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É oriundo de uma tradição ancestral havaiana que quer dizer: “Endireitar, harmonizar, corrigir
o que está errado, reordenar”. Assim que surgiam discórdias entre pessoas ou problemas de
relacionamento no seio de uma comunidade, eles se reuniam em presença de todos os
protagonistas e, sob a orientação de um padre, concediam-se o perdão.
A fórmula do Ho’oponopono
“Sinto muito, perdão, obrigado, eu te amo”.
O que querem dizer estas palavras?
“Sinto muito”: é reconhecer a sua criação.
“Perdão”: porque eu não sabia que tinha isso dentro de mim.
“Obrigado”: por me permitir limpar essa memória.
“Eu te amo”: amo você, minha Divindade Interior – poderíamos
dizer: “Eu me amo”.
Com esse processo, as memórias são liberadas e transformadas em pura energia pela
“Divindade”. É, de certa forma, um verdadeiro processo alquímico, uma transmutação das
nossas memórias e medos em puro amor. Um pensamento errado cria uma realidade errada.
Quando tenho um pensamento certo, crio então uma realidade de harmonia e paz. E, aqui, é
preciso se conscientizar de que tudo está dentro de si. Nada está fora.
O Ho’oponopono lhe permite limpar todas as suas memórias. Porém, na verdade, não
existem boas ou más memórias, é a mente que julga, decidindo o que é bom ou mau. A
realidade é bem diferente. Há apenas certas memórias que lhe parecem erradas e outras que
lhe parecem certas. Há simplesmente memórias que você deve limpar para se liberar. Você diz
“Sinto muito” porque não sabia que tinha essa memória dentro de si. Depois, diz “Perdão” à
Divindade e lhe pede para ajudá-lo a se perdoar por ter-se deixado levar por tais memórias.
Você “agradece” em seguida às memórias por terem aparecido para você, dando-lhe a
oportunidade de liberá-las, e você também agradece à Divindade pela ajuda nessa liberação.
E você conclui com “Eu te amo”, pois somente o amor cura. Dizendo isso, você está se
dirigindo às suas memórias, bem como a si mesmo.
Assim que você sair de casa para ir ao trabalho ou a um compromisso, peça logo para o seu Eu
Superior ou a Divindade limparem em você o que poderia ser causa de um problema ou
obstáculo qualquer com as pessoas que você vai encontrar. A prática deve conduzir você a um
estado “zero”, isto é, um estado de “vazio” no qual a mente dá total controle à sua parte
divina para que você acolha a mensagem dela, no que é comumente chamado de inspiração. O
objetivo é permanecer nesse estado o máximo de tempo possível, a fim de estar
permanentemente disposto a acolher.
Você pode praticar o Ho’oponopono para tudo. Pode começar a limpar as
memórias desde que acorda de manhã, pensando, por exemplo, nos seus compromissos
daquele dia, mesmo se não souber quais são os que poderiam apresentar um obstáculo ou
incômodo para você. Por isso, em cada encontro, diga: “Sinto muito, perdão, obrigado, eu te
amo”, para que ele ocorra da melhor forma possível para você.
Você também pode fazer o Ho’oponopono no carro, no metrô, no trabalho, em família: assim
que ocorrer uma situação constrangedora ou um desacordo, haverá motivo para limpar, pois
se tratam de memórias. Praticar assim o Ho’oponopono é uma boa maneira de iluminar o seu
caminho. É um desapego permanente. Entretanto, para se desapegar, é preciso, antes de tudo,
proceder a uma responsabilização. Em seguida, vem a aceitação, que se alcança subindo a um
nível superior, no qual você se lembra de quem você é. É assim que você pode decidir liberar a
memória que está agindo geralmente de forma inconsciente. Depois, você dá permissão de
existir à parte divina do seu ser, que, através do amor, virá transmudá-la.
Normalmente, você acha que deve perdoar os outros pelo que eles lhe fizeram. Os outros são
considerados como culpados, e você fica então julgando os. Contudo, como você pode julgar
os outros se eles não passam de um reflexo de si mesmo? Julgar os outros é julgar a si próprio.
O perdão total
Para as nossas mentes ocidentais sob influência judaico-cristã, o perdão é um conceito
delicado, pois ele nos aprisiona na noção de culpa. “Se estou pedindo perdão, é porque sou
culpado de um erro.” O ego tem horror de reconhecer seus erros e ainda mais de pedir
perdão. É por isso que se livrar da dominação de memórias tão pesadas, ensinadas há
tantos séculos, não é nada fácil! Além disso, há um quê de humilhação em admitir a própria
culpa, o próprio erro. Porém, quando a humilhação se transforma em humildade, o perdão
pode liberar você do papel de vítima totalmente, convidando-o a modificar radicalmente a sua
visão do mundo, bem como a interpretação de tudo o que acontece com você.
O Ho’oponopono o libera dos fardos que você carregava nos ombros – muitas vezes sem nem
se dar conta disso – e que freavam os seus impulsos e perturbavam o seu raciocínio
As crenças são informações não verificadas e, muitas vezes, não verificáveis que a pessoa
considera, entretanto, como verídicas. Elas provêm, em sua maioria, da educação e, portanto,
dos pais, da família, de entes queridos ou professores. Já outras se constroem ao longo da
vida, conforme os êxitos, fracassos e situações encontradas. Durante um conflito, o
ho’oponopono pode interferir para favorecer a sua liberação, apagando a memória errada,
causadora do problema, mas também apagando as memórias erradas que possam ter sido
criadas após o problema. São as conseqüências do acontecimento. Poderíamos dizer que são
memórias erradas oriundas de memórias erradas! Isso mostra como as situações acabam se
complicando e se embaralhando com o tempo.