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Centro Universitário
Bacharelado em Nutrição
PARIPIRANGA
2021
MIRELLE ANDRADE DA SILVA
PARIPIRANGA
2021
MIRELLE ANDRADE DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
Nome do Professor
UniAGES
AGRADECIMENTOS
Renato Russo
RESUMO
KEYWORDS: Bowel changes. Brain-gut axis. Anxiety disorder. Vitamin and nutrient
deficiency.
LISTAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO 12
2 METODOLOGIA 14
7 RESULTADOS 42
8 DISCUSSÃO 47
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 52
REFERÊNCIAS 53
12
1 INTRODUÇÃO
A partir destas informações, este estudo tem como objetivo realizar uma revisão
integrativa na qual mostra-se pertinente ressaltar as alterações do comportamento
alimentar devido ao transtorno de ansiedade, e no que tange ao impacto na qualidade
de vida dos indivíduos.
14
2 METODOLOGIA
(SNA) e entérico (SNE), bem como as fibras aferentes que fazem parte da projeção
do intestino para o centros corticais em exemplo o córtex cerebral, cingulado anterior
e posterior e amigdala que possuem as fibras efetoras que se projetam para o músculo
liso do intestino e sendo estas as principais vias de comunicação bidirecional ao longo
do eixo cérebro-intestino. E a partir desta junção que forma o eixo que se comunica
não somente por meio de rotas neuronais, mas também por meio de moléculas que
fazem a sinalização humoral e de componentes hormonais que em conjunto exercem
o efeito que alteram a função gastrointestinal (GI) e função cerebral (MAYER, 2011).
Ainda se tratando de vias neurais, é importante ressaltar que o intestino é
inervado pelo SNE possuindo uma rede complexa de neurônios que é composta de
nervos sensoriais, motores e interneurônios em que tem a possibilidade de regular de
forma independente as funções GI consideradas básicas, como por exemplo a
motilidade, secreção de muco e fluxo sanguíneo (MOLONEY et al., 2013).
Os autores ainda discorrem que a adrenalina, noradrenalina e acetilcolina são
os principais neurotransmissores do SNA, bem como os neurônios eferentes e
aferentes desse sistema se inervam no intestino, interagindo com SNE, em que o
nervo vago é o principal nervo da divisão parassimpática do SNA e demonstra-se ser
uma via importante para a comunicação entre o intestino e o cérebro como será
demonstrada na figura 1.
atividades exigem a participação de outras pessoas para que sejam realizadas, o que
pode afetar a qualidade de vida e diminuir o grau de independência.
De acordo com os autores, situações como rompimentos sociais e de
relacionamentos e abandono de atividades consideradas prazerosas também podem
acontecer. Dessa forma, a identificação desses acontecimentos pode direcionar ao
tratamento precoce, diminuindo a gravidade desses quadros ao longo do
desenvolvimento de alguma doença patológica.
De acordo com Reyes e Ferman (2017), a forma como o indivíduo lida com os
pensamentos recorrentes ao medo o leva a mudar a maneira como lida com todo o
processo patológico da própria ansiedade, por isso, vale lembrar que o cérebro
processa informações e emoções com minúsculos circuitos que transmitem impulsos
e sensações dentro de si que viajam pela rede neural do indivíduo.
É necessário também enfatizar a importância de identificar essas alterações,
não só psicossomáticas, mas também comportamentais. Ainda assim, torna-se
relevante verificar o processo patológico de forma crônica e persistente, bem como
prescrever fatores do meio externo ou interno do indivíduo, que possam ter
ocasionado o desenvolvimento do transtorno em quadros clínicos e sintomáticos,
trazido pelo indivíduo para que possa abordar precisamente no decorrer dos fatos
(REYES; FERMAN, 2017).
Dong et al. (2015) explicam ainda que o transtorno de ansiedade pode implicar
com ações psicossociais nas quais há também os efeitos fisiológicos, que através das
vias neurais fazem o processamento de dor visceral no qual fazem parte igualmente
da regulação da resposta ao estresse, ansiedade, humor e função gastrointestinal.
Ressalta-se ainda que no SNC encontram-se os principais mediadores dos sintomas
de transtorno de ansiedade que denominam ser a serotonina, norepinefrina, dopamina
e ácido γ- aminoburítico (GABA), bem como o neurotransmissor hormônio liberador
de corticotrofina (HLC) em que estes podem estar envolvidos tanto na ativação
simpática excessiva, quanto na alteração da resposta inflamatória, inclusive no
rompimento do Eixo HPA no que contribui para que indivíduos possam aumentar o
risco de desenvolver o transtorno de ansiedade, que pode ser exemplificada abaixo
com a figura 2. (DONG et al.,2015).
23
quando a duração dos sinais e sintomas são constantes e prolongam-se por mais de
seis meses. Toda essa gama de sensações pode afetar o bem-estar social do
indivíduo, levando-o ao isolamento afim de evitar constrangimentos a si mesmo e se
não tratado corretamente, a ansiedade pode gerar outros transtornos psicológicos,
como a depressão (RUA et al., 2017).
Ainda assim, segundo Serson (2016), é preciso investigar as causas da
ansiedade, as quais deve-se suspeitar de algum problema corporal, como anemia ou
ligado ao consumo de substâncias como remédios ou drogas. O autor explica que em
determinada situação o indivíduo pode sentir dores estomacais devido ao longo
período de ansiedade causado pelas simples mudanças de residência, por exemplo,
logo após acontecer a tal situação, os sintomas podem passar, porém, se permanecer,
pode chegar até mesmo na forma de úlcera no estômago, que gera uma dor contínua
e que por sua vez causa mais mal-estar.
Sendo assim, é possível afirmar que o comportamento alimentar sofre
alterações de acordo com estado emocional, e como anteriormente destacado, que
um dos estados emocionais que mais tem influência sobre tal comportamento é a
ansiedade que surge quando o indivíduo entende que voltado para sua cognição, se
encontra perante a uma ameaça ou perigo, visto que o sujeito pode recorrer à comida
como mecanismo compensatório para lidar com o seu estado psicológico decorrente
a suas emoções (DE SOUZA et al., 2017).
27
causando estresse bem como pode resultar no dano vascular cerebral e na deficiência
de neurotransmissores (ZHAO et al., 2011).
Ainda de acordo com os estudos dos autores é possível destacar que os baixos
níveis de ácido fólico foram associados a transtornos graves de ansiedade e maior
duração dos episódios depressivos, além de analisar que pessoas deprimidas têm a
probabilidade significativamente menor de responder alguns medicamentos
antidepressivos e de suplemento vitamínicos devido a carência do folato tornando-se
ainda maior a probabilidade de recaída durante o tratamento.
Não há relatos que garantam que a suplementação de ácido fólico em longo
prazo possa reduzir os níveis depressivos. Estudos mostraram que a suplementação
diária de ácido fólico, bem como de vitamina B6 e B12 em altas dose não podem
reduzir em nível avançado de estresse, ou seja, depressão relacionadas a mulheres
de meia idade e mais velhas (ZHOU et al., 2020). Ainda assim é possível compreender
que o ácido fólico está intimamente interligado à síntese de neurotransmissores no
sistema nervoso central como a serotonina (5-HT), a norepinefrina (NE) e a dopamina
(DA), além disso os valores de fator neurotrófico derivado do cérebro que são
marcadores úteis para a resposta clinica ou melhora de sintomas depressivos.
6.2 Ferro
6.4 Zinco
7 RESULTADOS
TRIAGEM
INCLUSÃO
Características do Instrumentos de
Autor/Ano Resultados da pesquisa
estudo pesquisa
A revisão
Ficou evidente como as
integrativa que
Implicações para perturbações da microbiota podem
compara o
distúrbios cerebrais contribuir para o desenvolvimento de
Borre et al., desenvolvimento
envolvendo a transtornos psiquiátricos no início da
2014 inicial paralelo da
microbiota e vida (ainda dentro da barriga da
microbiota
neurodesenvolvimento mãe) podendo afetar nas demais
intestinal e do
fases da vida do individuo
sistema nervoso
Intervenções de
atividade física em
Constatou-se que que atividade
indivíduos com
física apresentou benefícios no
Blanchet et transtornos de Revisão
tratamento da compulsão periódica
al., 2018 compulsão alimentar sistemática
reduzindo os efeitos negativos e
periódica em evidência
suas reações anorexígenas
a anorexia e bulimia
nervosa
Entendeu-se que os sinais
fisiopatológicos envolvidos na
compulsão alimentar estão
Relação do transtorno interligados a etiopatogenia dos
Cortez et al., Revisão
de compulsão alimentar transtornos alimentares envolvendo
2011 bibliográfica
periódica e obesidade condições psicossociais e
consequentemente a uma
elaboração de novas estratégias
terapêuticas
Obteve o resultado de que alguns
Análise em microrganismos são capazes de
O impacto da
estudos em trazer energia e na função da
microbiota intestinal no
animais livres de motilidade intestinal e influenciam no
Cryan e cérebro e no
germes e desenvolvimento do sistema
Dinan, 2012 comportamento através
expostos a imunológico, valendo elucidar que
da alteração de
contaminação influenciam nos mecanismos da
microrganismos
bacteriana microbiota que se comunica com o
eixo cérebro- intestino
Foi analisado que a ausência de
vitamina B12 está associada a
Análise da deficiência distúrbios neurológicos e
Fábregas et
de vitamina B12 no Relato de caso psiquiátricos. Após o paciente fazer
al, 2011
transtorno depressivo ingestão da vitamina obteve uma
significativa melhora para esses
distúrbios
A analogia entre o
Avalia-se que o estresse influencia a
estresse trazendo
composição da microbiota intestinal
Foster et al, alterações a Estudo clinico e
e que a comunicação bidirecional
2013 influenciam os em animais
entre a microbiota e o SNC influencia
comportamentos
a reatividade ao estresse
conexos ao estresse
44
8 DISCUSSÃO
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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DECLARAÇÃO
Declaramos para os devidos fins que o (a) servidor (a) ROSINEIDE MARIA DE
ARAÚJO PINHO inscrita no CPF 63821826568 e RG 6402011-80, Código
professor INEP 1.046, pertencente ao quadro de servidores efetivos da Prefeitura
Municipal de Senhor do Bonfim, lotada na Secretaria Municipal de Educação,
exercendo suas atividades laborativas como Professora, com nível superior,
formação Licenciatura em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia
(UNEB), leciona as disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira (Inglês)
com ampla experiência e habilidade nas áreas de atuação.
_________________________________________________________________________________
E-mail institucional: abigail.escola@gmail.com
Contato: (74) 9 9927-5557
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