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Apresentação sobre “Levantado do Chão”

O livro que vou a presentar hoje chama se “Levantado do Chão”


É da autoria de José Saramago e é uma edição da Porto Editora e foi publicado no ano 1980

A capa: A capa é muito simples, cinzenta, com o título cuja caligrafia é do enigmático Mia
Couto, um grande escritor da língua lusófona

O título: O título “Levantado do chão” é um título curioso, mas ninguém melhor que o
próprio Saramago para o explicar como fez na contra capa do livro (Ler a contra capa). O que
simboliza a luta contra as condições adve rsas.

Curiosidade: Uma curiosidade acerca do título desta obra, é que depois das inundações em
Moçambique, no início do segundo milénio, Saramago decidiu abraçar a causa e uniu-se a
outros escritores moçambicanos, dos quais se destaca Mia couto, e facultou, não só o seu
nome para publicitar melhor a angariação de fundos, como também facultou
financeiramente a reconstrução dos estragos deixados pelas cheias. Com o seu contributo,
foi erguido um posto de saúde em Moçambique que ainda hoje está operacional, cujo nome
foi dado em memória ao próprio escritor José Saramago, chamando se assim “Levantado do
Chão”

Escrita: Saramago apresenta uma escrita muito particular, com um vocabulário um tanto
complexo por conter palavras pitorescas e muito rusticas, tradicionalmente pouco usadas no
discurso atual, mas muito características do meio rural que viu crescer Saramago.
Ainda acerca da sua escrita, podemos ver que é bastante densa, despossuída de sinais de
pontuação alem das simples virgulas e pontos finais (que segunda palavras de saramago e’
apenas o essencial para escrever um livro, tudo o resto de pontuação e’ deixada ao critério
do leitor), o que pode se tornar cansativo para quem não está habituado e onde os diálogos
e discursos entre personagens se fazem de forma seguinte sem quebra de paragrafo.

A minha escolha: A minha escolha recaiu sobre este livro por ter sido escrito por um dos
mais conhecidos autores da língua portuguesa, o único vencedor do premio nobel da
literatura e que eu nunca tinha tido a oportunidade de ler a sua escrita. Também me
convenceu por retratar o Alentejo durante a época do estado novo e por me dar uma visão
diferente daquilo que são as origens e o passado da minha terra e da minha gente – a sua
história.

5) Justificar a escolha do género: É um romance Histórico pois narra a origem da família


Mau-Tempo e sobre as 3 gerações de família que se seguem – o Domingos Mau-Tempo e a
Sara seguido do João Mau Tempo e da Faustina que vão ter 3 filhos (António, Manuel e
Gracinda). Toda a narrativa se passa em Monte Lavre no Alentejo e gira em torno da família
Mau-Tempo, observando o contexto histórico do estado novo e a região sob os olhos e a
perspetiva desta família

Resumo: Após por longas páginas iniciais expor a origem dos olhos azuis na família mau
tempo e daquilo que são as suas origens, é na 3* geração, com os filhos de João e Faustina:
António, Manuel e Gracinda, que se vai desenrolar aquilo que é a essência do livro. Um livro
que retrata a miséria e a pobreza que era característica dos trabalhadores agricolas na época
do estado novo no Alentejo e nas desigualdade e diferenças sociais entre os camponeses e
os latifundiários para os que quais trabalhavam, através da perspetiva dos Mau-Tempo, uma
família de operários agrícolas muito pobre e que passa por muitas dificuldades.
Concentrando nos ainda mais com os 3 filhos de João e Faustina, que se sente a necessidade
crescente de levantar este povo oprimido e explorado que tem vindo a trabalhar para os
grandes latifundiários do alentejo, sob sol a sol sem condições. Também a partir daqui se
começa a desenhar uma crítica a uma instituição sagrada e muito dogmática ate então como
é a igreja. Com a crescente esperança de levar uma vida com dignidade e mais condições, os
trabalhadores unem-se e começam a exigir os direitos que lhe tem vindo a ser negados por
décadas de trabalho explorado. O livro termina historicamente por volta de 1975 apos a
revolução dos cravos.

Excerto escolhido: o excerto que escolhi foi (ler excerto p. 63) escolhi este excerto
porque

Opinião Pessoal: Na minha opinião deixo uma apreciação positiva a este livro. Apesar da
inicial e normal dificuldade para me habituar à escrita de Saramago, a leitura tornou-se mais
fluida após a adaptação, como diz o ditado “primeiro estranha-se, depois entranha-se”.
Achei que este livro anda muito de mão dada com acontecimentos históricos e com aquilo
que é a historia de Portugal, e mais que isso, aquilo que é o passado e historia de um povo, o
povo alentejano, alvo de sofrimento e torturas como narrado no livro, povo este que são as
minhas raízes e com o qual me identifico nas suas lutas por uma vida melhor, o que fez com
que eu nutrisse ainda mais carinho pelo livro.
Reparei ainda que este livro tem um cunho muito pessoal do autor Saramago, sendo que
tem uma vertente bastante crítica da religião.

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