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MUNICÍPIO DE QUATRO PONTES

SECRETARIA DE VIAÇÃO E OBRAS


SETOR DE ENGENHARIA

OBRA ASFALTO RURAL


ESTRADA MUNICIPAL LINHA
LOCAL
SANGA LEÃO
MUNICÍPIO QUATRO PONTES - PARANÁ

MEMORIAL DESCRITIVO

MARÇO DE 2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................3
2. RESPONSABILIDADE TÉCNICA .........................................................................3
3. PLACA DA OBRA ...................................................................................................4
4. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS A EXECUTAR .....................................................4
4.1. SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS PELO MUNICÍPIO ......................... 4

4.1.1. Aplicação de estabilizante de solo ................................................................. 4

4.1.2. Incorporação ao solo ...................................................................................... 5

4.1.3. Umidade do solo............................................................................................. 5

4.1.4. Compactação do solo ..................................................................................... 5

4.1.5. Acabamento da base ....................................................................................... 5

4.2. SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS PELA CONTRATADA ................... 6

4.2.1. Imprimação..................................................................................................... 6

4.2.2. Pinturas de ligação ......................................................................................... 7

4.2.3. Concreto betuminoso usinado a quente – C.B.U.Q........................................ 8

4.2.3.1. Dosagem e característica da mistura .......................................................... 9

4.2.3.2. Execução................................................................................................... 10

4.2.3.3. Controle interno de qualidade .................................................................. 10

4.2.3.4. Critério de aceitação e rejeição ................................................................. 10

5. PLANO DE EXECUÇÃO DA OBRA ....................................................................12


5.1. MOBILIZAÇÃO ............................................................................................. 12

5.2. SEQUÊNCIA DA EXECUÇÃO ..................................................................... 12

5.3. DESMOBILIZAÇÃO ...................................................................................... 12

6. DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................13


1. INTRODUÇÃO

Tem este Memorial Descritivo por finalidade orientar e especificar a execução


dos serviços e empregos dos materiais que farão parte das obras de pavimentação
asfáltica em concreto betuminoso à quente (C.B.U.Q.).
A obra está localizada em área rural, na Linha Sanga Leão e possui 4,00 metros
de largura com camada de C.B.U.Q. e 6,00 metros de largura com pintura.

2. RESPONSABILIDADE TÉCNICA

A obra deverá ser executada por empresa com comprovada qualificação para
execução de tais serviços, sob a responsabilidade técnica de profissional habilitado,
acompanhadas da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica do CREA/PR. A
fiscalização será efetuada pelo Responsável Técnico da Prefeitura Municipal de Quatro
Pontes.
Caso ocorra desencontro de informações a CONTRATADA tem o dever de
solicitar esclarecimentos junto ao Departamento de Planejamento e Engenharia.
Em divergências entre as cotas e dimensões tomadas em escalas, prevalecerá as
cotas. Qualquer alteração do projeto deverá ser feita de comum acordo com o setor de
Engenharia.
A CONTRATADA deverá levar um diário de obra onde serão devidamente
assentadas as ocorrências que sejam as consideradas necessárias pela empreitada ou
pela fiscalização, tais como consultas, modificações, esclarecimentos, estado do tempo,
prazo decorrido, etc.
São de competência e responsabilidade da CONTRATADA, chamar a
fiscalização com antecedência razoável sempre que houve necessidade, acatar
prontamente as exigências e observações da fiscalização, manter no local um mestre
geral, ser o único responsável pela segurança no trabalho de seus operários e técnicos,
tomando para tanto, as medidas acauteladas e os seguros necessários por lei, entregar a
obra completamente limpa.
3. PLACA DA OBRA

Deverá ser instalada a placa metálica com película refletiva de identificação da


obra, com dimensão 1,50 x 2,00 metros e os padrões a serem fornecidos pela
CONTRATANTE. A CONTRATADA deve instalar a placa antes do início da obra.

4. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS A EXECUTAR

4.1. SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS PELO MUNICÍPIO

4.1.1. Aplicação de estabilizante de solo


A aplicação do DYNABASE pode ser executada de forma mecânica ou manual.
Importante é que a cobertura seja feita de forma homogênea, procurando proporcionar
um maior reforço nas áreas das bordas no leito das vias públicas, em decorrência da
sobrecarga de veículos e condução das águas pluviais nas sarjetas.
O produto, após a aplicação, estando ou não incorporado ao solo, permite que a
obra seja temporariamente paralisada no caso de problemas técnicos ou mesmo na
ocorrência de chuvas, não provocando qualquer alteração química de reação antes da
compactação da área trabalhada.

4.1.2. Incorporação ao solo


A incorporação do DYNABASE ao solo poderá ser feita através de grade
niveladora agrícola, pulvemisturadora, enxada rotativa ou patrol. Quanto mais
homogênea for a incorporação, melhor resultado prático será obtido na aglutinação das
partículas finas do solo.

4.1.3. Umidade do solo


É recomendável absoluto rigor na umidade final do solo tratado. É preciso que o
material trabalhado esteja na umidade ótima em toda a extensão do trecho em execução.
Caso a umidade esteja acima da ótima, é importante promover a aeração da
camada até atingir o ponto ideal. Se a umidade estiver abaixo da ótima, complementar
adicionando água.
Se o solo local ou material importado de jazidas auxiliares estiverem na umidade
ótima, torna-se dispensável a aplicação de água no processo de compactação.

4.1.4. Compactação do solo


A operação de compactação deverá começar nas bordas e progredir
longitudinalmente para o centro nos trechos em tangente e da borda interna para a
externa nos trechos em curva, de modo que o compressor cubra uniformemente, em
cada passada, pelo menos a metade da largura do seu rastro da passagem anterior
paralelamente ao eixo da via.

4.1.5. Acabamento da base


A camada da base tratada deve apresentar uniformidade em toda a sua extensão,
sem ondulações, saliências ou rebaixos. O acabamento final será executado pela
motoniveladora, cortando a superfície de forma a não permitir material solto, nem
pequenos aterros que resultariam em formação de lamelas, prejudiciais à superfície da
base.
É recomendável executar a operação de acabamento com a base na umidade
adequada, permitindo a realização de um corte espelhado e com acabamento ideal para
imprimação.
4.2. SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS PELA CONTRATADA

4.2.1. Imprimação
Antes da execução dos serviços, deve ser implantada a adequada sinalização, visando à
segurança do tráfego no segmento rodoviário, e efetuada sua manutenção permanente
durante a execução dos serviços. Após a perfeita conformação geométrica da base,
proceder à varredura da superfície, de modo a eliminar todo e qualquer material solto.
Antes da aplicação do ligante asfáltico a pista pode ser levemente umedecida. d) Aplica-
se, a seguir, o ligante asfáltico, na temperatura adequada, na quantidade recomendada e
de maneira uniforme.
A temperatura de aplicação do ligante asfáltico deve ser fixada para o tipo de ligante,
em função da relação temperatura x viscosidade, escolhendo-se a temperatura que
proporcione a melhor viscosidade para seu espalhamento. A faixa de viscosidade
recomendada para espalhamento dos asfaltos diluídos é de 20 a 60 segundos Saybolt
Furol (NBR 14.491:2007). No caso de utilização da EAI a viscosidade de espalhamento
é de 20 a 100 segundos Saybolt Furol. e) A tolerância admitida para a taxa de aplicação
do ligante asfáltico definida pelo projeto e ajustada experimentalmente no campo é de ±
0,2 l/m².
Deve-se imprimar a largura total da pista em um mesmo turno de trabalho e deixá-la,
sempre que possível, fechada ao tráfego. Quando isto não for possível, trabalha-se em
uma faixa de tráfego e executa-se a imprimação da faixa de tráfego adjacente assim que
a primeira for liberada ao tráfego. O tempo de exposição da base imprimada ao tráfego,
depois da efetiva cura, deve ser condicionado ao comportamento da mesma, não
devendo ultrapassar 30 dias. Qualquer falha na aplicação do ligante asfáltico deve ser
imediatamente corrigida.
4.2.2. Pinturas de ligação
O ligante betuminoso não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente
for inferior a 10 ºC, ou em dias de chuva, ou quando a superfície a ser pintada
apresentar qualquer sinal de excesso de umidade.
É responsabilidade da executante a proteção dos serviços e materiais contra a
ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam danificá-
los.
Antes da aplicação do ligante betuminoso, no caso de bases de solo-cimento
ou concreto magro, a superfície da base deve ser umedecida.
Aplica-se, a seguir, o ligante betuminoso adequado na temperatura compatível
com o seu tipo, na quantidade recomendada e de maneira uniforme. A temperatura da
aplicação do ligante betuminoso deve ser fixada para cada tipo de ligante, em função da
relação temperatura x viscosidade, escolhendo-se a temperatura que proporcione melhor
a viscosidade para espalhamento. A viscosidade recomendada para o espalhamento da
emulsão deverá estar entre 20 a 100 segundos “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004/94).
Após aplicação do ligante deve-se esperar o escoamento da água e evaporação
em decorrência da ruptura. A tolerância admitida para a taxa de aplicação “T” do ligante
betuminoso diluído com água é de ±0,2 l/m².
4.2.3. Concreto betuminoso usinado a quente – C.B.U.Q.

O revestimento asfáltico deverá ser executada em usina apropriada, composta de


agregados minerais e cimento asfáltico de petróleo, espalhada e comprimida a quente
com espessura mínima de 3 (três) centímetros. A mistura da massa asfáltica do
C.B.U.Q. deverá constituir-se em uma mistura uniforme de agregados e cimento
asfáltico do tipo CAP 50/70.
Todos os materiais utilizados devem satisfazer às especificações aprovadas pelo
DER/PR. É vedado o emprego de areia proveniente de depósitos em barrancos de rios.
A mistura de agregados para o concreto asfáltico (C.B.U.Q.) a ser utilizado
deverá estar enquadrada na faixa “D” das especificações gerais do DER/PR, conforme
quadro a seguir:

Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná – DER/PR


Deve-se observar também as seguintes condições:
 O diâmetro máximo deverá ser igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada;
 A fração retida entre duas peneiras consecutivas, excetuadas as duas de maior
malha de cada faixa, não deverá ser inferior a 4% do total;
 As granulometrias dos agregados miúdos (Ø <= 2.0mm) deverão ser obtidas por
via lavada.
Serão de responsabilidade da CONTRATADA os ensaios que comprovem a
composição requerida do C.B.U.Q. e submetê-los à apreciação da Fiscalização da
Prefeitura do Município de Quatro Pontes e do DER.

4.2.3.1. Dosagem e característica da mistura


Deve ser adotado o ensaio de Marshall para dosagem de misturas betuminosas,
para a verificação das condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura
betuminosa, atendendo os seguintes valores:

Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná – DER/PR

Nos casos da utilização de misturas asfálticas para camadas de rolamento (faixas


II, III, IV), os vazios do agregado mineral (% VAM) deverão atender aos seguintes
valores mínimos, definidos em função do diâmetro do agregado empregado:

Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná – DER/PR


4.2.3.2. Execução
O Concreto Betuminoso Usinado à Quente (C.B.U.Q.) será produzido na usina
de asfalto à Quente (C.B.U.Q.) será produzido na usina de asfalto a quente, atendendo
os requisitos especificados. Ao sair do misturados, a massa deve ser descarregada
diretamente nos caminhões basculantes e transportada para o local de aplicação. Os
caminhões utilizados no transporte deverão possuir lona para proteger e manter a
temperatura da mistura asfáltica a ser aplicada na obra. A descarga da mistura será
efetuada na caçamba de uma vibro acabadora de asfalto, a qual irá proceder ao
espalhamento na pista que deverá ter como objetivo a pré conformação da seção de
projeto e deverá permitir que a espessura da camada de rolamento seja de três
centímetros (compactado). Em conjunto com a vibro-acabadora, deverá atuar o rolo
pneumático auto-propulsionado de pressão variável, cujos pneumáticos deverão ter suas
respectivas pressões internas aumentadas gradativamente, com o suceder das passadas.

4.2.3.3. Controle interno de qualidade


As quantidades de ensaios para controle interno de execução referem-se às
quantidades mínimas aceitáveis podendo ser ampliados para garantia da qualidade da
obra. Os ensaios a serem procedidos serão:
 Para todo ensaio que chegar à obra:
o Ensaio de viscosidade Saybolt-Furol;
o Ponto de fulgor;
o Ensaio de espuma a 175oC
 Para os três primeiros carregamentos e, posteriormente, a cada dez
carregamentos:
o Ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, a varias temperaturas, que
permitam o traçado da curva “viscosidade-temperatura”;
A cada 100 toneladas de massa compactada deverá ser obtido uma amostra
indeformada extraída com sonda rotativa ou pelo nivelamento da seção transversal antes
e depois do espalhamento da mistura. Também deverá ser feito uma inspeção visual do
acabamento da superfície.

4.2.3.4. Critério de aceitação e rejeição


A massa asfáltica chegada à pista será aceita sob o ponto e vista de temperatura, se:
a) A temperatura medida no caminhão não for menor do que o limite inferior da
faixa de temperatura prevista para a mistura na usina, menos 15ºC, e nunca
inferior a 120ºC;
b) A temperatura da massa, no decorrer da rolagem, propicie adequadas condições
de compressão tendo em vista o equipamento utilizados, e o grau de
compactação desejado.
A quantidade de cimento asfáltico obtida pelo ensaio de extração em amostras
individuais, não deverá variar em relação ao teor de projeto de mais do que 0,3%. A
média aritmética obtida para conjuntos de valores individuais não deverá ser inferior ao
teor de projeto.
Durante a produção, a granulometria da mistura poderá sofrer variações em
relação à curva de projeto, respeitadas as seguintes tolerâncias e os limites da faixa
granulométrica adotada:

Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná – DER/PR

Os valores de % de vazios, vazios do agregado mineral, relação betume-vazios,


estabilidade e fluência Marshall, deverão atender ao prescrito nesta especificação.
Os valores do grau de compactação calculados estatisticamente deverão ser
iguais ou superiores a 97%.
Quanto à largura da plataforma, não serão admitidos valores inferiores aos
previstos para a camada. A espessura média da camada determinada estatisticamente
deverá situar-se no intervalo de ± 5% em relação à espessura de projeto. Não serão
tolerados valores individuais de espessuras fora do intervalo de ± 10% em relação à
espessura de projeto.
Eventuais regiões em que se constate deficiência de espessura serão objeto de
amostragens complementares, através de novas extrações de corpos de prova com sonda
rotativa. As áreas deficientes deverão ser reforçadas às expensas do executante.
As juntas executadas devem se apresentar homogêneas em relação ao conjunto
da mistura isenta de desníveis e saliências.
A superfície deve se apresentar desempenada, não ocorrendo marcas
indesejáveis do equipamento de compressão e ondulações decorrentes de variações da
carga da vibro acabadora.

5. PLANO DE EXECUÇÃO DA OBRA

5.1. MOBILIZAÇÃO

A mobilização da empresa contratada compreende a instalação inicial e a


colocação, no canteiro da obra, dos meios necessários ao início da execução dos
serviços. Todo o serviço de sinalização necessário à segurança das obras e dos pedestres
e veículos é imprescindível e de responsabilidade da CONTRATADA.
Deve ser dada prioridade, no canteiro, a colocação de caminhão pipa, caminhão
espargidor, vibro-acabadora, rolo de pneus e rolo tipo tandem.

5.2. SEQUÊNCIA DA EXECUÇÃO

Os trabalhos devem ser atacados na seguinte sequência:


 Limpeza geral da base já existente;
 Execução de imprimação com asfalto diluído cm-30;
 Pintura de ligação com emulsão RR-1C;
 Execução da capa asfáltica com C.B.U.Q., espessura de 3 centímetros;
 Limpeza do canteiro de obra;
 Desmobilização do canteiro de trabalho.

5.3. DESMOBILIZAÇÃO

A desmobilização compreenderá a completa limpeza dos locais da obra e a


retirada das máquinas e dos equipamentos.
6. DISPOSIÇÕES GERAIS

Com o objetivo de proporcionar segurança para a execução da obra será


realizada a sinalização provisória, inclusive desvio de tráfego, sendo que a
CONTRATADA deverá apresentar o plano de sinalização, de acordo com as etapas de
execução da obra por trechos. Para garantir a correta aplicação das normas de segurança
da obra deverão ser adotadas todas as diretrizes a serem definidas pela Prefeitura
Municipal. Nenhum serviço deverá ser iniciado sem a implantação prévia da sinalização
de segurança, devendo ser rigorosamente observada a sua manutenção enquanto
perdurarem as condições de obra que o justifiquem. Recomenda-se especial atenção na
manutenção da sinalização horizontal e vertical nos locais de desvio de tráfego.
A responsabilidade civil e ético-profissional pela qualidade, solidez e segurança
do serviço é da executante.
Após o término da obra, a contratada deverá ser obrigatoriamente providenciar o
Laudo Técnico de Controle Tecnológico com os resultados dos ensaios obtidos durante
a execução da obra.

Quatro Pontes, 22 de março de 2019.

_________________________________
Responsável Técnico

_________________________________
Diretora do Departamento de Planejamento e Engenharia
ANEXOS

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