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(Matheus Kubs/Superinteressante)
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Ao mesmo tempo, foram aparecendo sinais de que algo não andava
bem. A média de atenção humana, segundo um estudo da
Microsoft, havia regredido para míseros oito segundos – um a
menos do que o peixe-dourado, uma espécie ornamental de
aquário, que é capaz de focar num estímulo visual por nove
segundos.
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Durante a maior parte da história, era preciso ir atrás de coisas interessantes, dignas de atenção. Mas
o mundo moderno inverteu essa lógica. (Luiz Mello/Superinteressante)
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entretenimento.
Isso é ótimo, mas também tem consequências ruins. Está cada vez
mais difícil focar em algo. Qual foi a última coisa que chamou a sua
atenção na internet hoje? Você lembra? É bem possível que não:
olhou aquilo por tão pouco tempo que o seu cérebro nem chegou a
formar uma memória.
A gênese da atenção
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Dela vieram bactérias, arqueias, fungos, plantas, animais. Estes,
com uma habilidade revolucionária: o poder de decidir sua reação a
estímulos externos. Ficar ou fugir, afagar ou atacar, ignorar ou
observar. Direcionar o olhar, e os pensamentos, ao que realmente
interessa. Ou seja, prestar atenção.
Atenção é útil para todo animal. Tanto é assim que ela emana do
sistema límbico(2): a parte mais interna e antiga do cérebro, que o
Homo sapiens compartilha com diversas espécies, e também
controla funções como a memória e o medo.
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(Luiz Mello/Arte/Superinteressante)
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A atenção é uma vantagem evolutiva crucial – porque permite direcionar a capacidade cognitiva, um
recurso finito, ao que mais importa. (Luiz Mello/Superinteressante)
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(Arte/Superinteressante)
“Em si mesma, a atenção cinética não é boa nem ruim. Mas minha
pesquisa também mostrou que, na maior parte do tempo, nós não
somos muito bons em utilizá-la”, diz a psicóloga.
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só uma olhadinha no smartphone), o que desperdiça tempo e
esforço.
O ano era 2004, antes dos smartphones e das redes sociais como
as conhecemos hoje, e os participantes tinham apenas o livro e um
botão – que deviam apertar quando sentissem que haviam se
distraído da leitura.
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A atenção sustentada tem a ver com tarefas mentais mais exigentes. Ela é delicada, introspectiva. E
vive sob o ataque de uma irmã inquieta. (Luiz Mello/Superinteressante)
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tecnologia: a indústria da atenção.
O valor da atenção
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a cada email ou ligação telefônica – e, se o contato se revelasse
inútil, você poderia resgatar o dinheiro.
(Arte/Superinteressante)
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tecnologia faça o usuário passar 50% mais tempo em um site como
o Twitter, por exemplo. “Nós estamos perdendo o controle das
ferramentas que criamos”, declarou em 2019.
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Hoje, 0,4% das pessoas que veem um anúncio clicam nele – e o
número real pode ser menor ainda. “Em dispositivos móveis, quase
metade dos cliques é acidental, a pessoa tocou sem querer na tela”,
afirma Hwang.
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Não deu muito certo, e o ritmo seguiu frenético. Os mesmos
documentos internos apontavam que 50% dos usuários do app
consideram “estressantes” conteúdos com mais de 1 minuto, e
30% assistem a vídeos online na velocidade 2x. O estrago estava
feito.
A química da atenção
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substâncias viciantes.
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A indústria da atenção se tornou um setor econômico bilionário – em que as gigantes da tecnologia
tentaram capturar, e revender, o seu foco. (Luiz Mello/Superinteressante)
Na tentativa de frear esse vício, surgiu uma nova moda nas redes: o
dopamine fasting, ou jejum de dopamina. A tese foi proposta pelo
psiquiatra Cameron Sepah, da Universidade da Califórnia (São
Francisco), e propunha um jeito de reduzir a dependência de certas
atividades.
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novo Nação Tarja Preta.
O “jejum de dopamina” não reduz, de forma significativa, a quantidade dela no cérebro. Mas pode
trazer benefícios psicológicos. (Luiz Mello/Superinteressante)
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E talvez não seja mais possível falar em autocontrole quando do
outro lado das telas há bilhões de dólares, e um exército de
programadores e engenheiros, forjando novas maneiras de
sequestrar a atenção. Por essa linha de raciocínio, seria preciso
fazer uma mudança estrutural, com leis regulamentando os apps e
as redes sociais.
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você também tenha o hábito de exercitar a atenção sustentada.
Vale qualquer atividade que possa prendê-la por mais de alguns
minutos – inclusive ler textos mais longos, como este (aliás,
quantas vezes você parou para olhar o celular antes de chegar até
aqui?).
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Fontes (1) Busting the attention span myth. BBC, 2017. (2) The
Spatial Attention Network Interacts with Limbic and Monoaminergic
Systems to Modulate Motivation-Induced Attention Shifts. A
Mohanty e outros, 2008. (3) A neuro-metabolic account of why
daylong cognitive work alters the control of economic decisions. A
Wiehler e outros, 2022. (4) Zoning out while reading: evidence for
dissociations between experience and metaconsciousness. JW
Schooler e outros, 2004. (5) Selling interrupt rights: A way to control
unwanted e-mail and telephone calls. S Fahlman, 2002.
cérebro
distúrbio de déficit de atenção
neurotransmissores
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Tiktok
transtorno do déficit de atenção com hiperatividade
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