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CURIOSIDADES LINGUÍSTICAS

Há várias palavras e expressões da língua portuguesa que, às vezes, oferecem dúvidas quanto ao seu
emprego. A seguir, veremos algumas delas.

A FIM DE / AFIM: A fim de é uma locução prepositiva, que indica finalidade; afim é adjetivo e significa
“semelhante”.

Ex: Vim a fim de vê-la outra vez. Ex: Os dois tinham gênios afins.

A MEU VER: não se emprega “ao meu ver”, pois não há artigo nessa locução.

Ex: A meu ver vencerá o mais atento e ligeiro.

A PAR / AO PAR: usa-se a par com o sentido de “bem informado”; e ao par significando equivalência
cambial.

Ex: Ficou a par da sua decisão hoje. Ex: O dólar e o ouro estão ao par. (com o mesmo valor)

AO INVÈS DE / EM VEZ DE: Ao invés de corresponde a “ao contrário de”; e em vez de significa “no lugar
de”.

Ex: Ao invés de atrasar, ele chegou antes de todos. Ex: Em vez de chocolate, prefiro creme.

AONDE / ONDE: usa-se aonde com os verbos que dão ideia de movimento – equivale a “para onde”. Com
os verbos que não expressam a ideia de movimento, usa-se onde.

CÓLERA: com o significado de “raiva”, “fúria” é substantivo feminino: quando se trata de doença que tem
esse nome, o substantivo pode variar de gênero.

Ex: Agiu movido por uma cólera súbita. Ex: O combate do (ou da) cólera continua por todo o Brasil.

DESCARRILAR: embora se encontre nos dicionários a forma “descarrilhar”, deve-se empregar,


preferencialmente, descarrilar (des + carril + ar).

Ex: O trem não descarrilou nenhuma vez.

DÓ: é um substantivo masculino e significa “compaixão”, “pena” ou “lástima”. É também o nome da primeira
nota da escala musical.

Ex: A solidão daquele velho causou-lhe muito dó. Ex: Aquele dó desafinado decepcionou a plateia.

ENFARTE / ENFARTO / INFARTO: as três formas são admitidas.

ENTREGA EM DOMICÍLIO: usa-se a expressão em domicílio, uma vez que se faz entrega em um lugar e
não a um lugar. A DOMICÍLIO emprega-se com os verbos de movimento.

Ex: Foi feita a entrega em domicílio. Ex: O gerente enviou a domicílio as compras.

ÍNTERIM: é palavra proparoxítona, portanto acentuada.

MAISENA: é com S, porque, depois de ditongo, usa-se S e não Z.

MAL / MAU: Mal: antônimo de bem. MAU: antônimo de bom.

Ex: Dormiu mal. A carta estava mal redigida. Ex: Demonstrou um mau comportamento na igreja.
MAS / MAIS: Mas é uma conjunção adversativa (expressa uma ideia contrária, oposta ou adversa). Pode
ser substituída por: porém, todavia, contudo, entretanto. Mais representa, frequentemente, um advérbio e,
nesse caso, é o contrário de “menos”.

Ex; Havia mais melodia nessa canção. Ex: Ele estava feliz, mas parecia faltar algo.

NENHUM / NEM UM: Nem um significa “nem um sequer”, “nem um único”. A palavra “um” expressa
quantidade.

Ex: Nem um carregador apareceu naquele momento. Ex: Nem um nem outro tinha troco.

Nenhum é pronome indefinido variável em gênero e número. Em geral, aparece antes de um substantivo, e
é antônimo de “algum”.

Ex: Nenhum jornal divulgou a notícia de sua candidatura.

NADA A VER: usa-se o verbo ver e não haver nessa expressão, precedida da preposição a.

Ex: Seu passado não tinha nada a ver com isso.

SENÃO / SE NÃO: Senão corresponde a “caso contrário”. Se não equivale a “se por acaso não” e, nesse
caso, inicia orações subordinadas adverbiais condicionais.

Ex: Terminaremos o trabalho, senão (caso contrário) não receberemos. Ex: Se não (se por acaso não)
quiser acompanhar-me, entenderei.

SINE QUA NON: trata-se de uma expressão latina que indica “uma condição sem a qual não se fará alguma
coisa”.

Ex: Você fará parte do grupo se ajudar no trabalho. É uma condição sine qua non.

TAMPOUCO / TÃO POUCO: Tampouco é advérbio e corresponde a “também não”.

Ex: Ele não entrará e você tampouco.

Tão pouco: é constituída de advérbio tão e pelo advérbio de intensidade ou pronome indefinido pouco,
Como advérbio, pouco modifica um verbo e não varia, e como pronome acompanha um substantivo e varia.

Ex: Caminhamos tão pouco hoje. Vieram tão poucos convidados à festa.

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