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XI Simpósio sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétricas,

II Simpósio sobre Usinas Reversíveis


Bourbon Convention Ibirapuera, São Paulo
22 a 23 de maio de 2018

DISCUSSÃO SOBRE A
DETERMINAÇÃO DA GARANTIA FÍSICA
PARA PCH (E CENTRAIS HÍBRIDAS)

Prof. Dr. Geraldo Lúcio Tiago Filho


MSc. Bruna Tayla Cabral de Vasconcellos
Centro Nacional de Referências em PCH - CERPC
Universidade Federal de Itajubá (Unifei)
SUMÁRIO

1. Despachos de Centrais
2. Garantia Física para Centrais Hidrelétricas
3. Revisão da Garantia Física de Usinas Não Despachadas
Centralizadamente
4. Análise da atual metodologia de cálculo da Garantia Física
5. Estudo para o Cálculo da Revisão
6. Garantia Física para Usinas Híbridas
7. Referências
1. Despachos de Centrais
1. Despachos de Centrais

• Decreto nº 3.653/2000 (BRASIL, 2000), cabe ao ONS:


• avaliar, mediante critérios aprovados pela ANEEL, quais usinas deverão ser
programadas e despachadas centralizadamente.
• programar a geração pode a ser estabelecido de forma coordenada e
centralizada:
• em bases mensais, semanais e diárias, e
• Coordenar, Supervisionar e Controlar o despacho de geração no tempo real

• Centrais Despachadas Centralizadamente


• Tipo I

• Centrais Não Despachadas Centralizadamente :


• Tipo II – A, B e C
• Tipo III
1.1. Centrais Despachadas Centralizadamente

• Tipo I: todas usinas têm a programação e o despacho centralizados.

• usinas conectadas à Rede Básica, cuja operação hidráulica possa afetar a


operação de outras usinas Tipo I e, ainda,

• usinas conectadas fora da rede básica cuja máxima potência líquida injetada
no SIN contribua para minimizar problemas operativos e proporcionar maior
segurança para a rede de operação, nessa modalidade
1.2. Centrais Não Despachadas Centralizadamente
• Tipo II
• usinas não classificadas como Tipo I, para as quais há necessidade de oferecer
informações ao ONS,

• Tipo II-A: Usinas Térmicas –


• UTEs não classificadas como Tipo I e que têm Custo Variável Unitário – CVU declarado,

• Tipo II-B: a programação da operação é centralizada e estabelecida pelo ONS em


bases mensais, semanais e diárias.
• o despacho de geração não é coordenado, estabelecido ou controlado pelo ONS,
• é necessário que o agente apenas informe o despacho programado e as reprogramações em
tempo real.
• usinas de características intermitentes da fonte primária, apresentam limitações que impedem
o atendimento ao despacho centralizado de forma sistemática, é o caso
• PCHs,
• UTEs à biomassa ou com cogeração,
• Eólicas
• Fotovoltaicas.

• Tipo II-C:
• usinas que, embora individualmente não impactem a operação do SIN, quando analisadas em
conjunto com outras usinas que compartilham o mesmo ponto de conexão, representam uma
potência significativa, impactando na operação da rede.
1.2. Centrais Não Despachadas Centralizadamente

• Tipo III:

• usinas não conectadas à rede básica,


• autoprodutoras conectadas à rede básica ou com a demanda
permanentemente maior que a geração.
• Não causam impactos na operação do SIN,
• tanto a programação quanto o despacho não são centralizados
2. GARANTIA FÍSICA
PARA CENTRAIS HIDRELÉTRICAS
2.1. GARANTIA FÍSICA

• Baseado no fato de que:


• Geração de Hidrelétricas é incerta (variável de acordo com diversos fatores
como: hidrológicos, indisponibilidade – programada ou não

• Procura-se estabelecer:
• Para cada usina, um patamar de geração que reflita uma garantia de
abastecimento.
2.1. GARANTIA FÍSICA

• Lei nº 10.848 de 15 de março de 2004


• regulamentada pelo art. 2º do Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004,
• a garantia física corresponde a máxima quantidade de energia que pode ser
comercializada por usinas hidrelétricas, termelétricas e projetos de importação, ou seja,
corresponde ao lastro de venda de empreendimentos de geração que irão comercializar
a sua garantia física, por meio de contratos de compra de energia ou potência.

• GF corresponde ao mínimo que a central pode gerar mesmo em


condições adversas;

• OBS.: Muitas vezes, o gerador não tem permissão para comercializar


toda energia que é capaz de gerar.
(Potência disponível ≠ energia contratada – GF)
2.2. CÁLCULO DA GARANTIA FÍSICA PARA CENTRAIS
NÃO DESPACHADAS CENTRALIZADAMENTE
2.2. CÁLCULO DA GARANTIA FÍSICA PARA CENTRAIS
NÃO DESPACHADAS CENTRALIZADAMENTE

• Usinas do MRE que podem ser despachadas:


• TIPO I
• Centralizadamente: necessitam de coordenação do ONS (em função da
importância, capacidade e localização no sistema elétrico);
• GF para Usinas Despachadas Centralizadamente é definida e calculada pelo programa
NEWAVE, desenvolvido pela CEPEL.
• NEWAVE pode ser utilizado também para planejamento de expansão, operação, cálculo do
PLD e elaboração de diretrizes para leilões.

• TIPO II
• Não centralizadamente: não necessita essa regulamentação do ONS (Caso de
PCHs e CGHs).
• PCHs: GF estabelecida sobre a média histórica de produção.
• (Variação na Produção real; maior ou menor que a GF)
2.2. CÁLCULO DA GARANTIA FÍSICA PARA CENTRAIS
NÃO DESPACHADAS CENTRALIZADAMENTE

𝐺𝐹𝐸
𝑚

= ෍ 𝑀𝑖𝑛 (𝑄𝑖 − (𝑄𝑟 + 𝑄𝑐 ) ∙ 9,81 ∙ (𝐻𝑏 − ∆ℎ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 ) ∙ 𝜂𝑡𝑔 ); 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 ∙ 1 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑐𝑜𝑛


𝑖=1
1
∙ 1 − 𝑇𝐸𝐼𝐹 ∙ 1 − 𝐼𝑃 ∙ − 𝐶𝑖𝑛𝑡
𝑚 ∙ 1000

σ𝑛𝑚
𝑖=1(𝐻𝐼𝐹𝑖 ∙ 𝑃𝑜𝑡𝑖 ) σ𝑛𝑚
𝑖=1(𝐻𝐼𝑃𝑖 ∙ 𝑃𝑜𝑡𝑖 )
𝑇𝐸𝐼𝐹 = 𝑛𝑚 𝐼𝑃 = 𝑛𝑚
σ𝑖=1(𝐻𝑃′ ∙ 𝑃𝑜𝑡𝑖 ) σ𝑖=1(𝐻𝑃 ∙ 𝑃𝑜𝑡𝑖 )
3. REVISÃO DA GARANTIA FÍSICA DE USINAS
NÃO DESPACHADAS CENTRALIZADAMENTE
3. REVISÃO DA GARANTIA FÍSICA DE USINAS NÃO
DESPACHADAS CENTRALIZADAMENTE
• Revisão Ordinária
• Geração média de energia elétrica nos seus primeiros quarenta e oito meses
de operação comercial < 80% ou >120% da GF
• Geração média de energia elétrica a partir dos seus sessenta meses de
operação comercial < 90% ou > 110% da GF.
• Revisão é feita a cada 5 anos
• Limitadas em 5% do valor estabelecido na última revisão
• 10% da sua garantia física originalmente estabelecida

12 σ𝑚 𝑖=1 𝐸𝑔𝑒𝑟𝑖
𝐺𝐹 = 𝐺𝑚é𝑑𝑖𝑎 = ∙
8760 𝑚

Gmédia: Geração média de energia elétrica (MWmédio);


m: Número de meses, múltiplo de doze, desde o décimo terceiro mês de operação comercial até o penúltimo mês do período em análise;
Egeri: Quantidade de energia gerada no mês i, referida ao ponto de conexão (MWh).
3.1. VISÃO ANTAGÔNICAS QUANTO A REVISÃO DA GF

• Empresários alegam:
• Crise Hídrica (2012 a 2015)
• Primeira revisão
• Média móvel de 30 anos
• Média móvel de 5 anos
• Revisão das usinas não despachadas centralizadamente seja feita em
concomitância com as grandes centrais despachadas centralizadamente
• Outorgas e usos e ocupação do solo

• Preocupações do governo:
• Dificuldades em se verificar a série histórica do empreendedor
• Uso de médias diárias ou médias mensais
• Consideração da vazão mínima da turbina
• Variação do rendimento e a perda de carga em função da vazão e da queda
3.2. RESULTADOS DA REVISÃO DA. GARANTIA FÍSICA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Aumentar Diminuir Manter
2011 2012 2013 2014 2015

Comportamento percentual da garantia física das PCHs e CGHs pertencentes ao MRE.

Fonte: MME
3.3. ANÁLISE DOS MÉTODOS SUGERIDOS
PARA A REVISÃO DA GF

Geração média conforme Gmédia calculada para médias Gmédia calculada para
metodologia atual. móveis de 5 anos. médias móveis de 30 anos.
3.4. DESAFIOS DO CÁLCULO E REVISÃO

• Não há um processo de revisão das vazões afluentes


• Crise de disponibilidade

• Portaria Nº 376, de 5 de Agosto de 2015 institui um Grupo de


Trabalho (GT)

• Déficit entre a Energia Gerada e a Garantia Física:


• Regulamentada pela Res. 409/2010
• Poderia implicar na saída compulsória do MRE

• Condição eliminada pela Lei 13.360/2016


4. ANÁLISE DA ATUAL METODOLOGIA DE
CÁLCULO DA GARANTIA FÍSICA
4.1. SELEÇÃO DA AMOSTRA

• Seleção da amostra

Usinas hidrelétricas não despachadas centralizadamente ;

Usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia


(MRE);

Usinas com mais de 36 meses de operação comercial em Maio de


2014;

SPI - Índice Padronizado de Precipitação


4.1. SELEÇÃO DA AMOSTRA

SPI anual de 2012. Fonte: <http://clima1.cptec.inpe.br/spi/pt>.


4.1. SELEÇÃO DA AMOSTRA

Figura 5. Gráfico do índice de precipitação versus índice de


geração para seleção de UHEndc e definição da amostra
(CERPCH, 2016).
23
4.1. SELEÇÃO DA AMOSTRA
Correlação, desvio médio absoluto e desvio médio para 257
Universo total de UHEndc
as séries de vazões das 26 usinas.
Desvio
Médio
Correlação Desvio médio
Absoluto
[m³/s]
1 99,1% 2,16 10,4%
40
2 98,9% 0,57 11,1% Amostra definida pelos valores
3 -37,7% 114,30 97,2% de SPI e coordenadas geográficas
4 100% 0,00 0%
5 73,9% 1,54 25,2%
6 99,9% 0,14 2,0%
7 98,5% 0,01 45,7%
8 94,7% 0,26 5,1%
9 95,4% 17,99 11,5% 30
10 93,2% 2,58 41,6% Centrais com dados disponíveis
11 84,0% 1,92 23,6%
12 93,6% 1,33 18,7%
13 93,7% 2,07 21,2%
14 99,9% 0,25 1,6%
15 100% 0,00 0%
16 99,9% 0,13 2,0% 26
Centrais com série de vazões
17 98,7% 1,15 8,4% calculadas
18 100% 0,00 0%
19 99,1% 0,10 4,7%
20 95,4% 11,47 9,2%
21 93,9% 3,07 17,3%
22 55,9% 22,20 33,5%
23 92,1% 0,09 12,5% 20
24 94,9% 2,17 7,0% Centrais com dados completos
para cálculo da energia média
25 87,6% 1,79 29,3%
26 63,0% 9,65 40,0%
4.2. LEVANTAMENTO DOS DADOS
HIDROLÓGICOS
• Obtenção das séries históricas de vazões e demais dados de
operação;
• Hidroweb e Projetos Básicos
• Tratamento da série histórica de vazões
• Preenchimento de falhas
• Transposição de Vazões
Vazão Mensal (m³/s) Vazão Mensal (m³/s)

0
50
100
200
250
300
0
50
100
150
200
250
300

150
janeiro, 2000 janeiro, 2000
julho, 2000 julho, 2000
janeiro, 2001 janeiro, 2001
julho, 2001 julho, 2001
janeiro, 2002 janeiro, 2002
julho, 2002 julho, 2002
janeiro, 2003 janeiro, 2003
julho, 2003 julho, 2003
janeiro, 2004 janeiro, 2004
julho, 2004 julho, 2004
janeiro, 2005 janeiro, 2005
julho, 2005 julho, 2005

POSTO B
POSTO A

janeiro, 2006 janeiro, 2006


julho, 2006 julho, 2006
janeiro, 2007 janeiro, 2007
julho, 2007 julho, 2007
janeiro, 2008 janeiro, 2008
julho, 2008 julho, 2008
janeiro, 2009 janeiro, 2009
julho, 2009 julho, 2009
janeiro, 2010 janeiro, 2010
julho, 2010 julho, 2010
janeiro, 2011 janeiro, 2011
julho, 2011 julho, 2011

Posto A
50
100
150
200
250
300

0
0
100
Posto B
200
Correlação entre postos

R² = 0,9293
y = 0,8997x + 7,6869

300
4.3 SOLUÇÕES POSSÍVEIS

• Uso de séries de vazões

Distribuição da série de vazões Distribuição da série de vazões Distribuição da série de vazões


médias diárias. médias mensais. médias anuais.
• Vazão mínima condicionando a geração (Série diárias) ou descontando
diretamente da vazão afluente ou considerando no TEIF

40
250
35
Vazões médias mensais [m³/s]

Vazões médias diárias [m³/s]


30 200

25
150
20

15 100

10
50
5

0 0
0% 50% 100% 0% 50% 100%
Probabilidade de ocorrência [%] Probabilidade de ocorrência [%]

Curva de Permanência Curva de Permanência


Engolimento Minimo Engolimento Minimo
5. PROPOSTA DE NOVAS METODOLOGIAS
5. PROPOSTA DE NOVAS METODOLOGIAS
Cenários analisados para o cálculo da GF.

Método Vazão Engolimento Mínimo Rendimento¹


A Diária Condiciona a vazão Variável
B Diária Condiciona a vazão Constante
C Diária Inserido na TEIF pela curva de permanência Variável
D Mensal Não Considera Constante
E Mensal Inserido na TEIF pela curva de permanência Constante
F Diária Inserido no FCEM pela curva de permanência Variável
G Mensal Inserido no FCEM pela curva de permanência Constante

𝐺𝐹𝐸
𝑚

= ෍ 𝑀𝑖𝑛 (𝑄𝑖 − (𝑄𝑟 + 𝑄𝑐 ) ∙ 9,81 ∙ (𝐻𝑏 − ∆ℎ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 ) ∙ 𝜂𝑡𝑔 ); 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 ∙ [𝟏 − 𝑭𝑪𝑬𝑴 ]


𝑖=1
1
∙ 1 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑐𝑜𝑛 ∙ 1 − 𝑇𝐸𝐼𝐹 ∙ 1 − 𝐼𝑃 ∙ − 𝐶𝑖𝑛𝑡
𝑚 ∙ 1000
Curvas características de rendimentos por vazão Curvas características de rendimentos por altura de
para diferentes tipos de turbinas hidráulicas. queda para diferentes tipos de turbinas hidráulicas.
1,1 1,1
1 1
0,9 0,9
0,8 0,8
0,7 0,7

η/ηmáx
η/ηmáx

0,6 0,6
0,5 0,5 Francis = -0,2779x2 + 0,5687x + 0,7101
0,4 Pelton = -0,3573x2 + 0,3846x + 0,8963 0,4 Kaplan = -0,1115x2 + 0,2321x + 0,8796
0,3 0,3 Hélice = -0,4962x2 + 1,0141x + 0,4821
Kaplan = 1,0888x3 - 2,5492x2 + 1,8434x + 0,5759
0,2 0,2
Francis = 0,9259x3 - 3,5582x2 + 4,0979x - 0,4878
0,1 0,1
0 0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2
Q/Qnominal H/Hmáx
Pelton Kaplan Francis Kaplan Francis Hélice

Curva característica de rendimento para um gerador


1,1 elétrico.
1
0,9
0,8
0,7
η/ηmáx

0,6
0,5 y = -0,7867x4 + 2,4767x3 - 3,1034x2 + 1,8914x + 0,5217
R² = 0,9976
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
P/Pnominal
• Perda de carga

∆ℎ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐾𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 . 𝑄2

𝐾𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = ෍ 𝐾𝑑 + ෍ 𝐾𝑙

8.𝑓 𝐿1 +𝐿2+⋯
𝐾𝑑 = 𝑔.2 . 𝐾𝑙 = 𝐾𝑣á𝑙𝑣 + 𝐾𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎𝑠 + 𝐾𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 + 𝐾𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎çõ𝑒𝑠+⋯
𝐷5

ℎ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐾𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑄𝑛 2

Regime turbulento, hidraulicamente rugoso, onde a fator de


atrito depende apenas da rugosidade reativa do conduto.
25 25

Method A: GE = 0.9784FEC Method D: GE = 0.825FEC


R² = 0.8928 R² = 0.932
Method C: GE = 0.9715FEC Method G: GE = 0.836FEC
R² = 0.8624 R² = 0.869
20
20
Method F = 0.9646FEC Method E: GE = 0.827FEC
R² = 0.8872 R² = 0.929
Average Generated Energy (aMW)

Method B = 0.865FEC

Average Generated Energy (aMW)


R² = 0.9195
15
15

10

10

0
0 5 10 15 20 25
Firm Energy Certificate (aMW)
0
Axis (y=x) Method A 0 5 10 15 20 25
Firm Energy Certificate (aMW)
Method B Method C
Method F Linear (Method A) Axis (y=x) Method D Method E
Linear (Method B) Linear (Method C) Method G Linear (Method D) Linear (Method E)
Linear (Method F) Linear (Method G)
Coeficientes Angular e de determinação das linhas de tendências resultante entre a
Geração Média e a Garantia Física Calculada, obtidas pela aplicação dos métodos
propostos.

Método Vazão Engolimento Mínimo Rendimento¹ K R²


A Diária Condiciona a Vazão
Condiciona a GF mínima Variável 0,978 0,893
B Diária Condiciona GF mínima
a aVazão
Condiciona Constante 0,920 0,920
C Diária Inserido na TEIF pela curva de permanência Variável 0,972 0,862
D Mensal Não Considera Constante 0,825 0,932
E Mensal Inserido na TEIF pela curva de permanência Constante 0,827 0,929
F Diária Inserido no FCEM pela curva de permanência Variável 0,971 0,863

G Mensal Inserido no FCEM pela curva de permanência Constante 0,836 0,869


6. GARANTIA FÍSICA PARA
USINA HÍBRIDAS
6.1. GARANTIA FÍSICA – PARQUE EÓLICOS

𝑃90𝑎𝑐 × 1 − 𝑇𝐸𝐼𝐹 × 1 − 𝐼𝑃 − ∆𝑃
𝐺𝐹 =
8760

P90ac = produção anual de energia certificada, em MWh, referente ao valor de


energia anual que é excedido com uma probabilidade de ocorrência igual ou
maior a 90%, constante da Certificação de Medições Anemométricas e de
Produção Anual de Energia;
TEIF = Taxa Equivalente de Indisponibilidade Forçada;
IP = Indisponibilidade Programada;
∆P = Estimativa Anual do Consumo Interno e Perdas Elétricas até o Ponto de
Conexão da Usina Eólica com o Sistema Elétrico, em MWh;
e 8760 = número de horas por ano.
6.2. GARANTIAS FÍSICAS DE ENERGIA DAS UTE E DAS
USINAS SOLARES HELIOTÉRMICAS, INFLEXÍVEIS E COM
CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO - CVU NULO

σ12
𝑀=1 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑚
𝐺𝐹 =
8760

• Geração totalmente inflexível;


• As usinas declaradas como inflexíveis só podem ter seu despacho
programado alterado pelo ONS em razão de controle da segurança do sistema
e ainda assim, como último recurso.
• CVU igual à zero, em razão da inflexibilidade total da usina;
• Disponibilidade de energia para o SIN definida pelo agente gerador;
• A disponibilidade mensal de energia das usinas solares heliotérmicas
deverá ser baseada na Certificação dos Dados Solarimétricos e no
Balanço Térmico da Planta, que deverá contemplar o Campo Solar e a
Ilha de Potência.
6.3. GARANTIA FÍSICA DAS USINAS SOLARES
FOTOVOLTAICAS

[𝑃50𝑎𝑐 × (1 − 𝑇𝐸𝐼𝐹) × (1 − 𝐼𝑃) × ∆𝑃]


𝐺𝐹 =
8760

• GF: garantia física de energia, em MW médio;


• P50ac: produção anual de energia certificada, em MWh, referente ao valor de
energia anual com uma probabilidade de ocorrência igual ou maior a 50%,
constante da Certificação de Dados Solarimétricos e de Produção Anual de
Energia;
• TEIF: taxa equivalente de indisponibilidade forçada, por unidade - pu;
• IP: indisponibilidade programada, por unidade - pu;
• ΔP: estimativa anual do consumo interno e perdas elétricas até o PMI da usina,
em MWh;
• e 8760: número de horas por ano.
6.4. ANÁLISE DO APROVEITAMENTO HÍBRIDO
NOS RESERVATÓRIOS
R$7.000,00

R$6.000,00
Preço máximo do kW instalado

E = 17.189P + 636,79
R² = 0,9934
R$5.000,00

R$4.000,00

R$3.000,00
PV = 13.902P + 105,27
R² = 0,9961
R$2.000,00

R$1.000,00

R$-
R$0,00 R$0,05 R$0,10 R$0,15 R$0,20 R$0,25 R$0,30 R$0,35 R$0,40
Preço de venda do kWh gerado

Solar fotovoltaica (PV) Eólica (E)

Curvas que descrevem o preço máximo do kW instalado que viabiliza o


incremento por fonte solar fotovoltaica e eólica segundo um preço de venda de
energia.
R$6.000,00

R$5.000,00
Preço máximo do kWinstalado

R$4.000,00

R$3.000,00 R$ 0,34
R$ 0,23
R$2.000,00 R$ 0,13

R$1.000,00

R$-
4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40
Irradiação solar global horizontal (kWh/m²/dia)

Preço máximo do kW instalado que viabiliza o aproveitamento solar fotovoltaico em


função da irradiação global horizontal do local.
R$9.000,00

R$8.000,00

R$7.000,00
Preço máximo do kWinstalado

R$6.000,00

R$5.000,00
R$ 0,34
R$4.000,00 R$ 0,23
R$3.000,00 R$ 0,13

R$2.000,00

R$1.000,00

R$-
4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Velocidade do vento na altura do aerogerador (m/s)

Preço máximo do kW instalado que viabiliza o aproveitamento eólico em função da


velocidade do vento na altura do aerogerador.
45,00

40,00

35,00
GF Contratada (MWmédio)

30,00

25,00

20,00
y = 1,2553x
R² = 0,8124
15,00

10,00

5,00

0,00
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00
GF arranjo híbrido (MWmédio)

Eixo (y=x) Linear (GF arranjo híbrido)


7. REFERÊNCIAS
• AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL). Relatórios do Sistema de Apoio a Decisão, 2015. Disponível em:
<http://relatorios.aneel.gov.br/_layouts/xlviewer.aspx?id=/RelatoriosSAS/RelSAMPRegiao.xlsx&Source=http://relatorios.aneel.gov.br/RelatoriosSAS/Forms/AllItems.aspx&DefaultIte
mOpen=1>. Acesso em: 20 Setembro 2016.

• BRASIL. Decreto nº 2.655, de 2 de julho de 1998. Regulamenta o Mercado Atacadista de Energia Elétrica, define as regras de organização do Operador Nacional do Sistema Elétrico, de
que trata a Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, e dá outras providências., Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília (DF), 1998.

• BRASIL. Decreto 5.163/04 de 30 de julho de 2004. Regulamenta a comercialização de energia elétrica, o processo de outorga de concessões e de autorizações de geração de energia
elétrica, e dá outras providências. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos., Brasília (DF), 2004.

• BRASIL. Portaria MME nº. 463, de 3 de dezembro de 2009. Ministério de Minas e Energia., Brasília (DF), 2009.

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