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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

POLO SP BUTANTÃ
Curso de Engenharia de Produção

Akil Pinna Floriano


Ana Carolina M. Fonseca
André L. F. de Souza
Maria Eloisa Pinna
Matheus V. D. Barbosa
Ricardo Fujihara
Wanderley M. dos Anjos

O uso da tecnologia na integração da


comunidade, poder público e iniciativa privada
na gestão dos resíduos sólidos domiciliares
secos.

São Paulo
2018
Akil Pinna Floriano RA 1700820
Ana Carolina M. Fonseca RA 1713027
André L. F. de Souza RA 1705005
Maria Eloisa Pinna RA 1700723
Matheus V. D. Barbosa RA 1706186
Ricardo Fujihara RA 1703671
Wanderley M. dos Anjos RA 1714206

O uso da tecnologia na integração da


comunidade, poder público e privado na
gestão dos resíduos sólidos e domiciliares.

Projeto integrador I
apresentado ao curso de
Bacharelado em Engenharia de
Produção da Universidade Virtual
do Estado de São Paulo.

Orientador:

São Paulo
2018
RESUMO

O processo de globalização tem ocasionado considerável aumento no volume de


resíduos sólidos, provocando severos danos ambientais, tais como degradações do
solo, além de gerar prejuízos de inundações devido a obstruções de coletores de
aguas pluviais. O presente trabalho consiste numa análise da gestão de resíduos na
região do Butantã, no municio de São Paulo, onde foram registrados grandes
volumes de resíduos. Foram feitas análises do sistema de coleta de resíduos sólidos
domiciliares secos. Além disso, esta pesquisa se fundamenta na sustentabilidade,
identificando os eventuais impactos ambientais causados no processo de disposição
de resíduos em aterros sanitários, bem como as influencias na diminuição de sua
vida útil. Apresentam-se sugestões para gerenciar e reduzir a quantidade de
descartes inadequados no meio ambiente, empregando métodos de planejamento e
controle inserindo um aplicativo para integração do sistema de coleta de resíduos
atendendo as normas e legislações ambientais vigentes.

Palavras chave – resíduos sólidos; sustentabilidade; gestão


SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................5

2. Objetivos..................................................................................................8

2.1. Objetivos Gerais................................................................................8

2.2. Objetivos Específicos........................................................................8

3. Justificativa...............................................................................................9

4. Procedimentos Metodológicos...............................................................11

4.1. Design Thinking...............................................................................11

4.2. Método de Pesquisa Científica........................................................12

4.3. Movimento Maker............................................................................13

4.4. Aprendizagem Baseado em Problema (PBL)..................................14

5. Proposta de Intervenção Preliminar.......................................................15

6. Referências Bibliográficas......................................................................17
1. Introdução

Os grandes centros urbanos, há muito, sofrem com o crescimento


populacional, que gera significativos impactos ambientais, dentre eles aqueles
relacionados à gestão dos resíduos sólidos urbanos, sendo necessária a busca por
soluções e estratégias para gerir de forma adequada os resíduos sólidos gerados
nestes espaços.
A cidade de São Paulo em 2017, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), possuía 12.106.920 habitantes, que, a despeito da
tendência de diminuição de sua taxa de crescimento, geraram em 2012, segundo o
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo (PGIRS),
cerca 20,1 mil toneladas por dia de resíduos sólidos, metade deste montante era de
resíduos sólidos domiciliares.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Federal
12.305 de 2 de agosto de 2010, define os resíduos domiciliares como aqueles
“originários de atividades domésticas em residências urbanas”.
Segundo o PGIRS de São Paulo, cerca de 51% dos resíduos domiciliares são
resíduos compostáveis e aproximadamente 35% são de resíduos secos recicláveis,
o restante (14%) são rejeitos. É importante salientar que a Política Nacional de
Resíduos Sólidos define os rejeitos como:

Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as


possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem
outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente

adequada.

A cidade de São Paulo é dividida em 32 Prefeituras Regionais, dentre elas


está a Prefeitura Regional do Butantã, dividida, por sua vez, em 5 distritos: Butantã,
Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Vila Sônia.
A Prefeitura Regional do Butantã representava cerca de 3,8% da população
paulistana, em 2012, e 4,3% dos resíduos domiciliares coletados no município, o
que equivale a uma geração diária de cerca de 450 toneladas de resíduos
domiciliares por dia. (PMSP, 2014)
Utilizando-se a gravimetria já mencionada, conclui-se que cerca de 140
toneladas de resíduos domiciliares secos são coletadas na Prefeitura Regional do
Butantã. No entanto, a maior parte destes resíduos são encaminhados para aterros
sanitários, visto que, apesar de existir um programa de coleta seletiva de resíduos
secos, a quantidade de resíduos coletados seletivamente é baixa. Não há dados
atualizados sobre esta situação, porém, em 2009 apenas 2,5% dos resíduos
domiciliares secos eram coletados seletivamente na Prefeitura Regional do Butantã,
segundo dados do PGIRS de São Paulo.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que a administração
pública deve criar mecanismos e estratégias para a inserção socioprodutiva destes
atores. Estabelece, ainda, que estas organizações devem ter prioridade na gestão
dos resíduos sólidos, inclusive, possibilitando que sua contratação possa ser
realizada com dispensa de licitação.
Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), que
coleta anualmente informações dos municípios acerca do saneamento básico, em
2016, existiam 41 cooperativas ou outras entidades associativas na cidade de São
Paulo atuando formalmente na coleta seletiva do município, com um total de 1.314
catadores associados.
A quantidade de catadores e catadoras de materiais recicláveis que atuam
informalmente é incerta, todavia, segundo estimativa do IPEA, apenas 10% dos
catadores estão formalizados em cooperativas ou associações de catadores. Este
dado permite ter um vislumbre do montante de catadoras e catadores que atuam
solitariamente nas ruas e avenidas das cidades. As condições de vida e moradia
dessas pessoas são, em sua maioria, precárias e insalubres, pois estão
sistematicamente em contato com os resíduos, sua fonte de renda.
Segundo o SNIS (2016), cerca de 30% da população paulistana não é servida
pela coleta seletiva de resíduos secos. Há, por outro lado, um grande contingente de
pessoas, como já mencionado, que sobrevivem da catação (jargão da profissão) de
materiais recicláveis.
Diante deste cenário, urge criar ferramentas para auxiliar estes atores em sua
lida diária, conectando catadores e geradores, facilitando a coleta e tornando mais
salubre a atividade das catadoras e catadoras da região do Butantã.
Assim, pretende-se investigar, neste Projeto, a viabilidade técnica e
econômica da criação de um aplicativo, que permita conectar os atores envolvidos
na gestão dos resíduos sólidos, prioritariamente os catadores, com as fontes
geradoras de resíduos sólidos, de forma a estabelecer uma rede solidária
abarcando, inclusive, comerciantes que concedam descontos aos usuários deste
aplicativo em troca da veiculação de propaganda no próprio app.
2. Objetivos

2.1. Objetivos Gerais

Promover a gestão integrada e sustentável dos resíduos sólidos domésticos


por meio da interação entre os geradores, a comunidade e as pessoas envolvidas
desde a coleta à disposição final destes.

2.2. Objetivos Específicos

 Analisar as formas de disposição final dos resíduos sólidos na cidade de São


Paulo.
 Determinar a quantidade e o tipo de resíduos gerados com base nos padrões
de consumo da população.
 Propor mecanismos que valorize a mão de obra dos catadores de materiais
recicláveis.
 Fazer um levantamento dos postos de coleta, triagem, ecopontos, aterros
sanitários, lixões, usinas de compostagem existentes na cidade.
 Definir o ciclo de vida dos materiais recicláveis e a viabilidade da reciclagem.
 Gerar subsídios que estimule a participação da comunidade, das empresas e
das pessoas envolvidas na coleta dos resíduos sólidos com intuito de reduzir
a quantidade desses materiais no meio ambiente.
3. Justificativa

A preocupação mundial em relação aos resíduos sólidos, em especial os


domiciliares, tem aumentado ante o crescimento da produção, do gerenciamento
inadequado e da falta de áreas de disposição final. Esse quadro se agrava à medida
em que a densidade urbana aumenta, em especial nas regiões metropolitanas.
A gestão e a disposição inadequada dos resíduos sólidos causam impactos
socioambientais, tais como degradação do solo, comprometimento dos corpos
d’água e mananciais, intensificação de enchentes, contribuição para a poluição do ar
e proliferação de vetores de importância sanitária nos centros urbanos, catação em
condições insalubres nas ruas e nas áreas de disposição final, dentre outros.
A administração pública municipal tem a responsabilidade de gerenciar os
resíduos sólidos, desde a sua coleta até a sua disposição final, que deve ser
ambientalmente segura. Mas cabe aos fabricantes, distribuidores, comerciantes e
consumidores compartilhar a responsabilidade pelos resíduos. Sendo assim, o
objetivo geral dessa pesquisa visa integrar todas as partes envolvidas em prol do
meio ambiente em que vivemos.
No Brasil, a gestão integrada dos resíduos sólidos tem base na Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n. 12.305, de 2010, regulamentada por
meio do Decreto n. 7.404, de 2010. A PNRS propõe a responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos e a logística reversa de retorno de produtos, a
prevenção, precaução, redução, reutilização e reciclagem, metas de redução de
disposição final de resíduos em aterros sanitários e a disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos em aterros sanitários. No aspecto de
sustentabilidade socioambiental urbana, cria mecanismos de inserção de
organizações de catadores nos sistemas municipais de coleta seletiva e possibilita o
fortalecimento das redes de organizações de catadores e a criação de centrais de
estocagem e comercialização regionais (JACOBI e BESEN, 2011).
No entanto, essa lei ainda está longe de ser colocada em prática com eficácia
em nosso país. As dificuldades começam pela forma de disposição do lixo
doméstico. Seja por uma questão cultural ou por falta de subsídios, os moradores
não têm o hábito de separar o lixo seco do lixo orgânico em suas residências, o que
traz como consequência a perda do valor agregado a esses materiais. Mesmo que o
morador separe o lixo, muitos lugares não possuem coleta seletiva. Esses resíduos
são lançados no caminhão e levados para seu destino final sem passar por uma
triagem. Isso acarreta um aumento na demanda dos aterros, aumento com custos
operacionais, degradação ambiental, além de tirar a oportunidade dos catadores de
ampliar a sua renda.
Portanto, o presente trabalho pretende contornar essa situação por meio de
incentivos a população. A proposta é criar uma rede solidária entre os moradores, os
catadores e os chamados ecopontos com o apoio da gestão pública e da rede
privada por meio de um aplicativo de celular.
4. Procedimentos Metodológicos

O presente trabalho contará com os seguintes procedimentos metodológicos:


Design Thinking, Método de Pesquisa Científica, Movimento Maker e a
Aprendizagem Baseada em Problemas (sigla em inglês PBL). A ênfase dada a cada
método irá depender da fase do projeto e de como este venha a se desenvolver. A
seguir, é apresentada uma abordagem conceitual de cada método e a proposta de
intervenção dentro do tema escolhido: a disposição final ambientalmente segura e
sustentável dos resíduos sólidos domésticos.

4.1. Design Thinking

O Design Thinking é uma metodologia amplamente difundida nos últimos


anos por Tim Brown (CEO da empresa IDEO) e pode ser considerada uma
ferramenta para o desenvolvimento de criatividade e inovação. Basicamente, é o
conjunto de métodos e processos para abordar problemas relacionados a futuras
aquisições de informações, análise de conhecimento e propostas de soluções.
Considera a capacidade de combinar empatia no contexto de um problema, de
forma a colocar as pessoas no centro do desenvolvimento de um projeto. Utiliza a
criatividade para geração de soluções e a razão para analisar e adaptar essas
soluções ao problema abordado. O design thinking vem sendo adotado por
indivíduos e organizações, bem como em engenharia e design contemporâneo
(FILHO, GERGES, FIALHO, 2015).
A abordagem é constituída por um processo não linear, cíclico e que é
desenvolvido a partir do trabalho colaborativo, do entendimento da necessidade do
outro, da geração rápida de ideias e da criação e avaliação de protótipos
(CAVALCANTI, 2014).
De acordo com autores do livro Design Thinking, Inovação em Negócios, o
processo de design thinking, se divide em três etapas. A primeira etapa tem por
objetivo a aproximação do contexto do projeto. Esta fase, denominada Imersão, é
ainda subdividida em duas: a Imersão Preliminar e a Imersão em Profundidade.
Ainda dentro da etapa de imersão, há uma etapa de Análise e Síntese, que tem
como objetivo organizar esses dados visualmente de modo a apontar padrões que
auxiliem a compreensão do todo e identificação de oportunidades e desafios. Na
fase de Ideação, busca-se gerar ideias inovadoras através de atividades
colaborativas que estimulem a criatividade. Normalmente utiliza-se as ferramentas
de síntese desenvolvidas na fase de Análise como base para a geração de soluções
que sejam direcionadas ao contexto do assunto trabalhado. As ideias criadas são,
então, selecionadas em função dos objetivos do negócio, da viabilidade tecnológica
e, claro, das necessidades humanas atendidas para serem validadas na etapa de
Prototipação. Essa fase tem como função auxiliar na tangibilização das ideias, a fim
de propiciar o aprendizado contínuo e a eventual validação da solução (VIANNA et.
al., 2012).

Figura 1: Esquema representativo das etapas do processo de Design Thinking.

4.2. Método de Pesquisa Científica

Pode-se definir Método Científico como o modo sistemático de explicar um


grande número de ocorrências semelhantes. O método científico é o arcabouço
teórico da investigação que, para ter forma científica deve enfocar um determinado
problema explicitando-o de forma precisa e objetiva (tema da pesquisa), utilizar
todos os conhecimentos válidos sobre o assunto (revisão da literatura) e todo o
instrumental disponível para a resolução do problema (material e técnicas), propor
hipóteses que sejam testáveis e que sejam relevantes, conduzir um experimento que
permita refutar ou não a hipótese proposta mediante a coleta minuciosa de dados e
análise adequada, interrelacionar e discutir os resultados obtidos em face do que a
literatura apresenta e finalmente, apresentar ao público o trabalho desenvolvido.
O método científico pode ser composto pelas seguintes etapas:
 Observação: é a visualização de um fato (ou fenômeno). Essa
observação deve ser repetida várias vezes, buscando obter o maior
número possível de detalhes sendo, realizada, portanto, com a maior
precisão possível.
 Problematização: Corresponde à execução de questionamentos sobre
o fato observado. E para essas perguntas, o pesquisador vai à busca
de respostas.
 Formulação da hipótese: A hipótese nada mais é do que
uma possível explicação para o problema.
 Experimentação: Etapa em que o pesquisador realiza experiências
para provar (ou negar) a veracidade de sua(s) hipótese(s). Se, após a
execução por repetidas vezes da experiência, os resultados obtidos
forem os mesmos, a hipótese é considerada verdadeira.

4.3. Movimento Maker

O Movimento Maker é uma extensão da cultura Faça-Você-Mesmo ou, em


inglês, Do-It-Yourself (ou simplesmente DIY). Foi fundado em 2005 com o
lançamento da revista Make Magazine. Esta cultura moderna tem em sua base a
ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar os
mais diversos tipos de objetos e projetos com suas próprias mãos.
O fácil acesso a ferramentas dos mais variados tipos e a informações sobre
tecnologias e técnicas na Internet vem tornando o Movimento Maker cada vez mais
forte. Hoje conta com centenas de milhares de pessoas envolvidas (Colégio Alberto
Sabin, 2017).
4.4. Aprendizagem Baseado em Problema (PBL)

PBL é uma sigla em inglês que significa “Problem Based Learning”, método
de aprendizagem baseado em problema, ou seja, é um método de ensino no qual a
aprendizagem se dá a partir da resolução de problemas propostos ou existentes.
O PBL é considerado uma metodologia específica e não há receita pronta
para ser utilizada em qualquer contexto ou situação de ensino. É um método que
pode oferecer respostas satisfatórias a problemas considerados delicados na
formação profissional (ARAÚJO et. al., 2016).
5. Proposta de Intervenção Preliminar

Com base no método de Design Thinking, a fase de imersão contará com o


levantamento de dados acerca da geração, coleta e disposição dos resíduos sólidos
domiciliares da cidade de São Paulo, mais especificamente da região compreendida
pela subprefeitura do Butantã. Com o objetivo de entender a realidade que nos
cerca, serão elaborados questionários e estes aplicados aos atores que compõem o
contexto explorado na pesquisa: moradores, catadores, responsáveis pela coleta
dos resíduos domiciliares, gestores públicos e empresas privadas (análise e
síntese). Esta fase também se enquadra nas etapas de observação e
problematização propostas pelo Método de Pesquisa Científica. Neste sentido, o tipo
de pesquisa proposto é a aplicada, pois a ideia é gerar novos conhecimentos com
base no estudo dos dados disponíveis e aplica-los à solução da problemática
abordada.
A próxima etapa compreende a ideação. Segundo Vianna et. al., as etapas do
Design Thinking abordadas, apesar de serem apresentadas linearmente, possuem
uma natureza bastante versátil e não linear. Ou seja, tais fases podem ser moldadas
e configuradas de modo que se adequem à natureza do projeto e do problema em
questão. Sendo assim, esta fase se iniciou antes da primeira, com a realização de
brainstormings do tema a ser desenvolvido pelo grupo. Conseguimos, a partir das
discussões realizadas nas reuniões no decorrer do bimestre, definir a problemática a
ser desenvolvida: a forma como os resíduos domésticos são tratados pela
sociedade. Mas apenas o conhecimento prévio de cada integrante não é suficiente
para se elaborar ideias concisas a respeito da disposição dos resíduos domésticos
e, portanto, a etapa anterior se faz necessária para que haja a formulação de uma
hipótese.
A terceira e última etapa do método de Design Thinking corresponde a
prototipação. Partindo das discussões feitas pelo grupo, a ideia é criar um aplicativo
que seja capaz de integrar a comunidade, os catadores, os ecopontos, a gestão
pública e a rede privada. A proposta é criar uma rede solidária onde o morador
pudesse acionar um catador cadastrado para ir retirar os resíduos em sua residência
ou leva-los pessoalmente a um ecoponto próximo. O morador acumula “pontos” que
lhe garantem descontos em compras nas empresas parceiras. Com esse incentivo,
os catadores podem garantir o incremento da sua renda e os ecopontos podem dar
a correta destinação aos resíduos, que em sua maioria são recicláveis. Além disso,
a proposta é diminuir a demanda dos aterros. Isso gera uma economia não só de
recursos naturais como financeiros. Sendo assim, a gestão pública poderia reverter
a verba economizada a criação de novos ecopontos e subsídios àqueles envolvidos
na catação, dando mais dignidade ao trabalho dessas pessoas tão importantes para
a manutenção de um meio ambiente sustentável. A elaboração e implementação
desse aplicativo corresponde a etapa de experimentação do método científico, bem
como ao método do Movimento Maker.
A proposta do Projeto Integrador tem em sua essência a aprendizagem
baseada em problemas, pois visa explorar a capacidade de cada integrante do
grupo em buscar soluções para resolver uma questão que afeta a sociedade como
um todo.
6. Referências Bibliográficas

ANDRÉ FONTENELLE. Metodologia científica: Como definir os tipos de


pesquisa do seu TCC?. Disponível em: <http://www.andrefontenelle.com.br/tipos-de-
pesquisa/>

ARAÚJO, W. J.; LOPES, R. P.; FILHO, D. L.; BARROS, P. M. M.; OLIVEIRA,


R. A. Aprendizagem por problemas no ensino de Engenharia. Revista Docência no
Ensino Superior, v. 6, n. 1, p. 57-90, 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10004.


Resíduos sólidos – classificação. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em:
http://www.sindvel.com.br/portico/arquivos/abnt%20nbr.pdf> Acesso em 21 Abr.
2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E


RESÍDUOS ESPECIAIS. Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil - 2014. São
Paulo: Abrelpe, 2014. Disponível em:
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2014.pdf

BRASIL. Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). Brasília:


Diário Oficial da União, 2010. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03
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CETESB – “Inventário Estadual de Resíduos Sólidos urbanos”, São Paulo,


2016 Disponível em:
http://cetesb.sp.gov.br/residuossolidos/wpcontent/uploads/sites/26/2017/06/
inventario-residuos-solidos-2016.pdf. Acesso em 21 Abr. 2018.

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em:<http://educacao.estadao.com.br/blogs/albert-sabin/o-movimento-maker-na-
educacao/>
INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL Manual de
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http://www.ibam.org.br/media/arquivos/estudos/manual_girs.pdf. Acesso em 21 Abr.
2018.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Pesquisa sobre


pagamento por serviços ambientais urbanos para gestão de resíduos sólidos.
Relatório de Pesquisa. Brasília: Ipea, 2010.

JACOBI, P. R.; BESEN, G. R. Gestão de resíduos sólidos na Região


Metropolitana de São Paulo - avanços e desafios. São Paulo em Perspectiva, São
Paulo, v.20, n.2, 2006.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Inventário de emissões de


gases de efeito estufa do Município de São Paulo - Síntese. São Paulo: Prefeitura do
Município de São Paulo, 2005.

RODRIGUES, Renato B.; GARUTTI, Selson; D´Oliveira, Pérsio S. Estudo da


viabilidade econômica da reciclagem de resíduos sólidos urbanos em Maringá.
Agronegócios e Meio Ambiente, v. 1, n.3, p. 367-379, set./dez. 2008.

SIMONETTO, E. O.; BORENSTEIN, D. Operational management of


solidwaste selective collection – an approach using decision support system. Gestão
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SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Brasília (DF):


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VIANNA, M.; VIANNA, Y.; ALDER, I. K.; LUCENA, B.; RUSSO, B. Design
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