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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
A ORGANIZAÇÃO CONSTITUCIONAL DO
ESTADO BRASILEIRO ATUAL
NOÇÕES BÁSICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL, CONSTITUIÇÃO E ESTADO
CONSTITUIÇÃO
POLÍTICA DIREITO
ESTADO
ESCOLHAS/DECISÕES PODER
NORMAS/DECISÕES
POLÍTICAS JURÍDICAS
(GOVERNO E PARLAMENTO)
PODERES CONSTITUÍDOS OU INSTITUÍDOS
ESTADO
PODER
DECISÕES NORMAS
ESTATAL
POLÍTICAS (“O PODER”) JURÍDICAS
SOCIEDADE CIVIL
O Estado é O lado sombrio
um ou obscuro
da força.
dispositivo
de poder
que pode
servir como
instrumento
de opressão
social.
FUNÇÃO TRADICIONAL
CONSTITUIÇÕES DE TODOS OS TEMPOS
CONSTITUIÇÕES PRÉ-MODERNAS, MODERNAS E CONTEMPORÂNEAS
FUNÇÃO CONSTITUINTE
CONSTITUIÇÃO, FUNDAÇÃO OU INSTITUIÇÃO CONSTITUIR O ESTADO
DE UM NOVO SISTEMA POLÍTICO-JURÍDICO
ATRIBUI E ORGANIZA
PODER
LIMITA E DIRIGE
CONTER O ESTADO PARA PROTEGER
FUNÇÃO CONSTITUCIONALISTA BENS SOBERANAMENTE QUALIFICADOS
COMO FUNDAMENTAIS PELO POVO
ESTADO
PODER
INDIVÍDUO
SISTEMA CONSTITUIÇÃO POVO
NOÇÃO JURÍDICA
NORMAS FUNDAMENTAIS
JURÍDICAS FUNDAMENTOS SUPREMAS
FUNDAÇÃO, PILARES, BASE OU ALICERCE
SISTEMA SISTEMA
NORMAS POLÍTICOMATÉRIAS JURÍDICO SUPREMACIA
CONSTITUCIONAIS CONSTITUCIONAIS CONSTITUCIONAL
REGRAS SUPREMACIA
ORGANIZAÇÃO
MATERIAL
CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAL DO ESTADO
[SUBSTANCIAL/CONTEUDÍSTICA]
E E E
PRINCÍPIOS DIREITOS E GARANTIAS
SUPREMACIA
FORMAL
CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS
[JURÍDICA/HIERÁRQUICA]
MATÉRIAS CONSTITUCIONAIS
DIREITOS
ESTADO
FUNDAMENTAIS
ORGANIZAÇÃO DIREITOS
FUNDAMENTAL E
DO GARANTIAS
ESTADO FUNDAMENTAIS
[OFE] [DGF]
OFE DGF
ATRIBUI LIMITA
ORGANIZA DIRIGE
PODER
PODERES CONSTITUÍDOS OU INSTITUÍDOS
CF/1988: Art. 1º A República Federativa do Brasil
[...] constitui-se em Estado [...] de Direito [...] LIMITADO
ESTADO DE DIREITO
CONSTITUCIONAIS INFRACONSTITUCIONAIS
SUPREMACIA CONSTITUCIONAL: MATERIAL + FORMAL
MATÉRIAS SUPREMACIA
DE MATERIAL
OFE DGF
VALOR SUBSTANCIAL
SUPREMO CONTEUDÍSTICA
TOPO
SUPREMACIA
POSIÇÃO
FORMAL
HIERÁRQUICA
JURÍDICA
SUPREMA
HIERÁRQUICA
(“SUPERLEGALIDADE”)
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA
CONSTITUIÇÃO
NJ3
CONSTITUIÇÃO NJ2 CONJUNTO, NÚCLEO OU MATRIZ
NJ . . . NJ
1 N NORMATIVA
ORGANIZAÇÃO
FUNDAMENTAL
DO
ESTADO
LEI
ESTADO FUNDAMENTAL
DO
ESTADO
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia
Nacional Constituinte para instituir um Estado […] promulgamos […] a
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
[Jan./1789]
Abade de Chartres
Emmanuel Joseph SIEYÈS
[1748-1836]
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (PCO)
PRIMÁRIO, DE 1º GRAU, FUNDACIONAL, GENUÍNO, AUTÁRQUICO OU PRIMOGÊNITO
C1 C2 C3 C4
E1 E2 E3 E4
PCO NA HISTÓRIA CONSTITUCIONAL BRASILEIRA
REVOGAÇÃO POSITIVAÇÃO
DA
CONSTITUIÇÃO PCOR DE UMA
NOVA
ANTERIOR CONSTITUIÇÃO
DESCONSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO
DA DE UMA
ORDEM NOVA
POLÍTICO-JURÍDICA ORDEM
VIGENTE POLÍTICO-JURÍDICA
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional
Constituinte para instituir um Estado […] promulgamos […] a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
RFB
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos: […]
ESTADO PAÍS PÁTRIA - carga afetiva
sentimentos cívicos;
nacionalismo; laços
(“PAISAGEM”) afetivos com a terra natal
(“PÁTRIA AMADA”)
Denominação Espaço ou unidade
Instituição geográfica
República ocupada, em Denominação
Político-Jurídica
Federativa do caráter
Soberana Brasil
Brasil permanente, por
(“Terrae Brasilis”)
(Preâmbulo e art. 1º) determinada
coletividade, com
elementos de
Dado Histórico
geografia física
Marco Histórico (22/4/1500)
(fauna, flora,
relevo, clima etc) e Monte Pascoal
7/9/1822 humana (cultura, Ilha de Vera Cruz
economia, política Terra de Santa Cruz
Independência Nacional BRASIL
etc).
(“terra do pau cor de brasa”)
“País é palavra que se refere aos aspectos
físicos, ao habitat, ao torrão natal, à
paisagem territorial. O termo país […]
manifesta a unidade geográfica, histórica,
econômica e cultural das terras ocupadas
[…]. O nome do país pode ou não coincidir
com o nome do respectivo Estado: Espanha
(nome de país e de Estado); Portugal (país), BR
República Portuguesa (nome de Estado); AS
Estados Unidos da América do Norte (nome IL
de Estado e nome do país).” ≠R
FB
José Afonso da Silva
O PROCESSO DE FORMAÇÃO DA TERRAE BRASILIS
22/4/1500
SELEÇÕES DESPORTIVAS BRASILEIRAS REPRESENTAM SIMBOLICAMENTE A RFB OU O BRASIL?
DENOMINAÇÕES
OFICIAIS
ESTADO
PORTUGUÊS
(soberano) Império do Brasil
ESTADO (C.1824)
PORTUGUÊS
(soberano)
INDEPENDÊNCIA
NACIONAL
7/9/1822 [República dos]
Estados Unidos do Brasil
BRASIL (Dec. 01/1889 e CFs 1891, 1934, 1937 e 1946)
(dependente)
ESTADO
MERO APÊNDICE DE PORTUGAL
COLÔNIA = ABSOLUTA DEPENDÊNCIA OU
BRASILEIRO
SUBORDINAÇÃO POLÍTICA (soberano) República Federativa do Brasil
CF/1967, EC 1/1969 e CF/1988
República Federativa do Brasil
Forma de Governo País
Forma de Estado
República
Temporariedade Estado Federal
Eletividade
Responsabilidade (Federação)
(“TER”) x
x
Estado Unitário
Monarquia
Vitaliciedade
Hereditariedade
Irresponsabilidade
(“HIV”)
PRINCÍPIO REPUBLICANO
Art. 1º A República Federativa do Brasil […]
REPÚBLICA MONARQUIA
Temporariedade Vitaliciedade
Eletividade Hereditariedade
Responsabilidade Irresponsabilidade
(“TER”) (“HIV”)
PRINCÍPIO DA IRRESPONSBILIDADE REAL
“O REI NÃO ERRA” – “THE KING CAN DO NO WRONG” – “LE ROI NE PEUT MAL FAIRE”
13,40% 30,80%
86,60% 69,20%
CLÁUSULAS PÉTREAS EXPRESSAS OU EXPLÍCITAS
”
ITO
”
I - a forma federativa de Estado;
GA
IRE
OD
SE
OU
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
R
PA
VÓ
SE
III - a separação dos Poderes;
ÊQ
“FO
OC
IV
“FO
IV - os direitos e garantias individuais.
Enquanto a forma federativa de Estado é expressamente reconhecida pelo art. 60, § 4º,
I, da CF/1988 como cláusula pétrea, a forma republicana de governo não o é!
FORMA DE ESTADO
FORMA ESTADO
ORGANIZAÇÃO INTERNA
ORGANIZAÇÃO
POLÍTICO-ADMINISTRATIVA FUNÇÕES
POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS
DO ESTADO
FORMAS DE ESTADO: ESTADO UNITÁRIO x ESTADO FEDERAL
ESTADO ESTADO
UNITÁRIO/SIMPLES FEDERAL
[PURO] [COMPLEXO/COMPOSTO/PLURAL]
ENTES
ENTIDADES
COMPONENTES
MEMBROS
PODER UNIDADES
CENTRAL FEDERATIVAS
FEDERADAS
Centros
Político-Administrativos
Autônomos
CENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
POLÍTICO-ADMINISTRATIVA POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
FORMAS DE ESTADO: ESTADO UNITÁRIO x ESTADO FEDERAL
ESTADO ESTADO FEDERAL
UNITÁRIO/SIMPLES BRASILEIRO
[PURO] [RFB]
CF/1988 E A FORMA FEDERATIVA DE ESTADO
PRINCÍPIO FEDERATIVO
“MUDE” Art. 18
ENTES
FEDERADOS U 1 Es 26 DF 1 Ms 5570
RFB
U
TODO
TOTALIDADE ESTATAL
PARTE
INSTITUIÇÃO/ENTIDADE INTERNA DA RFB
ESTADO
FEDERAL ENTE/ENTIDADE
BRASILEIRO FEDERATIVA
(FEDERAÇÃO BRASILEIRA)
INDEPENDÊNCIA
CAPACIDADE DE EXERCER
POLÍTICO-JURÍDICA
FUNÇÕES
+
POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS
SUPREMACIA
SEM SUBORDINAÇÃO AOS
POLÍTICO-JURÍDICA
DEMAIS ENTES FEDERADOS
(AUTORIDADE SUPREMA)
RFB U + Es + DF + Ms
SOBERANIA
CAPACIDADE DE AUTODETERMINAÇÃO POLÍTICO-JURÍDICA
(CONCEITO BIDIMENSIONAL)
DIMENSÃO
DIMENSÃO INTERNA
EXTERNA NACIONAL
INTERNACIONAL DOMÉSTICA
INDEPENDÊNCIA SUPREMACIA
NÃO SUBORDINAÇÃO ÀS AUTORIDADE SUPREMA
DETERMINAÇÕES POLÍTICAS E NAS DETERMINAÇÕES
JURÍDICAS DE OUTROS POVOS POLÍTICAS E JURÍDICAS
NO TERRITÓRIO NACIONAL,
SEM INTERVENÇÕES EXTERNAS
RFB SOBERANIA
U/Es/DF/Ms AUTONOMIA
ENTE GLOBAL
ATUA EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL
U 1 COMPETÊNCIAS FEDERAIS
ENTE FEDERAL
Es 26 COMPETÊNCIAS ESTADUAIS
ENTES REGIONAIS
DF 1
COMPETÊNCIA CUMULATIVA
(≈ ESTADUAIS + MUNICIPAIS)
ENTE HÍBRIDO OU MISTO
RFB
U E´s M´s DF
ENTE
ENTES ENTES ENTE
FEDERAL
REGIONAIS LOCAIS MISTO/HÍBRIDO
GLOBAL
Fortaleza
Brasil
Ceará
ESPAÇOS GEOGRÁFICOS
O ESPAÇO GEOGRÁFICO A INSTITUIÇÃO PÚBLICA
CHAMADO DE DISTRITO FEDERAL CHAMADA DE DISTRITO FEDERAL
(TERRITÓRIO DISTRITAL)
(ENTE OU ENTIDADE FEDERATIVA)
TERRITÓRIO ESTADUAL TERRITÓRIO DISTRITAL
DIVIDIDO EM Ms NÃO DIVIDIDO EM Ms
[art. 32 da CF/1988]
No DF, há cidades
(Brasília e as cidades-satélites),
CEARÁ mas não há Ms e, portanto:
ñ há órgãos e entidades municipais;
ñ há Prefeituras Municipais;
ñ há Câmaras Municipais; e
184 Ms ñ há eleições municipais.
QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS
DF
DISTRITO FEDERAL
REGIÕES
ADMINISTRATIVAS
(33 RAs)
COMPETÊNCIA CUMULATIVA DO DF
OBS: O DF NÃO EXERCE COMPETÊNCIAS JUDICIÁRIAS, POIS NÃO POSSUI PODER JUDICIÁRIO PRÓPRIO.
DF ≈ E + M
ACUMULA
COMPETÊNCIAS
LEGISLATIVAS E EXECUTIVAS
ESTADUAIS E MUNICIPAIS
U
Art. 32. […] § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios. ➔ O DF também acumula competências executivas (administrativas ou
materiais) estaduais e municipais (interpretação extensiva ou ampliativa).
DF ≈
COMPETÊNCIAS COMPETÊNCIAS
DOS DOS
ESTADOS MUNICÍPIOS
ORGANIZAÇÃO MANUTENÇÃO
(LEIS) (CUSTEIO)
São órgãos federais, Integram o Sistema de Segurança Pública do DF e são órgãos distritais sui generis,
pertencem à U; não são, anômalos, ou seja, pertencem ao próprio DF e se subordinam ao Governador do DF,
pois, órgãos distritais. mas são organizados e mantidos pela União.
GDF, CLDF, DPDF,
U DF TCDF, PGDF etc.
ÓRGÃOS DISTRITAIS
PUROS
PJU MPU GDF
ÓRGÃO FEDERAL
PJDFT U U U
JUSTIÇA
(INTEGRA O PJU)
ÓRGÃO FEDERAL
MPDFT U U U
(INTEGRA O MPU)
PCDF U U DF
SEGURANÇA PÚBLICA
SISTEMA DE
PMDF U U DF ÓRGÃOS
DISTRITAIS
PPDF U U DF SUI GENERIS
CBMDF U U DF
Art. 21. Compete à União: […] XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar
e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; ➔ Ver Lei 10.633/2002 (Lei do Fundo Constitucional do
Distrito Federal – LFCDF): Art. 1º Fica instituído o Fundo Constitucional do Distrito Federal - FCDF, de natureza contábil,
com a finalidade de prover os recursos necessários à organização e manutenção da polícia civil, da polícia militar e do
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como assistência financeira para execução de serviços públicos de
saúde e educação, conforme disposto no inciso XIV do art. 21 da Constituição Federal.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito
Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na
hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. [...]
Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: [...] d) o Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios;
Art. 144 […] § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército
subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. ➔ OBS: EC 104/2019: instituiu as polícias penais da U, dos Es e do DF.
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. Art. 155.
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: ➔ O DF é titular da competência tributária para
instituir e cobrar os impostos estaduais (ITCD, ICMS e IPVA) e os municipais (IPTU, ITBI e ISS).
A atribuição de organizar, manter e gerenciar a Defensoria Pública do
Distrito Federal (DPDF) foi transferida, pela EC 69/2012, da União para o
Distrito Federal, de forma que atualmente se trata de um órgão distrital
organizado, mantido e gerenciado inteiramente pelo próprio DF!
Art. 21. Compete à União: […] XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
Inciso XIII, alterado pela EC 69/2012. O inciso alterado dispunha o seguinte: “XIII - organizar e manter o Poder Judiciário,
o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;”
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: […] XVII - organização judiciária, do Ministério Público do
Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
Inciso XVII, com redação dada pela Ec 69/2012. O inciso alterado dispunha o seguinte: "XVII - organização judiciária, do
Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa
destes;"
Além da DPDF, são também órgãos puramente distritais, que integram o DF e são por ele mantidos, organizados e
gerenciados: Governo do DF (GDF), Câmara Legislativa do DF (CLDF), Tribunal de Contas do DF (TCDF), Procuradoria Geral
do DF (PGDF), Controladoria-Geral do DF (CGDF) etc.
SÚMULA
VINCULANTE
SÚMULA 39/2015-STF
647/2003-STF Compete
Compete privativamente
privativamente à União legislar
à União legislar sobre
sobre vencimentos
vencimentos dos membros
dos membros das polícias
das polícias civil e militar e
civil e militar do do corpo de
Distrito Federal. bombeiros
militar do
Distrito Federal.
FCDF
(art. 21, XIV, da CF/1988 e Lei 10.633/2002)
SAÚDE PÚBLICA
U DF EDUCAÇÃO PÚBLICA
SEGURANÇA PÚBLICA
FCDF
U DF
FUNÇÕES
[ORGANIZAR E MANTER]
TF c/ M´s TF s/ M´s
DF TF
s/ Ms pode ter Ms
Art. 32. O Distrito Federal, Art. 33 […] § 1º Os Territórios
vedada sua divisão em Municípios, poderão ser divididos em Municípios
[...] [...]
Transformados Reincorporado
em Estados Federados ao Estado de Pernambuco
[art. 14 do ADCT] [art. 15 do ADCT]
Art. 14. Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados Federados,
mantidos seus atuais limites geográficos. […]
Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha, sendo sua área reincorporada ao
ADCT
RR AP
U E DISTRITO
ESTADUAL
[s/ Ms]
CURIOSIDADE!
U EPE
Além do Distrito Federal (U+DF) e dos Territórios Federais (U+Ms), há a figura do Distrito Estadual, parcela do
território nacional que não possui Municípios e conta com a ação institucional apenas do respectivo Estado-
membro e da União (U+E). Atualmente só há um Distrito Estadual, no caso, o Distrito Estadual de Fernando de
Noronha, nos termos do art. 96 da Constituição do Estado de Pernambuco.
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
► Do Distrito Estadual de Fernando de Noronha
Art. 96. O Arquipélago de Fernando de Noronha constitui região geoeconômica, social e cultural do Estado de
Pernambuco, sob a forma de Distrito Estadual, dotado de estatuto próprio, com autonomia administrativa e
financeira. ➔ A Lei Estadual 11.304/1995, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco –
AL/PE, aprovou a Lei Orgânica do Distrito Estadual de Fernando de Noronha – LODEFN.
§ 1º O Distrito Estadual de Fernando de Noronha será dirigido por um Administrador-Geral, nomeado pelo
Governador do Estado, com prévia aprovação da Assembléia Legislativa. ➔ O Administrador-Geral preside uma
instituição administrativa de natureza autárquica (autarquia territorial estadual), denominada de Autarquia
Territorial do Distrito Estadual de Fernado de Noronha – ATDEFN, competente para a gestão e prestação das
competências administrativas estaduais e municipais no Arquipélago.
§ 2º Os cidadãos residentes no Arquipélago elegerão pelo voto direto e secreto, concomitantemente com as
eleições de Governador do Estado, sete conselheiros, com mandato de quatro anos, para formação do Conselho
Distrital, órgão que terá funções consultivas e de fiscalização, na forma da lei. ➔ O Conselho Distrital não é um
Poder Legislativo Distrital. As leis sobre matérias estaduais e municipais relativas ao Distrito Estadual
continuam sendo aprovadas pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco – AL/PE.
§ 3º O Distrito Estadual de Fernando de Noronha deverá ser transformado em Município quando alcançar os
requisitos e exigências mínimas, previstos em lei complementar estadual. ➔ Pode-se criar Município em
Fernando de Noronha. A CF/1988 não proíbe.
CONFLITO FEDERATIVO: DISPUTA PELA TITULARIDADE DO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA
“CASO DA FEDERALIZAÇÃO DE FERNANDO DE NORONHA”
U EPE
Em 3/2022, foi proposta no STF a ACO 3568/PE, ajuizada pela União em face do Estado de Pernambuco, na qual a União
reivindicava a titularidade federal do Arquipélago de Fernando de Noronha e o cumprimento de um contrato de cessão de uso
firmado em 2002. Em 3/2023, as partes concluíram um acordo de gestão compartilhada e o processo judicial foi extinto.
U Ms
E E
U Ms U Ms
TERRITÓRIO
FEDERAL
FICTÍCIO
U DF U E
DISTRITO
FEDERAL
DISTRITO
ESTADUAL
E
U Ms
ORGANIZAÇÃO FEDERATIVA BRASILEIRA
REGRA U+E+M
DF U + DF
EXCEÇÕES
TF U+M
OBS: atualmente, não há TFs no Brasil, embora seja permitida pela CF/1988 a sua criação.
Podem existir ou não Ms em TFs.
DE U+E
OBS: atualmente, só há um DE no Brasil (Arquipélago de Fernando de Noronha). Embora
não exista atualmente Município em Fernando de Noronha, nele pode ser criado.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do
Brasil. (cf. arts. 210, § 2º, e 231, caput, da CF/1988 e 32, § 3º, Lei 9.394/1996 [LDB]).
LEI 10.436/2002
[Lei da Libras]
Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e
expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros
recursos de expressão a ela associados. [...]
Art. 4º [...] Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais -
Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua
portuguesa.
LEI 13.146/2015
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em parceria
com organizações da sociedade civil, promover a capacitação
de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de
profissionais habilitados em Braille, audiodescrição,
estenotipia e legendagem.
Art. 13. […] § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o
hino, as armas e o selo nacionais.
OBS: embora a Lei 5.700/1971 discorra também sobre as cores nacionais (verde e amarelo),
essas não são qualificadas como símbolos oficiais (v. também Lei 8.421/1992).
SÍMBOLOS OFICIAIS
BRASÃO
OFICIAL
(“Brasão das Armas”)
BA
ND
EIR
AS
DO
SE
STA
DO
SE
ALGUNS SÍMBOLOS OFICIAIS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
DO
DF
POSSIBILIDADE DO USO DE SÍMBOLOS NÃO OFICIAIS NA PUBLICIDADE INSTITUCIONAL
CF/1988: Art. 37. A administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
O uso de símbolos, marcas, imagens, slogans etc não oficiais na publicidade institucional que caracterizem
promoção pessoal ou mesmo partidária (RE 191.688/PR) viola os princípios da impessoalidade e da moralidade,
previstos no art. 37, caput, da CF/88, e pode configurar ato de improbidade administrativa, nos termos do art. 11 da
Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa). Isso não impede que a Administração Pública possa adotar
propaganda institucional com símbolos ou imagens diferentes dos oficiais, desde que não configurem promoção
pessoal (ex: adotar imagens para valorizar rendeiras, pescadores, jangadeiros, sertanejos etc).
ATRIBUIÇÃO DE NOMES A BENS PÚBLICOS
Lei Federal 6.454/1977:
Art. 1º É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se
notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer modalidade, a bem
público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração
indireta. [Redação dada pela Lei 12.781/2013]
Art. 2º É igualmente vedada a inscrição dos nomes de autoridades ou administradores em placas
indicadores de obras ou em veículo de propriedade ou a serviço da Administração Pública direta
ou indireta.
CE/CE: Art. 20. É vedado ao Estado: [...] V – atribuir nome de pessoa viva à avenida, praça, rua,
logradouro, ponte, reservatório de água, viaduto, praça de esporte, biblioteca, hospital,
maternidade, edifício público, auditórios, cidades e salas de aula. [STF: constitucionalidade
declarada na ADI 307/CE]
JURISPRUDÊNCIA DO TJCE: reconhece a ilicitude jurídica do emprego do nome de pessoas
vivas em bens públicos, inclusive, municipais, mesmo que não haja proibição expressa nas
respectivas normas municipais (RNC 0835540-46.2014.8.06.0001; AC 916220048060146 etc).