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Composição da cana-de-açucar
Composição Teor
Água 65 - 75
Açúcares 11 - 18
Fibras 8 - 14
Sólidos solúveis 12 - 23
Açúcares 75 a 93
Sacarose 70 a 91
Glicose 2a4
Frutose 2a4
Corantes 3a5
Variedades de cana-de-açucar
IAC(IAC)
IACSP95-3028 IACSP93-2060 IAC91-1099 IACSP95-5000
IACSP93-3046 IACSP94-2101 IACSP94-2094 IACSP94-4004
IAC91-2195 IAC91-2218 IAC91-5155 IAC93-6006
IAC86-2480 IAC82-2045 IAC82-3092 IAC86-2210
IAC87-3396
Muito exigentes
SP77-5181, SP87-396, SP87-344, SP83-5073, RB85-5546.
Exigentes
RB85-5453, RB85-5036, SP80-1816, SP80-1842, SO87-365, SP80-3280, RB85-5536, SP86-155, SP79-1011,
SP81-320, SP-911049.
Pouco exigentes
RB85-5156, RB83-5053, RB83-5486, RB84-5210, RB85-5113, SP86-42.
Não exigentes
RB72-454, RB92-8064, RB83-5089, RB86-7515, RB86-5230, SP83-2847, RB85-5035, SP85-5077.
MATURAÇÃO
Super-precoce
RB85-5156, SP87-396.
Precoce
RB83-5054, RB85-5453, SP77-5181, RB85-5035, RB83-5486, SP83-5073, SP80-1842, SP86-155, IAC86-2210.
Média
SP81-3250, SP80-1816, RB84-5210, RB85-5536, SP87-365, RB86-5230, RB85-5113, RB92-8064, SP85-3877,
SP86-42, SP83-2847.
Tardia
RB72-454, RB83-5089, RB86-7515.
RENDIMENTO DE TRANSPORTE
Péssimo
RB83-5486, SP80-1842, RB83-5089, RB83-5054,RB85-5156.
Regular
RB84-5210, SP80-1816.
Bom
SP79-1011, SP77-5181, RB72-454, RB85-5113, RB85-5536, RB84-5257, RB85-5453, SP79-2233, RB86-7515,
RB92-8064, SP81-3250.
COLHEITA MECÂNICA
Péssimo
RB83-5054, RB85-5156, RB83-5089.
Ruim
RB83-5486.
Boa
SP79-1011, RB85-5453, SP80-3280, SP80-1816, SP81-3250, RB85-5113, RB72-454, SP-2233, RB86-7515, RB92-
8064.
BROTAÇÃO DE SOCA
Sem restrição
RB82-5336, RB82-5536, RB85-5156, SP79-1011, SP79-2233, SP80-1842, SP80-1816, SP80-3280, SP81-3250,
RB86, 5230, SP86-155, SP83-2847, RB92-8064.
Boa
RB84-5210, RB85-5113, RB83-5486, RB83-5089, RB85-5453, RB85-5546, RB86-7515, RB85-5035, SP87-365.
OBS: RB72-454: Não colher em épocas secas (solos pesados) e em épocas frias se queimar.
SP77-5181: Lenta e irregular. Não suporta pisoteio.
Excelente
RB85-5536, SP80-1842, SP79-1011, SP80-1816, SP86-155, SP80-3280, IAC87-3396, SP81-3250, RB85-5453,
SP86-42, SP87-365, RB86-7515, RB92-8064, RB86-5230, RB82-5336.
Boa
RB83-5054, RB85-5113, RB85-5546, RB83-5486.
Regular
RB72-454, RB80-6043, SP85-3877.
FECHAMENTO DE ENTRELNHAS
Bom
RB82-5336, RB85-5113, RB85-5536, SP81-3250, SP80-3280, RB93-8064, RB86-5230, SP86-155, SP87-365.
Regular
RB83-5486, RB85-5546, SP80-1816, RB86-7515, RB84-5210.
Fraco
RB83-5054, SP79-1011, SP80-1842.
SENSIBILIDADE A HERBICIDAS
Muito sensível
RB85-5036, RB85-5113, SP87-365, RB86-5230, SP85-3877.
Sensível
RB83-5089, RB84-5210, SP80-1816, SP80-1842.
NEMATÓIDES
Suscetível
SP-801842, SP81-3250, RB72-454, RB80-6043, RB85-5113, RB84-5210.
Tolerante
SP86-42, SP83-2847, RB92-8064, RB84-5197, RB85-5156.
FLORESCIMENTO
Todos os anos
RB85-5035, RB85-5156, RB85-5453, RB84-5197, RB86-5230, SP83-2847.
Regularmente
SP80-1842, SP80-3280, RB83-5486, SP81-3250, SP87-365.
Raro
RB83-5089, RB80-6043, RB72-454, SP80-1816, RB86-7515, SP85-3877.
Não floresce
RB83-5054, RB85-5113, RB85-5536, RB84-5210, RB92-8064, SP79-1011, SP83-5073.
MATURADORES
Resposta instável
SP81-3250.
Excelente resposta
RB85-5156, RB85-5453, RB85-5536, RB83-5486, SP86-42, RB86-7515.
TOLERÂNCIA A SECA
EXIGENTES EM ÁGUA
Recepção na indústria
Pesagem
A pesagem de cana nas unidades produtoras tem por objetivos principais o
controle da produtividade agrícola, o pagamento dos fornecedores de cana e o
controle do rendimento industrial.
Estocagem
A descarga da cana na usina é totalmente mecanizada. A matéria-prima que
chega à usina ou à destilaria deve ser descarregada, sendo dirigida diretamente
para o processamento ou para o depósito. A matéria prima é descarregada na mesa
alimentadora, através de descarregadores laterais, chamados Hillo. Esta cana é
transportada do depósito, para as mesas alimentadoras, através de pontes
rolantes, equipadas com garras hidráulicas.
Considerando que as usinas e destilarias trabalham numa jornada diária de
24 h e que o corte é realizado praticamente durante o dia, torna-se necessário
prover o armazém de cana para garantir o processamento noturno. O
armazenamento de cana se limita principalmente a atender a demanda noturna, mas
também em parte o processamento do domingo quando as maiorias dos
fornecedores de cana paralisam suas atividades.
O estoque não é recomendado, e se ocorrer deve ser de no máximo dois dias
para cana inteira e 1 dia para cana em toletes. Prazos maiores de armazenamento
podem levar ao ressecamento do colmo, inversão da sacarose, desenvolvimento de
microrganismos (Leuconostoc).
Qualidade da matéria-prima
Fatores responsáveis pela qualidade
A remuneração da cana entregue nas indústrias atualmente, é feita com
base na qualidade da matéria-prima. O sistema é dinâmico sendo ajustado, no
decorrer das safras, quanto aos parâmetros que compõem a fórmula de avaliação
da matéria-prima. O sistema envolve a seguintes operações básicas: amostragem e
preparo da amostra, extração do caldo, determinações analíticas e processamento
de dados.
A qualidade da cana-de-açúcar é função do estádio de maturação, do teor
de matéria estranha, do estado de conservação (deterioração), da sanidade, do
processamento de cana integral e do florescimento, sendo que estes dependem de
inúmeros outros fatores.
• Maturação
Desde que o rendimento industrial (açúcar, aguardente ou álcool) é
conseqüência do teor de sacarose da matéria-prima processada, a determinação do
estádio de maturação é da maior importância dentre as operações preliminares de
fabricação.
A cana-de-açúcar no decorrer do seu ciclo atravessa dois períodos distintos
com relação ao teor de sacarose. O primeiro é assinalado por um intenso
crescimento vegetativo acompanhado por uma gradual formação de sacarose,
enquanto que no segundo ocorre um predominante acúmulo de sacarose motivado
pela escassez dos principais fatores de desenvolvimento vegetativo. O estádio de
maturação é verificado, principalmente pelos teores de sacarose, de açúcares
redutores e umidade que apresentam no decorrer do período da safra. Não pode
florescer.
• Matéria estranha
A qualidade de cana industrial é comprometida pela quantidade de
impurezas carreadas com cana-de-açúcar nas fases de corte – carregamento. A
quantidade de impurezas – mineral e orgânica – é afetada pelas condições
climáticas, aumentando em períodos chuvosos pelas condições deficientes de
queima e carregamento. Os levantamentos efetuados mostravam valor médio de 5%
de matéria estranha para o corte – carregamento semi-mecânico e de 16% no
mecânico.
• Deterioração
Outro aspecto importante envolvido em qualidade de cana são os tipos de
deterioração que ela pode sofrer, especialmente após o corte. Em diversas
ocasiões em conseqüência da falha de coordenação das operações de corte –
transporte – processamento, ou ainda devido às condições climáticas que dificultam
a retirada da cana, contribuem para aumentar as perdas. Atualmente, apenas a
deterioração tecnológica é constatada através de pós-colheita.
Dentre os tipos de deterioração tecnológica, fisiológica e microbiológica,
esta última é a mais importante, devido aos problemas que ocasionam nos processos
de fabricação de açúcar, álcool e aguardente.
• Sanidade
A qualidade da matéria-prima é afetada pelo estado de sanidade dos colmos.
O complexo broca-podridão é um dos principais fatores responsáveis pela
depreciação da qualidade de cana-de-açúcar, causando danos apreciáveis a
agroindústria, diretamente proporcionais a intensidade de infestação. A queda de
qualidade é verificada pela diminuição da pol % cana e pureza, e aumento do teor
de açúcares: redutores, fibras e gomas.
Controle da qualidade
Amostras são coletadas e enviadas ao laboratório, onde são analisadas em
condições padronizadas. A qualidade é, então, determinada, e engloba as
características físico-químicas e microbiológicas da matéria-prima, que podem
afetar, significativamente, a recuperação do açúcar na fábrica e a qualidade do
produto final.
Os principais fatores relacionados à qualidade da cana-de-açúcar são
sacarose aparente, pureza, açúcares redutores totais, teor de açúcares redutores,
percentagem de fibra e tempo de queima e corte.
Dois aspectos importantes devem ser considerados para avaliar
corretamente a qualidade da matéria-prima: a riqueza da cana em açúcares e o
potencial de recuperação dos açúcares da cana.
Abaixo seguem as definições desses indicadores:
- % da fibra na cana