COMO SAIR DA CLT

O N7 foi pensado como um conjunto de 7 núcleos

primordiais que você deve focar para aprimorar a
sua performance, sendo eles divididos por ordem
de prioridade: Espiritualidade, Saúde, Família,
Relacionamentos, Performance, Dinheiro e
Realização Pessoal.

Pensando nisso, para simbolizar a persistência, eu

escolhi a tartaruga como nosso mascote para te
lembrar que o mais importante é ter constância
para atingir os seus objetivos.

Já que atualmente, um dos maiores problemas

que as pessoas sofrem é o imediatismo, ou seja,
querer todo tipo de resultado no menor tempo
possível e isso traz a frustração, e,
consequentemente, a desistência.

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 Dito isso, o meu foco é fazer você percorrer os 6
primeiros núcleos com total constância para que
atinja o 7º núcleo, que é a Realização Pessoal.

Por isso, cada núcleo será representado e

ensinado por um professor que domina a sua
área, um especialista para que você tenha o
melhor direcionamento possível em cada pilar que
você irá fortalecer em sua vida.

Essa primeira aula é focada em te ensinar como

sair da CLT e para isso você deve seguir alguns
passos, sendo o primeiro deles dividido em:

1. Mudar sua mentalidade: quando somos

funcionários, estamos acostumados a ter uma
certa estabilidade, garantia de um salário todo 5º
dia útil, em caso de demissão temos direito a
seguro-desemprego, FGTS, multa etc.

Fora que não somos donos do próprio nariz, então

as decisões importantes da empresa não passam
pelos funcionários.

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 Quando se é empresário, a realidade é
totalmente ao contrário, e se esse for o seu
objetivo, você deve se acostumar com uma nova
mentalidade;

2. Buscar uma reserva de emergência: uma

reserva de emergência significa ter, pelo menos, 6
meses do seu custo fixo guardados em caso de,
como o nome já diz, uma emergência surgir.

É um ponto muito importante e um dos grandes

responsáveis por evitar que você precise recorrer
à CLT novamente;

3. Empreender em paralelo: antes de sair da CLT,

você deve começar a testar, nas suas horas vagas,
o que você realmente quer fazer, para que você
deixe aos poucos de ser um funcionário e se
acostume com a nova realidade.

Até você começar a ganhar pelo menos o mesmo

do que no seu emprego atual, até que assim
você efetivamente se demita;

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 4. Investir em conhecimento: você pode até ser
bom no que faz, mas isso não significa que saiba
ser um empresário.

Ser empresário, não necessariamente envolve

conhecimento técnico do ramo, e sim um
conhecimento de assuntos como: planejamento
tributário, gestão de pessoas, atendimento ao
cliente, infraestrutura, organização financeira,
operacional e estratégica.

Então, invista o máximo que puder em

conhecimento;

5. Pedir ajuda e opinião somente de quem já

chegou aonde você quer chegar: espelhe-se e
peça conselhos apenas de quem já chegou aonde
você quer chegar.

Se você quer estar um nível acima, envolva-se com

pessoas que também estão um nível acima;

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 6. Não depender do ânimo: o ânimo te leva a dar
apenas o primeiro passo, já a constância e a
disciplina são os responsáveis por você cumprir os
seus objetivos;

7. Saber que irá fracassar: empreender envolve

passar por prejuízos e fracassos, isso está na
história de qualquer empresário de sucesso.

Então, não tenha medo de falhar e se arriscar,

isso é sinônimo de que você tentou. Apenas não
desista de tentar até dar certo.

Com toda certeza, quando começar a empreender,

a primeira preocupação que você deve ter é
relacionada a um bom planejamento tributário,
pois a porcentagem de imposto que você vai pagar
vendendo na pessoa física pode chegar até 27,5%.

Por isso, o ideal é que você abra um CNPJ para

fugir dessa alíquota gigantesca.

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 E para isso, você deve entender qual o tipo de
enquadramento a sua PJ tem que estar,
dependendo do quanto ela fature, sendo os três
principais:

1. MEI: para quem fatura até R$ 81 mil por ano.

Sendo o seu principal benefício a “isenção” de

imposto. Na realidade, você pagará apenas uma
guia mensal, a DAS, no valor fixado entre R$ 55 e
R$ 80;

2. Simples Nacional: para quem fatura até R$ 4,8

milhões por ano.

Você pagará o imposto sobre o faturamento e a

alíquota fica entre 4,5% a 18%.

3. Lucro Presumido: para quem fatura acima R$

4,8 milhões por ano.

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 Ter um bom planejamento tributário, feito por um
bom contador, vai te blindar de pagar impostos
desnecessários e evitáveis, contanto que no seu
mercado haja incentivos fiscais para isso.

Esse planejamento vai evitar também que você

acabe cometendo o erro de misturar as suas
contas da pessoa física com a da pessoa jurídica, o
que pode acarretar futuramente, em um
fenômeno chamado Desconsideração da
Personalidade Jurídica.

E o que isso significa?

Significa que, caso sua empresa venha a falir e/ou

fique devendo futuros credores, eles possam
entrar com uma ação na justiça contra sua PJ e
atingir os seus bens da pessoa física, porque
você não fez a separação adequada, e tudo o que
você demorou a vida toda para conquistar será
penhorado para pagar dívidas.

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 “Então, como eu vou desfrutar dos ganhos que
tive através da PJ, sem misturar minhas
contas?"

Há duas maneiras de você fazer legalmente essa

“transferência” da titularidade do dinheiro ganho
pela PJ: pela distribuição de lucro ou pelo pró-
labore.

1. Pró-Labore:
- O pró-labore é a remuneração dos sócios que
trabalham em uma empresa;

- Ele é pago mensalmente;

- Não pode ser menor do que o valor do salário-

mínimo vigente;

- Pode incidir cobrança de INSS e até 27,5% de

IRPF de acordo com a tabela progressiva da
Receita Federal.

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 2. Distribuição de Lucro:
- A Distribuição de Lucros é outra forma de
remuneração dos sócios que trabalham numa
empresa;

- Pode ser paga anualmente ou em períodos

menores;

- Não há incidência de impostos ou contribuições.

Pontuando que, você não pode se esquecer de

sempre emitir as notas fiscais dos seus
serviços/produtos para ficar regular com a Receita
Federal.

Posteriormente, quando você sair da CLT, terá

duas opções: fazer uma renda extra ou abrir um
negócio de fato.

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 Muito provavelmente, no início, será apenas uma
renda extra, mas o natural é que aquilo se
transforme em um negócio estruturado,
principalmente se você tem a intenção de vender a
sua empresa no futuro.

Uma vez que você decida vender a sua empresa,

saiba que ela deve possuir as características:

1.Equity: significa que a sua empresa tem valor de

mercado, ou seja, todos os processos conseguem
funcionar sem você;

2.Previsibilidade: só uma empresa consegue ter

uma previsibilidade de quanto vai receber de
renda durante os meses, já quando você faz
apenas uma renda extra, isso não acontece;

3.Metrificação: envolve ter conhecimento de

todos os dados do seu negócio, apenas dados vão
indicar precisamente o que você deve fazer;

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 4.Processo: ter processos bem estabelecidos vai
otimizar todo o seu trabalho;

5.Canais de venda estabelecidos: são os

principais meios pelos quais a empresa tem mais
ROI (Retorno sobre investimento);

6.Escala: isso significa, basicamente, ter muitas

pessoas entrando em contato com o seu negócio,
ou seja, cada vez mais pessoas entrando no seu
funil de vendas;

Voltando à CLT, como funciona para você fazer

mais dinheiro estando empregado?

Você tem 2 caminhos para isso, sendo o primeiro

deles gerar caixa com serviço, ou seja,
“trabalhando depois do trabalho”, e após juntar
uma quantia significativa com a venda de serviço,
você terá capital suficiente para começar a
trabalhar com a venda de produto, e é que aqui
você consegue ter escala e aumentar os seus
ganhos.

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 Entretanto, decidir um produto para vender não é
fácil, mas tem alguns caminhos que podem te
ajudar a escolher com o que trabalhar, que são:

1. Resolver uma dor e se basear em algo que

deu certo: trabalhar com vendas é trabalhar com
o emocional de quem está comprando e para isso
você deve vender uma solução para o problema
dela, além de se basear em um modelo de
negócios que já deu certo, gerando mais confiança
para as duas partes;

2. Empreender dentro de uma empresa que já

possui mercado consolidado: é o chamado
“intraempreendedorismo”, que nada mais é do
que empreender dentro de uma empresa que já
existe, para isso temos os exemplos de modelos
de representação comercial, venda como
autônomo, seguro de vida etc.

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 3. Validar sua ideia: para validar sua ideia você
deve utilizar o MVP, mas antes disso, estudar o
produto por meio das perguntas que virão logo a
frente;

4. MVP (em português: Produto Mínimo Viável):

é o tipo de produto muito barato, com baixo custo,
feito para ser colocado de maneira rápida no
mercado para validar se ele funciona.

As perguntas que você deve se fazer antes de jogar

esse produto no mercado, são:

A. Existe demanda para esse produto?

B. A relação trabalho x retorno é vantajosa?

C. Esse mercado tem alguma limitação?

D. Consigo criar esse produto de forma

minimamente satisfatória com meus recursos
ou preciso de investidores / empréstimos /
financiamento?

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 E. As pessoas pagariam por esse produto?

F. Preciso de opiniões sobre o meu produto?

Recapitulando, o MVP deve ser feito com o menor

recurso possível e da maneira mais rápida
possível. Ele não serve para faturar alto, serve
apenas para validar o seu produto e a maior
validação é a venda.

Dito isso, você tem que definir alguns objetivos

para validação através do MVP, que são:

1. Escolher o canal de vendas: "Como vou entrar

em contato com as pessoas que compram o meu
serviço?"

2. Ter Provas Sociais: "O que eu vou vender

realmente traz resultado?"

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 3. Descobrir se ele vende: "As pessoas estão
pagando por esse produto?"

4. Ter uma noção de quanto cobrar pelo

produto: a quantidade de vendas pode te ajudar a
ter uma noção se está caro ou barato;

5. Mecanismos de entrega: "Eu consigo entregar

o produto que eu quero vender?"

6. Definição da logística: é um produto físico?

Como lidar com envio e devolução por correios?

7. Descobrir se ter funcionários é uma

necessidade: "Será que vou precisar do auxílio de
uma equipe?"

8. Saber se precisará de investimentos a parte:

"Vou conseguir bancar tudo sozinho ou vou
precisar de investimentos?"

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 Além disso, você precisa pedir críticas e avaliações
sobre o MVP para pessoas do mercado a sua
volta e para isso você precisa já estar convivendo
com pessoas que estão dentro daquele mercado.

Por fim, essa foi uma aula introdutória para você

começar a trabalhar na mudança da sua
mentalidade e passar a enxergar o caminho para
sair da CLT.

Nas próximas aulas, cada ponto trabalhado hoje

será aprofundado e tratado de forma específica
para que você tenha mais segurança do que fazer
nessa nova realidade.

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