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Atividade Extra - Resenha crítica e comparativa Estudo dirigido

Ana Carolina Rodrigues de Carvalho Ra: 91158


O texto de Mattar J. J.Perrotti fala sobre o planejamento e o desenvolvimento da América
Latina e Caribe após a assinatura da Carta de Punta del Este em 1962, que instiga os países a
construir uma visão de futuro, baseada em uma aliança continental para o desenvolvimento
que envolve recursos financeiros. O texto também fala sobre que ao longo de quase três
décadas, as características, o alcance e o impacto do planejamento evoluíram para um
processo de desenvolvimento.
O outro texto do Acosta O Bem Viver que vou comparar com o texto Mattar fala que é
preciso recorrer às experiências, às visões e às propostas de povos que, dentro e fora do
mundo andino e amazônico, empenharam-se em viver harmoniosamente com a Natureza. E
fala sobre o produtivistas e o consumismo.
O texto do Mattar nos diz que em muitos casos, as dinâmicas primárias de exportação
observadas hoje dão novo significado e validade às ideias da CEPAL sobre a inserção
internacional desigual entre o Centro e a Periferia. Em contrapartida, e ao contrário do
passado, ele preferiu a inovação e a tecnologia incorporadas na produção e na exportação de
determinadas matérias-primas e produtos semi-acabados que apresentam doses consideráveis
de inovação e de alta tecnologia.
Mas como podemos observar no texto do Mattar ele nos fala que década de 80 terminou
com os países da região avançando em direção às diretrizes do Consenso de Washington,
relegando o papel do Estado ao de ator secundário, normativo e regulador, sem uma avaliação
estratégica do seu papel na formação e execução de uma visão médio e longo prazo no
caminho do desenvolvimento.
Como o texto do Mattar nos mostra que durante os anos 90, o papel desempenhado pelo
sector público em todas as áreas e tarefas da economia foi bastante reduzido. E neste
contexto, a indústria transformadora já não deveria ser apoiada como no passado, pois
confiava-se que o mercado seria propício para servir como motor fundamental da expansão e
modernização tecnológica dos sectores produtivos.
No início do séculos 21, como nos anos anteriores, nos mostrou que foi complicado para a
região, com um ambiente externo volátil do qual estava cada vez mais dependente, bem como
problemas estruturais nas economias. Como resultado das políticas de liberalização aplicadas
na década de 1990, houve também uma forte desintegração da estrutura produtiva na maioria
dos países. A pobreza e o desemprego permaneceram elevados e os governos mostraram um
desempenho insuficiente na resposta às exigências sociais, o que foi acompanhado por um
elevado endividamento nos estratos nacionais e subnacionais e pela pior distribuição de
rendimentos a nível mundial.
A revalorização do planejamento nos países da região materializa-se no fortalecimento da
capacidade do Estado para executar um plano estratégico de transformações estruturais. Esta
reavaliação deve atingir todo o tecido institucional: governos, empresas privadas,
universidades, organizações não governamentais e outros.
Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio foram um factor impulsionador do
planeamento na última década, na medida em que foram compromissos assumidos pelos
países num horizonte de médio e longo prazo.
O texto do Bem Viver fala sobre a tarefa de reconstrução da sociedade focada em desarmar
a meta universal do progresso em sua versão produtivista e do desenvolvimento enquanto
direção única, sobretudo em sua visão mecanicista do crescimento econômico e seus
múltiplos sinônimos. Desta forma, apresenta-se como uma oportunidade de construção
coletiva de novas formas de viver e não simplesmente como um receituário materializado em
alguns artigos constitucionais, como no caso do Equador e da Bolívia.
O presente trabalho busca apresentar as perspectivas do “Buen Vivir” como alternativa
de desenvolvimento de uma nova sociedade baseada na democracia e na sustentabilidade.
As mobilizações e rebeliões populares, especialmente a partir dos mundos indígenas
equatoriano e boliviano, cenário de longos processos históricos, culturais e sociais – formam
a base do que conhecemos como Buen Vivir, no Equador, ou Vivir Bien, na Bolívia. Nestes
países andinos e amazônicos, propostas revolucionárias ganharam força política e foram
incorporadas em suas constituições, sem que, por isso, tenham se cristalizado em ações
concretas.
No capítulo 6 da obra O Bem Viver, escreve sobre os Direitos da Natureza e relata as
diversas ideologias que tentaram separar brutalmente o ser humano e a natureza em suas
pesquisas.
Neste sentido, Acosta afirma que a visão de mundo dos marginalizados pela história, em
especial dos povos e nacionalidades indígenas, é uma oportunidade para construir outros
tipos de sociedades, sustentadas em uma convivência harmoniosa entre os seres humanos e a
Natureza, a partir do reconhecimento dos diversos valores culturais existentes no planeta.
No capítulo 7 da obra O Bem Viver do Acosta fala que o aparecimento do Estado
Plurinacional se inicia em algumas sociedades, como na Bolívia e no Equador, em que se
instituiu via Constituição. Mas, conforme afirma Acosta, não implica necessariamente que
bolivianos e equatorianos vivam em um Estado Plurinacional. Ainda há um longo caminho a
ser percorrido pela Bolívia, onde mais se avançou nesta direção.
O Bem Viver recupera esta sabedoria ancestral, rompendo com o alienante processo de
acumulação capitalista que transforma tudo e todos em coisa, pois se afirma no equilíbrio, na
harmonia e na convivência entre os seres.
O presente estudo buscou apresentar as perspectivas do “Buen Vivir” como um caminho
alternativo para a construção de uma nova sociedade, fundada na democracia, na
sustentabilidade, na solidariedade e nas relações entre seres humanos e natureza.
Ao discorrer sobre o desenvolvimento econômico, os direitos da natureza e a construção
de um Estado Plurinacional, as perspectivas do “bem viver” evidenciam os limites do
progresso, crescimento, desenvolvimento e bem estar social, questionando o individualismo e
as práticas de mercado que aprofundam as desigualdades e destroem os recursos naturais.
Os textos Mattar e Acosta O Bem Viver nos mostrou como era e de como está hoje o
planejamento da América Latina e o que está valorizando mais a CEPAL nos dias atuais.
Assim como o Bem Viver, ele fala de uma sociedade baseada na democracia e na
sustentabilidade.
Ao analisar todos os dois textos do Mattar e O Bem Viver percebi que os dois falam de
uma América Latina e Caribe que depende de um planejamento baseado na democracia e na
sustentabilidade.

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