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Você sabe o que é o sacramento da unção dos enfermos?

No ritual da unção dos enfermos, encontra-se a seguinte petição a Deus: “Por esta santa unção e pela Sua infinita
misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te
salve e, na Sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos”. Essa oração contém o objeto central desse sacramento, ou
seja, confere a ele uma graça especial, que une mais intimamente o doente a Cristo.

Jesus veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente, faz isso nas áreas e situações em que nos sentimos
especialmente ameaçados em função da fragilidade de nossa vida, devido a doenças, morte etc. Deus Pai quer que
nos tornemos saudáveis no corpo e na alma, e reconheçamos nisso a instauração do Seu Reino. Por vezes, só com a
experiência da enfermidade percebemos que precisamos do Senhor mais do que tudo. Não temos vida, a não ser em
Cristo. Por isso, os doentes e os pecadores têm um especial instinto para perceber o que é essencial.

No Novo Testamento eram os enfermos quem procuravam a proximidade de Jesus, tentando “tocá-Lo, pois d’Ele saía
uma força que a todos curava” (Lc 6,19). A compaixão de Jesus Cristo pelos doentes e as numerosas curas de
enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino de Deus e a vitória sobre o pecado, o sofrimento e a
morte. Com a Paixão e Morte, o Senhor dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se for unido ao d’Ele, pode ser
meio de purificação e salvação para nós e para os outros.

A Igreja deve curar os enfermos

A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos, procura pôr isso em prática com os cuidados para
com os doentes, acompanhados da oração de intercessão. Ela possui, sobretudo, um sacramento específico em favor
dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está doente, chame a si os presbíteros
da Igreja e rezem por ele, depois de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).

Dessa forma, o sacramento da unção dos enfermos pode ser recebido pelo fiel que começa a se sentir em perigo de
morte por doença ou velhice. O mesmo fiel pode recebê-lo também outras vezes se a doença se agravar ou, então,
no caso doutra enfermidade grave.

A celebração desse sacramento, se possível, deve ser precedida pela confissão individual do doente. A celebração
desse sacramento consiste essencialmente na unção com óleo benzido, se possível, pelo bispo, na fronte e nas mãos
do enfermo (no rito romano ou também noutras partes do corpo segundo outros ritos), acompanhada da oração do
sacerdote, que implora a graça especial desse sacramento. Ele só pode ser administrado pelos sacerdotes (bispos ou
presbíteros).

A Unção dos Enfermos aproxima o doente da Paixão do Senhor

Esse sacramento confere uma graça especial que une mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem
e de toda a Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem e também o perdão dos pecados, se ele não puder se confessar.
Consente, por vezes, se for a vontade de Deus, também a recuperação da saúde física do fiel. Em todo caso, essa
unção prepara o enfermo para a passagem à Casa do Pai. Por isso, concede-lhe consolação, paz, força e une
profundamente a Cristo o doente que se encontra em situação precária e em sofrimento; tendo em vista que o
Senhor passou pelas nossas angústias e tomou sobre Si as nossas dores.

Muitos doentes têm medo desse sacramento e adiam-no para o fim, porque pensam se tratar de uma espécie de
“sentença de morte”. No entanto, é o contrário disso: a unção dos enfermos é uma espécie de “seguro de vida”.
Quem, como cristão, acompanha um enfermo deve libertá-lo desse falso temor. A parte das pessoas que está em
risco de vida tem a intuição de que nada mais é importante nesse momento do que a confiança imediata e
incondicional Àquele que superou a morte e é a própria vida: Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

Assim age o Sacramento: o óleo é símbolo da Graça do Espírito Santo, Espírito de força e consolação (Ele é o Paráclito
Consolador). É o Espírito do Cristo Ressuscitado, e dá ao enfermo força para fazer de sua doença um modo de
participar da Paixão do Senhor. A Unção dos Enfermos nos une à Páscoa do Senhor, como insiste São Paulo:

“Eu me rejubilo nos meus sofrimentos por vós, e completo na minha carne o que falta das tribulações de Cristo
pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24).
“Cristo será engrandecido no meu corpo, pela vida ou pela morte. Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é
lucro” (Fl 1, 20s)

“Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 19-20).

Quando uma pessoa está doente, fraca e sua vida corre perigo, a Igreja administra a Unção dos Enfermos.

A Unção dos Enfermos é o Sacramento da cura.

Na Missa dos Santos Óleos são abençoados os óleos dos catecúmenos, do Crisma e dos enfermos.

Na Unção dos Enfermos, o padre unge a testa e as mãos da pessoa que está adoecida, pedindo ao Senhor que venha
em auxílio dela.

O óleo é sinal da bondade e misericórdia de Deus que nos toca.

Esse Sacramento traz o fortalecimento da alma, pois através dele, se recebe o perdão dos pecados.

A pessoa que receba a Unção dos Enfermos recebe o consolo e a paz de Jesus Cristo.

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