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Gabarito para atividades sobre pronomes


(aula 6)
1. Em relação aos pronomes, identifique se as afirmações são
verdadeiras (V) ou falsas (F).

I. Pronomes são palavras que substituem ou acompanham os nomes, como "eu", "mim" e "meu".
II. Pronomes são palavras que aparecem antes dos nomes e indicam se são definidos ou
indefinidos, como "o" e "a".
III. Os pronomes pessoais do caso reto exercem função sintática de sujeito da oração, enquanto
os pronomes oblíquos exercem função sintática de complemento.
IV. Todos os pronomes são invariáveis, ou seja, não se flexionam em gênero, número e pessoa.
V. Os pronomes podem ser substantivos (substituem os nomes) ou adjetivos (qualificam os
nomes).

A. V, F, F, V, V.
B. V, F, V, F, V.
C. F, V, V, F, V.
D. F, V, F, V, F.

Justificativa:
O item ​II​ é falso porque, embora as palavras "o" e "a" possam ser pronomes (ex: eu a vi
tomando sorvete), as palavras que aparecem antes dos nomes são os artigos (ex: a menina
gosta de sorvete).
O item ​IV​ é falso porque, embora haja pronomes invariáveis (ex: "onde", "quem", "alguém"), há
muitos pronomes que se flexionam em gênero (ex: ele, ela), número (ex: ele, eles) e pessoa (ex:
eu, ele).

2. No trecho a seguir, o pronome em destaque faz referência a:

“Ontem, conversei muito com meu amigo. Ele estava preocupado com tudo o que tem
acontecido nesses últimos tempos. Eu disse-​lhe​ que se acalmasse, que a vida é assim: tudo
vem, tudo vai. E o que não tem remédio, remediado está.”

a) Ontem
b) Eu
c) Remédio
d) Amigo
e) Vida
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Justificativa:
No trecho em questão, o pronome oblíquo “lhe” está se referindo a “amigo”, ou seja, a frase tem
o mesmo sentido de “Eu disse a meu amigo que se acalmasse...”.

3. Assinale a alternativa correta em relação às sentenças abaixo:

I. Eu já sabia que era para mim prestar mais atenção da próxima vez.
II. Nessas situações, preferiria que eles dissessem a verdade para mim.
III. Meus amigos insistiram para eu sair com eles.
IV. Minha mãe comprou um livro super bacana para mim ler.
V. Depois de um tempo me olhando, ela sorriu para mim.

a) O certo é “para mim”. A sentença III está errada.


b) Embora a gente fale “para mim”, o certo é “para eu”. Apenas a sentença III está correta.
c) O uso de “para eu” ou “para mim” depende da função sintática do pronome. Apenas as
sentenças II, III e V estão corretas.
d) O uso de “para eu” ou “para mim” depende da função sintática do pronome. A sentença III
está errada.
e) O uso de “para eu” ou “para mim” depende da função sintática do pronome. Apenas as
sentenças I e IV estão corretas.

Justificativa:
Nas construções “para + pronome pessoal”, é comum a dúvida de quando usar “para mim” e
quando usar “para eu”.
Quanto o pronome pessoal exerce função sintática de sujeito da oração, devemos usar os
pronomes pessoais do caso reto – no caso das sentenças em questão “para eu [verbo]”:

I. (...) ​para eu​ prestar mais atenção (...)


III. (...) ​para eu​ sair com eles.
IV. (...) ​para eu​ ler.

Quando o pronome exerce função sintática de complemento da oração, devemos usar os


pronomes pessoais do caso oblíquo – no caso das sentenças em questão “[verbo] para mim”:

II. (...) dissessem a verdade ​para mim​.


V. (...) ela sorriu ​para mim​.

4. “Nessa época, era tudo muito bom. Eu tinha meus quinze anos
e vivia rodeado de amigos.”
Na frase acima, o pronome possessivo em destaque pode se
substituído, sem que haja alteração de sentido, por:

a) Exatamente
b) Claramente
c) Sensivelmente
d) Brevemente
e) Aproximadamente
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Justificativa:
Aqui, o pronome possessivo “meus” indica não apenas posse, mas também certo grau de
imprecisão no numeral “quinze”. Portanto, pode ser substituído por “aproximadamente”.

5. Embora os pronomes demonstrativos “esse/este”, “essa/esta”


sejam usados de maneira intercambiável no dia a dia, a gramática
tradicional faz distinção entre as formas com S e T, e isso ainda é
cobrado em concursos e vestibulares. Com isso em mente,
escolha a alternativa que completa corretamente as lacunas a
seguir.

I. Preciso estudar para a prova de matemática. Para mim, ___ é a matéria mais difícil.
II. Gostaria de lembrar que ___ dia de hoje é muito importante para todos nós.
III. Ainda não temos os detalhes, mas viajaremos ainda ___ ano, com certeza.
IV. Maria e Cristina:___ são as professoras de música.
V. Tenho em mãos ___ carta de amor.

a) Essa, esse, nesse, estas, esta


b) Esta, esse, neste, essas, essa
c) Esta, este, nesse, essas, esta
d) Essa, este, neste, estas, essa
e) Essa, este, neste, essas, esta

Justificativa:
“Esse/Essa” são usados para se referir a algo que já foi mencionado no discurso:

I. Essa (matemática) é a matéria mais difícil.


IV. Essas (Maria e Cristina) são as professoras de música

(Em alguns casos, também se admite o “este” para retomar algo.)

Já “este/esta” são usados para anunciar algo que ainda será dito:

II. este dia


III. neste ano (em + este)
V. estas cartas

O truque de qual letra vem antes no alfabeto pode ajudar! O S vem antes do T, ele retoma o que
já foi dito antes; como o T vem depois, ele anuncia o que ainda será dito na sequência.

6. Analise a sentença abaixo e escolha a alternativa correta.

“Para mim, pedalar é mais divertido que correr.”


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a) Está incorreta, pois antes de verbos devemos usar a expressão “para eu”.
b) Está correta, pois não existe “para eu”.
c) Está incorreta, pois não deveria ter a vírgula entre “mim” e “pedalar”.
d) Está correta, pois nesta frase o “para mim” não exerce função sintática de sujeito.

Justificativa:
Quando o pronome pessoal exerce função sintática de sujeito da oração, devemos usar os
pronomes pessoais do caso reto (como “eu”) em vez de pronomes pessoais do caso oblíquo
(como “mim”).

Nesta frase, o pronome não exerce função sintática de sujeito do verbo pedalar. Na realidade, a
expressão “para mim” está exercendo papel de adjunto adverbial: “pedalar (sujeito) é mais
divertido que correr (predicado) para mim (adjunto adverbial)”.

7. A respeito da frase “Estou falando com você para te dar o livro


que peguei emprestado”, assinale a alternativa correta do ponto
de vista da norma-padrão.

a) A frase está correta pela norma-padrão, pois é assim que falamos no dia a dia.
b) A frase está incorreta, pois mistura segunda e terceira pessoa do discurso.
c) A frase está incorreta, pois nunca existe “te dar”, apenas “lhe dar”.
d) A frase está incorreta, pois nunca existe “com você”, apenas “contigo”.

Justificativa:
No dia a dia, o "tu" (segunda pessoa) e o você (terceira pessoa) são usados indistintamente por
falantes do português brasileiro. Isso acarreta o uso indistinto dos pronomes oblíquos “te”, “ti”,
“contigo” (segunda pessoa) e “lhe” e “você” (terceira pessoa).
Do ponto de vista da norma-padrão, deve haver concordância de pessoa no discurso. Portanto,
ou devemos usar a concordância em segunda pessoa (tu), ou usar a concordância em terceira
pessoa (você).

8. A respeito da frase “Estou falando com você para te dar o livro


que peguei emprestado”, identifique outras maneiras de escrever
a mesma frase que estejam corretas pela norma-padrão.

I. Estou lhe falando para te entregar o livro que peguei emprestado.


II. Estou falando contigo para te entregar o livro que peguei emprestado.
III. Estou falando com você para lhe entregar o livro que peguei emprestado.
IV. Estou te falando para lhe entregar o livro que peguei emprestado.
V. Estou falando contigo para entregar a ti o livro que peguei emprestado.
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a) I, III e V.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) III, IV e V.

Justificativa:
No dia a dia, o ‘tu’ (segunda pessoa) e o você (terceira pessoa) são usados indistintamente por
falantes do português brasileiro. Isso acarreta o uso indistinto dos pronomes oblíquos “te”, “ti”,
“contigo”, “lhe”, “você”.
Do ponto de vista da norma-padrão, deve haver concordância de pessoa no discurso. Portanto,
ou devemos usar a concordância em segunda pessoa:
Estou [te falando / falando contigo] para [te entregar / entregar a ti] o livro que peguei
emprestado
Ou usar a concordância em terceira pessoa (você):
Estou [lhe falando / falando com você] para [lhe entregar / entregar a você] o livro que peguei
emprestado.

9. Em relação à frase “Depois de muito tempo, eu ​vi ele​ pela


minha escola”, é correto afirmar pela norma-padrão:

a) A frase está correta pela norma-padrão, pois “ele” está exercendo função sintática de sujeito
da oração.
b) A frase está correta pela norma-padrão, pois já se admite oficialmente “ele” como objeto
direto.
c) A frase está incorreta pela norma-padrão, apesar de ser extremamente comum o uso de
“ele/ela” como objeto direto em contextos informais.
d) A frase está incorreta pela norma-padrão; apenas pessoas sem instrução falam assim.
e) A frase está incorreta pela norma-padrão, pois a expressão “vi ele” não é admitida em
contextos informais.

Justificativa:
A tradição da norma-padrão da língua portuguesa preconiza o uso de “ele” apenas na função
sintática de sujeito da oração, o que não é o caso da frase em questão. Pela norma-padrão, a
frase deveria ser escrita assim : “...eu o vi pela minha escola...”.
Vale destacar, porém, que o uso de “ele/ela” é frequente na fala cotidiana informal no Brasil,
inclusive por pessoas de alto grau de instrução. Muitos linguistas, aliás, indicam que esse é um
exemplo de mudança em curso.

10. Desafio: Este assunto ainda será abordado no curso. Será que
você já o domina?
Preencha as lacunas a seguir com os pronomes adequados.
“Pela manhã, conversei com Joana. Pedi _______ que não ficasse
brava ____________. Expliquei ________ que dissemos todas
aquelas coisas, pois _______ preocupamos muito ____________.
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a) a, com nós, -lhe, se, com ela


b) -lhe, conosco, -lhe, nos, com ela
c) -la, conosco, -na, nos, consigo
d) -lhe, com nós, -lhe, se, contigo
e) -la, conosco, -a, nos, com ela

Justificativa:
Quando o pronome oblíquo se refere a terceira pessoa do singular (ele/ela) e exerce função
sintática de objeto indireto (com preposição), devemos usar o “lhe”:
Pedi ​a​ ela -> Pedi​-lhe
Expliquei ​a​ ela -> Expliquei​-lhe

A expressão “com nós” não está correta, pois o pronome “nós” só deve ser usado em função
sintática de sujeito da oração. Portanto, o correto é “não ficasse brava ​conosco​”.

Quando o pronome oblíquo se refere à primeira pessoa do plural (nós) e exerce função sintática
de pronome reflexivo, devemos usar o “nos”, sem nos confundirmos com o “a gente se
preocupa”:
[nós] ​nos​ preocupamos

Por fim, o pronome “consigo” também é reflexivo e só deve ser usado se concorda com o sujeito,
por exemplo, “ela se preocupa consigo (com ela mesma)”. Na última oração, porém, o sujeito é
“nós”, então o certo é “nós nos preocupamos ​com ela​”.

Atividades complementares

1. Existem diferentes tipos de pronomes. Relacione cada um


deles às suas respectivas explicações.

(​ ​) Pronomes pessoais
(​ ​) Pronomes de tratamento
(​ ​) Pronomes possessivos
(​ ​) Pronomes demonstrativos
(​ ​) Pronomes interrogativos
(​ ​) Pronomes relativos
(​ ​) Pronomes indefinidos

A.​ Indicam as pessoas do discurso.


B.​ Referem-se à terceira pessoa do discurso de modo impreciso.
C.​ Indicam lugar ou posição.
D.​ Usados para perguntar sobre a terceira pessoa do discurso.
E.​ Usados no trato com outras pessoas.
F. ​Indicam posse.
G.​ Indicam nomes citados anteriormente no discurso.
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Respostas:
A, E, F, C, D, G, B.

2. Há diferentes tipos de pronomes. Relacione cada um deles aos


seus respectivos exemplos.

(​ ​) Pronomes pessoais do caso reto


(​ ​) Pronomes pessoais do caso oblíquo
(​ ​) Pronomes de tratamento
(​ ​) Pronomes possessivos
(​ ​) Pronomes demonstrativos
(​ ​) Pronomes interrogativos
(​ ​) Pronomes relativos
(​ ​) Pronomes indefinidos

A.​ que, quem, qual(is), quanto(s), quanta(s)


B.​ eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas
C.​ que, quem, onde, o(s) qual(is), a(s) qual(is), cujo(s), cuja(s), quanto(s), quanta(s)
D. ​me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a lhe, se, si, consigo
E. ​você, senhor, senhora, Vossa Excelência, Vossa Majestade
F.​ algum(ns), alguma(s), nenhum(s), nenhuma(s), todo(s), toda(s)
G.​ meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s)
H.​ este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s), aquilo.

Respostas:
B, D, E, G, H, A, C, F.
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