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AULA DE PORTUGUÊS

1 - "Custas" só se usa na linguagem jurídica" para designar despesas feitas no processo. Portanto,
devemos dizer: "O filho vive à custa do pai". No singular.

2 - Não existe a expressão "à medida em que". Ou se usa à medida que correspondente a à
proporção que, ou se usa na medida em que equivalente a tendo em vista que.

3 - 'O certo é "a meu ver" e não ao meu ver.

4 - "A princípio" significa inicialmente, "antes de mais nada": Ex: A princípio, gostaria de dizer que
estou bem. "Em princípio" quer dizer "em tese". Ex: Em princípio, todos concordaram com minha
sugestão.

5 - "À-toa", (com hífen), é um adjetivo e significa "inútil", "desprezível". Ex: Esse rapaz é um
sujeito à-toa. "À toa", (sem hífen), é uma locução adverbial e quer dizer "a esmo", "inutilmente".
Ex: Andava à toa na vida.

6 - Com a conjunção se, deve-se utilizar acaso, e nunca caso. O certo: "Se acaso vir meu amigo por
aí, diga-lhe..." Mas podemos dizer: "Caso o veja por aí...".

7 - 'Acerca de' quer dizer 'a respeito de'. Veja: Falei com ele acerca de um problema matemático.
Mas há cerca de é uma expressão em que o verbo haver indica tempo transcorrido, equivalente a
faz. Veja: Há cerca de um mês que não a vejo.

8 - Não esqueça: alface é substantivo feminino. A Alface está bem verdinha.

9 - Além pede sempre o hífen: 'além-mar', 'além-fronteiras', etc.

10 - Algures é um advérbio de lugar e quer dizer 'em algum lugar'. Já alhures significa 'em outro
lugar'.

11 - Mantenha otimbre fechado do o no plural dessas palavras: 'almoços', 'bolsos', 'estojos',


'esposos', 'sogros', 'polvos', etc.

12 - O certo é 'alto-falante', e não auto-falante.

13 - O certo é 'alugam-se casas', e não aluga-se casas. Mas devemos dizer precisa-se de
empregados, trata-se de problemas. Observe a presença da preposição (de) após o verbo. É a dica
pra não errar.

14 - Depois de ditongo, geralmente se emprega x. Veja: 'afrouxar', 'encaixe', 'feixe', 'baixa', 'faixa',
'frouxo', 'rouxinol', 'trouxa', 'peixe', etc.

15 - Ancião tem três plurais: 'anciãos', 'anciães', 'anciões'.

16 - Só use ao 'invés de' para significar 'ao contrário de', ou seja, 'com idéia de oposição'. Veja: Ela
gosta de usar preto ao invés de branco. Ao invés de chorar, ela sorriu. Em vez de quer dizer em
lugar de. Não tem necessariamente a idéia de oposição. Veja: Em vez de estudar, ela foi brincar com
as colegas. (Estudar não é antônimo de brincar).

17 - Ainda se vê e se ouve muito aterrisar em lugar de aterrissar, com dois s. 'Escreva sempre com o
s dobrado'.

18 - 'Não existe preço barato ou preço caro'. Só existe preço alto ou baixo. 'O produto, sim, é que
pode ser caro ou barato'. Veja: Esse televisor é muito caro. O preço desse televisor é alto.

19 - Ainda se vê muito, principalmente na entrada das cidades, a expressão bem vindo (sem hífen) e
até benvindo. As duas estão erradas. Deve-se escrever 'bem-vindo', sempre com hífen.

20 - Atenção: 'nunca empregue hífen depois de bi, tri, tetra, penta, hexa, etc'. O nome fica sempre
coladinho. O Sport se tornou tetracampeão no ano 2000. O Náutico foi hexacampeão em 1968. O
Brasil foi bicampeão em 1962.

21 - Veja bem: 'uma revista bimensal é publicada duas vezes ao mês', ou seja, 'de 15 em 15 dias'. 'A
revista bimestral só sai nas bancas de dois em dois meses'. Percebeu a diferença?

22 - Hoje, tanto se diz 'boêmia' como 'boemia'. Nelson Gonçalves consagrou a segunda, com a
tonacidade no mia.

23 - Cuidado: 'Eu caibo' dentro daquela caixa. A primeira pessoa do presente do indicativo assim se
escreve porque o verbo é irregular.

24 - Preste atenção: 'o senador Luiz Estêvão foi cassado'. Mas 'o leão foi caçado' e nunca foi
achado. Portanto, 'cassar' (com dois s) quer dizer tornar nulo, sem efeito.

25 - Existem palavras que 'só devem ser empregadas no plural'. Veja: osóculos, as núpcias, as
olheiras, os parabéns, os pêsames, as primícias, os víveres, os afazeres, os anais, os arredores, os
escombros, as fezes, as hemorróidas, etc.

26 - Pouca gente tem coragem de usar, mas o plural de caráter é 'caracteres'. Então, Carlos pode ser
um bom-caráter, mas os dois irmãos dele são dois maus-caracteres.

27 - 'Cartão de crédito e cartão de visita não pedem hífen'. 'Já cartão-postal exige o tracinho'.

28 - 'Catequese se escreve com s', mas 'catequizar é com z'. Esse português...

29 - O exemplo acima foge de uma regrinha que diz o seguinte: os verbos derivados de palavras
primitivas grafadas com s formam-se com o acréscimo do sufixo -ar: análise-analisar, pesquisa-
pesquisar, aviso-avisar, paralisia-paralisar, etc.

30 - 'Censo é de recenseamento'; 'senso refere-se a juízo'. Veja: O censo deste ano deve ser feito
com senso crítico.

31 - 'Você não bebe a champanhe. Bebe o champanhe'. É, portanto,palavra masculina.

32 - 'Cidadão só tem um plural: cidadãos'.

33 - Cincoenta não existe. 'Escreva sempre cinquenta'.

34 - Ainda tem gente que erra quando vai falar gratuito e dá tonicidade ao i, como de fosse gratuíto.
'O certo é gratuito', da mesma forma que pronunciamos intuito, circuito, fortuito, etc.

35 - E ainda tem gente que teima em dizer rúbrica, em vez de rubrica, com a sílaba bri mais forte
que as outras. 'Escreva e diga sempre rubrica'.

36 - 'Ninguém diz eu coloro esse desenho'. Dói no ouvido. Portanto, o verbo colorir é defectivo
(defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. 'A
mesma coisa é o verbo abolir'. Ninguém é doido de dizer eu abulo. Pra dar um jeitinho, diga: Eu
vou colorir esse desenho. Eu vou abolir esse preconceito.

37 - 'Outro verbo danado é computar'. Não podemos conjugar as três primeiras pessoas: eu
computo, tu computas, ele computa. A gente vai entender outra coisa, não é mesmo? Então, para
evitar esses palavrões, decidiu-se pela proibição da conjugação nessas pessoas. Mas se conjugam as
outras três do plural: computamos, computais, computam.

38 - Outra vez atenção: os verbos terminados em -uar fazem a segunda e a terceira pessoa do
singular do presente do indicativo e a terceira pessoa do imperativo afirmativo em -e e não em -i.
Observe: Eu quero que ele continue assim. Efetue essas contas, por favor. Menino, continue onde
estava.

39 - A propósito do item anterior, devemos lembrar que os verbos terminados em -uir devem ser
escritos naqueles tempos com -i, e não -e. Veja: Ele possui muitos bens. Ela me inclui entre seus
amigos de confiança. Isso influi bastante nas minhas decisões. Aquilo não contribui em nada com o
progresso.

40 - 'Coser significa costurar'. 'Cozer significa cozinhar'.

41 - 'O correto é dizer deputado por São Paulo', 'senador por Pernambuco', e não deputado de São
Paulo e senador de Pernambuco.

42 - 'Descriminar' é absolver de crime, inocentar. 'Discriminar' é distinguir, separar. Então dizemos:


Alguns políticos querem descriminar o aborto. Não devemos discriminar os pobres.

43 - 'Dia a dia (sem hífen) é uma expressão adverbial que quer dizer todos os dias, dia após dia'. Por
exemplo: Dia a diaminha saudade vai crescendo. Enquanto que 'dia-a-dia (com hífen) é um
substantivo que significa cotidiano' e admite o artigo: O dia-a-dia dessa gente rica deve ser um
tédio.
44 - 'A pronúncia certa é disenteria', e não desinteria.
45 - A palavra 'dó (pena) é masculina'. Portanto, 'Sentimos muito dó daquela moça'.

46 - 'Nas expressões é muito, é pouco, é suficiente, o verbo ser fica sempre no singular', sobretudo
quando denota quantidade, distância, peso. Ex: Dez quilos é muito. Dez reais é pouco. Dois gramas
é suficiente.

47 - 'Há duas formas de dizer': é proibido entrada, e é proibida a entrada. Observe a presença do
artigo a na segunda locução.

48 - Já se disse muitas vezes, mas vale repetir: 'televisão em cores', e não a cores.

49 - Cuidado: 'emergir é vir à tona', vir à superfície. Por exemplo: O monstro emergiu do lago. Mas
'imergir é o contrário': é mergulhar, afundar. Veja o exemplo: O navio imergiu em alto-mar.

50 - A confusão é grande, mas 'se admitem as três grafias': 'enfarte, enfarto e infarto'.

51 - Outra dúvida: nunca devemos dizer estadia em lugar de estada. Portanto, a minha estada em
São Paulo durou dois dias. Mas a estadia do navio em Santos só demorou um dia. Portanto, 'estada
para permanência de pessoas, e estadia para navios ou veículos'.

52 - E não esqueça: 'exceção é com ç', mas 'excesso é com dois ss'.

53 - Lembra-se dos 'verbos defectivos'? Lá vai mais um: 'falir'. No presente do indicativo só
apresenta a primeira e a segunda pessoa do plural: nós falimos, vós falis. Já pensou em conjugá-lo
assim: eu falo, tu fales...Horrível, não?

54 - Todas as expressões adverbiais formadas por 'palavras repetidas dispensam a crase': 'frente a
frente', 'cara a cara', 'gota a gota', 'face a face', etc.

55 - Outra vez tome cuidado. Quando for ao supermercado, 'peça duzentos ou trezentos gramas' de
presunto, 'e não duzentas ou trezentas'. Quando significa unidade de massa, grama é substantivo
masculino. 'Se for a relva, aí sim, é feminino': não pise na grama; a grama está bem crescida.

56 - É frequente se ouvir no rádio ou na TV os entrevistados dizerem: Há muitos 'anos atrás...'


Talvez nem saibam que estão construindo uma frase redundante. Afinal, há já dá idéia de passado.
Ou se diz simplesmente 'há muito anos...' ou 'muitos anos atrás...' Escolha. Mas não junte o há com
atrás.

57 - Cuidado nessa arapuca do português: as palavras paroxítonas terminadas em -n recebem acento


gráfico, mas as terminadas em -ns não recebem: 'hífen', 'hifens'; 'pólen', 'polens'.

58 - Atenção: 'Ele interveio' na discórdia, 'e não interviu'. Afinal, 'o verbo é intervir, derivado de vir'.

59 - 'Item não leva acento'. Nem seu plural itens.

60 - O certo é 'a libido', feminino. Devo dizer: 'Minha libido' hoje não tá legal.

61 - Todo mundo gosta de dizer 'magérrima', 'magríssima', mas o superlativo de magro é


'macérrimo'.

62 - Antes de particípios não devemos usar melhor nem pior. Portanto, devemos dizer: os alunos
mais bem preparados são os do 2o grau. E nunca: os alunos melhor preparados...

63 - Essa história de 'mal com l', e 'mau com u', até já cansou: É só decorar: 'Mal' é antônimo de
bem, e 'mau' é antônomo de bom. É só substituir uma por outra nas frases para tirar a dúvida.

64 - Pronuncie 'máximo', como se houvesse dois ss no lugar do x. (mássimo)

65 - Toda vez que disser: 'É meio-dia e meio você estará errando. 'O certo é: meio-dia e meia', ou
seja, meio-dia e meia hora.

66 - Não tenho 'nada a ver' com isso, e 'não haver' com isso.

67 - 'Nem um nem outro' leva o verbo para o singular: Nem um nem outro conseguiu cumprir o que
prometeu.

68 - Toda vez que usar o 'verbo gostar' tenha cuidado com a ligação que ele tem com a preposição
de. Ex: a coisa de que mais gosto é passear no parque. A pessoa de que mais gosto é minha mãe.
69 - Lembre-se: 'pára', com acento, é do verbo parar, e 'para', sem acento, é a preposição. Portanto:
Ele não pára de repetir para o amigo que tem um carro novo.

70 - E tem mais: 'pelo', (sem acento), é preposição (contração da preposição por com o artigo a) e
pêlo, com acento, é o cabelo.

71 - E quer mais? 'Pêra', a fruta, leva acento, só para diferenciar de uma antiga preposição também
chamada 'pera'. Já o plural dispensa o acento: 'peras'. Dá pra entender? O jeito é decorar.

72 - Ainda tem mais uma palavra com acento diferencial: 'pôde', terceira pessoa do singular do
pretérito perfeito do verbo poder. É para diferenciar de 'pode', a forma do presente. Então dizemos:
Ele até que pôde fazer tudo aquilo, mas hoje não pode mais. Percebeu a diferença?

73 - 'Pôr só leva acento quando é verbo': "Quero pôr tudo no seu devido lugar". Mas 'se for
preposição, não leva acento': Por qualquer coisa, ele se contenta.

74 - Fique atento: nunca diga, nem escreva 1 de abril, 1 de maio. Mas sempre: 'primeiro de abril',
'primeiro de maio'. Prevalece o ordinal.

75 - É chato, pedante ou parece ser errado dizer quando eu 'vir' Maria, darei o recado a ela. Mas
esse é o emprego correto do 'verbo ver' no futuro do subjuntivo. Se eu o vir, quando eu o vir. Mas
quando é o verbo vir que está na jogada, a coisa muda: quando eu 'vier', se eu 'vier'.

76 - Só use 'quantia' para somas em dinheiro. Para o resto, pode usar 'quantidade'. Veja: Recebi a
quantia de 20 mil reais. Era grande a quantidade de animais no meio da pista.

77 - O prefixo 'recém' sempre se separa por hífen da palavra seguinte e deve ser pronunciado como
oxítona: recém-chegado de Londres.

78 - Não esqueça: 'retificar é corrigir', e 'ratificar é comprovar, reafirmar': "Eu ratifico o que disse e
retifico meus erros.

79 - Quando disser 'ruim', diga como se a sílaba mais forte fosse - im. Não tem cabimento outra
pronúncia.

80 - Fique atento: só empregamos 'São' antes de nomes que começam por consoante: 'São Mateus',
'São João', 'São Tomé', etc. Se o nome começa por vogal ou h, empregamos 'Santo: 'Santo Antônio',
'Santo Henrique', etc.

81 - E lembre-se: 'seção, com ç', quer dizer 'parte de um todo, departamento': a seção eleitoral, a
seção de esportes. Já 'sessão, com dois ss', significa intervalo de tempo que dura uma reunião, uma
assembléia, um acontecimento qualquer: 'A sessão do cinema demorou muito tempo'.

82 - Não confunda: 'senão', (juntinho), quer dizer"caso contrário" e 'se não', (separado), equivale a
"se por acaso não". Veja: Chegue cedo, senão eu vou embora. Se não chegar cedo, eu vou embora.
Percebeu a diferença?

83 - Tire esta dúvida: quando 'só' é adjetivo equivale a sozinho e varia em número, ou seja, pode ir
para o plural. Mas 'só' como advérbio, quer dizer somente. Aí não se mexe. Veja: Brigaram e agora
vivem sós (sozinhos). Só (somente) um bom diálogo os trará de volta.

84 - É comum vermos no rádio e na tv o entrevistado dizer: O que nos falta são 'subzídios'. Quer
dizer, fala com a pronúncia do z. Mas não é: pronuncia-se 'ss'. Portanto, escreva 'subsídio' e
pronuncie 'subssídio'.

85 - 'Taxar' quer dizer 'tributar', 'fixar preço'. 'Tachar' é 'atribuir defeito', 'acusar.

86 - E nunca diga: 'Eu torço para o Flamengo'. Quem torce de verdade, 'torce pelo Flamengo'.

87 - Todo mundo tem dúvida, mas preste atenção: 50% dos estudantes passaram nos testes finais.
Somente 1% terá condições de pagar a mensalidade. Acreditamos que 20% do eleitorado se
abstenha de votar nas próximas eleições. Mais exemplos: 10% estão aptos a votar, mas 1% deles
preferem fugir das urnas. Quer dizer, concorde com o mais próximo e saiba que essa regra é
bastante flexível.

88 - 'Um dos que' deixa dúvidas,mas, pela norma culta, devemos pluralizar. Há gramáticos que
aceitam o emprego do singular depois dessa expressão: Eu sou um dos que foram admitidos. Sandra
é uma das que ouvem rádio.

89 - 'Veado' se escreve com e, e não com I.

90 - Esse português da gente tem cada uma: 'tem viagem com G e viajem com J' . Tire a dúvida:
viagem é o substantivo: A viagem foi boa. Viajem é o verbo: Caso vocês viajem, levem tudo.

91 - O prefixo 'vice' sempre se separa por hífen da palavra seguinte: vice-prefeito, vice-governador,
vice-reitor, vice-presidente, vice-diretor, etc.

92 - Geralmente, se usa o 'x depois da sílaba inicial en': enxaguar, enxame, enxergar, enxaqueca,
enxofre, enxada, enxoval, enxugar, etc. Mas cuidado com as exceções: encher e seus derivados
(enchimento, enchente, enchido, preencher, etc) e quando -en se junta a um radical iniciado por ch:
encharcar (de charco), enchumaçar (de chumaço), enchiqueirar (de chiqueiro), etc.

93 - Não adianta teimar: 'chuchu' se escreve mesmo é com 'ch'.

94 - 'Ciclo vicioso' não existe. O correto é 'círculo vicioso'.

95 - E qual a diferença entre 'achar' e 'encontrar'? Use 'achar' para definir aquilo que se procura, e
'encontrar' para aquilo que, sem intenção nenhuma, se apresenta à pessoa. Veja: Achei finalmente o
que procurava. Maria encontrou uma corda debaixo da cama. Jorge achou o gato dele que fugiu na
semana passada.

96 - 'Adentro' é uma palavra só: meteu-se porta adentro. A lua sumiu noite adentro.

97 - Não existe 'adiar para depois'. Isso é redundante, porque adiar só pode ser para depois.

98 - 'Afim' (juntinho) tem relação com afinidade: gostos afins, palavras afins. 'A fim de' (separado)
equivale a para: veio logo a fim de me ver bem vestido.

99 - Pode parecer meio estranho, mas pode conjugar o 'verbo aguar' normalmente: eu águo, tu
águas, ele água, nós aguamos, vós aguais, eles águam.

100 - 'Centigrama' é uma palavra masculina: dois centigramas.


Confira os 50 erros mais comuns abaixo — e livre-se deles!
1. Anexo — Anexa

Errado: Seguem anexo os documentos solicitados.


Certo: Seguem anexos os documentos solicitados.
Explicação: Anexo = adjetivo = concordar em gênero e número com o substantivo
Obs: Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a
preposição.

2. “Em vez de” — “ao invés de”

Errado: Ao invés de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.


Certo: Em vez de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.
Explicação: Em vez de = como substituição.

Ao invés de = oposição. Ex: Subimos, ao invés de descer.

3. “Esquecer” — “Esquecer-se de”

Errado: Eu esqueci da reunião.


Certo: Há duas formas: Eu me esqueci da reunião. ou Eu esqueci a reunião.
Explicação: Esquecer só é usado com a preposição de (de – da – do) quando vier acompanhado de
um pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos).

4.“Faz” — “Fazem”

Errado: Fazem dois meses que trabalho nesta empresa.


Certo: Faz dois meses que trabalho nesta empresa.
Explicação: Faz = tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, só usado no singular. Em outros
sentidos, concorda com o sujeito. Ex: Eles fizeram um bom trabalho.

5. “Ao encontro de" — “De encontro a”

Errado: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio de encontro ao que
desejavam.
Certo: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio ao encontro do que
desejavam.
Explicação: Ao encontro de = dá ideia de harmonia

De encontro a = dá ideia de oposição.

No exemplo acima, os diretores só podem ficar satisfeitos se a atitude vier ao encontro do que
desejam.
6. "A par" — "ao par"

Errado: Ele já está ao par do ocorrido.


Certo: Ele já está a par do ocorrido.
Explicação: “A par” = no sentido de estar ciente.

“ao par” = somente para equivalência cambial.

Ex: “Há muito tempo, o dólar e o real estiveram quase ao par.”

7. “Quite” — “quites”

Errado: O contribuinte está quites com a Receita Federal.


Certo: O contribuinte está quite com a Receita Federal.
Explicação: “Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere.

8. “Media” — “Medeia”

Errado: Ele sempre media os debates.


Certo: Ele sempre medeia os debates.
Explicação: Há quatro verbos irregulares com final –iar: mediar, ansiar, incendiar e odiar. Todos se
conjugam como “odiar”: medeio, anseio, incendeio e odeio.

9. “Através” — “por meio”

Errado: Os senadores sugerem que, através de lei complementar, os convênios sejam firmados
com os estados.
Certo: Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados
com os estados.
Explicação: Por meio = “por intermédio”.

Através de = expressa a ideia de atravessar.

Ex: Olhava através da janela.

10. “Ao meu ver” — “A meu ver”

Errado: Ao meu ver, o evento foi um sucesso.


Certo: A meu ver, o evento foi um sucesso.
Explicação: “Ao meu ver” não existe.

11. “A princípio” — “Em princípio”

Errado: Achamos, em princípio, que ele estava falando a verdade.


Certo: Achamos, a princípio, que ele estava falando a verdade.
Explicação: A princípio = “no início”.

Em princípio = “em tese”.

Ex: Em princípio, todo homem é igual perante a lei.

12. “Senão” — “Se não”

Errado: Nada fazia se não reclamar.


Certo: Nada fazia senão reclamar.
Explicação: Senão significa “a não ser”, “caso contrário”.

Se não = é usado nas orações subordinadas condicionais. Ex: Se não chover, poderemos
sair.

13. “Onde” — “Aonde”

Errado: Aonde coloquei minhas chaves?


Certo: Onde coloquei minhas chaves?
Explicação: Onde = se refere a um lugar em que alguém ou alguma coisa está. Indica permanência.

Aonde = se refere ao lugar para onde alguém ou alguma coisa vai. Indica movimento.
Ex: Ainda não sabemos aonde iremos.

14. “Visar” — “Visar a”

Errado: Ele visava o cargo de gerente.


Certo: Ele visava ao cargo de gerente.
Explicação: O verbo visar, no sentido de almejar, pede a preposição “a”.
Obs: Quando anteceder um verbo, dispensa se a preposição “a”. Ex: Elas visavam viajar para o
exterior.

15. "A" — "há"


Errado: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.
Certo: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.
Explicação: Para indicar tempo passado, usa.se o verbo haver. O “a”, como expressão de tempo, é
usado para indicar futuro ou distância. Exs: Falarei com o diretor daqui a cinco dias. Ele mora a
duas horas do escritório.

16. “Aceita-se” — “Aceitam-se”

Errado: Aceita-se encomendas para festas.


Certo: Aceitam-se encomendas para festas.
Explicação: A presença da partícula apassivadora “se” exige que o verbo transitivo direto concorde
com o sujeito.

17. “Precisa-se” — “Precisam-se”

Errado: Precisam-se de estagiários.


Certo: Precisa-se de estagiários.
Explicação: Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando
isso ocorre, o verbo permanece no singular.

18. “Há dois anos” — “Há dois anos atrás”

Errado: Há dois anos atrás, iniciei meu mestrado.


Certo: Há duas formas corretas: “Há dois anos, iniciei meu mestrado” ou “Dois anos atrás, iniciei
meu mestrado.”
Explicação: É redundante dizer “Há dois anos atrás”.

19. “Implicar” — “Implicar com” — “Implicar em”

Errado: O acidente implicou em várias vítimas.


Certo: O acidente implicou várias vítimas.
Explicação: No sentido de acarretar, o verbo implicar não admite preposição. No sentido de ter
implicância, a preposição exigida é com. Quando se refere a comprometimento, deve.se usar a
preposição em. Exs: Ele sempre implicava com os filhos. Ela implicou.se nos estudos e passou no
concurso.

20. “Retificar” — “Ratificar”

Errado: Estávamos corretos. Os fatos retificaram nossas previsões.


Certo: Estávamos corretos. Os fatos ratificaram nossas previsões.
Explicação: Ratificar =significa confirmar, comprovar.

Retificar = refere-se ao ato de corrigir, emendar. Ex: Vou retificar os dados da empresa.

21. “Somos” — “Somos em”


Errado: Somos em cinco auditores na empresa.
Certo: Somos cinco auditores na empresa.
Explicação: Não se deve empregar a preposição “em” nessa expressão.

22. “Entre eu e você” — “Entre mim e você”

Errado: Não há nada entre eu e você, só amizade.


Certo: Não há nada entre mim e você, só amizade.
Explicação: Eu é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito, ou seja,
antes de um verbo no infinitivo, como no caso: “Não há nada entre eu pagar e você usufruir
também.”

23. “A fim” — “Afim”

Errado: Nós viemos afim de discutir o projeto.


Certo: Nós viemos a fim de discutir o projeto.
Explicação: a fim = finalidade.

Afim = semelhança. Ex: Eles têm ideias afins.

24. “Despercebido” — “Desapercebido”

Errado: As mudanças passaram desapercebidas.


Certo: As mudanças passaram despercebidas.
Explicação: Despercebido= significa sem atenção.

Desapercebido= significa desprovido, desprevenido. Ex: Ele estava totalmente


desapercebido de dinheiro.

25. “Tem” — “Têm”

Errado: Eles tem feito o que podem nesta empresa.


Certo: Eles têm feito o que podem nesta empresa.
Explicação: Tem refere.se à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo. Têm
refere.se ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural.

26. “Chegar em” — “Chegar a”

Errado: Os atletas chegaram em Curitiba na noite passada.


Certo: Os atletas chegaram a Curitiba na noite passada.
Explicação: Verbos de movimento exigem a preposição “a”.

27. “Prefiro... do que” — “Prefiro... a”

Errado: Prefiro carne branca do que carne vermelha.


Certo: Prefiro carne branca a carne vermelha.
Explicação: A regência do verbo preferir é a seguinte: “Preferir algo a alguma outra coisa.”

28. “De mais” — “demais”

Errado: Você trabalha de mais!


Certo: Você trabalha demais!
Explicação: Demais = significa excessivamente; também pode significar “os outros”.

De mais = opõe-se a “de menos”.

Ex: Alguns possuem regalias de mais; outros de menos.

29. “Fim de semana” — “final de semana”

Errado: Bom final de semana!


Certo: Bom fim de semana!
Explicação: Fim é o contrário de início. Final é o contrário de inicial. Portanto: fim de semana; fim
de jogo; parte final.

30. “Existe” — “Existem”

Errado: Existe muitos problemas nesta empresa.


Certo: Existem muitos problemas nesta empresa.
Explicação: O verbo existir admite plural, diferentemente do verbo haver, que é impessoal.

31. “Assistir o” — “Assistir ao”

Errado: Ele assistiu o filme “A teoria do nada”.


Certo: Ele assistiu ao filme “A teoria do nada”.
Explicação: O verbo assistir, no sentido de ver, exige a preposição “a”.

32. “Responder o” — “Responde ao”

Errado: Ele não respondeu o meu e-mail.


Certo: Ele não respondeu ao meu e-mail.
Explicação: A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta a alguém, é sempre
indireta, ou seja, exige a preposição “a”.

33. “Tão pouco” — “Tampouco”


Errado: Não compareceu ao trabalho, tão pouco justificou sua ausência.
Certo: Não compareceu ao trabalho, tampouco justificou sua ausência.
Explicação: Tampouco = “também não”, “nem sequer”.

Tão pouco = “muito pouco”.

Ex: Trabalhamos muito e ganhamos tão pouco”.

34. “A nível de” — “Em nível de”

Errado: A pesquisa será realizada a nível de direção.


Certo: A pesquisa será realizada em nível de direção.
Explicação: “Em nível de” = se refere a “âmbito”.

“A nível de” significa “à mesma altura”.

Ex: Estava ao nível do mar.

35. “Chego” — “Chegado”

Errado: O candidato havia chego atrasado para a entrevista.


Certo: O candidato havia chegado atrasado para a entrevista.
Explicação: Embora alguns verbos tenham dupla forma de particípio (Exs: imprimido—impresso,
frito—fritado, acendido—aceso), o único particípio do verbo chegar é chegado. Chego é 1ª pessoa
do Presente do Indicativo. Ex: Eu sempre chego cedo.

36. “Meio” — “Meia”

Errado: Ela estava meia nervosa na reunião.


Certo: Ela estava meio nervosa na reunião.
Explicação: No sentido de “um pouco”, a palavra “meio” é invariável.

Como numeral, concorda com o substantivo. Ex: Ele comeu meia maçã.

37. “Viagem” — “Viajem”

Errado: Espero que eles viagem amanhã.


Certo: Espero que eles viajem amanhã.
Explicação: Viajem = flexão do verbo “viajar” Presente Subjuntivo e no Imperativo.
Viagem = substantivo. Ex: Fiz uma linda viagem.

38. “Mal” — “Mau”

Errado: O jogador estava mau posicionado.


Certo: O jogador estava mal posicionado.
Explicação: Mal opõe-se a bem. Mau opõe.se a bom. Assim: mal-humorado, mal-intencionado,
mal-estar, homem mau.

39. “Na medida em que” — “À medida que”

Errado: É melhor comprar à vista à medida em os juros estão altos.


Certo: É melhor comprar à vista na medida em que os juros estão altos.
Explicação: Na medida em que = “porque”.

À medida que estabelece = relação de proporção.

Ex: O nível dos jogos melhora à medida que o time fica entrosado.

40. “Para mim” — “Para eu” fazer

Errado: Era para mim fazer a apresentação, mas tive de me ausentar.


Certo: Era para eu fazer a apresentação, mas tive de me ausentar.
Explicação: “Para eu” deve ser usado quando se referir ao sujeito da frase e for seguido de um
verbo no infinitivo.

41. “Mas” — “Mais”

Errado: Gostaria de ter viajado, mais tive um imprevisto.


Certo: Gostaria de ter viajado, mas tive um imprevisto.
Explicação: Mas é conjunção adversativa e significa “porém”. Mais é advérbio de intensidade. Ex:
Adicione mais açúcar se quiser.

42. “Perca” — “perda”

Errado: Há muita perca de tempo com banalidades.


Certo: Há muita perda de tempo com banalidades.
Explicação: Perca = verbo

Perda = substantivo. Exs: Não perca as esperanças! Essa perda foi irreparável.
43. “Deu tantas horas” — “Deram tantas horas”

Errado: Deu dez da noite e ele ainda não chegou.


Certo: Deram dez da noite e ele ainda não chegou.
Explicação: Os verbos dar, bater e soar concordam com as horas.

Porém, se houver sujeito, deve-se fazer a concordância: “O sino bateu dez horas.”

44. “Traz” — “Trás”

Errado: Ele olhou para traz e viu o vulto.


Certo: Ele olhou para trás e viu o vulto.
Explicação: Trás significa parte posterior. Traz é a conjugação do verbo “trazer” na 3ª pessoa do
singular do Presente do Indicativo. Ex: Ela sempre traz os relatórios para a gerência.

45. “Namorar alguém” — “Namorar com alguém”

Errado: Maria namora com Paulo.


Certo: Maria namora Paulo.
Explicação: A regência do verbo namorar não admite preposição.

46. “Obrigado” — “Obrigada”

Errado: Muito obrigado! – disse a funcionária.


Certo: Muito obrigada! – disse a funcionária.
Explicação: Homens devem dizer "obrigado". Mulheres dizem "obrigada". A flexão também ocorre
no plural: “Muito obrigadas! – disseram as garotas ao professor.”

47. “Menos” ou “Menas”

Errado: Os atendentes fizeram menas tarefas hoje.


Certo: Os atendentes fizeram menos tarefas hoje.
Explicação: “Menas” não existe. Mesmo referindo.se a palavras femininas, use sempre menos. Ex:
Havia menos pessoas naquele departamento.

48. “Descriminar” — “Discriminar”

Errado: Os produtos estão descriminados na nota fiscal.


Certo: Os produtos estão discriminados na nota fiscal.
Explicação: Discriminar = significa separar, diferenciar.
Descriminar = significa absolver, inocentar. Ex: O juiz descriminou o jovem acusado.

49. “Acerca de” — “a cerca de”

Errado: Estavam discutindo a cerca de política.


Certo: Estavam discutindo acerca de política.
Explicação: Acerca de significa “a respeito de”.

A cerca = aproximação.

Ex: Eu trabalho a cerca de 5 km daqui.

50. “Meio-dia e meio” — “Meio-dia e meia”

Errado: Nesta empresa, o horário de almoço inicia ao meio-dia e meio.


Certo: Nesta empresa, o horário de almoço inicia ao meio-dia e meia.
Explicação: O correto é meio-dia e meia, pois o numeral fracionário concorda em gênero com a
palavra hora.

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