Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo - Enquanto os veículos aéreos tripulados possuem e monitoramento de um modelo de identificação utilizando as
sistemas de identificação estabelecidos, é crucial desenvolver tecnologias de comunicação Bluetooth e Wi-Fi, sendo
mecanismos eficazes para identificar e monitorar os veículos atualmente a abordagem mais utilizada na área de
aéreos não tripulados (VANT/drone), como foi denominado pela identificação remota de drones no globo. Transmitindo
Agência Nacional de Aviação Civil, no espaço aéreo. Este artigo
explora a utilização de diretrizes para a implementação de um
diversos dados diferentes como ID, sinais de autenticação e
modelo de identificação de drone baseado nos modos comuns de GPS (Global Positioning System), é possível utilizar esses
comunicação, como Bluetooth e Wi-Fi. Essa abordagem permite dados para aproveitamento em diversas redes e sistemas que
a identificação por observadores externos e, com adaptações venham a utilizar drones. Com adaptações adequadas, essa
para uso em drone, pode ser aplicada como uma ferramenta abordagem pode se tornar uma ferramenta essencial na
essencial na prevenção de colisões, transporte de cargas e prevenção de colisões entre drones, criando um novo método
atividades emergenciais envolvendo veículos aéreos não de comunicação entre eles e alertando outras aeronaves
tripulados. Como resultado, esse artigo apresenta possíveis presentes no espaço aéreo sobre sua presença, além de poder
implementações dessa diretriz de identificação remota de drones ser implementado em diversas outras aplicações.
em soluções no espaço aéreo não segregado, isto é, um ambiente
aéreo que pode ser compartilhado com outras aeronaves.
Este artigo tem como objetivo explorar como uma solução
para a identificação remota de drones pode ter outras
aplicações em diferentes segmentos, observando a quantidade
Palavras-Chave − VANT, Identificação, Aplicação de dados que podem ser coletados e analisados de cada
aeronave e, em conjunto, do espaço aéreo.
O mercado de drones está estimado para ultrapassar 260,5 O Remote ID, como é conhecido, realiza o uso da
bilhões de dólares até 2030 [1], mostrando que o seu especificação F3411-22a [2] para a identificação de drones,
potencial de crescimento é bem elevado e levantando permitindo que tanto autoridades governamentais como o
importantes questões sobre o controle e gerenciamento de público civil identifiquem qualquer drone nas suas
tráfego aéreo no mundo devido à crescente frota de drones redondezas. Seu uso auxilia na segurança, proteção e
que virá a existir. Em função de que as aeronaves tripuladas conformidade dos drones para com as regulações do país de
já contam com sistemas de identificação estabelecidos, atuação, gerando uma sugestão de regulamentação adicional.
torna-se necessário desenvolver mecanismos eficazes para O Remote ID atua definindo padrões de formatação de
identificar e monitorar as aeronaves não tripuladas. mensagem, métodos de transmissão e performance mínimos
Espaço aéreo não segregado é um ambiente requeridos para sua atuação nas formas tanto de transmissão
compartilhado por várias aeronaves. No Brasil, qualquer direta, quanto em uma estrutura de rede. Chamaremos esses
aeronave civil está sujeita a regulações impostas pela Agência modos respectivamente de Transmissão Remote ID e Rede
Nacional de Aviação Civil (ANAC) e suas operações pelo Remote ID. A Transmissão Remote ID se baseia no método
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). A de sinais de rádio sendo emitidos pelo aparelho, utilizando a
ANAC é responsável pela regularização e fiscalização, tecnologia ou Bluetooth ou Wi-Fi. O método Rede Remote ID
enquanto o DECEA se responsabiliza por regular e operar é baseado em transmitir a comunicação por meio do acesso à
todo o tráfego aéreo. Atualmente, para um drone voar em internet com o drone. Esse artigo dará enfâse no protocolo de
operação no Brasil, é necessário emitir um pedido ao sistema transmissão via Bluetooth, mas outros podem ser
de Solicitar autorização para voo de Aeronaves Remotamente implementados e serão sugeridos. A Fig. 1 faz referência a
Pilotadas (SARPAS) informando sua atividade e ganhando como o Remote ID trabalha para permitir a comunicação
acesso a um espaço aéreo segregado (não compartilhado) entre o drone e um observador externo. A parte superior faz
pelo DECEA. Com a implementação da identificação remota, referência a Transmissão Remote ID, na qual envia
se espera que esse processo seja modificado para o melhor continuamente um sinal Bluetooth ou Wi-Fi para partes
aproveitamento do espaço aéreo, assim como uma revolução interessadas, enquanto a parte inferior mostra como
na forma que a sociedade utiliza drones para aprimorar funcionaria o método Rede Remote ID. Os dois sinais são
diversos segmentos como emergência, transporte, logística, traduzidos para observadores externos na forma de aplicação
segurança e lazer. mobile que possam detectar e traduzir esses sinais para
A American Society for Testing and Materials (ASTM) melhor serem interpretados tanto pelo público geral, como
International formulou a especificação F3411-22a [2], pelos agentes que reforcem e ou apliquem a lei. A
também conhecida como Protocolo Remote ID para drones. especificação F3411-22a [2] dita que não cabe a apenas uma
Esta especificação fornece padrões para identificação remota
entidade de realizar a criação dos meios de transmissão e seus Essa abordagem resulta em uma integração segura,
meios de leitura, apenas como devem ser realizados. permitindo o envio seguro de identidade e localização,
juntamente com o escaneamento ativo por dispositivos
semelhantes nas proximidades.
A. Segurança
REFERÊNCIAS