Catarina Manso Luís, 7ºgrau, supletivo Rafael A. Vilhena Louro, 7º grau, articulado Haydn compôs imensas obras, abrangendo meio século de atividade. Embora tenha sido maioritariamente compositor instrumental, a sua produção musical compreende todos os gêneros instrumentais, vocais, sacros e profanos. Joseph Haydn foi o compositor mais importante de quartetos de cordas no Classicismo, bem como de sinfonias, tendo estabelecido os moldes formais deste género para as gerações futuras e definido um novo equilíbrio de forças entre os quatro instrumentos que constituem o quarteto de cordas: dois violinos, viola de arco e violoncelo. Anteriormente, no género similar a que se chamava divertimento, o violino tocava as melodias principais e os restantes instrumentos limitavam‐se, praticamente, a ter um papel de acompanhamento harmónico. Após Haydn, o novo equilíbrio entre os instrumentos estabeleceu um princípio dialogante que viria a caracterizar este género até aos nossos dias. k Conhecem-se 108 sinfonias, 83 quartetos, 52 sonatas para piano, 41 trios, 27 concertos para diversos instrumentos, 16 óperas (nove das quais cômicas), 16 aberturas orquestrais, 35 peças religiosas, cerca de 70 lieders (canções) e mais cerca de 20 trabalhos não nomeados. O modelo tripartido da sinfonia é ainda adotado por Haydn (nas suas 30 primeiras composições). Este ilustre compositor acaba por transformar a sinfonia de entretenimento galante numa expressão musical altamente organizada, daí ser tradicionalmente considerado como o “pai da sinfonia”. O seu principal contributo para a definição da sinfonia clássica está na importância dada à introdução, à coda e ao desenvolvimento da forma-sonata. As últimas sinfonias de Haydn contam já com as partes de clarinete e flauta que são consideradas como expoentes da grande sinfonia clássica. Nelas a perfeição da forma, o equilíbrio de sonoridades e a elaboração temática são brilhantes, e só serão superadas pela mestria de Beethoven. Entre suas obras destacam-se: Sinfonia nº 48 em Dó Maior, “Maria Teresia” (1772) Sinfonia nº 63 em Dó Maior, “Roxolane” (1777) Sinfonia nº 85 em Sib Maior, “A Rainha” (1786) Sinfonia nº 100 em Sol Maior, “Militar” (1794) Quarteto de cordas opus 76, nº 3 “Imperador” (1798) Quarteto de cordas opus 1, nº 1 em Sib Maior, “A Caça” Quarteto de cordas opus 74, nº 1 em Dó Maior (1793) Quarteto de cordas opus 76, nº 2 em Ré Menor, “Quarteto das Quintas” – considerado a sua obra prima no género, pela riqueza de contrastes Sonata nº 37, em Ré Maior, para piano Sonata nº 59, em Mib Maior Trio para piano e cordas nº 1, em Sol Maior, “O Cigano”