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Podcast
Disciplina: Negociação e Gestão de Conflitos
Título do tema: Princípios e técnicas da gestão
de conflitos.
Autoria: Sofia Lara Todão Szenczi
Leitura crítica: Larissa Maria Palacio dos Santos

Abertura:

Olá querido Aluno! Neste podcast falaremos sobre a “Gestão de Conflitos”.


Seja em nosso cotidiano ou em meio a uma grande batalha, gerir conflitos
definitivamente não se trata de uma tarefa fácil, sendo necessário preparo,
inclusive do mediador, que atua como um facilitador do entendimento entre as
partes em conflito. Gerir um conflito muitas vezes se assemelha a procurar uma
agulha no palheiro, mas nunca devemos perder a ética ou até mesmo, utilizar
estratégias que possam prejudicar severamente um dos lados.
Trouxe então dois livros que não podem ficar de fora em tal assunto, sendo
eles: Como Chegar ao sim com você mesmo (William Ury) e Negociando o
Inegociável de Daniel Saphiro, ambos professores de Harvard.
Em como chegar ao sim com você mesmo, Ury se baseia em valores, dividindo
o livro em 3 Sim’s: Sim para si mesmo, sim para a vida e sim para os outros.
Em sim para si mesmo estão dois pontos: o primeiro consiste em colocar-se no
seu lugar, tendo a consciência de seus valores e de quem você é
verdadeiramente e o segundo, desenvolva seu Batna interior que traz clareza
em relação ao seu ponto inicial de negociação e quais valores você não abre
mão, elucidando a relação intrapessoal.
No sim para a vida, estão o terceiro e quarto ponto que sucessivamente
consiste em reenquadrar o panorama e manter-se no presente, ajeitar as velas,
mas conhecer sua realidade são as traduções claras de tais pontos.
O sim para os outros traz o quinto e sexto ponto, que se trata de relações
interpessoais, tendo como máximas, respeitar os outros e saber dar e receber,
sucessivamente. Podemos perceber que as relações interpessoais e
intrapessoais caminham de mãos dadas, complementando-se constantemente.
Daniel Saphiro, em Negociando o Inegociável – Como resolver conflitos que
parecem impossíveis, com sua experiência em resolução de importantes
conflitos, inclusive atuando junto a Onu, traz questionamentos como: O que
você não negocia? Quais são os limites da negociação? O que é sua
identidade? Sua identidade é negociável? E como conciliar as relações?
O autor acredita que na gestão de conflitos é importante ser racional, mas
devemos acolher as emoções e tratá-las com seriedade, pois quando os
conflitos possuem grandes cargas emocionais, a racionalidade não é suficiente
e as pessoas acabam negociando de maneira irracional. E então, como
devemos realizar a gestão de conflitos?
Primeiramente, devemos compreender o papel da emoção e da identidade,
como elas nos afetam e como nós as afetamos, para que assim a mudança
possa ocorrer.
O autor traz 5 pontos que são instigadores de mentalidade que acabam
instigando conflitos, sendo eles: a vertigem, a compulsão a repetição, o tabu, o
ataque ao sagrado e a política de identidade.
A vertigem, segundo ele é um processo que entramos rapidamente, se não
tivermos clareza do motivo do conflito e em Agilidade emocional, a autora
Susan David, chama tal situação de tagarela emocional, que resgata pontos
internos que intensificam a discussão, dando rumos que fogem ao controle, a
vertigem consome e faz com que percamos a noção de tempo e espaço.
Nós seres humanos repetimos padrões de comportamentos disfuncionais de
novo e de novo, independente do sistema em que estejamos inseridos, e
sabendo ou esperando as atitudes do outro, acabando esperando as palavras
armados, pois acabamos querendo prever as atitudes do outro, sendo uma
compulsão à repetição, que infelizmente pode virar parte da nossa identidade.
O tabu conhecemos muito bem. Pense: qual assunto você não pode tocar em
sua casa, que já se torna motivo de discussão? Ou aquele parente antigo que
não pode ter seu nome citado na hora de jantar. O filme: Viva – A vida é uma
festa elucida claramente tal conceito, vale realmente a pena conferir.
Sabemos que todo grupo social possui valores sagrados. O ataque ao sagrado
é como uma discussão entre adversários políticos e muitas vezes, a
conciliação pós conversa é extremamente delicada.
Por fim, a política de identidade, que para Saphiro é o uso ou o mau uso da
identidade para atingir certos objetivos políticos, que é quando se usa o nós
que verdadeiramente não se aplica a todos e devemos então, buscar um nós
com amplitude que agregue valor e possa atender ao bem comum.
Considerando todos os pontos citados, a máxima na gestão de conflitos
consiste na assertiva, na clareza e fundamentalmente no saber ouvir, praticar a
escuta ativa, construindo processos com base em inteligência emocional e em
busca do bem comum.
Esse foi nosso podcast de hoje e espero que o conteúdo possa contribuir para
sua formação!
Não se esqueça que gerir as emoções cooperam para a gestão de conflitos.
Até a próxima!

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