Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Questão única
Considere o modelo físico de uma sapata na fundação de uma casa, ilustrada
na Figura 1. Trata-se de uma estrutura bastante espessa (ao longo de 𝑧) e os
deslocamentos na direção 𝑧 estão impedidos. O material da estrutura possui
módulo de elasticidade 𝐸, coeficiente de Poisson 𝜈 e o peso próprio da sapata é
considerado (peso específico 𝛾). A sapata sofre ação de um carregamento
compressivo 𝑝 advindo da estrutura da casa, indicado na Figura 1. Está apoiada
sobre o solo, o que neste modelo é representado por meio de apoios simples
(sem atrito), levando ao modelo ilustrado na Figura 1.
Dados adicionais:
Pede-se:
a) Qual a hipótese mais adequada para modelar o cenário proposto por meio
de estado plano? Estado Plano de tensão (EPT) ou Estado Plano de
Deformação (EPD)? (0,5 ponto)
Resolução
O enunciado descreve o problema em questão como sendo uma estrutura espessa (ao
longo de z), e que tem seus deslocamentos nessa direção bloqueados nas
extremidades.
Essa descrição está diretamente associada com as hipóteses para o Estado Plano de
Deformação.
b) Calcular os termos 𝐾(7, 7), 𝐾(7, 8) e 𝐾(15, 16) da matriz de rigidez global.
Considerar o modelo com espessura unitária. A unidade da resposta deve
ser dada no SI. (2,25 pontos)
Resolução
O enunciado pede alguns termos da matriz de rigidez global 𝑲. Esta matriz é obtida a
partir das matrizes locais dos elementos - 𝒌𝒆 .
Todas as matrizes locais contêm termos envolvendo todos os pares de graus de
liberdade de seu respectivo elemento
Portanto, para determinar quais elementos contribuem para um determinado termo da
matriz global, precisamos identificar todos os elementos que possuem os graus de
liberdade envolvidos.
Para identificar quais termos de cada matriz local entram na conta, precisamos ver quais
os índices locais deles no elemento em questão, conferindo no sistema local do
elemento de quatro nós fornecido no formulário.
Por exemplo, no caso de 𝐾(7,7), podemos ver na Figura 2 que os elementos (1), (2), e
(7) contêm o grau de liberdade 7. Ademais, podemos ver que os termos das matrizes
locais que contribuem para este termo são:
𝐸 2 × 1010
𝐸∗ = = = 2.0833 × 1010 𝑃𝑎,
1 − 𝜈 2 1 − 0.22
𝜈 0.2
𝜈∗ = = = 0.25,
1 − 𝜈 1 − 0.2
𝑎1 0.25 𝑎2 0.375 3 𝑎7 0.375
= = 1, = = , = = 3.
𝑏1 0.25 𝑏2 0.25 2 𝑏7 0.125
E∗ b3 a
∗) 3
𝐾(15,16) = 𝑘3 (5,7) = (−4 + (1 − ν )
12(1 − (ν∗ )2 ) a3 b3
com 𝑎3 /𝑏3 = 𝑎2 /𝑏2 temos:
Resolução
O exercício nos pede algumas componentes do vetor de carregamentos.
Este vetor descreve os carregamentos que atuam sobre o modelo discretizado, a partir
de suas contribuições para cada grau de liberdade.
Na Figura 1 e no enunciado concluímos que atuam o peso próprio da estrutura em
todos os elementos, e uma carga vertical 𝑝 nos elementos (8) e (9).
No caso do GL 22, este é um grau de liberdade vertical associado com os elementos
(8) e (9), portanto, ele deve receber as contribuições de ambos os elementos.
𝑎8 𝑏8 𝑎8 𝑎9 𝑏9 𝑎9
𝑅(22) = 𝑅8 + 𝑅9 = [−𝛾 − 𝑝 ] + [−𝛾 −𝑝 ]
4 2 4 2
Substituindo os valores, temos
𝑅(22) = −5683.59 𝑁
De forma similar, o GL 23 é vertical e associado com os elementos (9) e (10). Ele
recebe as contribuições de ambos relativa ao peso próprio, mas apenas de (9) relativo
ao carregamento 𝑝.
𝑎9 𝑏9 𝑎9 𝑎10 𝑏10
𝑅(23) = 𝑅9 + 𝑅10 = [−𝛾 − 𝑝 ] + [−𝛾 ]
4 2 4
𝑅(23) = −2871.09 𝑁
O GL 25 pertence apenas ao elemento (1).
𝑎1 𝑏1
𝑅(25) = 𝑅1 = −𝛾 = −39.06 𝑁
4
E, por fim, o GL 26 pertence aos elementos (1), (2) e (7), que possuem apenas
contribuição do peso próprio:
𝛾
𝑅(26) = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅7 = − (𝑎1𝑏1 + 𝑎2 𝑏2 + 𝑎7 𝑏7 ) = −126.95 𝑁
4
PEF3302 – Mecânica das Estruturas I
14 de julho de 2022 – Prova
Resolução
O enunciado nos pede os deslocamentos dentro do elemento (4). Estes podem ser
encontrados a partir do uso das funções de forma do elemento, fornecidas no
enunciado, e dos graus de liberdade globais, apresentados na Tabela 1.
Resolução
Vamos utilizar as equações de compatibilidade presentes no formulário, em
combinação com a expressão dos deslocamentos no ponto P em função das funções
de forma. Adicionalmente, temos 𝜀𝑧𝑧 = 0 por hipótese do Estado Plano de Deformação.
𝜕𝑢 𝜕ℎ1 𝜕ℎ4
𝜀𝑥𝑥 = = (−𝑈8 ) + (−𝑈15 )
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝑣 𝜕ℎ1 𝜕ℎ2
𝜀𝑦𝑦 = = 𝑈27 + 𝑈
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑦 28
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕ℎ1 𝜕ℎ4 𝜕ℎ1 𝜕ℎ2
𝛾𝑥𝑦 = + = (−𝑈8 ) + (−𝑈15 ) + 𝑈27 + 𝑈
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑥 28
Tomando as derivadas que aparecem no ponto 𝑃 = (0,0) no sistema local do
elemento.
𝜕ℎ1 1 2 2𝑦 1 𝜕ℎ4 1 2 2𝑦 1
= (1 + ) = , = (1 − ) =
𝜕𝑥 4𝑎 𝑏 2𝑎 𝜕𝑥 4𝑎 𝑏 2𝑎
𝜕ℎ1 1 2 2𝑥 1 𝜕ℎ4 1 2 2𝑥 1
= (1 + ) = , = (− ) (1 + ) = −
𝜕𝑦 4𝑏 𝑎 2𝑏 𝜕𝑦 4 𝑏 𝑎 2𝑏
𝜕ℎ2 1 2 2𝑦 1 𝜕ℎ2 1 2 2𝑥 1
= (− ) (1 + ) = − , = (1 − ) =
𝜕𝑥 4 𝑎 𝑏 2𝑎 𝜕𝑦 4𝑏 𝑎 2𝑏
Podemos substituir os valores e encontrar
𝜀𝑥𝑥 = 1.8855 × 10−7
𝜀𝑦𝑦 = −6.2135 × 10−7
Formulário:
Compatibilidade:
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑢 𝜕𝑣
𝜀𝑥𝑥 = 𝜀𝑦𝑦 = 𝛾𝑥𝑦 = +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥
Equação constitutiva:
𝜎𝑥𝑥 𝜀𝑥𝑥
𝜎 𝜀
{ 𝑦𝑦 } = [𝐶] { 𝑦𝑦 }
𝜎𝑥𝑦 𝛾𝑥𝑦
a b 3 b a 3 b a 3 b a 3
2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ + 4 ∙ ∙ (1 + ν∗ ) −4 ∙ + (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) −2 ∙ − (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 + ν∗ ) 2 ∙ − 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ )
b a 2 a b 2 a b 2 a b 2
3 b a 3 a b 3 a b 3 a b
∙ (1 + ν∗ ) 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ + 4 ∙ ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) 2 ∙ − 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 + ν∗ ) −2 ∙ − (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) −4 ∙ + (1 − ν∗ ) ∙
2 a b 2 b a 2 b a 2 b a
b a 3 a b 3 b a 3 b a 3
−4 ∙ + (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ + 4 ∙ − ∙ (1 + ν∗ ) 2 ∙ − 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) −2 ∙ − (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 + ν∗ )
a b 2 b a 2 a b 2 a b 2
3 a b 3 b a 3 a b 3 a b
− ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) 2 ∙ − 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 + ν∗ ) 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ + 4 ∙ ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) −4 ∙ + (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 + ν∗ ) −2 ∙ − (1 − ν∗ ) ∙
E∗ 2 b a 2 a b 2 b a 2 b a
𝐊≔
12(1 − (ν∗ )2 ) b a 3 b a 3 a b 3 b a 3
−2 ∙ − (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 + ν∗ ) 2 ∙ − 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ + 4 ∙ ∙ (1 + ν∗ ) −4 ∙ + (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ )
a b 2 a b 2 b a 2 a b 2
3 a b 3 a b 3 b a 3 a b
− ∙ (1 + ν∗ ) −2 ∙ − (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) −4 ∙ + (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 + ν∗ ) 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ + 4 ∙ ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) 2 ∙ − 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙
2 b a 2 b a 2 a b 2 b a
b a 3 b a 3 b a 3 a b 3
2 ∙ − 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) −2 ∙ − (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 + ν∗ ) −4 ∙ + (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ + 4 ∙ − ∙ (1 + ν∗ )
a b 2 a b 2 a b 2 b a 2
3 a b 3 a b 3 a b 3 b a
[ ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) −4 ∙ + (1 − ν∗ ) ∙ ∙ (1 + ν∗ ) −2 ∙ − (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 − 3 ∙ ν∗ ) 2 ∙ − 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ − ∙ (1 + ν∗ ) 2 ∙ (1 − ν∗ ) ∙ + 4 ∙ ]
2 b a 2 b a 2 b a 2 a b