidade do paciente com biombos
5.Preparar o ambiente, colocando em disposição do receptáculo para os produtos descartáveis com fácil
acesso.
6.Paramentar com os EPI’s (luva de procedimento, avental, gorro e máscara clínica)
7.Dispor o paciente e expor adequadamente somente a região perineal
8.Dispor o paciente em decúbito dorsal, com as pernas afastadas. Visualizar o meato uretral;
9.Abrir o pacote de catétergem, sobrepondo: quantidade suficiente de antisséptico na cuba rim, pacotes
de gaze sobre o campo estéril e a catéter;

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10.Adicionar aproximadamente 10 ml de xilocaína gel na seringa, tendo-se o cuidado de rejeitar o
primeiro jato e de não transmitir a seringa (pode-se segurá-la com o próprio invólucro e retirar o êmbolo
com uma gaze, apoiando-o no campo. Após, preparar a seringa com a xilocaína sobre o campo;
11.Calçar as luvas estéreis;
12.Dobrar aproximadamente 07 folhas de gaze e depositar na cuba com o antisséptico;
13. Decorrer à antissepsia do períneo, bolsa escrotal e posteriormente do pênis, utilizando as gazes
embebidas no antisséptico começando com movimentos circulares ou perpendiculares, no sentido do
prepúcio para a base do pênis, depois, com subsídio de uma gaze estéril, abduzir o prepúcio e com a
glande exposta fazer antissepsia da região peniana, novamente com movimentos circulares, no sentido
da glande para a raiz do pênis, conservando o prepúcio tracionado, por último atingir a antissepsia do
meato em movimento circular, no sentido do meato para glande;
14.Depositar o campo fenestrado de maneira a permitir a visualização do meato uretral;
15.Alocar a cuba rim sobre o campo fenestrado, em frente à fenestra do campo;
16.Introduzir no meato urinário 10 ml de xilocaína gel 2% com auxílio da seringa ou colocar a xilocaína
gel na extremidade da catéter (em torno de 15 a 20 centímetros) que está sobre o campo estéril. Com a
mão não dominante posicionar o pênis a 90º em relação ao corpo do paciente e com a mão dominante
introduzir a catéter no meato uretral do paciente até retornar urina na cuba rim;
17. Abandonar a urina no frasco graduado, clampeando a catéter com a ponta de um dos dedos,
esvaziando a cuba quantas vezes for necessário;
18. Retirar à catéter, quando parar de sair urina, clampeando a catéter com os dedos e puxando-a da
bexiga, liberando a urina restante no interior da catéter para dentro da cuba rim;
19. Retornar o prepúcio a posição anatômica;
20. Retirar o antisséptico da pele do paciente com auxílio de compressa úmida, secando em seguida;
21.Verificar o volume drenado;
22. Recolher o material, providenciando o descarte e armazenamento adequado;
23.Higienizar as mãos novamente;
24.Registrar o procedimento na evolução e/ou folha de observações complementares de enfermagem do
paciente, atentando para as características e volume urinários.
BIBLI REFERÊNCIAS
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia clínica para o controle de infecção
relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2013.
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Trato Urinário Critérios Nacionais de Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde. Brasília, 2009
BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 13ª. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. ISBN: 9788527732734
DE ENFERMAGEM-COFEN, Conselho Federal. Resolução 450/2013 do COFEN normatiza o
procedimento de Catétergem Vesical. 2013. 2014
POTTER, P.A.; PERRY, A.G.. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2009
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Prevenção de infecção hospitalar associada a cateter
vesical. Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia. 2018
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Prevenção de infecção hospitalar associada a cateter
vesical. UERJ/HUPE /CCIH, 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 20 Versão: 1 MARÇO/2020

CATETERISMO VESICAL DE DEMORA MASCULINO

DEFINICÃO
É um processo estéril que incide na entrada de um cateter de Foley até a bexiga, através da uretra, a fim
de drenar da urina ou inserir medicação ou líquido, com tempo de duração determinado pelo médico.
OBJETIVOS
Drenar a retenção urinária no pré ou pós-operatório, evitando a distensão vesical e possíveis infecções
urinárias, por causa do acúmulo de urina na bexiga.
Mensurar a drenagem urinária para pacientes gravemente enfermos para avaliação de débito urinário.
Coleta de urina estéril necessários para a avaliação da função urológica.
INDICAÇÃO
Somente quando houver indicação absoluta do seu uso em casos de controle do débito urinário,
cirurgia de bexiga ou com obstrução urinária, irrigação vesical; pós-operatório de cirurgias urológicas
ou cirurgias de grande porte.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Solução alcoólica 70%; Gaze estéril; Solução anti-séptica aquosa de PVPI tópico a 10% ou solução de
Clorexidina a 2%; Agulha 40mm x 12mm; Gel anestésico estéril – lidocaína geléia 2%; Seringa de 20ml
luer slip; Ampolas de água destilada ( 10ml ou 20ml); Fita hipoalérgica ou esparadrapo; Bandeja de
cateterismo vesical demora ( campo fenestrado, cuba rim, cuba redonda, pinça de Pean e) pinça de
anatômica); Bolsa coletora sistema fechado; Cateter uretral tipo Foley (duas vias) de calibre adequado
ao paciente (usualmente de 12Fr a 14Fr); Saco de lixo.
PROCEDIMENTO
1. Verificar a prescrição médica e conferir a solicitação do cateterismo vesical de demora.
2. Explicar o procedimento à paciente e sua finalidade ao paciente
3. Indagar alergia a látex.
4. Retirar adornos como anéis, pulseiras e relógios.
5. Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
6. Reunir o material necessário e transportá-lo até o paciente
7. Proteger a unidade do paciente com biombos
8. Organizar o ambiente, colocando os materiais em locais que facilite o movimento e a disposição
do receptáculo para os produtos descartáveis.
9. Colocar os EPI’s ( luva de procedimento, avental, gorro e mascara clinica). Abrir a bandeja de
cateterismo vesical, utilizando a técnica asséptica
10. Posicionar o paciente e expor adequadamente somente a região perineal
11. Desinfectar as ampolas de água destilada com álcool a 70%, deixá-las sobre a mesa de cabeceira

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12. Colocar o pacote estéril de cateterismo vesical sobre o colchão, entre as pernas do paciente
13. Abrir o pacote de cateterismo próximo à região exposta utilizando técnica asséptica
14. Abrir a embalagem do cateter vesical, da seringa de 20mL, do pacote de gazes, do gel lubrificante
hidrossolúvel com seringa aplicadora, da bolsa coletora e do campo fenestrado (opcional), colocando-os
no campo estéril
15. Umedecer as bolas de algodão, que estão na cuba redonda, com solução aquosa de PVPI ou
Clorexidina 2%, desprezando o primeiro jato no lixo
16. Calçar a luva estéril em uma das mãos
17. Com a mão não enluvada, pegar a ampola de água destilada e com a mão enluvada pegar a seringa
de 20mL que está no campo e aspirar seu conteúdo
18. Calçar a luva na outra mão
19. Testar o balonete do cateter injetando o volume de água destilada necessária de acordo com a
recomendação do fabricante. Se o balonete inflar como pretendido, retirar o líquido e manter a seringa
conectada ao cateter
20. Conectar o cateter ao coletor (sistema de drenagem fechado)
21. Verificar se o tubo de drenagem da bolsa coletora está fechado
22. Desdobrar o campo fenestrado com a abertura para baixo e colocar sobre o períneo do paciente
23. Desdobrar o campo fenestrado com a abertura para baixo e colocar sobre o períneo do paciente
24. Introduzir no meato urinário 10 ml de xilocaína gel 2% com auxílio da seringa, com a mão não
dominante posicionar o pênis a 90º em relação ao corpo do paciente e com a mão dominante introduzir
a catéter no meato uretral do paciente até retornar urina no intermediário da bolsa coletora, sendo seguro
introduzir mais uma porção a fim de evitar inflar o balonete no canal uretral;
25. Insuflar o balonete com água destilada conforme recomendação do fabricante (aproximadamente
10 ml), certificando-se de que a catéter está drenando adequadamente
26. Fixar o cateter em região hipogástrica no sexo masculino. Essa medida é importante para evitar
a constante tração da catéter com consequente lesão do meato e, aumento do risco de infecção.
27. Realizar nova higienização das mãos;
28. Assegurar o registro em prontuário e no dispositivo para monitoramento do tempo de
permanência e complicações.
BIB REFERÊNCIAS
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia clínica para o controle de infecção
relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2013.
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Trato Urinário Critérios Nacionais de Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde. Brasília, 2009
BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 11ª. ed. Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan, 2009. 2.
DE ENFERMAGEM-COFEN, Conselho Federal. Resolução 450/2013 do COFEN normatiza o
procedimento de Catétergem Vesical. 2013. 2014
POTTER, P.A.; PERRY, A.G.. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2009
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR
ASSOCIADA A CATETER VESICAL. Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia. 2018
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR
ASSOCIADA A CATETER VESICAL. UERJ/HUPE /CCIH, 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 21 Versão: 1 MARÇO/2020

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA SUBLINGUAL

DEFINICÃO
É o ato de preparar e administrar o medicamento diretamente sob a língua.
OBJETIVOS
Padronizar a técnica de realização da administração de medicamento por via sublingual.
INDICAÇÃO
O procedimento deve ser realizado quando a medicação for compatível com a via sublingual.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja,
Medicamento prescrito;
Etiqueta de identificação do paciente.
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
2. Verificar a prescrição medicamentosa;
3. Utilizar os princípios do procedimento - padrão para administração de medicamento;
4. Higienização das mãos;
5. Selecionar o material a ser utilizado;
6. Realizar a higienização da bandeja/cuba com álcool a 70%;
7. Elaborar a etiqueta de identificação;
8. Verificar a validade, conservação e embalagem adequada do material;
9. Preparar a medicação;
10. Colocar o medicamento no copo, sem tocá-lo;
11. Higienizar as mãos;
12. Explicar o procedimento a ser realizado para o paciente/família;
13. Posicionar o paciente sentado ou em decúbito elevado;
14. Entregar o medicamento ao paciente, orientando-o a colocá-lo sob a língua;
15. Recolher o material utilizado, colocá-lo na bandeja e fazer o descarte Adequado;
16. Despejar o material sujo;
17. Higienizar a bandeja com álcool 70%;
18. Higienizar as mãos;
19. Registrar o horário de administração do medicamento na prescrição médica;
20. Registrar o procedimento e as intercorrências, caso ocorram.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, A.P.D.de.; FRAM, D.S. Administração de medicamentos via subcutânea. In: BARROS, A.L.B.L.
de; LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto
Alegre: Artmed, 2019.

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PAZ, Adriana Aparecida. et al. Manual de procedimentos básicos de Enfermagem, [recurso eletrônico];
organizado por Emiliane Nogueira de Souza. – Porto Alegre: Ed. da UFCSPA, 2016.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 22 Versão: 1 MARÇO/2020

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA NASAL

DEFINICÃO
É o ato de preparar e administrar o medicamento diretamente na cavidade nasal.
OBJETIVOS
Padronizar a técnica de realização da administração de medicamento por via nasal.
INDICAÇÃO
O procedimento deve ser realizado quando a medicação for compatível com a via nasal.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja;
Etiqueta;
Prescrição médica;
Caneta;
Medicação prescrita;
Gaze;
Lenço de papel;
Solução fisiológica;
Conta-gotas;
Se necessário:
Lanterna;
Luvas de procedimento;
Álcool a 70%.
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
2. Verificar a prescrição medicamentosa;
3. Utilizar os princípios do procedimento -padrão para administração de medicamento;
4. Higienização das mãos;
5. Selecionar o material a ser utilizado;
6. Realizar a higienização da bandeja/cuba com álcool a 70%;
7. Elaborar a etiqueta de identificação;
8. Verificar a validade, conservação e embalagem adequada do material;
9. Preparar a medicação;
10. Explicar o procedimento a ser realizado para o paciente/família;
11. Calçar as luvas de procedimento;
12. Inspecionar as narinas para identificação de lesões. Caso haja sujidade ou lesões deve-se
realizar a limpeza com gaze embebida com Soro Fisiológico;

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13. Em decúbito dorsal, deve-se inclinar a cabeça do paciente para trás e para o lado onde será
aplicado o medicamento. Na posição sentado inclinar a cabeça para trás;
14. Colocar a quantidade de gotas prescritas nas narinas, sem tocá-la;
15. Observar a reação do paciente e reposicioná-lo no leito;
16. Recolher o material e colocá-lo na bandeja;
17. Despejar o material sujo;
18. Higienizar a bandeja com álcool 70%;
19. Higienizar as mãos;
20. Registrar o horário de administração do medicamento na prescrição médica;
21. Registrar o procedimento e as intercorrências, caso ocorram.

REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, A.P.D.de.; FRAM, D.S. Administração de medicamentos via nasal. In: BARROS, A.L.B.L. de;
LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto Alegre:
Artmed, 2019.
PAZ, Adriana Aparecida. et al. Manual de procedimentos básicos de Enfermagem, [recurso eletrônico];
organizado por Emiliane Nogueira de Souza. – Porto Alegre: Ed. da UFCSPA, 2016.

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 23 Versão: 1 MARÇO/2020

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA VAGINAL

DEFINICÃO
É o ato de preparar e administrar o medicamento diretamente no canal vaginal.
OBJETIVOS
Padronizar a técnica de realização da administração de medicamento por via vaginal.
INDICAÇÃO
O procedimento deve ser realizado quando a medicação for compatível com a via vaginal.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja/cuba;
Medicamento prescrito;
Comadre;
Material para higiene íntima;
Luvas de procedimento;
Aplicador vaginal.
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
2. Verificar a prescrição medicamentosa;
3. Utilizar os princípios do procedimento -padrão para administração de medicamento;
4. Higienização das mãos;
5. Selecionar o material a ser utilizado;
6. Realizar a higienização da bandeja/cuba com álcool a 70%;
7. Elaborar a etiqueta de identificação;
8. Verificar a validade, conservação e embalagem adequada do material;
9. Preparar a medicação;
10. Explicar o procedimento a ser realizado para o paciente/família;
11. Utilizar biombo;
12. Solicitar o esvaziamento da bexiga;
13. Solicitar a higienização íntima pelo paciente ou realizar, caso o mesmo esteja impossibilitado;
14. Calçar as luvas de procedimento;
15. Posicionar a paciente em posição ginecológica;
16. No caso de aplicação de creme vaginal, colocá-lo em aplicador próprio;
17. Entreabrir os pequenos lábios com a mão não dominante, visualizando o vestíbulo vaginal,
mantendo-o aberto;
18. Pegar o aplicador tubular com o medicamento com a mão dominante;
19. Comunicar à paciente da introdução do aplicador, pedindo que a mesma inspire lentamente para
maior relaxamento;

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20. Introduzir cuidadosamente o aplicador tubular em direção ao sacro, no sentido para baixo e
para trás até o fundo da cavidade vaginal (máximo de 10cm) e empurrar o êmbolo;
21. Retirar o aplicador tubular e colocar o absorvente higiênico sob a roupa íntima da paciente;
22. Orientar a paciente que permaneça em decúbito dorsal por 15 a 20min para melhor absorção do
medicamento;
23. Recolher o material utilizado, colocá-lo na bandeja e fazer o descarte adequado;
24. Retirar as luvas de procedimento;
25. Acomodar o paciente;
26. Higienizar as mãos;
27. Checar o horário da administração na prescrição médica e registrar a administração do
medicamento na anotação de enfermagem;
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, A.P.D.de.; FRAM, D.S. Administração de medicamentos via subcutânea. In: BARROS, A.L.B.L.
de; LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto
Alegre: Artmed, 2019.
PAZ, Adriana Aparecida. et al. Manual de procedimentos básicos de Enfermagem, [recurso eletrônico];
organizado por Emiliane Nogueira de Souza. – Porto Alegre: Ed. da UFCSPA, 2016.
SHIROMA, L.M.B. Hospital Universitário. Universidade federal de Santa Catarina. Procedimento Operacional
Padrão (POP). Assistência de Enfermagem. Preparo e Administração de Medicação por Via Vaginal.
Disponível em http://www.hu.ufsc.br/pops/pop-externo/download?id=201. Acesso em: 08 fev. 2019.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 24 Versão: 1 MARÇO/2020

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA SUBCUTÂNEA

DEFINICÃO
É o ato de preparar e administrar o medicamento administrar o medicamento colocando-o no tecido subcutâneo.
OBJETIVOS
Padronizar a técnica de realização da administração de medicamento por via subcutâneo; realizar a
administração de medicamentos e vacinas, corretamente, no tecido subcutâneo.
INDICAÇÃO
O procedimento deve ser realizado quando a medicação for compatível com a via subcutânea.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja;
Adesivo para identificação;
Medicamento prescrito;
Agulha para aspiração (30x7 ou 40x12);
Agulha subcutânea (13 x 4,5);
Seringa de 1 m;
Luvas de procedimento;
Algodão ou sachê de álcool a 70%;
Álcool a 70%.
1. PROCEDIMENTO
2. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
3. Verificar a prescrição medicamentosa;
4. Utilizar os princípios do procedimento-padrão para administração de medicamento.
5. Higienização das mãos;
6. Selecionar o material a ser utilizado;
7. Realizar a higienização da bandeja/cuba com álcool a 70%;
8. Elaborar a etiqueta de identificação;
9. Verificar a validade, conservação e embalagem adequada do material;
10. Realizar bolinhas de algodão. Separar bolinhas secas e úmidas (com álcool a 70%);
11. Abrir o invólucro da seringa pelo lado do êmbolo;
12. Abrir o invólucro da agulha pelo lado do canhão;
13. Encaixar o bico da seringa no canhão da agulha;
14. Realizar a desinfecção da ampola ou frasco-ampola com algodão embebido com álcool a 70%;
15. Antes de abrir a ampola, deve-se verificar se toda a medicação está no corpo da ampola e não
no gargalo;
16. Quebrar a ampola, envolvendo-a com um pedaço de algodão ou gaze, pressionando-a com os
dedos indicador e polegar da mão dominante;

64 | P á g i n a MANUAL DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM/FAENF/ICS/UFPA/2020


17. Antes de aspirar o conteúdo deve-se testar a agulha e seringa com a agulha encapada
(lubrificação do êmbolo);
18. Proceder a aspiração do conteúdo com a agulha 30x7 ou 40x12. Desprezar a ampola e gargalo
na caixa de perfurocortante;
19. Trocar a agulha utilizada para aspiração pela agulha padronizada para via subcutânea (13 x 4,5)
ou escolher uma agulha maior dependendo da idade, quantidade de tecido subcutâneo e o tamanho da
agulha selecionado;
20. Retire o ar da seringa, empurrando o êmbolo para o bico;
21. Reunir os materiais na bandeja previamente limpa e desinfetada com álcool a 70% e levá-los
até o paciente;
22. Antes de iniciar o procedimento, mantenha a seringa com a agulha dentro do invólucro da
própria seringa;
23. Higienizar as mãos;
24. Explicar o procedimento a ser realizado para o paciente/família;
25. Selecionar o local mais adequado;
26. Expor apenas o local onde será administrada a medicação;
27. Calçar as luvas de procedimento;
28. Realizar a antissepsia da pele com álcool a 70% com movimento firmes e circulares do centro
para a periferia. Não realizar antissepsia da pele quando se tratar de teste alérgico;
29. Colocar o algodão seco na mão não dominante;
30. Realizar a prega cutânea, se indicada, e inserir a agulha na angulação correta considerando a
idade, a quantidade de tecido subcutâneo e o tamanho da agulha selecionado;
31. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
32. Verificar a prescrição medicamentosa;
33. Utilizar os princípios do procedimento -padrão para administração de medicamento;
34. Higienização das mãos;
35. Selecionar o material a ser utilizado;
36. Realizar a higienização da bandeja/cuba com álcool a 70%;
37. Elaborar a etiqueta de identificação;
38. Verificar a validade, conservação e embalagem adequada do material;
39. Realizar bolinhas de algodão. Separar bolinhas secas e úmidas (com álcool a 70%);
40. Abrir o invólucro da seringa pelo lado do êmbolo;
41. Abrir o invólucro da agulha pelo lado do canhão;
42. Encaixar o bico da seringa no canhão da agulha;
43. Realizar a desinfecção da ampola ou frasco-ampola com algodão embebido com álcool a 70%;
44. Antes de abrir a ampola, deve-se verificar se toda a medicação está no corpo da ampola e não
no gargalo;
45. Quebrar a ampola, envolvendo-a com um pedaço de algodão ou gaze, pressionando-a com os
dedos indicador e polegar da mão dominante;
46. Antes de aspirar o conteúdo deve-se testar a agulha e seringa com a agulha encapada
(lubrificação do êmbolo);
47. Proceder a aspiração do conteúdo com a agulha 30x7 ou 40x12. Desprezar a ampola e gargalo
na caixa de perfurocortante;
48. Trocar a agulha utilizada para aspiração pela agulha padronizada para via subcutânea (13 x 4,5)
ou escolher uma agulha maior dependendo da idade, quantidade de tecido subcutâneo e o tamanho da
agulha selecionado;
49. Retire o ar da seringa, empurrando o êmbolo para o bico;
50. Reunir os materiais na bandeja previamente limpa e desinfetada com álcool a 70% e levá-los
até o paciente;

65 | P á g i n a MANUAL DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM/FAENF/ICS/UFPA/2020


51. Antes de iniciar o procedimento, mantenha a seringa com a agulha dentro do invólucro da
própria seringa;
52. Higienizar as mãos;
53. Explicar o procedimento a ser realizado para o paciente/família;
54. Selecionar o local mais adequado;
55. Expor apenas o local onde será administrada a medicação;
56. Calçar as luvas de procedimento;
57. Realizar a antissepsia da pele com álcool a 70% com movimento firmes e circulares do centro
para a periferia. Não realizar antissepsia da pele quando se tratar de teste alérgico;
58. Colocar o algodão seco na mão não dominante;
59. Realizar a prega cutânea, se indicada, e inserir a agulha na angulação correta considerando a
idade, a quantidade de tecido subcutâneo e o tamanho da agulha selecionado;
60. Inserir a agulha na pele com movimento suave e posicionamento do bisel da agulha
lateralizado; Manter a agulha sobre a pele e aguardar 5 segundos após o êmbolo ser pressionado.
61. Retirar a agulha e seringa em movimento único (no mesmo ângulo da punção), soltar a prega e
não massagear o local;
62. Fazer uma leve compressão no local;
63. Verificar o local da punção e observar reações adversas;
64. Acomodar o paciente;
65. Descartar o conjunto seringa e agulha, sem reencapar, na caixa de perfurocortantes e a luva de
procedimento no lixo infectante;
66. Higienizar as mãos;
67. Checar o horário da administração na prescrição médica e registrar a administração do
medicamento na anotação de enfermagem.

REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, A.P.D.de.; FRAM, D.S. Administração de medicamentos via subcutânea. In: BARROS, A.L.B.L.
de; LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto
Alegre: Artmed, 2019.
TIMBY, Barbara Kubn. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 10ª ed.
Porto Alegre: Artmed, 2014.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 25 Versão: 1 MARÇO/2020

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA INTRADÉRMICA

DEFINICÃO
É o ato de preparar e administrar o medicamento diretamente na derme, tecido conjuntivo localizado sob a
epiderme.
OBJETIVOS
Padronizar a técnica de realização da administração de medicamento por via intradérmica;
Realizar a administração de medicamentos e vacinas, corretamente, na região da derme;
Verificar sensibilidade a alérgenos e reações de hipersensibilidade.
INDICAÇÃO
O procedimento deve ser realizado quando a medicação for compatível com a via intradérmica.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja;
Adesivo para identificação;
Medicamento prescrito;
Agulha para aspiração (30x7 ou 40x12);
Agulha intradérmica (13 x 4,5);
Seringa de 1 ml;
Luvas de procedimento;
Algodão ou sachê de álcool a 70%;
Álcool a 70%.
1. PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
2. Verificar a prescrição medicamentosa;
3. Utilizar os princípios do procedimento -padrão para administração de medicamento;
4. Higienização das mãos;
5. Selecionar o material a ser utilizado;
6. Realizar a higienização da bandeja/cuba com álcool a 70%;
7. Elaborar a etiqueta de identificação;
8. Verificar a validade, conservação e embalagem adequada do material;
9. Realizar bolinhas de algodão. Separar bolinhas secas e úmidas (com álcool a 70%);
10. Abrir o invólucro da seringa pelo lado do êmbolo;
11. Abrir o invólucro da agulha pelo lado do canhão;
12. Encaixar o bico da seringa no canhão da agulha;
13. Realizar a desinfecção da ampola ou frasco-ampola com algodão embebido com álcool a 70%;

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14. Antes de abrir a ampola, deve-se verificar se toda a medicação está no corpo da ampola e não
no gargalo;
15. Quebrar a ampola, envolvendo-a com um pedaço de algodão ou gaze, pressionando-a com os
dedos indicador e polegar da mão dominante;
16. Antes de aspirar o conteúdo deve-se testar a agulha e seringa com a agulha encapada
(lubrificação do êmbolo);
17. Proceder a aspiração do conteúdo com a agulha 30x7 ou 40x12. Desprezar a ampola e gargalo
na caixa de perfurocortante;
18. Trocar a agulha utilizada para aspiração pela agulha padronizada para via intradérmica (13 x
4,5);
19. Retire o ar da seringa, empurrando o êmbolo para o bico;
20. Reunir os materiais na bandeja previamente limpa e desinfetada com álcool a 70% e levá-los
até o paciente;
21. Antes de iniciar o procedimento, mantenha a seringa com a agulha dentro do invólucro da
própria seringa;
22. Higienizar as mãos;
23. Explicar o procedimento a ser realizado para o paciente/família;
24. Selecionar o local mais adequado;
25. Expor apenas o local onde será administrada a medicação;
26. Calçar as luvas de procedimento;
27. Realizar a antissepsia da pele com álcool a 70% com movimento firmes e circulares do centro
para a periferia. Não realizar antissepsia da pele quando se tratar de teste alérgico;
28. Colocar o algodão seco na mão não dominante;
29. Esticar a pele;
30. Inserir a agulha na pele com movimento suave e posicionamento do bisel da agulha para cima;
31. Retirar a agulha e seringa em movimento único (no mesmo ângulo da punção) e não massagear
o local;
32. Verificar o local da punção e observar reações adversas;
33. Acomodar o paciente;
34. Descartar o conjunto seringa e agulha, sem reencapar, na caixa de perfurocortantes e a luva de
procedimento no lixo infectante;
35. Higienizar as mãos;
36. Checar o horário da administração na prescrição médica e registrar a administração do
medicamento na anotação de enfermagem.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, A.P.D.de.; FRAM, D.S. Administração de medicamentos via subcutânea. In: BARROS, A.L.B.L.
de; LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto
Alegre: Artmed, 2019.
SHIROMA, L.M.B. Hospital Universitário. Universidade Federal de Santa Catarina. Procedimento Operacional
Padrão (POP). Assistência de Enfermagem. Preparo e Administração de Medicação por Via Intradérmica.
Disponível em http://www.hu.ufsc.br/pops/pop-externo/download?id=194. Acesso em: 08 fev. 2019.
TIMBY, Barbara Kubn. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 10ª ed.
Porto Alegre: Artmed, 2014.

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LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 26 Versão: 1 MARÇO/2020

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA INTRAMUSCULAR

DEFINICÃO
É o ato de preparar e administrar o medicamento diretamente no tecido muscular.
OBJETIVOS
Padronizar a técnica de realização da administração de medicamento por via intramuscular;
Realizar a administração de medicamentos e vacinas, corretamente, na fáscia muscular.
INDICAÇÃO
O procedimento deve ser realizado quando a medicação for compatível com a via intramuscular e deve-se
identificar de forma correta os tipos de via intramuscular, a saber: dorso glútea, vasto lateral, deltoide, ventro
glútea e reto femoral.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja;
Adesivo para identificação;
Medicamento prescrito;
Agulha para aspiração (40x12);
Agulha intramuscular de tamanho adequado;
Seringa de tamanho adequado
Diluente;
Se necessário:
Luvas de procedimento;
Algodão ou sachê de álcool a 70%;
Álcool a 70%.
1. PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
2. Verificar a prescrição medicamentosa;
3. Utilizar os princípios do procedimento -padrão para administração de medicamento.
4. Higienização das mãos;
5. Selecionar o material a ser utilizado considerando as características do paciente (idade, peso,
massa muscular, local da injeção) e do medicamento (tipo, dose e volume a ser injetado);
6. Realizar a higienização da bandeja/cuba com álcool a 70%;
7. Elaborar a etiqueta de identificação;
8. Verificar a validade, conservação e embalagem adequada do material;
9. Realizar bolinhas de algodão. Separar bolinhas secas e úmidas (com álcool a 70%);
10. Abrir o invólucro da seringa pelo lado do êmbolo;
11. Abrir o invólucro da agulha pelo lado do canhão;
12. Encaixar o bico da seringa no canhão da agulha;

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13. Realizar a desinfecção da ampola ou frasco-ampola com algodão embebido com álcool a 70%;
14. Antes de abrir a ampola, deve-se verificar se toda a medicação está no corpo da ampola e não
no gargalo;
15. Quebrar a ampola, envolvendo-a com um pedaço de algodão ou gaze, pressionando-a com os
dedos indicador e polegar da mão dominante;
16. Antes de aspirar o conteúdo deve-se testar a agulha e seringa com a agulha encapada
(lubrificação do êmbolo);
17. Proceder a aspiração do conteúdo com a agulha 40x12. Desprezar a ampola e gargalo na caixa
de perfurocortante;
18. Trocar a agulha utilizada para aspiração pela agulha padronizada para via intramuscular;
19. Retire o ar da seringa, empurrando o êmbolo para o bico;
20. Reunir os materiais na bandeja previamente limpa e desinfetada com álcool a 70% e levá-los
até o paciente;
21. Antes de iniciar o procedimento, mantenha a seringa com a agulha dentro do invólucro da
própria seringa;
22. Higienizar as mãos;
23. Explicar o procedimento a ser realizado para o paciente/família;
24. Selecionar o local mais adequado;
25. Expor apenas o local onde será administrada a medicação;
26. Calçar as luvas de procedimento;
27. Realizar a antissepsia da pele com álcool a 70% com movimento firmes e circulares do centro
para a periferia. Não realizar antissepsia da pele quando se tratar de teste alérgico;
28. Colocar o algodão seco na mão não dominante;
29. Inserir a agulha na pele com movimento suave e posicionamento do bisel da agulha
lateralizado;
30. Injetar o medicamento devagar;
31. Manter a agulha sobre a pele e aguardar 10 segundos após o êmbolo ser pressionado;
32. Retirar a agulha e seringa em movimento único (no mesmo ângulo da punção), soltar a prega e
não massagear o local;
33. Fazer uma leve compressão no local, sem friccionar;
34. Acomodar o paciente;
35. Descartar o conjunto seringa e agulha, sem reencapar, na caixa de perfurocortantes e a luva de
procedimento no lixo infectante;
36. Higienizar as mãos;
37. Checar o horário da administração na prescrição médica e registrar a administração do
medicamento na anotação de enfermagem.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, A.P.D.de.; FRAM, D.S. Administração de medicamentos via intramuscular em adultos. In:
BARROS, A.L.B.L. de; LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a
prática clínica. Porto Alegre: Artmed, 2019.
TIMBY, Barbara Kubn. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 10ª ed.
Porto Alegre: Artmed, 2014.

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FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 27 Versão: 1 MARÇO/2020

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA ENDOVENOSA

DEFINICÃO
É o ato de preparar e administrar o medicamento diretamente na veia (corrente sanguínea).
OBJETIVOS
Padronizar a técnica de realização da administração de medicamento por via endovenosa;
Realizar a administração de medicamentos em um vaso sanguíneo.
INDICAÇÃO
O procedimento deve ser realizado quando a medicação for compatível com a via endovenosa.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Bandeja, adesivo para identificação;
Medicamento prescrito;
Seringa, agulha (40x12, 30 x 7, 30 x 8);
Equipo;
Adaptador de silicone;
Torneira de 3 vias;
Silicone do equipo macro gotas ou conexão em Y;
Solução para reconstituição/diluição;
Gaze;
Garrote;
Dispositivo intravenoso;
Bomba de infusão (se necessário);
Luvas de procedimento;
Algodão ou sachê de álcool a 70%;
Álcool a 70%;
Micropore.
PROCEDIMENTO
1. Retirada de adornos, unhas curtas, esmalte claro, cabelos presos e jaleco limpo;
2. Verificar a prescrição medicamentosa;
3. Utilizar os princípios do procedimento -padrão para administração de medicamento;
4. Realizar a higienização das mãos;
5. Selecionar o material a ser utilizado;
6. Realizar a higienização da bandeja/cuba com álcool a 70%;
7. Elaborar a etiqueta de identificação;
8. Verificar a validade, conservação e embalagem adequada do material;
9. Realizar bolinhas de algodão;

71 | P á g i n a MANUAL DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM/FAENF/ICS/UFPA/2020


10. Realizar a desinfecção da ampola ou frasco-ampola com algodão embebido em álcool a 70% e
aspirar o medicamento na dose prescrita (se necessário, realizar diluição e reconstituição prévia);
11. Retirar o ar da seringa ou do equipo;
12. Explicar o procedimento para o paciente/acompanhante;
13. Observar as condições dos dispositivos venosos;
14. Calçar a luva de procedimento;

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM BOLUS


1. Fechar a via de acesso da cânula (é um dispositivo descartável, estéril, que favorece as infusões
múltiplas de soluções IV de medicamentos) ou clamp;
2. Retirar a tampinha desta via e desprezar;
3. Realizar a desinfecção das conexões com gaze estéril e álcool a 70%;
4. Testar o acesso venoso periférico, se for o caso, com a seringa de soro fisiológico a 0,9% e
observar sua permeabilidade;
5. Fechar a dânula ou clamp;
6. Retirar a seringa com soro fisiológico;
7. Conectar a seringa contendo o medicamento;
8. Abrir a dânula ou clamp;
9. Infundir lentamente a medicação, conforme o tempo de infusão do medicamento;
10. Orientar o paciente a observar e comunicar qualquer desconforto ou intercorrência;
11. Desprezar os resíduos em local apropriado e fazer a desinfecção da bandeja com álcool a 70% e
guardá-la em local apropriada;
12. Higienizar as mãos;
13. Checar o horário da administração na prescrição médica e registrar a administração do
medicamento na anotação de enfermagem.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM INJETOR LATERAL


1. Fechar o clamp do equipo para interromper a infusão venosa;
2. Selecionar o injetor lateral do equipo de soro;
3. Pinçar o equipo acima da porta da injeção;
4. Realizar a desinfecção das conexões com gaze estéril e álcool a 70%;
5. Introduzir a agulha com a seringa;
6. Desprezar os resíduos em local apropriado e fazer a desinfecção da bandeja com álcool a 70% e
guardá-la em local apropriada;
7. Higienizar as mãos;
8. Checar o horário da administração na prescrição médica e registrar a administração do
medicamento na anotação de enfermagem.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, A.P.D.de.; FRAM, D.S. Administração de medicamentos via endovenosa. In: BARROS, A.L.B.L.
de; LOPES, J.L.; MORAIS, S.C.R.V (Org.). Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto
Alegre: Artmed, 2019.
UFRJ. Maternidade escola da UFRJ Universidade Federal do Rio de janeiro. Procedimento Operacional
Padrão. Área de Aplicação: Terapia Intravenosa.

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Código: POP N° 28 Versão: 1 MARÇO/2020


CÁLCULO PARA GOTEJAMENTO
DEFINICÃO
O cálculo de medicação e gotejamento de soro é o procedimento necessário para garantir a administração por
via endovenosa dos medicamentos e demais volumes prescritos pela equipe médica na quantidade correta e pelo
período de tempo adequado
OBJETIVOS
Realizar com segurança o cálculo necessário para o preparo da medicação;
Identificar as apresentações/concentrações das drogas mais utilizadas no ambiente hospitalar;
Estimular a reflexão sobre os gastos obtidos com medicamentos na rede hospitalar.
INDICAÇÃO
De acordo com a rotina do Estabelecimento Assistencial de Saúde.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Enfermeiro. Técnico de Enfermagem. Docentes e Discentes de Enfermagem no Ensino Superior e Médio.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Todo trabalhador tem obrigação de usar EPI adequado à sua função, usando e conservando-o adequadamente.
Utilizar EPI de acordo com o procedimento a ser executado evitando possíveis riscos, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o processo de trabalho.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Papel; Caneta; Calculadora; Relógio.
PROCEDIMENTO
1. Ler atenciosamente a prescrição médica e o que está sendo solicitado.
2. Preparar medicação.
3. Somar todas as quantidades de soluções a serem infundidas no mesmo equipo (considere
o valor em ml e anote o resultado).
4. Verificar o tempo de infusão prescrito pelo médico, obtendo o resultado em horas.
5. Caso solicitado gotas por minuto (macrogota), dividir o volume total de infusão em ml,
pelo total de horas multiplicado por três.
6. Caso solicitado microgotas por minuto, dividir o total de infusão em ml, pelo total de
horas.
7. Identificar a solução a ser infundida, contendo o número de gotas/microgotas por minuto
em etiqueta, a qual será afixada ao frasco de solução.
8. Conectar o equipo com solução no acesso venoso do paciente, utilizando técnicas
assépticas.
9. Utilize um relógio de ponteiro ou digital próximo à câmera de gotejamento.
10. Conte as gotas/microgotas durante um minuto, elas devem estar de acordo com o
resultado calculado.
REFERÊNCIAS
OGIMI, Zainet et al. Boas práticas: Cálculo seguro Volume II: Cálculo e diluição de medicamentos. 4. ed. São
Paulo: Coren Sp, 2011. 23 p. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/boas-praticas-
calculo-seguro- volume-2-calculo-e-diluicao-de-medicamentos_0.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.

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FORMULÁRIO DE AGENDAMENTO E SOLICITAÇÃO DE MATERIAIS E
EQUIPAMENTO PARA AULA PRÁTICA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM

FORMULÁRIO DE AGENDAMENTO E SOLICITAÇÃO DE MATERIAIS E


EQUIPAMENTO PARA AULA PRÁTICA.
Número da solicitação: Data do Pedido:
Docente responsável:
E-mail: Data(s) da reserva:
Horário: Quantidade de alunos:
Disciplina:
Finalidade do uso:

Nome dos monitores envolvidos:

Esta atividade irá gerar resíduos? Quais e como devem ser descartados?
( ) Sim ( ) Não

Esta atividade gera gases tóxicos, voláteis Quais? Quais cuidados devem ser tomados?
solventes, voláteis corrosivos ou odores
fortes?
( ) Sim ( ) Não
Esta atividade apresentará outros riscos? Quais?
( ) Sim ( )Não
Lista de materiais e equipamentos a reservar
Quantidade
Material/Equipamento Quantidade Devolução
disponibilizada
1.
2.
3.
4.
5.
DECLARO:
1) Assumir total responsabilidade por extravio ou danos verificados aos equipamentos e à
estrutura do Laboratório após a execução das atividades listadas neste formulário. Providenciarei
reparo ou a reposição do item danificado em prazo de 30 dias a contar da data do incidente.
2) Estar ciente das normas de utilização do laboratório.

ASSINATURA SOLICITANTE: _____________________________________________________

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REFERÊNCIAS

1. ANDRADE, Andréia de Carvalho and SANNA, Maria Cristina. Ensino de


Biossegurança na Graduação em Enfermagem: uma revisão da literatura. Rev.
bras. enferm. [online]. 2007, vol.60, n.5, pp. 569-572.
2. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Norma Regulamentadora 32.
Portaria GM nº 485 de 11 de novembro de 2015; Portara GM nº 939 de 18 de
novembro de 2008 e Portaria GM nº 1.748 de 30 de agosto de 2011.
3. BRASIL. Ministério da Educação. Universidade Federal de Roraima. Conselho
Universitário. Resolução nº 006/2007-CUNI, aprova o novo Regimento Geral da
UFRR. Processo nº 23129.000493/2006-31. Reitor Prof. Dr. Roberto R. Santos.
4. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos.
Lei 8.112, 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Disponível em:
www.planalto.gov.br Acessado em: 03 de novembro de 2014.
5. BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico
Cirúrgica. 11ª. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2009.
6. DOMANSKI, R.C.; BORGES, E.I. Manual para prevenção de lesões de pele:
recomendações baseadas em evidências. 2 ed., Rio de Janeiro: Rubio, 2014.
7. GAMBA, M.A.; PETRI, V.; COSTA, M.T.F. Feridas: prevenção, causas e
tratamento. Rio de Janeiro: Santos Editora; 2016.
8. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem: conceitos,
processo e prática. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 542-584.
9. PRADO, Marta Lenise do et al (Org.). Fundamentos para o cuidado profissional
de enfermagem. 3. ed. Florianópolis: Ufsc, 2013. 548 p. Revisada e ampliada.
10. SANTOS, V.L.C.G.; CESARETTI, I.U.R. Assistência em estomaterapia:
cuidando de pessoas com estomia. São Paulo: Atheneu, 2015.
11. SMELTZER S.C.; BARE, B.G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica.12. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
12. UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. MANUAL DE NORMAS E
ROTINAS PARA USO DOS LABORATÓRIOS INTEGRADOS: CUIDADO
EM SAÚDE À MULHER, À CRIANÇA, AO ADOLESCENTE AO ADULTO
E AO IDOSO. Boletim Número 36 de 05 de setembro de 2014 – Extraordinário.
PORTARIA Nº 8.107, DE 04 DE SETEMBRO DE 2014, pág. 11 a 16.
13. UFRR – Universidade Federal de Roraima. Normas e rotinas laboratório de
enfermagem centro de ciências da saúde. Aprovado em reunião colegiada,
Roraima, novembro de 2014.
14. UNIR – Fundação Universidade Federal de Rondônia. Normas de uso dos
laboratórios LABSEMI e LABSMATI. Departamento de Enfermagem - UNIR.
Porto Velho – RO: 2013.

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