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bichos
Guia dos animais da região
de Pelotas e Rio Grande-RS
Expediente
Produção Revisão técnica
Departamento Nacional de Fernanda de Oliveira Rosa
Infraestrutura de Transportes Bárbara Bonnet
Nilton Ceccon
Execução
STE – Serviços Técnicos de Engenharia S.A. Textos
Angélica Freitas
Coordenação
Aline Freitas Figueiredo Pimenta (DNIT) Projeto gráfico e ilustrações
Vladimir Casa (DNIT) Odyr
Adriano Panazzolo (STE)
Organização Diagramação e finalização
Renata Aires de Freitas Nativu Design
Camila Garcez Marroni
Sônia Huckembeck Revisão de texto
Bitisa Mascarenhas
Pesquisa
Felipe Castro Bonow
Gustavo Machado Wallwitz
Fernanda de Oliveira Rosa
Sônia Huckembeck
Michele Buffon Camargo
Nossos
bichos
Guia dos animais da região
de Pelotas e Rio Grande-RS
USEB 2014
Agradecimentos
Este livro não poderia ter
sido publicado sem a inestimável
colaboração das pessoas e
organizações mencionadas abaixo.
A todos o nosso muito obrigado.
Equipe STE: Andrews Duarte, Cindy
Coimbra, Guillermo Dávila Orozco,
Rodrigo Souza Torres, Elizabeth
Sampaio, Cauê Canabarro, Isaías
Insaurriaga, Solano Ferreira, Ana Paula
Kringel, Juliana Cunha, Juliana Martins,
Sharon Paiva, Andrea Mello, Rafael
Schuler, Adriano Neves, Débora Sartori,
Léo Arsego e Ravella Machado.
Colaboradores: Marcelo Dias de
Mattos Burns, Gustavo Fonseca,
Matheus Vieira Volcan, Débora Argou
Marques, Daniel Loebmann, Carlos
Benhur Kasper, Rafael Antunes Dias,
Sergio Néglia Bavaresco, Glayson Ariel
Bencke, Guilherme Bittencourt / Projeto
Capturando vida, João da Luz, Clarissa
Alves da Rosa, Tatiane Noviski-Fornel,
Fabio Dutra, Kleisson Sousa e Jaílton
Fernandes (USEB).
Proprietários e funcionários das áreas
onde o monitoramento de fauna é
realizado.
Sumário
Apresentação 9
Peixes Anuais 10
Anfíbios 16
Répteis 32
Aves 54
Mamíferos 78
Caro(a) leitor(a), A equipe decidiu apresentar
neste livro algumas das grandes
O livro que tens em mãos
estrelas do projeto. São mamíferos,
é resultado do Programa de
aves, répteis, anfíbios e peixes anuais,
Monitoramento de Fauna da
alguns ainda abundantes, outros já
BR-116/392, uma rodovia que
ameaçados
atravessa a a região sul do Rio
de extinção.
Grande do Sul e que está sendo
duplicada para melhorar o tráfego de Acreditamos que o
veículos até o Porto de conhecimento sobre a fauna da região
Rio Grande, um dos mais seja importante para a valorização e a
importantes do Brasil. preservação desses animais.
O objetivo do programa é Boa leitura!
monitorar a população de animais
existentes na área e propor medidas Aline Freitas
para sua segurança durante a Coordenadora Geral de Meio Ambiente
realização das obras. DNIT
Peixes Anuais
Família Rivulidae
Peixes Anuais Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Peixes Anuais
Austrolebias
nigrofasciatus
Chamam a atenção as
listras negras verticais do macho
desta espécie, que existe apenas
no Rio Grande do Sul. Quando
adulto, atinge 4,3 centímetros
de comprimento. A maior
população está no Pontal
da Barra, em Pelotas, local
ameaçado pela construção civil.
Também é achado na região
entre os municípios de Pelotas e
Capão do Leão, e em Jaguarão.
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Peixes Anuais Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
Austrolebias
wolterstorff i
É o maior dos peixes
anuais de nossa região:
chega aos 10 centímetros de
comprimento. Mas é menos
abundante que as demais
espécies. Os machos são mais
coloridos e maiores que as
fêmeas.
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Peixes Anuais
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Anfíbios
Anfí bios Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Anfí bios
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Anfí bios Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Anfí bios
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Alguém já viu um desses
sapos no jardim? Ou sob a luz
de um poste, à noite, à espera de
alguma mosquinha distraída? Além
de pequenos insetos, este animal
que vive nos campos e à beira de
banhados come aranhas e moluscos.
Apesar de ser terrestre, gosta de
entrar n’água, desde que o lugar seja
raso e que não haja predadores para
Sapinho-de-jardim abocanhá-lo. Se houver umas plantas
aquáticas por lá, melhor, pois assim
Nome científico
Rhinella dorbignyi as fêmeas podem pôr seus cordões
gelatinosos cheios de ovinhos.
Alimentação Quando se vê ameaçado, sua reação
crustáceos, aracnídeos, é tentar fugir, claro. Um de seus
insetos possíveis predadores é a cobra-verde.
Reprodução Mas, por exemplo, se um cachorro
agosto a março tentar mordê-lo, pode furar as
Ocorrência/Distribuição glândulas que se localizam atrás dos
Rio Grande do Sul, leste e seus olhos. E essas glândulas contêm
sul do Uruguai; La Pampa e veneno. Mas só o suficiente para
Buenos Aires (Argentina) deixar o cão atordoado enquanto o
sapo foge. Croc, croc!
Habitat
pradarias e banhados
Tamanho
1-7 cm
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Anfí bios
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Anfí bios Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Se houvesse um concurso de
Miss Simpatia entre as pererecas,
esta seria uma forte candidata a
vencedora. Parece estar sempre
sorrindo. E o seu canto é dos
mais agradáveis: lembra o som de
pequenos sinos. São sempre os
Perereca-do- machos a cantar. E eles capricham
banhado na cantoria: tudo para chamar a
atenção das fêmeas. A perereca-do-
Nome científico banhado pode ser encontrada em
Hypsiboas pulchellus charcos e campos, mas também é
comum deparar com alguma dentro
Alimentação
insetos, aracnídeos, de casa. Ela vem até as residências
crustáceos procurando moscas, mosquitos,
aranhas, cascudinhos... Consegue
Reprodução subir em árvores e paredes, e não cai,
o ano todo, exceto no pois possui uns discos adesivos na
inverno
ponta dos dedos. Ela também gosta
Ocorrência/Distribuição de ficar em cima da vegetação dos
sul do Brasil, Uruguai e região banhados e nos gravatás, a salvo
oriental da Argentina dos predadores (aves como o anu-
Habitat branco e algumas serpentes, por
campos e açudes exemplo). Seu dorso é bem verde ou
Tamanho castanho, com manchas escuras.
macho 3,3-4,1 cm; fêmea 3,8-
4,7 cm
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Anfí bios Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Anfí bios
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Anfí bios Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Anfí bios
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Outra rã com nome de sapo.
Esta é bem diferente das que vimos
até agora, não parece? Não chamam
a atenção o formato oval do corpo
e as duas cores bem distintas? E
o focinho pontudo? Repare como
a cabeça é triangular e pequena
em relação ao corpo. Na parte de
trás da cabeça existe uma prega de
pele quase imperceptível, que serve
Sapinho-oval para cobrir seus olhos quando vai
buscar alimento nos cupinzeiros e
Nome científico formigueiros. Agora já sabemos quais
Elachistocleis bicolor são suas comidas favoritas, certo?
A rã sapinho-oval gosta de cavar
Alimentação
insetos, aranhas, gastrópodes tocas no solo para se proteger dentro
delas. Esta rã também infla o corpo
Reprodução quando depara com os predadores
outubro a fevereiro (o jacaré-do-papo-amarelo, por
Ocorrência/Distribuição exemplo). Outra curiosidade sobre este
sul do Brasil, Argentina, bicho: seu canto parece o som de um
Bolívia, Paraguai e Uruguai pequeno apito.
Habitat
campos abertos
Tamanho
macho 2,0-3,5 cm; fêmea
2,5-5,0 cm
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Répteis
Répteis Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Répteis
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Répteis Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Répteis
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Répteis Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Este bicho veio de longe:
chegou ao nosso país de carona
em navios que traziam os escravos
da África. Adaptou-se rapidamente
na nossa região e se dá muito bem
no meio urbano. Prova disso é que
podemos vê-la passeando pelas
paredes e janelas das casas, à noite,
Lagartixa-das- espreitando suas presas, que podem
ser aranhas, escorpiões, baratas,
casas grilos, gafanhotos... A lagartixa ajuda
no controle dessas pragas, portanto
Nome científico não deve ser eliminada. Aves,
Hemidactylus mabouia aranhas grandes e os seres humanos
Alimentação que a exterminam equivocadamente
artrópodes; grilos, aranhas, são os seus maiores predadores.
mariposas, formigas, moscas, A lagartixa-das-casas tem dois
baratas e mosquitos superpoderes para confundir os
Reprodução predadores: um é o mimetismo,
o ano todo o poder de mudar de cor de
acordo com o ambiente. O outro
Ocorrência/Distribuição é a habilidade de perder a cauda
espécie exótica no Brasil, oriunda quando se encontra em perigo. Já
da África
solta do corpo, a cauda continua se
Habitat remexendo no chão. Enquanto os
associada a moradias humanas predadores se entretêm com isso,
Tamanho a lagartixa foge. Mais tarde o rabo
13 cm crescerá novamente, claro.
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Répteis Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Répteis
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Apesar do nome e da aparência,
este bicho não é uma serpente. É
uma anfisbena. Essa palavra vem do
grego e quer dizer “dos dois lados”.
Suas extremidades não parecem
iguais? Por isso, a anfisbena também
é conhecida como “cobra de duas
cabeças”. Mas cabeça, mesmo, ela
Cobra-cega só tem uma. A segunda cabeça é na
verdade a cauda; apenas parece uma
Nome científico cabeça, por ser arredondada e curta.
Amphisbaena trachura O nome cobra-cega nos dá uma
Alimentação ideia de sua visão escassa, resultado
insetos de milhões de anos debaixo da
Reprodução terra, na escuridão. Quando não
posturas em novembro e está cavando túneis pelo subsolo,
dezembro e eclosões em janeiro pode ser encontrada sob folhas,
e fevereiro troncos e entulhos. Para compensar
a visão ruim, orienta-se pelo olfato:
Ocorrência/Distribuição sua língua bífida (partida em duas)
de São Paulo ao Rio Grande do
capta partículas de odor, pelas quais
Sul, norte da Argentina, Paraguai
se guia. A cobra-cega alimenta-se
e Uruguai
de insetos. Por sua vez, é um dos
Habitat lanches favoritos dos zorrilhos,
jardins e áreas arenosas gambás, furões e aves de rapina.
Tamanho Quanto à reprodução, ela é ovípara e
28 cm põe apenas dois ou três ovos por vez.
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Répteis
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Répteis Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Cobra-d’água
Nome científico
Helicops infrataeniatus
É uma habitante de arroios,
Alimentação lagos e açudes, sendo também
anfíbios, peixes, pequenos encontrada em centros urbanos,
crustáceos
dentro de valetas e canaletas. Esta
Reprodução serpente aquática é mal-humorada
entre primavera e verão; e morde para valer quando alguém
nascimento entre o final da tenta agarrá-la. Mas não tem
primavera até começo do outono peçonha. Uma de suas estratégias
Ocorrência/Distribuição para afugentar os predadores é
Mato Grosso do Sul, São Paulo, soltar um líquido bem fedorento
Paraná, Santa Catarina e Rio pela cloaca, o buraco por onde saem
Grande do Sul; Argentina, Uruguai as fezes e a urina. Suas comidas
e Paraguai favoritas são peixes e anfíbios.
Adultos e girinos são igualmente
Habitat apreciados. Às vezes alguém pesca
lagos, riachos e outros cursos
uma cobra-d’água sem querer. Nesse
d’água
caso, o melhor é devolver o bicho
Tamanho à água, com cuidado. As cobras-
alcançam até 1 m
d’água chegam a ter um metro
de comprimento quando adultas.
Não põem ovos, e podem ter até
29 filhotes por vez. Sua atividade é
diurna e noturna.
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Se pudesse falar, talvez a
Oxyrhopus rhombifer rhombifer
nos dissesse: “Sei, sou parecida com
aquela outra serpente, mas vocês
têm mesmo que me chamar de falsa-
coral? Vejam meu ventre claro, meus
olhos pequenos... Quanta diferença!”
Dócil, a falsa-coral costuma fugir
quando é descoberta. É encontrada
Falsa-coral tirando sonecas debaixo de pedras
ou troncos caídos, e já foi flagrada
Nome científico até debaixo de fezes de vaca.
Oxyrhopus rhombifer rhombifer Come anfíbios, lagartos, aves e
Alimentação mamíferos pequenos, matando-os
anfíbios, lagartos e pequenas aves por constrição e injetando peçonha.
e mamíferos Expele um líquido fedorento pela
Reprodução cloaca para afastar predadores como
nascimento de fevereiro a março a coruja-buraqueira e o mão-pelada.
A falsa-coral tem porte médio,
Ocorrência/Distribuição chegando aos 90 centímetros de
Bahia, Minas Gerais, Rio comprimento.
de Janeiro e sul do Brasil.
Argentina, Paraguai e Uruguai
Habitat
áreas abertas e florestas
Tamanho
90 cm
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Répteis Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Recebeu esse nome porque
seria tão veloz quanto um cavalo
parelheiro, ou seja, um cavalo
de corrida. Bem, pelo menos
alguém sempre vai contar uma
boa história de perseguição pelos
Parelheira campos envolvendo uma parelheira.
Considerada agressiva, esta serpente
Nome científico pode correr para se defender, sim.
Philodryas patagoniensis Mas não persegue ninguém por
muito tempo, nem por distâncias
Alimentação longas, pois a verdade é que se
anfíbios, peixes, lagartos, cansa rápido. Morde, mas só quando
serpentes, roedores, aves, se sente ameaçada. E se finge de
marsupiais e invertebrados; pode morta para que os predadores não a
cometer canibalismo incluam no cardápio do dia. Entre os
Reprodução principais predadores estão as aves
desovas entre novembro e de rapina, como os gaviões, outras
janeiro; nascimentos entre serpentes e alguns mamíferos. A
janeiro e março parelheira é ofiófaga: come outras
serpentes, inclusive da mesma
Ocorrência/Distribuição espécie. Pequenos vertebrados
desde o nordeste até o sul fazem parte da sua alimentação.
do Brasil; Bolívia, Paraguai, Pode ser avistada com frequência
Argentina e Uruguai em campos abertos, durante o
Habitat dia. É ovípara, e às vezes pode pôr
campos, arbustos seus ovos em formigueiros. Isso
porque eles possuem as condições
Tamanho ideais para chocar os ovos, como
1,6 m temperatura, abrigo e segurança.
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Répteis Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Répteis Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Aves
Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Esta ave é alvo de caçadores e a
destruição dos banhados é um fator
de risco para a espécie. Apesar disso,
ainda não se encontra ameaçada
de extinção na nossa região. Não
Marreca-pardinha costuma formar grandes bandos,
preferindo andar em pares ou em
Nome científico pequenos grupos. Chama a atenção
Anas flavirostris na marreca-pardinha o costume
de construir sua casa em cima dos
Alimentação enormes ninhos das caturritas, no
grãos, sementes e matéria animal
alto das árvores, às vezes a até vinte
Reprodução metros do chão. Seu habitat são os
o ninho pode ser uma simples banhados, pois ela precisa de águas
depressão no solo, escondido rasas para se alimentar. Sua técnica
na vegetação, relativamente é a seguinte: ela mergulha o bico
longe da água na água e retira um pouco de terra.
Ocorrência/Distribuição Essa terra vai escorrendo com o
da Terra do Fogo ao Rio líquido ao passar por umas estruturas
Grande do Sul e, pelos Andes, serrilhadas existentes no seu bico. O
até a Venezuela que resta na boca são os pequenos
Habitat moluscos do banhado, que ela por
grandes lagos de águas abertas, fim comerá. A marreca-pardinha
estuários de rios e em açudes e alimenta-se também de pasto, grãos
lagoas interioranas e sementes.
Tamanho
41 cm
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Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Garça-branca-
grande
Nome científico
Ardea alba
Alimentação
É uma ave extremamente peixes e sapos
elegante. Durante o período de Reprodução
reprodução, ela ostenta plumas ninho grande, feito de
especiais, longas, muito glamurosas, gravetos, geralmente sobre
conhecidas como “egretas”. árvores e arbustos
Justamente por causa dessas penas é Ocorrência/Distribuição
que o animal já foi alvo de caçadores. todo o Brasil
As egretas eram muito cobiçadas
pelos fabricantes de chapéus para Habitat
beira de lagos, campos alagados,
mulheres. Uma cena bonita de se ver
rios e banhados
é a reunião de centenas de garças-
brancas-grandes. Elas organizam-se Tamanho
em grandes colônias na época de 90 cm
sua reprodução. As garças gostam
de comer peixes e, quando estão
no meio urbano, têm uma técnica
infalível para capturá-los. Na ponta
do bico, seguram pedaços de pão,
que funcionam como iscas.
Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
Freirinha
Nome científico
Arundinicola leucocephala
Alimentação
insetos Seu nome científico,
Reprodução Arundinicola leucocephala, vem
o ninho tem formato de bola; do latim e significa “morador de
a postura consta de 2 a 4 ovos cabeça branca dos juncos”. Esta ave
de cor branco-amarelada com pode ser vista em arbustos perto de
pequenas pintas vermelhas áreas úmidas, como os banhados.
É insetívora. Já que muitos insetos
Ocorrência/Distribuição
ocorre das Guianas e Colômbia depositam suas larvas na água do
à Bolívia, todas as regiões do banhado, a freirinha tem comida
Brasil até o Paraguai abundante. Ela é conhecida por
sua habilidade de capturá-los em
Habitat pleno voo. Quando constrói o ninho,
brejos, banhados, margens de
utiliza plumas de outros pássaros
rios e lagos
para forrá-lo. Seus filhotes nascem
Tamanho com penas amarelas que imitam a
14 cm cor de uma lagarta venenosa, o que
desencoraja a ação de predadores.
Entre eles se encontram os gaviões,
as corujas, as serpentes e os gambás.
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Aves
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Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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De nome científico Guira
guira – “guira” era como os índios
guaranis o chamavam –, este pássaro
é conhecido popularmente como
rabo-de-palha ou alma-de-gato. É
sociável e tolera a presença humana.
Por isso, pode ser avistado perto de
áreas urbanas, em bandos de cinco
Anu-branco a trinta indivíduos. Bom caçador,
Nome científico alimenta-se de presas que poderiam
Guira guira até ser consideradas grandes
demais para o seu bico: sapos,
Alimentação lagartixas, lagartas, camundongos.
insetos, aranhas e pequenos Também come aranhas, besouros
vertebrados e gafanhotos. Como parece uma
Reprodução ave de rapina, é temido por outros
constrói ninhos individuais ou pássaros. Para se esquentar, à noite,
coletivos; os filhotes deixam o costumam ficar bem juntinhos, um
ninho antes de poder voar
do lado do outro, formando uma
Ocorrência/Distribuição fileira. Os anus-brancos gostam
do sudeste do Amapá e do de tomar banho de sol, e também
estuário amazônico à Bolívia, de areia. Como voam baixo e de
Argentina e Uruguai forma lenta, são frequentemente
Habitat atropelados nas rodovias.
campos, capoeiras, pomares e
vegetação na beira da estrada
Tamanho
38 cm
Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
Gavião-caboclo
Nome científico
Heterospizias meridionalis
Alimentação
pequenos mamíferos, aves, Com seu porte imponente, o
cobras, lagartos, rãs, sapos e gavião-caboclo é facilmente visto
grandes insetos nos campos do sul do estado,
planando à procura de presas ou
Reprodução
pousado em postes de luz. Tem o
de julho a novembro. Faz ninho
hábito de seguir incêndios, razão
a pouca altura, sobre árvores
pela qual também é conhecido
baixas ou palmeiras
como gavião-fumaça. Quando avista
Ocorrência/Distribuição fumaça no campo, segue em sua
quase todo o Brasil, e do direção e adianta-se ao fogo para
Panamá à Argentina poder caçar os animais que estejam
Habitat fugindo das chamas. Pode, também,
campos e pastagens procurar carcaças de bichos mortos
pelo incêndio. Voa alto e aproveita
Tamanho
55 cm correntes de ar quente para planar.
Consegue passar presas para outros
gaviões em pleno voo. Territorialista
na caça, afugenta outras aves que
tentem buscar alimento em sua área.
É abundante em nossa região.
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Aves
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Polícia-inglesa-
do-sul
Nome científico
Sturnella superciliaris
Alimentação
alimenta-se de larvas, insetos
e sementes O macho desta espécie tem o
Reprodução peito vermelho-vivo, contrastando
nidifica no chão, principalmente com o corpo e as asas negras, e uma
nos campos em moitas de faixa branca na altura dos olhos. A
capim, pondo de 4 a 5 ovos fêmea é diferente: tem coloração
marrom clara e pode apresentar
Ocorrência/Distribuição
plumagem rosa no peito. O canto
da Argentina ao Peru, e em quase
do polícia-inglesa-do-sul é agudo
todo o Brasil extra-amazônico
e chiado. Esse pássaro pode ser
Habitat encontrado nas proximidades de
áreas úmidas e palustres, campos plantações de arroz, trigo e sorgo,
e plantações de cereais cereais que procura no solo para
Tamanho se alimentar. A dieta também inclui
17 cm larvas e insetos. Constrói seu ninho
em forma de cesta, nas moitas de
capim. Em nossa região, também é
conhecido como sangue-de-boi.
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Aves
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Colhereiro
Nome científico
Platalea ajaja
Alimentação
insetos, crustáceos e
pequenos vertebrados
Reprodução
Por causa da sua coloração nidifica em colônias e constrói
rosada, que se intensifica nos o ninho com gravetos e talos
períodos de reprodução, ele costuma secos de gramíneas em árvores;
ser confundido com o flamingo, uma postura de 2 a 3 ovos que são
ave muito maior. Recebe o nome incubados por cerca de 22 dias
de colhereiro por causa do seu bico, Ocorrência/Distribuição
que tem a extremidade em forma de dos Estados Unidos à Argentina, e
colher. Usa-o para procurar alimento, grande parte do Brasil
e vai peneirando a água para Habitat
encontrar peixes, anfíbios, camarões banhados, campos alagados,
e moluscos. Habita os banhados arrozais, açudes e reservatórios
e outros lugares onde exista água.
Tamanho
Durante a época reprodutiva, 55 cm
costuma cortejar o par com batidas
de bico e até lhe oferece galhinhos de
presente. É um animal gregário: vive
em bandos. Comunica-se por meio
de grasnados. Pode viver até 15 anos.
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Aves
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Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Aves
Pica-pau-do-
campo
Nome científico
Colaptes campestris
Alimentação
insetos, principalmente formigas
e cupins
Reprodução Este pássaro é diferente dos
ninhos elaborados, construídos demais pica-paus da região, pois
a cada período reprodutivo. Põe se alimenta mais no chão do que
de 4 a 5 ovos brancos, límpidos
nas árvores. Come principalmente
e brilhantes. Macho e fêmea
formigas e cupins. Tem uma
fazem a incubação
maneira infalível de capturar
Ocorrência/Distribuição insetos: sua saliva funciona como
desde o nordeste do Brasil ao uma cola que deixa a sua língua
Uruguai, também no Paraguai, extremamente pegajosa. Se um
na Bolívia e Argentina inseto encostar nela, pronto, já virou
Habitat almoço. É fácil de identificar o pica-
campos e cerrados pau-do-campo: os lados da cabeça
Tamanho e o pescoço são amarelos, e o alto
32 cm da cabeça e o peito são negros. Tem
uma voz forte e grita para marcar
território e para se comunicar com o
grupo. Vive em campos e cerrados.
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Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Aves
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Aves Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Coruja-
buraqueira
Nome científico
Athene cunicularia
Alimentação
sapos, pequenos roedores e
insetos
Reprodução
Tem hábitos diurnos, à
em média de 6 a 11 ovos.
diferença da maioria das corujas,
Enquanto a fêmea bota os
ovos, o macho providencia a ativas no crepúsculo e à noite.
alimentação e a proteção para Como o nome indica, esta ave
os futuros filhotes escava buracos na areia para fazer
os seus ninhos, mas não é incomum
Ocorrência/Distribuição
ocorre do Canadá à Terra que utilize estruturas já prontas,
do Fogo e em quase todo o como cupinzeiros e buracos de tatu.
Brasil, com exceção da bacia Habita áreas campestres e pode ser
Amazônica avistada também em praias. Para
afugentar os predadores, os filhotes
Habitat
vive em campos, restingas fazem ruídos que imitam chocalhos.
e praias A coruja-buraqueira é um animal
muito alerta e não hesita em dar
Tamanho
23 cm rasantes naqueles que se atrevem a
chegar perto dos seus ninhos.
Mamíferos
Mamíferos Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Mamíferos
81
A Austrália fica bem longe daqui,
mas sabia que existe um parente
do canguru na nossa região? É o
gambá-de-orelha-branca. Ele é
menor que o parente australiano:
quando adulto, fica do tamanho de
82
Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Mamíferos
83
De corpo robusto, pescoço
curto e cabeça grande, à primeira
vista o preá parece até uma capivara
em miniatura. Assim como o maior
roedor da Terra, este bichinho vive
em grupos (pequenos, de cinco a
dez animais) e emite ruídos fortes
quando se encontra em perigo.
Gosta de ficar em lugares onde o
pasto é alto, pois se sente protegido
Preá dos predadores, mas prefere se
alimentar onde o pasto é mais
Nome científico baixo. Nas idas e vindas dos ninhos
Cavia aperea até as fontes de comida, acaba
Alimentação construindo uma série complexa de
vegetação rasteira caminhos pela vegetação. Nutre-se
exclusivamente de sementes, raízes e
Reprodução
tubérculos. A lista de seus predadores
gestação de aproximadamente
é extensa: aves de rapina, serpentes,
dois meses; de 1 a 5 filhotes.
Várias proles durante o ano canídeos, felinos selvagens, e até
mesmo cães e gatos domésticos.
Ocorrência/Distribuição O preá é visto com frequência à
por todo o estado do Rio
margem de estradas. Ah, sim: é
Grande do Sul
parente do porquinho-da-índia.
Habitat
campo e borda de banhados
Tamanho
CC: 14-30 cm e CR: zero
84
Eis o maior roedor da Terra:
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Mamíferos Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Mamíferos
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Mamíferos Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS
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É o felino selvagem mais
comum da América do Sul. Tem o
tamanho de um gato doméstico
e pode pesar de dois a seis quilos.
Solitário, terrestre e noturno,
este bicho costuma ser bastante
desconfiado. É um excelente caçador,
Gato-do- como todos os felinos. Suas presas
89
É parente do graxaim-do-
campo, das raposas e até mesmo
dos cachorros domésticos: todos
pertencem à família Canidae. Tem
corpo mais robusto, as orelhas
menores e o focinho mais curto
do que o graxaim-do-campo.
Pode pesar até nove quilos. É, por
vezes, necrófago: come os filhotes
Graxaim-do-mato de ovelhas que nascem mortos.
Nome científico Por isso, acaba sendo caçado
Cerdocyon thous pelos produtores rurais, pois estes
acham que o graxaim os matou.
Alimentação Assim como o graxaim-do-campo,
onívora e oportunista; frutos,
este animal é um dos principais
pequenos roedores e aves
dispersores do butiazeiro, porque
Reprodução come os frutos e depois expele as
entre janeiro e março; de 3 a sementes com as fezes. São bichos
6 filhotes extremamente curiosos e podem
Ocorrência/Distribuição se aproximar de acampamentos
todo o estado do Rio Grande em busca de comida. A caça e os
do Sul atropelamentos são as principais
Habitat ameaças à sua sobrevivência. É
campos e pradarias, sítios, monogâmico: vive sempre com o
pastagens mesmo par. Territorial, demarca sua
Tamanho área com urina e fezes.
CC: 54-77 cm e CR: 22-41 cm
90
Também chamado de zorro
gris por causa de sua pelagem
acinzentada. É menor do que o
graxaim-do-mato: mede cerca
de um metro de altura e pesa de
quatro a seis quilos. Este animal se
adapta muito bem aos ambientes
Graxaim-do- modificados pelos humanos. Como é
91
Mão-pelada
Nome científico
Procyon cancrivorus
Alimentação
onívora; artrópodes,
moluscos, peixes, anfíbios
Reprodução
de maio a julho; de 2 a 7 Habitat
filhotes bosques, áreas abertas, cercadas
Ocorrência/Distribuição com corpos d’água
todo o estado do Rio Grande Tamanho
do Sul CC: 55-87 cm e CR: 26-42 cm
92
Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Mamíferos
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Furão
Nome científico
Galictis cuja
Alimentação
carnívora; pequenos
roedores, aves
Reprodução
geralmente primavera ou início Habitat
do verão; de 2 a 5 filhotes campos abertos geralmente
Ocorrência/Distribuição próximos de água, florestas
todo o estado do Rio Grande Tamanho
do Sul CC: 27-52 cm e CR: 13-19 cm
94
Guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande-RS Mamíferos
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Lista de espécies Répteis
cágado-de-barbilhão (Phrynops hilarii)
Peixes Anuais tigre-d’água (Trachemys dorbigni)
Família Rivulidae lagartixa-das-casas (Hemidactylus
Cynopoecilus melanotaenia mabouia)
Austrolebias nigrofasciatus cobra-de-vidro (Ophiodes aff. striatus)
Austrolebias wolterstorffi teiú (Salvator merianae)
Austrolebias cf. jaegari cobra-cega (Amphisbaena trachura)
Austrolebias minuano muçurana (Boiruna maculata)
cobra-verde (Erythrolamprus
Anfíbios
poecilogyrus sublineatus)
sapinho-de-barriga-vermelha cobra-d’água (Helicops infrataeniatus)
(Melanophryniscus dorsalis) falsa-coral (Oxyrhopus rhombifer
sapinho-de-jardim (Rhinella dorbignyi) rhombifer)
sapinho-da-terra (Odontophrynus cobra-cipó (Philodryas olfersii)
americanus) parelheira (Philodryas patagoniensis)
pererequinha-do-brejo boipeva (Xenodon merremii)
(Dendropsophus sanborni) cruzeira (Bothrops alternatus)
perereca-do-banhado (Hypsiboas jararaca-pintada (Bothrops pubescens)
pulchellus) jacaré-do-papo-amarelo (Caiman
rã-boiadora (Pseudis minuta) latirostris)
perereca-de-banheiro (Scinax
fuscovarius) Aves
rã-chorona (Physalaemus gracilis) cardeal-do-banhado (Amblyramphus
rã-manteiga (Leptodactylus latrans) holosericeus)
sapinho-oval (Elachistocleis bicolor) marreca-pardinha (Anas flavirostris)
cecília (Chthonerpeton indistinctum) cochicho (Anumbius annumbi)
96
garça-branca-grande (Ardea alba) Mamíferos
freirinha (Arundinicola leucocephala) gambá-de-orelha-branca (Didelphis
socó-boi-baio (Botaurus pinnatus) albiventris)
maçarico-de-cara-pelada ou chapéu- tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)
velho (Phimosus infuscatus) preá (Cavia aperea)
anu-branco (Guira guira) capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
gavião-caboclo (Heterospizias ratão-do-banhado (Myocastor coypus)
meridionalis) lebre-europeia (Lepus europaeus)
sanhaçu-papa-laranja (Pipraeidea veado-virá (Mazama gouazoubira)
bonariensis) gato-do-mato-grande (Leopardus
polícia-inglesa-do-sul (Sturnella geoffroyi)
superciliaris) graxaim-do-mato (Cerdocyon thous)
chopim-do-brejo (Pseudoleistes graxaim-do-campo (Lycalopex
guirahuro) gymnocercus)
colhereiro (Platalea ajaja) mão-pelada (Procyon cancrivorus)
mergulhão (Podilymbus podiceps) zorrilho (Conepatus chinga)
saracura-do-banhado (Pardirallus furão (Galictis cuja)
sanguinolentus) lontra (Lontra longicaudis)
pica-pau-do-campo (Colaptes
campestris)
pernilongo (Himantopus melanurus)
quero-quero (Vanellus chilensis)
caracará (Caracara plancus)
coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
97
Créditos fotográficos Rafael Antunes Dias
zorrilho (Conepatus chinga)
Débora Argou Marques
muçurana (Boiruna maculata) Sergio Néglia Bavaresco
parelheira (Philodryas patagoniensis) furão (Galictis cuja)
cobra-d’água (Helicops infrataeniatus) lontra (Lontra longicaudis)
cecília (Chthonerpeton indistinctum)
cobra-cega (Amphisbaena trachura) Glayson Ariel Bencke
cobra-verde (Erythrolamprus tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)
poecilogyrus sublineatus)
falsa-coral (Oxyrhopus rhombifer Gustavo Fonseca /Rastro
rhombifer) graxaim-do-campo (Lycalopex
gymnocercus)
Daniel Loebmann
lagartixa-das-casas (Hemidactylus Guilherme Bittencourt /Projeto
mabouia) Capturando vida
jacaré-do-papo-amarelo (Caiman gambá-de-orelha-branca (Didelphis
latirostris) albiventris)
sapinho-de-barriga-vermelha
(Melanophryniscus dorsalis) João da Luz/Rastro
graxaim-do-mato (Cerdocyon thous)
Matheus Volcan/Instituto Pró-Pampa lebre-europeia (Lepus europaeus)
Peixes Anuais
Cynopoecilus melanotaenia Clarissa Alves
Austrolebias nigrofasciatus mão-pelada (Procyon cancrivorus)
Austrolebias wolterstorffi
Felipe Castro Bonow
Austrolebias cf. jaegari
Austrolebias minuano marreca-pardinha (Anas flavirostris)
cochicho (Anumbius annumbi)
Carlos Benhur Kasper freirinha (Arundinicola leucocephala)
veado-virá (Mazama gouazoubira) socó-boi-baio (Botaurus pinnatus)
98
maçarico-de-cara-pelada ou chapéu- cágado-de-barbilhão (Phrynops hilarii)
velho (Phimosus infuscatus)
anu-branco (Guira guira) Solano Vasconcelos Ferreira
gavião-caboclo (Heterospizias ratão-do-banhado (Myocastor coypus)
meridionalis) colhereiro (Platalea ajaja)
sanhaçu-papa-laranja (Pipraeidea quero-quero (Vanellus chilensis)
bonariensis) coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
polícia-inglesa-do-sul (Sturnella caracará (Caracara plancus)
superciliaris) cruzeira (Bothrops alternatus)
chopim-do-brejo (Pseudoleistes teiú (Salvator merianae)
guirahuro) tigre-d’água (Trachemys dorbigni)
mergulhão (Podilymbus podiceps)
saracura-do-banhado (Pardirallus Gustavo Machado Wallwitz
sanguinolentus) cobra-cipó (Philodryas olfersii)
pica-pau-do-campo (Colaptes boipeva (Xenodon merremii)
campestris) cardeal-do-banhado (Amblyramphus
pernilongo (Himantopus melanurus) holosericeus)
garça-branca-grande (Ardea alba) cobra-de-vidro (Ophiodes striatus)
jararaca-pintada (Bothrops pubescens)
Sônia Huckembeck
sapinho-de-jardim (Rhinella dorbignyi) Fernanda de Oliveira Rosa
pererequinha-do-brejo (Dendropsophus sapinho-da-terra (Odontophrynus
sanborni) americanus)
perereca-do-banhado (Hypsiboas
pulchellus) Michele Buffon Camargo
rã-boiadora (Pseudis minuta) capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
perereca-de-banheiro (Scinax
fuscovarius) Tatiane Noviski-Fornel
rã-chorona (Physalaemus gracilis) preá (Cavia aperea)
rã-manteiga (Leptodactylus latrans)
sapinho-oval (Elachistocleis bicolor)
99
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103
Nossos
bichos
G uia dos animais da região
de Pelotas e Rio G rande-RS