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O primeiro volume da obra A política

BICENTENÁRIO BICENTENÁRIO exterior do Império foi publicado em 1927 como

João Pandiá Calógeras


BRASIL BRASIL tomo especial da Revista do Instituto Histó-
rico e Geográfico Brasileiro. Até então, havia
somente monografias sobre aspectos pontuais
da história da política externa do Império. O
1822 | 2022 1822 | 2022 volume foi reeditado pela Fundação Alexandre
de Gusmão (FUNAG) em 1989, sendo prece-
dido por alentado prefácio do Embaixador
João Pandiá Calógeras João Hermes Pereira de Araújo, apresentando
João Pandiá Calógeras nasceu no Rio de como a obra foi recebida pela historiografia.
Janeiro, em 19 de junho de 1870. Fez o secun- João Pandiá Calógeras Este primeiro volume da obra, com quin-
dário no Colégio Pedro II e matriculou-se na ze capítulos, expõe os antecedentes da política
Escola de Minas de Ouro Preto, formando-se em
A Portaria nº 270 do Ministério das Relações Exteriores, de 22 de externa imperial, iniciando 1.200 anos antes do

A política exterior do Império - Volume I


1890. Logo foi contratado pelo estado de Minas março de 2018 (modificada pela Portaria nº 339, de 26 de janeiro nascimento de Jesus Cristo e concluindo no
Gerais para exercer as funções de engenheiro. de 2021), criou o Grupo de Trabalho do Bicentenário da Independên- período joanino. Trata, portanto, da formação
cia, incumbido de, entre outras atividades, promover a publicação de

A política exterior
Publicava na imprensa carioca e manteve histórica de Portugal e do povoamento territo-
ativa atuação política. Foi Deputado Federal obras alusivas ao tema. rial do Brasil. Calógeras examina as navegações
de 1897 a 1899 e de 1903 a 1914. Nesse período, portuguesas, o Tratado de Tordesilhas, os
Foi no contexto de planejamento da importante efeméride que,
notabilizou-se por seu interesse em temas de sucessivos choques territoriais e diplomáticos

do Império
no âmbito da FUNAG, criou-se a coleção “Bicentenário: Brasil 200
política externa, ajudando o Barão do Rio com a Espanha nos séculos XVII e XVIII, o
anos – 1822-2022”, abrangendo publicações inéditas e versões fac-simi-
Branco, mormente as questões de fronteiras. Tratado de Madri e o período de diplomacia
lares. O objetivo é publicar obras voltadas para recuperar, preservar
Atuou, também, como delegado nas III e IV portuguesa em território brasileiro.
e tornar acessível a memória diplomática sobre os duzentos anos da
Conferências Pan-Americanas. Este último aspecto, vinculado aos ante-
história do país, principalmente de volumes que se encontram esgo-
Em 1914, foi nomeado Ministro da Agri- cedentes imediatos da diplomacia brasileira, é
tados ou são de difícil acesso. Com essa iniciativa, busca-se também
cultura, Indústria e Comércio. No ano seguinte, desenvolvido nos últimos cinco capítulos em
incentivar a comunidade acadêmica a aprofundar estudos e diversificar
assumiu como Ministro da Fazenda, cargo no quatro grandes temas. Primeiro, o tráfico de
qual permaneceu até 1917. Reeleito Deputado
as interpretações historiográficas, promovendo o conhecimento da
história diplomática junto à sociedade civil.
Volume I escravos é examinado em sua influência sobre
Federal em 1918, participou da delegação do Edição fac-similar o relacionamento bilateral com a Inglaterra e
a posição portuguesa no Congresso de Viena.
Brasil à Conferência de Paris, substituindo
Epitácio Pessoa na chefia da delegação. Ao O segundo tema trata da tentativa brasileira
retornar ao Brasil, foi nomeado Ministro da de ganhar autoridade formal sobre o império
Guerra. hispano-americano no Prata após a ocupação
Entre 1923 e 1933, afastou-se da política da Espanha pela França. O terceiro tema é a
para dedicar-se a atividades empresariais, jorna- questão do Uruguai. Por fim, Calógeras esboça
lísticas e literárias, escrevendo os três volumes o processo de queda do Antigo Regime em
de A política exterior do Império, obra originada Portugal e seus impactos no sentimento na-
nas atividades de comemoração do centenário tivista brasileiro entre 1820 e 1822. O volume
do nascimento de D. Pedro II do Instituto His- I conclui em 1823, quando o território bra-
tórico e Geográfico Brasileiro (1925). sileiro estava “inteiramente liberto de forças
Faleceu em Petrópolis em 21 de abril de 1934.
ISBN 978-65-87083-20-9
estrangeiras de ocupação”.
Entre seus livros, destacam-se La situation Em todo o volume, Calógeras alia uma
économique au Brésil (1901), As minas do Brasil e
9 786587 083209 >
abordagem focada no tripé economia-política-
sua legislação (1904), Relações exteriores do Brasil -geografia, complementando-o com sofistica-
(1911), La politique monétaire du Brésil (1912), dos perfis dos principais atores diplomáticos,
Problemas de governo (1928), Formação histórica com destaque para os de Carlota Joaquina e
do Brasil (1930) e O Marquês de Barbacena (1932). de diplomatas portugueses do período.

Fundação Alexandre de Gusmão


O primeiro volume da obra A política
BICENTENÁRIO BICENTENÁRIO exterior do Império foi publicado em 1927 como

João Pandiá Calógeras


BRASIL BRASIL tomo especial da Revista do Instituto Histó-
rico e Geográfico Brasileiro. Até então, havia
somente monografias sobre aspectos pontuais
da história da política externa do Império. O
1822 | 2022 1822 | 2022 volume foi reeditado pela Fundação Alexandre
de Gusmão (FUNAG) em 1989, sendo prece-
dido por alentado prefácio do Embaixador
João Pandiá Calógeras João Hermes Pereira de Araújo, apresentando
João Pandiá Calógeras nasceu no Rio de como a obra foi recebida pela historiografia.
Janeiro, em 19 de junho de 1870. Fez o secun- João Pandiá Calógeras Este primeiro volume da obra, com quin-
dário no Colégio Pedro II e matriculou-se na ze capítulos, expõe os antecedentes da política
Escola de Minas de Ouro Preto, formando-se em
A Portaria nº 270 do Ministério das Relações Exteriores, de 22 de externa imperial, iniciando 1.200 anos antes do

A política exterior do Império - Volume I


1890. Logo foi contratado pelo estado de Minas março de 2018 (modificada pela Portaria nº 339, de 26 de janeiro nascimento de Jesus Cristo e concluindo no
Gerais para exercer as funções de engenheiro. de 2021), criou o Grupo de Trabalho do Bicentenário da Independên- período joanino. Trata, portanto, da formação
cia, incumbido de, entre outras atividades, promover a publicação de

A política exterior
Publicava na imprensa carioca e manteve histórica de Portugal e do povoamento territo-
ativa atuação política. Foi Deputado Federal obras alusivas ao tema. rial do Brasil. Calógeras examina as navegações
de 1897 a 1999 e de 1903 a 1914. Nesse período, portuguesas, o Tratado de Tordesilhas, os
Foi no contexto de planejamento da importante efeméride que,
notabilizou-se por seu interesse em temas de sucessivos choques territoriais e diplomáticos

do Império
no âmbito da FUNAG, criou-se a coleção “Bicentenário: Brasil 200
política externa, ajudando o Barão do Rio com a Espanha nos séculos XVII e XVIII, o
anos – 1822-2022”, abrangendo publicações inéditas e versões fac-simi-
Branco, mormente as questões de fronteiras. Tratado de Madri e o período de diplomacia
lares. O objetivo é publicar obras voltadas para recuperar, preservar
Atuou, também, como delegado nas III e IV portuguesa em território brasileiro.
e tornar acessível a memória diplomática sobre os duzentos anos da
Conferências Pan-Americanas. Este último aspecto, vinculado aos ante-
história do país, principalmente de volumes que se encontram esgo-
Em 1914, foi nomeado Ministro da Agri- cedentes imediatos da diplomacia brasileira, é
tados ou são de difícil acesso. Com essa iniciativa, busca-se também
cultura, Indústria e Comércio. No ano seguinte, desenvolvido nos últimos cinco capítulos em
incentivar a comunidade acadêmica a aprofundar estudos e diversificar
assumiu como Ministro da Fazenda, cargo no quatro grandes temas. Primeiro, o tráfico de
qual permaneceu até 1917. Reeleito Deputado
as interpretações historiográficas, promovendo o conhecimento da
história diplomática junto à sociedade civil.
Volume I escravos é examinado em sua influência sobre
Federal em 1918, participou da delegação do Edição fac-similar o relacionamento bilateral com a Inglaterra e
a posição portuguesa no Congresso de Viena.
Brasil à Conferência de Paris, substituindo
Epitácio Pessoa na chefia da delegação. Ao O segundo trata da tentativa brasileira de
retornar ao Brasil, foi nomeado Ministro da ganhar autoridade formal sobre o império
Guerra. hispano-americano no Prata após a ocupação
Entre 1923 e 1933, afastou-se da política da Espanha pela França. O terceiro é a questão
para dedicar-se a atividades empresariais, jorna- do Uruguai. Por fim, Calógeras esboça o pro-
lísticas e literárias, escrevendo os três volumes cesso de queda do Antigo Regime em Portugal
de A política exterior do Império, obra originada e seus impactos no sentimento nativista bra-
nas atividades de comemoração do centenário sileiro entre 1820 e 1822. O volume I conclui
do nascimento de D. Pedro II do Instituto His- em 1823, quando o território brasileiro estava
tórico e Geográfico Brasileiro (1925). “inteiramente liberto de forças estrangeiras
Faleceu em Petrópolis em 21 de abril de 1934.
ISBN 978-65-87083-20-9
de ocupação”.
Entre seus livros, destacam-se La situation Em todo o livro, Calógeras alia uma abor-
économique au Brésil (1901), As minas do Brasil e
9 786587 083209 >
dagem focada no tripé economia-política-geo-
sua legislação (1904), Relações exteriores do Brasil grafia, complementando-o com sofisticados
(1911), La politique monétaire du Brésil (1912), perfis dos principais atores diplomáticos,
Problemas de governo (1928), Formação histórica com destaque para os de Carlota Joaquina e
do Brasil (1930) e O Marquês de Barbacena (1932). de diplomatas portugueses do período.

Fundação Alexandre de Gusmão


BICENTENÁRIO

1822 | 2022

A política exterior
do Império
Ministério das Relações Exteriores
Fundação Alexandre de Gusmão
Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais

BICENTENÁRIO

1822 | 2022

Grupo de Trabalho do Bicentenário da Independência


Portaria nº 270 do Ministério das Relações Exteriores, de 22 de março de 2018
(modificada pela Portaria nº 339, de 26 de janeiro de 2021)
O grupo de trabalho é coordenado pelo Secretário de Comunicação e Cultura e
conta com representantes das seguintes unidades:
Gabinete do Ministro de Estado;
Secretaria-Geral das Relações Exteriores;
Cerimonial; e
Fundação Alexandre de Gusmão.

A Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG, instituída em 1971, é uma fundação


pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores e tem a finalidade de le-
var à sociedade civil informações sobre a realidade internacional e sobre aspectos
da pauta diplomática brasileira. Sua missão é promover a sensibilização da opi-
nião pública para os temas de relações internacionais e para a política externa
brasileira.
A FUNAG, com sede em Brasília-DF, conta em sua estrutura com o Instituto de
Pesquisa de Relações Internacionais – IPRI e com o Centro de História e Docu-
mentação Diplomática – CHDD, este último no Rio de Janeiro.
BICENTENÁRIO
BRASIL

1822 | 2022

João Pandiá Calógeras

A política exterior
do Império

Volume I

Edição fac-similar

Brasília, 2021
Direitos de publicação reservados à
Fundação Alexandre de Gusmão
Ministério das Relações Exteriores
Esplanada dos Ministérios, Bloco H, anexo II, Térreo
70170­­‑900 Brasília–DF
Tel.: (61)2030-9117/9128
Site: www.funag.gov.br
E­‑mail: funag@funag.gov.br
Equipe Técnica:
Denivon Cordeiro de Carvalho
Diego Marques Morlim Pereira
Eliane Miranda Paiva
Ricardo Padue
Rogério de Souza Farias
Projeto Gráfico:
Yanderson Rodrigues
Programação Visual e Diagramação:
Varnei Rodrigues - Propagare Comercial Ltda.
Apoio:
Biblioteca Azeredo da Silveira do Ministério das Relações Exteriores
Capa:
Aclamação de D. Pedro I. 1822. Debret. New York Public Library.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C165 Calógeras, João Pandiá


A política exterior do Império / João Pandiá Calógeras. – Brasília: FUNAG, 2021.
3 v. – (Bicentenário: Brasil 200 anos - 1822-2022)
Fac-sím. da: A política exterior do Império 1989
ISBN 978-65-87083-20-9 (v.1)
1. Relações exteriores - Brasil - império 2. Diplomacia 3. História diplomática. I. Título.
CDD 327.81
CDU 327(81)

Depósito legal na Fundação Biblioteca Nacional conforme Lei nº 10.994, de 14/12/2004.


Bibliotecária responsável: Raimunda Lima Evangelista, CRB-1/3382
Copyright © Fundação Alexandre de Gusmão

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O primeiro volume da obra A política
BICENTENÁRIO BICENTENÁRIO exterior do Império foi publicado em 1927 como

João Pandiá Calógeras


BRASIL BRASIL tomo especial da Revista do Instituto Histó-
rico e Geográfico Brasileiro. Até então, havia
somente monografias sobre aspectos pontuais
da história da política externa do Império. O
1822 | 2022 1822 | 2022 volume foi reeditado pela Fundação Alexandre
de Gusmão (FUNAG) em 1989, sendo prece-
dido por alentado prefácio do Embaixador
João Pandiá Calógeras João Hermes Pereira de Araújo, apresentando
João Pandiá Calógeras nasceu no Rio de como a obra foi recebida pela historiografia.
Janeiro, em 19 de junho de 1870. Fez o secun- João Pandiá Calógeras Este primeiro volume da obra, com quin-
dário no Colégio Pedro II e matriculou-se na ze capítulos, expõe os antecedentes da política
Escola de Minas de Ouro Preto, formando-se em
A Portaria nº 270 do Ministério das Relações Exteriores, de 22 de externa imperial, iniciando 1.200 anos antes do

A política exterior do Império - Volume I


1890. Logo foi contratado pelo estado de Minas março de 2018 (modificada pela Portaria nº 339, de 26 de janeiro nascimento de Jesus Cristo e concluindo no
Gerais para exercer as funções de engenheiro. de 2021), criou o Grupo de Trabalho do Bicentenário da Independên- período joanino. Trata, portanto, da formação
cia, incumbido de, entre outras atividades, promover a publicação de

A política exterior
Publicava na imprensa carioca e manteve histórica de Portugal e do povoamento territo-
ativa atuação política. Foi Deputado Federal obras alusivas ao tema. rial do Brasil. Calógeras examina as navegações
de 1897 a 1999 e de 1903 a 1914. Nesse período, portuguesas, o Tratado de Tordesilhas, os
Foi no contexto de planejamento da importante efeméride que,
notabilizou-se por seu interesse em temas de sucessivos choques territoriais e diplomáticos

do Império
no âmbito da FUNAG, criou-se a coleção “Bicentenário: Brasil 200
política externa, ajudando o Barão do Rio com a Espanha nos séculos XVII e XVIII, o
anos – 1822-2022”, abrangendo publicações inéditas e versões fac-simi-
Branco, mormente as questões de fronteiras. Tratado de Madri e o período de diplomacia
lares. O objetivo é publicar obras voltadas para recuperar, preservar
Atuou, também, como delegado nas III e IV portuguesa em território brasileiro.
e tornar acessível a memória diplomática sobre os duzentos anos da
Conferências Pan-Americanas. Este último aspecto, vinculado aos ante-
história do país, principalmente de volumes que se encontram esgo-
Em 1914, foi nomeado Ministro da Agri- cedentes imediatos da diplomacia brasileira, é
tados ou são de difícil acesso. Com essa iniciativa, busca-se também
cultura, Indústria e Comércio. No ano seguinte, desenvolvido nos últimos cinco capítulos em
incentivar a comunidade acadêmica a aprofundar estudos e diversificar
assumiu como Ministro da Fazenda, cargo no quatro grandes temas. Primeiro, o tráfico de
qual permaneceu até 1917. Reeleito Deputado
as interpretações historiográficas, promovendo o conhecimento da
história diplomática junto à sociedade civil.
Volume I escravos é examinado em sua influência sobre
Federal em 1918, participou da delegação do Edição fac-similar o relacionamento bilateral com a Inglaterra e
a posição portuguesa no Congresso de Viena.
Brasil à Conferência de Paris, substituindo
Epitácio Pessoa na chefia da delegação. Ao O segundo trata da tentativa brasileira de
retornar ao Brasil, foi nomeado Ministro da ganhar autoridade formal sobre o império
Guerra. hispano-americano no Prata após a ocupação
Entre 1923 e 1933, afastou-se da política da Espanha pela França. O terceiro é a questão
para dedicar-se a atividades empresariais, jorna- do Uruguai. Por fim, Calógeras esboça o pro-
lísticas e literárias, escrevendo os três volumes cesso de queda do Antigo Regime em Portugal
de A política exterior do Império, obra originada e seus impactos no sentimento nativista bra-
nas atividades de comemoração do centenário sileiro entre 1820 e 1822. O volume I conclui
do nascimento de D. Pedro II do Instituto His- em 1823, quando o território brasileiro estava
tórico e Geográfico Brasileiro (1925). “inteiramente liberto de forças estrangeiras
Faleceu em Petrópolis em 21 de abril de 1934.
ISBN 978-65-87083-20-9
de ocupação”.
Entre seus livros, destacam-se La situation Em todo o livro, Calógeras alia uma abor-
économique au Brésil (1901), As minas do Brasil e
9 786587 083209 >
dagem focada no tripé economia-política-geo-
sua legislação (1904), Relações exteriores do Brasil grafia, complementando-o com sofisticados
(1911), La politique monétaire du Brésil (1912), perfis dos principais atores diplomáticos,
Problemas de governo (1928), Formação histórica com destaque para os de Carlota Joaquina e
do Brasil (1930) e O Marquês de Barbacena (1932). de diplomatas portugueses do período.

Fundação Alexandre de Gusmão

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