Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nuno Camarinhas
Universidade Autónoma de Lisboa / CEDIS, Faculdade de Direito da
Universidade Nova de Lisboa
Esta comunicação tem por ponto de partida a investigação que levámos a cabo
em torno do grupo dos juízes letrados no Portugal de Antigo Regime1, e tentando
aproximar-me um pouco do tema geral do XXVIII Encontro da APHES, «Consumo e
Cultura Material», proponho-me apresentar uma comunicação sobre as bibliotecas dos
magistrados nos séculos XVII e XVIII.
1
Nuno Camarinhas, Les juristes portugais de l’Ancien Régime (XVIIe-XVIIIe siècles), École des Hautes
Études en Sciences Sociales, Paris, 2007 (tese de doutoramento, policopiada).
2
Infelizmente, um dos livros de referência deste fundo dos Arquivos Nacionais da Torre do Tombo
continua indisponível ao público e o facto de a sua documentação estar em tratamento dificultou
grandemente a sua consulta e a construção de uma amostra mais extensa.
1
Para esta análise, que não é mais do que uma primeira abordagem do tema,
considerámos nove conjuntos de livros possuídos por nove magistrados com percursos
biográficos distintos.3
O valor total das colecções é variado, parecendo depender mais de factores
materiais, como a fortuna pessoal de cada indivíduo, do que do tempo de vida, da
duração da carreira, ou do lugar ocupado. As bibliotecas mais valiosas pertencem a dois
magistrados que estão nos extremos opostos no que diz respeito à idade de morte
(Caetano José da Gama Machado, falecido aos 42 anos e Francisco Pires de Carvalho e
Albuquerque, aos 80), mas que partilham o facto de pertencerem a famílias
extremamente abastadas. Podemos, no entanto, afirmar que a maior parte das colecções
situa-se num valor em torno dos 150$000 e 200$000, ou seja, o equivalente ao salário
de um desembargador da Casa da Suplicação.
Duração Valor
Nome Idade Posto Títulos Volumes
da Carreira (réis)
3
Bernardo Pereira de Gusmão, admitido na carreira das letras em 1710 e que terminou como
desembargador de la Relação do Porto; Bruno Manuel Monteiro, admitido ao serviço do rei em 1753 e
que chegou ao lugar de desembargador dos agravos de la Casa da Suplicação; Caetano José da Gama
Machado, admitido em 1789 e que não passou de juiz dos órfãos do bairro de Alfama; Eleutério Colares
de Carvalho, admitido em 1692 e que chegou a desembargador extravagante da Casa da Suplicação;
Francisco Pires de Carvalho e Albuquerque, admitido em 1769 e que culminou a sua carreira como
deputado da Mesa da Consciência e Ordens na qualidade de desembargador agravista da Casa da
Suplicação; João Baptista Dassier, admitido em 1754 e que chegou a desemabrgador agravista da Casa da
Suplicação; Luís Godinho Leitão, admitido em 1742 e que terminou a carreira como desembargador na
Casa da Suplicação; Teodoro da Silva Carvalho, admitido em 1755 e que terminou a carreira como
auditor do regimento do Príncipe; e Ventura Luís Pereira de Carvalho, admitido em 1718 e que terminou
a carreira como corregedor do Bairro do Limoeiro.
2
Podemos cruzar as informações sobre a dimensão e o valor das colecções com as
relativas à duração da vida e da carreira dos seus proprietários e conceber uma tendência
para uma maior dimensão das colecções entre os indivíduos com as vidas mais longas,
mas os dados destas colecções não parecem provar esta correlação entre as variáveis.
Diferentes factores influenciam a constituição destas colecções: a fortuna pessoal ou
familiar, o desenvolvimento da carreira, os interesses pessoais, entre outros.
Uma constante que não surpreende é o predomínio dos livros jurídicos sobre
todos os outros. Este género de publicação representa pouco mais de metade dos livros
no conjunto das colecções e é geralmente maioritária em cada colecção analisada.4
Os livros de história são também uma referência importante nestas colecções. As
crónicas dos diversos reis ou os relatos sobre as conquistas e colonização ultramarina
constituem uma grande parte dos exemplares do género. É sobretudo uma história do
reino português, nos seus diferentes domínios, na Europa, na América ou na Ásia. Uma
história dos grandes feitos dos portugueses, com os seus reis à cabeça. Uma história
régia, política, militar, genealógica, mas igualmente eclesiástica, com inúmeros
exemplos de histórias de bispados, de estabelecimentos religiosos ou de ordens
monásticas em Portugal.. Os livros de história de outros reinos são raros, com a
excepção de Espanha, sobre a qual se encontram algumas referências, se bem que
reduzidas, e da antiguidade romana, ainda pior representada. É um mundo português e
católico que se faz representar nestas bibliotecas.
As outras categorias mais importantes são a dos livros de religião, de política, as
obras sobre a ética e a moral e a literatura em geral.
Nos livros de religião, considerámos os textos sagrados da religião cristã, textos
de doutrina, os comentários à Bíblia, os trabalhos de autores eclesiásticos sobre assuntos
4
As excepções são as biblioteca de Caetano José da Gama Machado, onde os livros de direito são mesmo
ultrapassados pelos de história e a de Bernardo Pereira de Gusmão onde são os mais representados mas
com apenas 25% do total.
3
e personagens da cristandade e as compilações de sermões proferidos por padres. Vários
livros de exercícios espirituais e textos de exaltação de determinadas figuras da fé
católica estão igualmente bem representados.
Nos livros políticos encontramos dois grandes domínios temáticos: por um lado,
as obras de carácter teórico e técnico sobre a administração; por outro lado, os tratados
sobre a questão restauração da coroa portuguesa. O interesse por esta última questão,
para cuja resolução a argumentação política de teor marcadamente jurídico contribuiu
de forma determinante, parece ser quase universalmente partilhado pelos magistrados
cujas bibliotecas analisámos. Obras de Francisco Velasco de Gouveia,5 António Sousa
de Macedo,6 João Pinto Ribeiro,7 ou D. Manuel da Cunha8 são alguns dos títulos
partilhados por mais de uma colecção. Outras temáticas, sobretudo entre os magistrados
da segunda metade do século XVIII, prendem-se com a acção política do Marquês de
Pombal.
A literatura moral é outro dos géneros mais representados e, à imagem da
literatura jurídica, é das que tem mais autores estrangeiros representados. Por um lado,
os livros de emblemas – Andrea Alciati,9 Juan de Orozco y Covarrubias,10 Diego de
Saavedra Fajardo,11 Otto Van Veen,12 Balthasar de Vitoria13 – recolhas de aforismos, de
epigramas ou de axiomas, forneciam exemplos de conduta e os caminhos conducentes à
salvação do leitor cristão. Por outro lado, encontramos igualmente as obras sobre as
virtudes (os manuais, os «mestres de virtudes»), normalmente destinadas ao Príncipe,
mas convenientes também a pessoas de outros estados, nomeadamente os magistrados.
Para além destas cinco categorias, apenas outras duas estão representadas em
todas as bibliotecas tratadas : as histórias de vida e as obras sobre línguas.
5
Perfidia de Alemania y de Castilla, en la prision, entrega, accusacion, y processo del Serenissimo
Infante de Portugal D. Duarte. Lisboa : Officina Craesbeekiana, 1652.
6
Lusitania liberata ab injusto Castellanorum dominio restituta legitimo Principi, Serenissimo Joanni V
Lusitaniae …Regi Potentissimo demonstrata per D. Antonium de Sousa Macedo. Londres : Officina
Richardi Heron, 1645.
7
Usurpação, retenção e restauração de Portugal. Lisboa : Lourenço de Anveres, 1642.
8
Lusitania vindicata. sl. : s. d..
9
Emblemata (1531).
10
Emblemas morales (1591).
11
Idea de un príncipe político christiano representada en cien empresas (1640).
12
Theatro moral de la Vida Humana en cien emblemas (1672).
13
Theatro de los Dioses de la gentilidad (1620-23).
14
Vida de D. João de Castro quarto Vicerey da India. Lisbonne : Officina Craesbeckiana, 1651,
conheceu sucessivas edições: Ibidem : João da Costa, 1671 ; Ibi. : Herdeiros de Miguel Manescal, 1703 ;
4
colecções consideradas. O seu autor era um religioso conhecido pelas suas posições
contrárias à união da coroa portuguesa com a de Espanha. A sua obra é o elogio do
homem de ciência, do militar e do político que foi enviado para a Índia como
governador com a missão de restabelecer a paz no território e que se tornou memorável
pelo combate pela reconquista de Diu. Castro era elogiado pela sua honestidade e pelo
seu desinteresse como administrador, talvez um exemplo para os magistrados cujas
funções estava estreitamente ligadas à actividade de governo em diferentes escalas.
Ibi. : Officina da Musica, 1722 ; Ibi. : Antonio Isidro da Fonseca, 1736. Uma tradução em inglês foi
publicada em Londres em 1664 e uma outra, latina, foi feita em Roma, em 1727.
15
António de Sousa Macedo, Perfectus doctor in quacumque scientia, maxime in iure canonico, ac civili.
Summorum auctorum circinis, lineis, coloribus, a penicillis figuratus: Londini : s. n., 1643; Jerónimo da
Silva Araújo, Perfectus advocatus : tractatus de patronis, sive advocatis, theologicus, juridicus,
historicus et poeticus. Ulissyponae : Joannis Baptistae Lerzo, 1743; Jerónimo da Cunha, Arte de
bachareis, ou prefeito juiz : na qual se descrevem os requesitos, e virtudes necessárias a hum ministro.
Lisboa : Officina de João Bautista Lerzo, 1743.
16
António de Sousa Macedo era formado em direito, teve uma carreira como magistrado ao mais alto
nível serviu igualmente como diplomata; Jerónimo da Silva Araújo era advogado; Jerónimo da Cunha era
professor na Universidade de Coimbra.
17
«In iure primus comparatius caeteris / Partes habebit Bartolus./ Decisiones obfrequentes, actio /
Baldum forensis sustinet./ Non negligens maxime est tyronibus / Castrensis explanatio. / Opinionem
tutius Symplegadas / Superabis Alexandro duce : / Ordinis Jason, atque lucis nomine / Videndum est
properantibus». Citado em Hespanha (2004) et Kelley (1988).
5
comentadores do Digesto, quase todos activos durante os séculos XV e XVI. A selecção
devia ser criteriosa. Se era impossível possuir todos os livros e a totalidade das fontes
clássicas, o jurista devia poder basear o seu saber sobre os autores centrais da literatura
jurídica.
18
«No particular da sua livraria, tenha quantos livros puder, que nisto não há excesso», J. Cunha, Arte de
bachareis…, p. 80.
6
De acordo com Jerónimo da Cunha, estes livros deveriam ser acompanhados
pela Sagrada Escritura e por livros espirituais para bem aconselhar o letrado em todos os
seus actos e decisões. Os livros de história eram igualmente recomendados por forma a
deles se retirarem referências e exemplos.
Para além destes autores, é preciso acrescentar que quase todas as bibliotecas
possuíam pelo menos uma edição das ordenações do reino, na sua formulação mais
recente – as ordenações filipinas22 – e uma edição do Corpus Juris Civilis fixado por
Denis Godefroy. Tratava-se de obras de referência no trabalho quotidiano do juiz
letrado e, consequentemente, obrigatórios na sua biblioteca pessoal.
19
Decisiones supremi eminentissimique Senatus Portugalliae ex gravissimorum patrum responsis…
Ulyssipone : apud Petrum Craesbeeck, 1621 et De manu regia tractatus. Ulyssipone : apud Petrum
Craesbeeck, 1622-1625 (2 volumes). Pereira de Castro publicou igualmente um poema sobre a creação de
Lisboa presente em duas bibliotecas – Ulyssea, ou Lysboa edificada : poema heroico. Lisboa: Lourenço
Crasbeeck, a custa de Paulo Crasbeeck mercador de livros, 1636.
20
Manuel Barbosa, Remissiones doctorum de officiis publicis, jurisdictione, et ordine judiciario in librum
primum, secundum, et tertium Ordinationum Regiarum Lusitanorum, cum concordantijs utriusque juris,
legum partitarum, ordinamenti, ac novae recopilationis Hispanorum : Accessere Castigationes et
additamenta ad Remissiones libri quarti, & quinti Ordin. Reg… Ulyssipone : typis Petri Craesbeeck,
1620 ; Manuel Mendes de Castro, Repertório das ordenações do reino de Portugal. Lisboa: Jorge
Rodrigues, 1604.
21
Apenas Olea e Cabedo são representados nas várias bibliotecas com o mesmo livro: de Olea, Tractatus
de cessione iurium et actionum. Lugduni : sumptibus Anisson et Posuel, 1720 ; de Cabedo, Praticarum
observationum sive Decisionum supremi Lusitaniae Senatus. Pars Prima, Ulyssipone : apud Georgium
Rodrigues, 1602 ; Secunda Pars, ibi. : apud Petrum Craesbeeck, 1604.
22
Caetano José da Gama Machado tinha mesmo quatro edições diferentes: a 3.ª edição (Lisboa, 1636), a
4.ª edição (Lisboa, 1695, em 2 volumes), a 6.ª (Lisboa, 1747-1748, a luxuosa edição em 6 volumes), e a
7.ª (Coimbra, 1789, em 3 volumes).
7
XVIII nota-se também uma maior abertura a livros de caracter político, económico,
filosófico, mas também científico, de origem externa, sobretudo francesa e britânica.
Uma primeira matriz parte do princípio que a presença de dois autores numa
mesma biblioteca cria uma ligação entre eles. Se essa ligação se reproduz numa outra
biblioteca consideramos que ela é reforçada. A Tabela III apresenta a matriz, ordenada
de forma decrescente segundo o número de presenças em bibliotecas diferentes. A
leitura cruzada das linhas e colunas permite identificar o número de presenças de um
dado par nas diferentes colecções.
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4
C G A C O A Á J M S A B B D D F J M A A B F M R
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
1 Colecções de leis e jurisprudência 0 9 8 8 8 7 7 7 7 7 6 6 6 6 6 6 6 6 5 5 5 5 5 5
2 Gabriel Pereira de Castro 9 0 8 8 8 7 7 7 7 7 6 6 6 6 6 6 6 6 5 5 5 5 5 5
3 António de Sousa de Macedo 8 8 0 7 7 6 6 6 6 6 6 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 5 5
4 Corpus Iuris Civilis 8 8 7 0 8 6 6 7 7 6 5 6 5 5 5 6 5 5 5 5 4 5 5 5
5 Ordenações 8 8 7 8 0 6 6 7 7 6 5 6 5 5 5 6 5 5 5 5 4 5 5 5
6 Agostinho Barbosa 7 7 6 6 6 0 6 6 6 6 5 5 6 5 5 5 4 5 4 4 5 5 4 3
7 Álvaro Valasco 7 7 6 6 6 6 0 6 6 6 5 5 6 6 6 6 4 6 4 5 4 4 5 4
8 Jorge de Cabedo 7 7 6 7 7 6 6 0 7 6 5 6 5 5 5 6 4 5 5 5 4 5 5 4
9 Manuel Mendes Castro 7 7 6 7 7 6 6 7 0 6 5 6 5 5 5 6 4 5 5 5 4 5 5 4
10 Silvestre Gomes de Morais 7 7 6 6 6 6 6 6 6 0 6 5 5 6 6 5 5 5 5 4 5 4 4 3
11 Alfonso de Olea 6 6 6 5 5 5 5 5 5 6 0 4 4 5 5 4 4 4 5 3 4 3 4 3
12 Belchior Febo 6 6 5 6 6 5 5 6 6 5 4 0 4 4 4 5 4 4 4 4 3 4 4 4
13 Bíblia 6 6 5 5 5 6 6 5 5 5 4 4 0 5 5 5 3 5 3 4 4 4 4 3
14 Diogo Guerreiro Camacho Aboim 6 6 5 5 5 5 6 5 5 6 5 4 5 0 6 5 4 5 4 4 4 3 4 3
15 Domingos Antunes Portugal 6 6 5 5 5 5 6 5 5 6 5 4 5 6 0 5 4 5 4 4 4 3 4 3
16 Francisco Pinheiro 6 6 5 6 6 5 6 6 6 5 4 5 5 5 5 0 3 5 4 5 3 4 5 4
17 João Pinto Ribeiro 6 6 5 5 5 4 4 4 4 5 4 4 3 4 4 3 0 4 3 3 4 3 2 3
18 Manuel Álvares Pegas 6 6 5 5 5 5 6 5 5 5 4 4 5 5 5 5 4 0 3 5 4 4 4 3
19 António da Gama 5 5 5 5 5 4 4 5 5 5 5 4 3 4 4 4 3 3 0 3 3 3 4 3
20 António Mendes Arouca 5 5 4 5 5 4 5 5 5 4 3 4 4 4 4 5 3 5 3 0 3 4 4 3
21 Bento Pereira 5 5 4 4 4 5 4 4 4 5 4 3 4 4 4 3 4 4 3 3 0 4 2 1
22 Fernando Cardoso do Amaral 5 5 4 5 5 5 4 5 5 4 3 4 4 3 3 4 3 4 3 4 4 0 3 2
23 Mateus Homem Leitão 5 5 5 5 5 4 5 5 5 4 4 4 4 4 4 5 2 4 4 4 2 3 0 4
24 Reportórios das Ordenações 5 5 5 5 5 3 4 4 4 3 3 4 3 3 3 4 3 3 3 3 1 2 4 0
Tabela III – Matriz de afiliação dos autores presentes em pelo menos 5 bibliotecas diferentes.
A partir desta matriz é possível traçar um diagrama que torna a leitura destas
relações mais clara e que pondera a frequência com que ocorrem. Vejam-se as figuras I
e II.
8
Figura I – Diagrama da rede dos autores presentes em mais bibliotecas.
9
Figura II – Diagrama da rede de autores que constituem um núcleo duro.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Be Br Ca El Fr Jo Lu Te Ve
-- -- -- -- -- -- -- -- --
1 Bernardo Pereira de Gusmão 0 12 6 10 15 12 12 13 8
2 Bruno Manuel Monteiro 12 0 6 14 19 14 17 17 10
3 Caetano José da Gama Machado 6 6 0 6 7 5 7 5 4
4 Eleutério Colares de Carvalho 10 14 6 0 17 14 14 15 7
5 Francisco Pires de Carvalho e Albuquerque 15 19 7 17 0 19 20 21 13
6 João Baptista Dassier 12 14 5 14 19 0 15 17 11
7 Luís Godinho Leitão 12 17 7 14 20 15 0 17 10
8 Teodoro da Silva Carvalho 13 17 5 15 21 17 17 0 12
9 Ventura Luís Pereira de Carvalho 8 10 4 7 13 11 10 12 0
Tabela IV – Matriz de afiliação das diferentes bibliotecas sobre a totalidade dos autores nelas
representados.
10
Figura III – Diagrama de rede dos proprietários de bibliotecas, com base nos autores partilhados.
11