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Campinas
2019
Gabriela Ferreira De Souza
Campinas 2019
Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca do Instituto de Física Gleb Wataghin
Lucimeire de Oliveira Silva da Rocha - CRB 8/9174
Título em outro idioma: Remote lab usage as a tool for science inquiry in elementary
grades
Palavras-chave em inglês:
Teaching by investigation
Remote laboratories
Science teaching
Remote teaching
Área de concentração: Ensino de Ciências e Matemática
Titulação: Mestra em Ensino de Ciências e Matemática
Banca examinadora:
Eduardo Galembeck [Orientador]
Gildo Girotto Júnior
Thanuci Silva
Data de defesa: 27-08-2019
Programa de Pós-Graduação: Multiunidades em Ensino de Ciências e Matemática
4. Objetivos de pesquisa.............................................................................................. 26
4.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 26
4.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 26
5. Metodologia............................................................................................................... 27
6. Resultados e Discussão .......................................................................................... 33
6.1 Caracterização da escola .............................................................................................. 33
6.2 Caracterização dos participantes ................................................................................ 33
6.3 Análise das discussões orais ....................................................................................... 36
6.3.1 Categoria “Compreensão do laboratório remoto” ................................................. 36
6.3.2 Categoria “Alunos e a Universidade Pública” ........................................................ 39
6.4 Análise da sequência didática e sua aplicação .......................................................... 44
7. Considerações finais................................................................................................ 58
8. Referências bibliográficas ....................................................................................... 60
9. Apêndices.................................................................................................................. 65
9.1 Apêndice 1: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ...................................... 65
9.2 Apêndice 2: Questionário Inicial .................................................................................. 68
9.3 Apêndice 3: Encontro 2 ................................................................................................. 69
9.4 Apêndice 4: descritivo experimentos .......................................................................... 70
9.5 Apêndice 5: Sequência de Ensino Investigativa (SEI) ............................................... 88
10. Anexo ..................................................................................................................... 95
10.1 Guia para entrevista final .............................................................................................. 95
10.2 Apostila de Ensino por Investigação ........................................................................... 96
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1 Apresentação
Em 2016, fiz o estágio que mudou minhas percepções sobre ensino de Ciências. Por
oito semanas fui estagiária em uma empresa belga, ATiT. Lá, tive a oportunidade de
passar um final de semana com desenvolvedores de tecnologias voltadas ao ensino
de ciências e professores de ciências em um workshop. Vivenciei as dificuldades e as
novas possibilidades emergentes relacionadas ao ensino de ciências. Eis que
surgiram as primeiras inquietações que me acompanham nesta pesquisa de
mestrado.
Introdução
Ensinar ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental tornou-se lei em
agosto de 1971 com a promulgação da Lei 5.692. A obrigatoriedade da inclusão da
disciplina no currículo não esteve articulada à formação do professor. Apenas em
1996 a Lei de Diretrizes e Bases regulamentou a necessidade de formação superior
em pedagogia para professores do Ensino Fundamental. Contudo, é sabido que
desde então, os cursos de formação inicial em pedagogia trazem poucas horas
destinadas ao conteúdo e metodologia de ensino de ciências. Tal precariedade na
formação do profissional que ministrará as aulas de ciências, reflete em aulas muitas
práticas de leitura e resolução de exercícios e poucas problematizações e discussões
aprofundadas. (OVIGLI; BERTUCCI, 2009)
O ensino por investigação é uma abordagem presente nos currículos de ensino
de ciências nos Estados Unidos e Europa desde a década de 1970. No Brasil, esta
abordagem pode ser encontrada pela primeira vez nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN). No entanto, segundo Sá et al (APUD ZÔMPERO; LABURÚ, 2011),
esta prática ainda não está bem estabelecida no país.
Através de atividades investigativas, os alunos atuam como protagonistas na
construção do conhecimento. Os discentes são responsáveis por levantar hipóteses,
solucionar problemas, analisar dados e desenhar conclusões baseadas em atividades
práticas e conhecimento teórico (ZÔMPERO; LABURÚ, 2011)
Apesar de não ser de primária importância a presença de um laboratório de
ciências para a condução de atividades investigativas, tal estrutura ainda é
comumente vinculada às aulas de ciências. Quando existente nas escolas, este
espaço tem recebido cada vez menos atenção. Borges (2002) destaca as razões da
sub utilização dos laboratórios voltados à experimentação. Dentre os motivos
levantados pelo autor, a manutenção precária do espaço e dos instrumentosa
existência poucos recursos para repor materiais e adquirir equipamentos adequados,
além da falta de atividades prontas para o professor – que por vezes não dispõe de
tempo para elaborá-las. (SASSERON, 2015)
A infraestrutura das escolas Brasileiras de modo geralé comprometida. Em
2016, no censo elaborado pelo Instituto Nacional De Estudos e Pesquisas
Educacionais (INEP) constatou-se que apenas 4,5% das escolas Brasileiras possuem
infraestrutura adequada para seu pleno funcionamento, aponta-se a . Ao mesmo
16
tempo, o mesmo estudo destaca que . (Censo Escolar Da Educação Básica 2016 -
Notas Estatísticas, 2017).
Frente à esta realidade, a experimentação remota surge como uma ferramenta
que pode ser utilizada em escolas sem laboratórios de ciências que possuam acesso
à internet. Esta ferramenta tecnológica, além de trazer práticas experimentais para a
aula de ciências, podepermitir que seja criado um ambiente de investigação através
obtenção de dados reais através da manipulação remota de equipamentos reais.
Deste modo, enxergamos no laboratório remoto uma possibilidade introdução à
investigação nas aulas de ciências nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.(KENNEPOHL, 2009)
Sendo assim, o objetivo desta pesquisa é buscar conhecer as práticas dos
professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Escola Municipal Padre José
Narciso Vieira Ehremberg localizada em Campinas, e a partir disto, sensibilizá-los a
respeito do ensino por investigação através da utilização do laboratório remoto em
encontros sistematizados.
17
2. Referencial Teórico
Segundo o censo elaborado pelo INEP em 2016, constatou-se que 39% das
escolas possuem laboratório de informática. Sessenta e sete por cento destes
laboratórios possuem acesso à internet totalizando mais de 123 mil escolas, e dentre
essas 55% tem acesso à banda larga. Sendo assim, o laboratório de informática pode
ser uma alternativa viável para proporcionar a prática da experimentação em escolas
que não possuem a estrutura física do laboratório didático de ciências.
Diversas plataformas online proporcionam de maneiras diferentes o contato
com o laboratório. Há laboratórios baseados em computador permitem que alunos e
professores explorem simulações, experimentos remotos e virtuais. A escolha na
utilização das plataformas varia com o objetivo pedagógico desejado pelo professor.
Neste trabalho, deu-se enfoque na experimentação baseada em computador através
de laboratórios remotos.
utilização do laboratório remoto, os alunos podem ser ativos em suas pesquisas, pois
não dependem da supervisão direta do professor, ou do acesso à infraestrutura da
escola. A experimentação remota se apresenta como uma alternativa para que o aluno
seja independente em suas investigações e como uma possibilidade levar para fora
do ambiente escolar tudo o que está aprendendo e Investigando (De Lima; Rochadel;
Da Silva, 2013).
A infraestrutura de um laboratório remoto também pode permitir a realização
de experimentos em conjunto com escolas localizadas em regiões geográficas
diferentes, criando assim uma rede de compartilhamento de conhecimentos e
discussões.
Dentre as vantagens que cabem serem citadas na utilização do laboratório
remoto como ferramenta para engajamento dos estudantes na aprendizagem das
ciências, pode-se evidenciar a facilitação no processo de coleta e análise de dados.
Devido às poucas aulas de ciências presentes no currículo, a execução de uma
atividade prática totalmente presencial no laboratório tradicional, por vezes, não
permite a reflexão a respeito dos dados coletados em aula. Isto acontece, porque na
maioria das escolas não existe uma equipe laboratorial que prepara o material com
antecedência, portanto, o professor utiliza o tempo de aula para preparar o
experimento e para executá-lo. Assim há desperdício de tempo que poderia ser
utilizado para a coleta e análise dos dados, este que é considerado fator fundamental
para que a experimentação seja útil do ponto de vista pedagógico. Outro fato que
também é comprometido pela quantidade reduzida de tempo é a investigação das
causas do erro. Esta é uma ferramenta poderosa de aprendizagem, que por muitas
vezes não é explorada adequadamente pela limitação dos períodos de aula. Portanto,
a ferramenta remota permite que o aluno possa coletar os dados de maneira mais
rápida e precisa, economizando tempo que pode ser destinado para analisar os dados
obtidos, fato que evita conclusões precipitadas (HODSON, 1994; BORGES, 2002). Do
mesmo modo, as atividades realizadas por computador podem facilitar o controle dos
resultados, pois quando fenômenos estudados acontecem muito rapidamente para
serem observados por meios tradicionais estes podem ser salvos no banco de dados
para serem consultados posteriormente (BORGES, 2002).
Os experimentos propostos por laboratórios remotos podem ser personalizados
de acordo com o objetivo da aula. É possível adaptar os objetivos de aprendizagem
25
3. Objetivos de pesquisa
4. Metodologia
pesquisadores, eles também podem refletir sobre suas práticas e pensar sobre sua
cultura e valores, e assim, estabelecer com a pesquisa uma relação de troca
(DUARTE, 2004).
Em seguida, as professoras contaram-nos e contaram sobre a resposta da
escola diante do projeto em andamento. A fim de compartilhar com as demais
professoras da escola, a diretora Paula nos convidou para participar das reuniões de
Trabalho Docente Coletivo (TDC) daquela semana para explicar o projeto e o
laboratório remoto com maiores detalhes. Neste momento, pudemos estender o
convite às professoras presentes. Nesta reunião, três professoras se interessaram em
participar do projeto. Todas as professoras presentes concordaram em assinar o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para que as informações
geradas na reunião pudessem fazer parte dos dados da presente pesquisa.
Após alguns dias, duas professoras pediram desligamento do projeto. Estas
não chegaram a realizar a entrevista individual.
A reunião número quatro é a entrevista individual com a professora Lorena.
Esta entrevista foi conduzida de maneira semelhante às entrevistas individuais
anteriores.
Posteriormente, realizou-se a reunião número cinco denominada “Atividade de
Formação Continuada” que foi elaborado com o objetivo de sensibilizar as professoras
envolvidas na pesquisa sobre o papel da experimentação na metodologia de ensino
por investigação. Este momento teve como objetivo proporcionar um espaço onde as
participantes pudessem conhecer a teoria referente a sequência de ensino por
investigação e a estrutura do LTE do LR. Os materiais que foram utilizados no terceiro
encontro incluem a apostila “Ensino por Investigação” elaborada por Oliveiros e
Guimarães (2014) destinada à formação continuada de professores introduzindo a
teoria e provocando a prática do enfoque metodológico do ensino por investigação
(apêndice 2) e um descritivo dos experimentos remotos disponíveis no LTE (apêndice
4). Este encontro foi realizado conjuntamente entre as professoras Lucia e Vitória e,
posteriormente, individualmente com a professora Lorena.
Neste momento, após apresentação e discussão a respeito da metodologia e
do LR, propusemos às professoras participantes que incorporassem ao menos uma
vez o laboratório remoto como uma ferramenta de experimentação na sequência
didática de ensino por investigação. As professoras concordaram com a proposição,
porém solicitam ajuda para elaborar a aula. Então, decidimos criar um documento
34
5. Resultados e Discussão
entre os pares fez com que mais professoras se interessassem em ouvir a proposta.
Então, a convite da direção da escola, a proposta de mestrado foi apresentada às
demais professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
No quadro 2 sistematizamos o perfil das professoras participantes.
Quadro 2: Perfil das professoras.
Participante Sexo Formação Segunda Pós-graduação Experiência Disciplinas Carga
da pesquisa inicial graduação docente que leciona horária
semanal
em sala de
aula
Lucia F Jornalismo Pedagogia Não possui 27 anos Matemática e 36 horas
ciências
Vitória F Pedagogia Não possui Não possui 3 anos Ciências e 24 horas
língua
portuguesa
Carolina F Pedagogia Não possui Especialização 16 anos Língua 24 horas
portuguesa,
história e
geografia
Elizabete F Pedagogia Não possui Especialização 12 anos Matemática, 24 horas
história e
geografia
Juliana F Pedagogia Não possui Especialização 20 anos Português, 24 horas
matemática,
história,
geografia e
ciências
Yasmin F Pedagogia Não possui Especialização 18 anos Português, 24 horas
em novas matemática,
tecnologias na história,
educação geografia e
ciências
Lorena F Pedagogia Não Especialização 17 anos Português, 24 horas
em novas matemática,
tecnologias na história,
educação. geografia e
Cursando ciências
especialização
38
em educação
especial
Flavia F Pedagogia Não Latu sensu: 9 Português, 24 horas
saúde na escola matemática,
e mestrado em história,
educação geografia e
ciências
Nathalia F Pedagogia Não Não, cursando 17 anos Português, 24 horas
“alfabetização e matemática,
letramento com história,
ênfase em geografia e
dificuldades de ciências
aprendizagem”
Fonte: autoria própria.
Lucia E Gabi... Tem a ver, seria possível a gente marcar um tempo com as crianças aqui de
manhã aqui na UNICAMP para fazer alguma coisa com eles no laboratório assim e aí
passar aqui para eles verem o que é aqui?
Pesquisadora Então, aí eu não sei. Eu teria que ver por causa do comitê de ética. Como que funciona
isso, mas o que eu sei que eu posso fazer...
Lucia Então, porque eu falo, porque aqui é rápido... Para eles entenderem o que a gente
acabou de entender, aqui foi rápido. Era isso que eu gostaria... Porque aí eles vão ver
o real poder mesmo, eles vão ver o que é a universidade. Eles vão ver que aqui não é
o mundo de Nárnia. (...) Aproveitar para ir com eles no laboratório de zoologia, sabe?
(...) Principalmente, menina, por causa daquilo que eu te falei. É a comunidade de São
Marcos. Eles não têm esse sentimento de pertencimento...
Fonte: Autoria própria.
Para os sujeitos deste estudo, o vocabulário dito como científico foi tema de
discussões nas entrevistas. (Quadro 9) As professoras pedagogas demonstraram
interesse no projeto, no entanto, a adaptação do vocabulário, assim como a
abordagem para iniciar a aula de ciências foram levantados como tópicos que não são
aprofundados na formação inicial em pedagogia, corroborando as lacunas descritas
por Ducatti-Silva (2005).
A questão de adaptação do vocabulário foi discutida em diversas dimensões,
como na adequação do conhecimento científico adquirido na universidade para ser
transpassado aos alunos, a necessidade de formação continuada das professoras
para aquisição do conhecimento e a metodologia de ensino de ciências. (Quadro 7)
adequada aos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Deste modo, os
alunos podem compreender o conteúdo que se deseja investigar em aula. Neste
momento, percebemos a necessidade de diálogo entre a universidade nas áreas de
ensino de Ciências e Educação com as professoras atuantes nessas séries do Ensino
Fundamental (Quadro 10), assim como o questionamento sobre as disciplinas
relativas ao ensino de ciências nos cursos de pedagogia, como sugerido por Brandi e
Gurgel (2002) e Augusto et al. (2015).
A professora Lorena tentou tirar alguns ovos da lagarta, no entanto, notou que
os ovos eram pupas e a lagarta já estava morta. Juntos, alunos e professora
concluíram suas observações (Quadro 14).
Através desta breve interação descrita no episódio 13, parte dos alunos
puderam, além de observar o material coletado, compreender o funcionamento do
laboratório remoto. A fala da professora demonstra que os alunos ampliaram a
percepção sobre o uso da internet ao compreender que a internet é um veículo que
pode permitir acesso à objetos e situações que estão fisicamente distantes. Além de
57
Pesquisadora Mas mais por que nós estávamos trabalhando juntas ou por que estava bem
descrito? O que você achou que foi fácil nisso?
Lorena Eu tenho facilidade em seguir uma rotina. Atrapalhou um pouco que eu fiquei
doente e foi aquela confusão, mas eu acho que ter algo bem descrito na sequencia
que faça sentido para mim e para as crianças, a sua ajuda toda vez que eu tinha
um “B.O.”, uma dúvida, você ter alguém que está ligada diretamente com o
conhecimento biológico para te ajudar, né? é outra coisa. Inclusive você tinha que
ir um dia lá na escola, né? eu falo “A minha amiga bióloga...”. um dia, você precisa
ouvir que legal. Eu falei “gente, nós vamos fazer... eu quero que vocês façam...” eu
pedi para eles fazerem a massinha. “eu falei, eu vou dar a massinha”, porque os
materiais começaram a chegar agora, né? estávamos sem massinha (fez sinal de
dinheiro com a mão), eu tive que comprar. Ai comprei a massinha e falei: “eu quero
que vocês façam hoje... peguem a bolinha, divide no meio. Um pedaço vai ser um
inseto e o outro pedaço será o aracnídeo. Vocês vão escolher. Caprichem aí,
porque eu vou tirar foto, que eu vou mandar para a minha amiga Gabriela”. Ai um
levantou a mão e falou: “A bióloga?”. Aprendeu! Olha o repertório melhorando. E
eu falei: “Isso! A minha amiga bióloga!”
Pesquisadora Ai gente, que fofo.
Lorena É porque eu falava de você. Eu falava “vou levar para a Gabriela, minha amiga
bióloga”
Pesquisadora Ahhh!
Lorena Eu queria que eles se apropriassem também desses termos. Já sabem até o que
é um biólogo. E pô, para o repertório que eles, isso é super difícil. É tudo ralo, raso.
Foi super legal. Eu achei tão fofo!
Fonte: Autoria própria.
6. Considerações finais
7. Referências bibliográficas
Você está sendo convidado a participar como voluntário de uma pesquisa. Este documento,
chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, visa assegurar seus direitos como
participante e é elaborado em duas vias, uma que deverá ficar com você e outra com o
pesquisador.
Por favor, leia com atenção e calma, aproveitando para esclarecer suas dúvidas. Se houver
perguntas antes ou mesmo depois de assiná-lo, você poderá esclarecê-las com o
pesquisador. Se preferir, pode levar este Termo para casa e consultar seus familiares ou
outras pessoas antes de decidir participar. Não haverá nenhum tipo de penalização ou
prejuízo se você não aceitar participar ou retirar sua autorização em qualquer momento.
Justificativa e objetivos:
Procedimentos:
Desconfortos e riscos:
Você não deve participar deste estudo se houver desconforto em ser
Benefícios:
Participando desta pesquisa, você não terá benefícios diretos. No entanto, será parte do grupo
pioneiro de usuários desta tecnologia, ajudando a melhorar a ferramenta para os clientes em
70
Acompanhamento e assistência:
A pesquisadora estará presente na escola uma vez por mês ou quando necessário. Além de
estar disponível online através do e-mail.
Sigilo e privacidade:
Você tem a garantia de que sua identidade será mantida em sigilo e nenhuma informação
será dada a outras pessoas que não façam parte da equipe de pesquisadores. Na divulgação
dos resultados desse estudo, seu nome não será citado.
Ressarcimento e Indenização:
Haverá ressarcimento quanto a visita ao LTE. Você terá a garantia ao direito a indenização
diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa.
Contato:
Em caso de dúvidas sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com os pesquisadores
Gabriela Ferreira de Souza de segunda à sexta das 8h30 às 12:00h no Laboratório de
Tecnologia Educacional no Departamento de Genômica e Proteômica na Rua Monteiro
Lobato, 255, Cidade Universitária I, Campinas - SP; telefone (19) 35216138.
Após ter recebido esclarecimentos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos,
benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar
e declaro estar recebendo uma via original deste documento assinada pelo pesquisador e por
mim, tendo todas as folhas por nós rubricadas:
Responsabilidade do Pesquisador:
Prezadas participantes,
Este questionário tem como objetivo coletar dados a fim de descrever suas
respectivas trajetórias profissionais para o processo de investigação da pesquisa de
mestrado. A identidade de cada uma das participantes será preservada.
Agradeço a participação,
Gabriela Ferreira de Souza
Formação:
APÊNDICE C - Encontro 2
Laboratório de Tecnologia
Educacional
Campinas
2018
Atualmente, no site do Laboratório Remoto do Laboratório de Tecnologia
Educacional (LTE) há 11 páginas destinadas aos experimentos, uma página de
introdução à programação em Arduíno e por fim, uma página destinada à explicação
de preparação de lâminas de origem animal e vegetal para visualização em
microscópio óptico.
Imagem 21: Captura de tela referente às leituras do pHmetro e dos estoques de ácido
(HCl) e base (NaOH). Imagem coletada dia 13 de agosto de 2018.
1) Eles existem na Terra a cerca de 330 milhões de anos (Período Devoniano), data
do fóssil mais antigo até agora encontrado, sendo de um espécime pertencente à
Classe Collembola. A maioria das ordens da Classe Insecta que existe atualmente
estão representados nos extratos da Era Permiana (200-240 milhões de anos). A
belíssima barata comum, por exemplo, pouco difere dos seus ancestrais encontrados
na forma de fósseis em sedimentos que datam do Carbonífero Superior (250 milhões
de anos).
3) Dificilmente se encontra um local na Terra onde não existe pelo menos um tipo de
inseto. A única exceção sendo o mar aberto, onde eles raramente são encontrados.
3.1 São encontrados em cavernas subterrâneas, e um cupim foi capturado a
uma altitude de 5.800 m, por uma armadilha fixada em um avião.
3.2. Cerca de 40 espécies de insetos vive na região Antártica, também não é
raro encontrá-los além do Círculo Ártico. Eles são encontrados no Himalaia, a seis mil
metros acima do nível do mar. Os insetos que vivem nessas temperaturas congelantes
se devem à suas hemolinfas conterem etileno glicol e glicerol. Eles também são
abundantes nos desertos, lagos e rios no Mundo.
3.3. Nas correntes árticas, as larvas de certos mosquitos permanecem ativas a
temperatura abaixo do ponto de congelamento da água. Em contraste, nas fontes de
água quente do Parque Nacional de Yellowstone, EUA, existem certas larvas de
mosquito que são ativas e se desenvolvem normalmente a 45-50oC, uma temperatura
em que as mãos do homem não podem suportar.
3.4. Alguns poucos insetos são capazes de aguentar temperaturas extremas
exigindo um estado de desidratação. O caso mais bem conhecido é do díptero
Polypedium (Chironomidae), que vive na lama, na África Oriental. À medida que a
lama seca, a larva se afunda. Ela se reduz a uma casca enrugada e pode sobreviver
neste estado de criptobiose por muitos anos. Quando colocadas em água, elas incham
e em 30 minutos se movimentam e começam a se alimentar. No estado de
desidratação não há sinal de consumo de oxigênio; elas se recuperam depois de
94
serem imersas em ar líquido a -130oC por três dias e após serem colocadas 102oC
por um minuto.
Características de Insecta
1) Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.
2) Um par de antenas.
3) Um par de mandíbulas.
4) Dois pares de maxilas (maxila e lábio).
5) Tórax apresentando três pares de patas e geralmente dois pares de asas.
6) Abdome desprovido de apêndices ambulatórios.
7) Abertura genital situada próxima à extremidade anal do corpo.
8) Desenvolvimento geralmente por metamorfose (completo ou incompleto).
Disponível em: Apostila de Entomologia Básica por Prof. Dr. Germano Leão Demolin
Leite
(https://halley.adm-serv.ufmg.br/ica/wp-content/uploads/2017/06/ap_ent_basica.pdf)
Durante a coleta, é importante anotar a data e do local da captura de cada inseto. Tais
informações podem enriquecer a coleção de insetos e aumentar seu valor científico;
recipientes para acomodar os insetos capturados vivos (pequenos vidros
transparentes, por exemplo); veneno para matar os insetos capturados vivos (acetona
comum, éter ou amoníaco, por exemplo); alguns vidros com boca grande, para asfixiar
insetos maiores e, sobretudo, borboletas, cujas asas não podem ter contato com os
venenos líquidos; pequenos envelopes para acomodar borboletas. (adaptado de
Projetos Pedagógicos pra uso nas escolas, disponível em
http://www.museuvirtual.unb.br/images/Insetario.pdf)
Modos de coleta:
95
1. Pitfall: fazer um buraco no chão e colocar o copo plástico dentro deste buraco
e deixá-lo no nível do solo. Insetos esperados: besouros, formigas, lagartas,
centopeias.
Título da Pesquisa: Experimentação remota como ferramenta nas aulas de ciências do Ensino
Fundamental
Pesquisador: GABRIELA FERREIRA DE SOUZA
Área Temática:
Versão: 3
CAAE: 69405717.0.0000.5404
Instituição Proponente: Instituto de Biologia - Unicamp
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER
Apresentação do Projeto:
Trata-se de resposta às pendências apresentadas no parecer 2.170.996, de 13 de julho de 2017.
Em resposta às orientações do CEP, foram adequados os critérios de inclusão e exclusão.
Critério de Inclusão: A inclusão dos professores como objeto de pesquisa será estabelecida pelo convite
formal aos professores de ciências do ensino fundamental II de ambos os sexos, incluídos na faixa etária de
18 a 60 anos, independente do estado civil, com ou sem limitações físicas vinculados ao quadro de discente
do ano de 2017 da EMEF Padre José Narciso Vieira Ehremberg e aos dirigentes da mesma escola.
Critério de Exclusão:
Os critérios de exclusão compreendem professores de disciplinas não correlatas na área de ciências,
professores de ciências não interessados no projeto e estagiários
Objetivo da Pesquisa:
Partindo do pressuposto que o laboratório remoto é uma ferramenta de ensino e que possui potencialidades
que podem ser alcançadas se utilizado em associação com metodologias pedagógicas, o presente projeto
tem como objetivo orientar os professores de ciências do ensino fundamental e dirigentes da escola para
utilizar a tecnologia do laboratório remoto nas aulas de ciências do ensino fundamental II, assim com
trabalhar com os dirigentes a compreensão das
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CAMPINAS
Benefícios:
Embora não haja benefícios diretos neste projeto, as contribuições potenciais estão intrinsecamente
relacionados a utilização do laboratório remoto pelos professores da escola. Estes serão os pioneiros na
utilização de uma tecnologia que pretende-se disponibilizar para ser utilizado em larga escala por escolas de
todo o Brasil. Eles poderão colaborar para o melhoramento desta ferramenta.
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11:08:47" contempla a seguinte informação: "A inclusão dos professores como objeto de pesquisa será
estabelecida pelo convite formal aos professores de ciências do ensino fundamental II vinculados ao quadro
de discente do ano de 2017 da EMEF Padre José Narciso Vieira Ehremberg e aos dirigentes da mesma
escola", mas está diferente dos critérios de inclusão apresentados nos documentos anexados "TCLEv2.pdf
08/07/2017 11:06:11" e "comitedeeticav2.pdf 08/07/2017 11:06:42": "professores de ciências do ensino
fundamental II de ambos os sexos, incluídos na faixa etária de 18 a 60 anos, independente do estado civil,
com ou sem limitações físicas vinculados ao quadro". Análise: Solicitamos que todos os documento que
contemplam informações sobre os critérios de inclusão sejam uniformizados. PENDÊNCIA NÃO ATENDIDA.
NOVA RESPOSTA À PENDÊNCIA 1. Os critérios de inclusão e exclusão propostos no projeto detalhado
foram adequados na plataforma. Em ambos os documentos, os critérios descritos são os mesmos. “A
inclusão dos professores como objeto de pesquisa será estabelecida pelo convite formal aos professores de
ciências do ensino fundamental II de ambos os sexos, incluídos na faixa etária de 18 a 60 anos,
independente do estado civil, com ou sem limitações físicas vinculados ao quadro de discente do ano de
2017 da EMEF Padre José Narciso Vieira Ehremberg e aos dirigentes da mesma escola.
Os critérios de exclusão compreendem professores de disciplinas não correlatas na área de ciências,
professores de ciências não interessados no projeto e estagiários”
PENDÊNCIA ATENDIDA.
PENDÊNCIA 2. Sobre as informações fornecidas pelo pesquisador no documento intitulado
"PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_919091.pdf", anexado na Plataforma Brasil em
07/06/2017, solicitamos ao pesquisador adequar critérios de exclusão. Os critérios de exclusão são
condições que impeçam os voluntários de participarem da pesquisa, ainda que preencham todos os critérios
de inclusão. Não se aplica aos sujeitos que não queiram participar da pesquisa ou que não satisfaçam os
critérios de inclusão. Resposta inicial: O documento anexado
"PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_919091.pdf 08/07/2017 11:08:47" contempla a seguinte
informação: "Não há interesse por parte da pesquisadora em excluir nenhum professor no decorrer do
desenvolvimento da pesquisa, a não ser por vontade manifestada pelo próprio professor.", mas esta
informação está diferente dos critérios de exclusão apresentados nos documentos anexados "TCLEv2.pdf
08/07/2017 11:06:11" e "comitedeeticav2.pdf 08/07/2017 11:06:42": "Os critérios de inclusão excluem
professores não adequados na faixa etária (18 a 60 anos), professores de disciplinas não correlatas na área
de ciências, professores de ciências não interessados no projeto e estagiários.". Análise: Conforme
mencionado na pendência "Os critérios
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UNICAMP - CAMPUS
CAMPINAS
de exclusão são condições que impeçam os voluntários de participarem da pesquisa, ainda que preencham
todos os critérios de inclusão", ou seja, nos critérios de inclusão já foi informado que serão incluídos na
pesquisa professores de ciências do ensino fundamental II de ambos os sexos com faixa etária de 18 a 60
anos, portanto, os que não contemplam esta faixa etária já foram excluídos. Os critérios de exclusão são
condições que exclui os participantes que atendem os critérios de inclusão. Desta forma, adequando o que
foi descrito pela pesquisadora os critérios de exclusão seriam os "professores de disciplinas não correlatas
na área de ciências, professores de ciências não interessados no projeto e estagiários". Solicitamos que
todos os documento que contemplam informações sobre os critérios de inclusão sejam uniformizados.
PENDÊNCIA NÃO ATENDIDA.
NOVA RESPOSTA À PENDÊNCIA 2. Alterou-se o critério de exclusão na plataforma e no projeto detalhado
submetido em formato PDF. No documento atual, consta que “os critérios de exclusão compreendem
professores de disciplinas não correlatas na área de ciências, professores de ciências não interessados no
projeto e estagiários”. PENDÊNCIA ATENDIDA.
PENDÊNCIA 4. Sobre o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), referente ao arquivo
“TCLE.pdf” postado na Plataforma Brasil em 06/07/2017: 4.1. A Resolução CNS N° 466 de 2012, no item
II.23, orienta que o TCLE deve “conter todas as informações necessárias, em linguagem clara e objetiva, de
fácil entendimento, para o mais completo esclarecimento sobre a pesquisa a qual se propõe participar”.
Solicitamos ao pesquisador revisar o texto do TCLE, inclusive gramática. Existem partes do texto como: "(...)
serão feitas no local de pesquisa, a escola em horários pertinente (...)" e "participar de entrevistas gravadas
em áudio e fazer parte de um grupo de estudos e suporte para a utilização do laboratório remoto gravaods
em áudio e vídeo" que podem ser descritas com mais clareza, facilitando o entendimento da pesquisa por
parte do voluntário. Resposta inicial: O documento anexado "TCLEv2.pdf 08/07/2017 11:06:11" refere-se ao
projeto detalhado e não ao TCLE. Análise: O documento TCLE não foi anexado. PENDÊNCIA NÃO
ATENDIDA.
NOVA RESPOSTA À PENDÊNCIA 4.1. Alteração do texto de procedimento alterado a fim de facilitar a
leitura. “. Neste estudo estão compreendidas atividades como (1) formação de um grupo de estudos
relacionados ao uso de tecnologias digitais na escola e (2) participação de entrevistas. Ambas as atividades
serão gravadas em áudio e vídeo. Todas as atividades listadas acima, exceto a visita ao LTE, serão feitas
na EMEF Padre José Narciso Vieira Ehremberg.” Documento TCLE submetido corretamente na plataforma
Brasil. PENDÊNCIA ATENDIDA.
PENDÊNCIA 4.2. Os benefícios descritos estão relacionados à pesquisa e não diretamente ao
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participante. Informamos que o participante da pesquisa deve ser esclarecido que nesta pesquisa ele não
terá benefícios diretos para ele, somente os benefícios indiretos que foi satisfatoriamente descrito pelo
pesquisador. Resposta inicial: O documento anexado "TCLEv2.pdf 08/07/2017 11:06:11" refere-se ao
projeto detalhado e não ao TCLE. Análise: O documento TCLE não foi anexado. PENDÊNCIA NÃO
ATENDIDA.
NOVA RESPOSTA À PENDÊNCIA 4.2 Os benefícios foram reescritos, de modo que o professor saiba que
nesta pesquisa não há benefícios diretos. “você não terá benefícios diretos. No entanto, será parte do grupo
pioneiro de usuários desta tecnologia, ajudando a melhorar a ferramenta para os clientes em potencial.”
PENDÊNCIA ATENDIDA.
PENDÊNCIA 4.3. Quanto a visita dos voluntários ao LTE, cabe ressaltar que, como prevê o item IV.3.g da
Resolução CNS 466/2012, deve ser garantido ao participante de pesquisa, e seu acompanhante quando for
o caso, o ressarcimento de despesas decorrentes da participação no estudo, tais como transporte e
alimentação nos dias em que for necessária sua presença fora da rotina do participante. Assim sendo,
solicita-se que a garantia de ressarcimento dos gastos decorrentes da participação no estudo seja
apresentada de modo claro e afirmativo, uma vez que os voluntários participarão da visita exclusivamente
por causa da pesquisa, fora de sua rotina e seu local de trabalho. Resposta inicial: O documento anexado
"TCLEv2.pdf 08/07/2017 11:06:11" refere-se ao projeto detalhado e não ao TCLE. Análise: O documento
TCLE não foi anexado. PENDÊNCIA NÃO ATENDIDA.
NOVA RESPOSTA À PENDÊNCIA 4.3 Os professores serão ressarcidos na visita ao LTE. O termo está
adequado nesta especificação do CEP. “Haverá ressarcimento quanto a visita ao LTE” PENDÊNCIA
ATENDIDA.
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Recomendações:
Todas as recomendações foram atendidas.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Aprovado.
Considerações Finais a critério do CEP:
- O pesquisador e compromete a iniciar a pesquisa somente após o parecer de aprovação deste CEP.
- O sujeito de pesquisa deve receber uma via do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, na
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Assinado por:
Monica Jacques de Moraes
(Coordenador)
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Nosso trabalho enquanto professores é bastante prazeroso e cheio de alegrias quando conseguimos
que os alunos se interessem e aprendam. Entretanto, esses momentos não são tão frequentes devido
a diversos motivos.
Os anos passam e as coisas mudam. Nossa vida e nosso meio mudam. O professor, na sua prática, não
pode ser diferente. Entra ano, sai ano, os alunos vão mudando, novos conhecimentos surgem, novas
maneiras de ensinar aparecem e o docente deve se manter ativo e perceptivo do mundo à sua volta
não podendo deixar sua prática se tornar rotineira.
O material didático em questão foi desenvolvido visando você, o professor. Visando introduzir o Ensino
por Investigação, uma estratégia com referencial teórico pautado nas pesquisas de Didática das Ciên-
cias. Com o auxílio do material conhecerá sobre o Ensino por Investigação e aprenderá a desenvolver
atividades para aula de acordo com os seus preceitos.
Em um primeiro momento o material apresenta as ideias base do Ensino por Investigação. Trata-se
de uma fundamentação teórica sobre o tema, o que você deve ler antes de preparar as aulas dessa
maneira, reconhecendo assim seus preceitos e características principais. O capítulo seguinte traz uma
sugestão de modelo de como montar uma atividade juntamente com exemplo e, por último, exemplos
de aulas investigativas.
Sumário
BASES DO ENSINO POR INVESTIGAÇÃO 4
INTRODUÇÃO 5
OBJETIVOS 5
ENSINO POR INVESTIGAÇÃO 6
COMO SURGIU? 6
QUAL O OBJETIVO DO ENSINO INVESTIGATIVO? 6
POR QUE UTILIZAR O ENSINO INVESTIGATIVO? 7
O QUE O DIFERENCIA DAS OUTRAS MANEIRAS DE ENSINAR? 7
QUAIS SÃO SUAS CARACTERÍSTICAS? 7
QUAL O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO POR INVESTIGAÇÃO? 8
COMO AVALIAR O ENSINO POR INVESTIGAÇÃO? 9
APLIQUEI A AULA E AVALIEI OS ALUNOS, ACABOU? 9
VAMOS PENSAR UM POUCO? 10
O
conteúdo a ser ensinado é quase sempre o mesmo, mas o ensino pode se dar através de
diversas maneiras cabendo a você encontrar as que se adequem àsnecessidades da turma,
ao conteúdo a ser trabalhado e seu planejamento. Antes de preparar aulas baseadas em
algum enfoque é necessário ter uma ideia do que está por trás do mesmo, para assim, decidir se é o
mais adequado.
O intuito do curso é a apresentação do modelo de Ensino por Investigação e para tal, neste primeiro
momento, você irá ter uma noção sobre as bases do Ensino por Investigação: como surgiu, qual seu
objetivo, por que utilizá-lo, o que o diferencia, suas características, papel do professor e como avaliar.
Objetivos
Conhecer as principais características do Ensino por Investigação
5
Ensino por investigação
COMO SURGIU?
O
ensino por investigação como prática didática voltada para a área de ciências teve seu
primórdio nos Estados Unidos da América, onde ainda é bastante utilizado e suas ideias e
preceitos são pesquisados e divulgados pelo NationalResearchCouncil(NRC), conselho
que auxilia o governo e visa aumentar a educação pública e promover a aquisição e disseminação de
conhecimento em assuntos que envolvem, dentre outros, a educação científica.
De acordo com Silva (2009), baseado nas ideias de ensino por descoberta, aprendizagem significativa
e mudança conceitual, o ensino investigativo teve seus primórdios no início do século XX com John
Dewey, nos Estados Unidos.
Trópia (2009) afirma que Dewey iniciou sua proposta visando superar o fato de que os alunos:
Aprendiam apenas os conceitos sem entender o processo;
O enfoque investigativo passou por mudanças e hoje contempla dois importantes aspectos:
A natureza da ciência incorporada ao ensino por investigação possibilitando entender melhor o
que é a atividade cientifica;
CTSA A relação das atividades do ensino de ciências por investigação com os aspectos sociais, ou seja,
pode ser entendido relações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente (CTSA).
como uma abordagem
que deveria perpassar o
ensino de grande parte
dos assuntos mostrando QUAL O OBJETIVO DO ENSINO
que os conceitos não
estão alheios ao mundo.
INVESTIGATIVO?
Ou seja, relacionar a
ciência, com a tecnologia Ser um enfoque de ensino que se baseia em algumas etapas da pesquisa científica, como planejar
mostrando seus impactos e propor maneiras de resolver problemas, responder questões, analisar dados, estabelecer relações
na sociedade e no entre explicações e evidências, construir e defender argumentos baseados em evidências e teorias e a
ambiente. comunicar suas ideias; mas que não é um método científico.
Campos e Nigro (1999) complementam declarando que o intuito não é formar cientistas e sim formar
pessoas que saibam relacionar conhecimentos e que pensem de forma “não-superficial”.
6
POR QUE UTILIZAR O ENSINO
INVESTIGATIVO?
Você deve estar se perguntando: por que eu deveria mudar a maneira como ensino, para outro que
nunca ouvi falar ou pouco conheço? Essas e outras dúvidas e receios podem surgir com um novo en-
foque. As atividades investigativas constituem um dos recursos pedagógicos para diversificar a prática
e procurar tornar a aprendizagem mais fácil.
O Ensino por Investigação, além de ensinar o conteúdo conceitual permite que o aluno aprenda outras
habilidades atitudinais e procedimentais essenciais para a formação de uma pessoa consciente do
seu mundo. Isso se dá a partir do momento em que os aspectos que o enfoque busca desenvolver se
tornam úteis e podem ser extrapolados para além das ciências.
Antes de realizar uma aula investigativa o professor deve levantar o que o aluno já sabe sobre o tema
e a partir disso determinar como trabalhar. Com esse conhecimento em mãos os objetivos podem ser
definidos e os conteúdos determinados.
Essa é uma característica importante, pois “encontrar um sentido supõe estabelecer relações:
o que está na memória não são coisas isoladas, mas coisas que guardam relações com outras
em nossa mente” (CAMPOS; NIGRO, 1999, p. 15). Em outro momento os autores
ratificam esse ponto ao afirmarem que a maneira como o aluno irá dar novo sentido
à informação será influenciada pelas suas visões de mundo.
2) O aluno tem um papel ativo: deixe ele ser o ator principal da própria
aprendizagem.
7
Como dito, nesse modelo os estudantes são inseridos em processos investigativos, elaboram ques-
tões, hipóteses, analisam evidências, tiram conclusões próprias e comunicam suas ideias. Sá, Maués
e Munford (2008) acreditam que assim a aprendizagem vai além da simples realização de atividades,
torna-se uma oportunidade para desenvolver novas compreensões, significados e conhecimentos.
A pergunta formulada deve instigar e orientar o trabalho a ser desenvolvido, deve ser um problema de
fato. Para Campos e Nigro (1999) um problema verdadeiro apresenta resolução, ao invés de solução,
são mais subjetivos, apresenta uma resposta mais indicada e exigem o uso de estratégias de resolução.
Para que o ensino realmente seja problematizador o aluno precisa entender a finalidade do que está
sendo estudado, entender o problema levantado e se sentir interessado em resolvê-lo.
É interessante destacar que um problema não precisa ser mirabolante ou utilizar recursos fantásticos
ou de alta tecnologia para gerar interesse. A tendência investigativa de ensino permite indagar e
entender coisas do dia a dia.
4) Propiciar reflexão e discussão: existem vários pontos de vistas e possíveis resoluções, permita que
sejam encontrados, refletidos e discutidos.
8
conteúdos.De acordo com Stuart, Marcondes e Carmo (1999) e Campos e Nigro (1999), o professor
deve, dentre outras coisas:
a) Ser capaz de ouvir e valorizar as ideias dos alunos para evoluir com a aula;
b) Auxiliar o aluno no processo de ouvir os colegas, sendo assim confrontado com outros pontos de
vista, resultados e interpretações suscitando debates;
c) Proporcionar as informações necessárias para que os alunos cheguem aos resultados e incentivá-los
a se perguntar, ao invés de dar respostas;
d) Auxiliar na elaboração das hipóteses e métodos para testá-las possibilitando sua comprovação.
No ensino por investigação, segundo Pozo e Crespo (2009), a própria atividade reali-
zada visando o ensino, já é um tipo de avaliação. Para perceber se o aluno se desen-
volveu de maneira adequada, a avaliação ocorre, na maior parte, durante o trabalho
diário com os estudantes quando o professor se questiona se os alunos:alcançaram
os objetivos determinados para o assunto, em que nível de desenvoltura, se conseguiu
construir argumentos embasados, etc. Essas observações podem ser complementadas com outro tipo
de atividade mais pontual, como um relatório.
9
c) O planejamento das estratégias foi eficiente ou pode ser modificado?
Ao se questionar sobre o seu trabalho o professor estará constantemente aprimorando sua prática, de
modo a buscar sempre a maneira mais eficiente de ensinar e consequentemente tornar a aprendizagem
mais significativa. É interessante deixar claro que a auto avaliação deve estar presente na atividade
docente diária.
O que acha que sua prática poderia mudar com o novo enfoque? Haveria algum ganho?
Vale ressaltar que o que está apresentado não é uma “receita de bolo” que deva ser seguida ao pé
da letra e nessa ordem.
Objetivos
Entender os tipos de investigação;
c) Investigação aberta: os alunos têm ampla autonomia para a realização da atividade. A partir de
um contexto problemático proposto o estudante deve formular o problema, conceber questões,
escolher procedimentos e chegar a conclusões.
a) Você deve fazer isso previamente a aula, como um planejamento normal, que deve incluir proble-
mas, questões a serem resolvidas através do conhecimento a ser adquirido;
b) Essas etapas ocorrem juntamente com os alunos durante a aula. Nota-se que “problematização”
encontra-se em ambos os grupos. A razão para isso é que você deve pensar em questões problema
Dentro dessa ideia o que irá variar de acordo com o grau de abertura da atividade, é quem será o
responsável pelos processos: quando se lida com uma atividade estruturada o professor apresenta
um controle e direcionamento maior, enquanto na aberta os processos nos momentos b) e c) ficam
mais a cargo do aluno.
As fases e processos acima expostos foram baseados em Campos e Nigro (1999) e Sá, Paula e Munford
(2008). Ainda de acordo com as ideias desses autores, segue um aprofundamento do que envolve
cada um. À medida que elas forem sendo expostas haverá um exemplo ilustrativo montando ao final
uma atividade.
1) Definir conteúdo: qual o melhor assunto para desenvolver com meus alunos?
Identificar os objetivos que desejo que meus alunos alcancem ao final. Nesse momento é importante le-
var em consideração a idade e desenvolvimento dos estudantes para que se definam objetivos tangíveis.
Ex.: Compreender o que pode ser entendido como alimentação adequada; Constatar
como estão os hábitos alimentares das pessoas; Entender as consequências de uma
alimentação inadequada.
3) Problematização: quais perguntas suscitam uma boa discussão e podem ser interessantes para
os alunos?
Ex.: Uma mulher, preocupada com sua saúde, se alimentava diariamente somente de
frutas e verduras. Porém ela começou a apresentar problemas de saúde, como queda de
cabelo e fraqueza muscular. O que pode explicar isso? Um homem acreditava que não
precisava cuidar da sua dieta alimentar, pois ao comer massas e doces não engordava
e não gostava de ter na sua alimentação frutas e verduras, mas ao ir ao médico perce-
beu que tinha problemas de saúde e nutrição. Por que o homem teve esse resultado?
As notícias constatam que cada vez mais o brasileiro está ficando obeso. O que pode
estar causando isso?
Uma vez que se chegou à questão foco os alunos deverão ser levados a pensar em respostas provisórias,
hipóteses, que deverão vir do próprio conhecimento prévio. Ao final eles poderão ser expostos, ou não,
a explicações diferentes podendo leva-los a mudanças de conceitos.
Ex.: Possíveis hipóteses: Que a mulher tenha alguma doença e esteja gerando esses pro-
blemas; Não saber, pois as frutas e verduras são as mais importantes para a alimentação;
Ao se alimentar somente de poucos tipos de nutrientes gerou problemas; O homem
não deveria ter problemas porque ser magro é sinônimo de saúde; As comidas estão
ficando cada vez mais gordurosas; As pessoas estão ficando sedentárias; etc.
5) Escolha e utilização dos métodos de investigação: qual a melhor maneira de responder o problema?
Dependendo do tipo de investigação esse ponto não é essencial, pois você pode apresentar os métodos
definidos. Porém, quando ocorre, os alunos precisam elaborar uma estratégia de resolução. Os discentes
deverão ser informados das várias maneiras que poderão proceder dentre elas: experimentos, estratégias
para busca e processamento de informações, entrevistas, etc. (SÁ; PAULA; MUNFORD, p. 86, 2008).
Após determinar como será o procedimento, é hora de aplicar. Nesta ocasião os alunos estabelecem relações
entre as possíveis variáveis envolvidas e testam a validade ou a adequação dessas relações. Devem também
registrar os dados podendo ser utilizado textos resumidos, esquemas, desenhos, gráficos, entre outros.
Ex.: Entrevistas
De acordo com Sá, Paula e Munford (2008) nessa etapa os alunos devem aplicar e avaliar conceitos,
modelos e teorias das ciências, para identificar as evidências que, supostamente, sustentam as descri-
ções, explicações ou interpretações produzidas a partir da investigação. Ou seja, os alunos precisam
buscar na teoria pontos para sustentar ou não o que encontraram através da investigação.
A partir do obtido pela pesquisa e o encontrado nas teorias os alunos devem formular descrições,
interpretações e explicações baseadas em evidências. É nesse momento que os alunos deverão voltar
para suas hipóteses e contrastá-las com os resultados obtidos, chegarem a conclusões e serem capa-
zes de apresentar uma avaliação final. Nessa avaliação final eles deverão ser capazes de gerar novas
previsões ou generalizações sobre a pesquisa e avaliar possíveis mudanças no modo de compreender
aquele determinado assunto
Ex.: Reafirmar de maneira sucinta o novo conhecimento produzido, voltar para a hi-
pótese e levantar se o que ocorreu foi o esperado, gerar interpretações e explicações
para as possíveis diferenças, com o novo conhecimento produzir novas hipóteses sobre
perguntas relacionadas, sugestões para futuras pesquisas e ideias de atitudes que podem
ser tomadas para mudar o cenário possivelmente constatado pela pesquisa.
Tão importante quanto pesquisar é comunicar os resultados da sua pesquisa, é assim que a ciência é
feita. Após todo o processo o aluno deve produzir relatórios e procurar divulgá-lo para o conhecimento
geral. Nesse momento também ele pode ser exposto a outras opiniões e críticas que podem fazer o seu
trabalho melhorar, ajudando-o a entender que existem várias maneiras de se resolver um problema e
que o seu resultado, mesmo com evidências pode não ser o mais adequado devido a algum erro nos
procedimentos.
Pense em algum assunto que está por vir no seu planejamento e monte uma unidade didática;
Quais as dificuldades que surgiram e receios que você tem? Exponha e tente buscar soluções.
Que cuidados o professor deve considerar ao planejar atividades baseadas no modelo de Ensino
por investigação?
É importante deixar claro que a atividade investigativa não necessariamente é uma prática (expe-
rimental) ela também pode ser teórica, uma simulação em computador, atividades de avaliação de
evidências, de demonstração, pesquisa, com filme etc. Entretanto devem suscitar as características
previamente estabelecidas.
Objetivos
Solidificar a compreensão de como as atividades investigativas são formadas;
Seguem abaixo exemplos de atividades investigativas que foram escolhidas buscando fornecer um
para cada ano do Ensino Fundamental II dentro da disciplina de ciências.
PASSO 1
PASSO 2
Sugestões de objetivos: Entender sobre os tipos de lixo e a maneira adequada de se descarta-los; Per-
ceber os malefícios ambientais do descarte inadequado desses materiais; Identificar como os elementos
que compõem pilhas e baterias poluem o solo; entre outros.
PASSO 3
Num primeiro momento os alunos devem ser introduzidos no assunto e começar a sua motivação. O
professor pode apresentar questões problemas ou através de perguntas levá-los a algumas questões
foco ou então deixar os alunos livres para encontrar os problemas que queiram responder de acordo
com o tema.
O descarte inadequado de pilhas e baterias representa uma grande ameaça ao meio ambiente
nos dias de hoje. Classificados como resíduos perigosos pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), estes materiais apresentam em sua composição substâncias químicas que não
podem dividir o espaço com os resíduos orgânicos nos lixos domésticos e aterros sanitários.
Entretanto, apesar do perigo que representam ao ecossistema e até a saúde humana, muitas
pessoas ainda desconhecem o fato de que as pilhas e baterias devem ser descartadas em
locais específicos.
De acordo com a resolução n° 257/99 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que
disciplina o descarte e o gerenciamento adequado de pilhas e baterias, alguns destes materiais
devem ser devolvidos ao estabelecimento no qual foi comercializado. Estas empresas, por sua
vez, deverão repassar os produtos aos fabricantes ou importadores, que deverão adotar os
procedimentos de reciclagem ou tratamento final de acordo com a legislação ambiental vigente.
Entre os produtos que devem ser devolvidos estão as baterias de níquel-cádmio dos telefones
sem fio, as baterias de níquel-cádmio dos telefones celulares, as baterias de chumbo-ácido,
utilizadas em automóveis e as pilhas e baterias de óxido de mercúrio. A resolução também
especifica quais os tipos de pilhas que já atendem às normas de segurança e que podem ser
descartadas normalmente nos lixos domésticos das residências. Entre eles estão as pilhas
alcalinas, pilhas de zinco-manganês, e baterias de lítio.
Sugestões de problemas: Muitos aparelhos eletrônicos são movidos à bateria, como celulares e
notebooks, porém com o tempo a autonomia das mesmas vai diminuindo devido ao desgaste
do uso. Pode chegar a um momento que o tempo estimado de função seja tão pequeno que não
satisfaça as necessidades e é preciso comprar outra bateria. O que essas pessoas devem fazer
com a bateria antiga? O que elas costumam fazer? Que consequência tem seus atos? Por quê?As
pessoas sabem das consequências que seus atos podem ter no meio ambiente?
PASSO 4
Com a pergunta escolhida o aluno ou o grupo deverá pensar em hipóteses, ou seja, o que ele espera
que seja a resposta do seu problema.
PASSO 5
De acordo com a pergunta escolhida o método de coleta de dados irá variar, podendo ir desde uma
pesquisa bibliográfica, no qual você poderá auxiliar indicando fontes confiáveis para que o aluno
obtenha respostas diversas e formule sua conclusão, até uma pesquisa de campo na qual ajudará na
formulação dos questionários, tabulação de dados e conclusão.
PASSO 6
Os alunos deverão quantificar, encontrar percentuais, tabular e discutir o resultado das perguntas.
PASSO 7
Cada aluno deverá entregar um trabalho escrito expondo seu problema, justificando porque ele foi
escolhido, sua hipótese, mostrando seus resultados e explicando as conclusões que obteve a partir
da pesquisa.
PASSO 8
Ao final o aluno deve apresentar aos colegas. Dependendo do nível em que se trabalhar pode ser
requisitado, que, em grupo, realizem uma campanha de conscientização da destinação adequada das
pilhas e baterias.
A demonstração pode se tornar uma atividade experimental a partir do momento que haja material
suficiente para que os próprios alunos possam fazer os experimentos e responderem, individualmente
ou em grupos, seus problemas da maneira que acreditarem melhor.
A atividade de demonstração em questão foi adaptada do material “ABC na educação científica: mão
na massa – Solos” da Estação Ciência da Universidade de São Paulo (HAMBURGER (coord.), 2006)
e do trabalho “Experimentoteca de solos: erosão eólica e hídrica do solo” (YOSHIOKA; LIMA, 2005).
PASSO 1
PASSO 2
PASSO 3
Num primeiro momento os alunos devem ser introduzidos no assunto e começar a sua motivação, isso
pode se dar através de uma conversa na qual o professor levanta o que os alunos já sabem sobre o
assunto ou levar trechos de notícias sobre erosão. O professor pode apresentar questões problemas
ou através de perguntas levá-los a algumas questões foco.
O tráfego na Rodovia BR-101, em Natal (RN), está prejudicado por conta de uma erosão provocada
pelas chuvas dos últimos dias, segundo informações do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes). Uma parte da pista da BR-101, entre o aeroporto e o viaduto de Ponta Negra, foi
interditada ao tráfego.
Fonte: CHUVA provoca erosão na BR-101 em Natal-RN. 25 jan. 2011 <http://noticias.r7.com/cidades/noticias/chuva-provoca-erosao-na-br-101-em-natal-rn-20110125.
html> Acesso em 13 out. 2011)
Pesquisa realizada pela Universidade Federal da Paraíba, UFPB, recebeu destaque no telejornal Jornal
Nacional na noite de ontem (21). Segundo a pesquisa, pedras na falésia do Cabo Branco indicam
que ela já se estendeu centenas de metros mar adentro.De acordo com a matéria, o avanço do mar
provoca fortes erosões no local e vem destruindo um marco dos nossos principais pontos turísticos. A
velocidade da erosão está avançada devido à falta de vegetação no alto da falésia. A pesquisa propõe
a colocação de uma proteção rochosa no pé da falésia para conter a erosão. Bem como reflorestar seu
topo, e impedir a infiltração da água da chuva.
FONTE: Erosão na falésia do Cabo Branco é notícia em rede nacional. 21 fev. 2010. <http://pb1.com.br/noticias_dentro.php?pt1=1221> Acesso em 13 out. 2011.
Sugestões de problemas: A Bacia do Rio Pitimbú tem sido pouco a pouco depredada através de
intervenções humanas cada vez mais desorganizadas. Gerando uma degradação ambiental intensa
acompanhada da redução gradativa da cobertura vegetal e do desaparecimento da fauna. Como essas
ações interferem no rio? Que outros problemas estão ocorrendo no Rio Pitimbú?
PASSO 4
Após a problematização o aluno deverá pensar numa resposta a partir dos seus conhecimentos prévios,
para que depois ela possa ser confrontada.
Por ser uma demonstração o material necessário é somente para o professor e ele deverá fazer os
procedimentos a partir do que os alunos vão pedindo. É importante deixar que o aluno fale o caminho
que ele acha que deve ser seguido para a resolução do problema. O professor pode orientar caso eles
estejam se afastando demais da situação.
Materiais:
Uma caixa com areia simulando um local desmatado
Um caixa com grama simulando um local com vegetação
Canudos para simular o vento
Uma garrafa PET com a parte inferior com furos para simular a chuva
Sacos de lixo ou outras caixas para coletar o que irá cair
Esse procedimento pode variar de acordo com o assunto, objetivo e problema escolhido:
O professor pode pegar a caixa com areia e com a ajuda de alguns alunos pedir para soprarem
através do canudo enquanto os outros observam. Repete a mesma operação na caixa com grama.
Observam o que acontece e discutem.
Em seguida repete o mesmo processo com as caixas inclinadas. Pode se colocar os sacos de lixo no
chão para coletar o material que cairá para facilitar na limpeza. Após esse procedimento pede-se
que os alunos observem o que ocorreu e comparem os resultados. Os dois procedimentos acima
podem ser repetidos utilizando água simulando a chuva.
Para simular o assoreamento de um rio, com auxílio de uma colher cava-se um caminho em ambas
as caixas que representariam o curso de um rio. Em seguida se despeja água nesse caminho e
observa-se e discute o que ocorre nos dois casos.
À medida que os procedimentos forem sendo realizados os alunos deverão tomar nota do que foi
feito e o que aconteceu. Podem fazer esquemas ilustrativos e devem explicar o que está acontecendo
a cada etapa.
PASSO 7
Ao final, os alunos, individualmente ou em grupos, deverão entregar um trabalho onde irão expor o
que observaram, as conclusões que chegaram e responder a pergunta proposta a partir do observado.
Deverão também comentar se sua hipótese foi confirmada ou negada.
Se desejado o professor pode pedir que os alunos se aprofundem no assunto através de uma pesquisa
bibliográfica ou então para firmar e confirmar a aquisição do conhecimento propor problemas em
contextos diferenciados que façam com que os estudantes utilizem o que viram para responder
PASSO 8
Dependendo do nível em que se trabalhar pode ser requisitado, que, em grupo, realizem uma campanha
de conscientização da importância da manutenção da vegetação.
3. PRÁTICA
A atividade prática, ao contrário da demonstração é uma oportunidade para os alunos agirem
e que cada grupo pode ter a liberdade de seguir a metodologia desejada na velocidade que quiser.
A atividade prática em questão foi adaptada do material “ABC na educação científica: mão na massa
– Escola e meio ambiente” da Estação Ciência da Universidade de São Paulo (HAMBURGER (coord.),
2007)
PASSO 1
PASSO 2
Sugestões de objetivos: Introduzir o estudo às plantas; Identificar as partes de uma planta; Compreen-
der as características das diversas partes das plantas; Identificar as partes das plantas que comemos.
Num primeiro momento os alunos devem ser introduzidos no assunto e começar a sua motivação,
isso pode se dar através de uma conversa na qual o professor levanta o que os alunos já sabem sobre
plantas, sobre as plantas que os alunos comem, se eles sabem quais são as partes que eles comem,
como eles sabem, etc. O professor pode apresentar questões problemas ou através de perguntas levá-
-los a algumas questões focos.
Sugestões de problemas: Quais são as partes das plantas que comemos? Como saber isso?
PASSO 4
Após a formulação do problema eles deverão pensar nas partes das plantas que comem e procurar
classifica-las e explicar porque as identificaram dessa maneira.
PASSO 5
Materiais:
Sugestão de procedimentos:
O professor pode levar algumas partes das plantas e pedir que os alunos também levem de casa. É
interessante quecada grupo possa ter pelo menos um representante de semente, raiz, caule, folha, flor,
fruto verdadeiro e fruto falso.Poderá haver produtos alimentícios que mais de uma parte da planta é
comestível, por exemplo, a rúcula tem a folha e parte de caule.
PASSOS:
Após essa divisão os alunos dizem os nomes das coisas que trouxerem e pedem para classificar;
Em seguida entregam-seos materiais e pede-se que eles primeiramente observem, façam desenhos
representativos e se desejarem façam uma nova classificação;
Depois eles deverão manejar os materiais, se desejarem podem utilizar a faca, garfo e colher for-
necidos, e deverão procurar características que apoiem a classificação que eles fizeram ou então
novamente mudar;
Após a identificação das partes no grupo, pode haver uma rotação de material.
PASSO 6
À medida que forem mexendo, observando, os alunos deverão tomar nota do que foi feito e que
características perceberam. Podem fazer esquemas ilustrativos para facilitar. Se após o manejo com
as partes eles não concordarem com a identificação prévia feita por eles, deverão buscar outra clas-
sificação e caracterizá-la.
PASSO 7
Os alunos deverão entregar um relatório apontando as classificações das partese a razão, respondendo
as perguntas propostas. Nesse momento também é propicio que os alunos expressem se a primeira
classificação estava equivocada e expliquem a razão da mudança: porque acreditavam que era uma
coisa e porque mudaram de ideia, encontrando razões nas características e nos conhecimentos teóricos.
Se o professor quiser aprofundar pode pedir uma pesquisa sobre a importância das partes comes-
tíveis para a alimentação humana e que eles busquem alimentos diferentes dos que encontraram e
classifiquem.
PASSO 8
Ao final os alunos deverão expor sua classificação para a turma deixando aberto para que os alunos
possam comentar e questionar.
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