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PRÉ-VESTIBULAR
MED
3
COLEÇÃO PV
Copyright © Editora Poliedro, 2022.
Todos os direitos de edição reservados à Editora Poliedro.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal, Lei 9.610,
de 19 de fevereiro de 1998.
ISBN 978-65-5613-306-5
Siga as dicas, mas lembre-se: cada aluno é único. Quem deve buscar as melhores estratégias é você!
Bom início de ano e bons estudos!
Poliedro Sistema de Ensino
Roteiro do aluno
Aulas 37 a 39..... 248 Aulas 37 e 38......270 Aulas 37 a 41 ......300 Aulas 19 a 21....... 330
Aulas 40 a 42 .... 255 Aulas 39 e 40.....275 Aulas 42 a 44....... 311 Aulas 22 a 24 .... 336
Aulas 43 a 45.....260 Aulas 41 e 42......280 Aulas 45 a 48 ......317
Aulas 46 a 48 .... 264 Aulas 43 e 44..... 285
Aulas 45 e 46 .... 289
Aulas 47 e 48..... 294
Física
Frente 1 Frente 2 Frente 3 Frente 4
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 37 a 39..... 346 Aulas 37 a 40..... 364 Aulas 37 e 38..... 382 Aulas 19 e 20 ..... 404
Aulas 40 a 42 .... 350 Aulas 41 a 44 ...... 369 Aulas 39 a 42 .... 386 Aulas 21 e 22 ......407
Aulas 43 a 45..... 354 Aulas 45 e 46 .....374 Aulas 43 a 46..... 394 Aulas 23 e 24 ...... 411
Aulas 46 a 48 .... 358 Aulas 47 e 48......377 Aulas 47 e 48..... 399
Química
Frente 1 Frente 2 Frente 3 Frente 4
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 37 e 38...... 418 Aulas 37 a 40..... 438 Aulas 37 a 39..... 454 Aulas 19 e 20 .... 468
Aulas 39 e 40..... 421 Aulas 41 e 42...... 443 Aulas 40 a 43 .....457 Aulas 21 e 22 .... 471
Aulas 41 e 42...... 426 Aulas 43 e 44..... 446 Aulas 44 a 48..... 462 Aulas 23 e 24 ....473
Aulas 43 a 45..... 430 Aulas 45 e 46 .... 449
Intervalo
Intervalo
Intervalo
Intervalo
NTE
1
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
LÍNGUA
PORTUGUESA
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FRENTE 1
AULAS 37 e 38
Concordância com o sujeito simples ) Quando o sujeito composto for constituído de núcleos
O verbo concorda com o núcleo do sujeito simples, em gradação, o verbo vai ao plural, concordando com
esteja este claro ou subentendido, anteposto ou posposto. os núcleos expressos, ou fica no singular, concordan-
Observe os exemplos: do com a ideia única que os núcleos traduzem.
A lei é para todos os cidadãos. Ex.: Susto, medo e pânico dpvm os que viam
As provas cmpmm o réu. a notícia.
rbm as joias do cofre. Susto, medo e pânico dpv os que viam a notícia.
f) Quando o sujeito composto for constituído de núcleos
Concordância com o sujeito composto equivalentes ou sinônimos, o verbo vai ao plural, con-
cordando com os núcleos expressos, ou fica no singular,
A concordância do verbo com o sujeito composto ad-
concordando com a noção única dos núcleos.
mite diversas possibilidades, a depender das posições dos
Ex.: Determinação e foco dfim as pessoas bem-
termos que o compõem e de seu significado.
-sucedidas.
) Quando o sujeito composto for anteposto, o verbo vai
Determinação e foco dfi as pessoas bem-sucedidas.
ao plural, concordando com todos os núcleos. ) Quando o sujeito composto for resumido por “tudo”,
Ex.: Os tios e primos chm para a festa. “nada”, “ninguém” ou “alguém”, o verbo concorda, no
b) Quando o sujeito composto for posposto, o verbo vai singular, com o pronome indefinido, ainda que este
ao plural, concordando com todos os núcleos, ou con- venha anteposto ao sujeito.
corda apenas com o núcleo mais próximo. Ex.: Professores, diretor e alunos, ninguém cmp-
Ex.: sfm mudanças o projeto e a decoração da casa. di o que estava acontecendo.
sf mudanças o projeto e a decoração da casa. Ninguém, professores, diretor e alunos, cmpdi
c) Havendo ideia de reciprocidade, o verbo vai ao plu- o que estava acontecendo.
ral, independentemente de sua posição em relação h) Quando o sujeito composto for constituído de infinitivos
ao sujeito. que expressam ideias opostas, o verbo vai para o plural.
Ex.: abçm- os amigos e os inimigos depois da Ex.: Amar e odiar ccizm os seres humanos.
discussão. Na vida, cair e levantar ã importantes.
Os amigos e os inimigos bçm- depois da i) Se o sujeito composto for constituído de infinitivos que
discussão. não expressam ideias opostas, o verbo fica no singular.
d) Quando o sujeito composto for constituído de pes- Ex.: Pensar e refletir é ação da mente humana.
soas gramaticais diferentes, o verbo vai ao plural, j) Se o sujeito composto for constituído de infinitivos de-
observando-se as regras de prevalência. terminados por artigo, o verbo vai ao plural.
– Primeira regra de prevalência: a 1a pessoa (eu, Ex.: O pensar e o refletir ã ações humanas.
nós) prevalece sobre as demais, levando o verbo k) Quando o sujeito composto tem os núcleos ligados
para a 1a pessoa do plural. pela preposição “com”, desde que não haja vírgulas
Ex.: Tu e eu dvm nos posicionar a respeito separando-os, o verbo vai para o plural, ou concorda
deste assunto. com o primeiro núcleo, se houver vírgulas separando-
– Segunda regra de prevalência: a 2a pessoa (tu, -o do segundo.
vós) prevalece sobre a 3a, levando o verbo para a Ex.: O proprietário da loja com seu sócio vdm o
2a pessoa do plural. estabelecimento.
Ex.: Tu e teu namorado á convidado para o O proprietário da loja, com seu sócio, vd o esta-
casamento. belecimento.
8 Língua Portuguesa AULAS 37 e 38 Concordância verbal com sujeito simples e sujeito composto
Exercícios de sala
1. uipa-Pr 2020 Estão plenamente observadas as Sobre a concordância do verbo alugar em “Aluga-se
normas de concordância verbal na frase: casas”, é CORRETO afirmar que
a) A uma série de revoluções de tirar o fôlego cor- a) O verbo “alugar” concorda, no singular, com o
responde a emergência de novos atores políticos pronome “se”.
ao longo dos séculos. b) O substantivo “casa”, nesse caso, vai para o sin-
b) Não cabem extrair dos relatos progressistas qual- gular, concordando com o verbo.
quer convicção a respeito do aperfeiçoamento c) A forma verbal “aluga” fica no singular, concor-
humano. dando com “se”, partícula de indeterminação do
c) Ao continente africano não reverteu em nenhuma sujeito.
consequência positiva as ações dos seus coloni- d) A forma verbal “aluga” não pode ir para o plural
zadores. porque se trata de um verbo transitivo direto.
d) Não nos convêm avaliar como absoluto um tipo ) O verbo “alugar” vai para o plural concordando
de progresso que apenas a nós trazem alguns com “casas”.
benefícios.
) Aos que acham que a escalada humana é sempre 4. ueMg 2019
progressista recomendam-se que se apure me- Esse teu olhar
lhor os fatos históricos. Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
2. uFPr 2021 Considere o seguinte parágrafo: Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar
Partilhar conhecimentos e bens é uma forma inova- É pensar que você
dora de reduzir o impacto negativo da informalidade, que Gosta de mim como eu de você
achata a renda das famílias. Alguém que __________ con- JOBIM. Tom. Esse seu olhar – Grandes Hits da Bossa Nova 1 - DVDoKê.
sertar uma geladeira, por exemplo, talvez __________ de
algum conhecimento seu. E você, assim, __________ a Nesses versos, há um desvio de concordância: con-
geladeira consertada em troca de suas habilidades. cordar teu com você. Que frase publicitária apresenta
Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas/mariaines/2020/05/
o mesmo tipo de inadequação?
reconstrucao-do-consumo-exigira-colaboracao-e-desprendimento.shtml. a) Por trás da experiência tem um grande banco.
b) A única alegria que você tem quando chega em
Assinale a alternativa que preenche corretamente as
casa é tirar os sapatos?
lacunas na ordem em que aparecem no texto. c) Quer ficar milionário? Faz um .
a) souber – precise – tivesse. d) É que nem roupa. Tem hora e lugar certo pra usar.
b) saberá – precisará – tem.
c) soubesse – precisasse – teria.
5. FMP-rJ 2022
d) saiba – precisaria – tem.
) soubesse – precisaria – terá. A feminização da Medicina no Brasil
O mundo assiste à progressiva diminuição nas diferen-
3. IFM 2020 ças de gênero, com a remoção de barreiras que impedem
as mulheres de ter o mesmo acesso que os homens à
educação, às oportunidades de trabalho e aos benefícios
sociais. No Brasil, em paralelo à crescente predominância
feminina na população, registram-se o crescimento da es-
colaridade feminina e a maior presença das mulheres nos
diversos setores da atividade econômica.
Essas mudanças das últimas décadas também se
refletem na presença cada vez maior de mulheres na Me-
dicina brasileira. Tal transformação poderá constituir-se
em elemento estruturante da evolução da profissão, com
consequências nas práticas médicas e na qualidade da
sua assistência. O crescimento da participação feminina
na profissão fica evidente na evolução do número de mu-
lheres que entram no mercado de trabalho.
Segundo pesquisas, os homens predominam nas
especialidades cirúrgicas e naquelas que atendem urgên-
Frente 1
Guia de estudos
10 Língu Portugues AULAS 37 e 38 Concordância verbal com sujeito simples e sujeito composto
FRENTE 1
AULAS 39 e 40
Adjetivo
(nova)
Numeral
(dois)
Como regra geral, o adjetivo, o pronome adjetivo, o artigo e o numeral concordam em gênero e número com o subs-
tantivo ou com o pronome substantivo a que se referem. Acompanhe na sequência os casos de concordância nominal.
y Concordância de um adjetivo com mais de um substantivo.
Exemplos:
Entraram alunos e professores v na sala de aula.
Entraram alunas e professoras va na sala de aula.
Entraram alunos e alunas v na sala de aula.
y Concordância atrativa: o adjetivo poderá concordar com o substantivo mais próximo quando:
a) Vier anteposto aos substantivos. Ex.: Entraram v alunos e alunas na sala de aula.
b) Vier posposto aos substantivos. Ex.: Gosto de selos e figurinhas aia.
c) Vier anteposto (função de predicativo) ao sujeito composto. Ex.: Está adqada a ortografia e o texto.
y Quando há dois adjetivos para um substantivo, o critério é:
a) Se o substantivo estiver no plural, não haverá artigo diante do segundo adjetivo. Ex.: Os filmes sul-americanos e
Frente 1
quando se refere
Exercícios de sala
1. IFB 2020 Quanto à concordância nominal, é correto dizer que:
a) Ao longo dos anos, os governos mesmo promoveram o desmatamento da Amazônia.
b) Os indígenas sós não são capazes de conter a ambição de garimpeiros pela Amazônia.
c) Desertificação e perda de biodiversidade: o desmatamento da Amazônia promove um e outro problemas
ambientais.
d) Os indígenas estão bastantes cansados da luta pela preservação da Amazônia.
) A Amazônia brasileira oferece água e ar puro ao mundo.
5. FMP-rJ 2022 De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a concordância nominal está correta em:
a) A presença de mulheres em posições de liderança e o lucro das empresas, atualmente, são pdida pelas
companhias.
b) O trabalho integral fora de casa e as tarefas domésticas devem ser chcida porque constituem o obstáculo
que sobrecarrega as mulheres.
c) A aproximação de homens e mulheres nas organizações e o reconhecimento dessa nova tendência em nossa
sociedade precisam ser acia sem restrições.
d) O objetivo da realização profissional e a capacidade de atender a inúmeras funções têm sido bcad pelas
mulheres com muita frequência.
) O comando da mulher nas empresas e sua inserção em cargos antes ocupados somente pelos homens devem
ser cidada de grande valor.
6. caf-sC 2018 Sobre concordância verbal e concordância nominal, assinale a afirmativa ca.
a) Na frase “O governo brasileiro extinguiu a Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados) para que possa ser
melhor exploradas nessa área os recursos naturais e outras fontes renováveis de energia”, a falta de concordân-
cia será sanada se a expressão “os recursos naturais” for substituída por “jazidas minerais”.
b) Na frase “Os fatos apontados pelos órgãos de controle indicam que podem ter havido irregularidades na gestão
dos projetos financiados com recursos públicos”, todos os verbos estão flexionados de acordo com a norma-
-padrão da língua portuguesa.
c) A frase “Os ingredientes que encomendava era o mesmo semanalmente, razão por que seria de imaginar que
fosse suficiente para a fermentação de cinquenta litros de cerveja” apresenta desvios da norma-padrão quanto à
concordância nominal, mas não há desvios da norma-padrão quanto à concordância verbal.
d) Na frase “Estima-se que, em Portugal, cerca de dois terços dos cães tenham sido infectados com o parasita
denominado Leishmania infantum nos últimos anos, embora muitos deles não manifestem a doença”, os verbos
“tenham” e “manifestem” concordam com os respectivos sujeitos na terceira pessoa do plural.
Guia de estudos
Frente 1
Regência verbal
Quando o termo regente é um verbo, denominamos a regência como verbal. Veja a seguir alguns verbos que podem
despertar dúvidas quanto à sua regência.
Aspirar a
(desejar)
Visar a Assistir a
(objetivar) (presenciar)
Ir, voltar
Vir a
a/para
Regência
Preferir verbal
(algo) a Implicar em
(comprometer)
(outro)
Pedir
Lembrar-se
a/para
de
(pessoa)
Pagar,
(Des)
perdoar a
Obeceder a
(pessoa)
Regência nominal
Assim como os verbos, alguns substantivos, adjetivos e advérbios também podem causar dúvidas quanto à regência,
muitas vezes pelo fato de admitirem mais de uma preposição que ligue o termo regente ao regido.
y sbaiv adjiv
Ppiçã
adepto, indiferente, alheio, junto, referente, simpatia, favorável, tendência, imune, paralelo,
a
relativo, acessível, adequado, desfavorável, equivalente, insensível, obediente
ansioso, junto, próximo, imune, contente, capaz, incapaz, digno, indigno, passível, contemporâneo d
análogo analoga(mente)
relativo relativa(mente)
a
semelhante semelhante(mente)
favorável favoravel(mente)
É importante destacar que os advérbios “perto” e “longe” são seguidos da preposição “de”.
Exercícios de sala
1. FMP-rJ 2015
Verba testamentária
“... Item, é minha última vontade que o caixão, em que o meu corpo houver de ser enterrado, seja fabricado em casa
de Joaquim Soares, à rua da Alfândega. Desejo que ele tenha conhecimento desta disposição, que também será pública.
Joaquim Soares não me conhece; mas é digno da distinção, por ser dos nossos melhores artistas, e um dos homens mais
honrados da nossa terra...”
5 Cumpriu-se à risca esta verba testamentária. Joaquim Soares fez o caixão em que foi metido o corpo do pobre Nicolau
B. de C.; fabricou-o ele mesmo, com amore; e, no fim, por um movimento cordial, pediu licença para não receber nenhuma
remuneração. Estava pago; o favor de defunto era em si mesmo um prêmio insigne. Só desejava uma coisa: a cópia autêntica
da verba. Deram-lha; ele mandou-a encaixilhar e pendurar de um prego, na loja. Os outros fabricantes de caixões, passado
o assombro, clamaram que o testamento era um despropósito. Felizmente – e esta é uma das vantagens do estado social –,
10 felizmente, todas as demais classes acharam que aquela mão, saindo do abismo para abençoar a obra de um operário modesto,
praticara uma ação rara e magnânima. Era em 1855; a população estava mais conchegada; não se falou de outra coisa. O
nome do Nicolau reboou por muitos dias na imprensa da corte, donde passou à das províncias. Mas a vida universal é tão
variada, os sucessos acumulam-se em tanta multidão, e com tal presteza, e, finalmente, a memória dos homens é tão frágil,
que um dia chegou em que a ação de Nicolau mergulhou de todo no olvido.
15 Não venho restaurá-la. Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo
caso, precisa apagar o caso escrito. Obra de lápis e esponja. Não, não venho restaurá-la. Há milhares de ações tão bonitas,
ou ainda mais bonitas do que a do Nicolau, e comidas do esquecimento. Venho dizer que a verba testamentária não é um
efeito sem causa; venho mostrar uma das maiores curiosidades mórbidas deste século.
Sim, leitor amado, vamos entrar em plena patologia. Esse menino que aí vês, nos fins do século passado (em 1855,
20 quando morreu, tinha o Nicolau sessenta e oito anos), esse menino não é um produto são, não é um organismo perfeito. Ao
contrário, desde os mais tenros anos, manifestou por atos reiterados que há nele algum vício interior, alguma falha orgânica.
Não se pode explicar de outro modo a obstinação com que ele corre a destruir os brinquedos dos outros meninos, não digo
os que são iguais aos dele, ou ainda inferiores, mas os que são melhores ou mais ricos. Menos ainda se compreende que, nos
casos em que o brinquedo é único, ou somente raro, o jovem Nicolau console a vítima com dois ou três pontapés; nunca
25 menos de um. Tudo isso é obscuro. Culpa do pai não pode ser. O pai era um honrado negociante ou comissário [...], que
viveu com certo luzimento no último quartel do século, homem ríspido, austero, que admoestava o filho, e, sendo necessário,
castigava-o. Mas nem admoestações, nem castigos, valiam nada. O impulso interior do Nicolau era mais eficaz do que todos
os bastões paternos; e, uma ou duas vezes por semana, o pequeno reincidia no mesmo delito. Os desgostos da família eram
profundos. Deu-se mesmo um caso, que, por suas gravíssimas consequências, merece ser contado. [...]
ASSIS, Machado de. In: Contos/Uma Antologia. Seleção, introdução e notas de John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 411-413.
O período em que a regência do verbo clama é igual à que ocorre em “outros fabricantes de caixões [...] clamaram
que o testamento era um despropósito” (l. 8 e 9) é:
a) A multidão clamava: vencemos!
b) Os fabricantes clamavam, em vão.
c) Os filhos clamam aos pais compreensão.
d) Os condenados clamam por perdão.
) O povo clama contra as injustiças cometidas.
Frente 1
Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os três na casa: o pai, a mãe e ele, um
garoto de 13 anos. Chamaram o médico da família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou
um barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais lindo, mais calmante, do que os pneus
daquele carro amassando as folhas de outono empilhadas junto ao meio-fio.
5 Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o homem que salvaria seu pai. Na
mesma hora em que li esse relato, imaginei um sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de
parto. Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes baladeiros: o barulho da chave abrindo a
fechadura da porta. Seu filho voltou.
E pode parecer mórbido para uns, masoquismo para outros, mas há quem mate a saudade assim: ouvindo pela enésima
10 vez o recado na secretária eletrônica de alguém que já morreu.
Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no altofalante do aeroporto dizendo que
a aeronave já se encontra em solo e o embarque será feito dentro de poucos minutos.
O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas e o espetáculo irá começar.
O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado. Até a musiquinha que antecede a
15 chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade para se falar com alguém distante.
O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho da sua cama.
Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa sensação de que você está viajando, de
férias em algum lugar estrangeiro. E estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por alguém
que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.
20 O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou mesmo a chegada da pizza.
O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.
A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho.
O sinal da hora do recreio.
A música que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume.
25 O aplauso depois que você, nervoso, falou em público para dezenas de desconhecidos.
O primeiro eu te amo dito por quem você também começou a amar.
E o mais raro de todos: o silêncio absoluto.
MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. São Paulo: L&PM Editores, 2011.
Em função de uma linguagem mais simples e coloquial, a crônica, muitas vezes, pode “desrespeitar” a norma gra-
matical própria do uso culto da escrita formal da língua, o que pode ser observado no texto de Martha Medeiros na
seguinte passagem:
a) “Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco” (linha ), em que, gramaticalmente, o verbo
“ser”, indicando tempo, não varia em número para concordar com “quatro da manhã”.
b) “Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda” (linhas -5), em que o verbo “antece-
der” exige um complemento com preposição.
c) “A música que você mais gosta tocando no rádio do carro” (linha ), em que a regência do verbo “gostar” não é
obedecida.
d) “O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado” (linha ), em que a expressão
“a chegada” deveria vir com o acento indicativo de crase, já que o verbo “aguardar” exige complemento com a
preposição “a”, bem como o artigo que acompanha o substantivo é do gênero feminino.
5. ueMg 2019
A Bela e a Fera
Uma bela atriz reaparece em um famoso programa de auditório.
Os telespectadores vibram com os olhos da musa, que responde às perguntas do apresentador.
Como está o seu relacionamento com a imprensa?, pergunta a fera.
Há repórteres bons e maus. Eu prefiro muito mais me lembrar das pessoas sérias do que das outras.
Luis Carlos Rocha. Norma culta escrita: tentativa de caracterização.
No texto (meme) em análise, percebe-se que há situações de regência que estão em desacordo com a norma-padrão
formal. Assinale a alternativa que apresenta essas situações de acordo com a norma-padrão formal.
a) só assiste a canais religiosos – leva ao Mc Donald’s.
b) só assiste à canais religiosos – leva ao Mc Donald’s.
c) usa ao mesmo casaco – tem a todos os dentes.
d) usa ao mesmo casaco – tem à todos os dentes.
) nunca acerta ao seu nome – leva pro Mc Donald’s.
Guia de estudos
Cx m q
Na frente de números que indicam hora determinada. Quando a indicação de hora vier precedida das preposições “após”, “até”,
Ex.: Cheguei às três horas da tarde. “desde”, “entre” ou “para”. Ex.: Chegarei entre as 2 e 3 horas da tarde.
Na frente de nome de lugar que admita o uso do artigo feminino “a”. Na frente de nome de lugar que não admite o uso do artigo feminino“a”.
Ex.: Eu vou à Bahia. (Eu volto da Bahia.) Ex.: Eu vou a Salvador. (Eu volto de Salvador.)
Na expressão “às vezes” com sentido de “de vez em quando”. Na expressão “as vezes” com sentido de “momentos”, “ocasiões”.
Ex.: Às vezes, eu fico muito triste. Ex.: Fico triste todas as vezes que não te vejo.
Antes de palavras no plural especificadas por um artigo feminino. Antes de palavras no plural que têm sentido genérico e não são
Ex.: Refiro-me às cortinas da vovó. especificadas por um artigo feminino. Ex.: Refiro-me a cortinas de seda.
Em pratos culinários em que se subentende a expressão “à moda de”. Em pratos culinários em que não se subentende a expressão
Ex.: Adoro macarrão à bolonhesa. (Adoro macarrão à moda bolonhesa.) “à moda de”. Ex.: Não gosto de frango a passarinho.
Antes dos pronomes de tratamento “senhora”, “senhorita”, Antes da maioria dos pronomes de tratamento, exceto os casos em
“madame” e “dona”. Ex.: Peço perdão à senhorita. que a crase é obrigatória. Ex.: Peço perdão a Vossa Excelência.
Entre números, se antes do primeiro termo houver o artigo Entre números, se antes do primeiro número não houver o artigo
feminino “a”. Ex.: A prova será da sala à 10. feminino “a”. Ex.: A prova será de 4 a de março.
Outras ocorrências
Alguns casos especiais de uso da crase.
à Quando tiver o sentido de planeta do Sistema Solar, há crase. Ex.: O astronauta voltou à Terra.
à Quando for determinada numericamente, há crase. Ex.: Vi você à distância de 100 metros.
Diâcia
a Quando não for determinada numericamente, não ocorre crase. Ex.: Vi você a distância.
O acento grave também pode ser utilizado para desfazer problemas de ambiguidade, isto é, para trazer maior clareza
ao texto, como ocorre ao utilizarmos as locuções adverbiais a seguir.
y chia à/chia a
Com o sentido de ter o perfume da planta, há crase. Ex.: Ela cheira à flor.
Com o sentido de sentir, aspirar o perfume da planta, não possui acento indicativo de crase. Ex.: Ela cheira a flor.
y à i/a i
Com o sentido de período do dia, de tempo decorrido, há crase. Ex.: Ele chega à noite.
Com o sentido de anoitecer, não há acento indicativo de crase. Ex.: Ela vem a noite.
4. IFrs 2016 Em qual das alternativas abaixo o acento indicativo de crase está sendo usado de forma errD?
a) A campanha de auxílio às crianças foi bem-sucedida.
b) Pedimos à ela que justificasse suas afirmações.
c) O texto fazia referência ao mês, ao dia e à hora em que ocorreu o fato.
d) A caneta que estás usando é igual à que me foi roubada.
) Ela nunca se rendeu àquele charme forçado
5. uicb-DF 2014 Observe a charge abaixo e assinale a alternativa que contém assertivas verdadeiras.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas nas linhas , 12 e 19, nesta ordem.
a) às – à – a
b) as – à – a
c) às – à – à
d) às – a – à
) as – a – a
Guia de estudos
Frente 1
A quantidade de verbos determina o número de orações presentes em uma frase verbal: verbo = oração; ver-
bos= orações; e assim por diante.
O período pode ser classificado em simples (quando há somente uma oração) ou composto (quando é formado por
mais de uma oração). O período composto, por sua vez, pode ser organizado por um processo de coordenação, subor-
dinação ou misto (quando se misturam os dois).
A diferença básica entre um período composto por coordenação e um composto por subordinação é o grau de
independência ou dependência semântica entre as orações. Dizemos que as orações são coordenadas quando seus
sentidos estão completos (independentes) e que são subordinadas quando a dependência de sentidos entre as orações
fica evidente no enunciado.
As orações coordenadas podem ser organizadas na frase por conexão (com conjunção) ou por justaposição (sem
conjunção). Quando não têm conjunção, são chamadas açõ cdada aidéica e, quando têm esse conec-
tivo, recebem o nome de açõ cdada idéica. Estas podem evidenciar em textos cinco tipos de relações:
Se optarmos por construções sintáticas sem o uso da conjunção, é possível transmitir maior força de expressividade à
ideia que queremos apresentar, pois isso torna o texto mais enxuto e direto, ocasionando maior impacto sobre o leitor. O uso
do conectivo, de forma geral, pode trazer um efeito contrário àquilo que é enunciado, deixando a frase menos expressiva.
A escolha de utilizar ou não a conjunção em um período composto é do enunciador, porque essa ação reflete seus
interesses de menor ou maior expressividade no interior de determinada situação comunicativa.
adiiva alaiva
e, nem, não só... mas também, mas ainda ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, ou
um best-seller numa hora dessas. A Bíblia tem tudo para põem”) deve ser obrigatoriamente grafado com a
acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes per- letra “m” no final, pois concorda com um sujeito
sonagens, romance, o sexo em todas as suas formas, ação, composto (“Imagens do passado e do presente”).
4. Fv-sP Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo. É gordo e vermelho, como nas pinturas antigas; remexo as
brasas com o ferro, baixo um pouco a tampa de metal e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe. Abro: mais
intensos clarões vermelhos lambem o grande quarto e a grande cômoda velha parece regozijar-se ao receber a luz desse
honesto fogo. Há chamas douradas, pinceladas azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa, numa delicadeza de guache. Lá
no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus penachos brancos na noite escura; não é a lenha do
fogo, é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa, e vai partir no mar de chuva. Dentro, leva cálidos corações.
Rubem Braga
A mesma relação semântica assinalada pela conjunção e na frase “Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo”
encontra-se também em:
a) E, a cada dia, você tem mais lugares onde pode contar com a comodidade de pagar suas despesas com cartões
de crédito.
b) Realizada pela primeira vez em outubro do ano passado, a Semana de Arte e Cultura da USP tenta conquistar seu
espaço na agenda cultural de São Paulo.
c) Carro quebra no meio da estrada e casal pede ajuda a um motorista que passa pelo local.
d) Quisera falar com o ladrão, e nada fizera.
) E seu irmão Dito é o dono daqui?
5. Fv-sP Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha vida, achei um menino mais
gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma cousa de
seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrás, um pajem que nos deixava gazear
a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição, ou simplesmente
arruar, à toa, como dous peraltas sem emprego. E de imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas
festas do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma supre-
macia, qualquer que fosse. Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria
que... Suspendamos a pena; não adiantemos os sucessos. Vamos de um salto a 1822, data da nossa independência política,
e do meu primeiro cativeiro pessoal.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
Em “Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade.”, a palavra assinalada pode ser substituída, sem que haja
alteração de sentido, por:
a) mas sim.
b) de outro modo.
c) exceto.
d) portanto.
) ou.
6. uj
Além de funcionar como elemento de ligação entre termos de mesmo valor, o conectivo foi utilizado no texto, algu-
mas vezes, para exprimir o efeito de aceleração contínua.
Esse conectivo foi empregado para produzir tal efeito em:
a) “Que me sustenta, e mata, e que vai secretando o pensamento” (v. 7)
b) “E no alto as nuvens improvisando sem cessar.” (v. )
c) “E, cheios de esperança e medo,” (v. )
d) “Mistura, confunde e dispersa no ar...” (v. )
Guia de estudos
As orações coordenadas, no geral, são construções que evidenciam relações lógicas entre porções textuais, contri-
buindo para a coerência dos enunciados que produzimos.
Exercícios de sala
1. Famma-sP 2022 A conjunção e, a de maior frequência em Língua Portuguesa, mostra uma série de diferentes
valores semânticos.
Assinale a opção que apresenta a frase em que essa conjunção mostra valor concessivo.
a) O trem parou logo começaram a entrar os passageiros.
b) e como eu pulei com a vitória do meu time.
c) Vi que não tinha tempo desisti da viagem.
d) Notei que o menino cairia, não pude ajudar.
) Não fui aprovado eu li todos os livros indicados.
2. Leia a charge.
CAZO
3. uV-rJ 2022
Clocky, o implacável
Aí está a solução para o meu problema, pensou, tão logo ouviu falar no fantástico despertador inventado nos Estados
Unidos. Ele era daqueles que sempre querem dormir mais cinco minutos; só que esses cinco minutos facilmente transforma-
vam-se em uma hora. Resultado: estava sempre chegando atrasado ao emprego, o que lhe valera não poucas repreensões do
chefe. Mas um despertador que continuasse tocando, e mais, que tivesse de ser procurado, certamente resolveria o seu problema.
5 Que funcionava muito bem. Na verdade, funcionava melhor que o esperado. A cada manhã ele acordava sobressaltado
com o alarme e tinha de caçar o Clocky pelo apartamento, que não era grande, mas tinha milhares de esconderijos. Coisa
exasperante, mas, ele reconhecia, necessária: espantava completamente seu sono.
Uma manhã, contudo, Clocky ultrapassou todos os limites. Tocava como um demônio, e ia de peça em peça, seu dono
correndo atrás. Finalmente conseguiu encurralar o maldito no pequeno terraço do apartamento, situado no segundo andar.
10 E aí aconteceu o imprevisto; num gesto aparentemente desesperado, Clocky saltou pela amurada.
Lá embaixo a rua estava praticamente deserta. Só havia ali uma moça, aparentemente esperando um táxi. Ele desceu
correndo as escadas, ainda de pijama, e dirigiu-se até ela. Ia perguntar pelo Clocky, mas não o fez. Era tão linda, a jovem,
que ele esqueceu completamente o despertador e cumprimentou-a amavelmente. Ela sorriu, simpática...
Estão vivendo juntos, no apartamento dela. Mas de vez em quando, enquanto estão fazendo amor, ele ouve o alarme.
15 É o Clocky, certamente, o implacável Clocky. Escondido, mas ainda por perto.
Moacyr Scliar. Histórias que os jornais não contam.
Rio de Janeiro: Agir, 2009.
Ele era daqueles que sempre querem dormir mais cinco minutos; só que esses cinco minutos facilmente transformavam-se
em uma hora. (linhas e )
A relação estabelecida entre as duas partes da frase assume o valor de:
a) comparação
b) adversidade
c) causalidade
d) explicação
4. FCMsCsP 2018 (dap.) Leia o texto de Marcelo Lopes de Souza para responder à questão.
A resposta padrão à pergunta O que é desenvolvimento? gira em torno da aceitação de que desenvolvimento e desen-
volvimento econômico são sinônimos. Para muitos, esta é, ainda hoje, uma associação óbvia e imediata: tão óbvia e tão
imediata que qualquer desconfiança a propósito de sua validade soa como uma impertinência. Seja lá como for, o presente
autor tem sido, a esse respeito, radicalmente impertinente, tendo sua recusa da associação reducionista entre desenvolvi-
mento e desenvolvimento econômico sido insistentemente martelada em vários trabalhos publicados anteriormente. Por que,
entretanto, valeria a pena correr os riscos de semelhante afronta à opinião corrente?
Principie-se pelo esclarecimento do que seja desenvolvimento econômico. Ora, esse não se refere a outra coisa que
não ao aumento da capacidade de uma sociedade produzir mais bens e de uma maneira melhor (isto é, produtos melhores
produzidos mais eficientemente), de modo a satisfazer necessidades humanas. Logo, ele diz respeito, na melhor das hipóteses,
a meios para atingirem maiores qualidade de vida, justiça social etc. e não a fins.
No entanto, sob a guarida de uma certa ideologia do desenvolvimento, ainda hoje hegemônica, privilegia-se, na concei-
tuação de desenvolvimento, exatamente sua dimensão econômica, levando a que se entronize um conceito que se define
antes pelos meios, mediante os quais se pode aprimorar o modelo social capitalista, do que pelos fins que, de um ponto de
vista social geral, deveriam nortear e dar concretude à expressão mudança para melhor. A referida ideologia, saliente-se,
encobre interesses vinculados ao verdadeiro fim, que é a perpetuação desse modelo e, nesse contexto, dos benefícios de
determinados grupos ou classes.
O desafio metropolitano, 2000.
No contexto em que se encontra (2º parágrafo), a conjunção destacada introduz uma oração que expressa ideia de
a) finalidade.
b) condição.
Frente 1
c) conclusão.
d) causa.
) explicação.
6. uFu-Mg 2021 (dap.) Nos bons velhos tempos dos suplementos literários dominicais, havia no Rio um colaborador
modesto, mas assíduo de todos eles, famoso ou notório porque seus artigos sempre começaram com a mesma frase e com
origem dos tempos. Pediram a ele uma nota sobre o último concerto sinfônico com obras de Beethoven e Berlioz, e ele co-
meçou: ‘Já na Grécia antiga...’ Mas, quando pediram a ele um artigo sobre o conto contemporâneo no Ceará, ele começou
assim: ‘Já na Grécia antiga...’. Seguindo esse grande exemplo, eu poderia iniciar o presente texto sobre A interpretação
dos sonhos de Sigmund Freud com as palavras: ‘Já no Egito antigo...’, pois sempre houve esses livrinhos de interpretação dos
sonhos para o uso da copa e cozinha.
CARPEAUX, Otto Maria. A interpretação dos sonhos de Sigmund Freud. In: SEIXAS, Heloisa (Org.). As obras-primas que poucos leram. v. 4.
Rio de Janeiro: Editora Record, 2006. p. 58. (Fragmento adaptado)
Explique o efeito do uso do termo “Mas” no seguinte trecho recortado do fragmento acima: “Pediram a ele uma nota
sobre o último concerto sinfônico com obras de Beethoven e Berlioz, e ele começou: ‘Já na Grécia antiga...’. Mas,
quando pediram a ele um artigo sobre o conto contemporâneo no Ceará, ele começou assim: ‘Já na Grécia antiga...’”.
Guia de estudos
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2
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FRENTE 2
AULA 37
y No começo do século XX, jovens artistas brasileiros proletariado, este último constituído, em boa parte,
viajavam para a Europa em busca de qualificação e por imigrantes italianos, alemães e espanhóis.
aprendizado técnico, estabelecendo um intercâmbio y A necessidade de definir uma identidade nacional
cultural que terminaria por fazer chegar ao Brasil as para o Brasil mobilizou todo o trabalho dos modernis-
novas ideias que se agitavam no mundo das artes. tas, colocando em evidência traços importantes que
Apintora Anita Malfatti foi, entre os artistas brasileiros, marcaram definitivamente nossa cultura.
pioneira ao apresentar uma exposição de pinturas y O projeto estético da primeira fase do Modernismo
modernas em 1917. visava à libertação da arte dos padrões anteriores e
y Dos muitos nomes que compuseram a linha de fren- à total liberdade de criação, com enfrentamentos de
te modernista, destacam-se os escritores paulistanos diversas ordens, despertando o comportamento he-
Oswald de Andrade e Mário de Andrade; somou-se a roico dos artistas que clamavam por uma revolução.
eles o escritor pernambucano Manuel Bandeira, cuja y A sm d a Md, o grande evento que vei-
obra poética permanece como a mais bem-acabada culou as ideias modernistas, aconteceu nos dias 13, 15
e original desse primeiro momento do Modernismo. e 17 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São
y O mundo passava por importantes transformações de- Paulo e contou com a participação de artistas plásticos,
correntes das guerras, como a mudança de núcleos arquitetos, escritores e músicos. Esses artistas apre-
econômicos e a ascensão dos Estados Unidos ao pano- sentaram suas obras, mas o público presente, no geral,
rama global de decisões político-econômicas e culturais. estava pouco afeito a absorver as propostas inovadoras.
Isso gerou uma grande instabilidade quanto aos papéis y A exemplo do que marcou as tendências vanguardistas
que poderiam ser exercidos pelos países na nova con- europeias, os artistas brasileiros também se posiciona-
juntura mundial, inclusive pelo Brasil. ram, não só por meio das obras literárias modernistas,
y Com o desgaste da política do café com leite, o Brasil mas também com a publicação de manifestos, es-
também exigia novas definições nesse âmbito por pecialmente o Mif P-Bil, de 1924, e o
meio de um processo de renovação impulsionado Mif apóf, de 1928, ambos escritos por
pela burguesia industrial, pela classe média e pelo Oswald de Andrade.
Frente 2
Guia de estudos
Exercícios de sala
1. ueL-Pr 2017 Leia o texto a seguir. ) A utilização da temática indígena configurava um
No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói projeto nacional de busca dos valores nativos para
de nossa gente. Já na meninice fez coisas de sarapantar. a formação da identidade brasileira, na época.
De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Se o b) Como herói indígena, Macunaíma difere das re-
incitavam a falar, exclamava: – Ai que preguiça!... e não presentações românticas, já que ele figura como
dizia mais nada. Quando era pra dormir trepava no ma- um anti-herói, um personagem de ações valoro-
curu pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a sas, mas também vis.
rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava c) Macunaíma se insere no racismo corrente no iní-
quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então cio do século XX, que via uma animalidade no
adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estram- indígena, considerado coisa, e não gente.
bólicas e dava patadas no ar. d) O indígena foi considerado pelos modernistas
(Adaptado de: ANDRADE, M. Macunaíma. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 7.) como único representante da identidade brasi-
Enquanto produção cultural, o Modernismo procurava leira, pois sua cultura era vista como pura e sem
reconhecer as identidades que formavam o povo brasi- interferência de outros povos.
leiro. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, ) O trecho reafirma a característica histórico-antropo-
a presença da temática indígena no movimento, tendo lógica do patriarcado brasileiro, que compreendia
por modelo o romance de Mário de Andrade. o indígena como um incivilizado puro e ingênuo.
Frente 2
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 12
I. Leia as páginas de 143 a 145. III. Faça os exercícios propostos de 20 a 22.
II. Faça os exercícios 6 e 7 da seção “Revisando”.
Exercícios de sala
1. PuC-Cmpi 201 Um espelhamento multiplicativo e fragmentário da vida moderna já está representado nos
manifestos do modernismo de , nos quais Mário de Andrade e Oswald de Andrade defendiam, em linguagem re-
cortada, pontos revolucionários de uma nova estética, de que é exemplo este fragmento do Manifesto Antropófago:
) Não me importa a beleza: quero distrair-me com aventuras, duelos, viagens, odisseias, questões em que os bons
triunfam e os malvados acabem por ser devidamente justiçados.
b) Sou pouco afeiçoado à natureza, que em mim se reduz quase que a uma paisagem moral, íntima, em dois ou três
tons, só que latejante em todas as suas partículas.
c) Penso que a poesia deve propor não só um conhecimento mas ainda uma transfiguração da condição humana,
elevando-nos a um plano espiritual cada vez mais alto.
d) Enfim, a poesia é revolucionária graças à sua essência cristã, essência cristã que sempre existiu mesmo nos ver-
dadeiros poetas anteriores a Cristo.
) As migrações. A fuga dos estados tediosos. Contra as escleroses urbanas. Contra os Conservatórios e o tédio especulativo.
2. up 2021 Para Oswald, o primitivo estará associado ao pensamento selvagem como questionamento do pensamento
iluminista e como proposta de valorização do pensamento selvagem local ao qual viria se acrescentar a incorporação con-
temporânea da técnica.
(Viviana Gelado. Poéticas da transgressão: vanguarda e cultura popular nos anos 20 na América Latina, 2006.)
O primitivismo expresso no “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, lançado por Oswald de Andrade em , pode ser
associado à
) rejeição da influência cultural estrangeira e da ideologização na produção artística.
b) recusa do experimentalismo estético e dos discursos de resgate das tradições locais.
c) defesa dos princípios ilustrados e da renovação técnica proporcionada pela sociedade de fábrica.
d) celebração da originalidade nativa e da modernização tecnológica.
) perspectiva rousseauniana do bom selvagem e do primado do pensamento lógico-racional.
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 12
I. Leia as páginas 145 e 146. III. Faça os exercícios complementares 9 e 13.
II. Faça o exercício proposto 9.
Manuel Bandeira.
y Ml Bdi foi o primeiro grande poeta modernista brasileiro a ter sua obra reconhecida e valorizada para além
do ruidoso âmbito revolucionário da Semana de Arte Moderna de 22. Ele absorveu as tendências modernistas e van-
guardistas em sua obra, manteve contato permanente com os artistas mais jovens e participou, mesmo não estando
presente, da Semana de Arte Moderna, com a leitura de seu notório poema “Os sapos”.
y Os primeiros poemas de Bandeira ainda carregam marcas das estéticas anteriores, mas neles já se pode perceber
inquietações que, em alguma medida, antecipavam as questões modernas.
y A libertação dos padrões, a composição de imagens no espaço gráfico do poema, a expressão aberta do verso livre
e o surgimento de ritmos imprevistos foram incorporados à poética de Manuel Bandeira.
y A forma sensível de se expressar associada à manutenção da relação com as poéticas anteriores tornam claro seu objeto
poético principal: perseguir a beleza e expressividade para o poema, e não somente aderir a novas propostas estéticas.
y Manuel Bandeira é o poeta da “md dz”, pois, ao tratar de coisas simples e banais em seus poemas,
elevou o prosaico ao sublime poético, percebendo, pelo olhar sensível e atento, a complexidade na simplicidade.
y Em sua poesia, Bandeira imprime dados biográficos, lembranças e preocupações pessoais. Esses elementos, como
os obstáculos em decorrência de sua saúde precária e das doenças que sempre o acompanharam, tornam-se essen-
ciais para o entendimento da melancolia presente em toda a sua obra.
y Entre as escritas poéticas de Bandeira, destacam-se os livros Libertinagem e Estrela da manhã.
Exercícios de sala
1. FCMsCsP 2020 (adp.) Leia o poema de Manuel Bandeira.
Minha terra
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Frente 2
Que sentimento expressa o eu lírico após rever Recife? Transcreva o trecho do poema que conrma sua resposta.
2. UCS-RS 2021 A tuberculose é um grave problema de saúde pública e milhares de pessoas ainda adoecem e morrem devido
às suas complicações. É importante ressaltar que o Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo e, desde
2003, a doença é considerada como prioritária na agenda política do Ministério da Saúde. Embora o tratamento seja gratuito
e assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda existem barreiras e nem todos têm acesso. Infelizmente, observam-
-se milhares de novos casos e óbitos, por ano, no Brasil.
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/brasil_livre_tuberculose_plano_nacional.pdf. Acesso em: 12 fev. 2020. (Parcial e adaptado.)
O escritor Manuel Bandeira descobriu-se tuberculoso aos 18 anos, razão pela qual teve de abandonar os estudos de
Engenharia e internar-se para tratamento. Durante esse período, Bandeira iniciou sua atividade literária, produzindo
alguns poemas sobre essa temática, como o que segue.
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
– Diga trinta e três. – Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
– Respire.
………………………………………………………………….
– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
Disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-pneumotorax-manuel-bandeira. Acesso em: 20 jun. 2020.
A partir de seus conhecimentos sobre Literatura, e da leitura do texto apresentado, assinale a alternativa correta.
a) Manuel Bandeira destaca-se pela capacidade de captar situações comuns do dia a dia – como a própria doença –
e recriá-las, lírica e poeticamente, por meio de uma linguagem simples.
b) Manuel Bandeira, modernista inovador, destaca-se pelo preciosismo vocabular, pela incorporação do espírito
da “arte pela arte”, ausência de sentimentalismo e preocupação com a técnica, como se verifica no poema
“Pneumotórax”.
c) Manuel Bandeira, poeta da a geração modernista, não escrevia sobre angústias e conflitos de natureza univer-
sal, como, por exemplo, o medo da morte.
d) Manuel Bandeira, no poema “Pneumotórax”, relaciona concretamente alguns sintomas de sua doença, negando
o lirismo presente no cotidiano.
e) Manuel Bandeira viveu doente e à espera da morte, por isso nunca explorou temáticas relacionadas a angústias
e dramas universais, como, por exemplo, a paixão pela vida ou o amor.
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 12
I. Leia as páginas de 146 a 149. III. Faça os exercícios complementares 23 e 24.
II. Faça o exercício proposto 15.
Frente 2
Coração numeroso
Foi no Rio.
Eu passava na Avenida quase meia-noite.
Bicos de seio batiam nos bicos de luz estrelas inumeráveis.
Havia a promessa do mar
e bondes tilintavam,
abafando o calor
que soprava no vento
e o vento vinha de Minas.
0 Língua Portuguesa AULA 41 Modernismo no Brasil: Carlos Drummond de Andrade e a poesia gauche
Texto para as questões 2 e 3.
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
2. Fv-sP 2016 Tendo em vista que o poema de Drummond contém referências a aspectos geográficos e históricos
determinados, considere as seguintes afirmações:
I. O poeta é “de ferro” na medida em que é nativo de região caracterizada pela existência de importantes jazidas
de minério de ferro, intensamente exploradas.
II. O poeta revela conceber sua identidade como tributária não só de uma geografia, mas também de uma história,
que é, igualmente, a da linhagem familiar a que pertence.
III. A ausência de mulheres de que fala o poeta refere-se à ampla predominância de população masculina, na zona
de mineração intensiva de que ele é originário.
Está correto o que se afirma em
) I, somente.
b) III, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
) I, II e III.
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 13
I. Leia as páginas 174 e 175. III. Faça o exercício complementar 1.
II. Faça o exercício proposto 7.
Poesia metafísica
y A poesia metafísica de Drummond é sentida a partir
do momento em que o discurso poético do autor se
Carlos Drummond de Andrade.
torna mais denso e abstrato, concentrando-se em te-
mas mais universais, como os mistérios da vida, do
Poesia social tempo, da morte e da velhice.
y Ao longo da década de 1940, a poesia de Drummond y O livro Claro enigma introduz na poesia de Drummond
demonstrou grande interesse pelos problemas sociais, certo rigor na composição formal, em poemas com
expressando liricamente uma preocupação com os ru- tons carregadamente filosóficos, mas com versos en-
mos desencontrados do mundo ocidental, marcado por raizados nos elementos da experiência cotidiana.
Exercícios de sala
Leia o poema em prosa “O enigma”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões 1 e 2.
As pedras caminhavam pela estrada. Eis que uma forma obscura lhes barra o caminho. Elas se interrogam, e à sua expe-
riência mais particular. Conheciam outras formas deambulantes, e o perigo de cada objeto em circulação na terra. Aquele,
todavia, em nada se assemelha às imagens trituradas pela experiência, prisioneiras do hábito ou domadas pelo instinto
imemorial das pedras. As pedras detêm-se. No esforço de compreender, chegam a imobilizar-se de todo. E na contenção
desse instante, fixam-se as pedras — para sempre — no chão, compondo montanhas colossais, ou simples e estupefatos e
pobres seixos desgarrados.
Mas a coisa sombria — desmesurada, por sua vez — aí está, à maneira dos enigmas que zombam da tentativa de in-
terpretação. É mal de enigmas não se decifrarem a si próprios. Carecem de argúcia alheia que os liberte de sua confusão
amaldiçoada. E repelem-na ao mesmo tempo, tal é a condição dos enigmas. Esse travou o avanço das pedras, rebanho
desprevenido, e amanhã fixará por igual as árvores, enquanto não chega o dia dos ventos, e o dos pássaros, e o do ar pulu-
lante de insetos e vibrações, e o de toda vida, e o da mesma capacidade universal de se corresponder e se completar, que
sobrevive à consciência. O enigma tende a paralisar o mundo.
Talvez que a enorme Coisa sofra na intimidade de suas fibras, mas não se compadece nem de si nem daqueles que
reduz à congelada expectação.
Ai! de que serve a inteligência — lastimam-se as pedras. Nós éramos inteligentes; contudo, pensar a ameaça não é
removê-la; é criá-la.
2 Língua Portuguesa AULA 42 Modernismo no Brasil: Carlos Drummond de Andrade e a poesia social e metafísica
Ai! de que serve a sensibilidade — choram as pedras. Nós éramos sensíveis, e o dom da misericórdia se volta contra
nós, quando contávamos aplicá-lo a espécies menos favorecidas.
Anoitece, e o luar, modulado de dolentes canções que preexistem aos instrumentos de música, espalha no côncavo, já
pleno de serras abruptas e de ignoradas jazidas, melancólica moleza.
Mas a Coisa interceptante não se resolve. Barra o caminho e medita, obscura.
(Poesia 1930-62, 2012.)
FRENTE 2
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 13
I. Leia as páginas 175 e 176. III. Faça o exercício complementar 11.
II. Faça os exercícios propostos 15 e 16.
y Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poe- y Vinicius de Moraes exerceu carreira diplomática, mas
sias, Espectro, aos 18 anos. Foi jornalista e professora, sempre se dedicou à poesia e ao teatro. A partir das
exercendo um papel importante na área da educação, décadas de 1950 e 1960, passou a focar predominante-
e também trabalhou produzindo poemas voltados mente na música, firmando-se como letrista de canções.
para o público infantil. y A poesia de Vinicius é marcada pelo resgate de for-
y Sua personalidade literária é identificada por expres- mas tradicionais, como o soneto, e se caracteriza pela
sar liricamente os sentimentos íntimos da alma, com linguagem simples e de forte apelo emocional, reno-
certo distanciamento em relação às temáticas mais vando a temática amorosa.
próximas da realidade imediata. Os temas recorrentes y O escritor teve um primeiro momento poético marcado
da poesia de Cecília são a transitoriedade da vida, o in- por temas do cristianismo, com presença frequente
finito, o amor, a natureza, a solidão e a criação artística. de elementos místicos e transcendentais, mas logo
y Cecília se manteve conectada com a tradição lírica sua poesia se fez notar pela aproximação com o mun-
luso-brasileira, renovando-a quanto ao vasto uso do do material e pela exploração de temas cotidianos.
léxico da linguagem e dos ritmos da poesia. É possível
observar, também, sua inclinação ao Simbolismo, es-
pecialmente quando se pode constatar em sua lírica a
frequência de elementos como água, mar, ar, tempo,
vento, solidão e música.
y Muitos críticos consideram a obra Romanceiro da
Inconfidência como o ponto mais alto da produção de
Cecília Meireles. O livro é composto de poemas titula-
dos e numerados que a autora denominou “romances”,
nos quais é apresentada uma importante investigação
poética acerca da história das Minas Gerais do século
XVIII e, especialmente, dos episódios relacionados à
Inconfidência Mineira.
d) sonoridade ruidosa nos ares e significado estável ) A partir da leitura do Texto 1, determine o estilo
no papel. de época a que ele pertence, destacando dois
) lirismo irrefletido da poesia e peso justo dos aspectos que confirmam a sua resposta.
acontecimentos.
2. PuC-ri 2017
tx 1
b) Indique o gênero literário predominante nos poemas
Soneto VI de Cláudio Manuel da Costa e Vinicius de Moraes,
Brandas ribeiras, quanto estou contente justificando com aspectos que o caracterizam.
De ver-nos outra vez, se isto é verdade!
Quanto me alegra ouvir a suavidade,
Com que Fílis entoa a voz cadente!
Frente 2
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 13
I. Leia as páginas de 176 a 178. III. Faça os exercícios propostos 19 e 24.
II. Faça os exercícios 4 e 5 da seção “Revisando”.
y O poeta alagoano Jorge de Lima se lançou à vida po- y Murilo Mendes, mineiro, publicou seus primeiros
lítica, mas sempre esteve ligado à produção literária, poemas na década de 1920 e, em 1930, publicou
escrevendo seus textos e mantendo contato com es- Poemas, seu primeiro livro.
critores, especialmente com os do grupo regionalista y A extensa produção literária de Murilo Mendes carac-
do Recife. teriza-se por uma enorme variedade formal e aponta
y Inicialmente, produziu obras de cunho parnasianis- para uma permanente revisão crítica do seu próprio
ta, mas aderiu aos versos livres e aos preceitos do processo artístico. O poeta buscou acompanhar e
Modernismo. Retomou, em alguma medida, o ideário compreender todas as tendências pelas quais passou
romântico e mergulhou na simbologia bíblica e na a poesia brasileira e participar delas, desde a Semana
mitologia clássica, desenvolvendo sua poesia de ma- de Arte Moderna até o ano de sua morte, em 1975.
neira própria. y Além de Poemas, destacam-se na obra de Murilo Mendes
y Em certos momentos de sua produção, Jorge de Lima os livros A poesia em pânico e As metamorfoses.
inseriu o negro e as adversidades do povo escraviza-
do. O livro Poemas negros, de 1937, traz um de seus
poemas mais conhecidos, “Essa negra Fulô”.
2. uii-rs 2016 Das alternativas a seguir, escolha aquela que apresenta duas características do Modernismo bra-
sileiro, observadas no texto de Jorge de Lima.
) Exaltação da figura feminina como um ser inatingível e uso de uma linguagem coloquial.
b) Recuperação de dados históricos e presença de alegorias.
c) Viés nacionalista e idealização da figura do negro.
d) Temática popular e desconstrução da estrutura da poesia clássica.
) Exaltação da natureza e crítica à sociedade da época.
Quinze de Novembro
Deodoro todo nos trinques
Bate na porta de Dão Pedro Segundo.
— Seu imperado, dê o fora que nós queremos tomar conta desta bugiganga.
Mande vir os músicos.
O imperador bocejando responde:
— Pois não meus filhos não se vexem
me deixem calçar as chinelas
podem entrar à vontade:
só peço que não me bulam nas obras completas de Victor Hugo.
MENDES, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
A poesia de Murilo Mendes dialoga com o ideário poético dos primeiros modernistas. No poema, essa atitude mani-
festa-se na
) releitura irônica de um fato histórico.
b) visão ufanista de um episódio nacional.
c) denúncia implícita de atitudes autoritárias.
d) isenção ideológica do discurso do eu lírico.
) representação saudosista do regime monárquico.
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 13
I. Leia as páginas de 178 a 181. III. Faça os exercícios complementares 32, 34 e 35.
II. Faça os exercícios de 6 a 8 da seção “Revisando”.
Exercícios de sala
1. Leia os textos a seguir: 2. Leia a citação de Graciliano Ramos:
Bruxa de pano com olhos de linha preta, assim mes- Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às
mo acha que tem tudo, não quer ouro nem fortuna, nem voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas,
amantes, nem poder. [...] Emília, meu exemplo e minha nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei,
aspiração, tantas vezes meu raio de sol asneirento, faísca ainda nos podemos mexer.
de liberdade, de coragem e de insolência, minha mestra RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio de Janeiro: Record, 2013.
e meus amores — Emília, Marquesa de Rabicó...
No trecho apresentado, o autor compara a gramática
QUEIROZ, Rachel de. Os heróis. O Estado de S.Paulo. 30 nov. 1992.
à lei. Descreva como essa relação é estabelecida no
[...] contexto do Modernismo e das obras regionalistas.
Atrevida, sagaz, contestadora e inteligente, a escrito-
ra cearense Rachel de Queiroz chegou a ser comparada
à personagem Emília, de Monteiro Lobato, por Ariano
Suassuna.
BRAGA, Lauriberto. Rachel de Queiroz. Folha de S.Paulo, [s. d.].
Disponível em: http://escritores.folha.com.br/rachel_queiroz-biografia.html.
Acesso em: 9 fev. 2015.
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 14
I. Leia as páginas de 212 a 214.
II. Faça os exercícios 1 e 2 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 1 e 3.
Exercícios de sala
1. em PPL 2015
tx I
Quem sabe, devido às atividades culinárias da esposa, nesses idílios Vadinho dizia-lhe “Meu manuê de milho verde, meu
acarajé cheiroso, minha franguinha gorda”, e tais comparações gastronômicas davam justa ideia de certo encanto sensual e
caseiro de dona Flor a esconder-se sob uma natureza tranquila e dócil. Vadinho conhecia-lhe as fraquezas e as expunha ao sol,
aquela ânsia controlada de tímida, aquele recatado desejo fazendo-se violência e mesmo incontinência ao libertar-se na cama.
AMADO, J. Dona Flor e seus dois maridos. São Paulo: Martins, 1966.
tx II
As suas mãos trabalham na braguilha das calças do falecido. Dulcineusa me confessou mais tarde: era assim que o
marido gostava de começar as intimidades. Um fazer de conta que era outra coisa, a exemplo do gato que distrai o olhar
enquanto segura a presa nas patas. Esse o acordo silencioso que tinham: ele chegava em casa e se queixava que tinha um
botão a cair. Calada, Dulcineusa se armava dos apetrechos da costura e se posicionava a jeito dos prazeres e dos afazeres.
COUTO, M. Um do chamado tempo, uma casa chamada terra. São Paulo: Cia. das Letras, 2002.
50 Língua Portuguesa AULA 46 O romance regionalista do Modernismo: Jorge Amado e Erico Verissimo
Tema recorrente de Jorge Amado, a figura feminina aparece, no fragmento, retratada de forma semelhante à que
se vê no texto do moçambicano Mia Couto. Nesses dois textos, com relação ao universo feminino em seu contexto
doméstico, observa-se que
) o desejo sexual é entendido como uma fraqueza moral, incompatível com a mulher casada.
b) a mulher tem um comportamento marcado por convenções de papéis sexuais.
c) à mulher cabe o poder da sedução, expresso pelos gestos, olhares e silêncios que ensaiam.
d) a mulher incorpora o sentimento de culpa e age com apatia, como no mito bíblico da serpente.
) a dissimulação e a malícia fazem parte do repertório feminino nos espaços público e íntimo.
2. uicmp-sP 2017
“São Francisco botava o dedo nas feridas dos leprosos. Mas é que ele era um santo, fazia milagres, e ela é simplesmente
Doralice Leitão Leiria, um ser humano como qualquer outro.”
VERISSIMO, Erico. Caminhos cruzados. São Paulo: Companhia de Bolso, 2016. p. 77.
“— Queres seguir a política? Então? Procura imitar Bismarck! Haverá padrão melhor?”
Idem, p. 290.
Os fragmentos apresentados captam um dos traços principais de Caminhos cruzados no que diz respeito à identida-
de narrativa das personagens. Considerando o conjunto do romance, tal traço consiste em uma
) percepção de que a necessidade de status na vida social e a produção de desejos políticos e religiosos nascem
da cópia de um modelo consagrado.
b) afirmação, por meio do narrador, da necessidade de protagonistas bem construídos para o êxito da narrativa
ficcional.
c) recusa dos modelos bem-sucedidos na vida social, pois eles constrangem a imaginação artística e moral dos
romancistas.
d) representação literária da condição humana, que não necessita de figuras imaginárias para atribuir sentido à vida
religiosa e política.
Frente 2
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 14
I. Leia as páginas de 215 a 217. III. Faça os exercícios propostos 15 e 16.
II. Faça o exercício 3 da seção “Revisando”. IV. Faça os exercícios complementares 23 e 24.
POST, Frans. Engenho com capela, 1667. Óleo sobre madeira, 41 × 53 cm. Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, São Paulo.
2. uFPr 201 Acerca dos personagens de Fogo morto, considere as afirmativas a seguir:
. O mestre José Amaro é um homem pobre que vive no Santa Fé, mas não é empregado lá, trabalha por conta
própria, o que não faz dele um homem independente, já que o proprietário exige que ele saia da casa que ocupa
no engenho.
. O coronel Lula de Holanda faz parte de uma longa linhagem de senhores de engenho, donos há gerações do
engenho Santa Fé, que, ao final do romance, estará de fogo morto.
. Apesar da distância social que as separa, tanto a filha de José Amaro quanto a do coronel Lula de Holanda vivem
em isolamento e terminam por enlouquecer.
4. O capitão Vitorino Carneiro da Cunha grita o tempo todo que é um homem que não se submete ao poder de
ninguém, mas na verdade cede ao comando do cangaceiro, o capitão Antônio Silvino.
Assinale a alternativa correta.
) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
Frente 2
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 14
I. Leia as páginas 217 e 218. III. Faça os exercícios complementares 19 e 20.
II. Faça os exercícios propostos de 20 a 22.
Exercícios de sala
1. uePg-Pr 2021 A respeito do romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, assinale o que for correto.
O título Vidas Secas pode ser visto como um oxímoro que comporta duas dimensões: a secura do sertão (falta
de água e, por consequência, de vida – animais e vegetação) e a “secura” das vidas de Fabiano e sua família:
pessoas pobres em nível econômico, linguístico e social, que lutam todos os dias para driblar a morte.
Em cada capítulo do livro, o foco narrativo molda-se à visão de mundo de cada personagem, ou seja, mesmo
sendo um narrador em terceira pessoa, o foco narrativo é deslocado para o ponto de vista de Fabiano, Sinhá
Vitória e dos filhos do casal. Um exemplo claro dessa conduta narrativa pode ser visto no capítulo “O menino
mais novo”, em que o narrador se detém na visão de mundo de uma criança que se diverte com sua imaginação
fértil nos espaços da fazenda: “[...] espiando o céu cheio de nuvens brancas. Algumas eram carneirinhos, mas
desmanchavam-se e tornavam-se bichos diferentes” (RAMOS, 2010, p. 51).
2. uPF-rs 2017 O foco narrativo do(a) _________________, adotado por Graciliano Ramos, em Vidas secas, revela-se
uma escolha estratégica, por parte do autor, no sentido de __________ a distância entre o leitor urbano e o universo
das diferentes personagens, em cujas mentes o discurso localiza, alternadamente, o leitor.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da afirmação anterior.
) narrador onisciente neutro / ampliar.
b) “eu” como testemunha / anular.
c) narrador onisciente neutro / reduzir.
d) “eu” como testemunha / ampliar.
) onisciência seletiva múltipla / reduzir.
Frente 2
Guia de estudos
Língua Portuguesa • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 14
I. Leia as páginas de 219 a 221. III. Faça os exercícios propostos 29 e 32.
II. Faça os exercícios de 5 a 8 da seção “Revisando”.
ÚN
E SUAS TECNOLOGIAS
NTE
FRE
INTERPRETAÇÃO
DE TEXTO
Luis Molinero/Shutterstock.com
FRENTE ÚNICA
AULA 19
Sentido implícito
Conceito base
O sentido implícito é aquele que não está enunciado claramente, mas foi pretendido pelo enunciador. Muitas vezes,
as informações implícitas são tão óbvias que o enunciador simplesmente opta por não apresentá-las. Em outras situações,
porém, as ideias implícitas são fundamentais para compreender uma mensagem.
Pensando nisso, veja a tirinha de André Dahmer a seguir:
André Dahmer
O efeito de humor da tirinha deve-se ao segundo e terceiro quadros. A resposta para a pergunta feita pela persona-
gem está implícita no contexto e, sem ela, seria praticamente impossível compreender completamente o sentido do texto.
Considerando o contexto e com base em um conhecimento básico da história do Brasil, é possível concluir que quem
inventou o avião foi um brasileiro, Santos Dummont. Essa informação implícita reforça a tese levantada pela personagem
do primeiro quadro, contrapondo à resposta dada pela personagem do segundo quadro.
Pressuposto
É o sentido implícito mais facilmente percebido em uma sentença, na maior parte dos casos. É gerado a partir de uma
palavra ou expressão do enunciado e, por conta disso, o enunciador da mensagem não pode negar que o tenha pretendido.
Veja o exemplo a seguir:
Um professor se aproxima do aluno e pergunta:
— Você está fora da sala de aula novamente?
O advérbio “novamente” cria a ideia de que aquele aluno já havia deixado a sala de aula outras vezes e, mais do que
isso, o professor tinha ciência de suas faltas.
Subentendido
Diferentemente do pressuposto, o sentido subentendido não é marcado em uma palavra do enunciado e surge apenas
no contexto. Por esse motivo, não é tão simples percebê-lo, e sua interpretação exige mais cuidado do leitor.
Veja:
Um jovem se aproxima de outro no corredor de uma faculdade e pergunta:
— Você tem isqueiro?
— Não, não tenho. E não é permitido fumar em lugares fechados.
— Eu não fumo. Quero o isqueiro para levar ao laboratório de química.
Esse desencontro dialogal ocorre porque o segundo rapaz interpreta que a pergunta sobre o isqueiro se deve ao
fato de o colega querer acender um cigarro. O desfecho, porém, gera um aspecto de ambiguidade: pode-se dizer que
o primeiro rapaz realmente queria o isqueiro para uma aula de química ou que ele disse isso apenas porque se sentiu
afrontado pela advertência do colega.
Guia de estudos
FRENTE ÚNICA
Ambiguidade semântica
É criada a partir do contexto do enunciado. Na maior parte das vezes, o enunciador pretende criar esse tipo de am-
biguidade e busca um efeito de sentido com ela. Gêneros literários, como a tirinha, a charge e a propaganda costumam
fazer uso desse tipo de ambiguidade com a intenção de gerar humor e críticas.
Duplo sentido
Corresponde a uma dupla articulação criada em uma palavra ou expressão. Essa dupla articulação pode aparecer
com sentido literal ou figurado, dependendo do contexto. Veja o exemplo a seguir:
Polissemia
A polissemia corresponde à capacidade de um mesmo vocábulo apresentar dois ou mais sentidos possíveis, previstos
pelo dicionário para o mesmo verbete. Na maior parte das vezes, as diferentes definições da palavra possuem alguma
ideia em comum.
Para exemplificar esse conceito, analise a tirinha de Mafalda a seguir:
Guia de estudos
FRENTE ÚNICA
Ambiguidade sintática
É gerada a partir da estrutura do enunciado. Na maior parte das vezes, o enunciador não pretende criar esse tipo de
ambiguidade e, por esse motivo, ela costuma ser relacionada a uma falha textual. Em exames vestibulares, a ambiguidade
acidental é frequentemente ilustrada em gêneros não literários, como notícias jornalísticas, artigos acadêmicos e manuais
de instrução.
Nesse exemplo, o qualificador “com jaqueta” pode ser associado à menina ou ao menino.
Posição pronominal
Apresenta características semelhantes à ambiguidade anterior e surge porque um pronome pode se referir simulta-
neamente a dois substantivos. Veja o exemplo:
Na sentença anterior, fica indefinido quem estava furioso, se era o jornalista ou o entrevistado.
Elipse
Eventualmente, elipses mal organizadas podem criar ambiguidade. Leia a frase a seguir:
Veja que o exemplo não deixa claro quem era o chefe de cozinha: seria o enunciador ou seu amigo?
Exercícios de sala
1. Unesp 2022
“MACÁRIO: Desate a mala de meu burro e tragam-ma aqui...
A VOZ: O burro?
MACÁRIO: A mala, burro!
A VOZ: A mala com o burro?
MACÁRIO: Amarra a mala nas tuas costas e amarra o burro na cerca.”
Para produzir o efeito cômico desse diálogo, o autor lança mão do recurso expressivo denominado
a) antítese: a oposição, numa mesma expressão ou frase, de duas palavras ou de dois pensamentos de sentidos
contrários.
b) eufemismo: o emprego de palavra ou expressão no lugar de outra palavra ou expressão considerada desagra-
dável.
c) hipérbole: a ênfase resultante do exagero na expressão ou na comunicação de uma ideia.
d) ambiguidade: a presença, num texto, de unidades linguísticas que podem significar coisas diferentes.
e) personificação: a atribuição de características humanas a seres inanimados ou irracionais.
vau: lugar do rio ou outra porção de água onde esta é pouco funda e, por isso, pode ser transposta a pé ou a cavalo.
As anedotas são narrativas, reais ou inventadas, estruturadas com a finalidade de provocar o riso. O recurso expressivo
que configura esse texto como uma anedota é o(a)
a) uso repetitivo da negação
b) grafia do termo “Oropas”.
c) ambiguidade do verbo “ir”.
d) ironia das duas perguntas.
e) emprego de palavras coloquiais.
Guia de estudos
FRENTE ÚNICA
Ironia
Outro mecanismo bastante comum no humor é o emprego da ironia e, geralmente, textos humorísticos irônicos são
muito bem estruturados e revelam cuidado na produção da mensagem. Analise, a seguir, um documento chamado “Como
escrever legal”, retirado de uma questão da prova da Unicamp:
1. Evite lugares comuns como o diabo foge da cruz.
2. Nunca generalize: generalizar é sempre um erro.
3. A voz passiva deve ser evitada.
UNICAMP. Caderno de questões 99: a Unicamp comenta suas provas. Disponível em: https://www.comvest.unicamp.br/vest_anteriores/1999/download/
comentadas/LPortuguesa.pdf. Acesso em: 27 nov. 2021.
Sentido implícito
Grande parte dos textos que empregam humor buscam criá-lo no plano do sentido implícito, sobretudo do subentendi-
do. Isso porque perceber a carga implícita de um texto requer atenção do leitor, o que revela uma espécie de refinamento
estrutural no texto. Avalie a seguinte anedota:
Um rapaz se aproxima de um caixa de uma loja de brinquedos com uma boneca em mãos. Após pagar pelo produto,
ele diz ao caixa:
— Vocês podem embrulhar para presente, por favor?
— Claro. Qual a cor que o senhor deseja para o embrulho?
— É para menina.
— Sim. Mas qual a cor o senhor quer para o embrulho?
Ambiguidade
Outro mecanismo comum na produção do humor é a construção ambígua, sobretudo em nível semântico. Leia o
exemplo a seguir:
Armandinho, de Alexandre Beck
“Em compensação” não pode ser o começo de nenhuma frase sobre a pandemia que nos assola. Nada compensa, mi-
tiga, inocenta, redime, atenua, suaviza ou absolve o vírus assassino, por respeito aos que ele já matou e continua matando.
Portanto, não veja como simpatia pelo demônio a simples constatação, noticiada pela imprensa internacional, de que um
efeito da pandemia e das medidas tomadas para controlá-la tem sido a queda dos índices da poluição em todo o planeta.
5 Triste ironia: o ar se torna respirável pela diminuição da atividade industrial e a ausência de gente nas ruas justamente onde
ele é mais venenoso. O demônio tem suas astúcias.
Li que os habitantes de Marselha, no sul da França, estão vendo, diariamente, um espetáculo raro. Baleias se aproximam
da costa e se exibem, certamente surpreendidas pela sua própria súbita ascensão ao estrelato. O porto de Marselha é o mais
importante da França, e seu movimento incessante mantém as baleias longe. Ou mantinha. Com as limitações impostas
10 pelo coronavírus, abriu-se o espaço para o balé das baleias, que, não demora, estarão integradas à vida social de Marselha,
provando a bouillabaisse do VieuxPort e dando autógrafos.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/opiniao/bale-das-baleias-24374057. Acesso em: 3 jun. 2020.
Em relação a: “o ar se torna respirável pela diminuição da atividade industrial e a ausência de gente nas ruas justa-
mente onde ele é mais venenoso” (linhas 5-6), o papel da expressão “triste ironia” é
a) ampliar e inverter.
b) classificar e omitir.
c) rotular e antecipar.
d) condensar e retomar.
e) desenvolver e redundar.
2. Fuvest-SP 2021
Mafalda, Quino.
Guia de estudos
Intertextualidade
Consideramos intertextualidade como uma relação dialogal estabelecida entre dois ou mais textos. Essa relação dialogal
pode ser feita de modo explícito, temático ou implícito. Independentemente da forma como é criada, a intertextualidade
sempre amplia a capacidade do texto de apresentar ou defender uma tese.
Citação
A fonte do texto é apresentada ao leitor e, frequentemente, trechos em discurso direto ou indireto são usados para
apresentar a ideia.
[...] Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do teórico da comunicação
americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo até morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo
recente no The Guardian. “Na visão de Huxley, não é necessário nenhum Grande Irmão para despojar a população de autonomia,
maturidade ou história”, escreveu Postman.
Adaptado, Revista Época no 973 – 13 de fevereiro de 2017, p. 67.
Epígrafe
Pode ser considerada um subtipo de citação. Corresponde a uma intertextualidade em discurso direto que antecede
o início do texto. É comumente usada como forma de sintetizar a principal ideia que será discutida. Na esfera literária, é
frequentemente usada em poemas ou no início de narrativas, como o conto e o romance. O exemplo a seguir é retirado
de um dos livros poéticos de estreia de Machado de Assis e faz uso de uma citação de um poeta polonês.
POLÔNIA
E ao terceiro dia a alma deve voltar ao corpo, e a nação ressuscitará. MICKIEWICZ
Como aurora de um dia desejado,
Clarão suave o horizonte inunda.
É talvez a manhã. A noite amarga
Como que chega ao termo; e o sol dos livres,
Cansado de te ouvir o inútil pranto,
Alfim ressurge no dourado Oriente.
ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. II.
Exercícios de sala
Para responder à questão 1, leia a cena inicial da comédia O noviço, de Martins Pena.
AMBRÓSIO: No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que
não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo homem pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Von-
FRENTE ÚNICA
tade forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os meios, não
consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda serei.
O como não importa; no bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo
tiver de responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. As leis criminais fizeram-se para os pobres...
(PENA, Martins. Comédias (1844-1845), 2007.)
AULA 23 Intertextualidade 67
1. Unesp 2022 “O como não importa; no bom resultado c) proeza da premiação de uma história ambientada
está o mérito...” O teor dessa fala aproxima-se do con- no interior do Nordeste brasileiro.
teúdo da seguinte citação: d) escassez de investimentos para a produção cine-
a) “Todos julgam segundo a aparência, ninguém matográfica independente no país.
segundo a essência.” (Friedrich Schiller, escritor e) importância da parceria entre brasileiros e britâni-
alemão, -.) cos para a realização das filmagens.
b) “A virtude está toda no esforço.” (Anatole France,
escritor francês, -.) 3. Unicamp-SP 2021
c) “Cuide dos meios; o fim cuidará de si mesmo.” TEXTO 1
(Mahatma Gandhi, líder político indiano, -.)
d) “O homem é o lobo do homem.” (Plauto, dramatur- antipoema
go romano, a.C.- a.C.) é preciso rasurar o cânone
e) “Os fins justificam os meios.” (Ovídio, poeta roma- distorcer as regras
no, a.C.- d.C.) as rimas
as métricas
2. Enem 2021
o padrão
O documentárioO menino que fez um museu, dire- a norma que prende a língua
ção de Sérgio Utsch, produção independente de brasileiros os milionários que se beneficiam do nosso silêncio
e britânicos, gravado no Nordeste em 2016, mais preci- do medo de se dizer poeta,
samente no distrito Dom Quintino, zona rural do Crato só assim será livre a palavra.
foi premiado em Londres, pelaForeign Press Association (Ma Njanu é idealizadora do “Clube de Leitoras” na periferia de Fortaleza
e da “Pretarau, Sarau das Pretas”, coletivo de artistas negras. Disponível em
(FPA), a associação de correspondentes estrangeiros mais
http://recantodasletras.com.br/poesias/6903974. Acessado em 20/05/2020.)
antiga do mundo, fundada em 1888.
De acordo com o diretor,O menino que fez um mu- TEXTO 2
seufoi o único trabalho produzido por equipes fora do eixo
O povo não é estúpido quando diz “vou na escola”, “me
Estados Unidos-Europa entre os finalistas. O documentário
deixe”, “carneirada”, “mapear”, “farra”, “vagão”, “futebol”.
conta a história de um Brasil profundo, desconhecido até É antes inteligentíssimo nessa aparente ignorância porque,
mesmo por muitos brasileiros. É apresentado com o ca- sofrendo as influências da terra, do clima, das ligações e
risma de Pedro Lucas Feitosa, 11 anos. contatos com outras raças, das necessidades do momento
Quando tinha 10 anos, Pedro Lucas criou o Museu e de adaptação, e da pronúncia, do caráter, da psicologia
de Luiz Gonzaga, que fica no distrito de Dom Quintino. racial, modifica aos poucos uma língua que já não lhe
A ideia surgiu após uma visita que o garoto fez, em 2013, serve de expressão porque não expressa ou sofre essas
quando tinha 8 anos, ao Museu do Gonzagão, em Exu, influências e a transformará afinal numa outra língua que
Pernambuco. Pedro decidiu criar o próprio lugar de ex- se adapta a essas influências.
posição para homenagear o rei e o local escolhido foi a (Carta de Mário a Drummond, 18 de fevereiro de 1925, em Lélia Coelho
casa da sua bisavó já falecida, que fica ao lado da casa Frota, Carlos e Mário: correspondência completa entre Carlos Drummond
dele, na rua Alto de Antena. de Andrade e Mário de Andrade. Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2002, p. 101.)
Guia de estudos
Para responder à questão 1, leia o artigo “Pó de pirlimpimpim”, do neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro.
Alcançar o aprendizado instantâneo é um desejo poderoso, pois o cérebro sem informação é pouco mais que estofo de
macela. Emília, a sabida boneca de Monteiro Lobato, aprendeu a falar copiosamente após engolir uma pílula, adquirindo
de supetão todo o vocabulário dos seres humanos ao seu redor. No filme Matrix (1999), a ingestão de uma pílula colorida
faz o personagem Neo descobrir que todo o mundo em que sempre viveu não passa de uma simulação chamada Matriz,
dentro da qual é possível programar qualquer coisa. Poucos instantes depois de se conectar a um computador, Neo desperta
e profere estupefato: “I know kung fu”.
Entretanto, na matriz cerebral das pessoas de carne e osso, vale o dito popular: “Urubu, pra cantar, demora.” O apren-
dizado de comportamentos complexos é difícil e demorado, pois requer a alteração massiva de conexões neuronais. Há
consenso hoje em dia de que o conteúdo dos nossos pensamentos deriva dos padrões de ativação de vastas redes neuronais,
impossibilitando a aquisição instantânea de memórias intrincadas.
Mas nem sempre foi assim. Há meio século, experimentos realizados na Universidade de Michigan pareciam indicar
que as planárias, vermes aquáticos passíveis de condicionamento clássico, eram capazes de adquirir, mesmo sem treina-
mento, associações estímulo-resposta por ingestão de um extrato de planárias já condicionadas. O resultado, aparentemente
revolucionário, sugeria que os substratos materiais da memória são moléculas. Contudo, estudos posteriores demonstraram
que a ingestão de planárias não condicionadas também acelerava o aprendizado, revelando um efeito hormonal genérico,
independente do conteúdo das memórias presentes nas planárias ingeridas.
A ingestão de memórias é impossível porque elas são estados complexos de redes neuronais, não um quantum de signi-
ficado como a pílula da Emília. Por outro lado, é sim possível acelerar a consolidação das memórias por meio da otimização
de variáveis fisiológicas envolvidas no processo. Uma linha de pesquisa importante diz respeito ao sono, cujo benefício
à consolidação de memórias já foi comprovado. Em 2006, pesquisadores alemães publicaram um estudo sobre os efeitos
mnemônicos da estimulação cerebral com ondas lentas (0,75 Hz) aplicadas durante o sono por meio de um estimulador
elétrico. Os resultados mostraram que a estimulação de baixa frequência é suficiente para melhorar o aprendizado de dife-
rentes tarefas. Ao que parece, as oscilações lentas do sono são puro pó de pirlimpimpim.
(Sidarta Ribeiro. Limiar: ciência e vida contemporânea, 2020.)
macela: planta herbácea cujas flores costumam ser usadas pela população como estofo de travesseiros.
1. Unesp 2022 “Entretanto, na matriz cerebral das pessoas de carne e osso, vale o dito popular: ‘Urubu, pra cantar,
demora.’” (2o parágrafo) Considerando o contexto, o ditado popular mencionado pode ser substituído pelo seguinte
provérbio:
a) “Quem espera sempre alcança.”
b) “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.”
c) “Para bom entendedor, meia palavra basta.”
d) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.”
e) “Quem canta seus males espanta.”
2. Unicamp-SP 2022
Texto I
3. ESPM-SP 2019 Afora espíritos essencialmente satíricos e caricatos como Emílio de Menezes, outros havia, como Lima
Barreto, que parece se vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em constantes
ataques a tudo e a todos. [...] Raro era o homem de letras e, até mesmo, o homem público que tivesse passado a vida sem
experimentar a vivência belicosa da polêmica. Tal era a frequência, que tinha foros de gênero literário que alguém poderia
cultivar e no qual fosse, por assim dizer, um especialista. As biografias dos grandes homens da época são, a esse respeito,
bastante instrutivas. Não são poucos aqueles cujos biógrafos qualificam de polemista como poderiam qualificar de publi-
cista, romancista ou polígrafo.
(Antonio Luís Machado Neto, Estrutura social da república das Letras: sociologia da vida intelectual brasileira 1870-1930, Edusp)
Parafraseando o trecho: “vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em
constantes ataques a tudo e a todos.”, tem-se:
a) indizíveis fatos da vida geram o ódio da blasfêmia embutido em ataques verbais à sociedade.
b) infelicidades da vida produzem o veneno do maldizer disfarçado em crítica generalizada.
c) trajetórias malditas da existência se transformam em aversão atroz ao próximo.
d) conflitos existenciais criam o amargor pessimista disfarçado em ameaça geral à humanidade.
e) injúrias da vida originam inimigos figadais, provocando violentas discussões verbais entre as pessoas.
Guia de estudos
FRENTE ÚNICA
Frente única
Aula 19 Aula 21
1. Pressupõe-se em “reaprendessem” uma mudança no olhar 1. D 2. B 3. C
da humanidade, criticando a insensibilidade humana diante do
cenário social na qual se encontra. Deve-se lembrar de que
relacionado ao tema geral do poema (a submissão do poema
perante as tecnologias), vive-se em um período de tragédias Aula 22
causadas pela Primeira Guerra Mundial, levando a humanidade 1. C 2. A 3. C
a comportamentos insensíveis e de destruição de si e do outro.
2. D 3. C
Aula 23
Aula 20 1. E 2. C 3. B
1. C
2. Na epígrafe do romance mencionado, a ambiguidade semânti-
ca consiste nos sentidos atribuídos ao vocábulo “reparar”, que Aula 24
pode ser o de “observar atentamente” e o de “reparar”.
3. D 1. B 2. D 3. B
NTE
1
SUAS TECNOLOGIAS
FRE
MATEMÁTICA
Elnur/Shutterstock.com
FRENTE 1
AULAS 37 e 38
Transformações trigonométricas
Adição e subtração de arcos Transformação de soma em produto
Para a e b é ℝ, vale: Para p e q é ℝ, vale:
2tg x
tg2 x 5
1 2 tg2 x
Exercícios de sala
tg x tg x
1. Calcule 2. Unerp-SP 2017 A expressão 1 é
1 1 tg x 1 2 tg x
) cos 55° equivalente a:
b) sen 05° ) sen x
) tg 65° b) cos x
) tg x
d) cotg x
e) sec x
4. Unp-SP 2021 A figura abaixo exibe um quadrado 6. Simplifique as expressões numéricas a seguir trans-
ABCD em que M é o ponto médio do lado CD . formando-as em produtos:
) sen 80° 2 sen 0°
D M C b) cos 70° 1 cos 0°
a p 4p
u ) sen 2 cos
1 9
2p
d) cos 2
A B
Guia de estudos
FRENTE 1
p • Amplitude: b
0 2p
2p p 3p 2p x
• Período:
2 2 2 m
21 y
Imagem: [a 2 |b|, a 1 |b|]
a 1 |b|
Amplitude: |b|
A função cosseno tem as seguintes características:
a
• Imagem: [2, ]
Amplitude: |b|
p x
• Zeros: x 5 1 k p, k é Z
2 a 2 |b|
• Máximos: x 5 kp, k é Z Período:
2p
|m|
• Mínimos: x 5 p 1 kp, k é Z
p
2
arctg x
21 0 1 x
0 x
2p
2 2p
2
p p
• Se x é 2 , , então arcsen (sen x) 5 x.
2 2 p p
• Se x é 2 , , então arctg (tg x) 5 x.
• Se x é [2, ], então sen (arcsen x) 5 x. 2 2
• Se x é ℝ, então tg (arctg x) 5 x.
Função arco cosseno
f : 21, 1 ñ , p
f(x) 5 arccos x
y
p
p
2 arccos x
21 1 x
Exercícios de sala
1. Construa o gráfico da função y 5 1 1 3sen 2x e indi- 2. Determine a imagem e o período das seguintes funções.
que seu período e sua imagem. x 2p
) y 5 1 3cos
b) y 5 2 sen x ? cos x
FRENTE 1
0
p p 3p 2p 5p 3p t
2 2 2
–1 5. FGV-SP 2020 Para o ano de 22, uma empresa
prevê os seguintes valores (em milhares de reais) das
–2
receitas de venda de um de seus produtos:
–3
p
V 5 50 1 0,x 1 0,5sen x
A expressão algébrica que representa as posições
P(t) da massa m, ao longo do tempo, no gráco, é Considere que x 5 1 representa janeiro de 22, x52
) 2 cos (t) representa fevereiro de 22 e assim por diante.
b) 2 sen (t) Qual é a previsão de vendas totais, em milhares de
) cos (t) reais, para o 1o trimestre de 22? Adote para 3 o
d) 26 cos (t) valor 1,.
e) 6 sen (t) ) 5,65
b) 5,875
) 5,75
d) 5,65
e) 5,5
8. Calcule:
a) arcsen
b) arcsen
1
c) arcsen 2
d) arccos
e) arccos
1
f) arccos 2
g) arctg
h) arctg (2)
i) arctg 2
Guia de estudos
FRENTE 1
Exercícios de sala
1. Resolva as equações abaixo para , x < 2p. 2. Resolva as seguintes equações no universo dos nú-
) sen 5x 5 meros reais.
1 2 cos x ) ? sen x 5 ? cos x
b) cos x 5
2
3
b) tg x 5
3
P
r
6. FGV-SP 2017 (Adapt.) A menor solução da equação
sen x?sen 3x 5 cos x?cos 3x,
com 0° , x < 0°, é
0 x a) 7°. d) 8°.
b) 36°. e) °.
c) °.
Guia de estudos
FRENTE 1
Exercícios de sala
1. Udes 2018 Uma fechadura tradicional funciona à 2. Com o objetivo de melhorar o tráfego de veículos, a
base de pequenos pinos que, se corretamente ali- prefeitura de uma grande cidade propôs a construção
nhados, permitem girar o tambor que aciona a tranca. de 4 terminais de ônibus. Para estabelecer conexão
Os vales e picos na chave correspondente servem entre os terminais, foram estipuladas as seguintes
exatamente para deslocar esses pinos para a posição quantidades de linhas de ônibus:
correta. Se um modelo específico de fechadura usa do terminal A para o B: 4 linhas distintas;
pinos, e cada pino pode assumir posições distin- do terminal B para o C: 3 linhas distintas;
tas, o número de trancas diferentes desse modelo é: do terminal A para o D: linhas distintas;
) 70 do terminal D para o C: 2 linhas distintas.
b) 7 776 Além disso, não há linhas diretas entre os terminais
) 0 A e C.
d) 5 65 Supondo que um passageiro queira utilizar exatamen-
e) te duas linhas de ônibus para ir do terminal A para o
terminal C, calcule a quantidade de trajetos distintos
que ele poderá fazer.
Os toques podem ser feitos livremente nas 4 regiões 5. Considere os conjuntos A 5 {1, 2, 3, 4, , } e B 5 {, 1,
numeradas da tela, sendo que o usuário pode esco- 2, 3, 4, }.
lher entre 3, 4 ou toques ao todo. Qual expressão ) quantos números de algarismos podemos for-
representa o número total de códigos existentes? mar com os algarismos do conjunto A?
) 5 2 2 b) quantos números de algarismos podemos for-
b) 5 1 1 mar com os algarismos do conjunto B?
) 5 ? ? ) quantos números de algarismos distintos pode-
d) (!)5 mos formar com os algarismos do conjunto B?
e) 5 d) quantos números pares de algarismos distintos
podemos formar com os algarismos do conjunto B?
FRENTE 1
Guia de estudos
Matemática • Livro 3 • Frente 1 • Capítulo 11
I. Leia as páginas de 47 a 51. III. Faça os exercícios propostos de 1 a 4 e de 6 a 12.
II. Faça os exercícios 2 e 3 da seção “Revisando”.
Arranjo e permutação
Fatorial Permutação simples
Dado um número natural n, definimos o ftorl de n, Dado um conjunto finito S com n elementos, qualquer
representado por n!, pela seguinte fórmula recursiva: sequência de n elementos de S é chamada de perutção
sples de S, ou apenas perutção.
0! 5 Por exemplo, as sequências a seguir são permutações
n! 5 n ? (n 2 )!, se n > do conjunto S 5 {a, b, c, d}:
Isso implica que, para n . : (a, b, c, d), (a, c, d, b), (b, c, a, d), …
n! 5 n ? (n 2 ) ? … ? ? Para montar uma permutação com os elementos de
S 5 {a, b, c, d}, devemos escolher como o elemento um dos
Isto é, n! é igual o produto de todos os números inteiros elementos de S; como o elemento, um dos elementos
entre e n. restantes; como o elemento, um dos elementos restantes;
Desse modo, temos: e, por fim, como o elemento, o único elemento restante.
0! 5 Portanto, há ! 5 permutações de S 5 {a, b, c, d}.
! 5 Generalizando:
! 5 ? 5
A quantidade Pn de permutações de n elementos distin-
! 5 ? ? 5 6
tos, com n é N, é dada por:
! 5 ? ? ? 5
5! 5 5 ? ? ? ? 5 0 Pn 5 n!
6! 5 6 ? 5 ? ? ? ? 5 70
Note que uma permutação pode ser interpretada como
um arranjo simples, no qual montamos a sequência com
Arranjo simples
todos os elementos do conjunto. Por isso, An, n 5 Pn.
Dado um conjunto finito S com n elementos, qualquer
sequência de p elementos de S (com p , n) é chamada de Permutação com repetição
rrnjo de p eleentos de S. Dados os elementos a, a, a, b e c, as seguintes per-
Por exemplo, dado o conjunto S 5 {, , , , 5}, as mutações são idênticas se tivermos a 5 a 5 a:
sequências a seguir são arranjos de elementos de S: (b, a, a, a, c) 5 (b, a, a, a, c) 5 (b, a, a, a, c) 5
(, , ), (, , ), (, , 5), (, , ), … 5 (b, a, a, a, c) 5 (b, a, a, a, c) 5 (b, a, a, a, c)
Note que as sequências (, , ) e (, , ) são arranjos
Perceba que, entre as 5! permutações dos elementos
distintos, pois, em um arranjo, a ordem dos elementos importa.
a, a, a, b e c, há grupos com ! permutações idênticas.
Para montar um arranjo de elementos de S 5 {, ,
Como há então 5! permutações divididas em grupos de !
, , 5}, devemos escolher como o elemento do arranjo
!
um dos 5 elementos de S; como o elemento, um dos permutações idênticas, o total de grupos é . Portanto,
elementos restantes de S; e, por fim, como o elemento, 3!
o total de permutações distintas de a, a, a, b e c, dado
um dos elementos restantes, totalizando 5 ? ? 5 60.
!
Também podemos expressar esse resultado como: que a 5 a 5 a, é 5 5 ? 5 0.
3!
? 4 ? 3?2? 1 ! De modo geral:
? 4 ? 35 5
2? 1 2 3 ! ( )
A quantidade Pnk de permutações de n elementos, com
De modo geral: k elementos iguais entre si, tal que n, k é N e k , n, é
dada por:
A quantidade An, p de arranjos de p elementos distintos
escolhidos de um conjunto de n elementos, com n, p é N n!
Pnk 5
e p , n, é dada por: k!
k , k , ..., k
A quantidade Pn 1 2 j de permutações de n elementos,
n!
An, p 5 com k elementos iguais entre si, outros k elementos
( n2 p ! ) iguais entre si, … e kj elementos iguais entre si, tais que
n, k, k, …, kj é N e k 1 k 1 … kj , n, é dada por:
FRENTE 1
z y x y z w
w z x
z y x y z w
w z x
Exercícios de sala
1. Considere as expressões A, B, C e D a seguir: ( n 1 2)! 1 ( n 1 1)!
12!21! !23 ? ! 1! 2. Simplificando a expressão ( n 1 2)! 2 ( n 1 1)! obtemos:
A5 B5 C5 D52 ? !1!
9! 2 ? 4! 3! ? 12! )
Colocando os valores numéricos de cada uma delas b)
em ordem crescente obtemos: n1 3
) B < C < A < D ) n 2 1
b) B < D < C < A n1 3
) C < D < B < A d) n 1 1
d) C < B < D < A
e) C < D < A < B e) (n 1 )!
Guia de estudos
Matemática • Livro 3 • Frente 1 • Capítulo 11
I. Leia as páginas de 52 a 55. III. Faça os exercícios propostos 16, de 18 a 22, de 25 a 27, 29, 30,
II. Faça os exercícios 1 e de 4 a 6 da seção “Revisando”. 32, 34, 35, 38, 39, 44, 45 e 47.
NTE
2
SUAS TECNOLOGIAS
FRE
MATEMÁTICA
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Be
FRENTE 2
AULAS 37 e 38
Sistemas lineares
Equação linear e sistema linear Classificação de sistemas lineares
Uma sentença aberta de 1o grau em uma ou mais va- • Sistema possível e determinado (SPD): Admite solu-
riáveis que não apresente produto entre variáveis é uma ção única.
equação linear. • Sistema possível e indeterminado (SPI): Admite infini-
São equações lineares: tas soluções.
2x 1 3 y 1 4 z 5 5 • Sistema impossível (SI): Não admite solução.
2 x 1 3 y 1 4 z 1 5w 5 0
Escalonamento
x 1 4 y 1 7 5 3 2 2x
Escalonamento é uma técnica para resolver sistemas
Não são equações lineares: lineares que consiste em substituir algumas equações de
2x 2 1 3 y 1 4 z 5 5 um sistema por combinações lineares feitas a partir das
2 x 1 3 yz 1 w 5 4 equações substituídas e das demais equações do sistema,
4 obtendo assim um sistema linear equivalente ao original
2x 1 3 y 1 55 (isto é, com o mesmo conjunto solução.
z
Um sistema está escalonado quando satisfaz as se-
Um sistema de equações é um sistema linear se todas
guintes condições:
as equações envolvidas forem lineares.
• Se a matriz principal tiver uma ou mais linhas nulas,
Dado um sistema linear de n equações e n incógnitas
elas devem estar embaixo das linhas não nulas.
(x1, x, …, xn), o conjunto solução S desse sistema é formado
• A 1a entrada não nula de cada linha da matriz, se existir,
por todas as sequências (a1, a, …, an) tais que x1 5 a1,
deve ser igual a 1. Essa entrada é chamada de pivô da
x 5 a, …, xn 5 an são soluções simultâneas de todas as
linha.
n equações.
• O pivô de cada linha deve se localizar à direita do pivô
Todo sistema linear pode ser escrito na forma de uma
das linhas acima dela.
equação matricial:
Sistema linear Quando um sistema está escalonado, a última equação
a x 1 a x 1 ... 1 a x 5 b dele é da forma axn 5 b, e a partir dela é possível classificar
2 2 n n
o sistema:
a2 x 1 a22 x2 1 ... 1 a2n x n 5 b2
• Se a = , tem-se um SPD.
� • Se a 5 e b = , tem-se um SI.
a x 1 a x 1 ... 1 a x 5 b • Se a 5 e b 5 , tem-se um SPI.
n n2 2 nn n n
Equação matricial
a b
a2 an x
a a a x b
2 22 2n
2 5 2
� � � � �
a a a x b
n n 2 nn n n
matriz principal vetor das vetor dos
ou matriz dos coeficientes incógnitas termos
independentes
Exercícios de sala
1. Resolva e classifique os seguintes sistemas lineares:
x 1 y 5 5 x 1 y 5 5 x 1 y 5 5
a) b) c)
x 2 y 5 3 2 x 1 2 y 5 8 2 x 1 2 y 5 0
FRENTE 2
6. Unifor-CE 2022 A tabela abaixo corresponde às quantidades de atendimentos realizados por especialização na
emergência de um determinado hospital, nos anos considerados.
Quantidade de atendimentos
Especialização 2018 2019 2020 Total
Neurologista 80 1 y 2 400 1 z 40 1 y 4 995
Cardiologista 224 1 y 85 1 2z 32 2 z 2 25
Gastroenterologista 2 790 1 w 969 779
Ortopedista 700 67 30 627
2
Total 3 848 2 20x 4 500 1 2x 967 1 0,25x 0 66
Considerando essa tabela e sabendo que, em 209, foram realizados mais de 4 600 atendimentos, é correto armar que
a) x 1 z 5 1y 1 w 1 .
b) x > y 1 1z 1 w.
c) x 1 z < y 1 w.
d) z 1 1w > x 1 y.
e) x 1 z 5 y 1 1w.
Guia de estudos
D Dy D
De acordo com a regra de Cramer, se D = , então x , , z é a única solução do sistema.
D D D
D = 0 ~ SPD
Além disso, a regra de Cramer garante que:
D 5 0 ~ SPI ou SI
Exercícios de sala
1. Determine o valor de x na solução do sistema a seguir. 2. Unicamp-SP 2022 Considere a matriz
( )
2x 1 7 2 y 5 2 k
2
3 k
( )
7 1 x 1 2y 5 7
e seja B 5 A 1 AT, onde AT é a transposta da matriz A.
a) 52 7 Sobre o sistema
4
x
b) 51 7 B 5 202
4 y 2022
c) 7 25
é correto armar que:
4
a) Se k 5 , o sistema não tem solução.
d) 52 7 b) Se k 5 21, o sistema tem infinitas soluções.
2 c) Se k 5 21, o sistema não tem solução.
e) 51 7 d) Se k 5 , o sistema tem infinitas soluções.
2
FRENTE 2
Guia de estudos
Média aritmética
A média aritmética de X, indicada por X , é dada por:
n
∑x i
i5
X5
n
Mediana
A mediana (Md) de X é igual ao valor do termo central da sequência formada pelos valores dessa variável dispostos
em ordem crescente.
O exemplo a seguir apresenta, em ordem crescente, a idade de estudantes; dessa forma, a mediana desses dados
é o valor do 1o termo desta sequência.
(17, 17, 17, 17, 18, 18, 18, 18, 18, 18, 18, 18, 19, 19, 19, 19, 19, 19, 20, 20, 20, 21, 21, 21, 21)
12 termos 12 termos
Mediana
No caso de uma sequência com um número par de termos, a mediana será igual à média aritmética dos dois valores
71 8
centrais. Por exemplo: A mediana de (1, 1, 1, 1, 1, 1) é Md 5 5 1,.
2
Moda
A moda (Mo) de X também é uma medida de posição e consiste simplesmente no valor de maior frequência da
variável. No exemplo da idade dos estudantes, tem-se Mo 5 1. Se em uma determinada amostra de informações hou-
ver duas que apresentem a mesma frequência e essa frequência for maior que as outras, diz-se que se trata de uma
amostra bimodal, ou seja, há duas modas distintas na amostra.
Medidas de dispersão
Desvio médio
O desvio médio d de X é a média aritmética das diferenças absolutas entre cada valor (xi) da variável e a média arit-
mética (X):
n
∑x i
2X
x 2 X 1 x2 2 X 1 ... 1 x n 2 X
i5
d5 5
n n
Variância
FRENTE 2
A variância V de X é a média aritmética dos quadrados das diferenças entre cada valor (xi) e da variável e a média
aritmética (X):
n
∑( x ) ( x 2 X) 1 ( x 2 X) 1 ... 1 ( x
2
2X
)
2 2 2
i
2 n
2X
i5
V5 5
n n
∑( x )
2
2X
( x 2 X) 1 ( x 2 X) 1 ... 1 ( x )
2 2 2
i
2 n
2X
i5
s5 V 5 5
n n
Exercícios de sala
1. Fuvest-SP 2014 Cada uma das cinco listas dadas é 2. UEG-GO 2016 Os números de casos registrados de
a relação de notas obtidas por seis alunos de uma acidentes domésticos em uma determinada cidade
turma em uma certa prova. nos últimos cinco anos foram: 00, 88, 2, 94 e 06.
Assinale a única lista na qual a média das notas é O desvio padrão desses valores é aproximadamente
maior do que a mediana. a) , c) , e) 1,
a) , , , , , 1 b) , d) ,
b) , , , , ,
c) , , , , ,
d) , , , , ,
e) , , 1, 1, 1, 1
Com base nas informações apresentadas, o primeiro, o segundo e o terceiro lugares dessa prova foram ocupados,
respectivamente, pelos atletas
a) A; C; E b) B; D; E c) E; D; B d) B; D; C e) A; B; D
4. A média aritmética, a moda e a mediana entre os números inteiros e positivos x < y , z < w são iguais a 9. A diferen-
ça entre o maior e o menor é 2. A variância e o desvio padrão da sequência são, respectivamente,
a) 72 e 72. b) 72 e 8. c) 8 e 3 2. d) 1 e .
FRENTE 2
Nº Quantidade de acertos
da criança Palavras Figuras Números Total
8 9 6 23
2 9 0 9 28
3 0 0 8 28
4 9 9 9 27
5 7 9 8 24
6 0 0 7 27
7 7 8 5 20
8 7 8 9 24
9 8 7 8 23
0 9 0 7 26
Total 84 90 76 250
Guia de estudos
z 1 w 5 (a 1 bi) 1 (c 1 di) 5 a 1 c 1 bi 1 di 5
1 i –1 –i
5 (a 1 c) 1 (b 1 d)i
Exercícios de sala
1. EEAR-SP 2019 A parte real das raízes complexas da 2. ESPM-SP 2019 Sendo i 5 2 a unidade imaginária,
equação x2 2 4x 1 3 5 0 é igual a o valor de (2 1 i)3 é igual a:
a) 1 b) c) d) a) 2 i
b) 2 i
c) 1 2 i
d) 1 i
e) 1 11i
FRENTE 2
4. EEAR-SP 2016 Sabe-se que os números complexos 6. Unicentro-PR 2021 Sabendo que i 5 (2) é a uni-
z 5 [2m(3 1 m)] 1 (3n 1 5)i e z2 5 (2m2 1 2) 1 [4(n 1 )]i dade imaginária, assinale a alternativa que apresenta,
são iguais. Então os valores de m e n são, respecti- corretamente, o determinante da matriz:
vamente
a) e 1 2 2
sen x cos x
b) e 1 i 2 i4
c) e 21
d) e 21 a) 2i
b) 21
c)
d) i
e) 1
Guia de estudos
θ = Arg(z)
a R
R
Módulo
O módulo de um número complexo é o número real cos u 5 a z u 5 Arg(z) ~ sen u 5 b
|z| |z|
não negativo associado ao tamanho do vetor z:
^
^
y
iR
z
b a 5 |z| ? cosu tg u 5 b b 5 |z| ? senu
a
(Se z não for
imaginário puro.)
|z|
Exercícios de sala
1. Sendo z 5 a 1 bi um número complexo, com a, b é R, se z satisfaz a equação z 1 |z| 5 8 1 2i, onde |z| é o módulo
do complexo z, o valor de |z|2 é igual a:
a) 1 b) 1 c) d) 1 e) 1
FRENTE 2
3. EEAR-SP 2020 Sejam r e r2, respectivamente, 5. Unicamp-SP 2018 Sejam a e b números reais não nu-
os módulos dos números complexos Z 5 2 2 5i e los. Se o número complexo z 5 a 1 bi é uma raiz da
Z2 5 3 1 4i. Assim, é correto afirmar que equação quadrática x2 1 bx 1 a 5 0, então
a) r1 < r
b) r < r1 a) |z| 5
3
c) r1 1 r 5 1
d) r1 2 r 5 b) |z| 5
5
c) |z| 5 3
d) |z| 5 5
Guia de estudos
Exercícios de sala
1. EEAR-SP 2021 Dado o complexo z 5 (cos 45° 1 isen 45°), determine :
z 0
a) i b) −i c) 1 d) −1
FRENTE 2
3. Efomm-RJ 2016 Seja o número complexo z 522 3i , 5. UFU-MG 2020 Sejam z e z2 duas raízes cúbicas de
ondei é a unidade imaginária. O valor de z8 é: um número complexo w. Considerando-se as repre-
4p 4p sentações geométricas dessas raízes, sabe-se que
a) 256 cos 1 isen z está situada no primeiro quadrante e que z2 é da
3 3
forma bi, onde b é um número real negativo e i é a
p p unidade imaginária. Portanto, o coeficiente angular da
b) 256 cos 1 isen
3 3 reta que passa por z e z2 é igual a
5p 5p a) 3
c) 256 cos 1 isen b) 1
3 3
3
2p 2p c)
d) 256 cos 1 isen 3
3 3
3
e) (cosp 1 isenp) d)
2
Guia de estudos
NTE
3
SUAS TECNOLOGIAS
FRE
MATEMÁTICA
om
ock.c
erst
hutt
st/S
Rive
hael
Rap
FRENTE 3
AULAS 37 e 38
Elipses e hipérboles
Elipse Hipérbole
B₁
a B1
b
A₁ θ A₂ 2b c
c b
F₁ C F₂
2b θ
F2 A2 a A1 F1
C
B₂
2c B2
2a
2a
2c
Elementos da elipse
• Definição: PF1 1 PF2 5 2a Elementos da hipérbole
• Focos: F1 e F2
• Definição: |PF2 2 PF1| 5 2a
• Vértices: A1 e A2
• Focos: F1 e F2
• Polos: B1 e B2
• Centro: C
• Centro: C
• Eixo real: A1A2; A1A2 5 2a
• Eixo maior: A1A2; A1A2 5 2a
• Eixo imaginário: B1B2; B1B2 5 2b
• Eixo menor: B1B2; B1B2 5 2b
• Distância focal: F1F2 5 2c
• Distância focal: F1F2 5 2c c
c • Excentricidade: e 5 ,e>1
• Excentricidade: e 5 ,0<e<1 a
a
Relação métrica da hipérbole
Relações métricas na elipse
• a2 5 b2 1 c2 a2 1 b2 5 c2
• Área: p · a · b Equações da hipérbole
Equações da elipse
Equação da hipérbole de eixo real horizontal
Equação da elipse de eixo maior horizontal ( x 2 x C )2 ( y 2 y C )2
2 51
( x 2 x C )2 ( y 2 y C )2 a2 b2
1 51
a2 b2
Equação da hipérbole de eixo real vertical
Equação da elipse de eixo maior vertical ( y 2 y C )2 ( x 2 x C )2
2 51
( x 2 x C )2 ( y 2 y C )2 a2 b2
1 51
b2 a2
FRENTE 3
2
x
–a a
0
0 3 10 x
–b
Guia de estudos
Eixo de simetria
Parábola
Foco
Diretriz V
1
A distância entre o foco e a diretriz é o parâmetro da parábola: p = .
|2a|
Equação reduzida da parábola de eixo vertical: y 2 yV 5 a(x 2 xV)2
Equação polinomial da parábola de eixo vertical: y 5 ax2 1 bx 1 c
b
x V = −
2a
Coordenadas do vértice:
y = − ∆
V 4a
b
Equação do eixo de simetria: x 1 50
2a
Equação reduzida da parábola de eixo horizontal: x 2 xV 5 a(y 2 yV)2
Equação polinomial da parábola de eixo horizontal: x 5 ay2 1 by 1 c
∆
x V = −
Coordenadas do vértice: 4a
y = − b
V 2a
b
Equação do eixo de simetria: y 1 50
2a
–8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 x
–1
–2
–3
–4
Diretriz
a) (y 2 2)2 5 20(x 1 )
b) (y 1 )2 5 20(x 2 2)
c) (y 1 2)2 5 20(x 2 )
d) (y 2 )2 5 20(x 1 2)
1
e) (y 2 3)2 5 (x 1 2)
20
FRENTE 3
x 2 1 y 2 24 x 26 y 14 < 0 x 2 1 y 2 22 x . 0
2
x 1 y 12 x 12 y 214 .0
2 2
( ) 3 , 1
2
x − 1 1 y 2
2 4
0 x
Guia de estudos
Contida
Reta em relação ao plano Paralela
Secante Oblíqua
Perpendicular
Coincidentes
Paralelos
Distintos
Dois planos
Secantes Oblíquos
Perpendiculares
Condições de determinação
Determinação da reta
• Dois pontos distintos determinam uma reta.
Determinação do plano
• Três pontos distintos e não colineares determinam um plano.
• Uma reta e um ponto fora dela determinam um plano.
• Duas retas paralelas determinam um plano.
• Duas retas concorrentes determinam um plano.
Condições de perpendicularismo
• Se uma reta for perpendicular a um plano, então ela será perpendicular ou ortogonal a qualquer reta desse plano.
• Uma reta r só será perpendicular a um plano se nele houver duas retas concorrentes entre si que sejam perpendi-
culares a ela.
• Se uma reta r for perpendicular a um plano a, então todo plano que contiver r será perpendicular ao plano a.
Projeção ortogonal
FRENTE 3
• Dados uma reta r e um ponto P não pertencente a r, existe um único ponto P’ na reta r tal que PP’ é perpendicular ar.
Esse ponto P’ é denominado projeção ortogonal do ponto P sobre a reta r.
• Dados um plano a e um ponto P não pertencente a a, existe um único ponto P’ no plano a tal que PP’ é perpendicular
a a. Esse ponto P’ é denominado projeção ortogonal do ponto P sobre o plano a.
Triedro de faces a, b e g
a 1 b 1 g < 60o
|b 2 g| < a < b 1 g
A B
H E
B A B
C
D A
c) D C
A B
e) D C
A B
FRENTE 3
Guia de estudos
Paralelepípedos
Principais unidades de volume Paralelepípedo retangular reto
e capacidade • Volume: abc
• Área total: 2(ab 1 ac 1 bc)
• 1 m equivale a 1 000 litros.
• 1 litro equivale a 1 000 cm. • Diagonal: a2 1 b2 1 c 2
2 2
AC 5 a 1 b
• Diagonais das faces: AF 5 a 1 c
2 2
Cubo 2 2
BG 5 b 1 c
• Volume: L
• Área total: 6L2 H G
• Diagonal: L 3
c
• Diagonal da face: L 2
D C
H G
E
F
b
E F
A a B
D
C
A B
Exercícios de sala
1. Famema-SP 2020 Um recipiente transparente possui o formato de um prisma reto
de altura cm e base quadrada, cujo lado mede cm. Esse recipiente está sobre
uma mesa com tampo horizontal e contém água até a altura de cm, conforme a
figura.
Se o recipiente for virado e apoiado na mesa sobre uma de suas faces não quadra-
15 cm 10 cm
das, a altura da água dentro dele passará a ser de
a) 4 cm. d) 2,5 cm.
b) ,5 cm. e) 2 cm.
c) cm.
6 cm
fora de escala
e) V
Guia de estudos
Prismas
Definição Volume e áreas
Prismas são poliedros que apresentam duas bases O volume (V) do prisma é resultado do produto da área
congruentes situadas em planos paralelos e faces laterais de sua base pelo comprimento de sua altura:
em forma de paralelogramos. V 5 ABase ? h
B
α Chamamos de regular todo prisma reto cujas bases
são polígonos regulares, como as indicadas a seguir:
A L2 3
C • Triângulos equiláteros de lados L e área .
β 4
h
B' • Quadrados de lados L e área L2.
6L 2 3
• Hexágonos regulares de lados L e área .
A' C' 4
Sendo n o número de lados da base de um prisma
Na figura, as arestas laterais do prisma triangular são regular, sua área lateral é:
os segmentos AA’, BB’ e CC’.
A altura (h) do prisma é a distância entre os planos de ALateral 5 n ? L ? h
suas bases: Em qualquer prisma, a área total é:
h 5 dist(a, b) ATotal 5 2 ? ABase 1 ALateral
Exercícios de sala
1. Uern 2015 A peça geométrica, desenvolvida através de um software de
modelagem em três dimensões por um estudante do curso de engenha-
ria e estagiário de uma grande indústria, é formada a partir de dois
prismas de base hexagonal regular e assemelha-se ao formato de uma
porca de parafuso.
Considerando que o lado do hexágono maior mede cm; que o compri-
mento do prisma é igual a 3cm; e que o lado do hexágono menor mede
cm, então o volume da peça, de forma que se possa calcular, poste-
riormente, a quantidade de matéria-prima necessária à sua produção em
massa em determinado período de tempo é, em cm3:
3. Unigranrio-RJ 2017 Um prisma reto tem como 5. UFPR 2019 Diana pretende distribuir litros de geleia
base um hexágono regular, que pode ser inscrito em potes iguais. Cada pote possui internamente o
em uma circunferência de raio m. Se a altura des- formato de um paralelepípedo de base quadrada com
se prisma é igual ao dobro do lado do hexágono cm de lado. Dividindo igualmente a geleia em todos
regular que forma a sua base, então, pode-se afir- os potes, qual é a altura interna que a geleia atingirá
mar que seu volume, em m3, é igual a: em cada recipiente?
a) 4 3 a) 6,0 cm
b) 7,5 cm
b) 6 3 c) 9,6 cm
c) 24 3 d) 15,0 cm
e) 24,0 cm
d) 30 3
e) 48 3
FRENTE 3
Guia de estudos
Pirâmides
Definição e volume Considerando as medidas da altura da pirâmide (h),
da sua aresta lateral (a), do seu apótema lateral (g), da
Pirâmides são poliedros que apresentam uma única
aresta da base (L), do apótema da base (m) e do raio
base e faces laterais triangulares.
da circunferência circunscrita à base (r), podemos escrever
O volume da pirâmide é igual à terça parte do produto
as seguintes relações:
da área de sua base pelo comprimento de sua altura:
• No triângulo nPHM, temos g2 5 h2 1 m2.
1
V5 ?A ?h
3 Base • No triângulo nPAH, temos a2 5 h2 1 r2.
Chamamos de regular toda pirâmide cujas faces la- �
2
terais são triângulos isósceles congruentes e cuja base é • No triângulo nPAM, temos a2 = g2 + .
2
um polígono regular.
2
�
P • No triângulo nHAM, temos r = m + .
2 2
2
Áreas
Sendo n o número de lados da base de uma pirâmide
regular, sua área lateral é:
h g
a n?L? g
A Lateral 5
2
m B Em qualquer pirâmide, a área total é:
H
r M ATotal 5 ABase 1 ALateral
A l
Exercícios de sala
1. UFPR 2018 A figura a seguir apresenta um molde para construção
de uma pirâmide hexagonal regular. Para montar essa pirâmide, basta
recortar o molde seguindo as linhas contínuas, dobrar corretamente
nas linhas tracejadas e montar a pirâmide usando as abas trapezoidais
para fixar sua estrutura com um pouco de cola. Sabendo que cada um
dos triângulos tracejados nesse molde é isósceles, com lados medindo
cm e 3cm, qual das alternativas abaixo mais se aproxima do volume
dessa pirâmide?
a) 260 cm.
b) 276 cm.
c) 281 cm.
d) 90 cm.
e) 780 cm.
V
9m
D
Se ela está completamente vazia, quanto tempo leva-
G 60° rá uma torneira, com vazão de litros/minuto, para
E enchê-la totalmente?
F H C a) 10 horas
b) 10 horas e 0 minutos
A c) 15 horas
B d) 20 horas
e) 20 horas e 50 min
Sabendo que m3 corresponde a litros e que
o custo da quantidade de espuma de poliuretano
necessária para ocupar a capacidade de litro é de
R$ ,, para fazer por completo essa escultura,
desconsiderando desperdícios, o valor gasto com es-
puma será de
a) R$ 40 000,00.
b) R$ 7 500,00.
c) R$ 42 500,00.
d) R$ 5 000,00.
e) R$ 45 000,00.
FRENTE 3
H
J
I
Guia de estudos
Frente 1 g)
p
3
p
Aulas 37 e 38 h) −
4
22 6 p
1. a) i) −
4 6
61 2
b)
4 Aulas 42 e 43
c) 3 22 p p 9p 13p 17p
1. a) S5 , , , ,
2. C 10 2 10 10 10
3. C p 5p
b) S 5 , p,
4. C 3 3
5. E
p 5p
2. a) S 5 x ∈ ℝ x 5 1 2k p ou x 5 1 2k p , k é Z
6. a) 2 sen35° 6 6
b) 3 cos40°
p kp
p b) S 5 x ∈ ℝ x 5 1 , k é Z
c) 3 sen 12 2
9
p 3. B 5. E
d) 22sen2
5
4. E 6. D
p 2p
Aulas 39 a 41 7. a) S 5 0, ∪ , 2p
3 3
1. Período: p; imagem: [22, 4].
y p 15p
b) S 5 0, ∪ , 2p
4
1 + 3sen (2x)
8 8
3
3sen (2x)
2
Aulas 44 e 45
sen (2x)
1 1. B 3. B
sen x
p p 3p 2p x
2. 22 trajetos. 4. B
–1 2 2 5. a) 216 números.
–2 b) 180 números.
–3 c) 100 números.
d) 52 números.
2. a) Im 5 [4, 10]; P 5 10p 6. C
7. B
b) Im 5 [21, 3]; P 5 p
3. A
4. D Aulas 46 a 48
5. C 1. D 2. D
6. E 3. a) 210 maneiras.
b) 840 maneiras.
7. B
4. D
p
8. a) 5. 576 anagramas.
2
p 6. C
b) 7. a) 5 040 filas. e) 2 520 filas.
4
p b) 720 filas. f) 120 filas.
c) −
6 c) 1 440 filas. g) 720 filas.
p d) 3 600 filas.
d)
2
8. C
p
e) 9. B
6
2p 10. a) 5 040 maneiras.
f)
3 b) 96 maneiras.
Gabarito 123
Frente 2 Aulas 39 e 40
1. D 2. E
Aulas 37 e 38 3. y
1. a) S 5 {(4, 1)} – Sistema possível e determinado.
b) S 5 0 – Sistema impossível.
c) S 5 {(5 − a, a), \a é ℝ} – Sistema possível e indeterminado.
2. C
1 x
3. B –
2 1
–
4. A mãe utilizou 4 caixas amarelas, 1 caixa verde e 2 caixas azuis. 3
5. C
6. A 4. A região comum às duas regiões está destacada no gráfico a
seguir.
y
Aulas 39 e 40 6
1. A 4. E 5
2. C 5. E 4
3. A 3 CI
2
1
Aulas 41 e 42
−2 −1 0 1 2 3 4 5 6 x
1. D 4. C −1
CII
2. C 5. D −2
3. A
5. a) y
Aulas 43 e 44 2
1. B 2. E 3+1
2
3. Soma: 01 1 08 5 09 3
1
2
4. B 6. E 3–1
2
5. A
–1 0 1 1 3 2 3 x
2 2
Aulas 45 e 46 –1
1. E 4. E
2. B 5. B
b) 3 p
3. B 2
4 24
Aulas 47 e 48 Aulas 41 e 42
1. B 4. C 1. a) CD , EF e GH.
2. C 5. A
b) AE , AD , BC e BF .
3. D
c) CG , DH , EH e FG.
2. D 4. D
Frente 3 3. C 5. A
Aulas 37 e 38
2 2 Aulas 43 e 44
1.
( x 23) 1
( y 22) 51 1. A 3. A 5. B
9 4
2. A 4. C
2. D
3. E
4. a) (7, 2) Aulas 45 e 46
1. D 3. C 5. C
b) 2b 5 2 21
2. V 5 128 dm3 4. B
2 2
( x 2 5) ( y 2 2) 2 2
c)
4
2
21
( ) ( )
5 1 ^ 21 x 2 5 2 4 y 2 2 5 84
Aulas 47 e 48
25 17 1. A 3. D 5. A
d) 0, 2 e 0, 2 2 .
2. E 4. B
5. B
NTE
1
SUAS TECNOLOGIAS
FRE
HISTÓRIA
Fred
S. P
in
heir
o/Sh
utte
rsto
ck.c
mo
FRENTE 1
AULAS 37 e 38
sentar as três repúblicas, característica não usual de intelectuais católicos, a Liga Eleitoral Católica
para a representação artística do ideário republica- (LEC) objetivando uma intervenção mais direta
no, protagonizado por lideranças masculinas. nos rumos da sociedade brasileira.
Guia de estudos
Reprodução/Wikimedia Commons
BAHIA
GOIÁS
OCEANO
MATO
GROSSO ATLÂNTICO
MINAS
GERAIS
ESPÍRITO SANTO
SÃO
Trópico de Capricórnio PAULO RIO DE JANEIRO N
PARANÁ
0 390 km
SANTA CATARINA 50º O
6. FCMsCsP 2021 A política dos governadores ou política dos estados, desenvolvida na Primeira República brasileira
a partir do governo de Campos Sales (-0), representou
) um mecanismo de manipulação do sistema de votações com o objetivo de fraudar o processo eleitoral.
b) uma estratégia federalista para assegurar o apoio das oligarquias regionais ao governo central.
c) uma forma de concentrar o controle do Estado nacional nas mãos das oligarquias paulista e mineira.
d) um esforço de integração econômica nacional para ampliar o controle federal sobre as exportações brasileiras.
e) uma intervenção direta do governo federal nos poderes locais para extinguir a autonomia jurídica dos estados.
Guia de estudos
FrENtE 1
Exercícios de sala
1. Unep 2016 Entre os mecanismos que sustentavam 2. Enem 2016 O coronelismo era fruto de alteração na re-
o regime político da Primeira República brasileira, pode- lação de forças entre os proprietários rurais e o governo,
-se citar e significava o fortalecimento do poder do Estado antes
) Constituição, que restringia aos chamados ho- que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coro-
mens bons o acesso aos principais postos dos nelismo é, então, um sistema político nacional, com base
poderes executivo e legislativo. em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel
b) política de compromissos, que vinculava os sindi- tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de
catos de trabalhadores urbanos ao Ministério do polícia até a professora primária. O coronel hipoteca seu
Trabalho. apoio ao governo, sobretudo na forma de voto.
c) política do café com leite, que proibia as candida- CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 1998 (adaptado).
turas eleitorais de representantes dos estados do
Sul e Nordeste. No contexto da Primeira República no Brasil, as rela-
d) política dos governadores, que articulava a ação ções políticas descritas baseavam-se na
do governo federal aos interesses das oligarquias ) coação das milícias locais.
locais. b) estagnação da dinâmica urbana.
e) a reforma política, que eliminou o voto censitá- c) valorização do proselitismo partidário.
rio e instituiu o sufrágio universal nas eleições d) disseminação de práticas clientelistas.
parlamentares. e) centralização de decisões administrativas.
Fon-Fon!, ano IV, n. 6, set. 0. Disponível em: objdigital.bn.br. Acesso em: abr. 0.
A charge, datada de 0, ao retratar a implantação da rede telefônica no Brasil, indica que esta
) permitiria aos índios se apropriarem da telefonia móvel.
b) ampliaria o contato entre a diversidade de povos indígenas.
c) faria a comunicação sem ruídos entre grupos sociais distintos.
d) restringiria a sua área de atendimento aos estados do norte do país.
e) possibilitaria a integração das diferentes regiões do território nacional.
A citação é uma estrofe da música “O mestre-sala dos mares”, de Aldir Blanc e João Bosco, composta em homenagem
a João Cândido, o líder da Revolta da Chibata, ocorrida no Rio de Janeiro em 0. Em termos sociológicos, a Revolta
da Chibata foi um movimento social
) camponês, pois os seus integrantes expressavam valores e práticas coerentes com suas origens rurais.
b) popular, pois foi efetivada pelos marinheiros de baixo escalão que reivindicavam o fim de castigos corporais.
c) messiânico, pois era motivada pelo milenarismo, crença em uma nova era de paz, justiça social e felicidade.
d) militar, pois foi uma sublevação dos altos oficiais da Marinha, explorando a fraqueza do regime republicano.
6. UFsC 2017
Tragédia anunciada
Coronéis locais, forças estaduais e exército se uniram para combater as “cidades santas”, territórios autônomos criados por
caboclos. Cerca de 200 seguidores do monge e curandeiro José Maria estão reunidos em Irani. Todos eles homens simples,
sertanejos, refugiaram-se ali na esperança de evitar um confronto com as forças do governo. Mas é tarde demais: a essa altura,
o simples agrupamento – em uma região de conflitos fronteiriços e de instabilidade social – já é considerado uma atitude hostil
às autoridades. Em resposta à ameaça, o governo resolve atacar: uma força de 58 soldados do Regimento de Segurança do
Paraná entra em combate com os sertanejos. Morrem 21 pessoas, entre elas os chefes dos grupos em confronto – o coronel
João Gualberto Gomes de Sá e o monge José Maria.
MACHADO, Paulo Pinheiro. Tragédia anunciada. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 7, n. 85, p. 17, out. 2012.
Sobre o movimento do Contestado, narrado no trecho acima, e os demais movimentos sociais rurais ocorridos na
Primeira República (-0), é correto afirmar que:
diferentemente do que ocorria nas regiões Norte e Nordeste do país, o coronelismo catarinense caracterizava-se
pela atuação em defesa das populações sertanejas na luta pela legitimação da posse da terra.
para autoridades civis e militares do governo republicano e para amplos setores da imprensa, o movimento do
Contestado era uma reedição do fanatismo de Canudos que, portanto, precisava ser energicamente eliminado.
o messianismo foi a crença que alimentou as esperanças das populações sertanejas e contribuiu para a organi-
zação de movimentos de resistência.
no final do século XIX, apoiado oficialmente pela Igreja Católica, Antônio Conselheiro liderou sertanejos do inte-
rior da Bahia em um movimento pela defesa do retorno da Monarquia e pela pacificação dos conflitos no sertão
nordestino.
a Cabanagem e a Balaiada, movimentos ocorridos no meio rural do Norte e do Nordeste do país, buscaram arti-
cular as populações sertanejas na luta contra o coronelismo nas primeiras décadas da República brasileira.
entre o final do século XIX e a década de 193, no interior do Nordeste do Brasil, bandos de homens armados,
conhecidos como cangaceiros, agiam à margem da lei e contestavam a ordem dominante dos latifundiários e dos
coronéis.
Soma:
Guia de estudos
FrENtE 1
Guia de estudos
2. Constituição de 1934
y República, presidencialista e federalista.
y Sufrágio secreto e universal.
– Manutenção do voto feminino estabelecido no Código Eleitoral de .
y Garantia de direitos trabalhistas.
FrENtE 1
Guia de estudos
Exercícios de sala
1. Enem 2018 d) conquistar a aprovação política por meio do apelo
carismático.
e) estimular o interesse acadêmico por meio de
exercícios intelectuais.
4. FiCsaE-sP Depois do ataque japonês a Pearl Harbor, e com a entrada dos Estados Unidos na guerra contra o Eixo, o leque
de produtos comprados à América Latina aumentou bastante. A borracha e o quartzo brasileiro adquiriram um papel vital
na defesa do continente.
(Antonio Pedro Tota. O imperialismo sedutor, 2000.)
O texto apresentado se refere ao contexto histórico e político do Brasil que envolveu a participação da seleção brasileira
de futebol na Copa do Mundo de , na França. De acordo com esse parágrafo e o contexto ao qual ele remete,
) identifique o ideal, destacado reiteradamente no texto, que deveria ser seguido pelos jogadores brasileiros, se-
gundo a propaganda do Estado Novo.
b) explique os propósitos do Estado Novo varguista ao propagar a identidade entre o povo brasileiro, o futebol
e a nação.
Guia de estudos
FrENtE 1
Exercícios de sala
1. Unoee-Pr 2017 Analise as indicações abaixo: II - Expectativa de apoio estatal nas disputas
I - Censura e controle de terra
O samba O Bonde de São Januário, de autoria de Wilson “Deste Norte do Paraná, que já parecera o eldorado para
Batista composta em 1940 e interpretado por Ataúfo Alves, milhares de brasileiros que para lá se deslocavam, chega
foi censurado pelo DIP (Departamento de Imprensa e a carta de José Arruda de Oliveira. A carta não serve ape-
Propaganda). Esse órgão, criado pelo governo de Getúlio nas para pedir, mas também contar sua vida: “Trabalhei
Vargas durante o Estado Novo, exercia de forma severa a na Bahia em cinquenta e cinco tarefas de cacau, mas só
censura sobre os jornais, as revistas, o teatro, o cinema, a recebi mil cruzeiros por pé. Tenho sofrido muito na unha
literatura, o rádio e as demais manifestações culturais. A dos tubarões. Eu não queria trabalhar mais para os tuba-
letra original dizia: “O bonde de São Januário/leva mais rões”. Tubarão, na linguagem da época, era o explorador
um sócio otário/só eu não vou trabalhar”. que não plantava, mas colhia o resultado de seu plantio.
Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/ Arruda continuava: “Formei quatro alqueire de café, e te-
debaser/singlefile.php?id=23459. nho uma posse. Mas agora homem da companhia agrícola
de Catanduva diz que a terra é deles. Eu agaranto que é
O Bonde de São Januário mata do Estado”. Ser mata do Estado abria para Arruda a
Quem trabalha é quem tem razão esperança de que pudesse ficar em paz: “eu assisti o seu
Eu digo e não tenho medo de errar comício em Londrina e fiquei muito satisfeito. Eu queria
O Bonde de São Januário leva mais um operário muito conversar com o senhor pra contar o que acontece
Sou eu que vou trabalhar aqui no Paraná.”.”
Antigamente eu não tinha juízo RIBEIRO, Vanderlei V. Cartas da roça ao presidente: os
Mas hoje eu penso melhor no futuro camponeses ante Vargas e Perón. Revista de História Comparada,
Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 9, 2007.
Graças a Deus sou feliz vivo muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém Após analisarmos tais considerações frente ao que se
Passe bem! denominou “Era Vargas”, podemos indicar como IN-
Composição: Wilson Batista CORRETA a seguinte alternativa:
Guia de estudos
NTE
SUAS TECNOLOGIAS
FRE
HISTÓRIA
agsa
z/Sh
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rsto
ck.c
m o
FRENTE 2
AULAS 37 e 38
146 História AULAS 37 e 38 O pensamento do século XIX: liberalismo, socialismo, anarquismo e positivismo
y Papa Leão XIII: na Bula Rerum Novarum (“Das coisas C. Socialismo e comunismo
novas”), de 1891, apelou para o espírito cristão dos y Contradições do capitalismo levariam a sua superação.
capitalistas, intimando-os a tratar bem seus operários. y Transição por meio de revolução ou ditadura do
A conciliação entre patrões e operários seria a condi- proletariado.
ção para a construção de uma sociedade harmônica. y Comunismo: sociedade sem classes e, por consequên-
cia, sem Estado.
Socialismo científico
y Materialismo de Feuerbach: nada existe além da natu- 5. Anarquismo
reza e dos homens, de modo que todo fenômeno fora
do mundo concreto é uma invenção do ser humano. A. Características
y O que é ideologia? Uma falsa consciência, operada
em benefício das classes dominantes, que oculta e
y O ser humano pode viver em harmonia em um mundo
sem Estado.
justifica as contradições sociais, naturaliza as desi-
gualdades e justifica as explorações.
y O poder cria a ilusão de sua própria necessidade e
não é a solução para as mazelas.
y Materialismo histórico-dialético.
y Realidade: fruto de um processo histórico. y Crítica ao poder, ao Estado, ao nacionalismo e a ou-
tras forças repressoras.
y Ação espontânea pela igualdade e fim do Estado.
y Crítica ao liberalismo e ao socialismo marxista.
Exercícios de sala
1. UFU-MG 2018 “[...] Nós colocávamos – e éramos obri- b) No socialismo utópico, a doutrina defendida por
gados a colocar – a ênfase principal, antes de mais nada, Robert Owen e Charles Fourrier, prevaleciam as
em derivar de fatos econômicos fundamentais as ideias ideias de transformar a realidade por meio da luta
políticas, jurídicas e as demais noções ideológicas e as de classes, da superação da mais valia e da revo-
ações por elas desencadeadas. [...] A base dessa ideia é lução socialista.
uma concepção vulgar da causa e do efeito como polos c) O socialismo científico proposto por Karl Marx e
opostos de forma rígida”. Friedrich Engels, através do Manifesto Comunista
ENGELS, F. Carta a Franz Mehring, Londres, 14 de julho de 1893.
In: Cartas filosóficas e outros escritos. São Paulo: Grijalbo, 1977. p. 42-44.
de 1848, defendia uma interpretação socioe-
conômica da história dos povos, denominada
A justificativa da posição teórica de Engels na citação materialismo histórico.
acima teve por objetivo advertir sobre os riscos do ma- d) O anarquismo do russo Mikhail Bakunin defendia
terialismo histórico a formação de cooperativas, mas não negava a
) se distanciar do materialismo de Feuerbach. importância e a necessidade do Estado para a eli-
b) deixar de ser determinista. minação das desigualdades.
c) se aproximar do idealismo hegeliano.
d) deixar de ser dialético. 3. UtFPr Na primeira metade do século XIX, as filo-
sofias inspiradas no Iluminismo começaram a ter um
2. Uece 2014 O século XIX foi marcado pelo surgimen- efeito dramático, reflexo das pressões para mudanças
to de correntes de pensamento que contestavam o sociais rápidas. Dentre as correntes de pensamento
modelo capitalista de produção e propunham novas desse período, uma se destaca por ter sido formula-
formas de organizar os meios de produção e a distri- da por Augusto Comte (7-57), que propunha que
buição de bens e riquezas, buscando uma sociedade a existência social deve se pautar em valores com-
que se caracterizasse pela igualdade de oportunida- pletamente humanos, afastando-se da teologia cristã,
des. No que diz respeito a essas correntes, assinale a principalmente. Estamos falando do:
afirmação verdadeira. ) Romantismo.
) O socialismo cristão buscava aplicar os ensi- b) Utilitarismo.
namentos de Cristo sobre amor e respeito ao c) Positivismo.
próximo aos problemas sociais gerados pela d) Anarquismo.
FrENtE 2
5. Udec 2019 “Em lugar da antiga sociedade burguesa, Os textos citados indicam visões opostas e conflitantes
com suas classes e antagonismos de classe, surge uma sobre a organização da vida política e social. Responda
associação onde o livre desenvolvimento de cada um é quais foram os sistemas políticos originados pelos dois
a condição do livre desenvolvimento de todos.” (Marx, textos e discorra brevemente sobre suas divergências.
Karl; Engels, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista.)
O Manifesto Comunista, escrito por Karl Marx e Friedrich
Engels, expressa uma série de ideias que anunciam os
princípios do comunismo. A respeito do comunismo,
analise as proposições e assinale (V) para verdadeira
e (F) para falsa.
i. Foi o modelo político implementado na Alemanha
Nazista e na Rússia Stalinista.
ii. O modelo comunista prevê um governo ditato-
rial, centralizado nos proletários que instauram
um governo de substituição ao que vinha sendo
exercido pela sociedade burguesa.
iii. No Brasil, o governo de João Goulart foi, irrefuta-
velmente, comunista.
Assinale a alternativa coe, de cima para baixo.
) F – F – V
b) V – V – V
c) V – F – F
d) F – V – F
e) F – F – F
Guia de estudos
148 História AULAS 37 e 38 O pensamento do século XIX: liberalismo, socialismo, anarquismo e positivismo
FRENTE 2
AULAS 39 e 40
AULAS 39 e 40 O Congresso de Viena, as revoluções de 1830 e 1848, as unificações alemã e italiana e a Comuna de Paris 149
Entre a Primavera dos Povos e a Comuna de B. Alemanha
Paris: 1848 a 1871 y Origem: Sacro Império Romano-Germânico.
y Confederação Germânica (39 Estados, entre eles,
A. Eleçõe de Prússia, Áustria e Hungria).
y Industrialização: distritos industriais e centros urba-
Em um país destroçado pelas guerras e pela crise eco-
nos surgiram em várias regiões, estradas de ferro se
nômica, os franceses viram em Luís Bonaparte, sobrinho de
multiplicaram, as minas de carvão e ferro permitiram o
Napoleão, a possibilidade de voltar às glórias do passado crescimento das indústrias siderúrgicas e metalúrgicas.
napoleônico. y Houve movimento democrático pela unificação, que
fracassou.
B. “O Bumáo de Luí Bonpe” y Guilherme I e Otto von Bismarck realizam unificação
O presidente foi transformado em imperador por meio monárquica, autoritária e impositiva. Três guerras fo-
de um plebiscito em 182, ganhando a coroa e o título de ram necessárias.
Napoleão III. y Guerra dos Ducados (1864): com a Áustria, Prússia ane-
xa os ducados de Schleswig e Holstein, da Dinamarca.
C. segundo impéo Fncê (-) y Guerra Austro-Prussiana ou Guerra das Sete Semanas
Controle do proletariado, modernização capitalista, (1866).
y Guerra Franco-Prussiana (180).
abertura ao capital estrangeiro e crescente industrialização,
y 181: kaiser Guilherme I coroado imperador da
com a construção de portos, ferrovias, estradas e bondes.
Alemanha. Começo do Segundo Reich.
Paris recebeu uma imensa reforma, afirmando-se como
centro cultural mundial. Consequências
A política externa do Império foi desastrosa e ambí-
y Revanchismo francês: os franceses foram obrigados
gua, marcada por guerras e intervenções que minaram a a devolver a rica região de Alsácia-Lorena para os
economia francesa e a popularidade de Napoleão III. O epi- alemães, desarmar sua guarda nacional e pagar bi-
sódio fatal da política externa de Napoleão III foi a Gue lhões de francos em indenizações.
Fnco-Pun. Nascia, aí, o famoso evnchmo fn- y Desequilíbrio na Europa com o surgimento de uma
cê, fundamental para a Primeira Guerra Mundial. nova potência capitalista e militarista, a Alemanha.
Após a humilhante derrota dos franceses, teve fim o y Nacionalismo “frágil” alemão foi terreno fértil para a se-
Segundo Império e foi implantada a Terceira República meadura de ideias ultranacionalistas, como o nazismo.
Francesa (180-1940). Assim, quando, por exigência da
Alemanha, o governo francês tentou desarmar a guarda na- C. Itália (Il Risorgimento)
cional parisiense, operários, artesãos, socialistas de diversas y Desde o Império Romano, carecia de unidade política.
tendências – e, sobretudo, anarquistas – pegaram esponta- y Com o Congresso de Viena (1814-181), a península
neamente em armas e tomaram Paris durante 2 dias. Foi a Itálica ficou novamente dividida e subjugada.
Comun de P, que, apesar de ser duramente reprimida, y Movimento democrático e republicano pela unificação:
inspirou o movimento socialista do século seguinte. Jovem Itália (Mazzini e Garibaldi, lideranças). Derrotado.
y Vítor Emanuel II e Conde de Cavour realizam unifica-
4. Unificações italiana e alemã ção monárquica, autoritária e impositiva. Aliança de
Vítor Emanuel II com Garibaldi e os “camisas verme-
lhas”. Vítor Emanuel II foi proclamado rei; os Estados
A. Características comuns Pontifícios foram anexados em 180.
y Unificações monárquicas, autoritárias e impositivas.
y Identidades nacionais frágeis. Consequências
y Liderança dos Estados mais industrializados: Prússia, y Algumas províncias italianas (Trentino, Tirol Meridio-
na Alemanha, e Piemonte-Sardenha, na Itália. nal, Trieste, Ístria) continuavam nas mãos da Áustria.
y Desigualdade Norte-Sul. y Desigualdade regional e emigração.
Exercícios de sala
1. UEMG 2016 Há duzentos anos, em 9 de junho de 1815, contrapesos conhecido como “Concerto Europeu”(...).
encerrava-se o Congresso de Viena, conferência de pa- O Concerto Europeu procurou substituir um arranjo uni-
íses europeus que, após nove meses de deliberações, polar por um sistema inovador de consultas plurilaterais.
estabeleceu um plano de paz de longo prazo para o con- Esse esforço visava a garantir a estabilidade europeia no
tinente, que vivia um contexto político conturbado (...). pós-guerra.
Para alcançar esse objetivo, os diplomatas presentes ao http://blog.itamaraty.gov.br/63-historia/146-200-anos-do-
Congresso de Viena criaram um mecanismo de pesos e congresso-de-viena. Acesso em: 20/7/2015.
150 História AULAS 39 e 40 O Congresso de Viena, as revoluções de 1830 e 1848, as unificações alemã e italiana e a Comuna de Paris
b) a revolução de 848, liderada pelos homens de
83, isto é, a classe burguesa, tinha como maio-
res objetivos a queda de Luís Bonaparte e a vitória
das ideias socialistas, pregadas nos banquetes e
nas barricadas contra o rei e contra a nobreza.
c) a revolução de 848, influenciada pelo socialismo
utópico, significou a luta entre a classe burguesa,
líder da revolução de 83, e as classes popula-
res que, cada vez mais organizadas na campanha
dos banquetes e nas barricadas, forçaram a queda
do rei Luís Felipe.
http://blog.itamaraty.gov.br/images/viena.jpg. Acesso em: 19/9/2015.
d) os líderes revolucionários de 848, os mesmos
O contexto conturbado vivido pela Europa antes do da revolução de 83, sob forte propaganda das
Congresso de Viena e os resultados deste foram, ideias liberais e influenciados pela luta política,
respectivamente: convocaram e obtiveram o apoio das classes po-
a) A guerra dos sete anos que colocaram em con- pulares, no Parlamento, contra o rei Luís Felipe.
fronto Inglaterra e França em função de disputas e) o rei Luís Felipe, no trono francês entre 83 e
territoriais na América. – A expulsão da França da 848, foi derrubado por uma bem orquestrada
Liga das nações por ter desrespeitado regras in-
luta política no Parlamento, que uniu liberais e so-
ternacionais preestabelecidas.
cialistas, vitoriosa para essa aliança, que formou
b) A disputa imperialista protagonizada pelas nações
o governo provisório e elegeu o presidente Luís
europeias em função da crise econômica vivida no
século XIX. – Evitou-se provisoriamente um con- Bonaparte.
flito de proporções mundiais já que, por meio de
concessões, garantiu-se um equilíbrio político. 3. UEL-PR 2020
c) A expansão napoleônica que destronou reis e
promoveu a invasão e ocupação militar sobre
diversas regiões. – Restauração das monarquias
depostas por Napoleão, legitimação das existen-
tes à época e a criação da Santa Aliança.
d) A primeira grande guerra, que foi consequência de
um momento marcado pelo nacionalismo exacer-
bado e por rivalidades econômicas e territoriais. –
A imposição de uma paz despreocupada com o
equilíbrio mundial pois humilhava os derrotados.
2. FGV-SP 2016
(...) os homens que naquele momento estavam en-
carregados de pôr termo à Revolução de 1848 eram
precisamente os mesmos que fizeram a de 30. (...)
O que a distinguia ainda, entre todos os acontecimen-
tos que se sucederam nos últimos sessenta anos na França,
DELACROIX, E. Liberdade Guiando o Povo. 1830.
foi que ela não teve por objetivo mudar a forma, mas alte- Óleo sobre tela, 260 x 325 cm. Museu do Louvre (Paris, França).
rar a ordem da sociedade. Não foi, para dizer a verdade,
uma luta política (...), mas um embate de classe (...). Exposta no Museu do Louvre, a obra “Liberdade Guiando
Havia se assegurado às pessoas pobres que o bem dos o Povo”, remete à existência de questão social ainda
ricos era de alguma maneira o produto de um roubo cujas hoje debatida. Com base na imagem e nos conheci-
vítimas eram elas (...). mentos sobre modernidade e vida social, é correto
É preciso assinalar ainda que essa insurreição terrível afirmar que a obra representa
não foi fruto da ação de certo número de conspiradores, a) a luta de estratos sociais em defesa da igualdade
mas a sublevação de toda uma população contra outra (...). jurídica e pela conquista dos direitos de cidadania.
(Alexis de Tocqueville, Lembranças de 1848. 1991) b) a primeira tentativa de revolução social do prole-
FRENTE 2
AULAS 39 e 40 O Congresso de Viena, as revoluções de 1830 e 1848, as unificações alemã e italiana e a Comuna de Paris 151
4. UFU-MG 2018 Alexandre, Bispo, Servo dos Servos de ) Fortaleceu a posição dos militares diante da so-
Deus, ao Caríssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre Rei ciedade francesa.
dos Portugueses, e a seus herdeiros, ‘in perpetuum’. Está b) Baseou-se no ideal centralizador do absolutismo.
claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe c) Estimulou os privilégios e a hierarquização da
católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa sociedade.
Igreja, (...) Por isso, nós, atendemos às qualidades de pru- d) Instituiu o ensino religioso em toda França.
dência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua e) Foi uma fonte de inspiração para o movimento
pessoa, tomamo-la sob a proteção de São Pedro e nossa, e operário.
concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao
teu excelso domínio o reino de Portugal (...)
Disponível em: <http://ensina.rtp.pt/artigo/a-bula-manifestis-probatum-o-
6. Uej 2017
documento-fundador-do-reino/>. Acesso em 06 de mar. 2018.
Guia de estudos
152 História AULAS 39 e 40 O Congresso de Viena, as revoluções de 1830 e 1848, as unificações alemã e italiana e a Comuna de Paris
FRENTE 2
AULA 41
Novos meios de transporte Trens e navios a vapor Automóveis, bondes, além da melhoria em trens e navios
Invenções importantes: anestésicos, antissépticos, raios X, fotografia, máquina de escrever, fertilizantes, rádios, tele-
fones, bicicletas, aviões, metralhadoras, torpedos, submarinos, cinema.
Exercícios de sala
1. Fuvest-SP 2017 Com base na tabela, é correto afirmar:
Níveis per capita de industrialização, 1750-1913.
a) A industrialização acelerada da Alemanha e
(Reino Unido em 1900 = 100) dos Estados Unidos ocorreu durante a Primeira
Revolução Industrial, mantendo-se relativamente
País 1750 1800 1860 1913
inalterada durante a Segunda Revolução Industrial.
Alemanha 5 5 b) Os países do Sul e do Leste da Europa apresen-
taram níveis de industrialização equivalentes aos
Bélgica 2
dos países do Norte da Europa e dos Estados
China 6 4 3 Unidos durante a Segunda Revolução Industrial.
c) A Primeira Revolução Industrial teve por epicen-
Espanha 7 7 22
tro o Reino Unido, acompanhado em menor grau
EUA 4 2 26 pela Bélgica, ambos mantendo níveis elevados
durante a Segunda Revolução Industrial.
França 2 5
d) Os níveis de industrialização verificados na Ásia
Índia 7 6 3 2 em meados do século XVIII acompanharam o
movimento geral de industrialização do Atlântico
Itália 26
Norte ocorrido na segunda metade do século XIX.
FRENTE 2
3. Unep 2020
Era esta uma das artérias principais da cidade e regurgitara de gente durante o dia todo. Mas, ao aproximar-se o anoitecer,
a multidão engrossou e, quando as lâmpadas se acenderam, duas densas e contínuas ondas de passantes desfilavam [...].
Muitos dos passantes tinham um aspecto prazerosamente comercial e pareciam pensar apenas em abrir caminho através
da turba. Traziam as sobrancelhas vincadas e seus olhos moviam-se rapidamente; quando davam algum encontrão em outro
passante, não mostravam sinais de impaciência; recompunham-se e continuavam, apressados, seu caminho.
(Contos de Edgar Allan Poe, 1986.)
O conto, originalmente publicado em , apresenta um perfil das metrópoles do século XIX, destacando
) a solidariedade entre os habitantes, o desenvolvimento da cidadania e a força da indústria.
b) o declínio das atividades comerciais, os ruídos incessantes das ruas e a solidão dos habitantes.
c) a conformação de uma nova sensibilidade, o arcaísmo tecnológico e a imobilidade dos habitantes.
d) o ordenamento do espaço urbano, o controle policial da circulação e o crescimento do desemprego.
e) o crescimento populacional, a dinâmica da circulação urbana e a impessoalidade nas relações.
Guia de estudos
Pncp colôn Caribe e América Central Ásia, África e América (para os Estados Unidos)
Exercícios de sala
1. Uef-Ba 2018 Com o início da anexação do Marrocos pela França, uma crise violenta eclode entre a França e a Alemanha,
que, em 1911, coloca uma canhoneira diante de Agadir, para demonstrar sua decisão de partir para o confronto. A prova
de força se resolve com a devolução à Alemanha de parte de Camarões. Em 1912, o sultão do Marrocos decide assinar um
tratado de protetorado que põe seu país sob a tutela francesa.
(Marc Ferro. A colonização explicada a todos, 2017. Adaptado.)
O historiador descreve as relações de força presentes nos processos de anexação de territórios e mercados pelos
países imperialistas europeus. São exemplos dessas relações:
) oposições culturais entre os povos expansionistas e decisões arbitradas por organizações políticas supranacionais.
b) disputas entre economias industrializadas e acordos em prejuízo de sociedades colonizadas.
c) divergências de sistemas sociais entre nações colonizadoras e missões civilizadoras dos povos cristãos nos
países afro-asiáticos.
d) guerras mundiais desencadeadas nas áreas colonizadas e desindustrialização das nações dominadoras.
e) divisões dos conquistadores em exploradores e favoráveis aos povos colonizados e formação da liga internacio-
FrENtE 2
Assinale a alternativa que, segundo o texto, indica uma das principais consequências do colonialismo europeu no
continente africano.
) A imposição do conhecimento de várias línguas para a inserção de africanos no mundo globalizado.
b) A precarização da educação formal que impossibilita a correta formação para o mercado de trabalho.
c) A negação, por parte dos africanos, de conceitualizar o mundo, a partir das línguas nativas, no contexto pós-colonial.
d) A experiência de intercâmbio promovida pelas antigas colônias, permitindo que os africanos tenham dupla cidadania.
e) A distância entre as formas culturais das sociedades africanas e o caráter eurocêntrico da formação escolar colonial.
3. FGV-sP 2020 [...] no final do século XIX [...] discursos “científicos” estabelecem, a partir de características físicas e cul-
turais, uma classificação dos povos e uma desigualdade das raças. [...] Mas são sobretudo as revistas de geografia e de
etnografia que influenciam os colonos, ao refletir sobre os melhores métodos para “civilizar nossos negros”. Considera-se,
de fato, que os povos que não pertencem à “raça” branca são atrasados, infantilizados.
(Marc Ferro. A colonização explicada a todos, 2017.)
Considerando o texto e conhecimentos sobre a história europeia do final do século XIX, pode-se concluir que
) as argumentações ideológicas procuravam legitimar socialmente projetos expansionistas.
b) as afirmações da antropologia científica refutavam os artigos dos periódicos de grande circulação.
c) as anexações de territórios estavam desvinculadas de interesses econômicos dos Estados conquistadores.
d) as trocas culturais entre as nações eram vistas como a comprovação da diversidade social da humanidade.
e) as potências pretendiam fortalecer militarmente os povos dominados por meio da medicina tropical.
Guia de estudos
Exercícios de sala
1. Uej 2020 Entre 1899 e 1902, 48000 pessoas morreram em cam-
pos de concentração na Guerra dos Bôeres, ou Guerra
Campos de concentração na da África do Sul. Os campos foram estabelecidos pelos
África do Sul, 1901 britânicos como parte de sua campanha militar contra
duas pequenas repúblicas africanas: o ZAR (Transvaal) e
o Estado Livre de Orange. A administração dos campos foi
terrível. A comida era de péssima qualidade, o saneamento
deplorável, as tendas estavam superlotadas e a assistência
médica era insuficiente. Pouco se sabia na época sobre
como lidar com epidemias de sarampo e febre tifoide.
FRANSJOHAN PRETORIUS Adaptado de theconversation.com, 18/02/2019.
A partir de seus conhecimentos e da comparação entre os dois mapas, pode-se afirmar que
) a partilha do continente africano ocorreu no início do século XIX, assegurando o equilíbrio entre as áreas territo-
riais controladas pelas potências europeias.
b) o processo de libertação da África do domínio colonial europeu desenvolveu-se no decorrer do século XIX, a
partir de acordos diplomáticos com as potências europeias.
c) a ocupação do centro africano ocorreu no decorrer do século XIX e reafirmou a hegemonia das mesmas potên-
cias europeias que já colonizavam o litoral do continente.
d) a ocupação principal da África ocorreu no decorrer do século XIX, culminando com a partilha do continente pelas
potências europeias.
e) o avanço da ocupação europeia para o centro do continente africano foi pacífico e de natureza semelhante à
dominação do litoral no princípio do século XIX.
3. Uncmp-sP 2019 Os viajantes, missionários, administradores coloniais e etnógrafos europeus, no passado, tenderam a
fundir múltiplas identidades em um único conceito de tribo. O uso da palavra tribo para descrever as sociedades africanas
surgiu de um desejo de enaltecer o Estado-nação, ao mesmo tempo em que sugeria a inferioridade inerente de outros. Em
resumo, conotava políticas primitivas que eram menos desenvolvidas do que as políticas dos Estados-nação.
(Adaptado de John Parker e Richard Rathbone, “A ideia de África”, em História da África. Lisboa: Quimera, 2016, p. 56-58.)
Guia de estudos
Exercícios de sala
1. Uem 2015 “A Ásia, que tinha sido berço das grandes 2. UPE 2018 O evento histórico, evidenciado pela ima-
civilizações, a cujo gênio a humanidade deve seus pri- gem, teve como principal característica sociopolítica
meiros progressos fundamentais, como a domesticação
dos animais, a agricultura, a criação de animais, a ce-
râmica, a metalurgia, o papel, a pólvora etc, bem como
as instituições de vida social (cidades, Estados organiza-
dos, moeda, a escrita), perdeu, ao longo de dois séculos
de dominação europeia, cinco milênios de autonomia
e liderança”.
(Fonte: LINHARES, Maria Yedda. Em face do imperialismo e do colonialismo.
In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira da et al. Impérios na História.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.)
Fonte: http://www.historia.uff.br/nec/sites/default/
files/A_Revolta_dos_Boxers.pdf.
b) Explique-a.
) a defesa do antiocidentalismo.
b) o apoio da oligarquia colonial.
c) adesão ao movimento colonialista.
d) a formação de um governo de coalizão.
e) o auxílio dos EUA na guerra contra os invasores.
No ano de a França consagrou-se como bicampeã da Copa do Mundo de Futebol, enquanto a Bélgica, respon-
sável pela eliminação do Brasil, terminou em terceiro lugar. Refletindo a respeito do perfil das seleções de futebol
representantes dos dois países, responda:
) O que os dados do mapa revelam sobre a origem étnica dos jogadores de futebol das duas seleções?
b) Como é possível explicar o perfil atual das seleções de futebol mencionadas, tomando por referência o passado
histórico das nações que hoje se destacam nessa modalidade esportiva?
Guia de estudos
160 História AULA 44 O imperialismo III: China e Índia — panorama e século XIX
FRENTE 2
AULAS 45 e 46
Montenegro, Croácia, Eslováquia, Bulgária, Romênia, Calcula-se que % do povo armênio (1, milhão de pes-
Grécia, Albânia, Macedônia, Trácia e Kosovo) era do- soas) foi assassinado.
minada por esse império desde o século XVI.
y Diante do quadro de decadência, no século XIX, E. Revolução Russa (1917)
diversos grupos dos Bálcãs conseguiram sua inde- Com melhores tropas, comando e tecnologia, os ale-
pendência: Grécia (1830), Sérvia (186), Bulgária, mães destruíram os exércitos russos. Em 191, com a
Montenegro e Romênia (188). Revolução, os russos saíram da guerra.
Exercícios de sala
1. Uej 2019 Os Governos aliados e associados declaram e a Alemanha
reconhece que ela e seus aliados são responsáveis por
Tratado de Versalhes (1919) haver causado todas as perdas e todos os prejuízos que
PARTE VII sofreram os Governos aliados e associados e seus cida-
Sanções dãos, como consequência da guerra que foi imposta pela
Artigo 227 agressão da Alemanha e de seus aliados.
Adaptado de cervantesvirtual.com.
As Potências aliadas ou associadas acusam publicamente a
O Tratado de Versalhes foi elaborado no contexto das
Guilherme II de Hohenzollern, ex-Imperador da Alemanha,
negociações de paz após o fim da Primeira Guerra
por ofensa suprema contra a moral internacional e a au-
Mundial (-).
toridade sagrada dos Tratados.
A partir do texto, observa-se que no tratado foram ins-
PARTE VIII tituídas cláusulas para o governo alemão com base no
Reparações seguinte princípio:
Artigo 231 ) belicismo
b) revanchismo
c) integracionismo
d) colaboracionismo
Guia de estudos
A Revolução Russa
1. Rússia pré-Revolução y : protestos; Domingo Sangrento; Revolução de
190 ou Ensaio Geral.
A. Política y reuldo: monarquia constitucional (Duma). Parla-
mento sem grande poder.
y Estado absolutista e despótico.
Czar: Nicolau II (1894-191), da Dinastia Romanov.
y B. Revolução de Fevereiro de 1917
y Polícia política.
y % da população era não russa, oprimida pelo czaris- y -: Oito milhões de russos participam da Pri-
mo. Formada por poloneses, ucranianos, bielo-russos, meira Guerra Mundial. Mais de milhões de soldados
letões, estonianos, lituanos, finlandeses, georgianos, russos foram mortos. Exército desarmado e indisci-
armênios, azerbaijanos etc. Juntava-se à repressão ét- plinado. Fome, baixa produção de cereais, inflação
nica, a repressão religiosa: cristianismo ortodoxo russo intensa.
esmagava judeus, católicos, protestantes e islâmicos. y revolução: As autoridades czaristas foram destituí-
das. O czar Nicolau foi colocado em prisão domiciliar
B. Religião e acabou assassinado pelos bolcheviques em 1918.
y Cristianismo Ortodoxo, atrelado ao Estado. y reuldo: Formação de um duplo poder: Governo
Provisório, central e com capital em Petrogrado (kade-
C. Economia tes, mencheviques), versus Sovietes (conselhos).
y Agrícola, 80% da população vivia no campo.
Atenção
y 88% das exportações totais da Rússia eram de cereais.
y Classe operária sem direitos, vinda do campo. Os sovietes eram organizações políticas democráticas,
y Burguesia russa: classe enfraquecida. abertas aos partidos socialistas e populares, excluindo
burgueses. Eram os representantes reconhecidos da in-
D. Revolução cultural precedeu a revolução surreição vitoriosa. Muitos sovietes se ligaram à Duma e
governaram junto a ela; muitos, no entanto, consideravam
política: cultura riquíssima na virada do século os sovietes como única autoridade legítima. Para os bol-
XIX para o século XX cheviques, os sovietes eram o fundamento do socialismo.
y Pnu: Wassily Kandinsky.
y teo: Vladimir Maiakóvski.
y Leu: Dostoiévski e Tolstói. C. Revolução de Outubro de 1917
y Múc: Pyotr Tchaikovsky e Igor Stravinsky. y Po que o goveno menchevque fcou? Recu-
y Floof políc: Lênin e Trotsky. sou a redução da jornada de trabalho e o aumento
salarial; negou aos camponeses uma coletivização
E. Correntes de oposição ao czarismo agrária; bloqueou a democratização das forças arma-
y POsDr (Partido Operário Social-Democrático da Rússia, das; prometeu reformas para depois da Constituição;
de 1898), que seguia as doutrinas clássicas do mar- prometeu a Constituição para depois da guerra. Com
xismo. Dividia-se em duas correntes: medo da hostilidade dos países ocidentais (por aban-
– Menchevque (menche, mno): a Rússia ainda doná-los na luta contra a Alemanha), manteve-se
não estava pronta para chegar ao socialismo. na guerra.
– Bolchevque (bolche, mo): aliança entre o y Lênn: “Todo poder aos sovietes”, “Pão, Paz e Terra”.
povo (operários e camponeses) e os intelectuais. y Keenky: líder menchevique que empreendeu inten-
y Dois partidos liberais: Kadetes (KDs, constituciona- sa repressão à esquerda, alegando que os seguidores
listas democráticos), partidários do liberalismo, e os de Lênin eram aliados dos alemães. Restabeleceu a
Outubristas. pena de morte e a censura no exército, ordenou o
FrENtE 2
a) Indique duas características da produção cultural na Rússia, nos anos posteriores à Revolução de 1917.
b) Identifique e comente uma crítica e uma proposta de mudança presentes nos dois poemas.
2. UnB-DF 2017 (Adapt.) Em outubro de 1917, os bolcheviques (maioria, em russo) lideraram uma revolução, invadiram o
palácio do czar, subiram pelas escadarias e derrubaram séculos de absolutismo, instalando um governo de operários e campo-
neses. Tudo mentira. Os bolcheviques não eram maioria, o czar não morava no palácio de inverno (ele abdicara em 7 março
e estava preso a quilômetros de distância). Em outubro de 1917, não havia mais monarquia, e a Rússia era uma república
mambembe. Os poucos revoltosos entraram no palácio por janelas laterais, e o prédio não estava guarnecido por tropa capaz
de defendê-lo. A cena da tomada do palácio, com uma heroica multidão subindo sua escadaria, foi uma invenção do cineasta
Sergei Eisenstein. Ele teve a ajuda de cinco mil figurantes, e a filmagem, em 1928, causou mais danos ao palácio que a sua
tomada em 1917. A grandiosidade de Eisenstein fez que suas cenografias engolissem a realidade. O massacre da escadaria de
Odessa, do Encouraçado Potemkin, também não aconteceu.
Elio Gaspari. O centenário da Rússia de 1917. In: O Globo, 11/1/2017, p. 16 (com adaptações).
Questões relacionadas às minorias foram ignoradas quando da formação da URSS, tendo a unificação do território
sido a principal preocupação política dos russos.
Ao lado do liberalismo e do nacionalismo, o socialismo foi uma das grandes expressões ideológicas do século XIX
no Ocidente. Enquanto os dois primeiros correspondem à crescente afirmação da ordem burguesa, o socialismo foi
um contraponto à consolidação do capitalismo como sistema econômico dominante a partir da Revolução Industrial.
3. EsPM 2017 Em 1915, enquanto a dinastia Romanov comemorava seu tricentenário, a Rússia vivia um desastre militar. Com
os combates da Primeira Guerra Mundial os alemães conquistaram boa parte do território russo, mais de um milhão e meio
de soldados foram mortos. No início de 1917 a Rússia estava aniquilada militarmente e desorganizada economicamente,
ocorriam desabastecimento, escassez e distúrbios populares. Em fevereiro e março irrompeu a revolução contra o czar
Nicolau II. A burguesia russa rapidamente instalou um Governo Provisório e uma Duma (Parlamento).
(Paulo Visentini e Analúcia Pereira. História do Mundo Contemporâneo.)
4. UFrGs 2017 Considere as afirmações sobre a Revolução Russa de 7 e seus desdobramentos.
i. Após a chamada “Revolução de Fevereiro”, de 191, e a abdicação do czar Nicolau II, foi instaurado um regime
parlamentar liberal, mais tarde removido pela Revolução Bolchevique de outubro do mesmo ano.
ii. Durante a guerra civil que se seguiu à Revolução, os Estados Unidos e as principais potências europeias apoia-
ram a luta dos bolcheviques contra os chamados “brancos” contrarrevolucionários.
iii. Nos grandes expurgos da década de 1930, muitos dos “velhos bolcheviques”, antigos revolucionários aliados de
Lênin, foram removidos do poder e executados a mando de Josef Stalin.
Quais estão corretas?
) Apenas I. d) Apenas I e III.
b) Apenas II. e) I, II e III.
c) Apenas III.
5. Uncmp-sP 2021
O quadro O bolchevique foi pintado pelo artista russo Boris Kustodiev (7-7). Ele faz referências à Revolução
de 7 e tem em seu centro a figura de um proletário segurando uma bandeira pintada na cor vermelha. A partir da
leitura do quadro (aqui reproduzido em preto e branco) e do seu contexto histórico, assinale a alternativa correta.
6. UsF-sP 2016 A Revolução Russa marcou uma nova fase na história da Rússia. O czarismo entrou em colapso e com
isso a revolução tornou-se iminente.
Analisando a imagem dentro do contexto histórico em que se desenvolveu a Revolução Russa, é possível concluir
que ela faz referência
) às Teses de Abril propostas por Lenin durante o governo menchevique, que era liderado por Kerenski.
b) ao Domingo Sangrento, por meio do qual a população russa saiu às ruas para reivindicar seus direitos.
c) à Revolta do Encouraçado Potemkin, quando os tripulantes saíram às ruas, apoiados pela população, demons-
trando insatisfação contra a situação social vigente.
d) à Guerra Civil após a derrubada do czarismo, na qual os sovietes reivindicavam melhorias na legislação trabalhista.
e) à Revolução Branca, que ocorreu após a aliança entre bolcheviques e mencheviques, na tentativa de criticar o
czarismo.
FrENtE 2
Guia de estudos
NTE
1
SUAS TECNOLOGIAS
FRE
GEOGRAFIA
Fortu
ner/S
hutt
erst
ock.c
om
FRENTE 1
AULAS 37 e 38
Dinâmica demográfica
Estudos populacionais y Ppulçã ltv u dnsdd dmgác: nú-
mero obtido pela divisão entre a população absoluta
O estudo sobre a população humana compreende
e a área que ela ocupa (hab./km²). Esse índice possibi-
o levantamento de um conjunto de informações e tem o
lita identificar áreas muito ou pouco povoadas.
objetivo de avaliar e planejar as mais variadas ações, de
y Tx d ntldd: número de nascimentos por ano
interesse público e privado, sendo estas, por exemplo, as
para cada mil habitantes de determinada localidade.
regras do sistema previdenciário, o volume de investimen-
Geralmente, os índices elevados estão associados
tos em saúde, as necessidades habitacionais, o tamanho
às áreas mais pobres ou aos países menos desen-
do mercado consumidor, a quantidade de mão de obra etc.
volvidos e decorrem de múltiplos fatores, como falta
Para isso, é interessante saber: o número total da po- ou deficiência de acesso aos sistemas de educação
pulação; a distribuição espacial das pessoas; os índices de e saúde, reduzidas oportunidades às mulheres para
natalidade e mortalidade; os números relacionados aos des- adentrar o mercado de trabalho formal, gravidez pre-
locamentos humanos (migrações); bem como as condições coce, entre outros.
de vida, aferidas pela renda; a expectativa de vida; o nível y Tx d mtldd: número de mortes por ano
educacional; a ingestão de calorias; o acesso e a qualidade para cada mil habitantes de determinada localidade.
dos serviços (como abastecimento de água, fornecimento A variação do índice acompanha o nível de desen-
de energia elétrica e saneamento básico); o lazer e outros volvimento da sociedade. As taxas elevadas são
indicadores socioeconômicos. consequências da ineficiência do saneamento básico,
Antes de nos aprofundarmos no estudo da demografia, do sistema de saúde, da segurança pública, da edu-
precisamos definir alguns conceitos básicos, listados a seguir. cação etc.
• Ppulçã bslut: número total de pessoas, obtido y Tx d mtldd nntl: número de crianças
pela simples contagem dos habitantes de determinada que morrem antes de completar um ano de idade
área, independente da idade e do gênero. Essa con- para cada mil habitantes de determinada localidade.
tagem pode ser feita em diferentes escalas: mundial, Esse é um bom indicador para medir as condições de
continental ou, ainda, por país, região, estado, municí- vida e o grau de desenvolvimento socioeconômico.
pio, bairro etc. É esse número que possibilita afirmar se Índices elevados são observados em lugares com
determinado país é muito ou pouco populoso. carência de atendimento, de exames no pré-natal e
de acompanhamento médico nos primeiros meses de
Mund: 10 píss ms ppulss – 2020 vida; ausência de infraestrutura de saneamento; falta
extnsã Dnsdd de acesso à água tratada; restrições alimentares, des-
Pís N hbtnts ttl dmgác nutrição e outros fatores, responsáveis por provocar
(m km²) (hb./km²)
óbitos por doenças que, atualmente, poderiam ser
China 1 402 112,00 9 562 910 148,7 facilmente evitadas e tratadas, como diarreia, febre
Índia 1 380 004,39 3 287 259 464,1 amarela, cólera e hepatite A.
y Cscmnt vgttv u ntul: diferença en-
Estados
329 484,12 9 831 510 36,0 tre as taxas de natalidade e mortalidade. Os maiores
Unidos
crescimentos são observados em locais ou países
Indonésia 273 523,62 1 913 580 145,6 menos desenvolvidos.
Paquistão 220 892,33 796 100 286,5 y Cscmnt ppulcnl u dmgác: índice
Brasil 212 559,41 8 515 770 25,4
obtido pela soma do crescimento vegetativo com o
saldo migratório (número de pessoas que partem e
Nigéria 206 139,59 923 770 226,3 que chegam a determinado local – imigração e emi-
Bangladesh 164 689,38 147 630 1 265,1 gração). Apesar de a emigração (saída de pessoas)
Rússia 144 104,08 17 098 250 8,7 ser elevada em locais e países mais pobres, seu cres-
cimento demográfico ainda tende a ser alto em razão
México 128 932,75 1 964 375 66,3
do elevado índice de crescimento vegetativo.
Fonte: WORLD BANK. World Bank Open Data. Disponível em: https://data. y Tx d cunddd: estimativa do número médio
worldbank.org/indicator/SP.POP.TOTL?end=2020&most_recent_value_
desc=true&start=2020. Acesso em: 23 nov. 2021.
de filhos naturais que uma mulher terá ao longo de
China e Índia são os países mais populosos da atualidade, com mais de
seu período reprodutivo (considera-se entre e
1 bilhão de habitantes cada. anos). Em geral, a população está sendo reposta se a
dependência por um fator fixo, que é o limite da extensão o crescimento exagerado da população mundial levaria a uma
territorial dos continentes, considerando, sobretudo, as degradação ambiental cada vez maior, uma vez que aumen-
terras agricultáveis. taria o uso dos recursos naturais e a produção de poluentes.
Exercícios de sala
1. Unsc-rS 2021 A população mundial está irregularmente distribuída pelo planeta. Grandes extensões vazias situam-se
próximo a áreas densamente povoadas. Essa irregularidade ocorre em todos os países de grande extensão territorial, que
têm como característica comum a desigual distribuição de suas populações, casos de países como Rússia, Canadá, China,
Estados Unidos, Brasil e Austrália”.
SILVA, E. A. C.; JÚNIOR, L. F. Geografia em rede, 2o ano. São Paulo. FYD, 2016. p.92
2. Uj 2020
Taxa de crescimento populacional em 2015 (%)
Adaptado de populationpyramid.net.
Considerando as informações do mapa, a curva do gráco que corresponde à projeção da população do continente
africano a partir de 2015 é:
) W b) X c) Y d) Z
3. UePG-Pr 2021 Sobre a população mundial e conceitos relacionados ao tema, assinale o que for correto.
A Ásia é o continente que apresenta a maior quantidade de países entre os mais populosos do planeta.
O Canadá, país que possui o maior território no continente americano, apresenta a segunda maior população a
nível continental.
Los Angeles, nos EUA, Cairo, no Egito, Mumbai, na Índia e Xangai, na China, são exemplos de áreas urbanas que
ultrapassam milhão de habitantes.
8 O Brasil, que teve crescimento exponencial de sua população no século XX, é um dos países mais populosos do
mundo.
A soma total da população de um município, estado ou país é chamada de população absoluta.
Soma:
4. Unsp 2016 No estudo do crescimento demográfico mundial, a teoria que considera a sociedade de consumo e os
impactos do consumismo denomina-se:
) teoria antinatalista, ponderando o aumento populacional atrelado à lentidão na recomposição do meio ambiente.
b) teoria neomalthusiana, relacionando o crescimento populacional às políticas de recuperação do meio ambiente.
c) teoria ecomalthusiana, avaliando a pressão do crescimento populacional sobre os recursos naturais.
d) teoria malthusiana, associando o número de pessoas no planeta ao custo do passivo ambiental esperado.
) teoria reformista, analisando as populações dos países a partir da gestão de seus recursos naturais.
5. fGV-SP 2020 Segundo o Relatório do World Population Prospect (WPP) das Nações Unidas, a população da Terra
vai continuar aumentando até o fim deste século, devendo passar dos 7,7 bilhões atuais para 10,9 bilhões, em 2100.
Sobre as causas e as consequências dessa previsão, analise as armações a seguir.
i. A estrutura etária da maioria dos países vem sofrendo mudanças significativas devido à queda da taxa de fecun-
didade, desde meados do século XX, e ao aumento da expectativa de vida, graças aos avanços da medicina.
ii. O aumento populacional deverá estar concentrado na África subsaariana e no sul-sudeste da Ásia, devido à manuten-
ção de taxas de natalidade ainda elevadas e à difusão de medidas profiláticas, higiene básica e qualidade da água.
iii. O aumento da expectativa de vida deverá acentuar ainda mais a clivagem socioeconômica, em função da per-
sistência das desigualdades no campo da saúde, como a alta mortalidade materna e infantil entre as populações
dos países mais pobres.
Guia de estudos
freNTe 1
1
2 3 4 5
estág altmnt
incl Cscmnt td Puc stgnd Dclín?
stgnd
Taxa de natalidade
40
?
Taxa de mortalidade
30
Taxas de
natalidade e
mortalidade 20
(por 1 000 Crescimento natural
pessoas/ano)
Diminuição
10 natural
?
População total
?
0
Taxa de
Alta Alta Em queda Baixa Muito baixa
natalidade
Taxa de
Alta Queda acentuada Queda mais suave Baixa Baixa
mortalidade
O modelo original de transição demográfica, proposto por Warren Thompson, apresentava apenas quatro estágios. Recentemente, tem-se discutido a existência
de um quinto estágio para se adequar às tendências demográficas.
Fonte: HARDIN, Garret. Population dynamics: The demographic transition theory. myweb, [s.d].
Disponível em: https://myweb.rollins.edu/jsiry/Population-Dynamics_&_Density.html#whatisit. Acesso em: 24 nov. 2021.
Pirâmides etárias para os quatro principais estágios da transição demográfica, destacando mudanças na base, com a queda na taxa de natalidade, e no topo,
com o envelhecimento da população.
tema de saúde, pela maior escolarização da população e quarta encerrariam a denominada transição demográfica.
pela melhoria na oferta e na qualidade da alimentação, do Segundo essa teoria, há uma tendência de que as mu-
saneamento básico e da habitação. Já a explicação para a danças sociais, políticas, econômicas e culturais levem à
5
População total (bilhões)
0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060 2070 2080 2090 2100
Ano
América Latina Oceania
África Ásia Europa América do Norte
e Caribe
Fonte: ONU; DESA. World Population Prospects: Data Bloket 2019 Revision.
Disponível em: https://population.un.org/wpp/Publications/Files/WPP2019_DataBooklet.pdf. Acesso em: 24 nov. 2021.
Pelas projeções da ONU, as maiores alterações na dinâmica populacional devem ocorrer na África e na Ásia.
Pirâmides etárias
O conjunto das informações analisadas nos estudos sobre as dinâmicas populacionais sintetizado por meio de um
recurso gráfico do tipo histograma e denominado pirâmide etária é muito útil por possibilitar uma rápida leitura da estru-
tura populacional de um país. Nesse tipo de gráfico, são organizados dados da distribuição do número de pessoas de
determinada área (município, estado, país e até o mundo) em faixas etárias (eixo vertical) e gênero, masculino e feminino
(eixo horizontal).
O formato das pirâmides etárias indica o momento da dinâmica demográfica no qual o país se encontra, bem como
a proporção de homens e mulheres em diferentes grupos etários: jovens ( a anos), adultos ( a anos) e idosos
(mais de anos). Na leitura de uma pirâmide, é importante observar a relação entre a base (que representa as crianças),
as camadas intermediárias (que correspondem aos adultos) e o topo (que retrata os idosos).
Alemanha
1950 2017 2050
Homens Idade Mulheres Homens Idade Mulheres Homens Idade Mulheres
80 + 80 + 80 +
75 a 79 anos 75 a 79 anos 75 a 79 anos
70 a 74 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos
65 a 69 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos
60 a 64 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos
55 a 59 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos
50 a 54 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos
45 a 49 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos
40 a 44 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos
35 a 39 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos
30 a 34 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos
25 a 29 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos
20 a 24 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos
15 a 19 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos
10 a 14 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos
5 a 9 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos
0 a 4 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos
10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10 10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10 10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10
Percentual Percentual Percentual
México
Uganda
1950 2017 2050
Homens Idade Mulheres Homens Idade Mulheres Homens Idade Mulheres
80 + 80 + 80 +
75 a 79 anos 75 a 79 anos 75 a 79 anos
70 a 74 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos
65 a 69 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos
60 a 64 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos
55 a 59 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos
50 a 54 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos
45 a 49 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos
40 a 44 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos
35 a 39 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos
30 a 34 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos
25 a 29 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos
20 a 24 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos
15 a 19 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos
10 a 14 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos
5 a 9 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos
0 a 4 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos
10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10 10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10 10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10
Percentual Percentual Percentual
Fonte: ONU; DESA. World Population Ageing 2017: highlights. Nova York: 2017, p. 11. Disponível em: www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/
ageing/WPA2017_Highlights.pdf. Acesso em: 24 nov. 2021.
Cada sequência de pirâmides etárias ilustra a evolução típica de países com diferentes condições socioeconômicas. A Alemanha representa os países mais
desenvolvidos, o México, os países em desenvolvimento, e Uganda, os países mais pobres ou subdesenvolvidos.
2020
2050
2025
2030
2035
2040
2045
1950
1955
1960
1965
1980
1985
1990
2010
1995
2015
1970
1975
da quantidade de crianças.
Os problemas do envelhecimento populacional para os Ano
países ricos podem ser agrupados em três questões: a di- Fonte: ONU; DESA. World Population Prospects 2019. Disponível em: https://
minuição da mão de obra disponível; o aumento dos gastos population.un.org/wpp/DataQuery/. Acesso em: 24 nov. 2021.
com a previdência social e a saúde do idoso; e a tendência A queda da idade média da população, entre as décadas de 1950 e 1970,
reflete a alta taxa de natalidade ps-guerra e as explosões populacionais
à diminuição do dinamismo econômico. Esse último é mais ligadas às transições demográficas. O posterior crescimento da idade média
difícil de verificar em termos estatísticos, mas é apontado por da população decorre da redução do número de filhos e do aumento da
muitos estudiosos, visto que as pessoas idosas têm menos expectativa de vida.
necessidade de comprar casas novas, trocar de automóveis e realizar outros gastos que aquecem a economia. Já as duas
primeiras questões podem ser discutidas por meio do conceito de razão de dependência.
Fora de trabalho
A análise das pirâmides etárias ganha mais relevância quando associada aos conceitos de Ppulçã m idd atv
(Pia) e Ppulçã ecnmcmnt atv (Pea). Essas informações são essenciais para avaliar a capacidade produtiva de
freNTe 1
uma nação, bem como o percentual da população capaz de gerar riqueza para, entre outras coisas, sustentar a parcela
de indivíduos que não estão disponíveis para o trabalho, isto é, a Ppulçã ecnmcmnt intv (Pei) ou Ppulçã
Nã ecnmcmnt atv (PNea).
%
60 30
48,9
%
44,1 20
32,9
40
10
26,6
18,5 0
20 16,5 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
13,6
Ano
0 Setor primário Setor secundário Setor terciário
1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/
Ano
apps/snig/v1/index.html?loc=0&cat=-1,-2,112,113,114,128,129&ind=4741; IBGE. Estatísticas
Homem Mulher Diferença H – M históricas do Brasil 1550-1988. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1990. Disponível
Fonte: ALVES, José Eustáquio Diniz. O crescimento da PEA e a redução em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/
do hiato de gênero nas taxas de atividade no mercado de trabalho. DMT seriesestatisticasrestrospectivas/Volume%203_Estatisticas%20historicas%20do%20
em debate, 7 dez. 2013. Disponível em: www.dmtemdebate.com.br/o- Brasil_series%20economicas_demograficas%20e%20sociais%20de%201550%20
crescimento-da-pea-e-a-reducao-do-hiato-de-genero-nas-taxas-de-atividade- a%201988.pdf. IBGE, PNADC. Disponível em: https://www.gov.br/fazenda/pt-br/
no-mercado-de-trabalho/. Acesso em: 24 nov. 2021. centrais-de-conteudos/publicacoes/conjuntura-economica/emprego-e-renda/2020/
Foi expressivo o crescimento da mulher na composição da PEA brasileira ie-pnadc-junho-2020.pdf. Acessos em: 24 nov. 2021.
nas últimas décadas. As inflexões mais significativas no gráfico se deram entre a metade e o final
dos anos 1970, resultado da intensa industrialização e urbanização do Brasil.
Exercícios de sala
1. fmp-SP 2017 O demógrafo e economista José O momento do bônus demográco corresponde, na
Eustáquio Alves, do Instituto Brasileiro de Geografia e estrutura populacional de um país,
Estatística (IBGE), falou sobre o bônus demográfico, mo- ) ao aumento da taxa de natalidade.
mento que segundo o especialista, acontece apenas uma b) à redução da razão de dependência.
vez na história de cada país. “É o momento em que a pi- c) à contração do sistema previdenciário.
râmide está se transformando. Depois, ele passa e chega d) ao avanço do desemprego estrutural.
o envelhecimento populacional”, constatou. ) à manutenção do crescimento horizontal.
www.unicamp.br. Adaptado.
1960
2015
1980
1940
2014
1970
1991
2006
2002
2008
2004
2010
1990
1980
1996
1992
1986
1998
1982
1988
1994
1984
Percentual da população
Adaptado de commons.wikimedia.org.
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf
) A população preta ou parda ocupa menos os cargos gerenciais e a taxa de homicídios é aproximadamente três
vezes superior à dos brancos.
b) As diferenças nas taxas de analfabetismo entre brancos e pretos ou pardos sinalizam equidade nesse indicador,
pois variam apenas de ,% a ,% e ,% e ,%, valores próximos entre si.
c) Os indicadores retratam o maior nível de vulnerabilidade econômica e social na população preta ou parda.
d) A representação política por deputados federais eleitos é superior para os brancos e outros em relação à dos
pretos e pardos, os quais são representados por cerca de % dos deputados.
) A quantidade da população preta ou parda abaixo das linhas de pobreza é superior à dos brancos e indica o
contraste na distribuição de renda e condições de moradia.
Guia de estudos
População brasileira
Estrutura étnica brasileira
O povo brasileiro é formado, basicamente, a partir de três mtzs étncs: a indígena, que corresponde aos povos
originários que ocupavam grande parte do território que atualmente é o Brasil; a europeia, formada pelos colonizadores
portugueses que conquistaram o território e pelos imigrantes que começaram a chegar no final do século XIX; e a africana,
que contempla os indivíduos que foram escravizados e trazidos à força pelo tráfico negreiro. De modo singular, cada matriz
contribuiu para transformar a cultura, a economia, a política e o espaço que se tornou o território brasileiro.
É interessante perceber que, apesar da miscigenação da população brasileira – a qual contribui com o mito da de-
mocracia racial nacional e ajuda a incutir uma falsa concepção de que no país não existe racismo –, os percentuais de
participação de cada etnia na composição da população variam bastante em cada estado.
Equador RR AP
0º
CE RN
AM
MA
PA PB
PE
PI
AC AL
SE
RO TO
BA
PERU
Branca
MT DF
GO OCEANO Preta
BOLÍVIA MG ATLÂNTICO Parda
Amarela e Indígena
ES
MS SP
RJ População total (mil habitantes)
PARAGUAI
n io 45 228
e Capricór
Trópico d
CHILE PR
21 155
OCEANO
PACÍFICO ARGENTINA SC
RS N
467
URUGUAI 0 380 km
Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 114.
N mp: Nas últimas décadas, a maior parte da população brasileira passou a ser parda e preta. Essa mudança se deve ao crescimento da
autodeclaração nos censos.
A questo indígena
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), a população indígena à época da chegada dos portugueses
freNTe 1
estava entre e milhões, restando hoje cerca de mil, segundo o Censo de .
Essa drástica diminuição da população indígena está ligada às mortes provocadas pelos conflitos com os colonizadores,
como ocorreu no Nordeste, no Sudeste e, atualmente, no Centro-Oeste, além da Amazônia. Também diversas epidemias
OCEANO
ATLÂNTICO
RR AP
Equador
0°
CE
AM MA
RN
PA
PB
PI
PE
AC AL
TO
SE
RO
BA
MT
DF
GO
MG
ES
MS N
OCEANO
PACÍFICO SP
RJ 0 290 km
ó rnio
de Capric
Trópico
PR
SC
Fonte: elaborado com base em FUNAI; Terras Indígenas e Situação Fundiária no Brasil, 2020.
Disponível em: http://mapas2.funai.gov.br/portal_mapas/pdf/terra_indigena.pdf. Acesso em: 24 nov. 2021.
N mp: As reservas indígenas refletem o processo histrico de ocupação do territrio brasileiro.
Para preservar a cultura e o modo de vida indígenas, é necessário garantir aos indígenas o usufruto das terras que
eles tradicionalmente ocupam. Como mostrado no mapa acima, as terras indígenas encontram-se em diferentes estágios
de demarcação. As terras declaradas são aquelas que, após estudos, foram consideradas de posse tradicional indígena,
podendo ser demarcadas fisicamente pela União. As terras homologadas são aquelas que já passaram pelo processo
de delimitação física, ratificada pelo Estado brasileiro; e as regularizadas são as terras que, além de homologadas pelo
Estado, foram registradas em nome da União, sendo oficialmente de usufruto indígena.
RR AP
Equador
0º
AM PA
MA CE
RN
PI PB
AC PE
AL
RO TO SE
BA
MT
DF
OCEANO
GO ATLÂNTICO
MG
OCEANO MS
ES
PACÍFICO
SP
rnio RJ
de Capricó
Trópico
PR
Distribuição da população SC N
do Brasil – 2020*
RS
10 000 habitantes
*População estimada 0 585 km
Exercícios de sala
1. UfrGS 2020 Leia o segmento abaixo. 2. UfrGS 2020 Observe a tabela abaixo.
Estas pessoas que estão vindo agora são refugiados que não
Evolução das taxas de homicídios (número
são famintos, sem pão ou água. São pessoas que, ontem,
tinham orgulho de seus lares, de suas posições na socieda- de homicídios por 100 mil habitantes) das
de, que, frequentemente, tinham um alto grau de educação regiões brasileiras entre 2000 e 2016.
e assim por diante. Mas, agora eles são refugiados.
Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/zygmunt-bauman-o-medo- rgã 2000 2005 2010 2016
dos-refugiados. Acesso em: 2 jul. 2019.
Norte 19,29 25,07 37,96 44,55
) os venezuelanos, na América do Sul, somente plementadas desde o início dos anos e à
migram para o Brasil, pois há ausência de vazios de- transição demográfica rumo ao envelhecimento
mográficos em outros países para ocupar e povoar. da população.
3. UPf-rS 2020 Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as projeções da população do Bra-
sil e das Unidades da Federação são elaboradas com base nas informações sobre os componentes da dinâmica
demográfica oriundas dos censos demográficos, das pesquisas domiciliares por amostragem e dos registros admi-
nistrativos de nascimentos e óbitos investigados.
A B
90+ 90+
85-89 85-89
80-84 80-84
75-79 75-79
70-74 70-74
65-69 65-69
60-64 60-64
55-59 55-59
50-54 50-54
45-49 45-49
40-44 40-44
35-39 35-39
30-34 30-34
25-29 25-29
20-24 20-24
15-19 15-19
10-14 10-14
5-9 5-9
0-4 0-4
7,5 5,0 7,5 0,0 0,0 2,5 5,0 7,5 7,5 5,0 7,5 0,0 0,0 2,5 5,0 7,5
Homens Mulheres
Homens Mulheres
Brasil RS Brasil RS
Analisando as informações contidas nas pirâmides etárias (A) e (B) que representam o território brasileiro e o estado
do Rio Grande do Sul, sendo a de 2010 elaborada a partir do Censo Demográco e a de 2050 uma projeção, é pos-
sível constatar que:
i. As pirâmides etárias têm se modificado nas últimas décadas, revelando uma situação de envelhecimento da
população, o que permite afirmar que tanto o Brasil quanto o Rio Grande do Sul chegarão em com mais de
% de seus habitantes em idade adulta e idosa.
ii. A última fase do crescimento populacional é caracterizada pelas altas taxas de natalidade e de mortalidade,
situação característica dos países em desenvolvimento. Conforme a projeção, o Brasil e o Rio Grande do Sul
alcançarão esse perfil em .
iii. O crescimento demográfico brasileiro é gradativamente menor, o que permite inferir que em algum momento
passará a ser negativo, ou seja, ocorrerá uma redução no número de habitantes e a elevação na média de idade
da população.
É correto o que se arma em:
) I, II e III. d) I e II, apenas.
b) II e III, apenas. ) II, apenas.
c) I e III, apenas.
2000
0
1500
2010
1650
1950
1980
1995
1940
1825
1570
1957
A partir do exposto no texto, a mudança nos dados demográcos
apresentados no gráco entre 2000 e 2010 está associada à seguinte
Adaptado de funai.gov.br.
atitude:
) promoção da permanência de grupos nativos nas áreas de reserva.
b) adoção da autodeclaração como critério de pertencimento étnico.
c) aprimoramento do controle jurídico nos processos de demarcação de terras.
d) ampliação do processo de preservação das tradições das comunidades da floresta.
Fonte: mapadaamerica.com
as maiores densidades demográficas estão situadas em eixos espaciais fortemente urbanizados, como as áreas
freNTe 1
litorâneas, a Região do Vale do Paraíba e grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Esse quadro
geográfico é histórico e se notabiliza como consequência da implantação próxima à costa brasileira dos primei-
ros territórios de povoamento.
6. Uj 2016 O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é composto por três indicadores: longevidade,
educação e renda. No Brasil, o IDH-M cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, conforme os mapas.
AM AM AM
PA MA CE PA MA CE PA MA CE
RN RN RN
PB PB PB
PI PI PI
AC PE AC PE AC PE
RO TO AL RO TO AL RO TO AL
SE SE SE
MT BA MT BA MT BA
DF DF DF
GO GO GO
MG MG MG
MS ES MS ES MS ES
SP
RJ
SP
RJ
SP
RJ
IDH-M
PR PR PR
SC SC SC muito alto
RS RS RS
alto
médio
baixo
muito baixo
Geogracamente, o desenvolvimento humano no Brasil apresenta mudanças decorrentes dos seguintes fatores
principais:
) erradicação do analfabetismo – elevação do PIB.
b) desaceleração do desemprego – incremento da industrialização.
c) decréscimo da natalidade – crescimento da qualificação profissional.
d) diminuição da mortalidade infantil – aumento da expectativa de vida.
Guia de estudos
Fluxos migratórios
As migraões brasileiras Entretanto, o movimento da população brasileira é bas-
tante dinâmico. As áreas de repulsão e atração de pessoas
As migrações internas no Brasil majoritariamente se
explicam por razões econômicas e pela busca de trabalho, variaram ao longo dos anos, assim como os motivos dos
emprego e renda. O percentual de brasileiros que atual- deslocamentos e o perfil do migrante. Aquela imagem es-
mente vivem em localidades de onde não são naturais, ou tereotipada do migrante nordestino não corresponde mais
seja, onde não nasceram, é elevado, correspondendo a à realidade nacional.
pouco acima de %. A mobilidade espacial da população brasileira, ou os
O ápice das migrações internas brasileiras, conside- deslocamentos populacionais, podem ser assim classificados:
rando o número de pessoas, ocorreu entre e . y Mgçã nt-gnl: pessoas que migram entre
Historicamente, a região que tem maior evasão de pessoas as regiões.
é o Nordeste, e a que mais recebe é o Sudeste, sendo y Mgçã ntgnl: pessoas que migram dentro
os migrantes majoritariamente homens, o que promoveu de uma mesma região.
grande desequilíbrio entre gêneros nas cidades de onde y Tnsumânc: deslocamentos populacionais tempo-
partiam, nas quais a população feminina, assim como a de rários, também denominados de movimentos sazonais,
crianças e idosos, passava a ser numericamente mais ex- pelo fato de as pessoas irem para determinada área e,
pressiva em relação à masculina. depois, voltarem para seus locais de origem.
Equador Equador
0º 0º
CE
MA RN
PB
PE
PI AL
SE
BA
MG
OCEANO OCEANO
SP
de Capri córnio ATLÂNTICO de Capricórn
io ATLÂNTICO
Trópico Trópico
N N
Santarém
Altamira
Manaus
São Félix Alta BACIA
do Xingu Ji-Paraná Floresta DO
ARAGUAIA
Vilhena
DF
Cáceres
Fontes: elaborado com base em OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Integrar para não entregar: políticas
públicas e Amazônia. 7. ed. Campinas: Papirus, 1991. p. 75-76; SCHAEFER, José Renato. In: OLIVEIRA, Ario-
valdo Umbelino de. Amazônia: monopólio, expropriação e conflitos. Campinas: Papirus, 1987. p. 92; ADAM,
Melhem; ADAS, Sérgio. Expedições geográficas – 6o ano. São Paulo: Moderna, 2011. p. 52.
MA
AM PA CE
RN
PI
PB
PE
AC
AL
RO TO
SE
MT BA
DF
GO
OCEANO
PACÍFICO MG ES
MS
Migrantes SP
(mil pessoas) Trópico de RJ
Capricórnio PR
De 20 a 30
De 31 a 50 SC N
De 51 a 100
RS
De 101 a 150
Acima de 150 0 590 km
Ásia Central América Latina Leste e Sudeste África do Norte África Des- (AN)
Europa (63) Subsaariana conhe-
e Meridional (51) e Caribe (43) Asiático (38) e Ásia Ocidental (39) (28) cido (13) (4)
Origem (milhões)
Destino (44) (12) (14) (6) (10) (19) (19) (18) (15) (11) (11)
América do Norte África do Norte (ASS) (LSA) (ACM) (ALC) (OC)
Europa (87 milhões) (59) e Ásia Ocidental (22) (20) (19) (15) (9)
Fonte: elaborado com base em ONU, DESA. International Migration 2020 Highlights, 2020, p. 22. Disponível em: https://www.un.org/development/desa/pd/sites/
www.un.org.development.desa.pd/files/undesa_pd_2020_international_migration_highlights.pdf. Acesso em: 24 nov. 2021.
Cerca de 60% dos migrantes internacionais vivem na Ásia e na Europa, e metade deles são asiáticos. Os migrantes são pelo menos 10% da população na Europa,
na América do Norte e na Oceania, enquanto na África, na Ásia, na América Latina e no Caribe, menos de 2% da população são estrangeiros.
Exercícios de sala
1. Unsc-rS 2021
O fluxo de refugiados e migrantes da Venezuela para o Brasil se iniciou em meados de 2016 e se intensificou com a dete-
rioração social, política e econômica no país vizinho. As Nações Unidas estimam que mais de 5 milhões de venezuelanos
já deixaram seu país em busca de proteção e assistência, sendo que a maioria se encontra na América Latina e no Caribe.
As autoridades brasileiras estimam que aproximadamente 260 mil venezuelanos vivem no país. Até julho de 2020, mais
de 130 mil solicitações de reconhecimento da condição de refugiado foram registradas por venezuelanos no Brasil [...].
Agência da ONU para Refugiados no Brasil. https://www.acnur.org/português/2020/09/25/pesquisa-revela-perfil-do-empreendedorismo-de-refugiados-e-
migrantes-venezuelanos-no-brasil/. Acesso em 02/10/2020.
Inicialmente, os venezuelanos migraram para o Brasil em um movimento chamado de migração pendular. Esse termo
está correto na armativa:
) E um tipo de migração que está relacionada às estações do ano.
b) É caracterizada pelo deslocamento de pessoas para estudar, trabalhar ou buscar insumos básicos em outra cida-
de, estado ou país. Posteriormente, essas pessoas retomam para seus lugares onde residem.
c) Quando o povo de uma localidade passa parte do ano em um determinado lugar e parte em outro, repetindo
esse movimento todo o ano.
d) E um tipo de migração que tem como característica o deslocamento de habitantes que vivem na zona rural para
a cidade.
) Habitantes que residem em um lugar ou país e se mudam definitivamente para trabalhar ou procurar uma ocu-
pação em outro país.
freNTe 1
IBGE/OESP, 16/07/2011.
Dentre as seguintes alternativas, a única que apresenta a principal causa para o correspondente uxo migratório é:
) i: procura por postos de trabalho formais no setor primário.
b) ii: necessidade de mão de obra rural, devido ao avanço do cultivo do arroz.
c) iii: necessidade de mão de obra no cultivo da soja no Ceará e em Pernambuco.
d) iV: procura por postos de trabalho no setor aeroespacial.
) V: migração de retorno.
3. Uncmp-SP 2017 O estudo Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil (IBGE, 2015) identificou 294
arranjos populacionais no País, de diferentes escalas e naturezas. O Arranjo Populacional da Região Metropolitana
de São Paulo (SP) é caracterizado pela extensão e intensidade de seus fluxos: aproximadamente 1.750.000 pessoas
deslocam-se cotidianamente entre os municípios que compõem o Arranjo para estudar e trabalhar.
Essa dinâmica espacial é melhor explicada pelo conceito de
) migração interna.
b) movimento pendular.
c) migração urbano-urbano.
d) movimento sazonal.
4. UeL-Pr 2017 Os movimentos migratórios existentes no Brasil, a partir de 2001, mostram que 41% dos habitantes do
país não eram naturais do município de residência e cerca de 16% deles não eram procedentes da Unidade Federa-
tiva em que moravam.
Considerando a realidade exposta, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, motivos que estimularam
uxos migratórios nesse período.
) A ausência de ciclos econômicos e de investimentos produtivos, públicos ou privados.
b) A contínua e crescente desintegração dos espaços urbanos e rurais.
c) A migração pendular, que provoca um estado de crise permanente de repulsão da população.
d) A saída do campo para a cidade devido às precárias condições de trabalho lá existentes.
) O desenvolvimento dos sistemas de transportes, energia e comunicações.
Saldos migratórios
< –50 mil
–50 mil l – 0
0 l – 20 mil
20 mil l –100 mil
100 mil ou +
Guia de estudos
freNTe 1
O processo de urbanização
A cidade e o espao urbano
Cidade e campo são duas parcelas complementares do espaço geográfico que se distinguem não apenas em suas
fisionomias e paisagens, mas também em suas funções. O mesmo ocorre em relação à quantidade e complexidade de
objetos geográficos, pessoas e fluxos presentes em cada uma delas.
Entre os diferentes objetos geográficos criados pelos seres humanos (ruas, pontes, moinhos, hidrelétricas, fazendas
etc.), a cidade é o maior e o mais complexo, pois reúne diversas estruturas e recursos para atender às muitas necessidades
humanas – tanto biológicas como sociais –, os quais, em um passado remoto, eram difíceis de ser obtidos. Para supri-las,
há, por exemplo, maior oferta de abrigo, alimentos, atendimento médico, educação, cultura e entretenimento, e tudo está
reunido e concentrado em uma parcela relativamente reduzida do espaço.
Já as funções das cidades variaram ao longo da história, da cultura e de suas localizações, transformando-se de acordo com
as dinâmicas socioespaciais. Apesar dessa variedade de usos e das diferentes organizações do espaço, as cidades possuem
em comum o fato de apresentarem maior densidade de objetos técnicos e de pessoas. Dessa forma, elas passam a ocupar
um papel centralizador nas relações espaciais, além de possibilitarem a existência de um modo de vida tipicamente urbano.
Não se trata de uma centralidade geométrica – ou seja, estar no meio de algo –, mas de centralizar funções e equipamen-
tos, atraindo e dispersando inúmeros fluxos econômicos, sociais e culturais que são essenciais para definir a condição urbana.
A paisagem urbana diferencia-se da rural para além da concentração de edificações. Há também a vida urbana, que
necessariamente se relaciona a essa concentração. Mesmo nas cidades mais antigas, a vida urbana se distinguia da rural.
A concentração de pessoas já proporcionava a intensidade dos encontros. Para essa intensidade, colaborava também a
diversidade, própria das cidades, uma vez que se encontram ali habitantes da cidade e outros, que vêm dos mais diversos
lugares trocar mercadorias, ideias, crenças, comportamentos etc.
A vida urbana, portanto, é caracterizada pela multiplicidade, pelo encontro, pela troca e pelo dinamismo que to-
dos esses fatores geram. É um modo de viver que sempre tendeu a questionar as tradições e promover grandes
mudanças sociais, assim como estimular o desenvolvimento de novas ideias e novos comportamentos.
Cidade e município
Cidade e município são conceitos diferentes. Segundo o IBGE, município é a menor unidade político-administrativa
com autonomia da Federação, enquanto a cidade corresponde ao distrito sede do município, com caráter administrativo.
Além dessa modalidade de distrito, também há os rurais ou os industriais.
Tipos de cidades
Orbon Alija/iStockphoto.com
São muitos os tipos, as funções e as morfologias que
as cidades têm assumido ao longo de variados períodos
históricos; as origens delas também guardam particularida-
des. As explicações para suas localizações e características
devem considerar o contexto histórico de quando foram
construídas e a cultura dos povos responsáveis por sua
criação e dinâmica, assim como as técnicas de que dispu-
nham, os fluxos que por elas passavam e que delas eram
emitidos, além dos aspectos naturais locais.
Há aquelas que surgiram sem planejamento, em locali-
dades que atendiam, por exemplo, a algum fluxo importante
no período de seu desenvolvimento – como rota ou en-
treposto comercial, áreas portuárias, entre outros motivos.
Existem também as que foram planejadas e tiveram suas
funcionalidades definidas previamente, como atender a
uma função militar, estimular o povoamento de determinada
O Arco do Triunfo, em Paris, na França, é um dos exemplos mais famosos de
região, oferecer os serviços necessários para a promoção uma malha urbana construída de modo planejado durante a reforma urbana
do desenvolvimento econômico de uma área etc. do início do século XX, configurando um tecido radial simétrico.
O desenvolvimento da urbanização
No Brasil, o processo de urbanização acentuou-se a partir da década de . Nessa época, % da população bra-
sileira encontrava-se no campo, enquanto apenas % estava nas cidades, que ainda eram poucas e menores. A partir
de então, o quadro começa a se inverter, ou seja, a porcentagem de população no campo passa a diminuir e, consequen-
temente, a urbana aumenta cada vez mais.
Até meados da década de , a queda da população rural foi apenas relativa, isto é, ela continuava a crescer,
porém em uma velocidade menor que a da população urbana. Já a partir da década de , o número de pessoas no
campo começou a diminuir, partindo de em para em e chegando a em
, segundo os dados do último Censo Demográfico.
Em números relativos, foi na década de que se inverteu a característica geral da população brasileira de rural
para urbana.
Bsl: vluçã d ppulçã ul ubn – 1950-2020
100
90
80
70
60
%
50
40
30
20
10
0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
Ano
Urbana Rural
Fonte: ONU; DESA. World urbanization prospects: The 2018 Revision. Disponí-
vel em: https://population.un.org/wup/Download/. Acesso em: 22 nov. 2021.
O gráfico aborda a composição relativa das populações rural e urbana do
Brasil ao longo dos últimos 70 anos.
Essa transformação envolve muito mais que apenas a mudança de residência das pessoas. Modificam-se as formas
de socialização, trabalho, moradia e transporte, bem como a cultura das pessoas e suas maneiras de manifestação. Essas
alterações estão ligadas à transição do modelo agroexportador ao urbano-industrial, que envolve a urbanização.
Porém, o processo de urbanização ocorreu de forma desigual entre os estados e as regiões do país.
freNTe 1
%
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2007 2010 2015
Ano
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Fonte: IBGE Educa, População Rural e Urbana. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/
conheca-o-brasil/populacao/18313-populacao-rural-e-urbana.html. Acesso em: 22 nov. 2021.
A taxa de urbanização cresceu mais rapidamente na transição do séculoXX para o século XXI.
RR AP
Equador
0º
AM PA MA CE
RN
PI PB
AC PE
AL
TO
RO BA SE
MT
DF
GO
MG
MS ES
OCEANO
OCEANO ATLÂNTICO
PACÍFICO SP RJ
nio
de Capricór
Trópico PR
Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 145.
Exercícios de sala
1. fGV-SP 2021 A urbanização acelerada dos países subdesenvolvidos, articulando o êxodo rural e a metropolização,
caracteriza o fenômeno denominado
) conurbação, que ressignifica saberes e costumes herdados da vida no campo.
b) macrocefalia urbana, que explicita as carências e as contradições das grandes cidades.
c) especulação imobiliária, que modera o preço das propriedades de maneira inclusiva.
d) cooperação urbana, que subverte o uso e a ocupação esperados dos espaços públicos.
) morfologia urbana, que justifica a toponímia adotada nos espaços recém-construídos.
2. Uncmp-SP 2021 Em nosso planeta em rápida urbanização, a vida cotidiana da crescente população de urbanoides é
cada vez mais sustentada por sistemas vastos e incrivelmente complexos de infraestrutura e tecnologia. Ainda que muitas
vezes passem despercebidos – pelo menos quando funcionam –, esses sistemas permitem que a vida urbana moderna exista.
Seus encanamentos, dutos, servidores, fios e túneis sustentam os fluxos, as conexões e os metabolismos que são intrínsecos
às cidades contemporâneas.
(Adaptado de Stephen Graham, Cidades sitiadas. O novo urbanismo militar. São Paulo: Editora Boitempo, 2016, p. 345.)
3. enm 2020 O planejamento deixou de controlar o crescimento urbano e passou a encorajá-lo por todos os meios possíveis
e imagináveis. Cidades, a nova mensagem soou em alto e bom som, eram máquinas de produzir riquezas: o primeiro e
principal objetivo do planejamento devia ser o de azeitar a máquina.
HALL, P. Cidades do amanhã: uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX. São Paulo: Perspectiva, 2016 (adaptado).
60
40
20
0
Países de renda Países de renda Países de renda Países de renda
baixa média-baixa média-alta alta
Região População
África >1 bilhão
Ásia 500 milhões a 1 bilhão
Oceania 100 milhões a 500 milhões
América Latina e Caribe 50 milhões a 10 milhões
Europa e América do Norte 10 milhões a 50 milhões
5 milhões a 10 milhões
1 milhão a 5 milhões
500.000 a 1 milhão
<5000.000
(Department of Economic and Social Affairs. World urbanization prospects, 2015. Adaptado.)
Avaliando o gráco e considerando os conhecimentos acerca do espaço urbano no mundo contemporâneo, é correto
armar que
) o nível de urbanização tende a se estabilizar com o aumento da renda.
b) o desenvolvimento econômico não constitui uma condição necessária para a urbanização.
c) os países com pequena população tendem a se localizar entre aqueles com baixa urbanização.
d) o aumento na taxa de urbanização de um país ocorre atrelado à mudança em seu nível de renda.
) as taxas de urbanização entre países com mesma renda apresentam baixa variação.
5. Unst-Pr 2021 Em 2020 foi aprovado o novo “Marco Legal do Saneamento”, ano em que “das 5.570 cidades brasi-
leiras, apenas 343 já têm um índice de cobertura acima de 90% para o abastecimento de água e de 60% para a coleta e o
tratamento de esgoto”.
Disponível em https://www.saneamentobasico.com.br/cidades-metas-do-saneamento-basico/
Dados ociais apontam que 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e mais de 100 milhões não têm
acesso à coleta de esgoto.
Sobre o tema saneamento básico, analise as armativas abaixo e assinale a armativa INCORRETA.
) O saneamento básico é um conjunto de medidas que visa à melhoria do ambiente urbano e rural para diminuir
doenças e melhorar a saúde da população.
b) O saneamento básico inclui coleta e tratamento de esgoto doméstico e industrial, abastecimento de água potável
e coleta e tratamento do resíduo sólido.
c) Parte da população brasileira não tem acesso ao saneamento básico, já que esse é um serviço privado que não
é responsabilidade do poder público.
d) A falta de saneamento básico acarreta problemas de saúde à população, em especial para as crianças, aumen-
tando a taxa de mortalidade infantil.
) O saneamento básico adequado melhora a qualidade do ambiente, já que evita a poluição de rios, de lagos e
do solo.
Guia de estudos
Geografia • Livro 3 • Frente 1 • Capítulo 9
i. Leia as páginas de 58 a 68. iii. Faça os exercícios propostos de 1 a 9.
ii. Faça os exercícios de 1 a 4 da seção “Revisando”.
RR AP
Equador 0º
PA CE
AM RN
MA
PB
PI
PE
AC BA AL
RO
MT SE
TO
DF
Regiões de influência
OCEANO
Manaus GO MG ATLÂNTICO
Belém
Fortaleza
MS
Recife ES
Salvador
Belo Horizonte SP
Hierarquia dos centros urbanos
Rio de Janeiro Trópico de Capricórnio RJ
São Paulo Grande metrópole nacional
PR Metrópole nacional
Curitiba
Porto Alegre Metrópole
SC Capital regional A
Goiânia
Brasília Capital regional B
Campinas
N Centro sub-regional B
Centro de zona A
Os fios tracejados representam
redes de múltiplas vinculações 0 300 km
Centro de zona B
Fonte: elaborado com base em IBGE. Rede de influência das cidades – 2018. Disponível em: www.ibge.gov.br/apps/regic/. Acesso em: 25 nov. 2021.
É importante destacar que, historicamente, primeiro predominou a tendência à concentração e depois à desconcen-
tração. Ou seja, inicialmente houve um processo de metropolização para depois ocorrer a desmetropolização.
A desmetropolização não significa necessariamente uma diminuição absoluta do tamanho das metrópoles. Na realida-
de, basta que as cidades menores cresçam em uma intensidade maior do que as grandes para que possamos identificar
esse fenômeno.
Metropolizao no Brasil
O modelo econômico adotado pelo Brasil apresentou ao país diferentes processos de concentração e dispersão do
desenvolvimento. Desse modo, a população e, consequentemente, a urbanização também se concentraram em algumas
áreas, apresentando, nas últimas décadas, um movimento de relativa dispersão. Esse crescimento diferenciado de várias
cidades cria uma hierarquia urbana, que vem passando por modificações nos últimos anos.
Regies metropolitanas
O objetivo da criação de regiões metropolitanas foi tentar resolver os problemas urbanos nos grandes centros. Ainda
nos anos , foram criadas algumas regiões por meio de um mecanismo institucional que exprimiu os resultados de
estudos do IBGE e dos ministérios do Interior, do Planejamento e da Justiça.
Capital
Central AP
Equador
RR Macapá
Sul do 0°
estado
Belém Grande
Santarém São Luís
Região metropolitana
Colar metropolitano, entorno
metropolitano e área de expansão N
Região integrada de desenvolvimento (RIDE)
Aglomeração urbana (A.U.)
0 320 km
Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 145.
Megalópoles
A intensa urbanização do final do século XX formou, em algumas regiões, densas redes urbanas em que encontramos
metrópoles e centenas de cidades grandes e médias próximas umas às outras. Essas áreas superurbanizadas e densamente
habitadas geraram o fenômeno da megalópole, que se caracteriza pelo alto grau de integração entre uma ou mais metró-
poles – expresso na quantidade e qualidade de seus fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capitais –, exigindo,
para isso, modernas redes de transportes e telecomunicações. Não é necessário que as cidades estejam conurbadas, como
freNTe 1
acontece em uma região metropolitana, sendo comum a existência de áreas rurais entre as metrópoles de uma megalópole.
CANADÁ
45° N Cascadia
Front Nordeste
OCEANO Range
PACÍFICO Grandes
Califórnia
do Norte Lagos
OCEANO
Califórnia ATLÂNTICO
do Sul
Corredor do
Sol do Arizona Atlântico N
População Costa Piemonte
Triângulo do Golfo
Mais de 6 milhões MÉXICO do Texas Flórida 0 330 km
Golfo
do México
3 a 6 milhões ncer
e Câ
ico d
Tróp
1 a 3 milhões
150 mil a 1 milhão
Fonte: elaborado com base em AMERICA 2050. An Infrastructure Vision for 21st Century America, 2008.
Disponível em: https://s3.us-east-1.amazonaws.com/rpa-org/pdfs/2050-An-Infrastructure-Vision-for-the-21st-Century.pdf. Acesso em: 22 nov. 2021.
No Brasil, desde a década de , delineia-se uma extensa megalópole (para alguns, ainda em formação) entre
os eixos formados pela Grande São Paulo até a Grande Rio de Janeiro, ligadas pela Região Metropolitana do Vale do
Paraíba, onde está a rodovia Presidente Dutra e a cidade de São José dos Campos. Essa área ainda agrega as Regiões
Metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas, ambas em São Paulo. A continuidade da expansão das cidades mé-
dias localizadas nessa região e a renovação das infraestruturas urbanas e territoriais, como transportes, comunicações e
energia elétrica, consolidariam a formação da megalópole.
Os dados de percentual de população, PIB, renda, indústria e comércio dessa região são impressionantes. Em uma
área que corresponde a apenas ,% do território nacional, encontra-se pouco mais de % da população brasileira e
concentra-se cerca de % da produção industrial do país.
Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 146.
Guia de estudos
Geografia • Livro 3 • Frente 1 • Capítulo 9
i. Leia as páginas de 68 a 76. iii. Faça os exercícios propostos de 10 a 22.
ii. Faça os exercícios de 5 a 8 da seção “Revisando”.
NTE
SUAS TECNOLOGIAS
FRE
GEOGRAFIA
Fortu
ner/S
hutt
erst
ock.c
om
FRENTE 2
AULAS 37 e 38
OCEANO
ÍNDICO
ÍNDIA
CHINA
wich
180 0
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
aíses-membros da Otan (1949-) Á ATLÂNTICO
ESP
Fonte: elaborado com base em O’BRIEN, Patrick K. (ed.). Philip’s Atlas of World History. Londres: Philip’s, 2007. p. 2.
campo para desintegração de países e eclosão de muitos A Rússia, que, graças ao seu vasto território, às ri-
enfrentamentos ao redor do mundo, redesenhando mais quezas em recursos naturais e energéticos e à grandeza
uma vez o mapa-múndi. e força de seu exército, tem atuado ativamente nas dis-
O fim da bipolaridade da Guerra Fria implicou a putas em seu continente, posiciona-se muitas vezes em
modificação de fronteiras na Europa e na Ásia, a desin- oposição aos Estados Unidos, nos variados conflitos e
tegração soviética e o consequente surgimento de 15 fóruns mundiais.
União
Europeia
ESTADOS
UNIDOS JAPÃO
Trópico de Câncer
OCEANO
OCEANO
OCEANO ATLÂNTICO
PACÍFICO
PACÍFICO
Equador
0º
OCEANO
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio
Áreas de influência
Meridiano de
Greenwich
Estados Unidos
União Europeia
Japão
Círculo Polar Antártico
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO N
Regiões
Norte desenvolvido
0 2 360 km
Sul subdesenvolvido
Fonte: elaborado com base em GIRARD, G.; ROSA, J. V. Atlas geográfico FTD. São Paulo: FTD, 20. p. 7.
Além de toda a complexidade da ordem mundial con- estadunidenses, bem como pelo desejo de retaliação e
temporânea, o século XXI descortinou um novo cenário pela necessidade de reafirmar seu poder, tanto para a opinião
mundial marcado por ações violentas de grupos radicais, pública interna quanto externa, as novas políticas foram voltadas
de natureza separatista ou de vertentes religiosas (classi- para o combate aos grupos e países considerados inimigos,
ficados como terroristas), não mais limitadas ao local onde como uma medida para manter os Estados Unidos seguros.
estão, mas organizadas em rede e com atuação global em O então presidente George W. Bush (1946-), filho do
alguns casos. ex-presidente George Bush (194-18), fez uma série de
declarações e discursos, em 1, anunciando como o
Guerra ao terror país passaria a atuar no cenário geopolítico para defender
Para muitos analistas, o século XXI, do ponto de vista seus interesses, usando como justificativa a perspectiva da
histórico, tem início com os ataques terroristas aos Estados construção de um mundo mais seguro.
Unidos em 11 de setembro de 1. O desdobramento Surge, então, em , a Doutrina Bush, responsável
geopolítico desse episódio foi a reorientação do posicio- por promover a política de guerra ao terror que resultou
namento dos Estados Unidos diante do jogo de poder em intensificação de espionagem, bloqueios comerciais
mundial, marcando uma mudança na ordem mundial, que e econômicos, bem como ataques e confrontos armados
vinha sendo construída por ações e organismos de cará- contra grupos e países identificados como pertencentes ao
ter multilateral. Em nome da promoção da segurança e da “Eixo do Mal” – inicialmente, Iraque, Irã e Coreia do Norte
paz global, o país passou a assumir posturas unilaterais – (na ocasião o Afeganistão já havia sido invadido e, portanto,
muitas delas à revelia dos órgãos mundiais, como a ONU, ficou de fora da lista de potenciais ameaças e possíveis
bem como de outras grandes potências –, dando demons- alvos); e, posteriormente, foram incluídos Cuba, Líbia e Síria.
trações de seu poder militar, político e econômico, que o Desse contexto, destacam-se: os ataques e a ocupação
caracterizam como uma superpotência sem rivais à altura. do território do Afeganistão, em 1 (onde se localizava
A partir de então, a política externa dos Estados Uni- a principal base da Al-Qaeda e teoricamente onde estava
dos passou por uma guinada drástica. Motivadas pelo abrigado Osama Bin Laden), e a invasão do Iraque, em
sentimento de ameaça ao território e às vidas dos cidadãos 3 (pela suposta posse de armas químicas e nucleares).
China
COREIA
DO NORTE
Vladi333/Shutterstock.com
Pyongyang
Seul
COREIA
DO SUL
CHINA
Seul
Mar de Bohai
COREIA
Mar Amarelo DO SUL
Imagem noturna, mostrando a China e a península coreana. Note a diferença na luminosidade entre a Coreia do Norte, a Coreia do Sul e a China.
O conflito entre as Coreias não foi definitivamente ao acirramento das relações entre os dois países e às
solucionado. A tensão na península agravou-se quando ameaças de lançamentos de mísseis. Todavia, missões
o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, diplomáticas e encontros presenciais de Trump com o
incluiu a Coreia do Norte no chamado “Eixo do Mal”. Por atual líder coreano, Kim Jong-un, possibilitaram a assina-
outro lado, as ameaças norte-coreanas, com demons- tura de um acordo, em Singapura, de desnuclearização
FRENTE 2
trações de poder militar, lançamentos de mísseis e seu da península da Coreia e de compromisso com a paz e
primeiro teste nuclear, realizado em 6, deixaram a prosperidade na região. Em troca, os Estados Unidos, em
população mundial em estado de atenção. conjunto com a Coreia do Sul, deixariam de realizar exer-
O discurso dúbio e muitas vezes duro (principalmente cícios militares no local. Em 19, em Hanói, foi realizada
no início do mandato) do ex-presidente dos Estados Uni- uma nova reunião de cúpula, na qual os compromissos de
dos Donald Trump (eleito em 16), em relação à Coreia pacificação foram reafirmados, porém sem que nenhuma
do Norte, colocou o mundo novamente em alerta, devido meta concreta fosse definida.
Como base no mapa e nos conhecimentos da geopolítica mundial no século XX, atribua V (verdadeiro) ou F (falso)
às armativas a seguir.
O término da Segunda Guerra Mundial inaugurou o período denominado Guerra Fria marcado pelo confronto
ideológico entre a URSS e os EUA, gerando diversos conflitos por disputas de territórios.
Fidel Castro se aproximou do bloco socialista, do qual nasceu um plano que levou a uma das maiores crises po-
líticas da Guerra Fria: o conflito entre a União Soviética e os Estados Unidos (2), designado como a Crise dos
Mísseis em Cuba.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é uma aliança militar fundada no princípio da segurança co-
letiva com o objetivo de manter a paz entre os países-membros e a democracia dentro deles.
A corrida armamentista constitui-se em uma característica secundária deste período, já que a questão central da
geopolítica, pós-Segunda Guerra Mundial, foi a disseminação da organização espacial mundial multipolar.
A designação de “fria” vinculou-se a um período geopolítico no qual se destacava a abstenção das superpotên-
cias nos conflitos militares nas áreas periféricas do mundo, de forma que os norte-americanos e os soviéticos se
desvincularam de guerras localizadas em outras partes do mundo.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) V, V, V, F, F. c) V, F, F, V, V. e) F, F, F, V, V.
b) V, V, F, F, F. d) F, F, V, V, V.
3. EsPCEx-SP 2022 A União Europeia (UE) resulta de um longo processo de integração que possui mais de meio sé-
culo, apesar de ter adotado a denominação atual apenas no início da década de 0. Ainda hoje, o bloco enfrenta
desafios de toda ordem. Sobre o tema, considere as seguintes afirmações:
I. A UE reluta em resolver os problemas econômicos em conjunto e, assim, enfrenta o dilema entre continuar com
a unificação (com a possível inclusão de novos membros) ou reforçar as suas economias nacionais.
II. A Turquia integra uma pequena lista de candidatos que podem ingressar no bloco e expandir ainda mais as fron-
teiras da UE. Em função do papel que exerce na contenção de fluxos migratórios, o governo turco conta com a
simpatia da maioria dos dirigentes europeus.
III. Nas últimas décadas, um dos desafios políticos e sociais enfrentados pelos países que compõem o bloco diz
respeito à pressão de migrantes, vindos de países menos desenvolvidos, principalmente da África e da Ásia,
ampliando a concorrência por empregos.
IV. Desde o início dos anos 199, a adesão ao bloco tem sido condicionada ao ingresso na OTAN; condição essa
que permite, hoje, excluindo-se o caso da Suíça, todos os integrantes da UE fazerem parte da aliança militar.
Assinale a alternativa que apresenta todas as armativas corretas, dentre as listadas acima.
a) I e II d) II e IV
b) I e III e) III e IV
c) II e III
4. Uerj 2018
Apoio nanceiro recebido dos Estados Unidos, em 2015, em milhões de dólares
Renda per capta, em dólares: Polônia Líbano
866 - 4.999 20.000 - 29.999 $16 $156 Síria
$155
5.000 - 9.999 30.000 ou mais Afeganistão
$1.100
10.000 - 19.999 indisponível
Iraque
Israel $373
$3 100
Nepal
Paquistão
$933 Bangladesh
Jordânia
$1.000
Egito
República $1500 Etiópia
Haiti Dominicana Senegal
$291 $478
Adaptado de vox.com.
No mapa, o tamanho de cada país é proporcional ao apoio nanceiro recebido dos Estados Unidos.
Na região do mundo onde estão localizados os quatro países mais beneciados pelo apoio nanceiro dos Estados
Unidos, o principal motivo utilizado para a concessão desse apoio é de natureza:
a) cultural. c) humanitária.
b) geopolítica. d) demográfica.
6. FCMSCSP 2021 Com o fim da Guerra Fria, cientistas políticos embarcaram na ilusão de que os muros que separavam paí-
ses iriam cair um a um; Berlim era só o começo. A globalização, no entanto, teve o efeito oposto.
(Patrícia C. Mello. www1.folha.uol.com.br, 17.09.2017.)
Considerando o processo de globalização, a manutenção de muros e até mesmo a construção de outros caracterizam
a) ações para a legitimação de blocos econômicos firmados ao longo do século XX.
b) estratégias de defesa de economias nacionais para a correta cobrança de impostos.
c) respostas à insegurança socioeconômica em um mundo pretensamente homogêneo.
d) iniciativas de resistência para redesenhar fronteiras segundo heranças socioculturais.
e) entraves à plena circulação de pessoas impostos por grupos civis antidemocráticos.
Guia de estudos
Geografia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 8
I. Leia as páginas de 92 a 103. III. Faça os exercícios propostos de 1 a 11.
II. Faça os exercícios de 1 a 4 da seção “Revisando”.
Centros de poder I
Conflito Norte-Sul
Com o fim do conflito entre Leste (representado pelo socialismo) e Oeste (representado pelo capitalismo), o mundo
começou a dar mais atenção a outro que já existia: aquele entre Norte (rico) e Sul (pobre), porém de natureza distinta.
O conflito Norte-Sul não é militar, mas sim um conflito de interesses predominantemente econômicos. Há algumas
questões da economia e da política mundiais nas quais os interesses de países ricos e de pobres são divergentes. Entre
os principais temas, destacam-se: o protecionismo agrícola, a circulação do capital financeiro, a propriedade intelectual
sobre a tecnologia e as questões ambientais.
OCEANO
ATLÂNTICO
Trópico de Câncer
OCEANO
PACÍFICO
Equador
0º
OCEANO
Meridiano de Greenwich
ÍNDICO
Trópico de Capricórnio
OCEANO
PACÍFICO
Países do Norte
Países do Sul 0 2 860 km
Fonte: elaborado com base em CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 20. p. 0.
Essa forma de regionalizar o mundo coloca em evidên- por potências locais, com Estados capazes de mobilizar o
cia a marcante desigualdade econômica existente entre poder regional de acordo com seus interesses.
as nações, revelando que se trata de um processo com- Conforme estudamos, a visão multipolar tradicional
binado, ou seja, parte da riqueza acumulada por alguns imaginava apenas três polos de poder – Estados Unidos,
países resulta de explorações e relações econômicas que Europa e Japão. Contudo, o mundo que se configurou no
foram vantajosas para alguns e desvantajosas para outros. século XXI fez despontar outros polos, como China e Rús-
De modo mais explícito, em um primeiro momento, parte sia, e ainda reserva promessas futuras, ao menos como
dessas diferenças se devem às práticas imperialistas e co- potências regionais, por exemplo: Índia, Brasil, África do
lonialistas. Em um segundo momento, temos os diferentes Sul, Indonésia, Turquia, entre outros.
papéis que os países assumiram na DIT; os produtores de Além dos novos polos de poder, a Nova Ordem Mundial
matérias-primas obtêm poucos recursos no comércio é caracterizada também por novas formas de disputa, novos
de seus bens, pagam caro pelos produtos industrializados conflitos e questões a serem debatidas.
e pelo uso de tecnologia de ponta. O G é um bom exemplo. Criado em 1999 diante
FRENTE 2
Exercícios de sala
(Adaptado de: VESENTINI, J. W. A Nova Ordem Mundial. São Paulo: Ática, 1997. p. 52.)
3. IFCE 2020 Alguns dos aspectos presentes na Nova Ordem Mundial são a globalização e os blocos econômicos, que
consistem na união de diferentes países que desejam estabelecer uma relação econômica fortalecida entre si. Sobre
essa temática, é correto afirmar-se que
a) o Mundo Global tem origem na Segunda Guerra Mundial através de uma divisão econômica entre capitalista e
socialista conhecida como divisão Norte e Sul.
b) o MERCOSUL foi fundado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, sendo um bloco econômico de integração
de todo o continente americano.
c) o Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) foi substituído pelo Acordo Estados Unidos-México-
FRENTE 2
-Canadá – USMCA, que, além de criar uma zona econômica na América do Norte, integrou-se aos países da
América Central.
d) a globalização na atual fase do capitalismo, representada pela integração econômica dos blocos regionais, con-
segue eliminar as desigualdades existentes entre as economias continentais.
e) o Reino Unido se prepara para sair da União Europeia depois de um plebiscito realizado em 16, acionando o
Artigo 5 do Tratado de Lisboa.
Centros de poder II
Centros de poder: União Europeia ibéricos só foram admitidos completamente em 1986.
Formava-se, assim, a Europa dos 1. Essa configuração
O bloco que atualmente é denominado União Europeia
permaneceu até a década de 199, quando as mudanças
foi criado para pôr fim às frequentes guerras entre paí-
no contexto internacional provocaram o fim da CEE e sua
ses vizinhos, que culminaram na Segunda Guerra Mundial.
substituição pela União Europeia.
A aposta foi de que a cooperação em torno do comércio
regional e de outros temas levaria os países a um grau de
interdependência que garantiria a paz regional. A União Europeia
Em 9 de maio de 195, o ministro dos negócios estran- O fim da Guerra Fria trouxe um novo cenário aos paí-
geiros francês propôs que a França, a Alemanha e qualquer ses da CEE. Não havia mais o conflito entre capitalismo e
outro país europeu interessado utilizassem conjuntamente socialismo, que deu apoio à sua formação. Em primeiro
os recursos do carvão e do aço presentes em seus terri- lugar, isso possibilitou a entrada no bloco de países que
tórios. Esse acordo foi denominado Plano Schuman e teve não eram aliados aos Estados Unidos no combate ao so-
o objetivo de evitar um novo choque militar entre a França cialismo. Entre eles, países neutros e até mesmo antigos
e a Alemanha, que, mesmo antes das guerras mundiais, já países do bloco socialista. Outra mudança foi a necessidade
disputavam a posse dos recursos minerais localizados nas de a Europa impor-se como potência econômica mundial,
suas áreas de fronteira. Em 195, entrou em vigor a Co- desafiando a hegemonia estadunidense.
munidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca), que incluía Diante desses desafios, em 1991, foi elaborado o Tratado
França, Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. de Maastricht, que mudava a denominação CEE para União
Europeia (UE). A alteração do nome também tinha como
A Comunidade Econômica Europeia objetivo explicitar as mudanças de perspectiva do bloco.
Na Ceca, foram estabelecidas as diretrizes básicas para Nesse tratado, foram definidas regras mais claras para a
a formação da Comunidade Econômica Europeia (CEE), adesão de novos países, a proposta para a criação de uma
que compreendia um mercado comum (Mercado Comum moeda única e a intenção de criar uma política externa e
Europeu – MCE) e a Euratom, uma associação entre alguns de defesa unificada.
países europeus voltada para o desenvolvimento de tecno-
logia nuclear pacífica. Os participantes da Ceca assinaram, Acordo de Schengen
em 195, o Tratado de Roma, que oficializou o MCE e a O Acordo de Schengen é um tratado criado em 1985
Euratom a partir de 1958. entre países europeus que estabelece a livre circulação de
Com sua criação, no ano de 195, a CEE direcionou cidadãos e de turistas entre as fronteiras internas da Europa.
todo o processo de reconstrução e modernização da eco- O acordo que define o Espaço Schengen, formado atualmen-
nomia europeia. Esse esquema garantia o crescimento te por 6 países, foi adotado pela União Europeia em 199,
econômico dos países europeus que se aliaram aos Esta- entretanto essa área de livre circulação de pessoas não pode
dos Unidos durante a Guerra Fria, porém sua atuação na ser confundida com a própria União Europeia. Apesar de a
ordem de poder mundial permanecia submissa à superpo- maioria dos integrantes ser membro da UE, isso não é uma
tência estadunidense. regra. Por exemplo, a Irlanda faz parte do bloco, mas não
O sucesso econômico e o incentivo do líder do bloco do Acordo de Schengen. Já Islândia, Noruega e Suíça, paí-
capitalista (Estados Unidos) fizeram com que novos países ses não integrantes da UE, compõem o Espaço Schengen.
passassem a integrar a CEE. Em 193, a Grã-Bretanha, que Outros, como a Croácia, estão em fase de tramitação para
até então resistia à ideia de diminuir sua soberania em favor também aderir ao Espaço.
de sua entrada nessa instituição supranacional, passou a No entanto, as fronteiras externas da Europa passaram
ser o sétimo integrante do bloco, trazendo consigo a Irlanda a fazer um controle mais rigoroso sobre aqueles que são
e a Dinamarca. Da Europa dos seis, chegava-se à dos nove. autorizados a adentrar no espaço europeu. Para tanto, foi
Mais três países eram cotados para integrar o bloco eu- criado o Sistema de Informação Schengen, que permite às
FRENTE 2
ropeu, contudo permaneciam de fora em virtude dos seus autoridades policiais, aduaneiras e de fronteiras nacionais
regimes políticos ditatoriais: Grécia, Portugal e Espanha. divulgar alertas sobre pessoas procuradas ou desapareci-
Os gregos foram integrados em 1981, já os dois países das e sobre veículos e documentos roubados.
ich
enw
Ano de entrada
Gre
OCEANO
e
1952
no d
ATLÂNTICO 1973
idia
1981
Mer
1986
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Mar do
1995
Bált
Norte
2004
Mar
50
°N 2007
2013
Candidatos
oficiais
LUXEMBURGO candidatos
TCHECA
adota o euro
FRANÇA
Mar Negro
TURQUIA
ÁSIA
ÁFRICA
0 34
Mar Mediterrâneo
Fonte: elaborado com base em UNIÃO EUROPEIA. Alargamento: de seis para 28 países. europa.eu, [s.d.]. Disponível em:
https://europa.eu/european-union/sites/europaeu/files/eu_in_slides_pt.pdf. Acesso em: 22 nov. 202.
Milhões de pessoas
6
0
Síria Venezuela Afeganistão Sudão do Sul Mianmar
Fonte: Venezuela é o segundo país com maior número de deslocados e refugiados no mundo, CNN Brasil, jun. 202. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/venezuela-e-o-segundo-pais-com-maior-numero-de-deslocados-e-refugiados-no-mundo/. Acesso em: 22 nov. 202.
Anos de guerra civil fazem com que a Síria lidere o grupo de países com mais refugiados no mundo.
0 490 km
wich
de G ridiano
reen
Me
OCEANO
ATLÂNTICO
Mar
Mar
Báltico
do Norte
IRLANDA REINO
UNIDO RÚSSIA
FRONTEIRA
ORIENTAL
776
ALEMANHA
FRANÇA
MAR NEGRO
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537
PORTUGAL LC
BÁ 2 178 Negro
ESPANHA 1
ITÁLIA
96
6 3 ALBÂNIA
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MEDITERRÂNEO ÂN TURQUIA
GRÉCIA RR AL
OCIDENTAL I TE NT 5
23 143 ED IE 0
ÁFRICA M OR 42 3
OCIDENTAL
421 ÁFRICA MEDITERRÂNEO CENTRAL
118 962 CHIPRE
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico:
espaço mundial. . ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 20. p. .
A chamada “crise migratória”, ou “crise dos refugiados”, explicitou uma fissura na UE, fazendo com que alguns países
assumissem posturas diferentes daquelas decididas pelo bloco, agindo de forma unilateral ao decidir receber ou não os
migrantes. Dinamarca, Polônia, República Tcheca, Eslováquia e Hungria se recusaram a receber refugiados e rejeitaram
as cotas migratórias impostas pela UE.
FRENTE 2
Fonte: elaborado com base em Eleições na Catalunha devem estimular separatismo; conheça movimentos pró-independência na Europa.
Folha de S.Paulo, 2 set. 20. Disponível em: https://www.folha.uol.com.br/asmais/20/0/020-eleicoes-na-catalunha-devem-alavancar-
separatismo-conheca-movimentos-pro-independencia-na-europa.shtml. Acesso em: 2 nov. 202.
O euro em questão
O estabelecimento do euro como moeda única se deu com a instauração de um complexo e, por enquanto, contradi-
tório procedimento de controle sobre o sistema monetário. Por esse motivo, a efetivação da moeda única vem sendo um
grande desafio para os membros dessa chamada Zona do Euro. O principal problema é que, no caso das moedas adotadas
em um só país, quem controla as ações fundamentais da política monetária (como a emissão do dinheiro, a decisão sobre
os gastos e o endividamento público) é um único governo, enquanto na Zona do Euro não.
Há países que integram a Zona do Euro desde 1999, mas ainda não conseguiram cumprir as metas de endividamento
e de déficit público. Tais metas, mesmo sendo muito evidentes e estabelecidas como condição para utilizar a moeda única,
ainda não são acompanhadas de instrumentos claros para punir os países que não as cumprirem.
Se o endividamento começa a crescer demais e, ao mesmo tempo, o déficit público é muito grande, surge uma des-
confiança por parte dos investidores de que o país talvez não tenha condições de pagar seus títulos no prazo e com os
juros combinados. Se fosse um país com moeda própria, o problema seria só dele, que, caso chegasse ao limite, poderia
decretar moratória (se negar a pagar suas dívidas por determinado tempo), ver sua moeda ser desvalorizada, e os inves-
timentos diminuírem.
O problema do euro é que a moeda, nesse caso, é a mesma em 19 países, o que significa que, se um deles chegar a
esse ponto, todos perdem. Para agravar o cenário, existe o temor de que isso aconteça com vários países, devido a uma
série de fatores. Essa é a questão estrutural da crise dos PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha).
A crise econômica iniciada em 8 explicitou a vulnerabilidade desses países, todos com baixo desempenho se
comparados aos demais membros da União Europeia, o que levou analistas e, sobretudo, a imprensa inglesa a construir
um acrônimo de conotação pejorativa com as iniciais dos nomes desses países: PIIGS, que apresenta grande semelhança
com a palavra inglesa pigs, que significa “porcos”.
wich
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OCEANO
no
idia
ATLÂNTICO
ltico
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Norte
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45°
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Mar Negro
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ÁSIA
120
100
80
60
Limite
40
20
0
Lituânia
Letônia
Luxemburgo
Portugal
Áustria
Polônia
República Tcheca
Chipre
UE-27
Eslováquia
Grécia
Itália
Espanha
Estônia
Zona do Euro
Bélgica
Croácia
Hungria
Eslovênia
Alemanha
Irlanda
Países Baixos
Malta
Romênia
Suécia
Bulgária
França
Finlândia
Dinamarca
2019 2020
Em 15, a Grécia passou por um período de instabilidade, quando estourou a crise da dívida pública, originada em
8, e acumulou pacotes fracassados de austeridade. A situação foi tão séria que os bancos ficaram fechados por falta
de dinheiro, e o país praticamente quebrou. A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), instituições que
injetam capital no país, discordaram das soluções apresentadas pelo primeiro-ministro na época, Alexis Tsipras, que prometia
reformas em troca de mais empréstimos, porém ele contou com apoio da população ao se recusar a pagar os credores.
FRENTE 2
A situação ameaçou a permanência do país na UE, o que fez surgir o termo Grexit, para se referir ao problema, que foi
equacionado com novas negociações. Após três planos econômicos muito severos (1, 1 e 15), o país voltou a
crescer apenas no ano de 1. Atualmente, a situação econômica do país está estável, mas não se pode considerar que
a crise esteja resolvida. As reformas previstas para 19 e levaram a população às ruas por descontentamento e a
perda de conquistas sociais, além disso somam-se os efeitos da pandemia sobre a economia, com aumento no desem-
prego, empresas que fecharam as portas, e uma escassez de matérias-primas, que além de comprometerem a retomada
da economia, principalmente dos setores industriais, também têm contribuído para o aumento da inflação.
FRENTE 2
Guia de estudos
Países emergentes
BRICS
A Nova Ordem Mundial abriu espaço para outros protagonistas no cenário internacional. Nesse contexto, daremos
destaque para um grupo de países que tem sido identificado como BRICS.
O acrônimo BRIC foi criado em 1 pelo economista-chefe do Goldman Sachs, um grande banco de investimentos
estadunidense, para indicar os países de economia emergente que assumiriam protagonismo mundial em um futuro próximo:
Brasil, Rússia, Índia e China. Além das características gerais de cada um (como o tamanho do território e da população, a
disponibilidade de recursos naturais e energéticos, o nível de industrialização e o desenvolvimento tecnológico), o contexto
de crescimento econômico que esses quatro países apresentavam anunciava um futuro promissor. Entretanto, Brasil e
Rússia não sustentaram os índices apresentados no início do século XXI; além de, no caso brasileiro, as crises na política
interna terem prejudicado sua influência externa.
Em 6, os quatro países se organizaram em um grupo para estabelecer cooperação internacional em campos di-
plomáticos e econômicos, sem a assinatura de tratados, como no modelo dos blocos econômicos tradicionais. Em 11,
a África do Sul passou a integrar o grupo, que foi, então, nomeado BRICS.
Diante do sucesso das economias desses países, do aumento de suas participações no comércio internacional e
da presença mais frequente e respeitada em fóruns mundiais, muitos analistas passaram a afirmar que os integrantes do
grupo eram os principais atores da nova ordem multipolar. Contudo, essa análise se mostrou exagerada, pelo menos nos
casos de Brasil, Índia e África do Sul.
Além das aproximações diplomáticas e da definição de estratégias, a ação concreta de maior relevância do grupo foi
a criação, em 14, do banco NDB (sigla em inglês para New Development Bank), que financiou obras para produção de
energia e criação de infraestrutura nos países do BRICS, com impactos socioambientais positivos, como os parques de energia
eólica em Pernambuco e Piauí e a modernização de algumas refinarias da Petrobras em 18. Além desses projetos, há
outros em financiamento nos demais países.
Índia
A Índia tem a segunda maior população do mundo. Sua economia vem apresentando intenso crescimento nos úl-
timos anos graças à mão de obra barata, aos investimentos em tecnologia e ao fato de o inglês ser um dos idiomas
oficiais, o que facilita a comunicação com os demais países. Os indianos formam a mais populosa democracia do mundo.
Contudo, tanto em seu território como no restante do subcontinente indiano, existe uma série de conflitos de natureza
étnico-religiosa.
Índia: crescimento anual do PIB – 2020
% 10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Fonte: WORLD DATA BANK. World Development Indicators. Disponível em: https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.KD.ZG?locations=IN.
Acesso em: 2 nov. 202.
O crescimento do PIB indiano se destaca tanto entre os países emergentes quanto no contexto mundial, mas também apresentou forte retração em 2020
devido à pandemia de covid-19.
A economia do país atualmente é a segunda que mais cresce (na casa dos 6% nos últimos anos), o que fez seu PIB
nominal ser o sexto maior em . Entretanto, a riqueza produzida não é igualmente distribuída; pelo contrário, a desi-
gualdade social no país só aumenta.
O setor agrícola é responsável por cerca de 6% da oferta de trabalho, porém o setor de serviços é o que mais cresce
e mais gera riquezas para a Índia. Apesar da fama e da maior indústria de cinema do mundo, conhecida como Bollywood
80° L
U E
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AFEGANISTÃO DO
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66% CHINA
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8%
Bengala
J TELUGO
4% C 8%
Idioma
CA
NA
Fonte: elaborado com base em Languages and Minority Religions. University of Texas Libraries, [s.d.].
Disponível em: https://legacy.lib.utexas.edu/maps/middle_east_and_asia/india_lang_7.jpg. Acesso em: 2 nov. 202.
CAXEMIRA
Região relativamente fértil e rica em nascentes de rios, a Caxemira é essencial para a segurança hídrica tanto da Índia
quanto do Paquistão. Sua população é majoritariamente muçulmana, mas em 194, após ser invadida pelo Paquistão, a
FRENTE 2
região foi partilhada e seu controle foi entregue à Índia. O estado de tensão de guerra pode ter desdobramentos muito
graves, pois os dois países têm arsenal nuclear.
A Índia conta com o apoio diplomático dos Estados Unidos e da Inglaterra e possui um exército poderoso. O Paquistão,
mais pobre, conta com um pequeno apoio do governo chinês e suas forças armadas convencionais não são comparáveis
às indianas. Nesse contexto, surgiu o apoio não oficial do governo paquistanês a guerrilheiros islâmicos. Esses grupos
promovem ataques como forma de pressionar o governo indiano a ceder toda a Caxemira para o Paquistão. Para os mili-
tantes radicais, essa é também uma guerra santa.
As fronteiras
disputadas
AFEGANISTÃO
AQUISTÃO
35° N
Sob controle
Linha de
da Índia
Controle CHINA
(criada
em 1948)
0 100 km ÍNDIA
76° L
Fonte: elaborado com base em Conflito na Caxemira: por que Índia e Paquistão disputam
a região que vive nova escala de tensão. BBC, 27 fev. 20. Disponível em: www.bbc.com/
portuguese/internacional-770. Acesso em: 2 nov. 202.
O ano de 1 foi um dos mais violentos dos últimos território. Moscou tornou legítimo o referendo realizado na
tempos, contabilizando a morte de 6 supostos rebeldes, Crimeia, no qual venceu a decisão favorável à integração
8 membros das forças de segurança indiana e 54 civis. dessa região ao território russo. Na ocasião, a península
Em 18, mais mortes se sucederam como resultado do pertencia à Ucrânia, apesar de ser habitada por maioria de
confronto entre o exército indiano e os rebeldes. A Índia descendentes russos.
acusa o Paquistão de continuar a treinar vários grupos re- O referendo foi organizado por um comando militar pró-
beldes, como o Lashkar-e-Taiba (LeT), fato negado pelo -Rússia que havia tomado a Assembleia da Crimeia, com o
governo paquistanês. Em 19, a tensão na região voltou a apoio de parte da população, e declarado independência
aumentar a partir de um atentado terrorista contra as forças da Ucrânia, que em momento algum reconheceu o novo
indianas. Como desdobramento, ocorreram ataques aéreos governo, assim como os Estados Unidos e a União Europeia.
de ambos os lados, caças abatidos e um piloto indiano Essa região tem grande importância estratégica para
capturado. Após o risco de uma nova guerra, as tensões a Rússia, visto que é uma via de acesso ao mar Negro, o
diminuíram e o piloto foi liberto. Em agosto do mesmo ano único porto de águas quentes do país e, portanto, muito
o governo indiano revogou a autonomia constitucional da relevante por facilitar a movimentação de cargas e possi-
Caxemira, conquistada em 194, e apenas em meados de bilitar o controle do canal que liga o mar Negro ao mar de
suspendeu algumas das restrições impostas à região. Azov. Além disso, na península encontra-se a base naval
russa de Sebastopol.
Rússia Em 13, uma declaração do então presidente ucra-
Com o fim da União Soviética e a formação da CEI, a niano Viktor Yanukovich (195-), favorável à aproximação
Rússia herdou grande arsenal militar e um assento perma- comercial com a Rússia em vez de com a UE, levou mani-
nente no Conselho de Segurança da ONU. Além disso, o festantes às ruas e agudizou o conflito que culminou com
país possui um vasto território, muitos recursos naturais e a queda do presidente pró-Rússia em 14. A anexação
energéticos, indústria de base bem desenvolvida e uma da Crimeia pela Rússia é entendida como uma retaliação
sociedade com bom nível educacional. Somando esses de Moscou à derrubada de um presidente aliado. A partir
fatores, a Rússia conseguiu se reorganizar politicamente desses episódios, insurgentes separatistas e pró-Rússia
e desenvolver sua economia, despontando no cenário ocuparam cidades na fronteira entre os dois países, como
geopolítico mundial. Donetsk e Luhansk.
Portanto, o conflito ucraniano envolve múltiplos fatores,
O conflito russo-ucraniano como pressões separatistas internas da Ucrânia, resistência
Em 14, a Rússia entrou em conflito com a Ucrânia, o russa à expansão da UE, além do suprimento energético
qual resultou na anexação da península da Crimeia a seu tanto para a Ucrânia como para os países europeus.
BELARUS
ÔNIA
RÚSSIA
ESLOVÁQUIA
48° N
ÁVIA
zov
de A
Mar
Gasodutos
Mar Negro 0 125 km
30° L
Fonte: elaborado com base em Crimeia pede para fazer parte da Rússia; entenda com mapas a crise. BBC Brasil, mar.
20. Disponível em: www.bbc.com/portuguese/noticias/20/0/00_mapas_ucrania_lk_vj. Acesso em: 2 nov. 202.
Kiev
58,5 R
48° N
ÁVIA
População que
fala russo (em %)
ROMÊNIA
0-20 12,1 Tártaros*
20-30 5 Outros
30-50 Crimeia
*População original muçulmana
Mar Negro
Mais de 50 da região, de fala turca.
0 115 km
Fonte: elaborado com base em Graphic News. In: Entenda por que Ucrânia e Rússia brigam pelo controle da Crimeia. Folha de S.Paulo, 7 mar. 20. Disponível
em: www.folha.uol.com.br/mundo/20/0/220-entenda-porque-ucrania-e-russia-brigam-pelo-controle-da-crimeia.shtml. Acesso em: 2 nov. 202.
No mapa: Rebeldes separatistas pró-Rússia têm criado focos de insurgência na porção leste do país, onde predomina a população de origem russa.
FRENTE 2
-5
-10
-15
1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Fonte: WORLD DATA BANK. World Development Indicators. Disponível em:
https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.KD.ZG?locations=RU. Acesso em: 2 nov. 202.
O PIB russo apresentou um crescimento vertiginoso no primeiro governo de Vladimir Putin.
Exercícios de sala
1. EsPCEx-SP 2022 Noticiou-se recentemente o aumen- 2. Uece 2018 A expressão BRIC foi lançada em 200,
to das hostilidades entre a Ucrânia e a Rússia, sete anos em referência ao conjunto de países formado por
após a ocupação da Crimeia por tropas de Moscou. Brasil, Rússia, Índia e China, que assumiu um papel
Sobre as principais razões que explicam as tensões importante na economia mundial para os cinquenta
envolvendo esses dois países, é correto afirmar: anos seguintes. O grupo foi formalizado em 200 e
I. A porção leste da Ucrânia é constituída por uma sua primeira cúpula ocorreu em 200, e, desde en-
maioria de russos étnicos, que desejam manter la- tão, além de ter recebido a África do Sul como mais
ços com a Federação Russa e são apoiados pelo um novo membro, lançou um banco de desenvolvi-
governo russo. mento — The New Development Bank — e um fundo
II. A península da Crimeia é altamente estratégica, de reservas denominado BRICS Contingent Reserve
pois ali encontra-se a base naval russa de Tartus,
Arrangement, passando a ser conhecido no cenário
que abriga a frota do Mar Mediterrâneo.
geoeconômico internacional como BRICS.
III. A Ucrânia pode ser considerada como a nova
O principal objetivo dos países participantes do BRICS é
fronteira entre o Leste e o Oeste, uma reminis-
a) fortalecer o papel econômico organizador dos Es-
cência da Guerra Fria, que colocava em campos
opostos a antiga URSS e os EUA. tados Unidos no cenário internacional.
IV. A crise ucraniana teve como estopim a assinatura b) garantir a centralização da elaboração de políti-
de um tratado de adesão do país à União Euro- cas internacionais sobre produção e venda de
peia e à Organização do Tratado do Atlântico petróleo dos países integrantes.
Norte (OTAN), em 13. c) defender uma ordem internacional multipolar,
criando espaços de discussão para elaborar pla-
Assinale a alternativa que apresenta todas as armati- nos de ação política e econômica entre os países
vas corretas, dentre as listadas acima. integrantes.
a) I e III c) I e IV e) I, II e IV d) oferecer ajuda mútua militar entre os países
b) II e IV d) II e III membros.
I. Apesar de serem considerados, segundo a ONU, países em desenvolvimento, ambos dispõem de artefatos de
destruição em massa.
II. Mahatma Gandhi, líder que organizou diversas campanhas anticoloniais, ciente das incontornáveis divergências
entre muçulmanos e hindus, apoiou a transformação da fronteira entre esses dois países, que passou de religiosa
para política.
III. Perdura até hoje o rígido padrão de alianças construído durante a Guerra Fria, colocando em campos opostos o
eixo Nova Délhi–Moscou e Islamabad–Pequim.
IV. A rivalidade indo-paquistanesa tem como um de seus principais focos a disputa pelo controle da Caxemira, re-
gião habitada por maioria muçulmana e encravada no Himalaia, na fronteira entre os dois países.
Assinale a alternativa que apresenta todas as armativas corretas.
a) I e II b) II e IV c) II e III d) I e IV e) III e IV
4. Enem 2014
Texto I
Texto II
A Índia deu um passo alto no setor de teleatendimento para países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos e as nações
FRENTE 2
europeias. Atualmente mais de 245 mil indianos realizam ligações para todas as partes do mundo a fim de oferecer cartões
de créditos ou telefones celulares ou cobrar contas em atraso.
Disponível em: www.conectacallcenter.com.br. Acesso em: 12 nov. 2013 (adaptado).
SILVA, Augusto César Pinheiro et al. Educação geográfica em foco: temas e metodologias para o ensino básico.
Rio de Janeiro, Ed. Lamparina/FAPERJ, 2014, p. 80.
Mesmo com o m da Guerra Fria no início da década de 0, as tensões geopolíticas no Leste europeu parecem não
ter desaparecido. Com base no cartograma apresentado, explique:
a) o papel estratégico da Ucrânia para a manutenção do poder da Rússia no Leste da Europa;
b) pouca repercussão, até agora, das medidas de sanção da Alemanha à Rússia em relação à atual guerra civil na
ex-república soviética da Ucrânia.
Guia de estudos
Geografia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 8
I. Leia as páginas de 115 a 122. III. Faça os exercícios propostos de 31 a 40.
II. Faça os exercícios 7 e 8 da seção “Revisando”.
China
China, o dragão do século XXI
A China tem a maior população (1,393 bilhão de habitantes) e o terceiro maior território do mundo. Entretanto, essa
grande população não está bem distribuída por esse vasto território; ao contrário, ela está extremamente concentrada no
leste do país, uma vez que, no centro e no oeste, predominam áreas áridas e semiáridas, com destaque para o Deserto
de Gobi, e, no sudoeste, a cordilheira do Himalaia.
OCEANO
PACÍFICO
Densidade
populacional cer
de Cân
(hab./km²) ico
Tróp
10
100
200
470 km
Fonte: elaborado com base em SHUPAC, Joseph. Internal chinese geopolitics part . Future Economics, 7 fev. 20.
Disponível em: https://future-economics.com/20/02/7/internal-chinese-geopolitics/. Acesso em: 2 nov. 202.
Tró
pic
od
eC
ânc
er
OCEANO
(em yuan) PACÍFICO
Golfo de
132 000 Bengala
99 000
66 000
33 000
450 km
0
Fonte: elaborado com base em STATISTA. Produto interno bruto (PIB) per capita na China
em 2019, por província ou região. Disponível em: www.statista.com/statistics/0/
china-per-capita-gross-domestic-product-gdp-by-province/. Acesso em: 2 nov. 202.
No mapa: As regiões oriental e central do território concentram 71% do PIB chinês.
15
10
-5
-10
-15
-20
-25
-30
1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Fonte: WORLD DATA BANK. World Development Indicators. Disponível em:
https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.KD.ZG?locations=CN. Acesso em: 2 nov. 202.
Crescimento do PIB chinês se mantém forte mesmo em períodos de crise.
0 500 km PACÍFICO
0
das indústrias de bens de consumo. Nessa re-
Fonte: elaborado com base em UOL Vestibulares. Disponível em:
gião, foram implantadas as ZEEs. https://vestibular.uol.com.br/simulado/poli2-ve.jhtm. Acesso em: 22 jan. 202.
2020
Homens Mulheres
95+
90-94
85-89
80-84
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
10% 8% 6% 4% 2% Percentual 2% 4% 6% 8% 10%
Fonte: elaborado com base em PopulationPyramid.net. Disponível em: www.populationpyramid.
net/pt/república-popular-da-china/. Acesso em: 22 jan. 2022.
1. UEM-PR 2019 A partir do final da década de 1970, 2. Uece 2019 A China é reconhecida por ser o maior
a China inicia um processo de reforma econômica no país do mundo em quantitativos demográficos e por
campo e na cidade, paralelamente à abertura da eco- ter a terceira maior extensão territorial do mundo.
nomia para o exterior. Denominada economia socialista Além disso, outros aspectos que lhe conferem noto-
de mercado, buscou conciliar o processo de abertura riedade são seu intenso crescimento econômico e
econômica e a adoção de mecanismos da economia sua crescente atuação política, que tornam o país um
de mercado com a manutenção no plano político, da
importante ator no cenário internacional.
ditadura de partido único, o Partido Comunista Chinês
Considerando algumas características da China, aten-
(PCC). A China tem sido a economia que mais cresce
te para as seguintes armações:
no mundo, a uma taxa média de 10% ao ano. Em 1980,
seu PIB era de 202 milhões de dólares; em 2016, tinha I. Apesar de ser um dos maiores países do mundo
atingido 11,4 trilhões de dólares. em termos de área, a China enfrenta problemas em
(adaptado de SENE, E. de; MOREIRA, J. C. Geografia geral e do Brasil. relação aos seus recursos naturais, pois boa parte
vol. único. São Paulo: Ática, 2018, p. 379). de seu território é ocupada por extensos desertos,
Sobre esse processo de reforma econômica, assinale além de áreas montanhosas muito acidentadas.
o que for correto. II. Desde o segmento de fontes energéticas reno-
A partir dos meados do século XX, houve maior váveis, principalmente solar, no Chile, passando
diversificação das atividades econômicas, as- pelo pré-sal e infraestrutura no Brasil e pelo sha-
sim como aumento na quantidade de produtos le gas nos Estados Unidos, a China tem realizado
industrializados e de produtos com maior valor investimentos no continente americano visando
agregado na pauta de exportações do País. As ampliar sua zona de influência global e atender
empresas tiveram que se adequar às demandas seus interesses comerciais e estratégicos por
do mercado, melhorando os produtos, baixando meio de suas empresas estatais.
os preços. Dessa forma, a economia chinesa pas- III. A China integra o BRICS, grupo dos principais paí-
sou a ter alcance mundial. ses em desenvolvimento composto também por
O acelerado crescimento e a transformação do Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, que funciona
País em fábrica do mundo modificaram radical- como um agrupamento geopolítico e geoeconô-
mente as paisagens chinesas, especialmente as mico de apoio aos Estados Unidos.
urbanas. Cidades como Xangai e Pequim cresce-
ram exponencialmente, fábricas foram erguidas Está correto o que se arma em
sem o devido controle ambiental e tiveram como a) I e III apenas.
consequência a poluição com índices alarmantes. b) I e II apenas.
O crescimento da industrialização chinesa, que c) II e III apenas.
se concentrou principalmente nas cidades cos- d) I, II e III.
teiras situadas no oeste do País, possibilitou o
crescimento destas e intensificou as migrações 3. EsPCEx-SP 2017 A China tem se tornado uma das
internas, sem restrições do governo central. Al- maiores potências mundiais. É considerada uma
gumas cidades dessa região são denominadas economia emergente, tanto pelo peso de sua eco-
cidades abertas, portas abertas, pois permitem
nomia quanto pela forte influência que exerce no
a livre circulação de pessoas e de trabalhadores
cenário regional e global. A expansão da indústria
oriundos da zona rural.
tem sido um dos principais fatores do crescimento
O governo chinês concedeu aos investidores
da economia desse país. Sobre a economia chinesa,
estrangeiros liberdade de atuação nas novas
regiões industriais, sobretudo nas zonas econô- podemos afirmar que
micas especiais. Quase todas as transnacionais I. a indústria pesada ainda permanece sob o controle
com atuação global têm filiais nessas regiões, estatal chinês e concentra-se, predominantemen-
mas para se instalarem precisam criar parcerias te, nas províncias da Manchúria, no nordeste do
com empresas públicas ou privadas chinesas. País, a qual dispõe de vastas reservas de carvão
Mesmo com a economia em crescimento e apoia- mineral e minério de ferro.
FRENTE 2
da em moldes capitalistas, o Estado controla os II. a indústria de alta tecnologia expandiu-se rapida-
setores mais estratégicos. O governo chinês tem mente no País, o que o tornou um dos maiores
estimulado o desenvolvimento científico e tec- exportadores do mundo de produtos ligados à
nológico e, com o objetivo de atrair indústrias de tecnologia da informação. Entretanto, a China
alta tecnologia, foram criadas zonas de desenvol- não controla a maior parte das tecnologias mais
vimento econômico e tecnológico, os tecnopolos. valiosas dos produtos que fabrica, pois tais com-
Soma: ponentes são fabricados no exterior.
4. EsPCEx-SP 2020 China e Índia são dois gigantes que possuem inúmeras semelhanças, como, por exemplo, o fato de
serem os países mais populosos do mundo e fazerem parte dos chamados BRICS. Apesar disso, guardam inúmeras
características que os diferenciam entre si.
Sobre as diferenças entre esses dois gigantes, podemos citar os fatos de que, enquanto:
I. a Índia baseia sua matriz energética no petróleo e na energia nuclear, a China prioriza o gás natural e o carvão
mineral.
II. a China implantou um rígido programa de controle de natalidade, a Índia não tem demonstrado a mesma preocu-
pação ao longo das últimas décadas.
III. a China dispõe de uma maior diversidade cultural, a Índia possui uma cultura milenar, o que lhe garante maior
homogeneidade étnica e linguística.
IV. o modelo econômico chinês privilegiou a produção industrial, a Índia está se convertendo numa economia de
serviços, na qual se destacam setores como tecnologia da informação e biotecnologia.
Assinale a alternativa que apresenta todas as armativas corretas, dentre as listadas acima.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) I e IV
5. Unicamp-SP 2013 Graças ao tamanho continental e à imensa população do país, as políticas implementadas pelo governo
permitiram à China combinar as vantagens da industrialização voltada para a exportação, induzida em grande parte pelo
investimento estrangeiro, com as vantagens de uma economia nacional centrada em si mesma e protegida informalmente
pelo idioma, pelos costumes, pelas instituições e pelas redes, aos quais os estrangeiros só tinham acesso por intermediários
locais. Uma boa ilustração dessa combinação são as imensas ZPEs que o governo da China ergueu do nada e que hoje
abrigam dois terços do total mundial de trabalhadores em zonas desse tipo.
(Adaptado de Giovanni Arrighi, Adam Smith em Pequim: origens e fundamentos do século XXI. São Paulo: Boitempo, 2008, p.362.)
a) Indique duas ações políticas do governo chinês que produziram as condições internas para a ascensão econô-
mica do país.
FRENTE 2
Guia de estudos
Geografia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 8
I. Leia as páginas de 122 a 127. III. Faça os exercícios propostos de 41 a 50.
II. Faça os exercícios 9 e 10 da seção “Revisando”.
M
Trópico de Câncer
ar
nhecidos pela ONU.
Ve
r
As características socioeconômicas que mais se
m
elh
o
destacam entre os países africanos são a pobreza e
a miséria. Dos 3 países mais pobres do mundo,
localizam-se na África. Predominam no continente
países com baixo IDH. Poucos possuem IDH médio
Meridiano de Greenwich
Equador
(caso de Egito e África do Sul), e nenhum apresenta 0°
IDH elevado. Assim, o continente africano é o que OCEANO
OCEANO
ÍNDICO
mais apresenta características típicas de um contexto ATLÂNTICO
de subdesenvolvimento.
A economia da maior parte dos países africanos é
sustentada pela mineração, responsável por cerca de Índice de Desenvolvimento
Humano
9% da receita proveniente da exportação. O uso do
De 0,354 a 0,546 – Baixo Trópico de Capricórni
o
solo na área rural é dividido em grandes áreas mo- De 0,556 a 0,699 – Médio N
nocultoras e pequenas lavouras de subsistência. A De 0,700 a 0, 798 – Elevado
agricultura voltada para exportação tem como des- Sem dados
0 930 km
taques: café, cana-de-açúcar, cacau e algodão. Além 0°
disso, de modo geral, muitos países do continente Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico:
dependem da importação de petróleo e produtos in- espaço mundial. . ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 20. p. .
dustrializados.
O processo de colonização da África fez com que os povos do continente fossem desestruturados, o que atingiu as
economias locais, além de criar fronteiras artificiais que deram origem a guerras civis. O tráfico negreiro, que transportou
quase 4 milhões de africanos para a América e o Oriente Médio, foi responsável por subtrair parte da mão de obra local
e também por acentuar a desestruturação econômica e social. Com isso, o desenvolvimento econômico da maioria dos
países africanos tornou-se cada vez mais difícil, e a miséria generalizou-se no continente. Atualmente, países inteiros são
tomados por epidemias, baixa expectativa de vida, analfabetismo, desemprego e fome.
A origem de tais problemas possui fortes raízes históricas, como o relevante papel da colonização do continente africano
pelos europeus. Durante o século XIX, a Europa conheceu um grande surto de industrialização, o qual elevou a necessidade
de matérias-primas baratas e mercado consumidor. Cada país que se industrializava procurava garantir posses coloniais
no mundo. Entre 1884 e 1885, realizou-se a Conferência de Berlim, na qual as potências europeias buscaram resolver as
disputas pelos territórios africanos, definir direitos de navegação e comércio e evitar conflitos entre as nações envolvidas.
Divisões do continente
Considerando o posicionamento em relação aos pontos cardeais, o continente africano é dividido em cinco regiões.
Porém, há outra divisão do continente africano, estabelecida por critérios culturais, religiosos e étnicos, que separa a África
em Setentrional e Subsaariana. Esses critérios auxiliam na compreensão da maior incidência de conflitos na segunda região,
apesar de não serem os únicos fatores determinantes. O Norte da África apresenta uma uniformidade religiosa (islamismo)
e uma quantidade relativamente pequena de etnias, o que ajuda a diminuir a incidência de conflitos. A presença do De-
serto do Saara explica, em parte, essa reduzida quantidade de etnias, pois é um ambiente incapaz de sustentar grandes
populações. Já a África Subsaariana apresenta uma ampla diversidade religiosa, com a presença do islamismo, do cristia-
nismo e das religiões animistas locais. Existe também uma enorme diversidade étnica, que contribui para que os conflitos
sejam sempre complexos, envolvendo diversos fatores, como o desenvolvimento de grande diversidade demográfica.
Meridiano de Greenwich
Estreito de
Gibraltar TUNÍSIA
Mar Mediterrâneo
MARROCOS
ARGÉLIA
LÍBIA EGITO
SAARA
OCIDENTAL
Ma
Trópico de Câncer
r
Ve
rm
CABO MAURITÂNIA MALI
elh
VERDE NÍGER CHADE
o
SUDÃO ERITREIA DJIBUTI
SENEGAL
GÂMBIA BURKINA
FASSO
GUINÉ- GUINÉ NIGÉRIA
-BISSAU COSTA DO ETIÓPIA
REP. SUDÃO
MARFIM
CENTRO- DO SUL
SERRA LEOA CAMARÕES -AFRICANA
LIBÉRIA GANA SOMÁLIA
TOGO UGANDA
Equador QUÊNIA
BENIM 0°
SÃO TOMÉ REPÚBLICA RUANDA
E PRÍNCIPE DEMOCRÁTICA BURUNDI
DO CONGO
GUINÉ EQUATORIAL TANZÂNIA
GABÃO
REP. DO CONGO SEICHELES
OCEANO I. Comores
ANGOLA MALAUÍ
ATLÂNTICO MOÇAMBIQUE
ZÂMBIA
MAURÍCIO
ZIMBÁBUE
NAMÍBIA MADAGASCAR
Trópico de Capricórnio BOTSUANA
ESWATINI
ÁFRICA LESOTO
DO SUL
OCEANO
África Setentrional N
ÍNDICO
África Subsaariana
Países do Magrebe 0 750 km
0°
Fonte: elaborado com base em FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. As duas Áfricas. Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/as-duas-africas.htm. Acesso em: 2 nov. 202.
África Setentrional
Os países que se localizam no norte do Deserto do Saara têm algumas especificidades que precisam ser analisadas
isoladamente. A África Setentrional, também chamada de Norte da África ou África Mediterrânea, é marcada pela cultura
árabe, baseada na religião islâmica. Nessa região, encontram-se o Egito e a sub-região do Magrebe, que é formada por
Argélia, Tunísia e Marrocos (Magrebe central), além da Líbia, Mauritânia e Saara Ocidental (que complementam o grande
Magrebe).
Egito, Argélia e Líbia tiveram um desenvolvimento econômico que permite classificá-los como países semiperiféricos.
O elemento marcante do desenvolvimento econômico desses países é a industrialização, a modernização das infraestru-
turas de transporte e energia e o controle sobre a produção e comercialização de petróleo.
Sahel
O Sahel é uma faixa de terras com 5 a km de largura e 5 4 km de extensão, marcado pelo clima semiárido,
com precipitação anual variando entre 1 mm e mm. Na sua porção norte, predominam pastores que deslocam
seus rebanhos para o sul nos períodos mais secos. O trecho ao sul, mais úmido, é dominado por atividades agrícolas.
Nos últimos anos, os problemas e conflitos na região se intensificaram. Não bastasse o problema das fronteiras arti-
FRENTE 2
ficiais, a união de povos com pouca identificação, os Estados fracos e as mudanças climáticas, em conjunto com práticas
exploratórias agressivas, ampliaram a desertificação e tornaram inférteis áreas onde antes a prática agrícola era possível,
agravando o problema da fome. Além disso, a presença de grupos políticos internacionais com práticas terroristas vem
aumentando na região.
h
400
eenwic
600
o de Gr
Trópic LÍBIA
o de Cân
ce r
ARGÉLIA 800
EGITO
M
3 000
ar
Meridian
SAARA
Ve
OCIDENTAL
rm
elh
CABO MAURITÂNIA
o
VERDE MALI
NÍGER
CHADE SUDÃO
SENEGAL
ERITREIA
GÂMBIA
GUINÉ- BURKINA
-BISSAU GUINÉ FASSO
DJIBUTI
BENIM
COSTA NIGÉRIA
SERRA LEOA
DO ETIÓPIA
LIBÉRIA MARFIM REPÚBLICA SUDÃO
DO SUL
TOGO CAMARÕES CENTRO-AFRICANA
GANA
OCEANO REPÚBLICA SOMÁLIA
GUINÉ DEMOCRÁTICA UGANDA OCEANO
ATLÂNTICO CONGO
0° EQUATORIAL DO CONGO QUÊNIA ÍNDICO
Fonte: elaborado com base em O Sahel: clima e precipitação. SciencesPo, 202. Disponível em: https://bibnum.sciencespo.fr/s/
catalogue/ark://scfb#?c=&m=&s=&cv=&xywh=-0%2C0%2C2%2C0. Acesso em: fev. 2022.
África Subsaariana
As recorrentes crises na África Subsaariana têm raízes históricas e políticas que devastaram as economias locais ou
impossibilitaram seu desenvolvimento. Cerca de metade da população possui renda inferior a 1 dólar por dia.
A instabilidade política, resultado de diferentes rivalidades e conflitos étnicos dentro de um mesmo país e também
de disputas pelo controle das riquezas naturais, muitas vezes impede o Estado de promover a adequada tecnificação do
território, como construção de estradas, portos, usinas hidrelétricas e demais obras de infraestrutura, e de financiar a
produção no campo. Também não é possível tributar adequadamente as atividades econômicas e, dessa forma, levantar
fundos necessários para investir em políticas de desenvolvimento.
Com as populações isoladas em partes do território e a inexistência de uma rede de abastecimento eficiente, as
catástrofes naturais (secas, inundações) agravam as já delicadas condições socioeconômicas, aumentando as crises de
fome, doenças, mortes e migrações.
Gibraltar
ÁSIA
Ma
Ve
erm
rm
elh
elh
o
o
ATLÂNTICO Prevalência de
ÍNDICO
subnutrição na
Meridiano de Green
população (%)
5% De 0 a 2,5
20% De 2,5 a 5
35% De 5 a 10
50% Trópico de Capricórnio
De 10 a 25 N
N Trópico de Capricórnio
65% De 25 a 40
80% De 40 a 60
Sem dados OCEANO Sem dados 0 990 km
0 1 130 km
ÍNDICO
0°
Fonte: elaborado com base em MENEZES, Pedro. 0 gráficos para ficar otimista com o futuro da África (e do mundo). Mercado Popular,
22 ago. 207. Disponível em: http://mercadopopular.org/207/0/africa-otimismo-graficos/; Fonte: elaborado com base em FOOD AND
AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. World food and agriculture – Statistical pocketbook 2020. Rome: FAO, 2020. p. .
Disponível em: www.fao.org/policy-support/tools-and-publications/resources-details/en/c/2/. Acessos em: 2 nov. 202.
LIMPOPO
30° S
OCEANO
ATLÂNTICO OCEANO
ÍNDICO
Esperança
Agulhas 0 230 km
Fonte: elaborado com base em South Africa – Industry and Mining. University
of Texas Libraries, [s.d.]. Disponível em: https://legacy.lib.utexas.edu/maps/
south_africa.html. Acesso em: 2 nov. 202.
No fim do século XVIII, os ingleses ocuparam a Cidade do Cabo, que, à época, estava sob domínio francês, dando
origem à colônia britânica do Cabo. Os conflitos entre colonos ingleses, que eram antiescravidão e estavam ampliando
seus domínios em busca das jazidas de diamante, holandeses e negros nativos fomentaram o deslocamento dos bôeres
para o interior da região e para a fundação das províncias de Orange e Transvaal. Para marcar a diferença defendida pelos
bôeres, eles passaram a se denominar africâneres, distinguindo-se dos colonos de origem inglesa.
Entre 1899 e 19, os bôeres foram derrotados pelos ingleses na Segunda Guerra dos Bôeres (a Primeira ocorreu
entre 188 e 1881, quando Transvaal proclamou-se república). Essa derrota pôs fim, em 191, às disputas entre colo-
nizadores, originou a União Sul-Africana e reuniu todas as províncias, transformando-as em uma colônia inglesa. A partir
desse momento, iniciaram-se as primeiras medidas que levaram o país ao apartheid (separação), política segregacionista
que perdurou na África do Sul de 1948 até a década de 199.
Em 1911, o Colour Bar Act proibiu os negros de ocuparem empregos qualificados. O Native Land Act, de 1913, dividiu
as terras entre descendentes de europeus e negros. Mesmo representando 5% da população, os negros ficaram com ape-
nas 8% das terras locais, nomeadas bantustões. Ao mesmo tempo, o pass system limitou a circulação dos negros pelo país.
O apartheid se institucionalizou em 1948, com a independência do país e o governo liderado por uma minoria branca.
O endurecimento do regime do apartheid levou a várias revoltas da população negra. Na tentativa de contê-las, o governo
sul-africano tomou medidas drásticas, ordenando milhares de prisões e muitas execuções. Na década de 19, como forma
de impedir a migração de negros para as cidades do país, o governo decretou a independência de alguns bantustões,
transformando-os em países à parte, fazendo com que os habitantes perdessem sua nacionalidade. Entretanto, não foram
amplamente reconhecidos no exterior e foram reintegrados após o fim do apartheid.
FRENTE 2
Com o fim do apartheid sul-africano, ocorreu em 1994 a primeira eleição multirracial na África do Sul, na qual todos os
habitantes tiveram os mesmos direitos de votar e se candidatar. Em 1995, Nelson Mandela (1918-13), líder sul-africano
na luta contra o apartheid, que esteve preso entre 196 e 199, foi eleito presidente.
8,8% Negros
Perspectivas
Mestiços
No fim do século XX, com o término da Guerra Fria,
muitos países africanos que eram financiados pelas super-
Brancos
potências deixaram de receber recursos e armas para os
80,7% Asiáticos e outros
governos e grupos rebeldes, resultado da perda de rele-
vância do continente no cenário internacional.
Como consequência, um novo ciclo de guerras civis,
Fonte: VIGNE, Randolph et al. South Africa. Encyclopædia Britannica, movimentos separatistas e levas de refugiados eclodiu em
0 mar. 2020. Disponível em: www.britannica.com/place/South-Africa/ diversos países, e alguns deles perderam território.
Conservation#ref00. Acesso em: 2 nov. 202. No início do século XXI, o aumento dos preços dos gê-
As relações de poder entre os diversos grupos étnicos da África do Sul neros agrícolas, minerais metálicos e do petróleo no mercado
estão na raiz dos principais conflitos que existem no país.
internacional favoreceu a injeção de recursos econômicos
No início de 18, após nove anos no poder, o até em muitos países que exploram recursos naturais − como
então presidente Jacob Zuma (194-), importante líder da aqueles que praticam uma pecuária razoavelmente desen-
luta pelo fim do apartheid, foi forçado pelo seu partido, o volvida e que contam com sistema de escoamento. Esse
Congresso Nacional Africano (CNA) – ao qual Mandela era cenário possibilitou o crescimento do PIB de Angola, Nigéria,
filiado e que governa o país desde a democratização em Chade, Guiné Equatorial, entre outros.
1994 –, a renunciar ao cargo devido a diversas denúncias Associado a isso, o grande crescimento da economia
de corrupção. Desde então, a presidência foi assumida por asiática no século XXI, liderado pela China, promoveu políti-
Cyril Ramaphosa (195-). cas de investimento tanto na produção como na instalação
É importante destacar que, no período em que vigo- de infraestrutura em diversos países da África Subsaariana,
rava o apartheid, a África do Sul conheceu um expressivo especialmente nos setores de transporte, energia e minério.
desenvolvimento econômico, baseado na superexploração O investimento asiático criou forte concorrência com em-
da mão de obra negra e barata pelos descendentes de eu- presas estadunidenses e europeias − algumas foram até
ropeus. Por causa do seu caráter nacionalista e do apoio desbancadas, o que afastou ainda mais a influência desses
inicial das potências europeias, o governo conseguiu rea- países no continente.
lizar grandes investimentos na área de indústrias de base O aumento das exportações para China e Índia nos
e infraestrutura, garantindo a formação de um complexo últimos anos praticamente igualou o comércio realizado
parque industrial. É evidente que, nas condições políticas com a União Europeia e os Estados Unidos.
em que tal crescimento econômico ocorreu, apenas os África: exportações
brancos foram beneficiados, criando-se uma acentuada 100 0,6
desigualdade social no país. Mesmo assim, após todas
0,5
essas mudanças, a África do Sul continua sendo um país 80
Trilhões de dólares
que possui fortes desigualdades sociais com base na 0,4
60
cor da pele. A igualdade perante a lei não garantiu ainda a
%
0,3
todos os negros do país a igualdade de fato. Eles assumem 40
os piores empregos, em virtude da péssima formação escolar 0,2
que o regime do apartheid lhes proporcionava; moram nos 20 0,1
piores bairros; em suma, têm um baixo nível de vida, decor-
rente da herança dos tempos da discriminação oficializada. 0 0
1990 1995 2000 2005 2010 2016
Ano
TOWNSHIPS
Fabricantes de alta e média qualificação tecnológica
As heranças da discriminação e do racismo do passa- (porcentagem)
do recente da África do Sul são facilmente reconhecidas Commodities processadas e produtos que exigem
no território. A separação espacial entre brancos e negros baixa qualificação (porcentagem)
durante o apartheid obrigava os negros a viverem em Commodities não processadas (porcentagem)
Valor total das exportações
bantustões e “cidades negras” − as atuais townships − nas (trilhões de dólares, escala da direita)
periferias das grandes cidades. Fonte: elaborado com base em UNCTAD. Trade and development:
A infraestrutura e qualidade de vida nessas localidades Report 20 – Power, platforms and the free trade delusion.
eram e ainda são insatisfatórias, com deficientes sistemas Nova York: UNCTAD, 20. p. . Disponível em: https://unctad.org/
system/files/official-document/tdr20_en.pdf. Acesso em: 2 nov. 202.
de fornecimento de energia e água, de coleta de esgoto, de
Apesar do esforço de integração dos países africanos ao comércio
transporte e demais serviços, sem mencionar educação e internacional, a maior parte de suas exportações ainda se limita a produtos
saúde. São conjuntos de habitações simples, muitas feitas de primários e de pouco valor agregado.
Trilhões de dólares
Trilhões de dólares
0,30
0,05
60 0,25 60 0,04
%
%
0,20
40 40 0,03
0,15
0,10 0,02 Fabricantes de alta e média
20 20 qualificação tecnológica
0,05 0,01
(porcentagem)
0 0 0 0
Commodities processadas e
1990 1995 2000 2005 2010 2016 1990 1995 2000 2005 2010 2016
produtos que exigem baixa
Ano Ano
qualificação (porcentagem)
Intrarregional Demais países Commodities não processadas
100 0,10 100 0,10 (porcentagem)
Valor total das exportações
80 0,08 80 0,08
Trilhões de dólares
Trilhões de dólares (trilhões de dólares, escala
da direita)
60 0,06 60 0,06
Participação no total de
%
%
exportações (porcentagem)
40 0,04 40 0,04
20 0,02 20 0,02
0 0 0 0
1990 1995 2000 2005 2010 2016 1990 1995 2000 2005 2010 2016
Ano Ano
Fonte: elaborado com base em UNCTAD. Trade and development: Report 20 - Power, platforms and the free trade delusion. Nova York: UNCTAD, 20. p. .
Disponível em: https://unctad.org/en/PublicationsLibrary/tdr20_en.pdf. Acesso em: 2 nov. 202.
A partir dos gráficos, observa-se a preponderância chinesa como um dos principais parceiros comerciais da África.
Exercícios de sala
1. Enem 2018 No Segundo Congresso Internacional de Ciências Geográficas, em 1875, a que compareceram o presidente
da República, o governador de Paris e o presidente da Assembleia, o discurso inaugural do almirante La Rouciére-Le Noury
expôs a atitude predominante no encontro: “Cavalheiros, a Providência nos ditou a obrigação de conhecer e conquistar a
terra. Essa ordem suprema é um dos deveres imperiosos inscritos em nossas inteligências e nossas atividades. A geografia,
essa ciência que inspira tão bela devoção e em cujo nome foram sacrificadas tantas vítimas, tornou- se a filosofia da terra”.
SAIO, E. Cultura e política. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
No contexto histórico apresentado, a exaltação da ciência geográca decorre do seu uso para o(a)
a) a preservação cultural dos territórios ocupados.
b) formação humanitária da sociedade europeia.
c) catalogação de dados úteis aos propósitos colonialistas.
d) desenvolvimento de técnicas matemáticas de construção de cartas.
e) consolidação do conhecimento topográfico como campo acadêmico.
2. IFPE 2020
mentam que a globalização vai levar à modernização da economia e à remoção dos impedimentos comerciais. Camdessus
diz que “se deve conseguir reduzir a pobreza e estimular o crescimento econômico”.
Mas os críticos, como a entidade beneficente britânica ActionAid, argumentam que a liberalização do comércio está prejudi-
cando a África. A ActionAid diz que a abertura comercial, especialmente na área agrícola, resultou na “ameaça ou destruição
do meio de vida de milhões de agricultores” e na manutenção da pobreza.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/economia/021204_africadb.shtml. Acesso em: 21 out. 2019. (adaptado).
3. UFSC 2015
5. UCS-RS 2014 Nas últimas décadas, muitos países africanos registraram um crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB), mas o Continente ainda enfrenta sérios problemas socioeconômicos. Considere as seguintes afirmativas sobre
a África Subsaariana.
I. Enfrenta altos índices de pessoas infectadas pelo vírus HIV e pela malária.
II. Sofre limitações no desenvolvimento da produção local, pois está fora das prioridades dos mercados mundiais.
III. Apresenta o menor índice de conflitos no Continente, devido ao respeito às Leis Internacionais sobre Refugiados.
Das armativas acima, pode-se dizer que
a) apenas I está correta. c) apenas I e II estão corretas. e) I, II e III estão corretas.
b) apenas II está correta. d) apenas II e III estão corretas.
a) o maior delta do mundo de um rio que nasce em uma região úmida e posteriormente percorre uma zona árida,
transportando ao longo de seu curso sedimentos e detritos orgânicos que são depositados no baixo curso.
b) um rio de regime equatorial drenado por elevada pluviosidade, durante o ano todo, com sentido longitudinal e
extremamente aproveitado pelo alto potencial energético.
c) um rio intermitente que percorre zonas áridas e é vital para o transporte da população ribeirinha local, além de
ser importante para a geração de energia e irrigação da agricultura dos países localizados na área de sua bacia.
d) o maior rio do mundo, que apresenta um trajeto latitudinal, correndo do interior para o litoral, transportando sedi-
mentos e detritos orgânicos, apresentando uma foz em forma de estuário.
e) um dos maiores rios do mundo com regime endorreico em região que, no passado, se desenvolveu uma das
mais importantes civilizações da história.
FRENTE 2
Guia de estudos
NTE
1
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
BIOLOGIA
om
ck.c
rsto
utte
s/Sh
Vikk
FRENTE 1
AULAS 37 a 39
Observações: Indivíduos: Bb BB bb
y O portador do fenótipo recessivo é sempre homozi-
goto, ou puro. No caso das cobaias, o indivíduo que Gametas possíveis: B b B b
tem pelo branco é bb. 50% 50% 100% 100%
Representação dos tipos de gametas que os indivíduos BB, Bb e bb podem
y O gene dominante não é necessariamente o mais
formar, seguindo a primeira lei de Mendel.
abundante na população.
heterozigoto
Zyabich/Shutterstock.com
homozigota
Bb x bb
Gametas
formados: B b b
F2: BB Bb Bb bb
Gametas: (B + b) x (B + b)
3 1
(B + b)2 pretos branco
4 4
Descendentes: BB + Bb + Bb + bb
Exemplo de cruzamento mendeliano, empregando o caractere da cor de
1BB + 2Bb + 1bb
pelagem das cobaias.
Proporção
genotípica:
1 : 2 : 1 Determinação de dominância
Homozigoto Heterozigotos Homozigoto É o procedimento para estabelecer qual é o alelo do-
dominante recessivo
minante para determinada característica.
Proporção 3 1 y Pode-se realizar dois tipos de cruzamento:
pretos : branco – Cruzamento entre linhagens puras de fenótipos
fenotípica: 4 4
diferentes:
y Quadro de Punnett: gráfico representativo de cruza-
mentos, com uma entrada para gametas masculinos e
outra para gametas femininos. Pelo arrepiado x Pelo liso
homozigoto homozigoto
\ B b
1a possibilidade 2a possibilidade
Geração I
1 2 Descendentes
Todos os descendentes Há descendentes
são pretos brancos e pretos
Geração II
1 2 3
= = = Sexo não P BB x bb P Bb x bb
informado
Cruzamento consanguíneo
F1 Bb F1 Bb bb
preto pretos brancos
e = pelo liso
Cruzamento-teste para elucidar o fenótipo de macho de cobaia com
e = pelo arrepiado
pelagem preta (BB ou Bb): esse macho é cruzado com fêmea de pelagem
branca (bb). Considerando os descendentes gerados, é possível estabelecer
Principais convenções para a construção de heredogramas. o genótipo do macho.
Exercícios de sala
1. FiCSAE-SP 2019 Acromatopsia é uma doença autossômica recessiva rara determinada por um par de alelos. Pessoas
com essa doença pouco distinguem cores ou não as distinguem, podendo enxergar uma só cor. No heredograma, o
avô de Renan e Bárbara apresenta a acromatopsia.
AA AA
Renan Bárbara
mulher normal
mulher afetada
4. Fuvest-SP 2017 Uma determinada malformação ós-
homem normal sea de mãos e pés tem herança autossômica
dominante. Entretanto, o alelo mutante que causa
homem afetado essa alteração óssea não se manifesta em % das
pessoas heterozigóticas, que, portanto, não apresen-
Considere que o estudo de caso foi realizado com o tam os defeitos de mãos e pés.
casal II – II do heredograma. Considere um casal em que a mulher é heterozigótica
y Determine a probabilidade de uma primeira crian- e apresenta essa alteração óssea e o homem é homo-
ça, clinicamente normal e independentemente do zigótico quanto ao alelo normal.
sexo, não possuir o alelo para a doença. Determine a) Que genótipos podem ter as crianças clinicamen-
a probabilidade de uma primeira criança ser menina te normais desse casal? Justifique sua resposta.
e manifestar a doença.
4 5
4 5 6
8
ii
1 2 4 5 6
FRENTE 1
iii
1 2
1 2 4
5 6 8 10 11
Guia de estudos
Proporção fenotípica: : 2 :
CC Cc Cc cc
Morte na fase 2 1 Pleiotropia
embrionária 3 3
Amarelos Cinzentos y Um gene é responsável pela determinação de mais
Proporção fenotípica: 2 : de uma característica.
y Exemplo: fibrose sística, condicionada por alelo recessivo.
Heterozigoto sem dominância completa Pleiotropia: 1 alelo
y Caracterizada pela manifestação atípica de heterozigotos. + de uma característica
LEGENDA
3. Uerj 201 Em algumas raças de gado bovino, o cruza- Animal macho com pelagem amarela
mento de indivíduos de pelagem totalmente vermelha Animal fêmea com pelagem amarela
com outros de pelagem totalmente branca produz
FRENTE 1
Com base no quadro anterior e em seus conhecimentos de genética, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas arma-
ções a seguir:
A cor dos olhos parece ter inuência ambiental, uma vez que a concordância em gêmeos dizigóticos é baixa.
A tuberculose não tem inuência genética, já que apresenta o mesmo baixo grau de concordância nos dois tipos
de gêmeos.
A pressão alta parece ser inuenciada tanto por fatores genéticos, como por fatores ambientais.
A cor dos olhos e a pressão alta apresentam o mesmo grau de inuência ambiental, uma vez que compartilham a
concordância de 4% entre os gêmeos dizigóticos.
Guia de estudos
FRENTE 1
Alelos múltiplos
Alelos múltiplos (polialelia)
Tipo Aglutinogênio Aglutinina
y Conceito aplicado quando há: sanguíneo nas hemácias no plasma
– Dois alelos em cada indivíduo.
aglutinogênio A
– Mais de dois tipos de alelos na população.
y Exemplo: pelagem de coelhos. A
Anti-B
Pelagem de coelhos
(> significa “dominância”) aglutinogênio B
B
Anti-A
C > Cch > Ch > c
Aguti
CC , CCch , CCh , Cc
(escuro)
Chinchila O
Cch Cch, Cch Ch , Cchc (cinza-claro) Ausente Anti-B Anti-A
Himalaia
Ch Ch , Ch c As diferenças entre os tipos sanguíneos relacionam-se com a existência de
(branco, com extremidades escuras)
tipos específicos de aglutinogênios e de aglutininas.
Doadores e receptores compatíveis segundo o sistema sanguíneo ABO. Os genótipos e os tipos sanguíneos (fenótipos) do sistema ABO.
Exercícios de sala
1. FCMSCSP 2022 A figura ilustra o surgimento de dife- Considere um indivíduo adulto sem alterações no
rentes alelos (A e A³) a partir de um alelo original A1, número de cromossomos (aneuploidias e euploidias)
formando uma série de alelos múltiplos ou polialelos. em suas células somáticas. Quando os cromossomos
presentes no núcleo destas células somáticas forem
Alelo A2 analisados quanto a essa série alélica, é esperado
Mutação C T T G A C AT T encontrar
DNA
G A A C T G TA A a) mais de três alelos na mesma célula.
1
Alelo A b) os três alelos no mesmo cromossomo.
CTTGACACT c) apenas dois dos alelos no mesmo cromossomo.
DNA
G A AC TG TG A d) apenas dois dos alelos na mesma célula.
Alelo A3
e) os três alelos na mesma célula.
CTGGACACT
DNA
Mutação G A CC T G T G A
(www.bioclima.info) (http://coelhos.animais.info)
himalaia albino
O A B O
Lorenzo Bárbara
Guia de estudos
Sistema Rh
Características do sistema Rh Tipagem sanguínea
y Possui grande importância clínica, especialmente em y Determinação do tipo sanguíneo empregando soro
casos de gravidez e em transfusões sanguíneas. anti-Rh:
y Seres humanos: – Rh+: com aglutinação de hemácias.
– Com hemácias dotadas de antígeno Rh: Rh pos- – Rh–: sem aglutinação de hemácias.
tvo (Rh+).
– Com hemácias sem antígeno Rh: Rh negatvo Transfusão sanguínea
(Rh–). y Indivíduo Rh– quando recebe hemácias Rh+ é sensibi-
y O macaco rhesus revela similaridades bioquímicas lizado e produz antcorpos anti-Rh.
com os seres humanos, apresentando o antígeno Rh y Indivíduo Rh+ não produz anti-Rh.
na superfície de suas hemácias.
Antígeno Rh+ Rh–
ElEMENTOS
FORA DE
Rh
PROPORÇÃO
Hemácias do Receptor Doador
CORES macaco rhesus universal universal
FANTASiA
Transfusões possíveis em relação ao sistema Rh: na transfusão, indivíduos
Rh+ podem receber sangue de indivíduos Rh+ e de Rh–, sendo um receptor
universal. Já indivíduos Rh– só podem receber sangue de indivíduos Rh–,
Hemácias humanas sendo um doador universal.
A genética do sistema Rh
Com antígeno Rh Sem antígeno Rh Presença de dois alelos principais:
– R: determina Rh+ (dominante).
– r: determina Rh– (recessivo).
Experimento Resultado
ElEMENTOS
FORA DE
PROPORÇÃO
Com aglutinação
Sangue Rh–
Anticorpos Rh−
anti-Rh
Rh−
Sem aglutinação
Procedimento de tipagem sanguínea no sistema Rh e detalhe do processo de aglutinação de hemácias. Moléculas de anti-Rh interagem com o antígeno Rh de
hemácias Rh+, provocando aglutinação. Esse processo não ocorre com hemácias Rh–.
ElEMENTOS
Sujeitos à ocorrência
Mãe Rh−
FORA DE de DHRN
PROPORÇÃO
http://www.misodor.com/DHPN.html
A+ B+ A+ AB-
? B-
João AB+ B-
Guia de estudos
Biologia • Livro 3 • Frente 1 • Capítulo 15
I. Leia as páginas de 48 a 50. III. Faça os exercícios propostos 1, 3, 14 e de 16 a 31.
II. Faça os exercícios de 7 a 13 da seção “Revisando”. IV. Faça os exercícios complementares 6, 9, 11 e 13.
NTE
2
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
BIOLOGIA
Matt
hew
Yod
e
r/Sh
utte
rsto
ck.c
om
FRENTE 2
AULAS 37 e 38
Pistilo
FoRa DE FaNTaSia
PRoPoRÇÃo
Sacos polínicos
Micrópila
(microsporângios) Ovário
Óvulo Megásporo (n)
Fecundação
Grão de pólen Núcleos
gaméticos A fecundação de angiospermas envolve diversos
(espermáticos) aspectos:
y É do tipo sfnâmc.
y É uma fecundçã dup (tem duas fusões).
– Um núce métc do pólen (n) une-se à
sfer (n): forma-se o zigoto (2n).
Estigma – O outro núce métc do pólen (n) une-se aos
ElEMENToS
2 núces pres do óvulo (n + n): forma-se uma
Óvulo
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
célula triploide (3n).
O processo de fecundação acontece da seguinte forma:
CoRES
FaNTaSia y O grão de pólen cresce no interior do pistilo e gera o
tub pínc, que entra no óvulo.
FRENTE 2
CoRES
FaNTaSia
Grão de
pólen (n)
Estigma
Tubo
polínico
Flor madura Ovário
Planta
adulta (2n)
Oosfera Núcleos
(n) polares
Núcleos
gaméticos
Núcleo
Embrião (2n) Endosperma (3n) vegetativo
Núcleo do
Tegumento (2n) endosperma (3n)
Fruto Dupla
Zigoto (2n) fecundação
Semente
Tubo
Germinação polínico
da semente
Semente
Embrião
Representação do ciclo de vida de uma angiosperma. Após o processo de dupla fecundação e o desenvolvimento do embrião, o óvulo se desenvolve na
semente. Os componentes de uma semente de angiosperma são: embrião, endosperma e tegumentos.
Comparação
y Alguns aspectos comuns entre gimnospermas e angiospermas:
– Heterspr: formação de micrósporos e de megásporos.
– Prduçã de sementes.
y Algumas diferenças entre gimnospermas e angiospermas:
Crcterístcs gmnsperms ansperms
Frut Ausente Presente
Fr Ausente Presente
Endsperm Haploide (n) Triploide (3n)
Fecundçã Simples Dupla
Diferenças entre gimnospermas e angiospermas.
Carpelo
Carpelo
Sépala
Sépala
Estame
Estame
Pétala
Pétala
florais. Com relação aos verticilos florais, pode-se afir-
mar corretamente que Verticilos
) as tépalas são o conjunto de pétalas coloridas e a
corola compreende o conjunto de sépalas. ) Na presença de genes apenas nas regiões A e C,
b) a corola corresponde ao conjunto de sépalas e o a flor produzirá pólen.
perianto compreende o conjunto de pétalas. b) Na presença de genes apenas nas regiões A e B,
c) o cálice é constituído pelas sépalas; já a corola é a flor dará origem a um fruto.
constituída pelas pétalas. c) Na ausência de genes na região B, a autofecun-
d) todas as flores possuem cálice, corola, androceu dação na flor é possível.
e gineceu. d) Na ausência de genes na região A, a flor será me-
nos visitada por polinizadores.
2. Udesc 2015 A figura representa esquematicamente
uma flor. 4. Fuvest-SP 2019 Os esquemas mostram cortes longi-
Estigma tudinais de flores de duas espécies diferentes (A e B).
Antera
Filete estigma
Ovário
antera
Óvulo corola
Pétalas néctar
Receptáculo Floral Sépalas
Pedúnculo Floral
cálice
Analise as proposições em relação à representação
da flor, na figura. ovário
i. O esquema representa uma flor hermafrodita.
ii. O receptáculo floral em algumas espécies pode
Baseado nos elementos listados na figura, responda
se desenvolver e originar frutos.
ao que se pede.
iii. A flor esquematizada é típica do grupo das gim-
) O que ocorre com o ovário após a fecundação
nospermas.
da flor?
iV. As pétalas podem servir como elementos atrati-
vos no processo de polinização.
V. No estigma ocorre a fixação do grão de pólen.
Vi. O óvulo fecundado pelo grão de pólen dará ori-
gem ao embrião. b) Considerando-se que a autofecundação seja
Assinale a alternativa correta. possível nas duas espécies, em qual delas esse me-
) Somente as afirmativas III, IV e VI são verdadeiras. canismo de fecundação é favorecido? Justifique.
b) Somente as afirmativas I, II, IV e VI são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I, II, V e VI são verdadeiras.
Guia de estudos
Biologia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 13
I. Leia as páginas de 65 a 69. III. Faça os exercícios propostos de 1 a 3, 4, 5, 8, 10 e 11.
II. Faça os exercícios 1, 2, 4, 6, 7, 8, 12 e 19 da seção “Revisando”. IV. Faça os exercícios complementares 1, 3, 5 e 6.
© Khudoliy/Shutterstock.com
– Têm apenas um cotilédone.
– Exemplo: milho, arroz e capim.
y Eudctedônes:
– Têm dois cotilédones.
– Apresentam flores com verticilos dispostos con-
centricamente.
– Exemplo: goiabeira, soja, ipê, jacarandá e pesse-
gueiro.
y Alguns grupos basais (mais primitivos) de Angiosper-
mas apresentam características diferenciadas: Flor de magnólia. As angiospermas atualmente também recebem a
– Dois cotilédones (como nas eudicotiledôneas). denominação de magnoliófitas.
ElEMENToS
FoRa DE CoRES
PRoPoRÇÃo FaNTaSia
Rz
(sstem
rdcur)
Pentâmeras ou tetrâmeras:
Trímeras:
verticilos em múltiplos
Fres verticilos em
FRENTE 2
Palmeira, bananeira, lírio, orquídea e bromélia. Eucalipto, goiabeira, ipê, batata e mogno.
Exemps Inclui a família das rmínes: cana-de-açúcar, capim e Inclui a família das eumnss (seu fruto é a vagem): feijão,
cereais (arroz, milho, trigo, centeio, cevada e aveia). soja, lentilha, amendoim, grão-de-bico, ervilha e pau-brasil.
© Iunzhakova Iuliia/Shutterstock.com
y Consiste no transporte de pólen da antera até o
estigma.
y Quanto às plantas envolvidas, pode haver:
– autpnzçã: o pólen de uma planta é transfe-
rido para o estigma de uma flor da mesma planta.
– Pnzçã cruzd: o pólen de uma planta é
transferido para o estigma da flor de outra planta.
y Em relação ao agente que a realiza, há dois tipos de
polinização:
– artfc: executada pelo ser humano.
– Ntur: executada por um animal ou pelo vento. A abelha é um polinizador natural que coleta néctar e pólen das flores. Os
– Elementos de atração para o polinizador: cor grãos de pólen são armazenados em estruturas especializadas nas pernas,
conforme indicado pela seta na imagem.
e odor.
– Oferta de recursos para o polinizador: néctar
(líquido açucarado) e pólen comestível.
Fruto
y É uma exclusividade das angiospermas.
Polinização y Tem grande importância evolutiva.
Conceito e classificação
Artificial Natural y Frut é o ovário desenvolvido.
y Um fruto típico tem três partes:
– Epcrp.
Ser humano
– Mescrp.
– Endcrp.
Tubo polínico
Fruto
Vento
ento Insetos Aves
ves Morcegos Ovário
Óvulo
Anemofilia Entomofilia Ornitofilia Quiropterofilia
Receptáculo floral Semente
Tipos de polinização de acordo com o agente polinizador.
Pedúnculo floral
© Suljo | Dreamstime.com
Tp de Cr
odr Néctr Póen ElEMENToS
pnzçã vsts FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Tem o aspecto de
CoRES
pó e é abundante. FaNTaSia
Para sua captação,
anemf – – –
o estigma da flor é
amplo, aumentando Epicarpo Mesocarpo Endocarpo
© yew wah kok | Dreamstime.com
sua superfície.
Pegajoso,
geralmente em
quantidade menor
se comparado a
Entmf + + + plantas anemófilas.
Dependendo do
polinizador, parte O fruto origina-se do desenvolvimento do ovário, e apresenta epicarpo,
do pólen é utilizada endocarpo e mesocarpo. No pêssego, o endocarpo é o caroço, que contém
para alimentação. a semente.
Pegajoso,
geralmente em Os frutos são classificados em:
orntf + – + quantidade menor y Secs: sem polpa suculenta.
se comparado a y Crnss: com polpa suculenta. Dentre esses, há:
plantas anemófilas.
– Drup:
Pegajoso, D Apresenta caroço.
geralmente em
+ ++ D Exemplo: pêssego.
Qurpterf + quantidade menor
(clara) (intenso) – B:
se comparado a
plantas anemófilas. D Apresenta sementes soltas em seu interior;
não tem caroço.
Características das flores de acordo com o tipo de polinização. (+) indica
presença; (–) indica ausência. D Exemplo: laranja.
Richsantaclaus/Dreamstime.com
a
y Prteçã da semente.
y Dspersã da semente no ambiente, o que:
– diminui a competição intraespecífica.
– eleva a chance de sobrevivência dos descendentes.
Muitas espécies de angiospermas apresentam varia-
ções em relação a flores e frutos.
– A flor normalmente gera o fruto.
– A flor pode gerar nfrescênc, nfrutescênc,
frut prtencárpc e pseudfrut.
Carlos Caetano/Dreamstime.com
Neal Dwire/Stock.xchng
ElEMENToS
FoRa DE B C
PRoPoRÇÃo
Óvulo Semente
Morango
Receptáculo Maçã
Pera Pseudofruto
Pedúnculo: caju A dispersão de sementes com a participação de frutos pode ocorrer pelo
vento (a: dente-de-leão), por animais (B: picão, que se adere ao corpo) e pela
Representação da flor e variações quanto às estruturas que originam frutos. água (C: coco-da-baía). Animais podem ingerir frutos que contêm sementes,
Pseudofrutos se originam do receptáculo floral ou do pedúnculo floral. as quais são eliminadas com as fezes.
SusanaGBD/Shutterstock.com
Conjunto de fres rupds.
infrescênc
Ex.: margarida, girassol e gérbera.
I AM CONTRIBUTOR/Shutterstock.com
Conjunto de fruts rupds
infrutescênc e fundds; origina-se de uma
(frut mútp) inflorescência.
Ex.: abacaxi e framboesa.
Mihai Petre| Dreamstime.com
Fruto Fruto
Alvaro Ennes|Dreamstime.com
FRENTE 2
Strixcode|Dreamstime.com
2. Uerj 2020
Guia de estudos
Biologia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 13
I. Leia as páginas de 69 a 73. III. Faça os exercícios propostos de 12 a 16 e de 18 a 21.
II. Faça os exercícios 23 e de 27 a 31 da seção “Revisando”. IV. Faça os exercícios complementares 7, 9, 11, 13 e 14.
Folhas
Zona das
Semente
ramificações
1 2 Caule
ElEMENToS
FoRa DE
Raiz Zona PRoPoRÇÃo
pilífera CoRES
FaNTaSia
Raiz
Radícula
Zona
de distensão
Desenvolvimento da planta (zona lisa)
Zona
meristemática
ElEMENToS
Representação simplificada das etapas de desenvolvimento FoRa DE
PRoPoRÇÃo
de uma angiosperma, desde a germinação até a formação da Coifa
planta adulta. A primeira parte que emerge da semente é a CoRES
FaNTaSia
radícula, que se desenvolve formando a raiz. Representação da organização de uma raiz típica de angiosperma.
João Medeiros/Flickr
planta hospedeira.
Ex.: cipó-chumbo
Sudr (retira água e
Caule (hustór) açúcares) e erva-
-de-passarinho
(retira água e sais
minerais).
Raízes
seneca77/Morguefilem
secundárias). Algumas espécies de placas, que
apresentam raiz pivotante crescem acima
ax que se converte em órgão da superfície do
(pvtnte) de reserva, armazenando Tbur solo. Aumenta
substâncias nutritivas a sustentação
(chamadas raízes tuberosas), mecânica e realiza
como batata-doce e mandioca. trocas gasosas.
Ocorre em eudicotiledôneas e Ex.: figueira.
gimnospermas.
chery/Wikimedia Commons
Permite aderência
Constituída por várias raízes a uma superfície,
Fsccud formadas pela base do caule; como rochas, muros
grmpfrme
(em cada uma dessas raízes ou troncos de
cbeer) ramifica-se. árvores.
Ocorre em monocotiledôneas. Ex.: hera e imbé.
FRENTE 2
sanjay acharya/wi-
kimedia commons
Tps de
Crcterístcs e exemps Acumula reservas e
cue
apresenta gemas.
Tubércu
Rstejntes Ex.: batata-inglesa e
cará.
Lankiveil/wikimedia commons
reservas.
Ex.: cebola e alho.
Delgado e clorofilado. Raízes
Haste
Ex.: arroz, trigo e feijão. adventícias
Folha
Margouillat/123rf.com
Espesso, ramificado,
recoberto por súber y Principal responsável pela fotossíntese.
Tronco (cortiça).
y Realiza trocas gasosas e grande parte da transpiração
Ex.: mangueira, ipê e
pinheiro. da planta.
paralelos ao longo do
eixo; folhas somente y Bnh:
na extremidade. Os – Base dilatada que une a folha ao caule. Geral-
Estipe
ramos produzidos têm
flores. mente presente em folhas de monocotiledôneas.
Ex.: coqueiro e
palmeira. Tipos principais de folha
y Prenérves:
Andalusia/morguefile.com
Limbo
d3designs/
Morguefile
Limbo
Pecíolo ElEMENToS
FoRa DE CoRES
Bainha
Folhas modificadas
y Espnhs: presentes no cacto.
y Séps e péts: presentes em flores.
y Ctédnes: presentes em sementes. Tipos de folhas modificadas: as acículas de pinheiros (a) têm formato de
agulha e constituem adaptação à neve. Algumas plantas carnívoras têm
y Bráctes: localizam-se na base de flores e podem ser folhas (B) que aprisionam e digerem pequenos animais. Gavinhas (C), como
vistosas. Exemplo: antúrio e copo-de-leite. as do chuchu, enrolam-se em um suporte.
Exercícios de sala
1. UFg-go 2013 A Amazônia é uma floresta distribuída que a vendedora lhe ofereceu. Perto dali, viu belíssi-
em diversos tipos de ecossistemas, desde florestas mos morangos (III) e também os experimentou. Nessa
fechadas de terra firme, que abrigam várias espécies banca, saboreou ainda um pedaço de melancia (IV).
epífitas, até várzeas ribeirinhas, campo, igarapés e Finalmente, antes de entrar em seu carro com as com-
manguezais. Essa dimensão de distribuição das espé- pras, parou em uma barraca e refrescou-se com uma
cies vegetais é possível por causa de estruturas e de água de coco (V).
órgãos adaptados às condições específicas de cada As estruturas I, II, III, IV e V, ingeridas pelo indivíduo,
ecossistema. Considerando-se o assunto, explique correspondem, respectivamente, a:
as adaptações do sistema radicular de epífitas e das ) raiz, caule, fruto, endosperma e pseudofruto.
plantas de manguezais no que se refere à captação b) semente, raiz, pseudofruto, fruto e endosperma.
de água e oxigênio, respectivamente. c) fruto, caule, pseudofruto, endosperma e semente.
d) fruto, raiz, endosperma, pseudofruto e semente.
e) semente, caule, pseudofruto, fruto e endosperma.
sintetizam hormônios.
2. Fsm-SP 2013 Em um passeio pelo Ceagesp, um d) a região de meristema radicular é caracterizada
indivíduo experimentou vários produtos antes de pela ausência de divisão celular.
comprá-los. Primeiramente, comeu pinhão (I). Depois, e) os meristemas subapicais são caracterizados pela
parou na banca que vendia mandioca (II) e, para se atividade mitótica de suas células e estão prote-
certificar de que ela estava macia, comeu um pedaço gidos pela coifa.
Guia de estudos
Biologia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 14
I. Leia as páginas de 87 a 93. III. Faça os exercícios propostos 2, de 4 a 6, 14, 17, 18 e 21.
II. Faça os exercícios 1, 3, 4 e de 6 a 8 da seção “Revisando”. IV. Faça os exercícios complementares 3, 4, 6, 7, 12 e 13.
Tecidos vegetais
Histologia vegetal Tps
de Exemp Crcterístcs
y É o estudo dos tecidos vegetais. tecd
y Tecds: Tem células vivas.
Tecds de revestment
– São camadas componentes dos órgãos. É delgada e recobre folhas, frutos,
Epderme raízes e caules jovens.
– Apresentam células semelhantes entre si. Realiza trocas gasosas e protege
y Os tecidos vegetais são divididos em dois grupos: contra a desidratação.
permanentes e meristemáticos. Tem células mortas.
y Tecds permnentes: É espesso e recobre raízes e
caules que apresentam crescimento
– São bastante especializados. Súber (crtç)
em circunferência.
– Compreendem os tecidos de revestimento, de Protege contra a desidratação e contra
agressões de agentes externos.
condução, de sustentação e os parênquimas.
Tem células vivas que formam
y Tecds merstemátcs: Fem (íber) vasos condutores.
– Com alta capacidade mitótica. Transporta seiva orgânica.
Tecds de
cnduçã
– Contribuem para o crescimento da planta. Tem células mortas que formam
vasos condutores (alguns vasos
– Geram tecidos permanentes por diferenciação.
são os traqueídeos).
– Possuem células totipotentes (com capacidade Xem (enh) Sua parede celular tem grande rigidez.
de gerar todos os tipos celulares do organismo). É o principal componente da madeira
de uma árvore.
Tecidos Conduz seiva inorgânica.
Dotado de grande rigidez,
Xem (enh)
Meristemáticos Diferenciação Permanentes atua também na sustentação.
(indiferenciados) (diferenciados)
Tem células vivas.
Mitose
Apresenta grande flexibilidade.
sustentçã
Tecds de
Cênqum
Crescimento Parênquima Revestimento Condução Sustentação Ocorre no pecíolo das folhas e
em caules flexíveis.
Fotossíntese Armazenamento Preenchimento Tem células mortas.
Os principais tipos de tecidos vegetais.
Apresenta grande rigidez.
Escerênqum É encontrado próximo aos vasos
condutores e como componente
Tecidos permanentes do caroço de frutos.
Os tecidos de condução são de dois tipos: Ocupa espaços existentes
De
entre outros tecidos.
y Xem (enh): transporta seiva inorgânica, ou bruta preenchment
Ex.: córtex e medula do caule.
(água e nutrientes minerais). Realiza fotossíntese.
(formados apenas por células vivas)
aerífer
H2O + Tem grande quantidade de
nutrientes ar entre suas células.
minerais Ex.: interior de folhas de vitória-régia.
Principais tecidos permanentes das plantas.
No caule, o xilema tem posição interna, enquanto o floema é mais externo.
Os principais tecidos permanentes de uma planta são y Há, ainda, tecds de secreçã que produzem e liberam
apresentados a seguir. substâncias úteis à planta, como néctar, látex e resinas.
Parede celular
Meristemas Meristemas
primários secundários
Organização de célula meristemática. É possível reconhecer sua parede
celular delgada e o núcleo em posição central.
CoRES
Diferenciação
FaNTaSia
Xilema e Súber e
Caule Raiz floema feloderme
Origem e localização dos dois tipos de meristema.
Exercícios de sala
1. Uncmp-SP 2016 Muitas vezes se observa o efeito do vento nas plantas, que faz com que a copa das árvores e even-
tualmente o caule balancem vigorosamente sem, contudo, se romper. No entanto, quando ocorre a ruptura de um ramo,
as plantas têm a capacidade de retomar o crescimento e ocupar novamente o espaço deixado pela queda do ramo.
) Cite e caracterize os tipos de tecidos que promovem a sustentação e a flexibilidade dos ramos e caules.
Assinale a alternativa que associa, corretamente, esses tecidos vegetais com suas respectivas características, cons-
tituição e funções.
) I-, II-, III-4 e IV-.
b) I-, II-, III- e IV-4.
c) I-, II-4, III- e IV-.
d) I-4, II-, III- e IV-.
Guia de estudos
Biologia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 15
I. Leia as páginas de 103 a 106. III. Faça os exercícios propostos de 3 a 7 e de 10 a 13.
II. Faça os exercícios 2, 3, 5, 7 e 8 da seção “Revisando”. IV. Faça os exercícios complementares 2, 4, 5, de 8 a 10 e 12.
Nutrição orgânica
y A fotossíntese ocorre em caules jovens e nas folhas.
y Uma folha apresenta:
– Epderme superior e epiderme inferior, recobertas por cutícula e dotadas de estômts.
– Mesf: constitui o conjunto de estruturas entre as epidermes e compreende:
D Nervuras: com xem e fem, que conduzem seiva; a nervura é envolvida por tecidos de sustentação (colên-
quima e esclerênquima).
D Prênqum clorofiliano (paliçádico e lacunoso): realiza fotossíntese.
y A equação simplificada da fotossíntese é:
CO + HO + luz → carboidrato + O + HO
y Produtos gerados: glicose, sacarose, amido ou outras substâncias orgânicas.
Nutrição inorgânica
y Envolve a obtenção de água e nutrientes minerais (macronutrientes e micronutrientes).
y Os macronutrientes são os nutrientes utilizados em maior quantidade, e os micronutrientes são aqueles utilizados
em menor quantidade. Ambos são fundamentais para a saúde da planta.
Limbo
ElEMENToS Pecíolo
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Cutícula
CoRES
FaNTaSia
Célula epidérmica
(face superior)
Células do
parênquima
paliçádico
Espaço livre
Mesofilo
Feixe
vascular Xilema
FRENTE 2
Floema
Os parênquimas PRoPoRÇÃo
Xilema
CoRES
y São tecidos vivos e dotados de parede com celulose. FaNTaSia
Floema
y Responsáveis por preenchimento de espaços, fotos- Periciclo Raiz secundária
síntese e armazenamento.
Endoderme
Exemps de
Funções Mdddes
crrênc
Parênquima clorofiliano, No interior de Córtex
Ftssíntese clorênquima ou folhas e de caules
parênquima assimilador jovens
Epiderme
Em semente de
arroz, caule
Amilífero → amido de batata, raiz de
mandioca e fruto
de banana
Em plantas
armzenment
aquáticas, como
Aerífero → ar B
aguapé e vitória-
-amazônica
Em plantas de
Aquífero → água regiões mais
Representação da posição dos elementos na raiz. Em a, corte transversal de
secas, como cacto
uma raiz (com crescimento primário) na região dos pelos absorventes. Em B,
Alguns tipos de parênquimas. aspecto geral de raiz com crescimento secundário (em espessura).
CoRES
FaNTaSia
Câmbio Floema
Xilema Floema Xilema
Representação de corte transversal de caule de Nectários
ElEMENToS CoRES
monocotiledônea e eudicotiledônea. FoRa DE FaNTaSia
PRoPoRÇÃo Os nectários de uma flor produzem o néctar que é utilizado como alimento
pelo animal polinizador.
Exercícios de sala
1. Unesp 2020 Um coqueiro (Cocos nucifera) pode atingir
Caixa-d'água
até 30 metros de altura e produzir até 80 frutos por ano.
Cada fruto, ainda verde, tem em média 28 mL de água,
na qual estão dissolvidos açúcares e sais minerais.
Rede pública
(www.forumdaconstrucao.com.br Adaptado)
6. Uncmp-SP 2019 Plantas são capazes de absorver nutrientes do solo pelas raízes. Em muitas espécies vegetais, as
raízes são infectadas por fungos, estabelecendo uma interação entre organismos denominada micorriza.
emissões do gás-estufa
oxigênio 0,5
fósforo (mg/L)
10
O2 (mg/L)
8
sem micorriza 0,4
8 fósforo
8 6 proveniente de
6 0,3
fertilizantes
4
4 2 4 0,2
0
2 0,1
0 100 200 300
0 uso de fertilizantes
3 5 10 0 0,0
(kg nitrogênio por hectare)
tempo de crescimento (semanas) Abr Mai Jun Jul Ago
) Os efeitos das micorrizas sobre o crescimento vegetal podem ser avaliados a partir da figura A. Utilizando os da-
dos fornecidos na figura, explique as consequências da micorriza para a planta. Que tipo de interação ecológica
caracteriza a micorriza? Justifique, informando em sua resposta se a interação é positiva, negativa ou neutra para
cada organismo envolvido.
b) O Brasil é um dos países que mais consomem fertilizantes sintéticos no mundo. Com base nas figuras A, B e C,
explique por que a bioinoculação de fungos no solo pode ser uma alternativa ao uso de fertilizantes. Indique em
sua explicação ao menos um efeito para as plantas e um efeito para o ambiente.
(Fonte: D. S. Hayman e outros, Plant Growth Responses to Vesicular-Arbuscular Mycorrhiza. VI.
Effect of Light and Temperature. The New Phytologist, Lancaster, v. 73, p. 71-80, jan. 17.)
FRENTE 2
Guia de estudos
Biologia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 16
I. Leia as páginas de 113 a 118. III. Faça os exercícios propostos de 1 a 4 e de 6 a 9.
II. Faça os exercícios 1, 3, 4, 9, 12 e 13 da seção “Revisando”. IV. Faça os exercícios complementares 2, 5, 6, 8, 10 e 11.
Epiderme
y Geralmente constituída por uma única camada de
células.
y Possui células vivas e crfds.
y Pode ser recoberta por cutícu impermeável (com
cutn ou cer).
y Dotada de anexos:
– Pes absorventes (nas raízes) e trcms.
Liz Hirst, Wellcome Images
Súber ou cortiça
y Constituído por várias camadas de células.
y Possui células mortas dotadas de parede com
subern (impermeável).
y O interior das células é preenchido com ar (isolante
térmico).
y Pode apresentar entces: fendas do súber que rea-
lizam trocas gasosas.
Tricomas urticantes, como os da foto, atuam na proteção das plantas contra
animais.
Lenticela CoRES ElEMENToS
FaNTaSia FoRa DE
– acúes: pontiagudos e com função protetora. PRoPoRÇÃo
© Monkeystock|Dreamstime.com
Súber
Felogênio
Feloderme
As trocas gasosas
Entrada de água Saída de água
y São realizadas pelos tecidos de revestimento.
y Ocorrem por difusão por meio de:
– Epiderme. Abertura do estômato Fechamento do estômato
– Estômatos. Participação da luz nos movimentos estomáticos.
– Lenticelas.
y Envolvem: – Cncentrçã de Co2:
– Saída de vapor de água: transpiração (reduzida D Elevação da concentração de CO2 atmosféri-
pela presença de cutícula e de súber). co → fechamento de estômatos.
– Entrada e saída de O2 e CO2. – Tempertur:
D Alta → abertura de estômatos.
Estômatos D Muito alta → fechamento de estômatos.
y Estrutur e rem:
– São constituídos por:
Transpiração
D Céus-urd, ou estmátcs: clorofiladas e y Perda de vapor de água para a atmosfera.
dotadas de reforços de celulose na parede. y Ocorre por difusão: com o ar mais seco que o interior
D Céus nexs, ou subsdárs: aclorofila- da planta.
das e laterais às células estomáticas. y Modalidades:
D ostí: fenda entre as células estomáticas; – Trnsprçã estmátc.
surge com os estômatos abertos. – Trnsprçã cutcur.
Água Células-guarda
Células-guarda Célula ElEMENToS
K+
FoRa DE entra entra
Célula anexa Cloroplasto anexa PRoPoRÇÃo
Ostíolo
CoRES
a
Meio FaNTaSia Núcleo
externo ElEMENToS
Vacúolo FoRa DE
PRoPoRÇÃo
y Funcnment:
Estômato aberto Estômato fechado
– Os principais fatores ambientais que interferem
nos estômatos são: A abertura dos estômatos (a) envolve a presença de luz (que influencia o
transporte ativo de íons K+ da célula anexa para a célula estomática) e o
D Água. ganho de água pelas células-guarda. O fechamento dos estômatos (B) está
D Luz. relacionado com a ausência de luz e a perda de água pelas células-guarda.
Massa foliar
Fechamento
A transpiração total corresponde à soma da transpiração cuticular com a estomático
transpiração estomática.
y Demnstrçã d trnsprçã:
– Realizada por experimentos:
D Parte aérea envolvida por plástico → emba- Tempo
çamento do plástico.
Uma folha destacada tem decréscimo de massa por conta da transpiração.
D Variação de massa em planta envasada → di- Com o fechamento dos estômatos, a perda de água pela folha diminui,
minuição de massa decorrente de transpiração. ficando restrita à transpiração cuticular.
ElEMENToS
FoRa DE CoRES
PRoPoRÇÃo FaNTaSia
Condensação de
Tempo Diminuição da massa Consumo de água pela planta
gotículas de água
Saco plástico
transparente Corte da
planta
Vedação
00 : 00
hermética
Vaso envolvido
em papel-alumínio Tubo contendo
água
Pipeta calibrada
Balança Potômetro
Resultado: redução na
Gotículas quantidade de água
de água
30 : 00
Resultado:
redução
de massa
A transpiração vegetal pode ser demonstrada com um plástico colocado ao redor da planta. Avaliações mais precisas de transpiração são realizadas com o
potômetro ou com o emprego de balança de grande sensibilidade.
Célula subsidiária
Célula-guarda
Ostíolo
Guia de estudos
Biologia • Livro 3 • Frente 2 • Capítulo 17
I. Leia as páginas de 131 a 136. III. Faça os exercícios propostos 2, 3, 7, 13, 17, 18 e 24.
II. Faça os exercícios 1, 5, 11 e de 14 a 16 da seção “Revisando”. IV. Faça os exercícios complementares de 1 a 3, 5, 8, 12 e 14.
NTE
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
BIOLOGIA
om
k.c
stoc
t ter
hu
s/S
kk
Vi
FRENTE 3
AULAS 37 a 41
Sistema cardiovascular
Funções y Quantidade em pessoas saudáveis: 4 a 6 milhões/mm³
y Transporte de materiais; de sangue.
y Defesa do organismo; – Nas elevadas altitudes, a quantidade de hemácias
y Controle da temperatura corporal. tende a aumentar. Esse fenômeno corresponde a
um processo de cmtçã do organismo em
Componentes resposta à menor pressão parcial de O observa-
da em regiões de ar rarefeito, como em locais de
Sangue elevada altitude.
y Tecd cnjuntv constituído pelo psm (matriz – Nos quadros de anemia, a quantidade de hemá-
líquida) e pelos eements furds (hemácias, leucó- cias diminui. A anemia também é caracterizada
citos e plaquetas). pela redução do teor de hemoglobina.
y O principal local de produção dos elementos figu-
rados é a medula óssea vermelha, rica em tecido Leucócitos (glóbulos brancos)
hematopoiético. y Células nucleadas que atuam na defes d crp.
y São classificados em granulócitos e agranulócitos.
Hemácias (eritrócitos ou glóbulos vermelhos) y Quantidade em pessoas saudáveis: 5 a 10 mil/mm³
y Células anucleadas e bicôncavas. São formadas a de sangue.
partir dos eritroblastos. – Em muitos casos de infecções, espera-se que a
y Ricas em hembn, são células especializadas no quantidade de leucócitos aumente.
transporte de gás oxigênio. – Em indivíduos com sistema imunitário compro-
y Devido à ausência de núcleo, as hemácias perdu- metido, pode haver redução na quantidade de
ram de 90 a120 dias, sendo destruídas no fígado glóbulos brancos, resultando em vulnerabilidade
e no baço. do organismo a infecções oportunistas.
Ilustrações: GraphicsRF.com/Shutterstock.com
CoRES
FaNTaSia
arnuócts
Fibrinogênio Fibrina
(proteína solúvel) (proteína insolúvel)
Esquema mostrando as principais passagens da coagulação sanguínea. Além da vitamina K, outro nutriente importante à coagulação sanguínea é o cálcio (Ca²+),
fundamental para a ocorrência de muitas das reações que levam à formação do coágulo.
– Cáu: formado por rede de fibrinas e elementos sanguíneos (pincipalmente hemácias); é fundamental para
interromper a perda de sangue.
º Trombo: coágulo que se forma no interior dos vasos sanguíneos e bloqueia o fluxo de sangue; pode se des-
locar pelo sistema cardiovascular e causar o tromboembolismo.
y Quantidade em pessoas saudáveis: 150 mil a 500 mil/mm³ de sangue.
– A redução no número de plaquetas aumenta o risco de hemorragias.
Peter Hermes Furian/Shutterstock.com
• Água
• Íons
• Proteínas plasmáticas
Plasma 55% • Nutrientes
• Resíduos metabólicos
• Hormônios
• Gases
• Hemácias
(eritrócitos ou glóbulos vermelhos)
Elementos Produzidos, principalmente,
• Leucócitos
figurados 45% na medula óssea vermelha
(glóbulos brancos)
• Plaquetas
Coração
y Responsável pelo bmbement d snue.
y Apresenta miocárdio (parede muscular).
y Movimentos:
– Síste (contração)
FRENTE 3
– Dáste (relaxamento)
y Câmaras (cavidades):
– Átr:
º relaxado, recebe o sangue por meio de veias.
º ao contrair, impulsiona o sangue de seu interior para o ventrículo, que se encontra em diástole.
– Ventrícu:
º relaxado, recebe o sangue do átrio.
º ao contrair, envia o sangue de seu interior, por uma artéria, em direção aos tecidos corporais.
y Revestimentos:
– Endcárd: revestimento interno.
– Percárd: revestimento externo.
CoRES
FaNTaSia
Válvula
ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Endotélio Endotélio
Colágeno e Colágeno e
fibras elásticas fibras elásticas
Artéria Veia
Vênula
Arteríola
ElEMENToS
CoRES FoRa DE
FaNTaSia PRoPoRÇÃo
Tecidos
Representação esquemática da circulação em peixes.
Anfíbios
y Coração trcvtár: apresenta três câmaras – dois
átrios (1 direito e 1 esquerdo) e um ventrículo.
Válvulas fechadas Válvula fechada
y Circulação dup e ncmpet.
Músculos relaxados Músculos contraídos
y Artéria pumcutâne: conduz a mistura de sangue
Representação da interação da musculatura
esquelética com as veias e do funcionamento das CoRES
ElEMENToS
FoRa DE
do ventrículo em direção às estruturas respiratórias
válvulas encontradas nesses vasos sanguíneos. FaNTaSia PRoPoRÇÃo (pulmão e pele).
– Do pulmão, o sangue oxigenado segue para o
átrio esquerdo.
Circulação nos vertebrados – Da pele, o sangue oxigenado segue para os va-
Alguns conceitos básicos para o estudo da circulação sos sistêmicos.
nos animais vertebrados: y Caminho do sangue pelo corpo:
y Snue rter: rico em O2 e pobre em CO2. CoRES
y Snue vens: rico em CO2 e pobre em O2. FaNTaSia
Sangue Aorta
arterial Ventrículo esquerda
direito
Ventrículo
esquerdo
Pulmões
Circulação Comunicação Septo ventricular
pulmonar das aortas (completo) ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Aves e mamíferos
Sangue
Sangue y Coração tetrcvtár.
misto
venoso
y Circulação dup e cmpet.
Ventrículo – Permite maiores taxas de nutrição e de oxigena-
Circulação ção dos tecidos, possibilitando a manutenção de
Septo de
sistêmica
Sabatier altas taxas metabólicas, condição fundamental
para a endterm.
y Caminho do sangue pelo corpo:
ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
CoRES
Tecidos FaNTaSia
GraphicsRF.com/Shutterstock.com
y Ventrícu dret: envia sangue venoso, por meio
das rtérs pumnres, aos pulmões.
– Entre o átrio e o ventrículo direitos existe a vv Artérias
coronárias
trcúspde, que impede o refluxo sanguíneo do ven-
trículo para o átrio durante a contração ventricular.
– Na saída das artérias pulmonares, encontra-se
a vv pumnr: impede o refluxo do sangue
para o ventrículo direito quando esta câmara en- Em corte
contra-se relaxada.
y Pumões: responsáveis pelas trocas gasosas (hematose). Veia cava superior
y Átr esquerd: por meio das ves pumnres, re- Artéria aorta
cebe sangue arterial e o envia ao ventrículo esquerdo.
Artéria pulmonar
y Ventrícu esquerd (parede muscular mais espessa
que a do ventrículo direito): envia sangue arterial, sob Átrio direito Átrio esquerdo
alta pressão, por meio da rtér rt, para o corpo. Veias
– Entre o átrio e o ventrículo esquerdos existe a Veias pulmonares
vv bcúspde (ou mitral): impede o refluxo pulmonares
sanguíneo do ventrículo para o átrio durante a
contração ventricular. Valva aórtica
– Na saída da aorta, encontra-se a vv órtc:
impede o refluxo do sangue para o ventrículo es- Valva
querdo quando esta cavidade relaxa. bicúspide
Valva pulmonar
(mitral)
y artér rt: ramifica-se em artérias menores, a
Valva tricúspide
exemplo das carótidas e coronárias. As artérias ca-
rótidas conduzem sangue para a cabeça; as artérias Ventrículo
coronárias irrigam o próprio coração (miocárdio). esquerdo
Veia cava inferior
– Obstrução das artérias coronárias resulta em n- Ventrículo direito
frt d mcárd. Um infarto consiste em lesão Representação do coração humano em vista externa e em corte, mostrando
ou morte tecidual por carência de O2 resultante suas cavidades, suas valvas e os vasos sanguíneos que chegam e partem do
do bloqueio do fluxo de sangue oxigenado em coração. As setas indicam o sentido do fluxo sanguíneo.
direção à estrutura.
Átrio direito
pelas ramificações do feixe de His e se pro- feixe de His
pagam pelas fibras de Purkinje, resultando
na contração dos ventrículos.
Nó atrioventricular
y O sistema nervoso autônomo influencia a Ventrículo
esquerdo
geração dos impulsos no nó sinoatrial:
– Rm smpátc: ativado em situações Fibras de Purkinje
de emergência; resulta em aumento da
frequência cardíaca. Ventrículo direito Ápice do coração
– Rm prssmpátc: ativado em si-
tuações de relaxamento; provoca a Representação de um coração humano em corte, destacando as estruturas que atuam na
redução do ritmo cardíaco. geração e na condução dos impulsos elétricos que produzem os batimentos cardíacos.
Timo
Linfa
Vasos
linfáticos
Vaso linfático
Células
do tecido
C
Baço Vaso linfático
Linfonodos
Linfa circulante
Massas de
células de defesa
Linfonodo
em corte
Representação do sistema linfático e seus órgãos (a). Nos detalhes à direita, representação da formação da linfa por meio do recolhimento do excesso de fluido
intersticial pelos capilares linfáticos (B) e a estrutura de um linfonodo visto em corte (C).
Exercícios de sala
1. Enem 2019 A eritropoetina (EPO) é um hormônio en- c) oxigênio, para aumento da produção de ATP.
dógeno secretado pelos rins que influencia a maturação d) proteínas, para aumento da massa muscular.
dos eritrócitos. Suas formas recombinantes, sintetizadas e) vitamina C, para aumento da integridade dos va-
em laboratório, têm sido usadas por alguns atletas em sos sanguíneos.
esportes de resistência na busca por melhores resultados.
No entanto, a administração da EPO recombinante no
2. Uerj 2020 No chamado doping sanguíneo, atletas reti-
esporte foi proibida pelo Comitê Olímpico Internacional
ram determinado volume de sangue e o reintroduzem
e seu uso considerado doping.
MARTELLI, A. Eritropoetina: síntese e liberação fisiológica e o uso de sua
no corpo, em momento próximo ao da competição.
forma recombinante no esporte. Perspectivas Online: biológicas & saúde, Esse procedimento, que melhora o desempenho do
v. 10, n. 3, 2013 (adaptado).
atleta, possibilita o aumento do seguinte parâmetro
Uma influência que esse doping poderá exercer na sanguíneo:
melhoria da capacidade física desses atletas está ) número de eritrócitos
relacionada ao transporte de b) capacidade anaeróbia
) lipídios, para aumento do gasto calórico. c) agregação plaquetária
b) ATP, para aumento da síntese hormonal. d) concentração de ácido lático
Brânquias Membros
inferiores
Ca as
Vê s
s
re
la
ia
va
de sangue arterial e venoso). De que maneira esse
l
r
río
nu
Ve
la
ca
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pi
te
Ar
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s
ria
la
re
la
va
i
río
nu
Ve
la
ca
té
pi
Vê
te
Ar
as
Ca
Ar
i
Ve
3
35
28 10. CPS-SP 2020 O coração de um mamífero possui uma
completa separação entre os ventrículos. Essa sepa-
21
ração não permite a mistura do sangue venoso com o
14
sangue arterial.
7 O esquema refere-se ao sistema circulatório dos
0 mamíferos.
s
as
s
ria
la
re
la
va
i
río
nu
Ve
la
ca
té
pi
Vê
te
Ar
MAMÍFEROS
as
Ca
Ar
i
Ve
I II
(https://commons.wikimedia.org. Adaptado.)
No coração humano
) a entrada de sangue rico em oxigênio se dá pelas
veias cavas.
b) a entrada de sangue pobre em oxigênio se dá
pela artéria pulmonar.
c) a saída de sangue rico em oxigênio se dá pela Válvulas
artéria aorta. semilunares
d) a saída de sangue pobre em oxigênio se dá pelas
veias pulmonares.
Amígdalas
Artéria
Veia
Timo
Baço
(https://sites.google.com. Adaptado.)
Guia de estudos
Sistema imunitário
Também chamado de sistema imune ou imunológico, é o responsável pela defes d rnsm cntr entes
nvsres potencialmente prejudiciais.
Secundários
y Vss nfátcs.
y lnfnds.
y Bç.
– Órgão que atua como reservatório de sangue e na destruição de hemácias. Nele são encontradas células de
defesa que podem produzir anticorpos.
y apêndce cec;
y Tnss ptns (ou amídalas).
y Tnss frínes (ou adenoides)
Tonsilas
faríngeas
(adenoides)
Tonsilas
palatinas
(amídalas)
ElEMENToS
CoRES FoRa DE
FaNTaSia PRoPoRÇÃo
Tipos de imunidade
Imunidade inata
y Respst rápd que atinge ampla diversidade de patógenos.
y Apresenta bx especfcdde.
Defesas de barreira
y Pee.
FRENTE 3
y Membrns mucss.
y Muc.
– Nas vias respiratórias, retém partículas que, por meio do batimento de cílios, são encaminhadas para a faringe, de
onde podem ser expelidas ou deglutidas.
y Suc ástrc.
y lszm.
– Enzima encontrada na saliva, em lágrimas e em secreções mucosas; atua na decomposição da parede celular
bacteriana, evitando a instalação desses patógenos e possíveis infecções.
ElEMENToS
FoRa DE
Patógeno Espinho PRoPoRÇÃo
CoRES
FaNTaSia
Moléculas Macrófago
Diapedese Movimento
Mastócito sinalizadoras
de líquido
Capilar
sanguíneo Fagocitose
Hemácias Neutrófilo
Os mastócitos liberam histaminas como molé- Os capilares sofrem vasodilatação e se As células fagocíticas fazem a fagocitose
culas sinalizadoras, enquanto os macrófagos tornam mais permeáveis. Ocorre inchaço, dos agentes patogênicos.
liberam citocinas; essas substâncias aumen- devido à passagem de líquido do sangue
tam o fluxo sanguíneo na área afetada. para o tecido, e diapedese.
Representação dos principais acontecimentos de uma resposta inflamatória desencadeada por uma lesão na pele causada por um espinho.
– A resposta inflamatória pode ser sistêmica, quando envolve todo o corpo. Exemplo: febre.
º Vantagem da febre: maiores temperaturas intensificam a fagocitose de agentes invasores e aumentam a
velocidade das respostas de defesa e de reparo dos tecidos lesionados.
º Desvantagem da febre: altas temperaturas podem afetar negativamente a atividade enzimática, comprome-
tendo o metabolismo.
Imunidade adquirida
y Envolve respsts ms ents, porém tmente específcs.
y antíens: macromoléculas, normalmente proteína ou polissacarídeo, encontradas nos patógenos. São reconhecidos
como estrnhs rnsm, induzindo uma resposta imune.
y A primeira exposição a um patógeno dotado de um determinado antígeno resulta na:
– produção de ntcrps (imunoglobulinas) especí-
Antígeno Sítio de ligação
ficos de combate ao antígeno; do antígeno
– ativação de células de defesa que atacam células
infectadas;
– formação de céus de memór muntár. V Ponte dissulfeto V
V V Regiões
C variáveis
C
Cadeia leve
Regiões
constantes
C C
Riyad Sbeitan/Shutterstock.com
Cadeia pesada
ElEMENToS
Representação da estrutura de um anticorpo. Os anticorpos são proteínas FoRa DE
PRoPoRÇÃo
imunoglobulinas (Ig) formadas por duas cadeias polipeptídicas pesadas e duas leves,
unidas por pontes dissulfeto. Nas extremidades encontram-se as regiões variáveis do CoRES
FaNTaSia
anticorpo, que conferem alta especificidade ao antígeno que será combatido.
Fagocitose
Apresentação
Macrófago do antígeno
Reconhecimento do antígeno
Linfócito T auxiliar
Proliferação
Estímulo Estímulo
Estímulo Estímulo
Plasmócitos Células B Células T Linfócitos T
de memória de memória citotóxicos
Secreção ativados
expsçã
104
resposta imune
Concentração de anticorpos
secundária
(unidades arbitrárias)
103
resposta imune
no sangue
primária
FRENTE 3
102
101
100
0 7 14 21 28 35 42 49 56
Exposição Exposição ao
ao antígeno mesmo antígeno
Tempo (dias)
Variação da concentração de anticorpos no sangue nas respostas imunitárias primária e secundária.
Exercícios de sala
1. Fmerp-SP 2019 A figura ilustra algumas etapas do mecanismo de inflamação em tecidos lesionados.
Bactérias
Mastócito
Vaso
sanguíneo
) Que tipo de endocitose as células da última etapa estão realizando? Cite um leucócito especializado nesse tipo
de defesa.
b) No início do processo inflamatório, algumas células liberam histamina, que provoca vasodilatação e hipertermia
no local lesionado. Explique por que cada um desses fenômenos é vantajoso para o corpo humano.
4. Fmerp-SP 2020 Não é indicado que mulheres http://agencia.fiocruz.br. Acesso em: 3 mai. 2019 (adaptado).
gestantes tomem a vacina tríplice viral, que protege Uma vantagem da vacina em relação ao tratamento
contra sarampo, caxumba e rubéola, porque alguns tradicional é que ela poderá
dos seus componentes poderiam causar malforma- ) impedir a penetração do parasita pela pele.
ções ao feto. Caso uma gestante adquira sarampo, b) eliminar o caramujo para que não haja contágio.
existe uma medida excepcional de tratamento, que c) impedir o acesso do esquistossomo especifica-
consiste na aplicação, por via intravenosa e em qual- mente para o fígado.
quer fase da gestação, de imunoglobulinas extraídas d) eliminar o esquistossomo antes que ocorra conta-
do sangue de doadores. to com o organismo.
Essa medida protege o corpo da gestante infectada e) eliminar o esquistossomo dentro do organismo
pelo vírus porque as imunoglobulinas aplicadas antes da manifestação de sintomas.
Guia de estudos
Sistemas de controle I
y Os sistemas responsáveis pelo controle das atividades básicas realizadas pelo corpo humano são o sistema nervoso
e o sistema endócrino.
Neurônios
y São células capazes de receber e trnsmtr nfrmções sob a forma de sinais elétricos denominados mpuss
nervss.
y A condução dos impulsos nervosos em um neurônio acontece no sentido dendrt → crp ceur → xôn.
y A transferência de informações entre neurônios depende de substâncias denominadas neurtrnsmssres.
y Em neurôns menzds (com bainha de mielina), a condução do impulso nervoso é mais rápida, enquanto nos
neurônios amielinizados, a condução é mais lenta.
Dentritos Núcleo do
neurônio
Célula de
Schwann
Tefi/Shutterstock.com
Corpo
celular
Nódulo de
Ranvier
Núcleo da célula
de Schwann
Axônio
Bainha de
mielina
Célula de
Schwann
CoRES
FaNTaSia
Representação de um neurônio típico dotado de bainha de mielina (isolante elétrico). As setas indicam o sentido da transmissão do impulso nervoso pelo neurônio.
FRENTE 3
simurggdesign/Shutterstock.com
Vesícula contendo
neurotransmissor
Canal de Ca2+
Ca2+
Membrana
da célula
Fenda pré-sináptica
sináptica
CoRES
FaNTaSia
Membrana ElEMENToS
Receptores específicos FoRa DE
da célula pós-sináptica PRoPoRÇÃo
dos neurotransmissores
Representação do processo da sinapse, mostrando a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica.
LDarin/Shutterstock.com
FaNTaSia
Axônio
ElEMENToS y Neurôns sensrs (via aferente): conduzem as
FoRa DE
PRoPoRÇÃo informações captadas por receptores sensoriais em
Membrana
Potencial
plasmática
direção aos centros de interpretação localizados nas
de ação estruturas do sistema nervoso central.
– – + + + + + +
+ + – – – – – – y Neurôns mtres (via eferente): conduzem impul-
Na+ Citosol sos nervosos do sistema nervoso central em direção
+ + – – – – – –
– – + + + + + + aos órgãos efetores.
+
y Neurôns ssctvs: são encontrados em
Entrada de Na , gerando
estruturas do sistema nervoso central (encéfalo e me-
o potencial de ação
dula espinal). Transmitem o impulso conduzido pelos
Potencial neurônios sensoriais para os neurônios motores.
K+ de ação
+ + – – + + + +
– – + + – – – – Gliócitos (ou células da glia)
Na+
– – + + – – – – y São células do tecido nervoso importantes para nutri-
+ + – – + + + + ção, defesa e sustentação dos neurônios.
K+ Deslocamento do potencial de ação
CoRES
Saída de K+, promovendo para a região adjacente da membrana. FaNTaSia
Célula de Schwann
a repolarização da faixa
ElEMENToS
que estava despolarizada. FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Repetição das
despolarizações e Capilar
Potencial sanguíneo
repolarizações ao
K+ de ação longo do neurônio.
– – Oligodendrócito
+ + + + + +
– – – – + + – –
Na+ Micróglia
– – – – + + – –
Astrócito Neurônio
+ + + + – – + + Representação dos principais gliócitos encontrados no sistema nervoso.
K+
Representação esquemática da condução do impulso nervoso em um
neurônio, enfatizando o fluxo dos íons na despolarização e na repolarização. Organização do sistema nervoso
y O sistema nervoso dos vertebrados está dividido em
sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso pe-
+40 riférico (SNP).
Potencial de membrana (mV)
0 1 2 3 4
Tempo (ms)
CoRES
Estímulo FaNTaSia
Corpo caloso
Tálamo
Diencéfalo
Hipotálamo
Tefi/Shutterstock.com
Tronco encefálico
Bulbo CoRES
FaNTaSia
Medula espinal ElEMENToS
Cerebelo FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Representação de um encéfalo em corte mediano, indicando suas principais partes e sua ligação com a medula espinal, promovida pelo bulbo.
Medula espinal
y Protegida pela coluna vertebral.
y Na medula espinal, a substância branca está localizada mais externamente, enquanto a substância cinzenta é mais interna,
disposição oposta à observada no cérebro.
CoRES
FaNTaSia A B
ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Substância cinzenta
Substância branca
Representação da diferença na distribuição das substâncias branca e cinzenta na medula espinal (a) e no cérebro (B).
Neurônio
motor
Músculo
Raiz ventral
Extensão
da perna
Substância Substância
branca cinzenta
CoRES
FaNTaSia
ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Receptor sensorial
Neurônio
sensitivo
Substância
Neurônio branca
associativo
Substância
cinzenta
Neurônio
motor Raiz ventral
FRENTE 3
CoRES
FaNTaSia
ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Osso
craniano
Osso craniano
Dura-máter
Aracnoide
Meninges
Espaço
contendo Pia-máter
líquido
cerebrospinal Tecido nervoso
Vaso sanguíneo
CoRES
FaNTaSia
ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Contração das pupilas Dilatação das pupilas
Diminuição da Aumento da
frequência cardíaca frequência cardíaca
Estímulo da
Inibição da atividade
atividade estomacal
estomacal e intestinal
e intestinal
Representação esquemática das divisões parassimpática e simpática do sistema nervoso autônomo, com exemplos de ações antagônicas promovidas por elas.
Esse esquema também aponta as regiões do SNC das quais essas divisões provêm. A parte simpática tem origem nas regiões torácica e lombar da medula
espinal, enquanto as vias parassimpáticas originam-se do tronco encefálico e da porção sacral da medula espinal.
Tato
y Os receptres tátes são sensíveis a diferentes tipos de estímulo, como vibração, temperatura e pressão. Encontram-se
distribuídos por toda a superfície corporal.
y Há maior concentração de receptores táteis em certos locais, como na ponta dos dedos e na região dos lábios.
Gustação (paladar)
FRENTE 3
y Os receptores que detectam o gosto estão presentes nas pps usttórs (ou gustativas), estruturas encontradas,
principalmente, na língua.
– São estimulados por substâncias químicas que se dissolvem sobre a língua.
Bulbo olfatório
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Cavidade
nasal
Alila Medical Media/Shutterstock.com
Células receptoras
olfatórias
Células epiteliais
Cílios
CoRES
FaNTaSia
ElEMENToS
FoRa DE
Substâncias odorizantes Muco PRoPoRÇÃo
Audição e equilíbrio
y A orelha humana é um conjunto de estruturas ligadas à percepção dos sons (audição) e do equilíbrio. A estrutura da
orelha é dividida em três regiões: orelha externa, orelha média e orelha interna.
y oreh extern:
– Pavilhão auditivo: capta as ondas sonoras.
– Meato acústico (auditivo) externo: direciona o som para o tímpano.
y oreh méd:
– Tímpano: membrana que se conecta aos ossículos.
– Ossículos – martelo, bigorna e estribo: transmitem e amplificam as vibrações em direção à orelha interna.
– Tuba auditiva: liga a orelha média à faringe.
y oreh ntern (rede de canais e câmaras preenchida por um líquido, denominada brnt).
– Aparelho vestibular: constituído pelos canais semicirculares e pelas câmaras utrículo e sáculo. Possui células sen-
soriais que detectam a movimentação do líquido em seu interior; esse estímulo resulta na geração de impulsos
nervosos que são encaminhados ao cérebro por meio do nerv vestbur, informando-o sobre a posição do
corpo no espaço.
– Cóclea: estrutura espiralada que recebe vibrações dos ossículos presentes na orelha média, criando ondas de
pressão no líquido em seu interior e estimulando as céus cds mecnrreceptrs (órgão de Corti). Os
impulsos nervosos gerados são encaminhados ao cérebro por meio do nerv udtv.
Canais Nervo
Estribo semicirculares
Medical Art Inc/Shutterstock.com
Martelo auditivo
Bigorna Nervo vestibular
Nervo auditivo
Órgão de Corti
Células ciliadas
Membrana
timpânica
EreborMountain/Shutterstock.com
Meato acústico Janela do
externo vestíbulo
CoRES
FaNTaSia
ElEMENToS
Pavilhão FoRa DE
auditivo PRoPoRÇÃo
Visão
y O olho humano é constituído de três camadas teciduais:
– Escer:
º Camada mais externa.
º Rígida.
º Dotada, em sua porção frontal, de uma região transparente denominada córnea, que permite a passagem da luz.
– Crde:
º Camada média.
º Rica em vasos sanguíneos.
º Possui região pigmentada na parte frontal, chamada íris, dotada de uma abertura chamada pupila. Alterações
no tamanho da pupila permitem a regulação da quantidade de luz que chega ao interior do olho.
– Retn:
º Camada interna.
º Possui células fotorreceptoras: os bastonetes são sensíveis a variações na intensidade luminosa; os cones
permitem a identificação das cores.
º A informação visual captada pelos fotorreceptores é transmitida ao nervo óptico e conduzida ao cérebro.
y Humres: responsáveis pelo preenchimento das câmaras oculares.
– aqus: localizado na câmara existente entre a córnea e íris.
– Vítre: preenche a cavidade posterior ao cristalino.
y Crstn: lente biconvexa localizada atrás da pupila; cnvere s rs luminosos sobre a retina, onde a imagem
deve ser formada.
– Está ligado a músculos ciliares que mantêm sua posição. A atividade desses músculos ajusta o foco de objetos
em função da distância a que se encontram do olho.
CoRES
FaNTaSia
Esclera
Músculo ciliar ElEMENToS
FoRa DE
Coroide PRoPoRÇÃo
FRENTE 3
Córnea Retina
Humor
yusufdemirci/Shutterstock.com
Pupila
Cristalino
Íris
Humor vítreo
Representação dos principais componentes do olho humano.
Meio extracelular
Meio intracelular
(Disponível em: http://www.pinsdaddy.com/unlabeled-human-
euron_%CiBx3IiwbrZ %CH*UFrXqUZsirXlme8KCWHlNi3ug/. (www.todamateria.com.br. Adaptado.)
Acesso em o set. 8)
Os estágios , e 3 do axônio representam, respec-
) Transmitem os impulsos nervosos do corpo celular tivamente,
para outros neurônios, ou para órgãos efetores. ) despolarização, repolarização e potencial de
b) São prolongamentos que recebem impulsos ner- repouso.
vosos e os conduzem para o corpo celular. b) potencial de repouso, repolarização e despo-
c) Liberam, em suas terminações, mediadores quí- larização.
micos responsáveis pelas sinapses. c) despolarização, potencial de repouso e repo-
d) São finas terminações nervosas do axônio, cujas larização.
extremidades chegam muito próximo das células- d) repolarização, potencial de repouso e despo-
-alvo para formar as sinapses. larização.
e) São prolongamentos envoltos por uma bainha de e) repolarização, despolarização e potencial de
mielina. repouso.
2. Uerj 2020 O axônio de algumas células nervosas 4. FMJ-SP 2016 O sistema nervoso é formado por bi-
é envolvido pela bainha de mielina, uma membrana lhões de neurônios, que possibilitam a condução do
plasmática rica em lipídeos. Observe: impulso nervoso em um único sentido. Cada neurônio,
por sua vez, é constituído por três regiões específicas,
bainha de mielina sendo que apenas uma delas é envolvida pelo estrato
mielínico (bainha de mielina).
) Cite as três regiões do neurônio que permitem
a propagação do impulso nervoso num sentido
único. Qual é a vantagem da presença do estrato
mielínico na condução do impulso nervoso?
12. FMJ-SP 2017 A orelha humana é composta basicamente por três partes: orelha externa, orelha média e orelha inter-
na. É correto afirmar que
) a janela oval está conectada diretamente à bigorna, recebe as vibrações sonoras e as comunica ao líquido
coclear.
b) os canais semicirculares contêm células ciliadas com uma cúpula gelatinosa que auxiliam no posicionamento
do corpo.
c) a cóclea contém células sensoriais com microvilosidades imersas no espesso líquido coclear e essas células
detectam as ondas sonoras.
d) a tuba auditiva é um canal muscular flexível que se comunica com a laringe e equilibra a pressão do ar na
orelha interna.
e) o nervo auditivo envia impulsos nervosos da cóclea, dos canais semicirculares e da janela oval para o córtex
cerebral.
Guia de estudos
BIOLOGIA
FRE
NTE
4
FRENTE 4
AULAS 19 a 21
Moléculas
de água
Molécula
A B de soluto
Aumento
Diminuição de volume
de volume
Glicose é liberada
no citoplasma A B
Osmose
y Tipo de transporte passivo.
y É a mvmentçã de svente através de uma mem-
brana semipermeável.
– Ocorre de uma solução menos concentrada para
uma solução mais concentrada. A B
y Alguns conceitos são necessários para a compreen-
são do processo: Representação de experimento demonstrativo de osmose. Ocorre
movimentação de água de A (solução hipotônica) para B (solução
– Suçã é um tipo de dispersão que tem:
hipertônica): a tendência é estabelecer igualdade de concentrações
D svente que dilui algo. (soluções isotônicas). A pressão aplicada para forçar o retorno da água para
Exemplo de solvente: água. a solução A é equivalente à pressão osmótica.
CoRES
FaNTaSia
+K +K
2. Unesp 2018
A resposta das células a pulsos elétricos sugere que a membrana plasmática assemelha-se a um circuito elétrico composto
por uma associação paralela entre um resistor (R) e um capacitor (C) conectados a uma fonte eletromotriz (E).
A composição por fosfolipídios e proteínas é que confere resistência elétrica à membrana, enquanto a propriedade de
manter uma diferença de potencial elétrico, ou potencial de membrana, é comparável a um capacitor.
(Eduardo A. C. Garcia. Biofísica, 2002. Adaptado.)
+ + + + + + + + +
+ + + +
C R E
––––
––––––––––
3. UFPR 2013 As figuras a seguir representam a variação do volume celular e da relação entrada/saída de água, ao
longo do tempo, em três tipos celulares diferentes: célula animal, célula vegetal e protozoário. No tempo zero, as
células foram mergulhadas em água pura.
A B C
Volume celular
Volume celular
Volume celular
2 2 2
relativo
relativo
relativo
1 1 1
0 0 0 FRENTE 4
Tempo Tempo Tempo
Relação entrada/saída
Relação entrada/saída
Relação entrada/saída
de água da célula
de água da célula
de água da célula
2 2 2
1 1 1
0 0 0
Tempo Tempo Tempo
(https://nigerianscholars.com)
Membrana 2 Na+
A B plasmática
Gradiente Gradiente
eletroquímico de Na+ eletroquímico de K+
2 K+
Membrana
Considerando que a figura demonstra o antiporte de
sódio e de potássio, os tipos de transporte que ocor-
(www.drawittoknowit.com. Adaptado.)
rerão para jogar o sódio para fora e o potássio para
Considerando o transporte de substâncias entre as dentro da célula são, respectivamente:
duas soluções, se a membrana for ) ativo e passivo.
) semipermeável, haverá migração de água da co- b) passivo e transcitose.
luna B para a coluna A fazendo com que ocorra c) passivo e passivo.
a elevação desta última, fenômeno denominado d) ativo e ativo.
osmose. e) ativo e transcitose.
FRENTE 4
Guia de estudos
Artéria renal
Medula renal
Veia renal
Rim
Córtex renal Artéria aorta
Ureter
Pelve renal
Bexiga
Ureter
lusmedical/Shutterstock.com
Uretra
CoRES
FaNTaSia
ElEMENToS
FoRa DE
PRoPoRÇÃo
Representação do sistema urinário humano e dos vasos sanguíneos que irrigam os rins, incluindo detalhe de um rim em corte longitudinal. No corpo feminino,
a uretra se abre para o meio externo por um orifício localizado próximo à vagina. No corpo masculino, a uretra (que conduz urina e sêmen) se abre para o meio
externo por um orifício localizado na extremidade do pênis.
Ekaterina Gerasimchuk/Shutterstock.com
por osmose.
em aumento do volume urinário e sede intensa.
Aldosterona
y Hormônio produzido pelo córtex das ândus endó-
crns suprrrens (ou adrenais), localizadas sobre
os rins.
y Aumenta a reabsorção de Na+ nos néfrons: a osmola-
Legenda
ridade do sangue sobe e a reabsorção de água por
Água
osmose aumenta, elevando a pressão arterial. Eliminação de urina diluída e
Sal abundante contendo sais.
Osmorregulação Representação da osmorregulação em peixes ósseos de água doce.
Legenda
Água
Eliminação de sais e pequena quantidade
Sal de água por meio da urina concentrada.
Representação da osmorregulação em peixes ósseos de água salgada.
Glândulas de sal
Ductos das
glândulas de sal
Narina
CoRES
FaNTaSia
ElEMENToS
FoRa DE Excreção do
PRoPoRÇÃo excesso de sais
Representação da localização das glândulas de sal em aves marinhas. Tartaruga eliminando solução salina próximo aos olhos.
Exercícios de sala
1. UFPR 2018 O metabolismo celular dos animais gera 3. Fmerp-SP 2018 Os rins humanos participam do con-
substâncias nitrogenadas que são eliminadas pelo trole da homeostase, eliminando ou reabsorvendo
processo de excreção. Acerca desse processo, consi- substâncias nos néfrons.
dere as seguintes afirmativas: ) A principal substância excretada pelos néfrons é
1. A amônia é tóxica para o organismo, mas, por a ureia. De qual composto orgânico contido nos
ser bastante solúvel em água, é rapidamente di- alimentos a ureia é originada? Qual órgão huma-
fundida e eliminada por animais que vivem em no produz a ureia?
ambiente aquático.
2. Nas aves, a amônia é convertida em ureia, que é
menos tóxica que a amônia e demanda um volume
relativamente grande de água para sua eliminação.
3. Insetos convertem amônia em ácido úrico, produzin- b) Os rins controlam a volemia (volume de sangue) e
do uma urina mais concentrada, pois o ácido úrico é o equilíbrio ácido-base do sangue. De que forma
pouco tóxico e tem baixa solubilidade em água. os néfrons atuam para aumentar a volemia e para
4. Mamíferos excretam principalmente ureia, que, reduzir a acidose sanguínea?
por ser menos tóxica, pode ser armazenada tem-
porariamente no corpo sem risco de intoxicação.
Assinale a alternativa correta.
) Somente as afirmativas e são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas e são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas , e 4 são verdadeiras. 4. Uncmp-SP 2019 Recentemente, inúmeros casos de
e) As afirmativas , , e 4 são verdadeiras. doping esportivo foram noticiados, como, por exem-
plo, aqueles envolvendo a delegação russa nos Jogos FRENTE 4
2. Enem 2018 O deserto é um bioma que se localiza em Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Um dos métodos
regiões de pouca umidade. A fauna é, predominante- mais utilizados no exame antidoping é a coleta e análi-
mente, composta por animais roedores, aves, répteis se da urina de atletas, para verificação da presença de
e artrópodes. medicamentos proibidos. O composto furosemida foi
Uma adaptação, associada a esse bioma, presente nos banido pela Agência Mundial Antidoping. Sua principal
seres vivos dos grupos citados é o(a) ação é reduzir a reabsorção de sódio e cloro a partir da
) existência de numerosas glândulas sudoríparas alça do néfron (alça de Henle) em direção aos vasos
na epiderme. sanguíneos adjacentes.
b) eliminação de excretas nitrogenadas de forma Considerando essas informações e os conhecimentos
concentrada. sobre a fisiologia renal e a excreção em seres humanos,
c) desenvolvimento do embrião no interior de ovo é correto afirmar que a furosemida
com casca. ) diminui a produção de urina, impedindo que medi-
d) capacidade de controlar a temperatura corporal. camentos proibidos sejam eliminados nas amostras
e) respiração realizada por pulmões foliáceos. a serem analisadas nos testes antidoping.
Célula
9. FMaBC-SP 2017 A manutenção do equilíbrio hídrico é um processo de grande relevância para a sobrevivência de
peixes e outros organismos aquáticos, sejam eles dulcícolas ou marinhos. Esse processo depende em larga escala
de fenômenos ativos e passivos de transporte de água e solutos, como representado na figura a seguir.
Água Solutos
Comida
Urina (rins
Ingestão inadvertida Urina (os rins retêm
eliminam o
enquanto come a maioria dos solutos)
excesso de água)
a Peixe de água doce
Sais da água
Ingerindo do mar
Fonte: Ricklefs R., Relyea R. A Economia da Natureza. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
Considerando as informações apresentadas acima, é correto afirmar que os tecidos corporais de peixes de água doce
e de água salgada, em relação ao ambiente onde vivem esses organismos, são, respectivamente,
) hipertônicos e hipotônicos.
b) hipotônicos e hipertônicos.
c) isotônicos e hipertônicos.
d) hipertônicos e isotônicos.
FRENTE 4
Guia de estudos
Gabarito 343
pela produção dos anticorpos no orga- que morrem ao perderem água por osmose, elevando seu volume. Nessa si-
nismo é o plasmócito, formado a partir osmose para o ambiente hipertônico. tuação, os vacúolos contráteis aumentam
da diferenciação do linfócito B. Secar a carne ao Sol diminui a quantidade a atividade de forma a retirar ativamen-
8. B 9. E de água dentro das células da carne, di- te o excesso de água. Já os paramécios
ficultando a proliferação dos organismos da amostra B encontram-se em meio
decompositores, que precisam de água hipertônico, perdem água por osmose
Aulas 45 a 48 para o seu metabolismo. e apresentam, portanto, menor volume
Picles: o ácido acético, presente no vina- celular e menor atividade vacuolar.
1. B 2. A 3. E gre, torna o ambiente ácido, matando os
8. D 9. D
4. a) A propagação do impulso nervoso organismos decompositores ao desna-
ocorre do dendrito para o corpo ce- turar algumas proteínas importantes no
lular e deste para o axônio. O estrato metabolismo. Aulas 22 a 24
mielínico aumenta a velocidade da Compotas: o açúcar presente nas frutas
condução do impulso nervoso. torna o ambiente hipertônico, evitando a 1. D 2. B
b) Os neurônios se comunicam por proliferação dos organismos decomposi- 3. a) A ureia é originada do metabolismo
tores, que morrem ao perderem água por das proteínas e de outros compos-
meio das sinapses. Um neurônio,
osmose para o ambiente externo. tos nitrogenados, como os ácidos
chamado de pré-sináptico, libera
neurotransmissores pela região ter- 2. A 3. E nucleicos. Esse composto é produ-
minal de seu axônio em um espaço zido no fígado.
4. a) O processo de osmose. Quando a
chamado fenda sináptica. Esses concentração de fluidos internos é b) O aumento da volemia ocorre quan-
neurotransmissores se ligam a re- maior que a do meio, ocorre a entrada do há maior reabsorção de água
ceptores presentes na membrana de água no protozoário. nos túbulos renais. A acidose san-
dos dendritos do neurônio pós-si- guínea é reduzida quando os rins
b) Uma membrana semipermeável
náptico, e o estímulo é transmitido. secretam ativamente íons H+ pelos
permite a passagem de moléculas
túbulos renais. Esses íons são elimi-
5. A 6. E 7. B 8. B de solventes e impede ou dificulta a nados na urina.
9. a) O reflexo patelar ocorre pela ação passagem de moléculas de solutos.
4. C 5. C 6. A
do neurônio sensitivo (ou aferente) c) Não. A parede celular das células
e do neurônio motor (ou eferente). vegetais impede o rompimento. 7. a) Nas artérias renais, há baixa con-
centração de gás carbônico e alta
b) A resposta reflexa é rápida porque 5. C concentração de gás oxigênio e
o neurônio sensitivo conduz o im-
6. a) A solução 3 é a hipertônica, já ureia, já que esses vasos transpor-
pulso para a medula espinal, que o
que se observa a redução de vo- tam sangue arterial que saiu do
envia diretamente para o neurônio
lume das hemácias imersas. O coração, e transportam a ureia até
motor. É um ato involuntário porque
fenômeno é a osmose, que consis- os rins, para ser eliminada. O sangue
o estímulo não é processado pelo
te no transporte de água através da nas veias renais tem alta concen-
cérebro.
membrana plasmática das células. tração de gás carbônico e baixa
10. D 11. B 12. B concentração de gás oxigênio e
b) Os lactobacilos apresentam parede
celular, estrutura que impediria o ureia, pois já passou pelos rins, onde
Frente 4 rompimento da membrana plasmá- a ureia foi eliminada da circulação.
tica, fenômeno indicado pela seta b) O volume de urina produzido será
Aulas 19 a 21 em 1. maior, pois o aumento da pressão
1. Charque: o sal presente na carne torna o 7. Os paramécios da amostra A foram colo- acelera a filtração pelo glomérulo,
ambiente hipertônico, evitando a prolife- cados em meio mais hipotônico do que o aumentando a diurese.
ração dos organismos decompositores, inicial, o que acarreta ganho de água por 8. C 9. A
NTE
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
FÍSICA
om
k.c
oc
erst
h utt
/S
rks
wo
ia_
ed
M
FRENTE 1
AULAS 37 a 39
Conservação de energia
Forças conservativas Conservação de energia mecânica
São aquelas cujos trabalhos entre dois pontos dados Ocorre quando atuam sobre um sistema somente for-
independem da trajetória. ças conservativas. Ou seja:
EM 5 constante
Exercícios de sala
1. Na figura a seguir, um corpo é lançado, ao longo de uma pista, do ponto A, com velocidade igual a 10 m/s. Os trechos
AB e CD são horizontais e não há atrito de nenhuma espécie. Ao final, no ponto E, o corpo perde contato com a pista
e atinge o solo no mesmo nível vertical do ponto C.
E
A B
18,75 m
15 m
u
C D
Sabendo que cos u 5 0,8, determine:
) a velocidade do corpo no trecho CD.
b) a velocidade do corpo em E.
) a mínima velocidade do corpo durante todo o percurso.
d) a máxima altura atingida pelo corpo.
e) a velocidade do corpo ao retornar ao solo.
B
B
FRENTE 1
B
hm/a
Determine: 5,0 m
a
) a deformação máxima da mola.
b) a deformação da mola quando o corpo atinge sua A
velocidade máxima.
Calcule:
) a velocidade máxima do corpo.
a) o módulo da velocidade do corpo no ponto B.
b) a altura máxima atingida pelo corpo (ponto C).
Energia (kJ) 16
12
8
4
0
0 5 10 15 20 25 30 y (m)
Determine: �
) o peso P do praticante e o comprimento L0 da corda, quando não está esticada.
b) a constante elástica k da corda.
Guia de estudos
FRENTE 1
Exercícios de sala
1. Uma pequena esfera de aço de massa 1,2 kg está em repouso, presa a um suporte fixo por um fio ideal de com-
primento igual a 60 cm. Em um determinado instante, dá-se um impulso à esfera, de modo que ela adquira uma
velocidade horizontal de 7 m/s, como ilustra a figura a seguir.
7 m/s
350 Física AULAS 40 a 42 Conservação de energia em movimento circular e não conservação de energia
2. Na figura a seguir, pode-se observar a montanha- 3. UFTM-MG A montanha-russa é uma atração radical
-russa de um parque de diversões. Um carrinho de em um parque de diversões e sempre atrai um grande
massa total m passa pela posição A com velocidade número de visitantes. Na figura, um carrinho de massa
igual a 2gR, de tal modo que execute o looping com- 300 kg é abandonado do repouso no ponto A e desce,
pleto nas condições limites. com atrito desprezível, até o ponto B. Entre B e C, o atri-
A to torna-se considerável, o que faz com que o carrinho
pare no ponto C.
C A
R
h
12,8 m
30o
C
B B
FRENTE 1
352 Física AULAS 40 a 42 Conservação de energia em movimento circular e não conservação de energia
6. Esc. Naval-RJ Laura está brincando em um escorregador que faz um ângulo de inclinação de 30º com a horizontal.
Partindo do repouso no topo do brinquedo, ela escorrega até a base desse escorregador. Sua amiga Ana Clara su-
gere que será bem mais divertido se elas descerem juntas sobre um tapete. Ao fazerem isso, elas chegam à base
do escorregador, partindo do repouso no topo, com o dobro da velocidade com que Laura chegou quando desceu
sozinha. Considerando que não existe atrito entre o tapete e a superfície do escorregador, determine o coeficiente
de atrito entre Laura e a superfície do escorregador e marque a opção correta.
3
a)
6
b) 3
4
c) 0,5
3
d)
2
e) 3
Guia de estudos
I. Leia as páginas 60 e 61 e os exercícios resolvidos de 7 a 9, 11, II. Faça os exercícios de 19 a 24 da seção “Revisando”.
13 e 14 nas páginas de 64 a 67. III. Faça os exercícios propostos de 75 a 98.
v
F
m
t1 t2 �
Q5m?v
�
� � Na equação acima:
I 5 F ? Dt �
– Q é a quantidade de movimento da partícula.
Na equação acima: – m é a massa da partícula.
� �
– I é o impulso da força F. – v é a velocidade da partícula.
�
�
– F é a força constante que atua sobre o corpo.
– Dt é o intervalo de tempo em que atua a força F.
� Quntdde de movmento de um tem de
prtul:
impulo de um forç vrável:
� � �
Qtotal 5 Q1 1 » 1 Qn
É numericamente igual à área do gráfico F 3 t.
Na equação acima:
�
F – Qtotal é a quantidade de movimento do sistema
de partículas.
–
�
Q1 é a quantidade de movimento da partícula 1.
�
– Qn é a quantidade de movimento da partícula n.
Teorem do mpulo:
N
I5A v
F
m
� �
IF 5 DQtotal
0 t R
Na equação acima:
No gráfico acima: �
– IF é o impulso da resultante de forças que atuam
– F é o módulo da decomposição da força em uma R
dada direção. sobre um sistema de partículas.
�
– t é o tempo. – DQtotal é a variação da quantidade de movimen-
to do sistema de partículas.
�
– I é o módulo do impulso da força F na direção
escolhida.
conervção d quntdde de movmento:
Forç méd: Quando a resultante de forças que atuam sobre um
� sistema é nula, sua quantidade de movimento se
É a força constante Fm que produz o mesmo impulso I
�
conserva.
produzido por uma força F, no mesmo intervalo de tem-
�
� � � �
po Dt. FR 5 0 ~ I F 5 0
� R
� I
Fm 5
Dt � � � �
DQtotal 5 0 ~ Qtotal,final 5 Qtotal,inicial
Na equação acima:
� �
– I é o impulso de uma força F.
� Explosão
– Dt é o intervalo de tempo em que atua a força F. Em uma explosão, a resultante de forças sobre o siste-
– Fm é a força média.
�
ma é nula e há conservação da quantidade de movimento.
Considere, quando necessário, g 5 10 m/s2. 2. A figura mostra a trajetória de uma bola de bilhar de
massa 160 g quando colide com a tabela da mesa de
1. Um corpo de massa 2 kg movimenta-se sobre um bilhar, em movimento num plano horizontal. As veloci-
plano horizontal, com velocidade igual a 4 m/s, para dades da bola antes e depois da colisão têm módulos
a esquerda, quando passa a receber a ação de uma iguais a 5 m/s. A duração da colisão é de 0,4 s.
força com a mesma direção da velocidade. O gráfico
a seguir mostra como varia a força, sendo que a força
com sinal positivo indica sentido para a direita.
F (N)
a a
60
FRENTE 1
Guia de estudos
FRENTE 1
Colisão I
• colão: – Colisão elástica (perfeitamente elástica): e 5 1
Em uma colisão, os corpos interagem entre si com – Colisão parcialmente elástica: 0 < e < 1
forças muito intensas em intervalos de tempo muito – Colisão inelástica (perfeitamente inelástica): e 5 0
curtos.
colão nelát undmenonl:
• clfção qunto à dmenão:
mA mB
– Colisão unidimensional: quando os corpos se vA vB
movem sobre a mesma reta, antes e depois da
colisão. Antes da colisão
– Colisão bidimensional: quando os corpos se mo-
vem sobre o mesmo plano, antes e depois da
mA mB
colisão. vF
1. O curling é um esporte olímpico, praticado em uma pista de gelo, que consiste em lançar pedras em direção a um
alvo. Para se preparar para uma prova, uma equipe de curling equipou duas pedras, A e B, com sensores e estudou
a colisão entre elas. A figura a seguir representa esquematicamente os gráficos da velocidade em função do tempo
para essas pedras.
v (m/s)
3,0 Pedra A
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5 Pedra B
FRENTE 1
A B
Considerando como referencial a estação espacial,
determine o módulo da velocidade do:
a) astronauta A depois de ter lançado o tanque.
b) astronauta B depois de agarrar o tanque.
FRENTE 1
V
H
Após o choque, ambos movem-se juntos para a direita e sobem a rampa até a mesma altura H.
Para que tal fato aconteça, a velocidade V do carrinho de 200 g é de:
a) 8 m/s.
b) 6 m/s.
c) 4 m/s.
d) 2 m/s.
Guia de estudos
Física • Livro 4 • Frente 1 • Capítulo 11
I. Leia as páginas de 8 a 13. III. Faça os exercícios propostos de 30 a 51.
II. Faça os exercícios de 5 a 8 da seção “Revisando”.
NTE
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
FÍSICA
om
ck.c
rsto
utte
s/Sh
ha
Roc
and
Arm
FRENTE 2
AULAS 37 a 40
Capacitores
O capacitor pode ser definido como um bipolo elétrico Associação de capacitores
capaz de armazenar energia no campo elétrico por meio do
armazenamento de cargas elétricas. O capacitor é um bi-
polo elétrico constituído de duas superfícies metálicas que Associação em série
são separadas entre si por um material dielétrico (isolante). Dois ou mais capacitores estão em série quando
apresentam a mesma carga. A figura a seguir ilustra uma
A B associação em série de capacitores.
+ + + +Q
U C1 C2 C3
C C
– – – – + – + − + −
+ – + − + −
+ – + − + −
(A) Representação de um capacitor. (B) Capacitor carregado. + – + − + −
U1 U2 U3
Q
Capacitância: C 5
U
Q: carga armazenada em cada placa
U: diferença de potencial entre as placas + −
U
Unidade de C no SI: farad (F) A B
d
+
+ ––
+–
A +–
+–
+–
+–
B d
FRENTE 2
0,10
0,05
0 2 4 6 V (kV)
) J
b) 5 J
) J
d) 3 J
e) J
FRENTE 2
) Q
3Q
b)
2
) Q
2Q
d)
3
Q
e)
2
Guia de estudos
5
F R2 E D G
AMPERES
i
i
Circuito elétrico com mais de uma malha.
Galvanômetro real.
Definem-se:
Nó: um ponto do circuito onde a corrente elétrica se Amperímetro
divide. No circuito acima, os nós são B e E. O amperímetro é o instrumento utilizado na medida de
Rmo: trechos do circuito percorridos pela mesma correntes elétricas. Ele deve estar em série com o ramo cuja
corrente elétrica. No circuito apresentado, os ramos corrente elétrica se deseja medir. Para que o amperímetro
são EFAB, EB e BCDE. não perturbe a medida da corrente, a sua resistência interna
deve ser idealmente nula.
Mlh: conjunto de ramos que formam um percur-
so fechado. No circuito anterior, são malhas ABEFA, A
i
BCDEB e ABCDEFA. ε
A1 A2 A3
Leis de Kirchhoff r R1 R2 R3
i1 i2 i3
1 : Lei de Kirchhoff das correntes (LKC), ou lei dos nós:
a soma das correntes que entram em um nó é igual à Amperímetros em um circuito. Observe que estão em série com o
soma das correntes que saem desse nó. ramo cuja corrente se deseja medir.
2: Lei de Kirchhoff das tensões (LKT), ou lei das malhas:
a soma algébrica das tensões ao longo de uma malha Voltímetro
é nula. Utilizado na medida de diferenças de potencial. Deve
ser ligado em paralelo com os pontos entre os quais se
Procedimentos: deseja medir a ddp. Idealmente, a sua resistência interna
Arbitrar para cada ramo um sentido de corrente deve ser infinita.
elétrica.
V1
Aplicar diretamente ao circuito a lei dos nós. Assim,
tem-se uma redução na ordem do sistema de equa- A B C
ções, que será obtido ao aplicarmos o próximo passo.
FRENTE 2
ε
Arbitrar para cada malha um sentido de percurso e
aplicar a lei de Kirchhoff das tensões, observando V3 V2
a queda de tensão em cada um dos elementos do
r
circuito.
E D
Resolver o sistema de equações obtido. As correntes
que apresentarem sinal negativo deverão ter os seus Voltímetros em um circuito. Observe que estão ligados em paralelo
sentidos alterados. com o ramo cuja tensão se deseja medir.
a) 0 2 4
D + – A
B 1,0 V
b) 2 0 2 16 V
c) 4 2 2
4 2 6 a) 2 V
d)
2 2 0 b) 2 V
e) c) 2 V
d) 2 V
e) 2 V
V 6
6 V V – +
FRENTE 2
FRENTE 2
Guia de estudos
Polo Norte
geográfico
�
Orientação do vetor indução magnética B .
S N S N
Campo magnético uniforme
�
É aquele no qual o vetor indução magnética B tem
mesmo módulo, direção e sentido em todos os pontos.
S N S N S N S N
B
Inseparabilidade dos polos. N B S
B
Essa é a principal diferença entre a eletricidade e o
B
magnetismo. Na eletricidade, é possível separar o polo
positivo do negativo; porém, isso não é possível no B
magnetismo.
S
N
P
N S S N
S
N
b)
FRENTE 2
c)
S
N
Guia de estudos
–q
–
+
q
B v
v B
Regra da mão direita. Note a diferença entre uma carga positiva e uma negativa.
� �
A força magnética é sempre perpendicular ao plano formado pelos vetores v e B. Assim, a força magnética não é
capaz de realizar trabalho sobre a carga puntiforme, ou seja, ela não é capaz de alterar o módulo da velocidade da carga.
R
Fm
m ? v2
FRENTE 2
� �
Fc 5 Fm ~ 5 q ? v ? B, em que v 5 w ? R
R
Dessa forma, tem-se as seguintes relações: m
m?v 2p ? m
Raio da trajetória: R 5 Período: T 5
q ? B? q?B ?
?q ? B ? q?B
Velocidade angular: w 5 Frequência: f 5
m 2p ? m
2p ? m
AULAS 47 e 48 Interação entre carga elétrica e campo magnético uniforme 377
Exercícios de sala
1. FcMsc-sP 2021 A figura representa uma partícula 2. Mkenze-sP Em trabalhos de Física Nuclear, são uti-
eletrizada que se desloca horizontalmente com mo- lizadas diversas partículas elementares com inúmeras
vimento retilíneo e velocidade constante. Em certo finalidades. Duas dessas partículas são:
instante, ela penetra na região demarcada pelo qua- – partícula alfa (q 5 13, ? 2 C e m 5 6,7 ? 27 kg)
drado, na qual existe um campo magnético uniforme – partícula beta (q 5 2,6 ? 2 C e m 5 , ? 23 kg)
de direção vertical e sentido para cima (perpendicular Quando uma partícula alfa e uma partícula beta são
ao plano e apontando para o leitor), que a faz descre- disparadas separadamente com a mesma velocidade,
ver a trajetória mostrada. perpendicularmente às linhas de indução de um mes-
mo campo magnético uniforme, a figura que melhor
representa as trajetórias distintas
dessas partículas é:
ñ ) B
B
ñ
v a
d)
B
e)
B
378 Física AULAS 47 e 48 Interação entre carga elétrica e campo magnético uniforme
3. Mkenze-sP 2017 4. UFRJ Uma partícula de massa m e carga q positiva,
em movimento retilíneo uniforme, penetra em uma
região na qual há um campo magnético uniforme, ver-
B B
tical e de módulo B. Ao sair da região, ela retoma um
movimento retilíneo uniforme.
v Todo o movimento se processa em um plano hori-
zontal e a direção do movimento retilíneo nal faz um
ângulo u com a direção do movimento retilíneo inicial.
A velocidade da partícula é grande o bastante para
B B desprezarmos a força gravitacional, de modo a consi-
E E
derarmos apenas a força magnética sobre ela.
Uma partícula eletrizada positivamente, de massa des-
prezível, penetra na região do espaço onde existe um u
campo elétrico uniforme de intensidade , ? 5 N/C,
orientado verticalmente para baixo, conforme a figura
apresentada. A partícula descreve uma trajetória retilí- Campo B entrando no plano do papel,
nea, pela presença de um campo magnético uniforme restrito ao retângulo sugerido pelo xxx.
B, de intensidade , ? 3 T, perpendicular ao campo
�
B
elétrico e de sentido entrando no plano do papel. A
intensidade da velocidade da partícula é, em m/s: u
)
b) 35
) 3
d) 5 v8
e) a) Determine a razão entre o módulo v' da velo-
v
cidade do movimento retilíneo final e o módulo
v da velocidade do movimento retilíneo inicial.
b) Calcule quanto tempo a partícula demora para
atravessar a região em que há campo magnético
em função de q, m, B e u.
FRENTE 2
B
m, v0 a
0 x1 x
Uma partícula de massa m e carga q positiva é lançada obliquamente com velocidade v0 e ângulo a com a horizontal,
conforme a figura. Em certo instante t1, antes de alcançar a altura máxima de sua trajetória, quando está a uma distância
horizontal x1 do ponto de lançamento, a partícula é submetida a um campo magnético de intensidade B, na direção
vertical. Considerando g a aceleração da gravidade local, a menor intensidade B do campo magnético para que a
partícula atinja o solo na posição (x1, 0) é:
2pm
)
2v0sena
q 2 t1
g
pm
b)
2v sena
q 0 2 t1
g
2pm
)
v 0sena
q 2 t1
g
4pm
d)
2v sena
q 0 2 t1
g
pm
e)
v 0sena
q 2 t1
2g
Guia de estudos
380 Física AULAS 47 e 48 Interação entre carga elétrica e campo magnético uniforme
3
CIÊNCIAS DA NATUREZA
NTE
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
FÍSICA
dgkp
hoto
grap
hy.co
m/Sh
utters
tock
.com
FRENTE 3
AULAS 37 e 38
Elemento Nturez Sinl d bsiss em que R é o raio de curvatura de cada face da lente.
Real p>0 Tipo de fe d lente Rio de urvtur
Objeto
Virtual p<0 Convexa R>0
Real p8 > 0 Côncava R<0
Imgem
Virtual p8 < 0 Plana R→∞
Convergente f>0
Lente
Divergente f<0
Exercícios de sala
1. Uerj 2018 Em função de suas características, uma lente convergente, ao ser exposta à luz do Sol, gera uma concen-
tração de luz a 60 cm do seu centro óptico, como ilustra a imagem.
Considere que um objeto é colocado a 180 cm do centro óptico dessa lente para que sua imagem seja projetada com
nitidez sobre uma tela.
Calcule a distância, em centímetros, em que a tela deve ser colocada, a partir do centro óptico da lente, para obten-
ção dessa imagem.
t1 t2 t3
microlente
Considere as armações:
I. O raio de curvatura da microlente aumenta com
tempos crescentes de aquecimento.
II. A distância focal da microlente diminui com tem-
pos crescentes de aquecimento.
III. Para os tempos de aquecimento apresentados na
figura, a microlente é convergente.
Está correto apenas o que se arma em
) I.
b) II.
) III.
Considerando que, nessa atividade, as dimensões
d) I e III.
das imagens nas fotograas deveriam ser 5 000 ve-
e) II e III.
zes menores do que as dimensões reais na superfície
da Terra e sabendo que as imagens dos objetos foto-
grafados se formaram a 20 cm da lente da câmera, a
altura h em que o balão se posicionou foi de
) m.
b) m.
) m.
d) m.
e) 4 m.
FRENTE 3
L E
I1 I2
30 cm 80 cm
fora de escala
b) Considere que o disco seja substituído por uma lente delgada, esférica e convergente, cujo eixo principal coincida
com a reta r. Sabendo que essa lente foi colocada em uma posição em que projeta, sobre a superfície da mesa, uma
imagem nítida da lâmpada quatro vezes menor que ela, calcule a distância focal da lente, em centímetros.
FRENTE 3
Guia de estudos
Física • Livro 2 • Frente 3 • Capítulo 9
I. Leia as páginas 337 e 338. III. Faça os exercícios propostos 43, 44, de 46 a 48, 52, 53 e 55 e os
II. Faça os exercícios 9 e 10 da seção “Revisando”. exercícios complementares 44, 45, de 47 a 52, 55 e 56.
Instrumentos ópticos
Instrumentos ópticos y Imagem virtual, invertida e aumentada.
y Os instrumentos ópticos auxiliam a visão humana y Aumento da imagem final promovido pelo microscó-
ampliando imagem de objetos muito pequenos ou pio composto:
aproximando imagens de objetos muito distantes por i2
Amic 5 A OC ? A OB 5
aumento do ângulo visual. A construção de grande parte o
deles envolve elementos refrativos, como lentes e pris-
mas. Alguns envolvem associações desses dispositivos.
Luneta astronômica
y Vergêni de uma associação entre duas lentes y Também conhecida como telescópio refrator simples,
delgadas: é composta de duas lentes convergentes (objetiva e
1 1 ocular) associadas de forma a promover aumento do
Veq 5 V1 1 V2 5 1
f1 f2 ângulo visual, causando a sensação de aproximação
de objetos distantes.
Lupa
y Composta de lente convergente simples que pro-
porciona aumento da imagem de objetos próximos. Objetiva Ocular
Também chamada de microscópio simples. PO∞
Lupa
Fob Foc
i1
i i2
o
FO C FI ep
o Fob Fob
o
Foc Foc
i1 Filme
F F fotográfico
i2 i
Exercícios de sala
1. afe-Sc 2017 Alguns instrumentos óticos são formados por lentes. O instrumento ótico formado por lentes objetiva
e ocular é:
FRENTE 3
) a lupa.
b) o microscópio.
) o retroprojetor.
d) o periscópio.
F2 F1 F4 F3
Com base nas informações acima e nos conceitos de Óptica, identique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguin-
tes armativas:
Para que a imagem formada pela objetiva tenha as características especificadas no enunciado, o objeto deve
estar a uma distância maior que cm dessa lente.
Supondo que o objeto esteja a uma distância de , cm da objetiva, a imagem formada por esta lente estará a
cm dela.
A imagem final formada por este microscópio é virtual, invertida e maior em relação ao objeto.
A imagem formada pela objetiva deve estar a uma distância maior que 4 cm da ocular.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
) V – F – F – V.
b) F – V – V – F.
) V – V – F – F.
d) F – F – V – V.
e) F – V – V – V.
3. UFF-RJ A utilização da luneta astronômica de Galileu auxiliou a construção de uma nova visão do Universo. Esse
instrumento óptico, composto por duas lentes – objetiva e ocular – está representado no esquema a seguir.
lente objetiva lente ocular
obje
to
infin no
ito
Focular Fobjetiva
F'ocular
Considere a observação de um objeto no innito por meio da luneta astronômica de Galileu. Nesse caso, as imagens
do objeto formadas pelas lentes objetiva e ocular são, respectivamente:
) real e direita; virtual e direita.
b) real e invertida; virtual e invertida.
) virtual e invertida; real e invertida.
d) virtual e direita; real e direita.
e) real e invertida; virtual e direita.
)
filme
FRENTE 3
d)
filme
Lente
Retina
Para se obter uma boa foto, é necessário que a ima- Objeto PR
gem do objeto seja formada exatamente sobre o lme
e o seu tamanho não deve exceder a área sensível do Neste caso, lentes corretivas são necessárias a m de
lme. Assim: que o indivíduo observe o objeto de forma nítida.
) Calcule a posição que o objeto deve ficar em re- Qual arranjo esquemático melhor descreve a correção
lação à lente. realizada por uma lente receitada por um oftalmolo-
gista no caso de um indivíduo míope?
)
Objeto Retina
PR Lente
b)
Objeto Retina
PR Lente
)
Objeto Retina
PR Lente
b) Sabendo-se que a altura máxima da imagem não
pode exceder a , mm, determine a altura má-
xima do objeto para que ele seja fotografado em d)
toda a sua extensão.
Objeto Retina
PR Lente
e)
Objeto Retina
PR Lente
retina
Objeto
P
imagem
p 5 25 cm
FRENTE 3
Guia de estudos
P28
m
P38 P18
y Associação de molas:
−A P3 P2 P1
1 1
P4 O (+) k eq 5 1 (em série)
k1 k2
k eq 5 k 1 1 k 2 (em paralelo)
P48
y Pêndulo simples:
Início do movimento da
sombra ou projeção de P L
T 5 2p
g
Ec
Ep
−A 0 +A x
Exercícios de sala
1. Enem PPL 2016 A corrida dos 100 m rasos é uma das 2. UFRGS A figura a seguir representa uma roda, provida
principais provas do atletismo e qualifica o homem de uma manivela, que gira em torno de um eixo horizon-
mais rápido do mundo. Um corredor de elite foi capaz tal, com velocidade angular w constante. Iluminando-se
de percorrer essa distância em 10 s, com 1 passadas. a roda com feixes paralelos de luz, sua sombra é projeta-
Ele iniciou a corrida com o pé direito. da sobre uma tela suspensa verticalmente. O movimento
O período de oscilação do pé direito desse corredor do ponto A' da sombra é o resultado da projeção, sobre
foi mais próximo de a tela, do movimento do ponto A da manivela.
) 1 s.
10
A'
b) 1
s.
1
) s.
2
A
d) s.
e) 4 s.
w
II. O movimento do ponto A' é um movimento har-
2p
mônico simples com período igual a .
w
III. O movimento do ponto A' é uma sequência de
movimentos retilíneos uniformes com período
p
igual a .
w
Quais estão corretas?
) Apenas I. d) Apenas I e II.
b) Apenas II. e) Apenas I e III.
) Apenas III.
ax – aref (m/s2)
IV. O período do movimento é s. 0,1
Estão corretas apenas as afirmativas 0
) I e II. –0,1
b) II e III.
–0,
) I e IV.
–0,
d) III e IV.
–0,
0 0
tempo (s)
A O B
A B
E
EM ) Hz
EP b) 3p Hz
) p Hz
15
d) Hz
EC p
0 x e) 15 Hz
Guia de estudos
Introdução à Ondulatória
y Pulsos são perturbações provocadas em um meio, Pulsos em cordas
material ou não, e que se propagam nesse meio.
y Pulsos e ondas propagando-se numa corda tensionada
y Pulsos sequenciais propagando-se num meio dão ori-
apresentam velocidade dada pela equção de Tylor:
gem a onds.
F
Pulso v5
m
Pulso incidente
Classificação de ondas
As ondas podem ser classificadas de diversas formas:
Quanto à natureza
y Onds meânis, como o som, propagam-se ape-
nas em meios materiais e nunca no vácuo.
y Onds eletromgnétis, como a luz, propagam-se
no vácuo e em diversos meios materiais, desde que
não opacos.
Pulso refletido
Quanto à distribuição da energia
y Unidimensionais, bidimensionais e tridimensionais.
a Da corda menos densa para a mais densa B Da corda mais densa para a menos densa
Pulso v1
incidente
m1 m2
v1 Pulso
m1 (J) m2 (J)
incidente
Pulso v2 v1 v2
refletido
y Da corda menos densa para a mais densa (figura A): reflexão com inversão de fase e refração com diminuição de
velocidade (v < v).
y Da corda mais densa para a menos densa (figura B): reflexão sem inversão de fase e refração com aumento de
velocidade (v > v).
y Em situações ideais, a energia transferida inicialmente ao pulso, no momento da perturbação, conserva-se.
Exercícios de sala
1. UFSM-RS 2014 O estetoscópio é um instrumento uti- 2. FcMMG 2017 Em ortopedia, o tratamento por ondas
lizado pelos médicos para escutar sons corporais e de choque pode ser prescrito para tratar de diversos
consiste de uma peça auscultadora, tubos condutores tipos de lesões. Especialmente indicado para proble-
de som e peças auriculares, que se adaptam ao canal mas nas inserções entre tendões e ossos, tais como
auditivo do médico. as tendinites. O dispositivo usado nesse tratamento
está mostrado na figura abaixo.
Peça
auricular
Tubos
Ar Tubo flexível metálicos
Membrana
4. Unifesp A figura representa um pulso se propagando b) Desenhe o perfil da corda no instante t = , s.
em uma corda.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
l = g/cm l = g/cm
Uma delas tem densidade linear de 1 g/cm e o restante do o tem densidade linear de 2 g/cm. Assinale o que for
orreto.
Quando um pulso transversal é gerado na parte menos densa, ele se propaga e, na junção, é totalmente refletido
sem ocorrer transmissão.
Se o pulso transversal é gerado na parte mais densa, ele se propaga e, na junção, é totalmente refletido sem
haver transmissão.
Um pulso transversal viajando no meio menos denso é refletido na junção com sua fase alterada.
Se um pulso transversal é gerado na parte mais densa, ele é refletido na junção sem ocorrer inversão de fase.
Independentemente do local (no fio) onde o pulso transversal é gerado, o pulso refratado não sofre inversão de fase.
Soma:
Guia de estudos
NTE
4
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
FÍSICA
italia
nest
ro/S
hutte
rstoc
k.co
m
FRENTE 4
AULAS 19 e 20
Semieixo
menor
solares seja desigual nos hemisférios ao longo do ano.
Periélio Semieixo Afélio
Inclinação Sol
do eixo maior
A Centro F2 B
Eixo de
rotação F1
Círc
ulo
Árt Polar Luz solar
ico
Tró
pico
de Esquema da órbita elíptica de um planeta em torno do Sol e indica-
Cân
cer ção dos eixos principais da elipse. (Elementos representados fora de
Equ escala. Cores fantasia.)
Tró ado
p ico r Plano da órbita terrestre
de
Cap
Círc ricó • Segunda lei (áreas): define que o vetor posição de
rnio
ul
Ant o Pola um planeta varre áreas iguais em tempos iguais.
árti r
co Os planetas se movem mais rápido quando estão
mais próximos do Sol e mais devagar quando es-
Perpendicular
tão mais afastados.
à órbita No afélio e no periélio, temos: vA ? rA 5 vP ? rP , em que
v é a velocidade orbital e r é o vetor posição.
Esquema com o hemisfério norte inclinado em direção ao Sol. Nessa
situação, é verão no hemisfério norte e inverno no hemisfério sul.
(Elementos representados fora de escala. Cores fantasia.)
Leis de Kepler
Com base em extensas observações, Kepler propôs
que as órbitas dos planetas em torno do Sol eram, na ver- Áreas iguais em intervalos de tempo iguais
dade, elípticas, e não circulares. Esse modelo descreveu
Esquema da segunda lei de Kepler. (Elementos representados fora
de maneira mais satisfatória o movimento orbital, e Kepler de escala. Cores fantasia.)
M RA
B
RB
Exercícios de sala
1. Enem Na linha de uma tradição antiga, o astrôno- 2. UFPE 2013 Um planeta realiza uma órbita elíptica com
mo grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese do uma estrela em um dos focos. Em dois meses, o seg-
gecentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro mento de reta que liga a estrela ao planeta varre uma
do Universo, sendo que o Sol, a Lua e os planetas área A no plano da órbita do planeta. Em 32 meses tal
girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria segmento varre uma área igual a aA. Qual o valor de a?
de Ptolomeu resolvia de modo razoável os proble-
mas astronômicos de sua época. Vários séculos
mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau
Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexatidões na
teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocen-
trismo, segundo a qual o Sol deveria ser considerado
o centro do Universo, com a Terra, a Lua e os pla-
netas girando circularmente em torno dele. Por fim,
o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler
(1571-1630), depois de estudar o planeta Marte por
cerca de 30 anos, verificou que a sua órbita é elíp-
tica. Esse resultado generalizou-se para os demais
planetas.
A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto FRENTE 4
afirmar que:
a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por
serem mais antigas e tradicionais.
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentris-
mo inspirado no contexto político do Rei Sol.
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesqui-
sa científica era livre e amplamente incentivada
pelas autoridades.
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às
necessidades de expansão econômica e científi-
ca da Alemanha.
e) Kepler apresentou uma teoria científica que, gra-
ças aos métodos aplicados, pôde ser testada e
generalizada.
A1
A2 C
Sol
B Estrela
Considerando válidas as leis de Kepler para o movimen- Nesse sentido, assinale a correta.
to planetário e sabendo que o período de translação do a) As leis de Kepler não se aplicam ao HD
planeta ao redor de sua estrela é igual a 20 meses ter- porque sua órbita não é circular como a da Terra.
restres, o intervalo de tempo para que ele percorra o b) As leis de Newton para a gravitação não se apli-
trecho CA, em meses terrestres, é igual a: cam ao HD porque sua órbita é muito
excêntrica.
a)
c) A força gravitacional entre o planeta HD e
b)
sua estrela é máxima quando ele está passando
c) 4
no afélio.
d)
d) O planeta HD possui um movimento ace-
e) 3
lerado quando se movimenta do afélio para o
periélio.
Guia de estudos
GMA
2
gA R2 M R FG N
5 A 5 A ? B O
gB GMB MB RA
2
RB
RT
Exercícios de sala
1. Unifesp Estima-se que o planeta Urano possua massa 1, vezes maior que a da Terra e que sua aceleração gravita-
cional na linha do Equador seja 0,9g, em que g é a aceleração gravitacional na linha do equador da Terra. Sendo RU
e RT os raios nas linhas do equador de Urano e da Terra, respectivamente, e desprezando os efeitos da rotação dos
R
planetas, U é:
RT
a) ,.
b) ,.
c) 4.
d) .
e) .
w
3. FICSAE-SP 2020 A NASA anunciou para 2026 o início
de uma missão muito esperada para explorar Titã, a maior
lua de Saturno: a missão Dragonfly. Titã é a única lua
do Sistema Solar que possui uma atmosfera significativa, RR
onde haveria condições teóricas de geração de formas
rudimentares de vida. Essa missão será realizada por um
drone porque a atmosfera de Titã é bastante densa, mais
do que a da Terra, e a gravidade é muito baixa, menor do
que a da nossa Lua.
(“NASA lançará drone para procurar sinais de vida na Lua Titã”.
www.inovacaotecnologica.com.br, 28.06.2019. Adaptado.). FRENTE 4
a) 0,1 rad/s.
Sejam mT e mL massas de Titã e da Lua, respec-
b) 0,3 rad/s.
tivamente, e dT e dL os diâmetros de Titã e da Lua,
c) 1 rad/s.
respectivamente.
d) 3 rad/s.
e) 10 rad/s.
fora de escala
Guia de estudos
Repare que, como a energia potencial gravitacional é EPG(inicial) 1 EC(inicial) 5 EPG(final) 1 EC(final) FRENTE 4
negativa (adotamos o referencial no infinito), quanto maior
a distância d entre os corpos, maior a energia potencial GMm mvE2 2GM
2 1 5 0 1 0 ~ vE 5
gravitacional, já que esse valor vai se aproximando de zero. R 2 R
Graficamente, temos:
EPG
Infinito Fim do campo
de atuação da
gravidade
terrestre
0 d vE
2GMm R
r
Energia potencial gravitacional em função da distância entre o centro
Objeto sendo lançado da superfície da Terra com velocidade de es-
de dois corpos esféricos.
cape (vE). (Elementos representados fora de escala. Cores fantasia.)
Centro de
massa (CM) Lua
Lua
do sistema nova
cheia
v2
Terra
M1
CM 2
Órbita
de M2
Quarto minguante
Exercícios de sala
1. Udesc Na figura a seguir, o sul-africano Mark Shuttleworth, que entrou para história como o segundo turista espacial,
depois do empresário norte-americano Dennis Tito, “flutua” a bordo da Estação Espacial Internacional que se encon-
tra em órbita baixa (entre 50 km e 60 km da Terra).
b) 2GM
P
R1H
c) GM
SA
R1H
FRENTE 4
Guia de estudos
Frente 1 Aulas 46 a 48
1. a) 0,6
Aulas 37 a 39 mA
b) 51
1. a) 20 m/s mB
b) 5 m/s
c) 20 kg
c) 4 m/s
d) 19,2 m Fm, B − A
d) = 1
e) 20 m/s Fm, A − B
2. a) vA
52 e) 200 N
vB
f) 22 J
b) vA = 12 m/s
2. a) 0,5 m/s
3. 300 N/m b) 0,5 m/s
4. a) 0,5 m 3. x 5 2
b) 0,1 m
4. a) 7 m/s, para a direita.
c) 4 m/s
b) 8 m/s, para a esquerda.
5. a) 20 m/s c) 72 J
b) 12,2 m
d) 272 J
6. a) P = 800 N; L0 = 20 m.
5. a) 0,2
b) k = 480 N/m
b) mgota à 30 mg e v à 2,57 mm/s.
Aulas 40 a 42 6. A
1. a) 110 N
b) 37 m/s Frente 2
c) 74 N
d) 5 m/s Aulas 37 a 40
e) 38 N 1. C 2. C 3. B
2. a) v C 5 gR 4. 1. Nada acontece.
b) h = 1,5R 2. O dielétrico provoca o aparecimento de cargas induzidas, que
c) vB 5 2 gR ; NB = 4,5mg. causam um campo elétrico contrário ao campo inicial, enfra-
quecendo-o.
3. C
5. B 6. C 7. D
4. 760 N/m
5. C
Aulas 41 a 44
6. B
1. B
Aulas 43 a 45 2. C
Gabarito 415
Aulas 47 e 48 Aulas 43 a 46
1. B 1. C
2. A 2. D
3. D 3. B
v8
4. a) 51
v 4. Soma: 02 1 04 1 08 5 14
m 5. C
b) Dt 5 u
qB rad 6. A
5. A 7. D
8. C
Frente 3 9. D
10. B
Aulas 37 e 38 11. Soma: 01 1 02 1 04 1 08 5 15
1. 90 cm 12. D
2. E
3. A Aulas 47 e 48
4. D
1. D
5. E
2. B
6. a) 9,0 cm
b) 32 cm 3. B
4. D
Aulas 39 a 42 5. a) 2 m/s
1. B 2. B 3. B b)
4. Soma: 01 1 02 1 32 5 35 1 2 3 4 5 6 7 8 9
5. B
6. a) 1,3 m
b) 90 cm
6. Soma: 04 1 08 1 16 5 28
7. B
8. A
9. a) 3,5 di
Frente 4
b) Lente convergente. Pois a presbiopia deve ser corrigida com
uma lente que forneça uma imagem virtual, direita e maior Aulas 19 e 20
que o objeto.
1. E
10. a) Divergente, V 5 23,00 di e
2. 16
f à 20,33 m.
b) I 3. B
4. D
5. 240 dias.
II 2. E
3. C
4. B
5. B
Objeto Lente Olho míope
distante com imagem 6. B
corrigida
11. a) Aulas 23 e 24
Objeto
Imagem 1. A
Olho 2. B
3. D
b) Lente convergente; refração.
c) 3 di (f à 33,3 cm) 4. C
12. A 5. C
NTE
1
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
QUÍMICA
Pow
erUp
/Shu
tters
tock
.com
FRENTE 1
AULAS 37 e 38
FRENTE 1
O CH3 H3C OH
b) H3C e
O O
O CH3 OH
H3C H3C
) e
O O 5. Ene 2018 As abelhas utilizam a sinalização química
para distinguir a abelha-rainha de uma operária, sendo
capazes de reconhecer diferenças entre moléculas. A
CH3 OH
H3C O H3C rainha produz o sinalizador químico conhecido como
d) e ácido 9-hidroxidec-2-enoico, enquanto as abelhas-
O O
-operárias produzem ácido 10-hidroxidec-2-enoico. Nós
podemos distinguir as abelhas-operárias e rainhas por
O CH3 HO sua aparência, mas, entre si, elas usam essa sinalização
H3C CH3
e) e química para perceber a diferença. Pode-se dizer que
O O veem por meio da química.
LE COUTEUR, R; BURRESON, J. Os botões de Napoleão: as 17 moléculas
que mudaram a história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006 (adaptado).
Guia de estudos
Isomeria espacial I
Isomeria espacial ou estereoisomeria O caso mais importante de moléculas assimétricas
ocorre quando elas possuem, em sua estrutura, pelo me-
Isômeros espaciais ou esteroisômeros são os que
nos um átomo de carbono quiral ou assimétrico.
apresentam a mesma conectividade entre os átomos, mas
diferem na disposição espacial destes na molécula. – crbono qrl o ssétro
– isoer geoétr É um carbono que apresenta quatro ligantes dife-
Isômeros geométricos são diastereoisômeros que rentes entre si.
se diferem na disposição geométrica dos grupos
ligados a carbonos que não podem girar indepen-
OH
dentes um do outro. O
*
CL CL CL H H3C C C
C C C C OH
H
H H H CL
cis-1,2-dicloroeteno trans-1,2-dicloroeteno
– Lz polrzd
É um conjunto de ondas eletromagnéticas que,
A isomeria geométrica pode ocorrer em compostos de
após atravessar um filtro polarizador, vibra em um
cadeia aberta e de cadeia fechada.
único plano.
– Compostos de cadeia aberta:
Devem apresentar pelo menos uma ligação dupla
entre carbonos; os ligantes de cada carbono da
ligação dupla devem ser diferentes entre si. Luz comum
A D Luz polarizada
C C
A C C D
Exercícios de sala
1. uerj 2017 O ácido linoleico, essencial à dieta humana, apresenta a seguinte fórmula estrutural espacial:
OH
Como é possível observar, as ligações duplas presentes nos átomos de carbono 9 e 12 afetam o formato espacial da
molécula. As conformações espaciais nessas ligações duplas são denominadas, respectivamente:
) cis e cis b) cis e trans ) trans e cis d) trans e trans
Átomos:
Hidrogênio
Carbono
365 nm Nitrogênio
420 nm
FRENTE 1
salbutamol
Mentol Limoneno CitronelaI
terbutalina
Guia de estudos
FRENTE 1
Isomeria espacial II
Moléculas com dois carbonos quirais Moléculas com dois carbonos quirais
diferentes iguais
Quando uma molécula tem dois carbonos quirais iguais,
um dos isômeros possuirá plano de simetria (isômero meso)
O OH O OH
e não desviará a luz polarizada (inativo por compensação
C C
interna).
Pr de H C* NH2 H2N C* H
Enntôeros OH OH
H C *
OH HO C *
H O O
CH3 CH3 C C* C* C
Vlor do
1 9° 2 9°
desvo
Características dos isômeros dextrogiro e levogiro da treonina.
O OH O OH
C C
O OH O OH
Pr de H C* OH HO C* H
C C
Enntôeros
Pr de C* HO C* H H C* OH
H2N C* H H NH2
Enntôeros
H C* OH HO C* H C C
O OH O OH
CH3 CH3
Tpo dextrogiro levogiro
Tpo dextrogiro levogiro
Vlor do
1 12° 2 12°
Vlor do desvo
1 27° 2 27°
desvo
Características dos isômeros dextrogiro e levogiro do ácido tartárico.
Características dos isômeros dextrogiro e levogiro da treonina.
O OH
Quando uma molécula tem vários carbonos quirais di-
ferentes, podemos calcular o número de isômeros ópticos C
ativos pela regra de Van’t Hoff.
HO C* H
n
Número de isômeros opticamente ativos 5 (em que Plano de simetria
HO C* H
n é o número de carbonos quirais diferentes).
C
O número de misturas racêmicas é sempre a metade
do número de isômeros ópticos ativos, que pode ser cal- O OH
n
culado pela seguinte fórmula: 2 ou n2. Isômero meso
2
O O
(1S, 2S)-pseudoefedrina
HO OH
O número possível de isômeros espaciais opticamen-
NH2
te ativos para a pseudoefedrina é
) .
b) . A partir da estrutura apresentada, as funções or-
) 3. gânicas que podem ser observadas e o número de
d) . isômeros opticamente ativos para o referido compos-
e) 6. to são, respectivamente:
) ácido carboxílico, amina e dois.
b) álcool, cetona, amina e oito.
) ácido carboxílico, amida e quatro.
d) ácido carboxílico, amina e quatro.
e) álcool, cetona, amida e dois.
FRENTE 1
H O OH O O
O N H3C
CH3 O OH OH
O O O
Ar
OH OH OH
Indique o tipo de isomeria plana que ocorre entre a leucina e a isoleucina e identique o aminoácido que possui
quatro isômeros opticamente ativos.
Guia de estudos
FRENTE 1
Reações de substituição I
Tipos de ruptura das ligações CL
H SO3H
H2SO4 NO2
1 H2SO4 1 H2O
Nitração do fenol.
Sulfonação do benzeno.
Grupos meta dirigentes
Etapa inicial (quebra heterolítica):
H3C 2 CL 1 ALCL3 ñ H3C1 1 ALCL 42 Ntro −NO2
Reação global:
Slfôno −SO3H
crboxl −COOH
H CH3
aldedo −CHO
ALCL3
1 H3C CL 1 HCL crbonl −CO−
Ntrl −CN
Alquilação de Friedel-Crafts. Éster −COOR
Etapa inicial (quebra heterolítica): Principais grupos meta dirigentes.
O NO2 NO2
H3C C 1 ALCL3 → H3C C1 O 1 ALCL 42
CL
ALCL3
1 CL2 1 HCL
Reação global: CL
Monocloração do nitrobenzeno.
O
H
O
C Substituição do halogênio em
1 H3C C
ALCL3 CH3
1 HCL haletos orgânicos
CL Os haletos podem ser substituídos por hidroxila, em
Acilação de Friedel-Crafts.
uma reação de substituição nucleofílica.
CL OH
Dirigência na substituição em H2O
H3C CH CH3 1 NaOH H3C CH CH3 1 NaCL
aromáticos
Substituição do cloro por uma hidroxila.
Ao realizar uma segunda substituição no aromático,
verifica-se, experimentalmente, que o primeiro grupo ligado
ao anel influencia, de maneira direta, a posição (orto, meta Substituição da hidroxila em álcoois
ou para) em que ocorrerá a segunda substituição e, por A reação de um álcool com um ácido halogenídrico
essa razão, é chamado de grupo dirigente. (HCL, HBr ou HI), sob aquecimento, leva a um processo
de substituição da hidroxila do álcool por um halogênio,
Grupos orto e para dirigentes formando o haleto correspondente.
− NH2, − NH − R, R N R OH CL
an D
R H3C CH CH3 1 HCL H3C CH CH3 1 H2O
Substituição da hidroxila pelo cloro.
Hdróx −OH
Grpos lql −CH3, −CH2−CH3, ... Outro exemplo de substituição de hidroxila é o caso da
desdrtção nterolelr de áloos.
Grpos rl H2SO4
H3C CH2 OH + HO CH2 CH3
140 °C
Hlogênos −CL, −Br, −I H2SO4
H3C CH2 O CH2 CH3 + H2O
alóx −O−R 140 °C
FRENTE 1
2. uern 2015 A reação de substituição entre o gás cloro 4. Ene Lbrs 2017 O trinitrotolueno (TNT) é um pode-
e o propano, em presença de luz ultravioleta, resulta roso explosivo obtido a partir da reação de nitração
como produto principal o composto: do tolueno, como esquematizado.
) -cloropropeno.
b) -cloropropano.
) -cloropropano.
d) -cloropropeno.
D
II. H25C12 + H2SO4 H25C12 SO3H + H2O
Guia de estudos
FRENTE 1
Reações de substituição II
Reação de esterificação O
O
H1
O Hidrólise do éster catalisada por
H3C C 1 HO CH3 H3C C
OH O CH3
1 H2O
ácidos
Ésteres podem ser convertidos em ácidos carboxíli-
Formação do etanoato de metila.
cos em uma reação com água catalisada por ácido. Esse
Existem outros métodos de preparação de ésteres que processo é chamado de hdrólse ád e é exatamente o
não formam equilíbrio químico como na esterificação de inverso da reação de esterificação de Fischer.
Fischer, mas ocorrem por mecanismos semelhantes.
É possível preparar um éster a partir da reação entre O O
H1
um anidrido de ácido e um álcool ou fenol. R C 1 H2O R C 1 HO R’
O R’ OH
Água Álcool
O O Éster Ácido carboxílico
Hidrólise ácida do éster.
C C 1 HO CH2 CH3
H3C O CH3
Anidrido acético Etanol O O
H1
H3C C 1 H2O H3C C 1 HO CH3
O O O CH3 OH
Hidrólise ácida do etanoato de metila.
C 1 C
H 3C O CH2 CH3 HO CH3
Exercícios de sala
1. FcmmG 2017 No livro Tio Tungstênio, de Oliver Sacks, 2. Ene 2012 A própolis é um produto natural conhecido
lê-se “Tínhamos uma pereira no quintal, e minha mãe por suas propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes.
fazia um néctar de pera bem consistente, no qual o aro- Esse material contém mais de 200 compostos identi-
ma da fruta parecia mais intenso. Mas li que o aroma de ficados até o momento. Dentre eles, alguns são de
pera também pode ser produzido artificialmente (como estrutura simples, como é o caso do CH5CO2CH2CH,
nas balas de pera), sem usar as frutas. Bastava come- cuja estrutura está mostrada a seguir.
çar um dos álcoois – etila, metila, amila ou outro – e
destilá-lo com ácido acético para formar o éster corres- O
pondente. Surpreendi-me quando soube que algo tão C
simples como o acetato de etila podia ser responsável O CH2CH3
pelo complexo e delicioso aroma das peras”.
A fórmula da substância responsável pelo aroma de
pera e os reagentes que a produziram são: O ácido carboxílico e o álcool capazes de produzir o
) CHCOOCH – CHCOOH – CHCHOH éster em apreço por meio da reação de estericação
b) HCOOCH – HCOOH – CHCHOH são, respectivamente,
) CHCOOCH – CHCOOH – CHOH ) ácido benzoico e etanol.
d) HCOOCH – HCOOH – CHOH b) ácido propanoico e hexanol.
) ácido fenilacético e metanol.
d) ácido propiônico e cicloexanol.
e) ácido acético e álcool benzílico.
FRENTE 1
Lactona
4. Fvest-SP 2018 Pequenas mudanças na estrutura mole-
cular das substâncias podem produzir grandes mudanças ) Desenhe a estrutura química em grafia bastão do
em seu odor. São apresentadas as fórmulas estruturais de produto da reação.
dois compostos utilizados para preparar aromatizantes b) Quais são os nomes das funções presentes no
empregados na indústria de alimentos. produto?
) Forneça o nome do produto segundo as regras
O
da IUPAC.
HO OH
Guia de estudos
NTE
2
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
QUÍMICA
Nata
lielm
e/Sh
utters
tock
.com
FRENTE 2
AULAS 37 a 40
C A VA 1 CB VB WA VA 1 WB VB
C5 W5
VA 1 VB VA 1 VB
adição
Bureta
As soluções concentrada e diluída podem ser relacio-
nadas matematicamente das seguintes formas: 10
CV 5 C’V’ M V 5 M ’V’ t M 5 t’ M’ 20
30
Suporte
com haste
CA, MA, VA CB, MB, VB
C, M, V
b M A VA 5 a M BV B
Solução
final
Limpeza 6,0
FRENTE 2
b) calcule a quantidade de hidróxido de sódio (em mol) contida nos mL de solução usada para a titulação do
ácido.
FRENTE 2
Guia de estudos
Propriedades coligativas I
Definição Se v 5 v, o sistema está em equilíbrio e atinge-se a
pressão máxima de vapor (PMV).
São propriedades que dependem apenas do número
de partículas do soluto dissolvidas em solução e inde-
pendem da natureza das partículas. PMV depende {da temperatura
da natureza do líquido
volatilidade PMV Te
P
H2O
1 1 mol de C6H12O6 T
2 1 mol de C12H22O11
H 2O Na ebulição: PMV 5 Patm
3 1 mol de Na1CL2 (Na1CL2 (s) Na1(aq) 1 CL2(aq))
Solução Solução
Nesse caso, (efeito coligativo) 5 (efeito coligativo) e Solvente 1 mol/L 2 mol/L
P
(efeito coligativo) 5 (efeito coligativo) , .
P0
Propriedades coligativas
P
↑ no de ⎧ ↓ pressão máxima de vapor: tonoscopia.
partículas do ⎪ ↑ temperatura de ebulição: ebulioscopia.
⎨
soluto não ⎪ ↓ temperatura de congelamento: crioscopia. T
volátil ⎩ ↑ pressão osmótica: osmoscopia. Três concentrações diferentes.
H2O(v)
v1 v2 v1 v2 v1 v2 v1 v2 v1 v2
Lei de Raoult
DP DP
5 X 1 ou 5 KT W,
H2O() P0 P0
M
em que KT 5 2 (constante tonoscópica)
1 000
n-hexano 69 0,66
Butan-2-ol 90
Hexan-3-ol 95
Água 60
760
100
Temperatura (°C)
FRENTE 2
Guia de estudos
Propriedades coligativas II
Ebulioscopia
Solução Solução *Ebulição: PMV 5 Patm
Solvente 1 mol/L 2 mol/L
P DTe 5 t 2 t (aumento da temperatura de início de ebulição)
Patm
Le de Rolt
DTe
DTe 5 Ke ? W
cte ebulioscópica
t0 t1 t2 T
Crioscopia
Solução Solução
Solvente 1 mol/L 2 mol/L
P DTc 5 t 2 t (abaixamento da temperatura de início de
congelamento)
Patm
Le de Rolt
DTc
DTc 5 Kc ? W
cte crioscópica
t2 t1 t0 T
Osmoscopia
Osmose é a passagem de solvente através de uma membrana semipermeável do meio hipotônico (menos con-
centrado) para o meio hipertônico (mais concentrado).
Meio Meio
hipotônico Solvente hipertônico
Membrana
semipermeável
p 5 MRT
FRENTE 2
Guia de estudos
Exercícios de sala
1. udes 2018 Um aluno de química encontrou 5 frascos 2. uee 2016 O soro fisiológico e a lágrima são soluções
na bancada do laboratório. Os frascos seriam utilizados de cloreto de sódio a 0,9% em água, sendo isotônicos
em um experimento sobre propriedades coligativas e em relação às hemácias e a outros líquidos do organis-
apresentam descrições de acordo com a tabela abaixo: mo. Considerando a densidade absoluta da solução
1 g/mL a 2 °C, a pressão osmótica do soro fisiológico
será aproximadamente
Frso identfção
Guia de estudos
Oxirredução
Regras para cálculo do Nox Vii. 7A ñ 2 1
i. A ñ 1 6A ñ 22 para átomos não ligados diretamente
5A ñ 2 3 ao oxigênio ou ao flúor
ii. A ñ 1
iii. AL, Bi ñ 1
iV. Zn, Cd ñ 1 Viii. O Nox dos átomos em uma substância simples
vale zero.
+1 (ligado a ametais) iX. A soma dos Nox dos átomos em uma molécula
V. H
−1 (ligado a metais) vale zero.
X. A soma dos Nox em um íon é a carga do íon.
−2
Vi. O − 1 (peróxidos)
1
− (superóxidos)
2
Exercícios de sala
1. Puc-cpns 2017 Cloreto de sódio, um composto 2. Puc-mns 2015 Numere a segunda coluna de acordo
iônico, é o principal componente do sal de cozinha, com a primeira, relacionando o elemento sublinhado
sendo retirado da água do mar. Já o sódio metálico com seu número de oxidação (Nox).
não existe na natureza e, para obtê-lo, pode-se rea- 1. AL2S3 21
lizar a eletrólise ígnea do cloreto de sódio. Sabendo 2. K2S 0
que o elemento sódio pertence ao grupo 1 da Tabela 3. SrCL2 11
Periódica, quando se realiza a eletrólise ígnea para . KF 12
obtenção do sódio metálico, o número de oxidação 5. O3 13
desse elemento varia de A sequência correta encontrada é:
) para 2.
) 4––––
b) 2 para .
b) 4––––
) 2 para 1.
) –––4–
d) para 1.
d) ––––4
e) 1 para .
FRENTE 2
Os termos sublinhados no texto, densidade, aço inoxidável e dióxido de titânio, são, respectivamente,
) uma propriedade física, uma mistura heterogênea e um composto em que o titânio tem número de oxidação 1.
b) uma propriedade química, uma mistura homogênea e um composto em que o titânio tem número de oxidação 1.
) uma propriedade física, uma mistura homogênea e um composto em que o titânio tem número de oxidação 14.
d) uma propriedade química, uma mistura heterogênea e um composto em que o titânio tem número de oxidação 1.
e) uma propriedade física, uma mistura heterogênea e um composto em que o titânio tem número de oxidação 14.
Guia de estudos
NTE
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
QUÍMICA
koya
9
79/S
hutt
ersto
ck.c
om
FRENTE 3
AULAS 37 a 39
2º) HF/H2F
HCL 1H2O H3O1 1CL 2
Observções:
HNO3 1H2O H3O1 1NO2
3
1. ò Força do ácido ~ ô Força da base conjugada
2. H2O é um composto anfótero
Base
Composto iônico que, em solução aquosa, dissocia-se, Lewis
liberando o ânion OH– (hidroxila, ou oxidrila). Exemplo: ɒ Ádo: espécie receptora do par eletrônico.
H2O
ɒ Bse: espécie fornecedora do par eletrônico.
NaOH Na1 1OH2
H2O H F H F
Ba(OH)2 Ba21 12 OH2
H N 1 B H N B F
H F F H F
Exeção: NH4OH (NH(aq)) é uma base molecular de
Base Ácido
Arrhenius. Portanto, em água, libera OH – por ionização.
Conceitos modernos CL CL
Bronsted-Lowry B 1 CL2
B
ɒ Ádo: espécie doadora de prótons (H1). CL CL CL CL
ɒ Bse: espécie receptora de prótons (H1). CL
Ácido Base
H1 H1
HC L + H 2O H 3O 1 + CL −
ácido base ácido base
Relação de abrangência entre as
três teorias
1º) HC /C2
Pares de ácido-base conjugados: 1
2º) H2O/H3O
H1 H1 Arrhenius
NH3 1 H2O ←
→ NH 4+ 1 OH −
base ácido ácido base
Bronsted-Lowry
1 H3PO4 IV
1 H2O V
Guia de estudos
Hidrólise de sais
A reação de hidrólise é dada pela equação: ɒ Sal de ácido forte e base fraca:
Hidrólise
Sal 1 H2O Ácido 1 Base NH14 (aq) 1H2O(L ) ←
→ NH OH(aq)1 H1(aq)
Neutralização 4
Exercícios de sala
1. cesgrnro-RJ Dadas as substâncias NaHCO, HC–COOH, BF, HCLO e Cu, é correto afirmar que:
) NaHCO3 é um sal de solução básica.
b) H3C–COOH é uma base de Arrhenius, pois libera OH– em água.
) BF3 é uma base de Bronsted-Lowry, pois o boro tem par eletrônico disponível.
d) HCLO é uma base cuja nomenclatura é hidróxido de cloro.
e) Cu reage com HCL diluído produzindo um sal de solução básica.
FRENTE 3
FRENTE 3
FRENTE 3
Guia de estudos
Produto de solubilidade
Os equilíbrios heterogêneos tratam dos equilíbrios en- 2o caso: cátions e ânions são
tre soluções saturadas e seus respectivos corpos de fundo.
misturados a partir de soluções
distintas
V1 Nesse caso, não há garantia da proporção estequio-
CxAy(s) x Cy1(aq) 1 y Ax2(aq) métrica entre cátions e ânions.
V2
Início:
Kps 5 [Cy1]x [Ax2]y
Cy aq Ax aq
Equilíbrio: xS yS
Exercícios de sala
1. unfesp Um composto iônico, a partir da concentração de sua solução aquosa saturada, a 5 °C, pode ser classifica-
do de acordo com a figura, quanto à solubilidade em água.
Um litro de solução aquosa saturada de PbSO (massa molar 0 g/mol), a 5 °C, contém 5,5 mg de soluto. O pro-
duto de solubilidade do CaCrO a 5 °C é 6,5 ? 02. Quanto à solubilidade em água a 5 °C, os compostos PbSO
e CaCrO podem ser classicados, respectivamente, como
) insolúvel e ligeiramente solúvel. d) ligeiramente solúvel e insolúvel.
b) insolúvel e solúvel. e) ligeiramente solúvel e solúvel.
) insolúvel e insolúvel.
FRENTE 3
FRENTE 3
Guia de estudos
NTE
4
E SUAS TECNOLOGIAS
FRE
QUÍMICA
biD
aa
la
stu
dio
/S
hu
tte
rst
oc
k.c
om
FRENTE 4
AULAS 19 e 20
Reações inorgânicas I
As reações químicas ocorrem no sentido de aumentar Reações de simples troca catiônica
a estabilidade do sistema. São classificadas em:
ɒ síntese; A 1 BC AC 1 B
ɒ análise;
ɒ simples troca; A deve ser mais reativo que B para que ocorra a reação.
ɒ dupla-troca. Fila de reatividade dos metais:
Nestas aulas, estudaremos as reações de síntese, de
Cs K Ba Ca Na Mg AL Zn Fe Sn Pb H Cu Hg Ag Pt Au
análise e de simples troca.
Metais comuns Metais nobres
Reações de síntese (adição, ou formação)
São reações em que se parte de duas ou mais subs- Reatividade crescente
tâncias para a formação de uma única.
Observção: Em geral:
A1B1... → P ɒ metal comum 1 ácido ñ sal 1 H2
Reagentes Produto único
ɒ metal nobre 1 ácido ñ não reage
ɒ Mg 1 1 O ñ MgO
2 Casos especiais
ɒ C 1 O ñ CO
Cu 1 2 H2SO4 D
CuSO4 1 2 H2O 1 SO2
ɒ NH3 1 HO ñ NH4OH
ɒ CaO 1 HO ñ Ca(OH) Ag 1 2 HNO3 D
AgNO3 1 H2O 1 NO2
São reações em que se parte de um único reagente Au 1 HNO3 1 3 HCL AuCL3 1 2 H2O 1 NO
para a formação de dois ou mais produtos. Água-régia
ɒ KCLO3 KCL 1 3 O
ɒ CaCO3 ñ CaO 1 CO Reações de simples troca aniônica
ɒ < HCO3 > ñ HO 1 CO
A 1 BC BA 1 C
ɒ < HSO3 > ñ HO 1 SO
A deve ser mais reativo que C para que ocorra a reação.
Reações de simples troca, ou deslocamento Fila de reatividade dos ametais:
FRENTE 4
Guia de estudos
Reações inorgânicas II
Reações de dupla-troca Ânon Solbldde Exeções
São reações em que o cátion de uma substância
une-se ao ânion da outra e vice-versa. Não são reações CHCOO2, CLO 32, NO 32 solúveis —
de oxirredução.
CL2, Br2, I2 solúveis Ag1, Hg21, Pb21
AB 1 CD ñ AD 1 CB
SO22 solúveis Ca21, Sr21, Ba21, Pb21
Exercícios de sala
1. Fvest-SP Para realizar um experimento, em que é Com essa aparelhagem:
produzido CO2 pela reação de um carbonato com áci- i. não será adequado usar carbonatos solúveis em
do clorídrico, foi sugerida a aparelhagem da figura a água.
seguir. ii. o experimento não funcionará porque o ácido clo-
rídrico deve ser adicionado diretamente sobre o
carbonato.
Suporte iii. parte do CO desprendido ficará dissolvido na água.
iV. o gás recolhido conterá vapor-d’água. FRENTE 4
Dessas armações, são corretas, apenas:
Ácido ) I, II e III.
clorídrico b) I, III e IV.
) II e IV.
Água
d) II e III.
e) III e IV.
Carbonato
Guia de estudos
Polímeros de adição
São polímeros formados por sucessivas reações de
n H2C CH H2C CH
adição. Os monômeros utilizados na produção desses
polímeros apresentam pelo menos uma instauração na O O
cadeia. C O C O
CH3 CH3 CN CN
n n
Propileno Polipropileno (PP) Acrilonitrila Poliacrilonitrila
Polipropileno (PP). Poliacrilonitrila (lã sintética).
CH3 CH3
n H2C CH H2C CH
n H2C C H2C C
Cl Cl
n
C O C O
Cloreto de Policloreto de vinila
vinila (PVC) O O
Policloreto de vinila (PVC).
CH3 CH3
n
Metilmetacrilato Polimetilmetacrilato
n H2C CH H2C CH
de metila de metila (acrílico)
Polimetilmetacrilato de metila (acrílico).
F F F F CH3 CH3
n n
Tetrafluoretileno Teflon ou Metilbuta-1,3-dieno Borracha natural
politetrafluoretileno (isopreno)
Politetrafluoretileno (teflon). Borracha natural.
n CH3 S CH3 S
Buna S ou SBR H2C C CH CH2 CH2 C CH CH2
(borracha sintética)
Borracha sintética (Buna S ou SBR). Enxofre S S
Aquecimento S S
CH3 S CH3 S
Borracha vulcanizada
Vulcanização da borracha.
Exercícios de sala
1. unp-SP 2018 Mais de 2 000 plantas produzem látex, a partir do qual se produz a borracha natural. A Hevea
brasiliensis (seringueira) é a mais importante fonte comercial desse látex. O látex da Hevea brasiliensis consiste em
um polímero do cis-1,-isopreno, fórmula C5H, com uma massa molecular média de 1 10 kDa (quilodaltons).
De acordo com essas informações, a seringueira produz um polímero que tem em média
FRENTE 4
Polímeros podem ser produzidos pela polimerização de compostos insaturados (monômeros) como exemplicado
para o polipropileno (um homopolímero):
n
n
Os monômeros que podem ser utilizados para preparar o copolímero do tipo EPDM, cuja fórmula estrutural foi
apresentada, são
)
b)
)
d)
e)
Guia de estudos
CH H2C CH2
e
H2C CH2 H2C CH2 OH
terbutalina
(metil-ciclopropano) (ciclobutano)
(C4H8) (C4H8) O salbutamol tem três carbonos terciários:
OH H
3. E I
4. Os dois cresóis presentes em menor proporção (orto e meta) N
HO
são representados a seguir:
OH OH HO
C CH3 C salbutamol
HC C HC CH
A terbutalina tem dois isômeros ópticos devido à presença de um
HC CH HC C carbono quiral.
CH CH CH3
OH H
I
Os isômeros de função dos cresóis 2 éter e álcool 2 são repre- HO N
sentados da seguinte forma: *
CH3 OH OH
O H2C
terbutalina
C C
HC CH HC CH
HC CH HC CH Aulas 41 e 42
CH CH
1. D
2. A
5. A
3. B
4. a) A função orgânica comum é ácido carboxílico. A aspirina é clas-
Aulas 39 e 40 sificada como aromática, pois apresenta núcleo benzênico.
1. A b) A alanina apresenta um carbono quiral, ou assimétrico. A vitami-
na A apresenta menor solubilidade em água, pois sua estrutura
2. B
apresenta uma cadeia carbônica predominantemente apolar.
3. E
5. O tipo de isomeria plana que ocorre entre a leucina e a isoleucina
4. a) 6 átomos de carbono e 13 átomos de hidrogênio. é de posição, uma vez que as estruturas se diferem na posição
b) O carbono circulado é terciário e o indicado por um asterisco do grupo CH3.
é um carbono quiral. O aminoácido com quatro isômeros opticamente ativos é a isoleucina,
devido à presença de dois carbonos quirais.
O O
* OH *
* OH
NH2 NH2
Gabarito 477
Aulas 43 a 45 4. E
1. A 5. C
2. B 6. A
3. D
4. C Aulas 41 e 42
5. D 1. D
2. Composto A: n-hexano
Composto B: isopropanol
Aulas 46 a 48 Composto C: n-octano
1. A Composto D: tetracloreto de carbono
2. A 3. a) O álcool mais volátil é o butan-2-ol, pois tem maior pressão
3. B de vapor.
Butan-2-ol
4. a)
O
100
Temperatura (°C)
O
Éster com odor b) O butan-2-ol tem cadeia de quatro carbonos, enquanto o
de abacaxi hexan-3-ol tem cadeia com seis átomos de carbono. Desse
modo, as interações intermoleculares são menores no bu-
tan-2-ol, fazendo com que suas moléculas interajam menos,
b) diminuindo sua temperatura de ebulição.
O 4. MM1 5 342 u
+ H 2O
O Aulas 43 e 44
O 1. D
2. B
+ HO
OH 3. D
Álcool 4. D
Odor de isoamílico
vinagre
Aulas 45 e 46
5. a) Teremos a seguinte reação:
1. D
O 2. C
O
3. D
O Ácido 4. C
+ H OH HO OH
Frente 2
CO O 5 (2−) e C 5 (31)
Carga 11
Aulas 37 a 40 O
1. A Carga 22
2. D
3. a) Reação química: CH3 H 5 (11) e C 5 (2−)
HCL(aq) 1 NaOH(aq) ñ NaCL(aq) 1 H2O(L) Carga 11
b) n 5 0,006 mol de NaOH
c) M(antes) 5 3,00 mol ? L21 (no frasco original)
Gabarito 479
Anotações